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Organização do Serviço de Enfermagem HISTÓRIA DA ENFERMAGEM Professora Enfermeira Carla Daniela

Organização do Serviço de Enfermagem · dos séculos, com estreita ... Nessa época os enfermeiros eram os sentenciados e prostitutas que ... Nos Estados Unidos a primeira Escola

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Organização do Serviço de

Enfermagem

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Professora Enfermeira Carla Daniela

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

• A enfermagem é uma profissão que foi desenvolvida através

dos séculos, com estreita relação com a história da civilização,

entretanto, o ritmo do progresso na medicina nem sempre

correspondeu ao progresso da enfermagem.

• Nos tempos antigos A.C., não há grande documentação

referente diretamente à enfermagem, mas podemos imaginar a

mãe como primeira enfermeira da família.

• A decadência da moral e do espírito de solidariedade influenciou a

Medicina e a Enfermagem, além das outras ciências, tornando a

tarefa de cuidar de doentes como algo inferiorizante e que, portanto

deveria ser exercida por pessoas de baixo nível moral e social.

Nessa época os enfermeiros eram os sentenciados e prostitutas que

cumpriam sua pena judicial prestando serviço nos hospitais. Estes

gozavam de péssima reputação. A clientela era na maioria

mendigos que não tinham para onde ir. Havia, porém, hospitais

para atender a clientela burguesa e estes eram considerados

melhores, um pouco!

Enfermagem Moderna

• O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos

hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no

posicionamento do médico como principal responsável por esta

reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de

disciplinarização e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da

fase sombria em que esteve submersa até então.

• A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas

condições de salubridade. Diz-se mesmo que foi a época em que

estiveram sob piores condições, devido principalmente à

predominância de doenças infectocontagiosas e à falta de pessoas

preparadas para cuidar dos doentes

• Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas,

enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa,

tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam

num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da

classe abastada.

• É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando

Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da

Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate

na Guerra da Criméia.

O Período Florence Nightingale

• Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses de família rica e tradicional que, opondo-se aos costumes de sua época lutou para dignificar e tornar a enfermagem mais que um simples ato caritativo. Possuía inteligência incomum, determinação e perseverança, isto lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército expondo com determinação suas ideias. Dominava o inglês, o francês, o alemão, o italiano além do grego e do latim. Conhecia história, geografia e política. Iniciou sua preparação como enfermeira numa Instituição na Alemanha, chamada Kaiserwerth.

• Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a

Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra a Rússia - é a

Guerra da Criméia. Os soldados ingleses acham-se no maior

abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.Florence

partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas

vindas de diferentes hospitais.

• Aos poucos, os soldados e oficiais um a um começam a curvar-se e a

enaltecer esta incomum Miss Nightingale. A mortalidade decresce de

40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela

será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna

na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a

guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida

de inválida.

• Dedica-se, porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos

trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e,

graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única

maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de

Enfermagem em 1959. Após a guerra, Florence fundou uma

escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a

servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas

posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma

das características da escola nightingaleana, bem como a

exigência de qualidades morais das candidatas.

• O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias

ministradas por médicos. Determinou três normas essenciais:

• 1. Direção de escolas para enfermeiras dirigidas por uma

enfermeira.

• 2. Ensino metódico.

• 3. Seleção rigorosa das candidatas sob o ponto de vista

intelectual, moral, físico e de aptidão profissional.

• Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o

ensino de Enfermagem. Assim a Enfermagem surge não mais

como uma atividade empírica, desvinculada do saber

especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem

atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-

se como uma prática social institucionalizada e específica.

• Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram

que enfrentar, devido à incompreensão dos valores necessários ao

desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo mundo, a

partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi

criada em 1873.

• Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar

serviços a domicílio em New York. As escolas deveriam

funcionar de acordo com a filosofia da Escola de Florence

Nightingale, baseada em quatro ideias chave:

• 1. O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão

importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido

pelo dinheiro público.

• 2. As escolas de treinamento deveriam uma estreita associação

com os hospitais, mas manter sua independência financeira e

administrativa.

• 3. Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo

ensino no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem.

• 4. As estudantes deveriam, durante o período de treinamento,

ter residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente

confortável e agradável, próximo ao hospital.

A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

Período colonial

• A organização da Enfermagem desde o princípio da colonização

foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram

origem em Portugal.

• A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos,

em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio

de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e

Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro

II e Dona Tereza Cristina.

• No que diz respeito à saúde do nosso povo merece destaque o

Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e

catequeses; foi além: atendia aos necessitados do povo, exercendo

atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos

estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e

as doenças mais comuns.

• A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais

minuciosamente descritas. Supõe-se que os Jesuítas faziam a

supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por

eles. Não há registro a respeito.

• Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de

proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial,

graças a atuação de José Bonifácio Andrada e Silva.

• A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em

1822. Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a

Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

• A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano

seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira

formada no Brasil.

• No começo do século XX, grandes números de teses médicos

foram apresentados sobre Higiene Infantil e Escolar,

demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes a

novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não

teve influência imediata sobre a Enfermagem.

• Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império,

raros nomes de destacaram e, entre eles, merece especial

menção o de Ana Neri.

Biografia de Ana Néri

• Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil.

Prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de

Assunção, Corriente e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai.

• Ana Néri (1814-1880) nasceu em Vila da Cachoeira do

Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se

aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-de-fragata da

Marinha, que estava sempre no mar.

• Ana acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou

viúva com 29 anos. Em 1843, seu marido morre a bordo do

veleiro Três de Maio, no Maranhão. Criou sozinha os três filhos,

Justiniano, Isidoro e Pedro Antônio. Os dois primeiros tornaram-

se médicos e o Pedro Antônio, militar.

• Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na

Guerra do Paraguai. Os filhos de Ana Néri foram convocados para

lutar no campo de batalha. Sensibilizada com a dor da separação,

no dia 8 de agosto, escreveu ao presidente da província

oferecendo-se para cuidar dos feridos de guerra, enquanto o

conflito durasse. Seu pedido foi aceito.

• Partiu de Salvador, em direção ao Rio Grande do Sul, onde

aprendeu noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São

Vicente de Paulo. Com 51 anos, foi incorporada ao Décimo

Batalhão de Voluntários e durante toda a guerra prestou serviços

nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá.

Tornou-se a primeira mulher enfermeira do país.

• Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e

excesso de doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua

dedicação ao trabalho como enfermeira, por todos os hospitais

onde passou.

• Ana montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital

paraguaia, sitiada pelo exército brasileiro. No final da guerra, em

1870, Ana voltou ao Brasil com três órfãos de guerra. Foi

homenageada com a Medalha Geral de Campanha e a Medalha

Humanitária de Primeira Classe. D. Pedro II, por decreto, lhe

concedeu uma pensão vitalícia.

• Ana Justina Ferreira Neri, faleceu no Rio de Janeiro em 20 de

maio de 1880.

• Carlos Chagas batizou com o nome de Ana Néri a primeira

escola oficial brasileira de enfermagem, em 1926. O dia do

enfermeiro é comemorado no dia 20 de maio.

• A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO EM

ENFERMAGEM NO BRASIL NO SÉCULO XIX

Cruz Vermelha Brasileira

• A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de

1908, tendo como primeiro presidente Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz

Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918).

Fundaram-se filiais nos Estados. Durante a epidemia de gripe espanhola

(1918), colaborou na organização de postos de socorro, hospitalizando

doentes e enviando socorristas a diversas instituições hospitalares e a

domicílio. Atuou também socorrendo vítimas das inundações, nos estados de

Sergipe e Bahia, e as das secas do nordeste. Muitas das socorristas dedicaram-

se ativamente à formação de voluntárias, continuando suas atividades após o

término do conflito.

Saúde Pública

• No desenvolvimento das organizações sanitárias no Brasil,

aparecem dois grandes médicos: Oswaldo Cruz, responsável pela

criação da medicina preventiva entre nós e Carlos Chagas, pela

sua contribuição à enfermagem em Saúde Pública. Em 2 de janeiro

de 1920, pelo Decreto 3.987, foi criado o Departamento Nacional

de Saúde Pública. No setor de Profilaxia da Tuberculose, iniciou-

se o serviço de visitadores.

• No ano seguinte, pensou-se em estender essa assistência ao setor

de doenças venéreas e outras doenças transmissíveis. Por iniciativa

de Carlos Chagas, então diretor do Departamento, e com a

cooperação da Fundação Rockfeller, chegou ao Rio, em 1921, um

grupo de enfermeiras visitadoras que iniciou um curso intensivo.

Fundada a Escola Ana Néri, as primeiras alunas foram logo

contratadas pelo Departamento Nacional de Saúde Pública. Teve

início então um trabalho de educação sanitária nos setores de

profilaxia da tuberculose e higiene infantil, estendendo-se depois, à

higiene pré-natal e visitação aos portadores de doenças

transmissíveis.

Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

• Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto"

• Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro

• Escola Ana Néri

• Escola de Enfermagem Carlos Chagas

• Escola de Enfermagem "Luísa de Marillac“

• Escola Paulista de Enfermagem

• Escola de Enfermagem da USP

O Nascimento da Enfermagem Científica

• Em 1848, em Sêneca Falls, Nova Iorque, realizou-se a Convenção para os Direitos das Mulheres, que obteria grandes repercussões históricas. Susan B. Anthony e muitas outras companheiras exigiam direito ao voto, a oportunidade para cursar níveis superiores e exercer profissões destes níveis, inclusive, Direito e Medicina.

• Elisabeth Ackel (1821-1910) após muita luta, conseguiu ingressar em 1847 no “Genova Medical College” em Nova Iorque, tornando-se militante pela causa da saúde.

• Em 1850, inaugurou o “The Woman’s Medical College of Pensilvânia”, com oito candidatas ao curso médico

• Neste cenário, Florence Nigthtingale (1820-1910) nascida em Florença –

Itália, filha de família abastada, dedica-se à Enfermagem, tornando-se uma

das maiores expressões mundiais.

• Ela conheceu hospitais da França, Alemanha, Itália, Bélgica e Inglaterra e,

rapidamente, tornou-se Supervisora de Enfermagem no “Kings Colige

Hospital.

• Nesse local, funcionava o grande “Barack Hospital”, que durante o conflito

entre a Rússia, as forças aliadas da Inglaterra, a França e a Turquia, com

capacidade para apenas 1700 pacientes, atendia de 3.000 a 4.000 doentes e

feridos de guerra.

• As condições sanitárias do hospital eram deploráveis e a taxa de mortalidade,

nestas condições, era de 42%.

• Florence Nigthtingale revolucionou o Barack Hospital. Com sua atuação, a

taxa de mortalidade de fevereiro de 1855, de 427 por 1000 pacientes, foram

reduzidas para 22 por 1000 em junho de 1855. Ela fazia suas rondas durante

as noites com um lampião, levando assistência, afeto e conforto aos doentes,

tendo sido imortalizada como a “Dama da Lâmpada”. Demonstrando

conhecimento em estatística, fez uso de método científicos, apresentando

estes dados em gráficos.

• No Brasil, quando sequer havia escola de Enfermagem, surgiu Ana Néri (1815-

1880), que com a ida de seus três filhos à Guerra do Paraguai (1864-1870),

resolveu torna-se voluntária e cuidar dos feridos da guerra. Cuidava de todos

indistintamente, inimigos e aliados, preocupada em salvar vidas e preservar a

essência humana.

• Foi reconhecida como heroína no Brasil e no Paraguai. Em 1870, quando

retornou ao país, ganhou as medalhas “Humanitária” e “Campanha” e a

primeira Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro

recebeu seu nome.

• Atualmente, os hospitais são organizados e administrados como grandes

empresas e a área de Enfermagem estão cada dia mais avançado. Entretanto,

com esse histórico como pano de fundo, gostaríamos de alertar aos

Administradores de Enfermagem, a importância fundamental de trabalhar de

forma sistematizada os Serviços de Enfermagem embasada em conhecimentos

científicos.

• O Enfermeiro deve ser valorizado na sua essência e como um profissional, que

alia conhecimento e fundamentos para operacionalizar a totalidade da Gerência

de Enfermagem, quer seja funcional, quer seja produtiva.

• Deve ser uma tônica do trabalho do Administrador de Enfermagem e do

Administrador Hospitalar, valorizar esses profissionais, uma vez que o

talento dos Enfermeiros desempenha um papel imediato na criação de valor

para o cliente, tornando irrefutável que depende cada vez mais lealdade de

seus colaboradores.

• Busca-se nos líderes não apenas credibilidade, mas sensibilidade para

enxergar à frente, com senso de direção e visão do futuro. O que diferencia

de outros profissionais é que suas funções transcendem aos cargos. Pois,

como bem disse Sir William Bridges: “O cargo é uma forma grosseira de

medir o poder...”

O Nascimento do Hospital

• Segunda Foucault, antes do século XVIII, o hospital era essencialmente uma

instituição de assistência aos doentes pobres, portadores de doenças contagiosas,

que representavam perigo à sociedade. Mais que isso, o hospital era o claustro da

comunidade religiosa, a personificação da separação e da exclusão, já que deveria

estar presente para recolher os doentes e proteger a sociedade dos perigos que

eles encarnavam.

• O personagem principal do hospital dessa época não era o doente que precisava

ser curado, mas o pobre que estava morrendo. Dizia-se que o hospital era um

“morredouro” e as pessoas que tratavam dos doentes não eram destinadas a

realizar a cura, mas a conseguir sua própria salvação.

• A partir do momento em que o hospital é concebido como um instrumento de

cura, o médico passa a ser o principal responsável pela organização hospitalar e

surge uma organização com vistas à cura, tornando o médico, responsável pelo

regime alimentar e pelos medicamentos, assumido, até certo ponto, o

funcionamento econômico do hospital, até então, privilegio das ordens religiosas.

• A partir daí, começa a existir a necessidade de organizar visitas e a enfermeira

torna-se responsável pela administração de um sistema de registros permanentes

das técnicas de identificação de um sistema de registros permanente das técnicas

de identificação dos pacientes, das doenças e dos diagnósticos, que permitem aos

médicos melhor êxito no tratamento, inclusive, das doenças epidêmicas.

• O hospital torna-se então, não somente um lugar de cura, mas o campo

documental de registros, acúmulos de informações e formação do saber técnico-

científico.

HOSPITAL NA ATUALIDADE

• Definição;

• Funções do hospital;

• Localização;

• Organização

Definição

• O Ministério da Saúde define o hospital como sendo “parte integrante de

uma organização médica e social, cuja função básica consiste em

proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva,

sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se

também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de

pesquisas em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-

lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a eles vinculados

tecnicamente”.

Funções do hospital

• • Prevenir a doença: esta função se caracteriza pelas ações relativas à assistência

pré-natal, à atenção à saúde da criança e do adolescente, ao controle de

moléstias transmissíveis, à prevenção da invalidez física e mental, à educação

sanitária, à higiene do trabalho e à prevenção de enfermidades crônicas.

• • Restaurar a saúde: é a função mais exercida pelo hospital, através de ações de

diagnóstico, tratamento de doenças ou agravos à saúde e readaptação física, mental e

social do indivíduo. O nível atual de desenvolvimento tecnológico, científico e

administrativo tem por resultado um caráter mais dinâmico dos serviços hospitalares

através de diagnóstico precoce das doenças e agilidade na aplicação de tratamento

clínico, cirúrgico e procedimentos especiais. Estes fatores contribuem para o melhor

desempenho dos pacientes na fase de recuperação e reabilitação. Como

consequência, verifica-se uma redução na média de permanência hospitalar e nos

gastos com a internação. Há racionalização de custos, considerável aumento da

capacidade de internação, com pacientes menos sujeitos à infecção hospitalar e

desgastes psicológicos.

• • Exercer funções educativas e de pesquisa: através de educação sanitária e

prática de saúde pública, visando o paciente, a família e a comunidade. Sob o

ponto de vista de formação de saúde, o hospital exerce papel fundamental,

pois é onde se colocam em prática os conhecimentos e inovações técnico-

científicas, nas diversas áreas de atividades no campo da saúde.

Localização

• O hospital deve estar instalado em local de fácil acesso, livre da agitação e do

barulho.

Organização • Em geral, o hospital é subdividido em departamentos, dispondo cada um de

recursos materiais, humanos e serviços auxiliares que garantem o seu

funcionamento. Um exemplo de departamentalização é o hospital constituído de:

• • Conselho diretivo;

• • Direção;

• • Corpo Clínico (Serviços Clínicos);

• • Serviços de apoio clínico: Serviços auxiliares de Diagnóstico e Tratamento

(SADT);

• • Serviços Técnicos: Enfermagem, Nutrição e Dietética, Serviço Social,

Farmácia, Odontologia, psicologia, Fisioterapia, Serviço de Arquivo Médico e

Estatística (SAME); Fisioterapia etc;

• • Serviços de Apoio administrativo: Finanças, Contabilidade, Engenharia e

Manutenção Hospitalar, Lavanderia, Zeladoria, Transporte etc.