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Economia 36 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE JULHO DE 2012 PROJETOS PORTUÁRIOS PARA O ESTADO São Mateus SUPERPORTO LESTE 2.000 VAGAS > O GRUPO pernambucano Queiroz Galvão vai construir o empreendi- mento em uma área de 5 milhões de m 2 . O porto terá uma profundidade de 14 a 20 metros. > INVESTIMENTO: R$ 2,6 bilhões > A PREVISÃO de operação não foi di- vulgada. SEVERIN 500 VAGAS > O GRUPO italiano Severin pretende construir um porto na divisa entre Li- nhares e São Mateus para escoar a produção do biodiesel que vai ser produzido em uma nova fábrica em Jaguaré. O projeto do porto está em fase de estudo de viabilidade. > INVESTIMENTO: R$ 450 milhões. > A PREVISÃO de operação não foi di- vulgada. Linhares PORTO NORTE CAPIXABA 320 VAGAS > A MINERADORA Manabi pretende construir um porto de 1.200 hecta- res e 6 quilômetros de costa. O com- plexo terá capacidade para armaze- nar até 2,5 milhões de toneladas de minério, 300 mil toneladas de car- vão, 240 mil toneladas de grãos, en- tre outros produtos. > AS OBRAS devem começar no final deste ano e o porto tem operação prevista para 2016. > INVESTIMENTO: R$ 1,75 bilhão. Aracruz IMETAME 200 VAGAS > A IMETAME vai construir um terminal portuário que permitirá a atracação de embarcações para receber equi- pamentos. O local também servirá de base de apoio às operações offshore e atracação de plataformas para re- formas e manutenção. > O PORTO terá profundidade mínima de 12,5 metros. O projeto está em fa- se de licenciamento ambiental, e não teve data divulgada pela empresa. Mas segundo fontes, a expectativa é que as obras comecem em 2013 e a operação até 2015. > INVESTIMENTO: R$ 280 milhões. ODFJELL 70 VAGAS > A EMPRESA norueguesa Odfjell pre- tende construir um terminal em Ara- cruz, numa área de 80 mil m 2 , para o transporte marítimo e a armazena- gem de líquidos a granel. > INVESTIMENTO: US$ 25 milhões (R$ 50 milhões). TERMINAL DE BARRA DO RIACHO 500 VAGAS > O TERMINAL Aquaviário de Barra do Riacho (TABR) servirá para escoar gás de cozinha e C5+ (combustível natural usado na indústria petroquí- mica). O terminal, que está sendo construído pela Petrobras, vai ter dois berços de atracação e 12,5 me- tros de profundidade. > INVESTIMENTO: R$ 500 milhões. > PREVISÃO DE OPERAÇÃO: 2012. NUTRIPETRO 300 VAGAS > O GRUPO Ambitec tem projeto para construir em Barra do Riacho um ter- minal multimodal para recebimento, armazenamento e expedição de pro- dutos para comércio exterior e ativi- dade aquaviária. > INVESTIMENTO: R$ 1 bilhão, com in- vestimento inicial de R$ 400 mi- lhões. > A PREVISÃO de operação é 2014. Vitória PORTO MARLIM > A ARCELORMITTAL está planejando a construção de um novo terminal portuário na Ponta de Tubarão, em Vitória, que deverá se chamar Porto Marlim. Ele será utilizado para es- coar a produção siderúrgica. A em- presa não deu detalhes do projeto. Vila Velha NISIBRA > A NISIBRA projetou um terminal por- tuário para atender a indústria do petróleo. A área será de 445 mil m 2 e o cais terá 1.230 metros. O local pre- visto é a Prainha da Glória. > O EMPREENDIMENTO já foi licencia- do pelo Iema, mas não foram divulga- dos detalhes do projeto. NOVA HOLANDA > O GRUPO Arara Azul vai investir na construção do porto Nova Holanda, na Prainha da Glória, para dar supor- te às operações de exploração de pe- tróleo. O terminal terá 11 metros de calado e capacidade para mais de 10 atracações simultâneas. > O PROJETO está em fase de licencia- mento ambiental no Iema. Mais in- formações sobre o projeto não foram divulgadas. BASE PORTUÁRIA (ANTIGO IRS) > O GOVERNO do Estado pretende fa- zer uma parceria com a iniciativa pri- vada para a construção de uma base portuária onde funcionava o antigo Instituto de Reabilitação Social (IRS), na Glória. > O EMPREENDIMENTO, que será ins- talado em uma área de aproximada- mente 100 mil m 2 , está em fase de de- senvolvimento do projeto e, por isso, não tem dados como valor do inves- timento e número de empregos. Anchieta PORTO DE UBU 600 VAGAS > A PETROBRAS vai construir uma ba- se portuária em Ubu para dar supor- te às operações offshore. O porto re- ceberá embarcações, tipo supply boats, que levarão insumos e supri- mentos – como água, alimentação, peças e diesel – para as unidades marítimas. > A PREVISÃO é que o empreendimen- to fique pronto em 2016. O projeto está em fase de licenciamento em ór- gãos ambientais. Até 2020 vão ser criados 600 empregos diretos, sen- do que já a partir de 2015 serão con- tratados 141 profissionais. > INVESTIMENTO: R$ 800 milhões. PORTO DA CSU > JUNTO COM a implantação da Com- panhia Siderúrgica Ubu (CSU), em Anchieta, a Vale planeja instalar uma ferrovia e um porto para dar suporte as suas atividades. O porto está em fase de desenvolvimento do projeto pela empresa. DESENVOLVIMENTO E LOGÍSTICA Salário de até R$ 12 mil em portos Oportunidades serão criadas com construção de 18 novos terminais que vão abrir mais de 13 mil empregos apenas durante a operação FOTOS: DIVULGAÇÃO PERSPECTIVA do Porto Central, que será construído por investidores de Roterdã em Presidente Kennedy Beatriz Seixas A atividade portuária que há alguns anos era vista com certo preconceito pelo mer- cado – por se tratar de um empre- go que muitas vezes exigia intenso esforço físico – passa a ganhar ca- da vez mais destaque e a atrair tra- balhadores para a área. No Espírito Santo, profissionais que desempenham funções nos portos vão ficar cada vez mais va- lorizados e novas oportunidades se abrirão para quem tem interes- se pelo segmento. Isso porque para os próximos anos estão previstos 18 novos por- tos e terminais portuários que vão criar pelo menos 13.090 empregos diretos durante a operação com salários que chegam a R$ 12 mil. A reportagem fez um levanta- mento dos empreendimentos e conversou com especialistas para saber que tipo de mão de obra será demandada e como é o trabalho desses profissionais. O presidente do Sindicato Unifi- cado da Orla Portuária (Suport), Ernani Pereira, conta que para a operação de um porto são necessá- rios estivadores, conferentes, técni- cos de operação portuária, opera- dores de guindastes, entre outros. Ele diz que é preciso ter ensino médio ou graduação, de acordo com a função a ser desempenhada. Quanto à remuneração, ela vai va- riar de R$ 2 mil a R$ 12 mil. “Mas para atingir os valores mais altos, a pessoa tem que trabalhar bem e em atividades de alta produtivida- de”, ressalta. As mais de 13 mil chances ainda não estão abertas, mas a previsão é que a partir do ano que vem algu- mas empresas comecem a seleção. O coordenador do curso de MBA em Portos e Negócios da UVV, Enildo Ferreira, afirma que os novos projetos trazem perspec- tivas de desenvolvimento. “Estes portos vão permitir que o Estado receba navios de grande porte que alimentam linhas da Eu- ropa e Ásia. Além disso, com ter- minais distribuídos ao longo da costa você consegue pulverizar o desenvolvimento. Mas é preciso que os portos saiam da discussão e sejam colocados em ação”. A BASE portuária que será construída pela Petrobras em Ubu vai receber investimento de R$ 800 milhões NUTRIPETRO: Barra do Riacho !!!!!! ERNANI PEREIRA: exigências

Oportunidades serão PROJETOS PORTUÁRIOS PARA O ESTADO · PERSPECTIVA do Porto Central, que será construído por investidores de Roterdã em Presidente Kennedy Beatriz Seixas A

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Ec o n o m i a

36 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE JULHO DE 2012

PROJETOS PORTUÁRIOS PARA O ESTADOSão MateusSUPERPORTO LESTE2.000 VAGAS> O GRUPO pernambucano Queiroz

Galvão vai construir o empreendi-mento em uma área de 5 milhões dem2. O porto terá uma profundidadede 14 a 20 metros.

> INVESTIMENTO: R$ 2,6 bilhões> A PREVISÃO de operação não foi di-

v u l ga d a .

SEVERIN500 VAGAS> O GRUPO italiano Severin pretende

construir um porto na divisa entre Li-nhares e São Mateus para escoar aprodução do biodiesel que vai serproduzido em uma nova fábrica emJaguaré. O projeto do porto está emfase de estudo de viabilidade.

> I N V EST I M E N TO : R$ 450 milhões.> A PREVISÃO de operação não foi di-

v u l ga d a .

L i n h a re sPORTO NORTE CAPIXABA320 VAGAS> A MINERADORA Manabi pretende

construir um porto de 1.200 hecta-res e 6 quilômetros de costa. O com-plexo terá capacidade para armaze-nar até 2,5 milhões de toneladas deminério, 300 mil toneladas de car-vão, 240 mil toneladas de grãos, en-tre outros produtos.

> AS OBRAS devem começar no finaldeste ano e o porto tem operaçãoprevista para 2016.

> INVESTIMENTO: R$ 1,75 bilhão.

A ra c r u zI M E TA M E200 VAGAS> A IMETAME vai construir um terminal

portuário que permitirá a atracaçãode embarcações para receber equi-pamentos. O local também servirá debase de apoio às operações offshoree atracação de plataformas para re-formas e manutenção.

> O PORTO terá profundidade mínimade 12,5 metros. O projeto está em fa-se de licenciamento ambiental, e nãoteve data divulgada pela empresa.Mas segundo fontes, a expectativa éque as obras comecem em 2013 e aoperação até 2015.

> I N V EST I M E N TO : R$ 280 milhões.

O D FJ E L L70 VAGAS> A EMPRESA norueguesa Odfjell pre-

tende construir um terminal em Ara-cruz, numa área de 80 mil m2, para otransporte marítimo e a armazena-gem de líquidos a granel.

> INVESTIMENTO: US$ 25 milhões(R$ 50 milhões).

TERMINAL DE BARRA DO RIACHO500 VAGAS> O TERMINAL Aquaviário de Barra do

Riacho (TABR) servirá para escoargás de cozinha e C5+ (combustívelnatural usado na indústria petroquí-mica). O terminal, que está sendoconstruído pela Petrobras, vai terdois berços de atracação e 12,5 me-tros de profundidade.

> I N V EST I M E N TO : R$ 500 milhões.> PREVISÃO DE OPERAÇÃO: 2012.

NUTRIPETRO300 VAGAS> O GRUPO Ambitec tem projeto para

construir em Barra do Riacho um ter-minal multimodal para recebimento,armazenamento e expedição de pro-dutos para comércio exterior e ativi-dade aquaviária.

> INVESTIMENTO: R$ 1 bilhão, com in-vestimento inicial de R$ 400 mi-lhões.

> A PREVISÃO de operação é 2014.

VitóriaPORTO MARLIM> A ARCELORMITTAL está planejando

a construção de um novo terminalportuário na Ponta de Tubarão, emVitória, que deverá se chamar PortoMarlim. Ele será utilizado para es-coar a produção siderúrgica. A em-presa não deu detalhes do projeto.

Vila VelhaNISIBRA> A NISIBRA projetou um terminal por-

tuário para atender a indústria dopetróleo. A área será de 445 mil m2 eo cais terá 1.230 metros. O local pre-visto é a Prainha da Glória.

> O EMPREENDIMENTO já foi licencia-do pelo Iema, mas não foram divulga-dos detalhes do projeto.

NOVA HOLANDA> O GRUPO Arara Azul vai investir na

construção do porto Nova Holanda,na Prainha da Glória, para dar supor-te às operações de exploração de pe-tróleo. O terminal terá 11 metros decalado e capacidade para mais de 10atracações simultâneas.

> O PROJETO está em fase de licencia-mento ambiental no Iema. Mais in-formações sobre o projeto não foramd i v u l ga d a s .

BASE PORTUÁRIA (ANTIGO IRS)> O GOVERNO do Estado pretende fa-

zer uma parceria com a iniciativa pri-vada para a construção de uma baseportuária onde funcionava o antigoInstituto de Reabilitação Social(IRS), na Glória.

> O EMPREENDIMENTO, que será ins-talado em uma área de aproximada-mente 100 mil m2, está em fase de de-

senvolvimento do projeto e, por isso,não tem dados como valor do inves-timento e número de empregos.

A n c h i e taPORTO DE UBU600 VAGAS> A PETROBRAS vai construir uma ba-

se portuária em Ubu para dar supor-te às operações offshore. O porto re-ceberá embarcações, tipo supplyboats, que levarão insumos e supri-mentos – como água, alimentação,peças e diesel – para as unidadesmarítimas.

> A PREVISÃO é que o empreendimen-to fique pronto em 2016. O projetoestá em fase de licenciamento em ór-gãos ambientais. Até 2020 vão sercriados 600 empregos diretos, sen-do que já a partir de 2015 serão con-tratados 141 profissionais.

> INVESTIMENTO: R$ 800 milhões.

PORTO DA CSU> JUNTO COM a implantação da Com-

panhia Siderúrgica Ubu (CSU), emAnchieta, a Vale planeja instalar umaferrovia e um porto para dar suporteas suas atividades. O porto está emfase de desenvolvimento do projetopela empresa.

DESENVOLVIMENTO E LOGÍSTICA

Salário de até R$ 12 mil em portosOportunidades serãocriadas com construçãode 18 novos terminaisque vão abrir mais de13 mil empregos apenasdurante a operação

FOTOS: DIVULGAÇÃO

PERSPECTIVA do Porto Central, que será construído por investidores de Roterdã em Presidente Kennedy

Beatriz Seixas

A atividade portuária que háalguns anos era vista comcerto preconceito pelo mer-

cado – por se tratar de um empre-go que muitas vezes exigia intensoesforço físico – passa a ganhar ca-da vez mais destaque e a atrair tra-balhadores para a área.

No Espírito Santo, profissionaisque desempenham funções nosportos vão ficar cada vez mais va-lorizados e novas oportunidadesse abrirão para quem tem interes-se pelo segmento.

Isso porque para os próximosanos estão previstos 18 novos por-tos e terminais portuários que vãocriar pelo menos 13.090 empregosdiretos durante a operação comsalários que chegam a R$ 12 mil.

A reportagem fez um levanta-mento dos empreendimentos econversou com especialistas parasaber que tipo de mão de obra serádemandada e como é o trabalhodesses profissionais.

O presidente do Sindicato Unifi-cado da Orla Portuária (Suport),Ernani Pereira, conta que para aoperação de um porto são necessá-rios estivadores, conferentes, técni-cos de operação portuária, opera-dores de guindastes, entre outros.

Ele diz que é preciso ter ensinomédio ou graduação, de acordocom a função a ser desempenhada.Quanto à remuneração, ela vai va-riar de R$ 2 mil a R$ 12 mil. “Ma spara atingir os valores mais altos, apessoa tem que trabalhar bem eem atividades de alta produtivida-de”, ressalta.

As mais de 13 mil chances aindanão estão abertas, mas a previsão éque a partir do ano que vem algu-mas empresas comecem a seleção.

O coordenador do curso deMBA em Portos e Negócios daUVV, Enildo Ferreira, afirma queos novos projetos trazem perspec-tivas de desenvolvimento.

“Estes portos vão permitir que oEstado receba navios de grandeporte que alimentam linhas da Eu-ropa e Ásia. Além disso, com ter-minais distribuídos ao longo dacosta você consegue pulverizar odesenvolvimento. Mas é precisoque os portos saiam da discussão esejam colocados em ação”.

A BASEpor tuáriaque seráconstruídapela Petrobrasem Ubu vaire c e b e ri n ve s t i m e n t ode R$ 800milhões

NUTRIPETRO: Barra do Riacho

!!!!!!

ERNANI PEREIRA: ex i g ê n c i a s

Ec o n o m i a

VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE JULHO DE 2012 ATRIBUNA 37

1º Ve í c u l o s 2º Máquinas eequipamentos

3º Tecidos eve s t u á r i o

4º Ce l u l a r e s

5º Car vãom i n e ra l

6º Pn e u s

1º Minériode ferro

2º Pe t r ó l e o

3º Ce l u l o s e 4º Ferro e aço

5º Má r m o r ee granito

6º Café

R E B O CA D O R

L ANCHA

15 MILP RO F I S S I O NA I SATUAM DIRETAMENTENA ATIVIDADEPORTUÁRIA CAPIXABA

Como é o trabalho no porto Profissionais atuam antes mesmo do navio chegar ao terminal

PROJETOS PORTUÁRIOS PARA O ESTADO

E M P R E E N D I M E N TO da Edison Chouest ficará na região da Praia da Gamboa

FOTOS: DIVULGAÇÃO

FERROUS: navios de grande porte

Mais profissionaisTrabalhadores como b ala nc eiro, guarda portuário e

vigilante também atuam no porto. Além deles, funcio-nários de órgãos como Anvisa, Marinha, Polícia Federal,Capitania dos Portos, Alfândega e da Codesa (no casodo Porto de Vitória) participam das atividades portuá-rias para que a operação seja realizada com sucesso.

COLETA DE DADOSAntes do navio atracar, o

agente de navegação já está traba-lhando para reunir todos os dados so-bre o navio e a operação. Depois dedefinidos pontos, como em qualberço o navio vai atracar, é transmiti-do um documento para a Praticagem.

Fonte: Ernani Pereira, presidente do Suport; Paulo Lima, coordenador de programação operacional da Codesa; e Sindiex

3,9 6%DAS IMPORTAÇÕES

DO PAÍS, EM VALORES,C H EG A R A M

PELOS PORTOSCAPIXABAS EM 2012

Os principais produtosimpor tados pelosportos do Estado

Os principais produtosex por tados pelosportos do Espírito Santo

5, 3 6%DE TUDO QUE FOIEXPORTADO NO PAÍS, EMVALORES, EM 2012, FOIPOR PORTOS CAPIXABAS

I tapemirimEDISON CHOUEST1.200 VAGAS> A EMPRESA americana Edison

Chouest vai instalar uma base deapoio logístico, a Eco-LogísticaOffshore. O terminal vai abastecerunidades offshore com suprimentose outros materiais.

> O EMPREENDIMENTO ficará na re-gião da Praia da Gamboa em umaárea de 800 mil m2. A base vai ter ca-pacidade de atender 32 embarca-ções por dia.

> IN VEST IM EN TO : US$ 200 milhões(R$ 400 milhões).

> A PREVISÃO é que as obras tenhaminício ainda em 2012 e que a opera-ção aconteça em 2013.

ITAOCA OFFSHORE1.000 VAGAS> VAI SER CONSTRUÍDO um terminal

portuário na Praia de Itaoca. Serão12 berços de atracação, um cais de230 metros só para serviços, 9,5

metros de profundidade, 600 milm2 de retroárea e ponte de 1,1 quilô-metro (com 11 metros de larguraque ligará a retroárea ao terminalde 40 mil metros quadrados e aohelipor to).

> INVESTIMENTO: R$ 450 milhões.> AS OBRAS têm previsão de começar

em 2013 e a operação em 2015.

Presidente KennedyFERROUS400 VAGAS> A FERROUS pretende construir um

porto em águas profundas que terácapacidade para embarcar 25 mi-lhões de toneladas por ano de miné-rio de ferro, podendo ser expandidapara 50 milhões de toneladas

anuais. A estrutura poderá recebernavios de grande porte.

> O PROJETO está sob a análise do Iba-ma, aguardando licença de instalação.

> I N V EST I M E N TO : inclui, além do por-to, uma planta de filtragem e um mi-neroduto. O valor não foi divulgado.

> A EMPRESA não informou previsãode operação do terminal.

PORTO CENTRAL6.000 VAGAS> I N VEST I D O RES de Roterdã (Holan-

da) vão construir um porto em Pre-sidente Kennedy. O Porto Central vaiocupar uma área de 25 milhões de m2

e será construído em águas profun-das com 23 metros, o que permitiráreceber grandes embarcações.

> A PREVISÃO é que as obras come-cem em 2013 e a operação em 2016.

> INVESTIMENTO: mais de R$ 1 bilhão.

Local indefinidoPORTO DE ÁGUAS PROFUNDAS> O PROJETO do porto de águas pro-

fundas, chamado de superporto, es-tá sendo estudado pelo governo fe-deral. O local ainda não foi definido,mas são regiões potenciais PraiaMole, em Vitória; Barra do Riacho,em Aracruz; Ubu, em Anchieta; e re-gião entre Ponta da Fruta e Interla-gos, Vila Velha. Uma das possibilida-des será o governo fazer uma parce-ria público-privada (PPP).

> MAIS DETALHES do projeto não fo-ram divulgados.

Fonte: Governo do Estado, prefeituras, em-presas e pesquisa A Tribuna.

1

CO N DU Ç Ã OO p rát i c o se desloca até o pon-

to de espera, onde o navio fica fundea-do. De lá, ele vai assessorar o coman-dante na condução da embarcaçãoaté o cais. Outros trabalhadores comocomandante do rebocador, oficial dem áq u i na e m ar i n he i ro vão acompa-nhar essa operação.

2

M A NO B R AAcompanhando a manobra e já

esperando no porto, uma lancha, opera-da pelo mestre de lancha, é contratadapara trazer os amarradores que vão fa-zer a amarração dos cabos nos cabeçospara o navio de fato atracar. Essa opera-ção é acompanhada e orientada pelotécnico de operação portuário.

3

MÃO DE OBRAO operador portuário é respon-

sável por requisitar a mão de obra quevai atuar na movimentação da carga.

4

M OV I M E N TA Ç Ã OA bordo do navio vão atuar

estivadores e conferentes (q uechecam se a mercadoria é a mesmadiscriminada pela empresa). Temainda o vigia de portaló, que con-trola a entrada de pessoal para em-barcação. Já em terra, entram emação os a r r u ma d o re s, o p e ra do re sde guindaste e de e mp ilh ade ira etambém os c o n f e re n t e s .

5

TRANSPORTE DA CARGADepois que a carga foi retirada do navio, m o t o r i s ta s

conduzem a mercadoria para a retroárea do porto ou para oseu destino final. Simultaneamente a todo esse processo, odespachante aduaneiro é o responsável pela parte burocrá-tica de liberação dessa carga.

A liberação da carga para saída do porto só será permitidaapós o aval do profissional chamado de fiel de armazém.

6

OPERADORDE GUINDASTE

EST I VA D O R

CONFERENTE

AMARRADOR

O ESTADO ficouem 8º lugar noranking nacionalde importações

Ec o n o m i a

38 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE JULHO DE 2012

ANÁLISE

KADIDJA FERNANDES - 26/12/2011

“I n ve s t i m e n t o simpulsionamnovos negócios”

“Em um estado em que o comér-cio exterior representa 50% do seuPIB, a implantação de novos termi-nais portuários é de extrema impor-tância para o seu desenvolvimento.Esses investimentos impulsionamnovos negócios, fazendo com queocorra uma expansão do setor noEspírito Santo.

Atualmente, o principal terminalde entrada das cargas de importa-ção e exportação do Estado, o Portode Vitória, opera de maneira precá-ria. Isso porque, sem os projetos dadragagem e da sinalização concluí-

dos, não há como navios de maiorporte entrarem na Baía de Vitória.

Hoje apenas uma linha marítimaopera no Espírito Santo, o que fazcom que o empresariado tenha queter muito jogo de cintura.

De fato, a instalação de novosportos bem estruturados, principal-mente voltados para a movimenta-ção de cargas, trará resultados po-sitivos para a economia capixaba,desde que estejam também em si-nergia com outros modais, impor-tantes para o comércio exterior, co-mo o rodoviário e o aeroportuário”.

Seve r i a n oAlvarenga Imperial,

presidente do Sindiex

D E D I CAÇÃO

“Atenção é fundamental”Foi por acaso que o capixaba de

51 anos Roberto Aquino Nunespassou a atuar na atividade portuá-ria. Há 28 anos, um trabalhadorportuário o abordou e perguntou seele não teria interesse em se tornarum profissional na área.

O convite foi aceito e Aquino co-meçou como trabalhador de bloco,batendo a ferrugem do navio e lim-pando o cais.

A dedicação fez com que o pro-fissional crescesse na área e hojeatua como conferente de capata-zia. “Confiro todo tipo de carga, co-mo máquinas para área de minera-ção (foto), veículos e grãos. A aten-ção é fundamental nesse cargo”.

Mas, antes disso, Aquino já ope-rou máquinas, consertou cargas,foi estivador, e é considerado umtrabalhador multifuncional.

DESENVOLVIMENTO E LOGÍSTICA

Ma n o b ra rnavio rendeaté R$ 100 milÉ a quanto chega ovalor pago por mêsaos profissionais dapraticagem, que sãoresponsáveis pelacondução dos navios

Com o aumento do número deportos no Estado crescerátambém a demanda por pro-

fissionais que atuam como práticos.Esses trabalhadores são responsá-veis por conduzir com segurançaos navios da chamada barra, ondeficam fundeados, até o local deatracação, fazendo ao longo do per-curso as manobras necessárias.

Quando o assunto é remunera-ção, a categoria não gosta muito deentrar em detalhes, mas especialis-tas da área portuária garantem queos práticos têm um ganho mensal

entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.O secretário-executivo da Prati-

cagem no Espírito Santo, Gilson Vic-torino, explica que periodicamentea Diretoria de Portos e Costas, daMarinha, faz uma avaliação parachecar se o número de profissionaisatende a demanda de cada estado.

“Se esses projetos de novos ter-minais para o Espírito Santo setornarem realidade, certamentehaverá aumento no número depráticos. Mas, por enquanto, dizerum número é precoce”, justifica.

Victorino conta que, para ingres-sar na área, é preciso passar por pro-cesso seletivo — com provas escri-tas, testes físicos e psicológicos — ecumprir alguns pré-requisitos co-mo ter curso superior e mais de 21anos. Se aprovada, a pessoa passapor cursos que duram até dois anos.

O coordenador de programaçãooperacional da Codesa, Paulo Ro-berto de Lima, diz que a pratica-

gem não é obrigatória em todos oscasos, mas cita que “quando a em-barcação têm tripulação com co-mandante estrangeiro, é indispen-sável a figura do prático”.

Ele explica que os práticos nãosão funcionários do porto, mas quesão acionados conforme as opera-ções de entrada e saída de navios.

ANTONIO MOREIRA/AT

PAULO Roberto de Lima explicou que os práticos são acionados conforme as operações de entrada e saída de navios

MÁRCIO FÉLIX SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO

“Não será um congestionamento”A aposta de investidores na área

portuária capixaba é uma demons-tração de como o Espírito Santo setornou a menina dos olhos quandoo assunto é logística.

Com o número expressivo deprojetos, se considerarmos a exten-são do litoral de 411 quilômetros –segundo dados do Incaper –, é co-mo se nos próximos anos o Estadopassasse a contar com um empre-endimento portuário a cada 30 qui-lômetros aproximadamente.

O secretário de Estado de De-senvolvimento, Márcio Félix, de-fende que não haverá um “engar -rafamento de projetos”, mas umamelhoria dos gargalos logísticos.

“É importante entendermos quenem todos esses projetos vãoacontecer na mesma velocidade etodos eles vão passar por proces-sos de licenciamento”, frisa.

Em entrevista, Félix destacou osmotivos para atração de novos em-preendimentos e os desafios.

A TRIBUNA — O Espírito Santotem sido alvo de vários investi-mentos na área portuária. Oque tem contribuído para isso?

MÁRCIO FÉLIX — Há várias ra-zões. Desde a construção de umambiente favorável no Brasil e par-ticularmente no Estado; a localiza-ção geográfica do Espírito Santo,que permite acesso a vários eixoseconômicos do País; além disso,tem a questão do pré-sal, que vaidemandar apoio marítimo para amovimentação de bens e serviços.

Também tem sido um fator deci-sivo o trabalho do governo do Esta-do de aproximação com atores im-portantes, desde empreendedoreslocais até investidores estrangeiros

que têm a expertise na área por-tuária, como o Porto de Roterdã.

> A lista de projetos portuá-rios é grande. O Estado tem ca-pacidade para receber todos es-ses empreendimentos?

Olhando de uma forma rápida,essa lista pode assustar. Mas é pre-ciso observar que muitos dessesprojetos vão se instalar em áreasque já têm vocação e alguma es-trutura portuária.

Por exemplo, o Porto Central e oda Ferrous farão parte de um mes-mo complexo; os terminais da Ni-sibra e Nova Holanda estão dentro

de uma área já portuária. Inclusi-ve, essas áreas onde vão ser insta-lados esses dois projetos já foramocupadas no passado com ativida-des desse tipo. São Mateus tam-bém já teve porto.

É importante entendermos quenem todos esses projetos vãoacontecer na mesma velocidade etodos eles vão passar por processode licenciamento. Não será umcongestionamento de projetos, esim um desengargalamento, ou se-ja, uma forma de acabarmos comos gargalos logísticos que temos.

> Para que esses projetosaconteçam é preciso também demão de obra qualificada. O Es-tado vai ter profissionais paraatender essa demanda?

Com certeza a qualificação damão de obra é um ponto-chave pa-ra a realização desses projetos. E épor isso que o governador RenatoCasagrande esteve na Holanda fa-zendo contatos nessa área.

Um dos frutos dessa aproxima-ção será uma escola voltada paraformação nas áreas portuária e denavegação. Essa é uma grandeoportunidade de trabalho para asgerações que estão no Estado, eainda para descentralizarmos od e s e nvo l v i m e n t o.

> Quando o Estado vai passara se beneficiar desses portos?

A gente imagina que até o finalde 2014 vamos ter alguns portosoperando, principalmente aquelesque já deram entrada nos proces-sos de licenciamento ambiental.

Enquanto isso, há os investimen-tos que estão acontecendo no Por-to de Vitória e que vão ter um efei-to importante na nossa logística.

“A chegada denovos portos

representa também umagrande oportunidadede trabalho para asgerações do Estado”