Op.Sonda de Perfuração-1-Noções de Geologia

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    OPERADOR DESONDA DEPERFURAOCONHECIMENTOSBSICOS DE GEOLOGIA

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    CONHECIMENTOS BSICOS DE GEOLOGIAMDULO I

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    PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.

    proibida a reproduo total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produo de apostilas, semautorizao prvia, por escrito, da Petrleo Brasileiro S.A. PETROBRAS.

    Direitos exclusivos da PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.

    PEREIRA, Alexandre.

    Operador de Sonda de Perfurao / CEFET-RN. Mossor, 2008.

    35p.: 17il.

    PETROBRAS Petrleo Brasileiro S.A.

    Av. Almirante Barroso, 81 17 andar CentroCEP: 20030-003 Rio de Janeiro RJ Brasil

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    NDICE

    I - NOES BSICAS DE GEOLOGIA...................................................................................................6

    1.1 Introduo..................................................................................................................................6

    1.2 O que a geologia ....................................................................................................................6

    1.3 Formao do petrleo: origem, migrao e acumulao..........................................................7

    1.4 Noes de geologia do petrleo..............................................................................................11

    1.4.1 Propriedades das rochas e tipos de reservatrio ........................................................12

    II - POROSIDADE, PERMEABILIDADE E IP.........................................................................................31

    BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................34

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1.1 - Fundamentos da teoria inorgnica ....................................................................................18

    Figura 1.2 - Exemplos de fsseis caractersticos ou estratigrficos......................................................19

    Figura 1.3 - Incio do processo de formao de depsitos de hidrocarbonetos....................................19

    Figura 1.4 - Transformao termoqumica da matria orgnica............................................................21

    Figura 1.5 - Detalhe de afloramento de rocha geradora........................................................................23

    Figura 1.6 - A migrao secundria e relaes espaciais entre rochas geradoras, reservatrios e

    selantes ..................................................................................................................................................24

    Figura 1.7 - Aspecto da estrutura de sedimentos granulares no-consolidados...................................26

    Figura 1.8 - Sedimento consolidado: amostra de conglomerado, com cimento misto silicioso eferruginoso..............................................................................................................................................26

    Figura 1.9 - Sedimento consolidado: amostra de arenito .....................................................................26

    Figura 1.10 - Disposio tpica para armadilha do tipo estrutural..........................................................27

    Figura 1.11 - Detalhe de armadilha estrutural condicionada pelo deslocamento relativo de blocos.....28

    Figura 1.12 - Tipo de armadilha estratigrfica .......................................................................................29

    Figura 1.13 - Armadilhas estratigrficas ................................................................................................29

    Figura 1.14 - Esquemas para acumulao de hidrocarbonetos em reservatrios na Bacia Potiguar...30

    Figura 2.1 - Estrutura porosa de uma rocha reservatrio......................................................................32

    Figura 2.2 - Estruturas cbica e rombodrica e correspondentes porosidades tericas mximas.......32

    Figura 2.3 - Aparncia do preenchimento dos vazios por leo..............................................................33

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1.1 - Exemplo de produtos da decomposio: rocha originria granito...................................16

    Tabela 1.2 - Tipos de rochas sedimentares...........................................................................................17

    Tabela 1.3 - Grau de maturao de rocha geradora..............................................................................22

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    I NOES BSICAS DE GEOLOGIA

    1.1 Introduo

    Este mdulo visa dar uma noo geral da geologia de petrleo. Procuramos ressaltar alguns cuidados

    que se deve ter na atividade de perfurao para auxiliarmos a Geologia a encontrar o petrleo.

    Neste sculo, a indstria do petrleo assumiu um papel fundamental para a humanidade sob todos os

    pontos de vista. O petrleo atingiu, juntamente com o gs natural, 50% da demanda mundial de

    energia, superando em qualidade e quantidade as demais fontes energticas disponveis. Podemos

    afirmar que o modelo de civilizao atual dependente do petrleo e do gs natural, no havendoperspectivas, economicamente factveis, de substitu-los a curto e mdio prazos.

    1.2 O que geologia

    Geologia, campo da cincia que se interessa pela origem do planeta Terra, sua histria, sua forma, a

    matria que o compe e os processos que atuam ou atuaram sobre ele. considerada uma das

    cincias da Terra, ou geocincias, e os gelogos so cientistas que estudam as rochas e os materiais

    derivados que formam a parte externa do planeta. A Geologia pesquisa a histria da Terra e inclui a

    histria da vida, englobando todos os processos fsicos que atuam na superfcie ou na crosta

    terrestres. Estuda, tambm, as interaes entre rochas, solos, gua, atmosfera e formas de vida. Na

    prtica, os gelogos especializam-se numa rea, fsica ou histrica, da Geologia. A Geologia Fsica

    inclui campos como Geofsica, Petrologia e Mineralogia, enfocando processos e foras que do forma

    ao exterior da Terra e tambm atuam em seu interior. J a Geologia Histrica estuda a evoluo da

    superfcie terrestre e de suas formas de vida e implica pesquisas de Paleontologia, Estratigrafia,

    Paleografia e Geocronologia.Dentre as cincias includas na Geologia, esto: a Petrologia, que se encarrega da origem, apario,

    estrutura e histria das rochas, principalmente as gneas e as metamrficas; a Geologia Estrutural,

    que estuda as rochas em geral e a anlise das deformaes dos estratos sedimentrios; a

    Sedimentologia, que pesquisa os depsitos terrestres ou marinhos, antigos ou recentes, sua fauna,

    flora, minerais, texturas e evoluo no tempo e no espao; a Geologia Econmica, que se encarrega

    da anlise e da explorao de matrias geolgicas teis para os seres humanos (como combustveis,

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    minerais metlicos e no-metlicos, gua e energia geotrmica); a Geofsica, a Geoqumica, a

    Mineralogia, a Paleontologia e a Metalurgia.

    1.3 Formao do petrleo: origem, migrao eacumulao

    O petrleo (do latim Petra / pedra + Oleum / leo) tem estado sempre presente na histria da

    humanidade. Tem-se utilizado desse material desde tempos remotos para impermeabilizar e,

    principalmente, como combustvel. Desde aqueles tempos, muito h mudado o uso deste valioso

    mineral, que longe de ser utilizado to somente como combustvel, tem seu uso em praticamente tudo

    que utilizamos modernamente.

    No se sabe quando despertaram a ateno do homem, mas o fato que o petrleo, assim como oasfalto e o betume, eram conhecidos desde os primrdios da civilizao.

    Nabucodonosor usou o betume como material de liga na construo dos clebres Jardins Suspensos

    da Babilnia. Foi tambm utilizado para impermeabilizar a Arca de No. Os egpcios o usaram para

    embalsamar os mortos e na construo de pirmides, enquanto gregos e romanos dele lanaram mo

    para fins blicos.

    S no sculo 18, porm, que o petrleo comeou a ser usado comercialmente, na indstria

    farmacutica e na iluminao. Como medicamento, serviu de tnico cardaco e de remdio para

    clculos renais, enquanto seu uso externo combatia dores, cimbras e outras molstias.

    At a metade do sculo passado, no havia ainda a idia, ousada para a poca, da perfurao de

    poos petrolferos. As primeiras tentativas aconteceram nos Estados Unidos, com Edwin L. Drake,

    que lutou com diversas dificuldades tcnicas, chegando mesmo a ser cognominado de "Drake, o

    louco". Aps meses de perfurao, Drake encontra o petrleo, a 27 de agosto de 1859.

    Passados cinco anos, achavam-se constitudas, nos Estados Unidos, nada menos que 543

    companhias entregues ao novo e rendoso ramo de atividades. Na Europa, floresceu, em paralelo

    fase de Drake, uma reduzida indstria de petrleo, que sofreu a dura competio do carvo, da linhita,

    da turfa e do alcatro - matrias-primas ento entendidas como nobres.

    Naquela poca, as zonas urbanas usavam velas de cera, lmpadas de leo de baleia e iluminaopor gs e carvo. Enquanto isso, no campo, o povo despertava com o sol e dormia ao escurecer por

    falta de iluminao noturna. Assim, as lmpadas de querosene, por seu baixo preo, abriram novas

    perspectivas ao homem do campo, principalmente, permitindo-lhe ler e escrever noite.

    A inveno dos motores gasolina e a diesel, no sculo passado, fez com que outros derivados, at

    ento desprezados, passassem a ter novas aplicaes.

    Assim, ao longo do tempo, o petrleo foi se impondo como fonte de energia eficaz. Hoje, alm de

    grande utilizao dos seus derivados, com o advento da petroqumica, centenas de novos produtos

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    foram surgindo, muitos deles diariamente utilizados, como plsticos, borrachas sintticas, tintas,

    corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacuticos, cosmticos, etc. Com

    isso, o petrleo, alm de produzir combustvel e energia, passou a ser imprescindvel a utilidades e

    comodidades da vida de hoje.

    Como foi exposto no tpico anterior, a idade do nosso planeta, a Terra, calculada em bilhes deanos. As jazidas de petrleo, no to idosas, tambm tm idades fabulosas, que variam de um a

    quatrocentos milhes de anos. Durante esse perodo, aconteceram grandes e inmeros fenmenos,

    como erupes vulcnicas, deslocamento dos plos, separao dos continentes, movimentao dos

    oceanos e ao dos rios, acomodando a crosta terrestre.

    Com isso, grandes quantidades de restos vegetais e animais se depositaram no fundo dos mares e

    lagos, sendo soterrados pelos movimentos da crosta terrestre, sob a presso das camadas de rochas

    e pela ao do calor. Esses restos orgnicos foram se decompondo at se transformarem em

    petrleo.

    O petrleo , portanto, formado pelo processo de decomposio de matria orgnica, de restos

    vegetais, de algas, de alguns tipos de plncton e de restos de animais marinhos - ocorrido durante

    centenas de milhes de anos da histria geolgica da Terra.

    Como condies bsicas para a formao do petrleo, temos as seguintes:

    a) Inicialmente, deve haver a matria orgnica adequada gerao do petrleo;

    b) Esse material orgnico deve ser preservado da ao de bactrias aerbias;

    c) O material orgnico depositado no deve ser movimentado por longos perodos;

    d) A matria orgnica em decomposio por bactrias anaerbias deve sofrer a ao de

    temperatura e presso por perodos longos

    O incio do processo de formao do petrleo est relacionado com o incio da decomposio dos

    primeiros vegetais que surgiram na Terra. A maioria dos compostos identificados no petrleo so de

    origem orgnica, mas at que a matria chegue ao estado de petrleo, so necessrias condies

    especiais. O ambiente marinho rene tais condies.

    No ambiente marinho, a plataforma continental a regio que mais produz matria orgnica. Os

    mares rasos tambm podem receber um grande aporte dessa matria.

    Embora semelhante ao carvo quanto composio (hidrocarboneto), o petrleo possui certas

    caractersticas especiais: por ser fluido, pode migrar para alm de sua fonte geradora e acumular-seem estruturas sedimentares. O petrleo ocorre normalmente em rochas sedimentares depositadas

    sob condies marinhas.

    As primeiras plantas apareceram a 400 milhes de anos, no perodo Devoniano. Entretanto, o

    primeiro grande desenvolvimento dessa flora deu origem aos depsitos de carvo do perodo

    carbonfero. A principal fonte de matria orgnica antes do perodo Devoniano deve ter sido de origem

    marinha.

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    Do perodo Pr-Cambriano at o Devoniano, o maior produtor de matria orgnica foi o fitoplncton,

    que, ao morrer, se depositou no fundo dos oceanos, tornando-se parte dos sedimentos e formando os

    folhetos ricos em matria orgnica.

    Ao longo da histria, houve dois momentos de produo mxima de fitoplncton:

    a) Ordoviciano - Siluriano - 500 a 400 milhes de anos,b) Jurssico - Cretceo -195 a 65 milhes de anos.

    Esses dois perodos coincidiram com a elevao do nvel dos mares, inundando grandes depresses

    territoriais, em que o fitoplncton se desenvolveu, associado a nutrientes marinhos. Ao morrer em

    ambiente anaerbio, formou leitos ricos em matria orgnica. Por isso, so denominados rochas-

    fonte.

    As rochas-fonte normalmente so folhelhos e contm cerca de 90% da matria orgnica presente nos

    sedimentos. O maior volume de rochas-fonte so do perodo Jurssico-Cretceo, perodos

    responsveis por mais de 70% dos recursos mundiais de petrleo. Do perodo Paleozico, que no

    apresenta grandes diferenas em termos de abundncia de fitoplncton em relao ao Jurssico-

    Cretceo, o nvel de leo cru bem menor.

    Rochas geradoras so normalmente constitudas de material detrtico de granulometria muito fina

    (frao argila), tais como folhelhos ou calcilutitos, representantes de antigos ambientes sedimentares

    de baixa energia e que experimentaram, por motivos diversos, exploses de vida microscpica. Os

    remanescentes orgnicos autctones (material planctnico) ou alctones (material vegetal terrestre

    carreado para dentro do ambiente) so incorporados s lamas sob a forma de matria orgnica

    diluda. A princpio, quanto maior a quantidade de matria orgnica, mais capacidade ter a rochapara gerar grandes quantidades de petrleo. Entretanto, a incorporao dessa matria orgnica na

    rocha deve vir acompanhada da preservao de seu contedo original, rico em compostos de C e H.

    Para isso, o ambiente deve estar livre de oxignio, elemento altamente oxidante e destruidor da

    riqueza em C e H das partculas orgnicas originais. Em suma, ambientes anxicos favorecem a

    preservao da matria orgnica e, conseqentemente, a manuteno da riqueza original de rochas

    geradoras.

    De uma maneira geral, rochas sedimentares comuns apresentam teores de Carbono Orgnico Total

    (COT, teor em peso) inferiores a 1%. Para uma rocha ser considerada como geradora, seus teores

    devem ser superiores a esse limite de 1% e, muito comumente, situados na faixa de 2% - 8%, no

    sendo incomuns valores de at 14%; mais raramente, at 24%. O tipo de petrleo gerado depende

    fundamentalmente do tipo de matria orgnica preservada na rocha geradora. Matrias orgnicas

    derivadas de vegetais superiores tendem a gerar gs, enquanto o material derivado de zooplncton e

    de fitoplncton, marinho ou lacustre, tende a gerar leo. O estgio de maturao trmica de uma

    rocha geradora, ou seja, a temperatura na qual ela est gerando petrleo, tambm influenciar no tipo

    de petrleo gerado. Em condies normais, uma rocha geradora comea a transformar seu

    querognio em petrleo em torno de 60oC. No incio, forma-se um leo de baixa maturidade, viscoso.

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    medida que a temperatura aumenta, o leo gerado vai ficando mais fluido e a quantidade de gs vai

    aumentando. Por volta de 90oC, as rochas geradoras atingem seu pico de gerao, expelindo grandes

    quantidades de leo e gs. Com o aumento da temperatura at os 120oC, o leo fica cada vez mais

    fluido e mais rico em gs dissolvido. Por volta dessa temperatura, a quantidade de gs

    predominante e o leo gerado j pode ser considerado um condensado. Entre 120 - 150o

    C, apenasgs gerado pelas rochas-fonte.

    Pode-se dizer tambm que o petrleo tem uma origem mista devido decomposio de matria

    orgnica de origem animal e vegetal. O ambiente adequado para a formao do petrleo necessita de

    condies de manuteno de vida intensa e, posteriormente, de elementos de proteo contra

    oxidao e destruio bacteriana.

    Os seres mais comuns encontrados nesses sedimentos so foraminferos, pequenos crustceos,

    partes de animais maiores. Entre os vegetais, citam-se os dinoflagelados e as diatomceas. A lama

    resultante dessa sedimentao denominada SAPROPEL, cuja principal matria prima so as

    substncias graxosas (sapropelitos = formao de hidrocarboneto).

    A principal fonte de leo cru o fitoplncton, mas tambm esto presentes restos de plantas

    terrestres, bactrias e zooplncton. Dos trs tipos de querognio j identificados, cada um produz

    diferentes compostos durante a maturao, com respectivas variaes em C/H ou O/C.

    A formao de petrleo e gs natural no depende apenas da composio da matria orgnica

    original, mas tambm do aumento de temperatura, isto , do gradiente geotrmico.

    O petrleo formado a partir do querognio. Quando as temperaturas esto em torno de 50 C, as

    quantidades formadas so muito pequenas, aumentando, sem apresentar alterao estrutural, em

    torno de 100 C. Mas, ao atingir 150 C, ocorre o craqueamento, mesmo que o aquecimento se d porum curto perodo.

    O primeiro gs a ser produzido contm compostos entre C4 -C10 , chamado de gs mido (wet gas).

    Entretanto, com o aumento de temperatura e, conseqentemente, do craqueamento, gerado C1 - C3

    - gasoso, dito gs seco (dry gas).

    Em essncia, o fator mais importante para a gerao de petrleo o gradiente geotrmico, que pode

    variar de bacia para bacia sedimentar. As rochas-fonte que se localizam em zonas rasas no geram

    petrleo.

    Alm do gradiente geotrmico, o tempo tambm fator importante na formao de petrleo. Assume-

    se que diferentes volumes de petrleo seriam gerados de rochas-fonte similares se elas estivessemsujeitas mesma temperatura, mas em intervalos de tempo diferentes.

    Considera-se que as rochas-fonte sujeitas a temperaturas de 50 oC por 30 mlhes de anos no

    seriam suficientemente aquecidas para gerar petrleo, mas sim somente "metano biognico". J as

    rochas aquecidas por um perodo similar a 190oC poderiam gerar gs natural. Devido a variaes no

    gradiente geotrmico, profundidade e durao do soterramento, pode haver variaes de bacia

    sedimentar no tempo decorrido para gerar petrleo.

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    1.4 Noes de geologia do petrleo

    O que Geologia? A Geologia consiste em uma cincia que trata do estudo do planeta Terra, sua

    origem, composio, estrutura interna, relaes com camadas superficiais (biosfera, hidrosfera,atmosfera) e histria evolutiva, inclusive o desenvolvimento da vida. Perguntas tais como: de onde

    vm as lavas dos vulces, como se formaram as cadeias de montanhas, o que causa os terremotos,

    por que o continente sul-americano afasta-se do africano, por que ocorrem jazidas de petrleo em

    alguns lugares, enquanto em outros temos minrio de ferro, e muitas outras, fazem parte das vrias

    formas de estudo da Geologia.

    Para o atendimento de suas necessidades (energia, transporte, alimentao, moradia, segurana

    fsica, comunicao), o homem inexoravelmente levado a aproveitar uma srie de recursos naturais

    (gua, petrleo, minrios, energia hidrulica, solos) e a ocupar e modificar espaos naturais das mais

    diversas formas (cidades, agricultura, indstria, usinas eltricas, vias de transportes, portos, canais,

    disposio de rejeitos ou resduos), o que j o transformou no mais poderoso agente geolgico hoje

    atuante na superfcie do planeta.

    Em linhas gerais, pode-se entender a Geologia de Petrleo como a Geocincia Aplicada responsvel

    pelo domnio tecnolgico da interface entre a atividade humana e o meio fsico geolgico aplicada ao

    setor petrolfero.

    Entender a Geologia tambm pressupe um entendimento diferenciado do parmetro tempo, pois

    estamos diante de processos cuja percepo de sua dinmica s se mostra em sua amplitude quando

    consideramos a escala de tempo geolgico. A seqncia abaixo nos apresenta um resumo dosprincipais eventos geolgicos em ordem cronolgica:

    4.5 bilhes surgimento do planeta.

    4.0 bilhes incio da formao da crosta terrestre

    3.6 bilhes surgimento dos organismos unicelulares

    3.2 bilhes fotossntese, formao de O2.

    2.8 bilhes surgimento de organismos multicelulares.

    2.0 bilhes surgimento da vida marinha.

    1.2 bilhes desenvolvimento da vida marinha: o supercontinente (Pangea).

    800 milhes primeiros fsseis; ruptura do supercontinente

    400 milhes - peixes, anfbios e florestas.

    300 milhes - dinossauros, supercontinente Pangea (Gondwana)

    200 milhes - mamferos e pssaros

    120 milhes pssaros do Oceano Atlntico

    65 milhes extino dos dinossauros.

    50 milhes primeiros primatas.

    5 milhes primeiros "homindeos bpedes"- Africa (Rift Valley).

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    3.0 milhes - homo habilis.

    100,000 anos - homo sapiens.

    H aproximadamente 4,5 bilhes de anos, portanto, o nosso planeta Terra foi formado a partir da

    poeira csmica que, aps consolidada e submetida a processo gradual de esfriamento, originou osminerais e rochas em sua diversas formas e possibilitou o advento da vida, expressa desde a forma

    de organismos unicelulares primitivos at a forma de criatura humana.

    1.4.1 Propriedades das rochas e tipos de reservatrios

    As rochas, material constituinte do arcabouo fsico da terra, subdividem-se classicamente emmagmticas, metamrficas e sedimentares.

    ROCHAS MAGMTICAS

    As rochas magmticas compreendem aproximadamente 95% do volume da crosta terrestre.

    Conceito de rochas magmticas: so aquelas que resultam da consolidao do magma, o qual constitudo por solues que ocorrem no interior da crosta terrestre.

    Ocorrncias de consolidao de rochas magmticas:a) No Interior da crosta terrestre: rochas intrusivas (Plutnicas ou Abissais), de granulao

    grossa a mdia, com textura equigranular;

    b) Na superfcie (vulcanismo): rochas extrusivas, de granunlao fina ou vtrea, com textura

    inequigranular.

    Substncias mais comuns:

    Feldspatos (60%): constituintes mais importantes na constituio das rochas gneas e minerais mais

    abundantes na crosta terrestre.a) 1o grupo: feldspatos de potssio; k2O.Al2O3.6SiO2 (Ortoclssio).

    b) 2o grupo: feldspatos de clcio; Na2O.Al2O3.6SiO2 e sdio; Ca2O.Al2O3.6SiO2

    (Plagioclssios);

    Anfiblios e piroxnios (17%): silicatos de clcio, ferro e magnsio. Normalmente, constituem a

    maior parte dos componentes escuros das rochas. Notveis pela presena de ctions como Fe, Mg

    (mais densos). Muito suscetveis alterao em clima mido;

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    Quartzo (12%): SiO2. Um dos ltimos minerais a se formar no decurso da consolidao do magma,

    adaptando-se aos interstcios deixados entre os demais minerais;

    mica;

    Carbonatos: minerais com clivagem rombodrica perfeita e sempre bem desenvolvida, no se

    decompondo, solubilizando-se (produz efervescncia) em contato com cido ou guas aciduladas (pH

    cido < 7). Calcita e dolomita so minerais importantes na formao de muitas rochas sedimentares;

    Fosfatos: agrupam-se em torno do on PO4, formando cristais hexagonais. O mineral mais comum a

    apatita Ca5.(F, Cl, OH).(PO4)3. Tm utilidade na indstria de fertilizantes;

    Sulfatos: a estrutura fundamental o SO4, consistindo a barita (BaSO4) no mineral de mais alta

    densidade (4,0 a 4,5), utilizado na indstria cermica e do vidro. Outro mineral comum no grupo a

    gipsita (CaSO4.2H2O), utilizado na indstria do gesso;

    Sulfetos: metlicos, com densidade elevada, opacos e com importncia econmica destacada;

    xidos: apresentam a cor do risco como caracterstica marcante, aliada a aspectos como dureza e o

    magnetismo;

    hidrxidos.

    Outras formas de classificao de rochas magmticas:

    I - Porcentagem de slica (SiO2):

    a) Rochas gneas cidas --- mais de 65% de xido de silcio;

    b) Rochas gneas neutras --- 52% < [SiO2] < 65%;

    c) Rochas gneas bsicas --- [SiO2] < 52%.

    II - Cor dos minerais:

    a) Lecocrticos --- < 30% de minerais escuros;b) Mesocrticos --- 30 a 60% de minerais escuros;

    c) Melanocrticos --- mais de 60% de minerais escuros.

    III - Tipo de feldspato:

    a) Alcalinas;

    b) Monzonticas;

    c) Alcaliclcicas.

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    IV - Granulao:

    a) Grossas --- maioria dos minerais tem > 5mm;

    b) Mdias --- 1mm <

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    Condies necessrias formao de rochas sedimentares:a) Presena de rochas que sirvam como fonte de materiais;

    b) Presena de agentes mveis ou imveis que desagreguem ou desintegrem aquelas

    rochas;

    c) Presena de agente transportador;d) Deposio do material em uma bacia de acumulao (sedimentao): marinhos,

    continentais, mistos (esturios e deltas);

    e) Consolidao do sedimento: compactao ou cimentao.

    Agentes desintegradores das rochas:a) Agentes mveis (agentes da eroso):

    gua de superfcie (chuva, rios);

    gua de mar;

    Gelo;

    Vento.

    b) Agentes imveis (agentes da intemperismo ou meteorizao):

    Intemperismo fsico:

    Variao da temperatura - T;

    Congelamento da gua - Expanso volumtrtica = tenses de trao;

    Cristalizao de sais - desagregao de rochas;

    Ao fsica de vegetais - fora de razes e galhos.

    Intemperismo qumico:

    Hidrlise - dissoluo do mineral pela gua;

    Hidratao - absoro de gua;

    Oxidao - instabilizao (ao do O2);

    Carbonatao - chuva combinada com CO2 (H2O + CO2 H2CO3)

    Fatores que influem no intemperismo:a) Clima: determina o tipo de intemperismo. Nas regies ridas, prevalece o intemperismo

    fsico, enquanto nas midas, prevalece o intemperismo qumico;

    b) Topografia: nas regies com declive acentuado, a camada superficial de solo removida

    pelo efeito da gravidade e/ou pelas enxurradas, provocando, com isso, a exposio da rocha

    ao ataque do intemperismo. A formao de cadeias montanhosas pode provocar o efeito

    barragem sobre as correntes de ar, provocando a precipitao de chuvas num dos lados da

    montanha e a formao de reas desrticas no outro;

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    c) Tipo de rocha: influi de acordo com as diferentes resistncias que as rochas oferecem ao

    ataque dos agentes fsicos ou qumicos;

    d) Vegetao: fixa o solo, protegendo-o contra o intemperismo.

    Decomposio das rochas:Horizontes formados (solos residuais):

    Horizonte A - solo residual com matria orgnica;

    Horizonte B - solo de alterao de rocha;

    Horizonte C - rocha decomposta;

    Horizonte D - rocha s.

    Tabela 1.1 - Exemplo de produtos da decomposio: rocha originria - granito

    MINERAL COMPOSIO ALTERAO PRODUTO

    QUARTZO SLICA NO SOLVEL AREIA

    FELDSPATO SILICATOS DE Al e K SOLVEL ARGILA

    MOSCOVITA

    (MICA)

    SILICATOS DE Al + K

    + H2ONO SOLVEL PLACAS DE MICA

    BIOTITA (MICA)SILICATOS

    Al + Fe +K + Mg + H2OSOLVEL ARGILA

    ZIRCO SILICATO DE Zr NO SOLVELCRISTAIS DE

    ZARCO

    Composio de rochas sedimentares:a) Solo - materiais residuais (argilas, xidos) + substncias acrescentadas (sais solveis e

    substncias insolveis - gros de areia, placas de mica e cristais de zirco).

    Classificao das rochas sedimentares:a) Classificao segundo a natureza do processo de decomposio da partcula transportada

    (origem mecnica, qumica ou orgnica);

    b) Origem mecnica agentes - vento, ondas. O critrio utilizado o tamanho da partcula

    slida;

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    Tabela 1.2 - Tipos de rochas sedimentares

    CONSOLIDADO INCONSOLIDADO PARTCULA SLIDA

    CONGLOMERADO CASCALHO 2mm

    (GRANULAOGROSSA)

    ARENITO AREIA2mm > 0,1mm(GRANULAO

    MDIA)

    SILTITO SILTE0,1mm > 0,01mm

    (GRANULAOMDIA)

    ARGILITO(CIMENTAO)

    XISTO(COMPACTAO)

    ARGILA 0,01mm (GRANULAO FINA)

    c) Origem qumica intemperismo qumico - composio qumica:

    Rochas calcreas (carbonatos de clcio e magnsio): Ex.: estalactites e estalagmites;

    Rochas ferruginosas: evaporao da gua de mar, arenitos ferruginosos (beach rocks);

    Rochas salinas (jazidas de sal gema, sais de potssio e magnsio, salitre, brax);

    Rochas silicosas: slex (xido), opalas, silexitos;

    d) Origem orgnica carvo de pedra, formaes coralneas:

    Calcreas: quando um organismo retira o CaCO3 da gua do mar para a formao de

    carapaas (metabolismo de animais);

    Carbonosas: carvo de pedra (florestas soterradas);

    Ferruginosas: ao de bactrias que tm afinidade com o ferro;

    Silicosas: diatomito (origem em algas unicelulares diatomceas).

    Aos detritos de rochas, resultantes da eroso da crosta terrestre pela ao da natureza, d-se o nome

    de sedimentos. Por longo tempo, os sedimentos foram se acumulando em camadas, dando origem

    s rochas sedimentares. As diversas camadas dessas rochas formam as bacias sedimentares.

    O petrleo s poder ser encontrado em reas onde houve acumulao de restos orgnicos e rochas

    sedimentares. Entretanto, depois de formado, o petrleo raramente permanece ou se acumula na

    rocha em que foi gerado. Ele passa atravs dos poros das rochas, at encontrar uma outra rocha que

    o aprisione, formando a jazida.

    A jazida , ento, uma rocha cujos poros so ocupados pelo petrleo. No entanto, isso no significa

    que toda rocha sedimentar contenha uma jazida. A busca desta tarefa rdua, difcil e que exige

    muita pacincia.

    As teorias originais atribuam ao petrleo uma origem inorgnica (Berthelotte Mendeleyev).

    Frente s evidncias cientficas oriundas dos estudos qumicos e sedimentolgicos, essas teorias

    esto atualmente superadas.

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    Figura 1.1 - Fundamentos da teoria inorgnica

    A idade do nosso planeta, como j vimos, calculada em bilhes de anos. As jazidas de petrleo, no

    to idosas, tambm tm idades fabulosas, que variam de um a quatrocentos milhes de anos.

    Durante esse perodo, aconteceram grandes e inmeros fenmenos, como erupes vulcnicas,

    deslocamento dos plos, separao dos continentes, movimentao dos oceanos e ao dos rios,

    acomodando a crosta terrestre.

    A geocronologia consiste em importante instrumento no estudo de indicadores fossilferos de

    importncia para a geologia do petrleo. A Estratigrafia a parte da Geologia que estuda os

    estratos (um estrato uma camada rochosa delimitada por duas superfcies ou planos de

    estratificao, que o separam dos estratos superiores e inferiores), isto , as camadas de rochas

    sedimentares formadas na superfcie terrestre. Em conjunto com a Paleontologia, constitui a base

    da Geologia Histrica. Atravs das caractersticas e dos contedos dos estratos, podem-se

    reconstituir as condies em que estes se formaram e situ-los no tempo, conseguindo-se assim

    reconstruir a histria da Terra ao longo de grandes perodos geolgicos.

    O aparecimento e o desaparecimento de determinadas formas vivas (espcies, gneros, famlias

    etc.), a sucesso e a diversificao delas so pontos de referncia que servem para definir e limitar

    as unidades biocronolgicas, cujo conjunto constitui uma escala biostratigrfica. Historicamente,

    foram as grandes unidades biostratigrficas que primeiro se definiram e se delimitaram. S maistarde, graas ao permanente progresso da Paleontologia, da Estratigrafia e da Sedimentologia, foram

    subdivididas em unidades biostratigrficas cada vez mais precisas.

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    Figura 1.2 Exemplos de fsseis caractersticos ou estratigrficos.

    Produo anual de fitoplncton atual: 550 BILHES DE TONELADAS

    Obs.: Organismos bentnicos produzem menos que 220 milhes de toneladas/ano.

    Figura 1.3 Incio do processo de formao de depsitos de hidrocarbonetos.

    Estima-se que, em mdia, 0,1% da matria orgnica produzida por organismos fotossintticos

    preservada nos sedimentos (0,1% de 550x109 t / ano = 550 milhes de toneladas anuais). A lama

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    resultante dessa sedimentao denominada SAPROPEL, cuja principal matria-prima so as

    substncias graxosas (sapropelitos = formao de hidrocarboneto).

    Denomina-se maturao a converso de matria orgnica em petrleo. Segundo a Teoria de Engler

    (1911), esse processo pode ser dividido em trs etapas: diagnese, catagnese e metagnese.

    1 etapa - diagnese

    O resduo da degradao microbiana passa por mudanas qumicas que resultam na progressiva

    condensao e na insolubilizao da M.O.

    Logo aps a deposio, tem incio a decomposio bioqumica da matria orgnica pela atividade de

    micro-organismos, gerando o metano biognico. Com o aumento de presso e de temperatura, a

    matria orgnica convertida em querognio - matria orgnica amorfa com C, H e O.

    Produto final da diagnese QUEROGNIO (frao insolvel da matria orgnica presente nas

    rochas sedimentares).

    Protenas e carboidratos so os compostos mais instveis (lipdios e lignina so mais resistentes

    degradao).

    Tipos de querognio:

    Em funo da proporo entre os trs elementos C, H e O e dasrazes H/C e O/C, so definidos os

    tipos I, II e III.

    O querognio tipo I possui maior potencial para gerao de petrleo (alta relao C /H e

    relativamente menor relao O/C).

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    Figura 1.4 Transformao termoqumica da matria orgnica (Thomas, 2001)

    2 etapa - catagnese:

    O aumento de presso e de temperatura na diagnese converte a matria orgnica em querognio -matria orgnica amorfa com C, H e O.

    Na catagnese, com o aumento de presso, o querognio sofre craqueamento (molculas maiores

    iro se dividir em molculas menores e mais simples), formando-se a maior parte do leo cru.

    Transformao do querognio em petrleo

    O querognio submetido a temperaturas da ordem de 50 C a 150 C.

    Ao passar pela catagnese, a rocha geradora considerada madura.

    Grau de maturao da rocha geradora: Medida de Reflectncia de Vitrinita (%Ro).

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    Tabela 1.3 Grau de maturao de rocha geradora.

    ESTGIO %Ro NVEL DE MATURAO

    DIAGNESE < 0,6 IMATURO

    CATAGNESE0,60 1,001,00 1,351,35 2,00

    MATUROZONA DE LEO

    ZONA REGRESSIVAZONA DE GS MIDO

    METAGNESE > 2,0 SENIL ZONA DE GS SECO

    Para caracterizar a evoluo do processo de transformao do querognio em petrleo so

    empregados dois parmetros:

    a) Potencial gentico: quantidade de petrleo que o querognio capaz de gerar;

    b) Taxa de transformao: relao entre a quantidade de petrleo gerado e o potencial

    gentico original.

    Ou seja, o potencial gerador original se refere ao querognio que ainda no foi submetido

    catagnese.

    3 etapa - metagnese:

    Produo de gs natural, principalmente na forma de metano (CH4), sendo o carbono residual

    deixado na rocha-fonte. Ocorre quando se atingem as condies extremas de evoluo trmica.O potencial gerador residual do querognio pode ser reduzido a zero (taxa de transformao chega a

    100%)

    A gerao de petrleo se d a partir da matria orgnica que se encontra em sedimentos de gro fino,

    como argilas. Esses sedimentos so denominados de rochas-me ou rochas-fonte ou, ainda, rochas

    geradoras, as quais so normalmente constitudas de material detrtico de granulometria muito fina

    (frao argila), tais como folhelhos ou calcilutitos, representantes de antigos ambientes sedimentares

    de baixa energia e que experimentaram, por motivos diversos, exploses de vida microscpica.

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    Figura 1.5 Detalhe de afloramento de rocha geradora.

    Posteriormente, o petrleo se desloca para sedimentos de gro mais grosso, como arenitos, por meio

    de um processo chamado migrao.

    s vezes, o petrleo no encontra obstculos em sua migrao, porque tende a sair ou brotar na

    superfcie como um manancial ou fica bem aprisionado.

    Chamamos de migrao o caminho que o petrleo faz do ponto em que foi gerado at aquele no qual

    ser acumulado. Devido alta presso e temperatura, os hidrocarbonetos so expelidos das rochas

    geradoras e migram para as rochas adjacentes. A partir da migrao, o petrleo ter chances de se

    acumular em um reservatrio e formar reservas de interesse econmico.

    A migrao ocorre em dois estgios: migrao primria e secundria.

    Migrao primria: movimentao dos hidrocarbonetos do interior das rochas-fonte para fora destas;

    Uma vez gerado o petrleo, ele passa a ocupar um espao/volume maior do que o querognio original

    na rocha geradora. Esta se torna supersaturada em hidrocarbonetos e a presso excessiva destes faz

    com que a rocha-fonte se frature intensamente, permitindo a expulso dos fluidos para zonas de

    presso mais baixa. A viagem dos fluidos petrolferos, atravs de rotas diversas pela subsuperfcie,

    at chegada a um local portador de espao poroso, selado e aprisionado, apto para armazen-los,

    constitui o fenmeno da migrao. As rotas usuais em uma bacia sedimentar so fraturas em escalas

    variadas, falhas e rochas porosas diversas (rochas carreadoras), que ligam as "cozinhas" de gerao,

    profundas, com alta presso, a regies focalizadoras de fluidos, mais rasas, com presses menores.

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    Migrao secundria: em direo ao interior das rochas reservatrios.

    Figura 1.6 - A migrao secundria e relaes espaciais entre rochas geradoras, reservatrios e

    selantes.

    Uma vez em movimento, os fluidos petrolferos so dirigidos para zonas de presso mais baixas que

    os arredores, normalmente posicionadas em situaes estruturalmente mais elevadas que as

    vizinhanas. As configuraes geomtricas das estruturas das rochas sedimentares que permitem a

    focalizao dos fluidos migrantes nos arredores para locais elevados, que no permitam o escape

    futuro desses fluidos, obrigando-os a l se acumularem, so denominadas de trapas ou armadilhas.

    Elas podem ser simples como o flanco de homoclinais ou domos salinos, ou, mais comumente, como

    o pice de dobras anticlinais/arcos/domos salinos, ou at situaes complexas como superposio de

    dobras e falhas de naturezas diversas. Esse tipo de aprisionamento, em uma estrutura elevada,

    denominado de trapeamento estrutural.

    As trapas so locais do subsolo onde existem condies adequadas para que se acumulem os

    hidrocarbonetos e se caracterizam pela presena de rochas porosas e permeveis, conhecidas como

    rochas-armazm ou reservatrios, nas quais se acumulam ou armazenam os hidrocarbonetos

    confinados por camadas de rochas impermeveis ou rochas-selo que impedem sua migrao.

    Nem sempre o petrleo aprisionado em situaes estruturais. Eventualmente, a migrao do

    petrleo pode ser detida pelo acunhamento da camada-transportadora, ou bloqueio desta por uma

    barreira diagentica ou de permeabilidade, ficando ento retido em posies estruturalmente no-

    notveis. Nesse caso, teremos um trapeamento de carter estratigrfico.

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    A prxima etapa a acumulao. Devido a falhas estruturais no subsolo ou a variaes nas

    propriedades fsicas das rochas, o processo de migrao interrompido e os hidrocarbonetos vo se

    acumulando nas rochas-reservatrio.

    De uma maneira geral, uma rocha-reservatrio constituda de gros minerais com poros existentes

    entre si, nos quais encontrado o petrleo. Esses gros esto conectados uns aos outros por ummaterial que recebe o nome de cimento, enquanto que o material muito fino existente entre os gros

    chamado de matriz.

    As rochas-reservatrio so normalmente litologias compostas por material detrtico de granulometria

    em funo da frao areia a seixo, representantes de antigos ambientes sedimentares de alta

    energia, portadores de espao poroso onde o petrleo ser armazenado e, posteriormente, extrado.

    Tais rochas so geralmente os arenitos, calcarenitos e conglomerados diversos.

    Entretanto, qualquer rocha que contenha espao poroso, no necessariamente intergranular, mas

    tambm de natureza diversa, causada por fraturamento ou dissoluo, tambm pode fazer as vezes

    de rochas-reservatrio. Como exemplos, temos rochas gneas e metamrficas cristalinas fraturadas

    ou, mais precisamente, qualquer tipo de rocha fraturada, mrmores lixiviados, dentre vrios outros. As

    rochas porosas no servem apenas como armazenadores finais do petrleo acumulado. Elas servem

    igualmente como rotas de migrao importantssimas para os fluidos petrolferos, atuando como

    carrier beds.

    As rochas-reservatrio mais comuns so areias antigas, depositadas em dunas, rios, praias, deltas,

    plancies litorneas sujeitas influncia de ondas/mars/tempestades, e em mares e lagos profundos,

    atravs de correntes de turbidez. Depois dos arenitos, os reservatrios mais comuns so rochas

    calcrias porosas, depositadas em praias e plancies carbonticas, desenvolvidas em latitudestropicais e livres de detritos siliciclsticos, calcrios de recifes de organismos diversos, e, finalmente,

    de calcrios diversos afetados por dissoluo por guas metericas. Os valores de porosidade mais

    comuns das rochas-reservatrio variam de 5% - 35%, concentrando-se na faixa de 15% - 30%. As

    rochas-reservatrio devem ser porosas e permeveis, pois o petrleo pode ser encontrado nos

    espaos existentes nessas rochas e s poder ser extrado se a rocha for permevel. A rocha, ou

    conjunto de rochas que dever ser capaz de aprisionar o petrleo aps sua formao, evitando que

    ele escape, so as armadilhas.

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    Figura 1.7 Aspecto da estrutura de sedimentos granulares no-consolidados.

    Figura 1.8 Sedimento consolidado: amostra de conglomerado, com cimento misto silicioso e

    ferruginoso

    Figura 1.9 Sedimento consolidado: amostra de arenito

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    As armadilhas, tambm conhecidas por trapas, so estruturas geolgicas que permitem a

    acumulao de leo ou gs. a rocha ou conjunto de rochas que dever ser capaz de aprisionar o

    petrleo aps sua formao, evitando que ele escape. As trapas so locais do subsolo onde existem

    condies adequadas para que se acumulem os hidrocarbonetos e se caracterizam pela presena derochas porosas e permeveis, conhecidas como rochas-armazm ou reservatrios, nas quais se

    acumulam ou armazenam os hidrocarbonetos confinados por camadas de rochas impermeveis ou

    rochas-selo, que impedem sua migrao.

    A armadilha ideal deve apresentar:

    a) Rochas-reservatrio adequadas, ou seja, de porosidade entre 15% e 30%;

    b) Condies favorveis para a migrao do petrleo das rochas-fonte para as rochas-

    reservatrio (permeabilidade das rochas);

    c) Um selante adequado para evitar a fuga do petrleo para a superfcie.

    Podem existir bacias sedimentares com rocha-fonte sem petrleo, se no havia armadilha para

    armazenar o petrleo gerado. Vejamos os tipos de armadilha-petrleo:

    a) Estruturais: a forma mais comum de acumulao de petrleo. Ocorre em regies em que

    a crosta esteve sujeita compresso horizontal;

    b) Estratigrficas: ocorrem em regies em que a crosta esteve sujeita compresso vertical;

    c) Combinadas: ocorre quando temos uma combinao dos dois tipos anteriores, ou seja,

    estruturais e estratigrficas.

    Uma vez atrados para o interior de uma trapa ou armadilha, os fluidos petrolferos devem encontraruma situao de impermeabilizao tal que os impea de escaparem. Normalmente, essa condio

    provida por rochas selantes, situadas acima das rochas-reservatrio, que impedem o escape dos

    fluidos, aprisionando-os e formando assim uma acumulao petrolfera.

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    Figura 1.10 Disposio tpica para armadilha do tipo estrutural

    A figura acima mostra um bloco-diagrama no qual podemos constatar um tipo de armadilha estrutural.

    As rochas esto dobradas em anticlinal pelo efeito das foras de compresso horizontais. Os fluidos

    ficaram aprisionados na rocha-reservatrio. J a figura seguinte apresenta corte geolgicoesquemtico, mostrando um outro tipo de armadilha estrutural, em que o deslocamento relativo dos

    blocos ao longo do plano de falha colocou o argilito (rocha de cobertura) frente rocha-reservatrio,

    impedindo, desse modo, a migrao dos hidrocarbonetos e da gua.

    Figura 1.11 Detalhe de armadilha estrutural condicionada pelo deslocamento relativo de blocos

    As rochas selantes ou capeadoras so as responsveis pela reteno do petrleo nas trapas. So

    rochas situadas acima das rochas-reservatrio, que impedem o escape dos fluidos, aprisionando-os e

    formando assim uma acumulao petrolfera. Devem apresentar baixa permeabilidade, associada

    alta presso capilar, de modo a impedir a migrao vertical do petrleo. So normalmente de

    granulometria fina e elevado nmero de poros. Portanto, rochas selantes so normalmente de

    granulometria fina (folhelhos, siltitos, calcilutitos) ou qualquer rocha de baixa permeabilidade, cujatransmissibilidade a fluidos inferior dos reservatrios a elas relacionados em vrias ordens de

    grandeza (por exemplo, evaporitos diversos, rochas gneas intrusivas). Eventualmente, mudanas

    faciolgicas ou diagenticas dentro da prpria rocha-reservatrio, ou mesmo elementos estruturais,

    tais como falhamentos, podero servir de selo para o petrleo.

    A figura abaixo apresenta corte geolgico esquemtico, mostrando um tipo de armadilha

    estratigrfica. Os hidrocarbonetos, bem como a gua, migraram para as duas rochas gresosas, que

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    passaram a ser rochas-reservatrio. A seqncia litoestratigrfica original no experimentou qualquer

    alterao tectnica e erosiva.

    Figura 1.12 Tipo de armadilha estratigrfica.

    Figura 1.13 Armadilhas estratigrficas (THOMAS, 2001).

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    Figura 1.14 Esquemas para acumulao de hidrocarbonetos em reservatrios na Bacia Potiguar

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    II POROSIDADE, PERMEABILIDADE E IP

    Na anlise de um reservatrio de petrleo, fundamental o conhecimento de propriedades bsicas da

    rocha e dos fluidos nela contidos. Essas propriedades determinam a medida do espao entre os

    gros, as quantidades desses fluidos existentes no meio poroso, a distribuio destes, a capacidade

    de se moverem e a mais importante de todas, a quantidade de fluidos que pode ser extrada.

    Os reservatrios tm trs propriedades cujo conhecimento fundamental para se conseguir o mximo

    rendimento na explorao e produo de hidrocarbonetos:

    a) Porosidade;

    b) Permeabilidade;c) Saturao dos hidrocarbonetos.

    Porosidade: constitui a medida do espao existente entre esses gros. Assim, podemos dizer que o

    volume total ocupado por uma rocha-reservatrio a soma do volume dos materiais slidos (gros ,

    matriz e cimento) e do volume poroso. Portanto, a porosidade de uma rocha definida por: = Vp/Vt.

    Consiste, pois, na medida dos espaos vazios em uma rocha e resulta fundamental para que esta

    atue como reservatrio.

    Porosidade ( , em % ) = (volume de poros / volume total ) x 100

    A porosidade se expressa como (%). Quase a totalidade os reservatrios tem a porosidade entre 5%

    e 30%, e mais da metade deles tem entre 10% e 20% de porosidade.

    Normalmente, existe comunicao entre os poros de uma rocha. Porm, devido cimentao, alguns

    poros podem ficar totalmente isolados. Chama-se porosidade absoluta a razo entre o volume de

    todos os poros, interconectados ou no, e o volume total da rocha. A razo entre o volume dos poros

    interconectados e o volume total da rocha denominado de porosidade efetiva.

    A porosidade primria ocorre quando da converso do material sedimentar em rocha. Entretanto,aps a sua formao, a rocha submetida a esforos mecnicos, podendo resultar da o

    aparecimento de fraturas, ou seja, o aparecimento de mais espaos vazios. Essa nova porosidade

    chamada de porosidade secundria.

    A porosidade tambm pode ser classificada em conectada, interconectada e isolada.

    Conectada:

    Poros conectados por um s lado.

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    Interconectada:

    Poros conectados por vrios lados. As correntes de gua podem desalojar o gs e o petrleo

    (saturao de hidrocarbonetos).

    Isolada:Poros isolados.

    A porosidade medida a partir de perfis eltricos executados nos poos ou de ensaios de laboratrio

    em amostras da rocha.

    Figura 2.1 Estrutura porosa de uma rocha-reservatrio

    Figura 2.2 Estruturas cbica e rombodrica e correspondentes porosidades tericas mximas

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    Figura 2.3 Aparncia do preenchimento dos vazios por leo (THOMAS, 2001)

    Um corpo que inicialmente tem um volume V, ao ser submetido a uma compresso P, sofrer uma

    reduo de volume V. O quociente entre a reduo de volume Ve o volume original Vrecebe o

    nome de variao fracional. Dividindo-se a variao fracional pelo P, tem-se a compressibilidade.Assim, a compressibilidade definida pelo quociente entre a variao fracional de volume e a

    variao de presso, propriedade intimamente relacionada variabilidade na porosidade de uma

    rocha.

    O volume dos poros uma funo da presso interna destes. Ao ser retirada uma certa quantidade

    de fluido do interior da rocha, a presso cai e os poros tm seus volumes reduzidos. relao entre

    essa variao fracional dos volumes dos poros e a variao de presso d-se o nome de

    compressibilidade efetiva da formao, muito aplicada pelos engenheiros de reservatrio.

    Permeabilidade: a medida da capacidade de um material (tipicamente uma rocha) para transmitir

    fluidos. de grande importncia na determinao das caractersticas de fluxo dos hidrocarbonetos em

    reservatrios de petrleo e gs e da gua nos aqferos. A permeabilidade (k) a capacidade de uma

    rocha para que um fluido flua atravs dela, medindo-se Darcys (D), que a permeabilidade que

    permite a um fluido de um centipoise de viscosidade fluir a uma velocidade de 1cm/s, a uma presso

    de 1atm/cm. Habitualmente, devido baixa permeabilidade das rochas, usam-se os milidarcys. A

    permeabilidade mdia das rochas-armazm varia entre 5 e 500 milidarcys, mas h depsitos de at

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    3.000 - 4.000 milidarcys (3 4 D). Para ser comercial, o petrleo deve fluir a vrias dezenas de

    milidarcys.

    Saturao de hidrocarbonetos: os poros de uma rocha-reservatrio, alm de hidrocarbonetos,

    contm gua. Assim sendo, o conhecimento do volume poroso no suficiente para seestabelecerem as quantidades de leo e/ou gs contidas nas formaes. Para que essas quantidades

    sejam estimadas, necessrio estabelecer o percentual do volume poroso ocupado por cada fluido.

    Esses percentuais recebem o nome de saturao.

    A saturao de hidrocarbonetos expressa, portanto, a porcentagem de espaos de poros que est

    ocupado por petrleo ou gs natural. Devido a certas propriedades dos fluidos e das rochas-

    reservatrio, comum que ao menos uma parte do espao dos poros esteja ocupada por gua.

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    BIBLIOGRAFIA

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    PETROBRS. O Petrleo e a Petrobras: em perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Petrobras, 1993.

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    THOMAS, J. E. Fundamentos de Engenharia de Petrleo. Rio de Janeiro: Intercincia, 2001.

    SITE CONSULTADO

    http://www.pgtech.com.br