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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ 1 [email protected] profmarciocunha.com Disciplina – Gestão de Pessoas 1 (em exercícios). Organizador: Prof. Márcio Cunha Nota: Podem incidir erros de digitação, impressão ou dúvidas conceituais. Em qualquer dessas hipóteses, solicitamos a comunicação, a fim de que se possam esclarecer quaisquer dúvidas pertinentes. Bons estudos, Professor Márcio Cunha! 1 Exceto tópicos relacionados à administração geral e pública.

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Disciplina – Gestão de

Pessoas1 (em exercícios).

Organizador: Prof.

Márcio Cunha

Nota: Podem incidir erros de digitação, impressão ou dúvidas conceituais. Em qualquer dessas hipóteses,

solicitamos a comunicação, a fim de que se possam esclarecer quaisquer dúvidas pertinentes.

Bons estudos,

Professor Márcio Cunha!

1 Exceto tópicos relacionados à administração geral e pública.

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1 – GESTÃO DE PESSOAS

A Gestão de Pessoas apresenta um importante papel de gerenciar pessoas nas

organizações, sejam essas públicas ou privadas. As transformações advindas no ambiente

organizacional impactam alterações na maneira de como os trabalhadores passaram a ser

considerados e de como criar um ambiente de cooperação no contexto organizacional. Desta

forma surge a gestão de pessoa como função gerencial, com a preocupação de como valorizar as

pessoas no trabalho, uma vez que, essas constituem fonte de produção de novos conhecimentos

em pleno funcionamento nas organizações, (GIL, 2008).

1.1 – EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS

De acordo com, Marras, (2003) a evolução da gestão de pessoas passa por seis (sete) fases:

Contábil, Legal, Tecnicista, Administrativa/Sindicalista, Estratégica e a fase do Conhecimento que

corresponde a “evolução da fase estratégica”.

Até 1930 Contábil - 1930 a 1950 Legal - 1950 a 1964 Tecnicista - 1964 a 1985

Administrativa/Sindicalista - Posterior a 1985 Estratégica - A partir de 1990... Conhecimento

(atual) 2

1.2 – GESTÃO DE PESSOAS (aspectos conceituais)

A gestão de pessoas no setor público possui algumas peculiaridades que são oriundas da própria

natureza das organizações que compõem esse setor. Uma organização do setor público difere em

muito de uma organização do setor privado. Dentre as divergências entre esses dois tipos de

organização se pode citar a finalidade, os meios utilizados para recrutamento, seleção, e

contratação, as políticas de remuneração, os métodos de avaliação de desempenho, além de

outros. Dessa forma, quando se fala de recursos humanos no setor público se faz necessário

atentar para uma realidade diversa daquela já consagrada nas organizações privadas.

Como relatado, uma das diferenças entre uma organização privada e uma pública é a

finalidade destas. Quando uma empresa do setor privado contrata um funcionário para fazer parte

do seu quadro, ela espera que ele consiga contribuir para aumentar os lucros da empresa. Por sua

vez, quando uma organização do setor público contrata uma pessoa ela espera que ele consiga

aumentar os índices de eficiência e eficácia que não necessariamente corresponde a lucro, e sim a

uma melhor prestação de serviços a sociedade. Isso por si só já representa um distanciamento

enorme da abordagem de recursos humanos para esses dois setores. Olivier (2001, p. 2) diz que

“O que se percebe é uma grande dificuldade em se adotar novas técnicas de gestão, o que resulta

numa defasagem do setor público em relação à evolução do mercado e às mudanças de

paradigmas de recursos humanos”.

2 Fase do conhecimento corresponde ao modelo atual da gestão de pessoas, sendo uma evolução da fase estratégica, lembre-se o modelo do

conhecimento é o atual é não o estágio final, uma vez que, a gestão de pessoas está em constante evolução.

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1.3 – Função do Órgão Gestão de Pessoas: A função da gestão de pessoas é fazer com que as

forças organizacionais (estrutura e colaboradores) sejam mais produtivas para beneficiar a própria

organização, clientes, parceiros e empregados. Isto é, a Gestão de Pessoas funciona como uma

mediadora entre os objetivos organizacionais e os objetivos dos colaboradores, não é

característica da função da GP ajudar os colaboradores e sim, auxiliar as pessoas na busca de seus

objetivos pessoais corporativos (individuais).

1.4 – A gestão de pessoas como responsabilidade de linha e função de estafe (staff/estafe): De

acordo com Chiavenato (2008), gerir pessoas é uma responsabilidade de linha e uma função de

Staff. O que significa que quem deve gerir as pessoas é o próprio gestor, supervisor, líder de

equipe ao qual elas estão subordinadas, ele tem a responsabilidade linear e direta pela condição

de seus subordinados. Já função de Staff está atrelada ao papel que a Gestão de Pessoas tem de

fornecer assessoria e/ou consultoria para os gerentes ou superiores de cada departamento na

organização.

Na função de estafe a gestão de pessoas oferece uma consultoria e/ou assessoria interna

aos diversos setores da organização. No entanto essa assessoria encontrar-se vinculada aos

diversos processos a qual ela é especializada, como por exemplo: recrutamento e seleção

(agregar/provisão), avaliação de desempenho (aplicar), treinamento e desenvolvimento

(desenvolver), programas de qualidade de vida no trabalho (reter/manter), benefícios

(recompensar) e entre outros dependendo da dinâmica corporativa de cada organização. Porém é

função desta área oferecer uma consultoria, ou seja, demonstrar o melhor caminho a ser seguido

e até mesmo dependendo do momento seguir em conjunto com as áreas envolvidas. Contudo não

é função da gestão de pessoas apontar qual decisão tomar, sendo responsabilidade de linha de

cada área envolvida.

1.5 – Contexto do Órgão de Gestão de Pessoas: De acordo com Chiavenato (2008), Fleury (2002),

Gil e Lacombe (2008), o contexto geral da Gestão de Pessoas é constituído tanto pelas

organizações, dotadas pela sua estrutura física e financeira como pelos colaboradores que lá

prestam seu labor, uma vez que essa ênfase foi evoluindo ao longo do tempo. Como resultado

desta evolução, já se percebe uma cooperação entre a organização (pública ou privada) e os

colaboradores, já que esses fazem parte do todo e são peças elementares no processo

organizacional.

1.6 – Relação com outros setores: Ela é situacional e contingencial – Situacional, pois está sujeita

a vários aspectos da organização, ou seja, vai depender do ambiente, da tecnologia empregada

pela organização, das políticas e diretrizes vigentes, dos modelos de gestão, da concepção

existente na organização acerca do homem e de sua natureza e, sobretudo da qualidade e

quantidade dos colaboradores disponíveis. É Contingencial, já que não se compõe de técnicas

rígidas e imutáveis, mas altamente flexíveis e adaptáveis sujeitas a um dinâmico desenvolvimento.

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1.7 – Importância: As pessoas podem ser tratadas como recursos produtivos da organização,

sendo dirigidas, controladas e consideradas como inertes no processo organizacional ou podem

ser consideradas como parceiras. E é nesse sentido, que a organização percebe seus

colaboradores atualmente, pelo menos é isso que deveria ser feito, uma vez que esses colaboram

com seus conhecimentos, habilidades, dedicação e experiência na busca de alcançar a efetividade

organizacional. Desse modo, as pessoas constituem parte integrante o capital intelectual

(humano) da organização, sendo considerado o ativo mais valorizado e imensurável, o ativo

intangível.

1.8 – Equilíbrio Organizacional: A relação entre as pessoas e as organizações ocorre pela troca de

experiências e incentivos. Os colaboradores oferecem contribuições (dedicação, trabalho, esforço,

pontualidade, assiduidade e outras) que colaborarão para o alcance dos objetivos organizacionais,

e as organizações fornecem para os colaboradores incentivos (salários, prêmios, benefícios,

oportunidades de crescimento, elogios e outros) que proporcionem a realização de seus objetivos

pessoais.

Se os incentivos oferecidos pelas organizações são diretamente proporcionais às

contribuições ofertadas pelos colaboradores, pode-se dizer que há o equilíbrio organizacional. O

que contribui para que haja uma harmonia e desta forma retendo os colaboradores na

organização.

1.9 – DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES

O cenário atual do ambiente organizacional nas empresas vem apresentando

características diferentes de outrora e alguns fatores talvez possam ajudar a esclarecer essa

transformação e seus motivos. A globalização e o constante avanço tecnológico, somados à

diversidade humana cada vez mais presente no contexto organizacional, têm sido agentes

importantes que desafiam as empresas a buscar soluções eficientes e eficazes no que tange a esse

novo cenário organizacional.

A diversidade da força de trabalho presente nas organizações é uma importante questão a

ser observada. A sociedade está se tornando mais heterogênea, e isso não é fato isolado, mas

fenômeno global e inexorável. Logo, os reflexos desse fenômeno manifestam-se dentro das

organizações, uma vez que elas são formadas pelas pessoas que fazem parte da sociedade. Frente

a todas as formas de diversidade que podem estar presentes no ambiente organizacional, torna-se

necessária uma gestão de pessoas que venha a atender a essas transformações.

1.9.1 – Diversidade vs. Diversidade nas Organizações

O tema diversidade é bastante amplo. Sua abordagem vai desde definições restritas às questões

de raça, etnia e gênero, até as mais abrangentes que consideram como diversidade qualquer

diferença individual entre as pessoas. Ao mesmo tempo em que o tema diversidade pode ser

abrangente a ponto de considerar todas as particularidades de um indivíduo, dependendo da

capacidade que se tem de separar os grupos dentro de uma sociedade, a sua definição pode ficar

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bastante restrita, considerando-se apenas um grupo formado por maioria e outro formado pelas

minorias. Por essa razão, esse assunto é fundamental, não apenas para o entendimento do

conceito de diversidade, mas também como gerenciar essas diversidades nas organizações

contemporâneas.

1.9.2 – Diversidade: Refere-se a uma variedade de atributos de indivíduos e grupos.

Segundo essa perspectiva, as organizações deveriam perceber as qualidades de seus

consumidores e colaboradores. A diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à

idade, história pessoal e corporativa, carreira, formação educacional, função e

personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de

serviço na organização, status de privilégio ou de não privilégio (ALVES, 2009, p. 22).

1.9.3 – Gestão da Diversidade: A adoção de medidas administrativas que garantam que os

atributos pessoais, ou de grupo, sejam considerados recursos para melhorar o desempenho da

organização.

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2 – PROCESSOS DE AGREGAR PESSOAS:

Conceito: São os processos utilizados para melhor aproveitar e/ou incluir novas pessoas na

organização. Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas.

2.1 – RECRUTAMENTO: É o procedimento de identificação e captação e/ou atração de

candidatos do mercado de recursos humanos para participarem do processo de seleção.

Recrutamento interno – Atua sobre candidatos que estão trabalhando dentro da

organização, para promovê-los ou transferi-los para outras atividades.

Vantagens:

Aproveitamento melhor do potencial humano da organização;

Motiva o desenvolvimento e a fidelidade dos funcionários;

Probabilidade de melhor seleção e não requer a integração dos funcionários;

Apresenta maior índice de validade e de segurança na seleção;

Menor custo financeiro e ideal para a situação de instabilidade.

Desvantagens:

Bloqueia a entrada de novas ideias, experiências e expectativas;

Facilita o conservantismo e favorece a rotina;

Mantém estático o patrimônio humano da organização;

Pode facilitar a ocorrência do “principio de Peter3”;

Conserva a cultura organizacional existente.

Recrutamento externo – Atua com candidatos que estão MRH, portanto fora da

organização, para submetê-los ao eu processo de seleção de pessoal.

Vantagens:

Introduz sangue novo na organização;

Enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos;

Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas;

Aproveita os treinamentos de desenvolvimento feitos por outras organizações;

Renova a cultura organizacional e incentiva a interação da organização.

Desvantagens:

Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários;

Reduz a fidelização dos funcionários ao oferecer oportunidade a estranhos;

Requer aplicação de técnicas seletivas e integração gerando maior custo operacional;

Mais oneroso, demorado e inseguro que o RI.

3 Peter afirma que os colaboradores geralmente começam em posições hierárquicas inferiores, mas com o passar do tempo,

eles começam a se mostrar competentes na tarefa que desempenham. Assim, na ascendente e produzindo resultados, o

sistema empurra esse colaborador para um nível acima, ou seja, via de regra são promovidos para graus superiores. Quando

começa a revelar sinais de incompetência, esse estaciona. Sendo que toda a competência usada para subir até aqui já não serve

mais para continuar subindo.

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Recrutamento misto – É o tipo de recrutamento que abrange candidatos internos e

externos à empresa, isto é, utilizam as duas formas anteriores de captação de recrutamento.

De acordo com Chiavenato (2004), o recrutamento misto é uma solução formada a partir de

diversos gêneros ou opiniões com a liberdade de escolher o que julgar melhor, abordando

tanto as fontes internas quanto as externas dos recursos humanos para o recrutamento.

TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO:

Técnicas internas: Refere-se às técnicas que poderão ser utilizadas para captar

candidatos no interior da organização. Intranet, banco interno de talentos, circular,

memorando, quadro de avisos, sistema interno de som, e-mail “corporativo” interno ou

qualquer outro meio formal de comunicação coorporativa.

Técnicas externas: Refere-se aos procedimentos utilizados para captar candidatos no

mercado de recursos humanos. Anúncio em jornais de grande circulação; Edital de concurso;

Revistas Especializadas; Sites; Headhunters; Email’s; Indicação; Organização sindical, entidade

de classe ou associação; Consultoria em RH; Banco de Talentos (interno-externo); Agencia do

trabalhador (SINE) E-Recrutamento ou eRecruitment; Contados com faculdades; centros

acadêmicos; palestras; “homem propaganda”; cartazes, outdoor; anuncio em televisão; rádio.

2.2 – SELEÇÃO DE PESSOAS – É um sistema de comparação e de escolha que deve

necessariamente apoiar-se em algum padrão ou critério para alcançar certa validade.

Lembrando que na seleção será realizada uma comparação entre os perfis dos candidatos e o

perfil “padrão ou critério” da vaga em questão, para verificar quem apresenta à característica

mais compatível e ainda escolher o(s) candidato(s) mais adequado(s) a oportunidade oferecida.

É importante frisar que essa escolha não implica necessariamente em contratação, pois a

contratação será de responsabilidade do gestor de linha da vaga trabalhada na seleção.

TÉCNICAS DE SELEÇÃO:

1 - Análise curricular: É avaliada por algumas literaturas como a primeira etapa para se

selecionar candidatos, considerada ainda como “triagem curricular”. Essa análise geralmente é

realizada por um especialista em recrutamento e seleção que analisa as competências (técnicas

e comportamentais) dos candidatos e suas experiências organizacionais e/ou acadêmicas

passadas.

2 - Entrevista: Considerada a técnica mais utilizada, uma vez que, fornece um contato direto

(face a face) do entrevistador com o(s) entrevistado(s) e ainda pode proporcionar uma ampla

visão tanto da linguagem formal como da comunicação não verbal “corporal” do(s)

candidato(s).

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TIPOS DE ENTREVISTA

Diretiva: É um método de entrevista em que se busca padronizar as respostas e não as

perguntas, ou seja, não especifica as questões, mas o tipo de resposta desejada.

Padronizada/Fechadas/Estruturadas nas Perguntas: É o tipo de entrevista que trabalha

com um roteiro de perguntas previamente elaboradas em sequencia, sendo que o

entrevistador deve seguir essa sequencia a risca para obter o melhor desempenho dessa

técnica. A entrevista padronizada, permite respostas abertas, ou seja, oferece total

liberdade nas respostas do candidato.

Semi-Padronizada, Semi-estruturada: É método que combina perguntas fechadas e

abertas, e que permite ao entrevistado discorrer sobre o tema sugerido sem que o

entrevistador fixe a priori determinadas respostas ou condições.

Aberta/ não-estruturada/ não padronizada/ não diretiva: É o tipo de entrevista que

não trabalha com nenhum roteiro pré-estabelecido de questões. É uma entrevista

totalmente livre e que não especifica nem as questões e nem as respostas requeridas.

Trata-se de uma entrevista cuja sequencia e orientação fica a critério de cada

entrevistador. Contudo é uma técnica criticada pela sua baixa consistência devido ao

fato de não se basear em um roteiro ou itinerário previamente estabelecido e ainda

pode se correr o risco de o condutor da entrevista esquecer ou omitir alguns assuntos

ou informações.

Totalmente Padronizada: É o tipo de entrevista que trabalha como um roteiro pré-

estabelecido de perguntas e respostas, no qual o entrevistador faz perguntas

padronizadas e previamente elaboradas no sentido de obter respostas definidas e

fechadas. Pode assumir uma variedade de formas, como escolha simples (verdadeiro-

falso, sim-não, agrada-desagrada), escolha múltipla (alternativa correta) etc

NOTA: Cuidado com os tipos de entrevista,

principalmente com a Diretiva e a Padronizada, pois

existe uma diferença bem sutil entre elas. A técnica

Diretiva tem uma padronização nas respostas e a

Padronizada trabalha com questões estruturadas.

3 - Provas de conhecimento ou capacidade: São instrumentos para avaliar o nível de

conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a ser preenchido.

Procura medir o grau de conhecimentos, básicos ou técnicos, como noções de informática,

português, matemática, de redação, de inglês e entre outros.

Por outro lado, as provas de capacidade constituem amostras de trabalho que são

utilizadas como testes para verificar o desempenho dos candidatos. Procuram medir o grau de

capacidade ou habilidade para certas tarefas, como a perícia em lidar com computador, a

habilidade do motorista profissional (categoria “D”), testes de capacitação física, de digitação

ou do operador com máquinas diversas. (CHIAVENATO, 2001).

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4 - Testes psicológicos/personalidade: É uma técnica de seleção, aplicada apenas por

profissionais da área de psicologia com destreza para tal finalidade. Os testes psicológicos

constituem uma medida objetiva de uma amostra do comportamento no que se refere a

aptidões da pessoa. Esses testes são utilizados como uma medida de desempenho e se baseiam

em amostras estatísticas de comparação, sendo aplicados sob condições padronizadas.

5 – Dinâmicas/simulação/Situacional: As técnicas de simulação deixam o tratamento individual

e isolado para centrar-se no tratamento em grupos e substituem o método verbal ou de

execução pela ação social. Esta técnica é um excelente instrumento de avaliação, porque

admite observar o comportamento do candidato em grupo, suas reações frente a obstáculos, à

liderança, à amabilidade, criatividade, adaptabilidade, entre outras características. Os jogos nos

ajudam a definir o profissional mais adequado para o perfil do cargo, de forma mais rápida e

eficaz, uma vez que, nos permite visualizar seu desempenho em meio de uma simulação de

alguma situação real de trabalho, sendo aplicada na seleção para verificar certas características

(técnicas e comportamentais) desejáveis nos candidatos.

MODELOS DE TRATAMENTO: Na dinâmica corporativa em vários momentos os gestores se

veem diante de algumas situações, que são obrigados a tomar algumas decisões para o bem de

toda a organização. Na seleção de acordo com Chiavenato (2006), existem algumas formas de

tratamento que buscam auxiliar a tomada de decisão sobre os candidato (os) a ser(rem)

contratados.

- Modelo de colocação - Há um só candidato e uma só vaga a ser preenchido por aquele

candidato. Este modelo não inclui a alternativa de rejeitar o candidato. O candidato

apresentado deve ser admitido sem sofrer qualquer rejeição.

- Modelo de seleção: Há vários candidatos e apenas uma vaga a ser preenchida.

- Modelo de classificação: Existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada

candidato. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se

pretendem preencher.

3 – PROCESSO DE APLICAR (GESTÃO DE DESEMPENHO)

Refere-se ao conjunto de comportamentos manifestados pelo indivíduo na execução de atividades e cumprimento de metas previamente definidas entre chefia, servidor e equipe de

trabalho, com vistas ao alcance dos objetivos institucionais e individuais. Sua gestão deve ser

orientada para o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes,

conhecida como competência, necessários ao desempenho das funções dos servidores.

Para a excelência da Gestão de Desempenho não basta apenas preencher a avaliação e

sistematizar os resultados. O processo deve contemplar também a definição do plano de

trabalho, propiciando o feedback do gestor sobre trabalho realizado pelo servidor. Acrescenta-

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se que o bom ou o mau desempenho não é responsabilidade apenas do indivíduo. Variáveis de

contexto devem, ainda, ser consideradas em todas as etapas da gestão do desempenho.

3.1 – INTEGRAÇÃO OU SOCIALIZAÇÃO OU AMBIENTAÇÃO: São programas utilizados

para orientar e apresentar a cultura, missão, visão e valores organizacionais ao novo

colaborador, ou seja, consiste em um treinamento idêntico para todos, cujo objetivo central é

inserir na dinâmica da organização o recém-contratado no menor tempo possível. Trice e Beyer

(1984), acrescentam que essa transição de colaboradores para novos papéis corporativos, ou

seja, de candidato a colaborador efetivo, compreende com uma das características dos ritos de

passagem estudados na cultura organizacional.

Chiavenato (2011) define integração como:

Um programa formal e intensivo de treinamento inicial destinado aos novos

membros da organização, para familiarizá-los com a linguagem usual da

organização, com usos e costumes internos(cultura organizacional), estrutura

de organização(áreas ou departamentos),principais produtos e serviços a

missão da organização e os objetivos organizacionais.

Esse treinamento é considerado um dos principais instrumentos no processo de

adaptação do novo colaborador e a falta de um programa adequado de integração ou

socialização ou ambientação influencia de forma significativa na produtividade e nas estratégias

corporativas. Sendo assim conhecer a cultura da nova organização, os canais de comunicação

utilizados, o negócio e as estratégias organizacionais é fundamental para uma melhor

adaptação e consequentemente um melhor desempenho laboral deste colaborador.

3.2 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO – É uma apreciação sistemática do desempenho de

cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, ou seja, é um processo que busca

mensurar objetivamente o desempenho e fornecer aos colaboradores informações sobre a

própria atuação, de forma que possam aperfeiçoá-la sem diminuir sua independência e

motivação para a realização do trabalho.

TIPOS DE AVALIAÇÃO – MÉTODOS TRADICIONAIS

ESCALA GRÁFICA: Formulário de dupla entrada, no qual as linhas, em sentido horizontal,

representam os fatores de avaliação de desempenho e as colunas, em sentido vertical,

representam os graus de avaliação desses fatores. Geralmente, utilizam-se três, quatro ou cinco

graus de variação (excelente, ótimo, bom, regular, fraco e péssimo) para cada fator. Com os

fatores de avaliação e respectivos graus, monta-se a escala gráfica de avaliação.

Vantagens e desvantagens – Método de simples construção, de maior abrangência dos

fatores de avaliação dos envolvidos e mais conhecida e utilizada dentro dos métodos

tradicionais de avaliação. Porém com alta probabilidade de efeito halo ou generalização,

avalia apenas o desempenho passado.

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ESCOLHA FORÇADA: Método de avaliação dos indivíduos por meio de blocos de frases

descritivas de determinados tipos de desempenho individual. Sendo que em cada bloco há um

conjunto de frases (positivas e negativas) que o avaliador deve escolher obrigatoriamente

apenas uma das frases, que mais se aplica ao desempenho do avaliado.

Vantagens e desvantagens – O método de distribuição forçada foi construído para

evitar a elevada incidência do efeito da generalização, a influencia pessoal na percepção

dos aspectos de avaliação e não requer treinamento dos envolvidos. Porem é um

método de construção complexa, não proporciona uma visão ampla e nem uma

participação ativa dos envolvidos.

PESQUISA OU REVISÃO DE CAMPO: É um dos métodos mais completos de avaliação do

desempenho. Baseia-se no princípio da responsabilidade de linhas e da função de staff. Requer

entrevistas entre um especialista em avaliação (Gestão de Pessoas - STAFF) com os gerentes

(LINHAS) para, em conjunto, avaliarem o desempenho dos respectivos subordinados

(colaboradores).

Vantagens e desvantagens – Esse método oferece uma profunda avaliação de

desempenho dos envolvidos, proporciona uma interação entre os lideres e especialistas

em avaliação de desempenho e permite o planeamento de ação para futuro dos

colaboradores. Contudo é uma técnica de elevado custo.

INCIDENTES CRÍTICOS: É uma técnica baseada nos extremos. O avaliador observa e registra os

fatos excepcionalmente positivos e negativos a respeito do desempenho da pessoa avaliada. O

método não se preocupa com o desempenho normal, mas com desempenhos excepcionais

(incidentes críticos), sejam positivos ou negativos.

Vantagens e desvantagens – Permite uma maior percepção (positivas e negativas) a

respeito do desempenho das pessoas avaliadas, porém não leva em consideração o

desempenho médio do colaborador, isto é, a curva normal das contribuições dos

colaboradores não tem importância.

LISTAS DE VERIFICAÇÃO: É uma simplificação do método de escalas gráficas, método baseado

em uma relação de fatores de avaliação a serem considerados (checklists) a respeito de cada

colaborador. Cada um desses fatores de desempenho recebe uma avaliação quantitativa.

Vantagens e desvantagens – Esse modelo pode ser usado como base de informações e

servem de auxílio para a memória. Contudo, as listas de verificação são ferramentas de

auxilio, mas serão restritivas se usadas como único mecanismo para avaliar o

desempenho dos colaboradores, e ainda, poderá ocorrer com base nos ressoldados uma

elevada ação disciplinar ou demissão.

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TIPOS DE AVALIAÇÃO – MODERNOS

AUTO AVALIAÇÃO: É o método por meio do qual o próprio colaborador é solicitado a fazer uma

sincera análise de suas próprias características de desempenho. Isto é, cada pessoa se avalia

constantemente quanto à sua performance, eficiência e eficácia, tendo em vista determinados

parâmetros fornecidos pelo seu superior ou pela tarefa.

MÉTODOS MISTOS OU COMBINADOS: Muito comum nas organizações que se caracteriza pela

complexidade de seus cargos. Tem a característica de utilizar uma variedade de métodos na

composição do modelo de avaliação de desempenho.

PARA CIMA: É um modelo de avaliação que permite os subordinados ou a equipe avaliar o

desempenho de seu superior imediato. Tem uma característica reversa de avaliação, isto é,

parte de baixo para cima ou “bottom-up” como esse método se pode proporcionar os meios e

recursos para a equipe alcançar os seus objetivos.

AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA POR OBJETIVOS (APPO): Neste método de avaliação o gestor e o

colaborador negociam em conjunto os objetivos a serem alcançados durante um período

preestabelecido. Método sugerido por Drucker (1954), onde se estabelece objetivos globais,

que derivam em objetivos departamentais, que são apoiados nos objetivos individuais Drucker

ressalta ainda que esses objetivos devem ser específicos, mensuráveis e alinhados aos objetivos

da organização.

360 GRAUS: É feita de modo circular por todos os elementos que mantêm alguma interação

com o avaliado. Participam da avaliação, o chefe, os colegas e pares, os subordinados, os

clientes internos e externos, os fornecedores, enfim, todas as pessoas ao redor do avaliado, em

uma abrangência de 360º graus. Isto é, o colaborador é avaliado pelo universo que o cerca, ou

seja, todos que ele interage em sua atividade laboral.

VÍCIOS OU ERROS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: Para Gil (2012), alguns

fatores podem atrapalhar a consecução dos propósitos da avaliação de desempenho, tais como

a definição inadequada dos objetivos, o pouco envolvimento da alta administração, o

despreparo gerencial para gerir pessoas, a avaliação assistemática, o baixo comprometimento

da liderança e a exclusão dos avaliados do processo de planejamento.

EFEITO HALO/HORN: Ocorre quando o avaliador toma apenas um aspecto no qual o

profissional se destaca (aspecto positivo – HALO) ou apresenta um desempenho

inadequado (aspecto negativo – HORN) e generaliza para todos os outros aspectos.

LENIÊNCIA/SEVERIDADE: Também conhecido como o erro de precisão ou de

complacência e rigor. Consiste em uma tendência do avaliador (gestor) em abranger o

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seu julgamento (brando ou severo) a respeito de seus subordinados a serem avaliados e

com isso evita feedbacks verdadeiros.

TENDÊNCIA CENTRAL: O avaliador tende a fazer uma avaliação media de todos os

colaboradores, ou seja, evita atribuir escores altos ou baixos, mesmo que esses

representam a realidade.

PROJEÇÃO: Tendência de um gestor atribuir suas próprias características, percepções e

experiências pessoas aos colaboradores a serem avaliados, isto é ao invés do gestor

avaliar os colaboradores como realmente são ele avalia com base naquele que acredita

que elas sejam.

EFEITO CONTRASTE: Ocorre quando as características de desempenho de um

colaborador são confrontadas com as características de desempenho de outros

colaboradores avaliados recentemente (logo em seguida ou anteriormente), ou seja,

existe uma comparação das características de desempenho “positivas ou negativas” (a

serem melhoradas).

ESTEREOTIPAGEM: Ocorre quando o gestor avalia o colaborador com base na

percepção do grupo do qual esse colaborador faz parte (preconceito) – "me diga com

quem tu andas, que eu te direi quem és".

PERCEPÇÃO SELETIVA: É uma tendência que uma pessoa tem de destacar aspectos de

uma situação, pessoa ou objeto que estejam em coerência com suas necessidades,

desejos ou atitudes.

OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Verificar adequação e ajustamento do colaborador ao cargo;

Identificar reais necessidades de treinamento;

Beneficiar os avaliados, avaliadores e organização;

Proporcionar Feedback aos envolvidos;

Mensurar o grau de contribuição nas metas da organização;

Subsidiar programas de mérito, promoção e/ou transferência.

3.3 – MODELAGEM DE CARGOS

CARGO: É um conjunto das composições de todas as atividades desempenhadas por

uma pessoa que podem ser englobadas em um todo unificado e que está posicionado no

organograma da organização.

DESENHO DE CARGOS: Consiste na especialização do conteúdo, dos métodos, da

responsabilidade e da autoridade que compõem o cargo a ser estruturado. No sentido de

atender requisitos tecnológicos, organizacionais, sociais e pessoais, estando sempre orientado

pelos objetivos e estratégias da organização. O desenho de cargos na organização é função de

estafe. Contudo na maioria das vezes essa função é compartilhada com as demais áreas da

organização.

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I – Conteúdo do cargo: Conjunto ou atribuições que o ocupante deverá desempenhar,

como por exemplo: O cargo de analista de recursos humanos, entre outras atribuições realiza o

recrutamento e seleção de pessoal.

II – Métodos e processos de trabalho: Modo como esse conjunto de tarefas ou

atribuições deverá ser desempenhado, como por exemplo: O analista de recursos humanos faz

captação curricular e as entrevistas, dinâmicas e testes (psicológicos e conhecimentos gerais)

para o recrutamento e seleção;

III – Responsabilidade: A quem o ocupante do cargo deverá reportar-se, isto é, a relação

com sua chefia, como por exemplo: o cargo de analista de recursos humanos responde

diretamente ao gestor de pessoas;

IV – Autoridade: Quem o ocupante do cargo deverá supervisionar ou dirigir, como por

exemplo, o analista de recursos humanos deve supervisionar o assistente ou auxiliar de gestão

de pessoas, isto é, ele deve gerir quem estiver abaixo na estrutura hierárquica da organização.

DESCRIÇÃO DE CARGOS: Consiste em elencar as tarefas ou atribuições que compõe um

cargo e que o torna distinto de todos os outros cargos existentes na organização. É meramente

uma enumeração das atividades levantadas no conteúdo do cargo.

ANÁLISE DE CARGOS: Significa detalhar o que o cargo exige do seu ocupante em termos

de conhecimentos, habilidades e atitudes para que possa desempenhá-lo adequadamente. A

análise é feita a partir da descrição do cargo e procura determinar quais os requisitos físicos e

mentais que o ocupante deve possuir para desempenhar uma excelente atividade laboral.

4 – PROCESSO DE DESENVOLVER PESSOAS (T&D)

CONCEITO: São os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento

profissional e pessoal.

- TREINAMENTO: Voltado para o condicionamento da pessoa em conhecimentos, habilidades e

atitudes (CHA), para a execução imediata de uma determinada tarefa.

IMPORTANTE: O condicionamento se refere à assimilação de alguma

competência necessária para execução imediata de uma determinada

tarefa. Por isso o treinamento de característica de uma capacitação de

curto é médio prazo e é voltada para o cargo atual.

- DESENVOLVIMENTO: Voltado ao crescimento da pessoa em nível de conhecimento,

habilidade e atitude. Com característica de médio e longo prazo.

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ETAPAS/FASES:

1 – LNT: O levantamento de necessidades antecede e alimenta qualquer ação de

treinamento e desenvolvimento.

1.1 Organizacional: É um olhar sobre a ótica Organizacional, por meio do estudo

como um todo da empresa, ou seja: sua missão, seus objetivos, seus recursos, o ambiente

sócio-econômico e etc.

1.2 Recursos Humanos: Analisa dados como números de empregados por

cargos, números de empregados necessários na classificação dos cargos, potenciais

recrutamento interno e externo, dentre outros.

1.3 Operações e tarefas: É o nível de abordagem mais restrita no levantamento

de necessidades de treinamento, pois a mesma é feita a nível de cargo. Além das organizações

e das pessoas, o treinamento deve considerar também os cargos para os quais as pessoas serão

treinadas.

2 – PLANEJAMENTO: Incide em quantificar, indicar quanto e como suprir as

necessidades já definidas e quais recursos humanos, materiais e financeiros serão necessários

movimentar para que todo o planejamento advenha.

3 – EXECUÇÃO: É a realização do treinamento, após todo o processo de levantamento e

planejamento.

4 – AVALIAÇÃO: Assim como a identificação das necessidades e o planejamento e

execução das ações, a avaliação de resultados, sob a ótica do retorno do investimento, é uma

necessidade para o programa de treinamento.

Avaliação de reação: mede a satisfação dos participantes e como os reagem.

Avaliação de aprendizagem: levanta o quanto os participantes podem mudar de

atitude, ampliar seus conhecimentos e/ou habilidades.

Avaliação comportamental: identifica o quanto os participantes mudaram seu

comportamento em decorrência do que foi aprendido.

Avaliação de resultados: mostrar os benefícios obtidos com o programa de

treinamento.

*O método de avaliação desenvolvido por Borges- Andrade propôs um

novo modelo, mais amplo que os anteriores, que objetiva captar

informações para avaliar um programa já desenvolvido, com a finalidade

de verificar se os resultados foram alcançados com o treinamento,

tornando-se referência nacional.

Partindo-se desse modelo, foi desenvolvido e validado o que ficou

conhecido como Modelo Integrado de Avaliação do Impacto do

Treinamento no Trabalho (Impact), que investiga variáveis referentes à

organização, denominadas percepção de suporte organizacional; as

variáveis referentes ao treinamento, denominadas características do

treinamento, e as relacionadas ao treinando, denominadas

características da clientela.

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5 – EDUCAÇÃO CORPORATIVA (APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL)

CONCEITO: Conjunto de práticas educacionais que privilegiem o desenvolvimento de

atitudes, posturas e habilidades, e não apenas conhecimento técnico e instrumental aos

colaboradores das empresas, visando prover oportunidades de aprendizagem ativa e contínua,

que deem suporte para a empresa atingir seus objetivos críticos do negócio. Educação Corporativa é um sistema de formação de pessoas pautado por uma gestão

de pessoas com base em competências, devendo instalar e desenvolver nos

colaborados (internos e externos) as competências consideradas críticas para a

viabilização das estratégias de negócio, promovendo um processo de aprendizagem

ativo vinculado aos propósitos, valores, objetivos e metas empresariais. (EBOLI, p. 59.

2008).

ORGANIZAÇÕES QUE APRENDEM – A organização que aprende tem como característica

promover o ensino corporativo e ainda incentivar a aprendizagem permanente dos

colaboradores por meio da disseminação de seus conhecimentos, como o maior capital das

organizações, via educação corporativa, isto é, estimular a integração dos conhecimentos no

âmbito organizacional (pensamento sistêmico4). A organização que aprende tem como característica estar continuamente expandindo

sua capacidade de criar o futuro, pois entende que o ser humano vem ao mundo

motivado a aprender, explorar e experimentar.

MISSÃO: Formar e desenvolver os talentos na gestão dos negócios, promovendo a

gestão do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação), por meio de

um processo de aprendizagem ativa e contínua. O objetivo principal desse sistema é o

desenvolvimento e a instalação das competências empresariais e humanas consideradas

críticas para a viabilização das estratégias de negócios.

CONTEXTO HISTÓRICO: As áreas de T&D, em especial as universidades corporativas (ensino

corporativo) surgiram no contexto das indústrias estadunidenses por volta da década de 50. A proposta

era estabelecer cursos para ensinar os seus profissionais a desempenhar melhor a sua atividade laboral,

na busca pela sobrevivência industrial frente ao ambiente de grande mudança corporativa. Para Meister

(apud CARDOSO et al., p.3, 2006):

[...] o conceito de universidade corporativa surgiu nos Estados Unidos da América no

início da segunda metade do século XX. Na década de 50, temos o estabelecimento da

primeira universidade corporativa pela General Eletric de Crotonville, conhecida como

General Eletric Management Development Institute5, em 1955. Durante os anos 1950,

1960 e 1970, grandes e pequenas empresas estabeleceram cursos para ensinar os seus

4 Pensamento sistêmico (quinta disciplina) - Capacidade de conectar uma série de eventos numa perspectiva de causas e

efeitos, e de inter-relações (SENGE, Peter. A quinta disciplina. Trad. OP Traduções. São Paulo: Best Seller, 1998). 5 GE (NYSE: GE) é a maior empresa Digital Industrial do mundo, dedicada a transformar a indústria com máquinas e soluções

conectadas a softwares que garantem previsibilidade e respostas rápidas. A nova GE se organiza em torno de um intercâmbio global de conhecimento, o “GE Store”, que oferece todas as tecnologias, de diferentes negócios e mercados.

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profissionais a desempenhar melhor a sua atividade. Essas infraestruturas

educacionais dentro das corporações, proliferaram nos Estados Unidos e tornaram-se

as bases do que hoje se conhece por universidades corporativas.

PRINCÍPIOS (PRESSUPOSTOS):

Princípio nº 1: Competitividade Valorizar a educação como forma de desenvolver o capital :

intelectual dos colaboradores, efetivamente os transformando em fator de diferenciação da

empresa diante dos concorrentes, ampliando assim sua capacidade de competir. Buscar

continuamente a elevação do patamar de competitividade empresarial por meio da

implantação, do desenvolvimento e da consolidação das competências críticas empresariais e

humanas.

Princípio nº2: Perpetuidade: Entender a educação não apenas como um processo de

desenvolvimento e realização do potencial existente em cada colaborador, mas também como

um processo de transmissão da herança cultural, a fim de perpetuar a existência da empresa.

Princípio nº3: Conectividade: Privilegiar a construção social do conhecimento estabelecendo

conexões e intensificando a comunicação e a interação. Objetiva ampliar a quantidade e a

qualidade da rede de relacionamentos com o público interno e externo.

Princípio nº4: Disponibilidade: Oferecer e disponibilizar atividades e recursos educacionais de

fácil uso e acesso, propiciando condições favoráveis para que os colaboradores realizem a

aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar.

Princípio nº5: Cidadania: Estimular o exercício da cidadania individual e corporativa. Formando

atores sociais, ou seja, sujeitos capazes de refletir criticamente sobre a realidade

organizacional, de construí-la e modificá-la, e de atuar pautados por uma postura ética e

socialmente responsável.

Princípio nº6: Sustentabilidade: Ser um centro gerador de resultados para a empresa,

procurando sempre agregar valor ao negócio. Pode significar também buscar fontes

alternativas de recursos que permitam um orçamento próprio e auto-sustentável.

Princípio nº7: Parceria: Entender que desenvolver continuamente as competências dos

colaboradores é uma tarefa complexa, exigindo que se estabeleçam parcerias internas (com

líderes e gestores) e externas (instituições de nível superior).

ATUAÇÃO Atua de forma complementar ao trabalho realizado pelas instituições de ensino :

superior IES, atribuindo um caráter estratégico aos tradicionais departamentos de treinamento

e desenvolvimento.

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DIFERENÇAS:

São proativas com ações voltadas para o negocio da organização;

Atua com o desenvolvimento de competências essenciais;

Disseminação do conhecimento;

Tem publico6 alvo amplo (interno e externo);

Transformação do conhecimento em vantagem competitiva

EXEMPLOS DE SUCESSO:

6 Universidades Corporativas (UCs) são sistemas educacionais implantados no âmbito de uma organização para atendimento de

seus funcionários, clientes, parceiros e fornecedores, em alinhamento com as estratégias organizacionais.

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6 – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EAD (APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL)

CONCEITO: É a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja

fisicamente presente em um ambiente formal de ensino aprendizagem, assim como,

proporciona ainda que ele realize seu estudo em um tempo distinto.

IMPORTANTE: As TICs (tecnologias de Informação e Comunicação), diz

respeito aos procedimentos, métodos e equipamentos usados para

processar a informação e comunicá-la aos interessados.

CLASSIFICAÇÃO DE DISTÂNCIA

– Distância espacial: No qual, os aprendizes, educadores não precisam estar no mesmo espaço

físico;

– Distância temporal: Trata da simultaneidade ou não nas atividades que relacionam os

elementos do processo ensino-aprendizagem, podendo este processo ser síncrono ou

assíncrono;

– Distância interativa: distância essa que referencia a participação do aluno no processo e

informa se esse é operacionalmente ativo ou passivo.

TIPOS DE EAD

1__________________________________________,

2__________________________________________ e

3__________________________________________.

E-LEARNING é uma combinação do ensino com o auxilio da

tecnologia da informação e a educação à distância. O e-Learning é também uma forma de

ensino mais versátil, pois os materiais estão disponíveis na Internet e, como tal, podem ser

alterados, corrigidos e atualizados pelo autor ou pelo professor/tutor com maior rapidez e

facilidade. O e-Learning é uma vertente da Formação a Distância onde a transmissão do

conhecimento e o acompanhamento pedagógico é feito via Internet ou Intranet, com o recurso

e meios electrónicos.

b-learning (Blended Learning ou modalidade semi-presencial): É um modelo de

formação misto constituído por uma componente de formação on-line e uma outra

presencial. Não se deve apontar como uma variação do e-Learning, mas antes como um

modelo de características próprias, que abrange os melhores componentes do Ensino a

Distância utilizados no e-Learning conjugado com o ensino presencial.

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m-learning (Mobile Learning) ou aprendizagem com mobilidade: Se refere a processos

de ensino e de aprendizagem que ocorrem, necessariamente, apoiados pelo uso de

Tecnologias Móveis e Sem Fio (TMSF), envolve a mobilidade de atores humanos que

podem estar fisicamente/geograficamente distante de outros atores e também de

espaços físicos formais de educação, tais como salas de aula, salas de

treinamento/formação/qualificação ou local de trabalho. Alguns exemplos:

Smartphone, i-pods, laptops, rádio, tv, telefone, fax, entre outros.

u-learning7 (Ubiquitous Learning ou aprendizagem ubíqua8): pode ser definida por

meio da utilização de dispositivos móveis, sensibilidade ao contexto e tecnologias de

comunicação sem fio, objetivando auxiliar a construção de conhecimento e levando em

consideração as características peculiares dos estudantes. Alguns exemplos: Adobe

Reader 9.1, BR Braille, Hand Talk, Uni Libras App, entre outros. O aprendizado ubíquo surge como alternativa as dificuldades encontradas no

m-learning (Mobile Learning), que apesar de prover acesso móvel ao estudante,

não fornece informações sensíveis ao contexto para os usuários (PARISE, 2014,

apud, JÁCOME et al, 2012).

TIPOS DE COMUNICAÇÃO À DISTÂNCIA

Comunicação Síncronas9: Obriga a participação simultâneas dos aprendizes – Teleaula.

Comunicação Assíncronas: Dispensa a participação simultânea dos aprendizes – Video Aula.

Comunicação Híbridas: Trabalha com as duas formas anteriores de comunicação – AVA’s.

7 Um dos problemas enfrentados na área de u-learning e a facilitação na entrega de conteúdos para diferentes

usuários com diferentes aptidões, definido como Acesso universal. 8 Que está difundido em todo o lado = GERAL, UNIVERSAL.

9 A distinção entre teleaula da videoaula por ser a primeira um evento no qual o professor aparece ao vivo para os

alunos, enquanto na videoaula o professor é visto em uma aula gravada.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Massividade espacial;

Menor custo por estudante;

População escolar diversificada;

Individualização da aprendizagem

(ritmo de cada um);

Autodisciplina de estudo.

Ensino Industrializado;

(-) das relação interpessoais inerentes ao ato educativo;

Alto índice de desistência;

Desvalorização das certificações.

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7 – GESTÃO DO CONHECIMENTO (APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL)

CONCEITO: É uma ferramenta estratégica que busca captar, criar e utilizar um recurso

intangível (conhecimento).

TIPOS DE CONHECIMENTO

Tácito: é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das

pessoas. Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e

inerente às habilidades de uma pessoa.

Explicito: é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado

em textos, desenhos, diagramas, etc. assim como guardado em bases de dados ou publicações.

ATIVOS – TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS

Tangíveis: Soma do capital estrutural da organização. São limitados à existência de

capacidade produtiva e disponibilidade, pois se desgastam pelo uso.

Intangíveis: Estão relacionados no conhecimento organizacional. São ilimitados, uma

vez que, com o tempo eles aumentam seu valor, pois a desconstrução e reconstrução do

conhecimento tem efeito multiplicador.

ESPIRAL DO CONHECIMENTO: O conhecimento é gerado na organização a partir da

interação contínua e encadeada de quatro processos de transmissão de conhecimento, a saber:

1 - Socialização: Tácito para tácito.

2 - Externalização: Tácito para explícito.

3 - Combinação: Explícito para explícito.

4 - Internalização: Explícito para tácito.

CONCEITO DE “ba”: Consiste em uma espaço permanente que tenha o contexto ideal para a

criação do conhecimento. O “ba” não significa necessariamente um espaço físico. Pode ser

também um espaço virtual ou mental (KITARO E NONAKA).

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8 – COMPORTAMENTO ORG E RELAÇÃO IND & ORGANIZAÇÃO

(satisfação, comprometimento, absenteísmo e rotatividade)

CONCEITO: É um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a

estrutura têm sobre o comportamento nas organizações. Com a intenção de alcançar

produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade e promover a cidadania organizacional e

a satisfação no trabalho.

Objetivo – tem a proposta de utilizar todo o conhecimento criado nessa nova disciplina, para

promover a melhoria organizacional10.

Produtividade: É quando uma organização consegue atingir seus objetivos, com

resultados de mais baixo custo possível. Para Robbins (2009, p21.) “Uma organização é

produtiva quando consegue atingir seus objetivos, transformando matéria prima em

produto ao mais baixo custo possível. Assim sendo, a produtividade implica uma

preocupação tanto com a eficácia e com a eficiência [...]”.

Satisfação no trabalho: Conjunto de sentimentos que o colaborador tem com relação

ao seu trabalho. Os sentimentos que podem causar a satisfação no trabalho são

considerados, pela literatura, como manifestações do comportamento individual e

transitória, baseadas na percepção particular de cada colaborador. Contudo, existe uma

proximidade que vale apena ressaltar entre a satisfação no trabalho e o

comprometimento organizacional, que a primeira vista possa ser entendida como

correlacionadas, mas que na verdade ocorre praticamente uma relação “quase” nula

entre o comprometimento organizacional e a satisfação no trabalho. O comprometimento organizacional é um constructo mais amplo que a satisfação no

trabalho. O primeiro constructo reflete uma resposta geral do indivíduo à organização

como um todo. O segundo, por sua vez, reflete uma resposta do indivíduo às suas

tarefas ou a certos aspectos de seu trabalho. Os autores também acrescentaram que o

comprometimento tende a ser mais estável ao longo do tempo do que a satisfação.

Para eles, embora alguns eventos do dia-a-dia no ambiente de trabalho possam afetar

o grau de satisfação de um indivíduo, tais eventos transitórios não levam este

indivíduo a reavaliar seu comprometimento para com a organização como um todo

(MOWDAY, STEERS E PORTER 1979 apud SOUZA et al., 2013).

Cidadania organizacional: É um comportamento discricionário que não faz parte das

exigências funcionais de um funcionário, ou seja, organizações precisam de funcionários

que adotem um comportamento de “bom cidadão”.

Ex: educação, honestidade, solidariedade e entre outros.

10

Melhoria organizacional – Significa resolver todos os problemas da organização. Esses problemas podem ser traduzidos em objetivos que organização busca atender e que podem ser considerados “eficiência e/ou eficácia”, dependendo dos objetivos da organização.

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(-) Absenteísmo11 “absentismo ou ausentismo”: É o não comparecimento, justificado

ou não, do colaborador ao trabalho, seja por faltas, atrasos ou quaisquer outros

motivos. Uma taxa elevada de absenteísmo pode significar uma falta de

comprometimento, insatisfação com a organização por conta de politicas de recursos

humanos, benefícios ou qualquer outro programa corporativo. Podendo acarretar um

futuro desligamento do colaborador.

(-) Turnover “rotatividade ou rotação”: É o permanente entrada e saída de

colaboradores da organização, sendo que essa saída pode ser voluntária (pedido de

demissão pelo trabalhador) ou involuntariamente (demitido pela organização). A

elevada rotatividade pode produzir um clima organizacional, para quem fica, negativo,

interferindo na produtividade dos colaboradores e nos relacionamentos sociais.

Obs: Lembre-se que o absenteísmo e a rotatividade são esses fatores imprevisíveis e

negativos tanto para organização quanto para o empregado. Porém a finalidade é

reduzir o absenteísmo e a rotatividade e não extingui-los, pois faltas, atrasos e

desligamentos vão acontecer. O colaborador durante sua estada na organização, um dia

vai ficar doente ou terá dificuldades de chegar no horário por conta do trânsito, de

greves ou manifestações públicas e entre outros, bem como, também haverá demissões

ou aposentadorias na organização, desta forma o objetivo é minimizar esses fatores e

não elimina-los.

9 – MOTIVAÇÃO

CONCEITO: De acordo com Robbins (2011), a motivação é um processo responsável pela

intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de um

determinado objetivo.

Já Maximiano (2012) nos apresenta a motivação como uma energia ou força, que

movimenta o comportamento de uma pessoa e que tem três propriedades:

1 - Direção: objetivo do comportamento motivado;

2 - Intensidade: magnitude da motivação; e

3 - Permanência: duração da motivação.

A motivação não é uma característica individual, onde alguns têm e outros não. Não é

correto afirmar que alguém é desmotivado ou preguiçoso. Motivação é resultado da

interação do individuo com a situação. A motivação depende da situação e é baseada

nesta em que o nível de motivação varia (ROBBINS, 2011, p. 132).

Motivação Extrínseca – Ocorre quando as causas estão baseadas em um sistema de

recompensas tangíveis. Essa orientação apresenta-se como a motivação para trabalhar em

11

Absenteísmo – A ausência não justificada apresentada pelo colaborador não tem atributo de ilegalidade, haverá apenas o

desconto salarial do dia não trabalhado, podendo gerar um clima ruim entre os envolvidos.

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resposta a algo externo à tarefa, como para atender aos comandos ou pressões de outras

pessoas ou para demonstrar competências e habilidades. A competição, avaliação,

reconhecimento, dinheiro ou outro incentivo material e coação dos outros são outros

elementos da motivação extrínseca.

Motivação Intrínseca - Refere-se à execução de atividades no qual o prazer é essencial

para proporcionar a motivação. Por isso, o indivíduo busca, naturalmente, novidades e

desafios, não havendo a necessidade de pressões, reconhecimento do outro ou prêmios pelo

atingimento do objetivo, já que a participação, ou o próprio reconhecimento é a motivação

principal. Essa orientação está diretamente ligada às ações de integridade psicológica do

próprio individuo, como autorreconhecimento, crescimento, respeito, status, auto

determinação, competências, envolvimento na tarefa, curiosidade, satisfação e interesse.

: As abordagens sócio-cognitivistas têm defendido a NOTA

existência de duas orientações motivacionais, a intrínseca e a extrínseca, sendo estas tratadas não como aditivas, mas interativas. Desta forma podemos concluir que a motivação extrínseca pode se comunicar, interagir com a intrínseca, mas

não adicionar ou ser decisiva na motivação humana.

TEORIAS DE CONTEÚDO – As teorias de conteúdo da motivação partem do pressuposto de que

as pessoas agem para satisfazer suas necessidades. Tratam de ” o ser humano “O QUE MOTIVA

(GOIRIS, 2012), ou seja, quais os motivos específicos (intrínsecos) que fazem as pessoas agir.

São elas:

TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE ABRAHAM MASLOW: Maslow

procurou explicar o fenômeno da motivação a partir de uma classificação das necessidades

humanas dispostas hierarquicamente na seguinte ordem de importância: necessidades

fisiológicas, de segurança, sociais, de estima (auto estima/egoestatus) e de autorrealização

(autodesenvolvimento continuo).

Necessidades fisiológicas ou básicas correspondem a aspectos básicos para

sobrevivência do ser humano, como: alimento, repouso, sexo, respiração e outras

necessidades orgânicas.

Necessidades de segurança referem-se a estabilidade como, ameaças no trabalho

(demissão), moradia, e, riscos a integridade física.

Já as necessidades sociais correspondem a ser aceito e participante de um grupo,

amizade, família e afeto.

A necessidade de estima que envolve o reconhecimento e aprovação dos outros para

com a pessoa. Porém a autoestima está associada a própria pessoa, como o

reconhecimento próprio, a alto confiança e o egoestatus.

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Por fim, se tem a necessidade de autorrealização que é de ordem elevada, na qual traz

ao autodesenvolvimento continuo a realização pessoal e profissional. Essa ultima

necessidade de acordo com Maslow é a mais elevada na ordem hierárquica, sendo a

mais restrita ou de difícil atingimento dentre as necessidades propostas pela teoria.

As necessidades de base (fisiológicas e de segurança) devem ser atendidas para que as

necessidades subsequentes predominem no comportamento do indivíduo. Sendo assim, uma

pessoa não sentiria, por exemplo, a necessidade de participar de um grupo (necessidade social)

caso não tivesse a necessidade anterior (segurança) realizada; ao mesmo tempo esta

necessidade (segurança) deixaria de ser uma força motivadora do comportamento caso fosse

atendida – cedendo seu lugar à necessidade subsequente.

Apesar de ser uma teoria empírica e sem base científica relevante, a teoria de Maslow

teve ampla aceitação entre os administradores devido à sua lógica intuitiva e

facilidade de compreensão. É a mais conhecida de todas as teorias a respeito de

motivação humana (CHIAVENATO, 2005. p. 478-479).

TEORIA DOS DOIS FATORES DE FREDERICK HERZBERG: Segundo Herzberg, o

comportamento das pessoas no trabalho é determinado por dois fatores distintos – fatores

higiênicos e fatores motivacionais (bifatorial).

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Os fatores higiênicos, também chamados de extrínsecos, englobam tudo o que estiver

ao redor do indivíduo em seu ambiente de trabalho, constituem, desta forma, o contexto de

trabalho. Encontram-se portanto, no ambiente e não permitem o controle das pessoas. São

eles o salário, tipo de controle do supervisor, condições físicas de trabalho, política e clima

organizacionais, relacionamento, condições de trabalho, a segurança no cargo e o status.

Os fatores motivacionais (ou intrínsecos) são os que estão ligados ao conteúdo do

cargo, à responsabilidade, à possibilidade de crescimento, à liberdade de decisão, ao tipo de

tarefa executada e à forma como é executada. Como dizem respeito ao que o próprio individuo

executa, são fatores que estão sob seu controle – crescimento, reconhecimento,

autorrealização – ou seja, dependem exclusivamente de seu esforço e desempenho.

Herzberg atribui uma particular relação entre satisfação/ insatisfação. Segundo ele,

quando os fatores higiênicos são plenamente oferecidos, não levam à satisfação dos indivíduos,

mas evitam a sua insatisfação. Por outro lado, quando estes fatores não são oferecidos de

forma plena, levam à insatisfação dos indivíduos. Por estarem ligados à insatisfação (provocam

ou evitam a insatisfação), os fatores higiênicos são também chamados de insatisfacientes.

Contrariamente, quando os fatores motivacionais são oferecidos como desejado, levam à

satisfação e, quando não oferecidos de forma ótima, evitam a satisfação (embora não

provoquem a insatisfação). Por estarem diretamente ligados à satisfação (provocam ou evitam

a satisfação) estes fatores são considerados satisfacientes.

TEORIA ERC DE CLAYTON ALDERFER: Alderfer propõe uma teoria sobre motivação que

muito se assemelha ao modelo de Maslow, conhecida pelo nome de teoria ERC/G – Existência,

Relacionamento e Crescimento (em inglês: Existence, Relatedness, Growth). Na sua proposta,

ele diminui a hierarquia de Maslow, condensando as necessidades de autorrealização e estima

em crescimento (Growth), dando ao afeto o nome de Relacionamento (Relatedness) e às

necessidades fisiológicas o nome de existência (Existence), da seguinte forma:

Existência: Abrange as necessidades de primeira ordem de Maslow, que são as

necessidades fisiológicas e de segurança.

Relacionamento: As necessidades sociais e o componente externo da estima

(extrínseca);

Crescimento: Componente interno da estima - a autoestima (intrínseca) - e a

necessidade de autorrealização.

TEORIA DAS NECESSIDADES DE DAVID MCCLELLAND: Desenvolvida por David

McClelland, a teoria das necessidades socialmente adquiridas descreve que as pessoas são

motivadas por três necessidades básicas, que são: a necessidade de realização, a necessidade

de poder e a necessidade de associação.

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A necessidade de realização: Representa um interesse recorrente em fazer as coisas

melhor, ultrapassando os padrões de excelência. Elevados índices de realização tendem

a esforçar-se para alcançar altos níveis no seu desenvolvimento, maior autonomia no

seu desempenho e melhor aceitação de responsabilidades no seu trabalho, assumindo

desafios realísticos.

A necessidade de poder: refere-se ao desejo de ser forte e influenciar as pessoas, em

outras palavras, vem da necessidade de fazer os outros se comportarem de uma

maneira que não fariam naturalmente.

A necessidade de afiliação: Necessidade de afeição, do desejo de possuir

relacionamentos interpessoais agradáveis e estar bem com todo mundo. São pessoas

que buscam a amizade e a cooperação.

TEORIA X E A TEORIA Y DE MCGREGOR: McGregor afirmava que existem dois extremos

opostos entre duas abordagens principais de motivação e, ainda, de liderança. Comparam os

dois estilos antagônicos de administração: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional,

excessivamente mecanicista e pragmática (teoria X) e, de outro, um estilo baseado nas

concepções modernas a respeito do comportamento humano (teoria Y).

A teoria X apresenta uma visão negativa da natureza humana. Pressupõe que os

indivíduos são naturalmente preguiçosos, não gostam de trabalhar, busca apenas

segurança, precisam ser guiados, orientados, remunerados e controlados para

realizarem as tarefas propostas.

A teoria Y (positiva): diz que os indivíduos são automotivados, gostam de assumir

desafios e responsabilidades e irão contribuir criativamente para o processo se tiverem

suficientes oportunidades de participação.

TEORIAS DE PROCESSO – Tratam de “COMO” o comportamento do homem é motivado:

TEORIA EQUIDADE DE STACY ADAMS: Baseia se no critério que as pessoas têm sobre a

recompensa que recebem em comparação com as recompensas que as outras pessoas

recebem pelo mesmo serviço ou pelos mesmos resultados. Adams (1965), afirma que as

pessoas são motivadas a alcançar uma condição de igualdade ou justiça nas suas relações com

outras pessoas e com as organizações. De acordo com o mesmo, os funcionários que se

encontram em situação de desigualdade experimentam uma insatisfação e tensão emocional

que eles procurarão reduzir.

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TEORIA DA EXPECTÂNCIA DE VICTOR VROOM (CONTINGENCIAL):

A valência diz respeito à importância de um determinado fator, na visão particular do

indivíduo; é o valor atribuído a este fator e revela a favorabilidade individual em relação

ao mesmo.

A instrumentalidade diz respeito à percepção da relação desempenho – compensação;

é a percepção em relação à possibilidade de obter recompensas como consequência do

esforço desempenhado para o alcance de resultados.

Expectância é a esperança de atingir resultados, revelando a capacidade individual ou

desempenho particular de cada um (numa auto-avaliação).

MAIS ALGUMAS TEORIAS DA MOTIVAÇÃO HUMANA

TEORIA DA FIXAÇÃO DE OBJETIVOS DE EDWIN LOCKE: Esta teoria parte do princípio de

que as pessoas concentram seus esforços em direção a objetivos, de modo que o

estabelecimento de metas energiza um indivíduo, dirigindo seus pensamentos para uma

finalidade. A motivação ocorre na medida em que as pessoas concentram seus esforços,

pensamentos e interesses para atingir um determinado objetivo. Para Edwin Locke (apud

ROBBINS, 2009) a intenção de lutar por um objetivo é a maior fonte de motivação no trabalho.

TEORIA DA AUTOEFICÁCIA DE ALBERT BANDURA: A forte convicção individual de que

se é capaz de realizar uma determinada tarefa é a maior fonte motivadora. Preocupa-se em

estudar como a crença das pessoas em suas próprias habilidades pode afetar o seu

comportamento. Pessoas com grande auto-eficácia acreditam ser capazes de realizar tarefas e

serão motivadas a aplicar o esforço necessário para isso.

TEORIA DO REFORÇO DE B.F SKINNER: A Teoria do Reforço, conclui que as ações com

consequências positivas sobre o individuo tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o

comportamento que é punido tende a ser eliminado. As consequências são positivas sempre

que as pessoas sentem prazer com o seu próprio desempenho. Daqui resulta a importância da

informação sobre a organização como fator de motivação, em especial a área em que a pessoa

se encontra envolvido e o trabalho realizado.

Segundo a Teoria do Reforço, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e

controlado por meio do reforço (recompensa) dos comportamentos desejados e ignorando

(como uma forma de punição) as ações não desejadas (o castigo do comportamento não

desejado deve ser evitado na medida em que tal contribuiria para o desenvolvimento de

sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o

comportamento das pessoas pode ser controlado e desenvolvido por longos períodos de

tempo.

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10 – LIDERANÇA

CONCEITO: Capacidade de influenciar o comportamento de outra pessoa através da

adesão da mesma a um princípio, a uma meta ou a uma determinada missão. Envolve

habilidades e capacidades interpessoais, inerentes às relações humanas.

Obs: A Liderança é uma tentativa de influência, de modo a conseguir dos seus liderados

empenho e cooperação. Nessa perspectiva, quando um chefe manipula ou exige obediência e

cooperação de forma coerciva, não há liderança.

Lideres Formais (estatutários): aqueles que tem equipe sob sua responsabilidade e

ocupam cargo de chefia identificado na hierarquia formal da empresa.

Lideres Informais (emergentes): aqueles que, nem sempre tenham uma equipe sob sua

responsabilidade, não ocupam um cargo de chefia na hierarquia formal da empresa.

TEORIAS DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA: Essa abordagem diferencia os lideres dos não lideres

com base nas qualidades e características pessoais, isto é, baseia-se nas características pessoais

do líder.

TEORIAS COMPORTAMENTAIS: Baseia-se em comportamentos específicos para identificarem a

liderança.

- ESTUDOS DE OHIO STATE UNIVERSITY: Buscam identificar dimensões independentes

do comportamento do líder.

Estrutura de iniciação (orientado para tarefa) - O líder define e estrutura o

seu papel e dos subordinados na busca da realização de metas.

Consideração (orientado para as pessoas) - O líder terá relações de trabalho

caracterizadas por confiança mútua, respeito pelas ideias dos subordinados

e interesse por seus sentimentos.

- ESTUDOS DE MICHIGAN UNIVERSITY: Identificar características comportamentais dos

lideres que pudessem estar relacionadas ao desempenho eficaz.

Orientação para o empregado - davam ênfase às relações interpessoais,

tinham interesse pelos subordinados e aceitavam as diferenças individuais.

Orientação para a produção - ênfase aos aspectos técnicos ou da tarefa do

cargo, os membros dos grupos eram meios para a realização das tarefas.

- ESTILOS DE LIDERANÇA

Autocrático: Na liderança autoritária, autocrática ou diretiva o líder foca-se

apenas nas tarefas e determina técnicas para a execução das mesmas. O

líder toma as decisões individualmente e não considera a opinião da equipe,

ordena e impõe a sua vontade.

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Democrático: Liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é

voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo

decisório. O líder envolve todo grupo, pede sugestões e aceita opiniões,

existe confiança mútua, relações amistosas e muita compreensão.

Liberal ou Laissez faire: Tipo de liderança que as pessoas têm total liberdade

na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe

madura, auto-dirigida e que não necessita de supervisão constante.

Caracteriza-se pela total liberdade da equipe o líder não interfere na divisão

das tarefas nem na tomada de decisão, quem decide é o próprio grupo.

GRID GERENCIAL: O Grid Gerencial foi elaborado por Robert Blake e Jane Mouton

(1987), na década de 20, a partir dos resultados encontrados nos estudos sobre liderança,

realizados nas Universidades de Michigan e de Ohio.

Estilo 9,1 - Gerência de obediência/autoridade – muita preocupação com a produção e

eficiência e pouca preocupação com as pessoas.

Estilo 1,9 - Gerência de clube de campo – muita preocupação com os empregados e

pouca preocupação com a administração. Cria um ambiente de trabalho amigável e

confortável, mas, compromete o trabalho.

Estilo 1,1 - Gerência empobrecida – preocupação mínima tanto com a produção quanto

com as pessoas. Este estilo algumas vezes é chamado de lassez-faire ou liberal porque o

líder abdica de seu papel de liderança.

Estilo 5,5 - Gerência moderada ou do meio do caminho – Nesse estilo, o líder mantém

um ritmo constante, aceita os fatos pela aparência e investiga quando tem

discrepâncias óbvias. Adequação entre a orientação para a produção e para as pessoas.

Estilo 9,9 - Gerência de equipe – muita preocupação tanto com a produção quanto com

as pessoas. O líder desse estilo faz um esforço vigoroso e consegue adesão entusiasta.

Solicita e dá atenção a ideias, opiniões e atitudes diferentes, reavalia continuamente os

próprios dados, muda o modo de pensar frente às melhores ideias, procura saber os

motivos dos conflitos para solucioná-los, valoriza decisões certas, o entendimento e o

acordo, encorajando o feedback de mão dupla.

TEORIA SITUACIONAL E CONTINGENCIAL DA LIDERANÇA: Um líder situacional deve ser versátil

e flexível, sabendo adequar seus estilo, de acordo com a pessoa com quem trabalha e coma

situação. O que se percebe de forma mais racional é que a liderança contingencial acontece

numa adequação a cada situação para se conseguir obter os melhores resultados

organizacionais.

- HERSEY E BLANCHARD (1969) - Hersey e Blanchard criaram um modelo de

liderança situacional que permite analisar a necessidade de cada situação e adotar o

mais apropriado estilo de liderança. Nessa liderança embora todas as variáveis

situacionais (líder, liderados, superiores, colegas, organização, exigências do cargo)

sejam importantes, a ênfase recai sobre o comportamento do líder em relação aos

subordinados.

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- TEORIA CAMINHO-OBJETIVO OU TRAJETÓRIA-META ROBERT HOUSE - Esta teoria

afirma que é trabalho do líder ajudar os seguidores a atingirem suas metas e

fornecer a direção necessária e/ou apoio para assegurar que suas metas sejam

compatíveis com os objetivos gerais do grupo ou organização. O líder eficaz

esclarece o caminho para ajudar seus seguidores a ir de onde estão até a realização

dos objetivos de trabalho, pelo caminho mais fácil, reduzindo barreiras e

dificuldades.

A partir destas realidades, House (1971) identifica quatro estilos de liderança:

Liderança Diretiva: É caracterizado pelo líder que apresenta aos subordinados

todas as instruções sobre as tarefas que deverão ser realizadas, incluindo o que o

líder espera de cada funcionário, como deve ser feito o trabalho e o espaço de

tempo no qual a tarefa deverá ser finalizada.

Liderança de Apoio: Refere-se ao comportamento amigável e acessível do líder

em relação aos seus subordinados. Ele procura atender as necessidades dos

subordinados;

Liderança Participativa: Este estilo é marcado pela possibilidade que o líder passa

aos subordinados participarem do processo de tomada de decisão organizacional;

Liderança Orientada aos Resultados: É caracterizado pelos líderes que desafiam

os subordinados a realizarem suas tarefas nos níveis mais elevados de eficiência.

ESTILOS “CONTEMPORÂNEOS” DA LIDERANÇA:

Carismática: É uma forma de liderança baseada no carisma (dom), onde essa ocorre

pelo fato do líder ter características pessoais evidentes, e que encantam as pessoas, ou seja, ele

é simpático, tem boa fama, é popular, é persuasivo, ou seja, lidera porque conquista as

pessoas.

Obs: Para Max Weber, o carisma seria essa capacidade de influência, que perante as diferentes

situações, conseguia reunir à sua volta um grupo de pessoas que acreditavam nas suas

capacidades para apontar o melhor caminho que os levava ao encontro das suas expectativas,

isto é, que tenha a capacidade para “fazer acontecer” no contexto organizacional.

Transformacional: é o tipo de liderança que resulta do processo de influenciar as

grandes mudanças, ou seja, os lideres incitam e transformam as atitudes, crenças e motivos dos

liderados. Mudam a forma como os subordinados se percebem, enfatizando as oportunidades e

os desafios que o meio lhes coloca, tornando-os conscientes das suas necessidades. Um líder

Transformacional consegue que os seus seguidores prossigam além dos seus próprios

interesses e altera ou transforma as suas metas em metas de todo o grupo ou da organização.

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Transacional: É o tipo de liderança em que o líder clarifica o papel e os requisitos da

tarefa e fornecem recompensas contingentes positivas e negativas, de acordo com o sucesso

do desempenho.

Obs: Os líderes transacionais limitam-se a resolver os problemas para alcançar os objetivos

traçados.

PERSPECTIVAS SOBRE A LIDERANÇA (SOTO, 2002):

Meta Liderança: A meta liderança cria um ‘movimento’ em um sentido muito amplo

(como direitos civis, computadores pessoais ou redes virtuais), pois vincula os indivíduos ao

ambiente por intermédio da visão do líder.

Macro Liderança: O papel do líder para criar uma organização bem-sucedida é realizado

de duas maneiras: descobrir o caminho e construir a cultura. Descobrir o caminho pode ser

resumido como encontrar o caminho para um futuro bem-sucedido.

Micro Liderança: Encontra-se focada na escolha do estilo de liderança, para criar uma

atmosfera de trabalho eficaz e obter uma cooperação para conseguir fazer o trabalho,

ajustando o estilo de alguém nas dimensões da tarefa e do comportamento.

AUTOLIDERANÇA

Conceito: É a competência de liderar a si mesmo por meio de um desafio e situações

que precedem à realização do objetivo e meta. Grande parte da literatura indica que uma

pessoa poderá liderar a si próprio, não sendo necessário mais o exercício de uma líder formal

para favorecer a motivação e a direção dos comportamentos em busca dos objetivos definidos. De acordo com os autores, a autoliderança propõe que todos são líderes de si

mesmos. Enquanto a liderança formal tem sido vista como um processo voltado para o

exterior, que envolve a influência de líderes formalmente designados em seguidores, a

autoliderança demanda que todos os membros da organização são capazes de elevar-

se a algum grau. (LAPOLLI, p. 07, 2014).

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11 – CULTURA ORGANIZACIONAL

CONCEITO: Se refere a um sistema de valores, normas, ritos compartilhados pelos

membros que diferencia uma organização das demais. A cultura não surge do nada, ela se

estabelece e raramente de desfaz e não se modifica rapidamente.

*Para Edgar Schein, (2009) a cultura organizacional é um conjunto de pressupostos

básicos compartilhados por todos os membros do grupo e que esse inventou, descobriu ou

desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração

interna e que funcionam bem o suficiente para serem

considerados validos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar

e sentir, em relação a esses problemas.

TRANSMISSÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL

Historias: O elemento que representa as narrativas baseadas em eventos que já

ocorreram na organização é conceituado como histórias e mitos. A diferença entre elas é que

as histórias são baseadas em fatos, enquanto que para os mitos os fatos não dão amparo à

narrativa. As histórias e os mitos podem ser descritos como as comunicações verbais,

repassadas aos participantes da organização, relatando fatos envolvendo a inovação.

Ritos: Atividades padronizadas e repetitivas usadas em épocas especiais para influenciar

o comportamento dos membros da organização, ou seja, são cerimônias que continuamente

reforçam normas e valores fundamentais. Beyer e Trice identificaram seis tipos de ritos:

Ritos de passagem: são os programas de ambientação, socialização ou integração;

Ritos de degradação: o processo de demissão ou substituição;

Ritos de confirmação (reforço): Reforçar a identidade social e seu poder de coesão;

Ritos de reprodução (renovação): atividades de desenvolvimento organizacional;

Ritos de negociação: processos de negociação coletiva ou administração de conflitos;

Ritos de integração: festas internas e/ou externas nas organizações.

Símbolos: Símbolos são objetos, ações, relacionamentos ou formações linguísticas que

se tornam ambíguas para uma multiplicidade de significados, evocam emoções e estimulam o

homem a agir. A construção de símbolos serve como um veículo para a concepção de grupos e

organizações.

Slogans: frases que expressão de forma sucinta valores organizacionais importantes.

Muitas empresas usam slogans ou dizeres para transmitir um significado especial para os

funcionários (“clientes em primeiro lugar”). A missão corporativa é um exemplo de declaração

pública que retrata os valores defendidos pela organização.

*Para Edgar Schein, (2009) a cultura organizacional é aprendida por meio dos elementos

que constituem uma cultura organizacional:

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Artefatos e criações – se caracterizam como o nível mais superficial da cultura,

configurando as estruturas e processos organizacionais e as manifestações visíveis, que

incluem a linguagem, arquitetura, tecnologia, objetos decorativos, vestuários e as

cerimônias observadas.

Normas e valores – são as filosofias, estratégias e metas, ou seja, são as regras,

princípios, normas e valores éticos que direcionam o comportamento de um grupo,

seus objetivos e os meios utilizados para atingi-los.

Pressupostos básicos e premissas – esses refletem as crenças inconscientes e

inquestionáveis, que estão no nível mais profundo, sendo perceptíveis a partir de uma

investigação mais profunda da Cultura Organizacional. São os valores, as crenças,

percepções, sentimentos compartilhados pelos membros da organização e que dão

resultado positivo, repetindo-se e sendo aceitos, incorporando-se e consolidando-se no

nível do inconsciente e se transformando em um pressuposto básico.

CLASSIFICAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL

Cultura aberta (adaptativas) estimula os riscos, apoiadora, humanística, orientada para a

equipe, de fácil convivência e voltada para o crescimento.

Cultura fechada (não adaptativas) estruturada, orientada para a tarefa, individualista, tensa e

voltada para a estabilidade.

CULTURA DOMINANTE, SUBCULTURA E CONTRACULTURA

Cultura dominante: Expressa os valores essenciais compartilhados pela maioria dos membros

da organização. Quando falamos da cultura de uma organização, nos referimos à sua cultura

dominante. É essa visão macro da cultura que empresta à organização sua personalidade

distinta.

Subculturas: A subcultura soma os valores essenciais da cultura dominante e os valores de cada

subgrupo para ganhar forma no interior da organização. Tendem a ser desenvolvidas nas

grandes organizações para refletir problemas, situações ou experiências comuns a alguns de

seus membros. Essas subculturas podem ser definidas por designações de departamentos e

separação geográfica.

Contracultura12: Refere-se à cultura peculiar de um grupo que se opõe à cultura mais ampla,

contestando seus padrões.

12

A Contracultura era um movimento político-cultural de caráter libertário que surgiu do confronto entre a cultura e a visão juvenil, indo contra alguns valores morais da cultura ocidental, que padronizados denotam o controle social institucionalizado e totalitário, tais como: maneira de pensar, comportamento sexual e social.

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CULTURA FORTE E CULTURA FRACA: Considera-se uma cultura forte aquela que tem maior'

impacto sobre o comportamento dos funcionários. Em uma cultura forte, os valores essenciais

da organização são intensamente acatados e amplamente compartilhados. Quanto mais membros aceitarem os valores essenciais e quanto maior seu

comprometimento com eles, mais forte será a cultura. Consistentemente com esta

definição, uma cultura forte terá uma influência maior sobre o comportamento de

seus membros por causa do grau de compartilhamento e intensidade, que cria um

clima interno de autocontrole comportamental, do contrário se caracteriza uma

cultura fraca (ROBBINS, 2009).

11.1 – CLIMA ORGANIZACIONAL

CONCEITO: Percepção seletiva que os colaboradores têm do ambiente da organização a

qual estão inseridos e que indica o grau de satisfação, insatisfação e indiferença que os mesmo

apresentam.

INFLUENCIA: É fortemente influenciado pela cultura; Pelos modelos de gestão; Visão,

metas, missão, políticas de recursos humanos e objetivos organizacionais.

INVESTIGAÇÃO: É possível situar três dimensões básicas para investigações sobre clima

organizacional.

Dimensão psicológica: inclui fatores como comprometimento, criatividade,

recompensa e etc.

Dimensão organizacional: natureza do trabalho, grau de identificação com o

produto/serviço e etc.

Dimensão informal: grupos de interesse, formadores de opinião e focos de

resistência a mudanças.

TIPOS

DE CLIMA ORGANIZACIONAL

Clima desumano, onde é dada excessiva importância à tecnologia;

Clima tenso: onde há forte pressão ao cumprimento de normas rígidas, burocráticas em

que os resultados podem levar a punições e/ou demissões;

Clima de tranquilidade e confiança, onde existe plena aceitação dos afetos, sem

descuidar se de preceitos e do trabalho.

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12 – GESTÃO DE POR COMPETÊNCIAS

CONCEITO: É uma metodologia atual da moderna gestão de pessoas voltada para o

desenvolvimento sistemático das competências profissionais das equipes e dos colaboradores.

A gestão por competências não é um fim nela mesma, e sim um meio para que as

empresas consigam atingir seus objetivos. Dessa perspectiva, a implementação bem-

sucedida da gestão por competências envolve a integração vertical que assegura a

consistência entre competências e estratégia, e também o alinhamento horizontal que

mantém a harmonia das atividades de recursos humanos (BRANDÃO E BAHRY, p. 182,

2005).

OBJETIVO: Tem a proposta de compreender quais são as competências organizacionais

críticas (gap ou lacuna) para o sucesso da organização, desdobrá-las em termos de competências

profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de colaboradores internos ou realizar a captação no

mercado.

MAPEAMENTO O mapeamento objetiva identificar o gap ou lacuna de competências, isto :

é, a diferença entre as competências necessárias para concretizar a estratégia formulada e as

competências internas já disponíveis na organização. Brandão e Bahry (2005) defendem que o

passo inicial desse processo consiste em identificar as competências (organizacionais e

profissionais) necessárias à consecução dos objetivos da organização e o final do mapeamento,

buscar identificar as competências disponíveis na organização por meio da avaliação periódica de

desempenho.

A redução ou eliminação de eventuais lacunas de competências está condicionada ao

mapeamento das competências necessárias à consecução da estratégia organizacional.

Para realizar esse mapeamento, a organização pode fazer uso de diversos métodos e

técnicas de pesquisa social, que auxiliam na realização de um diagnóstico, permitindo não

apenas a identificação da lacuna de competências, mas também o planejamento de ações

de recrutamento, seleção e desenvolvimento profissional (BRANDÃO E BAHRY, p. 179,

2005).

MACROETAPAS (certificação de competências)

Análise ou pesquisa Documental; Entrevistas; Grupos Focais (focus group); Questionários;

Escalas de avaliação; Técnicas Diversas de coleta de dados (qualitativas e quantitativas).

O questionário é talvez a técnica mais utilizada para mapear competências. A formatação

desse instrumento geralmente requer a aplicação prévia de uma ou mais técnicas –

análise documental, observação e entrevista –, com o objetivo de identificar elementos

para compor os seus itens (CARBONE et al., 2005).

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DEFININDO COMPETÊNCIA 13 É uma combinação sinérgica de CONHECIMENTOS – Saber, :

HABILIDADES – Saber fazer e ATITUDES – Querer fazer, que são os diferencias de cada pessoa (capital intelectual) e tem reflexos em tudo que realiza. O fato de a pessoa deter um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes não implica que a organização se beneficie diretamente dele, daí a necessidade da entrega14 (DUTRA, 2004).

- O conhecimento corresponde a uma série de informações assimiladas e estruturadas pelo

indivíduo, que lhe permite entender o mundo, ou seja, trata-se da dimensão do saber.

- A habilidade, por sua vez, está associada ao saber-fazer, ou seja, corresponde à capacidade

de aplicar e fazer uso produtivo do conhecimento adquirido e utilizá-lo em uma ação com

vista ao alcance de um propósito específico.

- A atitude é a dimensão do querer-saber-fazer, que diz respeito aos aspectos sociais e

afetivos relacionados ao trabalho. As três dimensões da competência estão interligadas e

são interdependentes.

CORRENTES:

EUA: Competência como um estoque de

qualificações (conhecimentos, habilidades e

atitudes) que credencia a pessoa a exercer

determinado trabalho.

Europeu: Competência não a um conjunto de

qualificações do indivíduo, mas sim às

realizações da pessoa em determinado

contexto, ou seja, àquilo que ela produz ou

realiza no trabalho.

TIPOS DE COMPETÊNCIAS

Essenciais15 (core competence) - Competências e atividades mais elevadas, no nível

corporativo, que são chave para a sobrevivência da empresa e centrais para sua estratégia.

Distintivas - Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadores

de seus concorrentes e que provêm vantagens competitivas.

Organizacionais - Competências coletivas associadas às atividades meio e às atividades

fins. São formadas a partir das individuais.

Individuais - São aquelas que os profissionais devem possuir para assegurar o

desenvolvimento das competências de suas áreas e, consequentemente, das competências

essenciais da organização.

13 Alguns estudiosos brasileiros acrescentam mais dois fatores para complementar o conceito de competências, são eles, os valores

e a entrega. Contudo, o modelo Americano de core competence, não adicionou essas duas variáveis ao conceito, uma vez que, eles

entendem que a competência é completa em sua essência. 14

Entrega compreende a capacidade de o indivíduo assumir iniciativas, ir além das atividades prescritas, ser capaz de compreender e dominar novas situações no trabalho, ser responsável e ser reconhecido por isso. 15

As competências essenciais produzem atributos que constituem as competências distintivas percebidas pelos clientes.

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CICLO DE RELEVÂNCIA DAS COMPETÊNCIAS16

Emergentes (serão necessárias no futuro): Surgem com mudanças significativas que

ocorrem no mercado de trabalho.

Declinantes: Relacionadas às mudanças de tecnologias ou do modo de operacionalização

das atividades da organização.

Estáveis: São aquelas que permanecem relevantes ao logo do tempo.

Transitórias: Embora essenciais em momentos críticos de transição, podem ser necessárias

por um determinado momento e não fazem parte do negocio corporativo.

A gestão de pessoas por competência possibilita a integração dos diversos processos de

Gestão de Pessoas, ou seja, partindo da definição das competências necessárias para a

materialização das estratégias, elas passam a compor as práticas de GP, orientando todos os

processos de avaliação, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, plano de

carreira, remuneração e benefícios, etc.

13 – GESTÃO DE CONFLITOS

TRANSIÇÃO DO CONCEITO17:

Visão tradicional – 1930-40: Essa abordagem parte da ideia que todo o conflito é ruim,

danoso, irracional, violento e que por isso deve ser evitado.

Visão relações humanas – 1940-70: O conflito para essa abordagem é uma consequência

natural e inevitável em qualquer grupo ou organização, não sendo necessariamente ruim,

podendo mesmo ter potencial de ser uma força positiva na determinação do desempenho do

grupo.

Visão interacionista: Essa abordagem propõe não apenas que o conflito pode ser uma

força positiva, como defende abertamente a tese de que um mínimo de conflito é absolutamente

necessário para o desempenho eficaz do grupo.

TRÊS NÍVEIS DE GRAVIDADE DO CONFLITO

Conflito percebido ou latente: Ocorre quando as partes percebem e compreendem que o

conflito existe porque sentem que seus objetivos são diferentes dos objetivos dos outros, e que há

oportunidades para interferência ou bloqueio.

16

Saturação de competência: significa que uma competência está ultrapassada sendo necessário a substituição por outra. 17 Fica evidente que dizer que todos os conflitos são bons ou ruins é ingênuo e inapropriado. O que torna um conflito bom ou ruim

é a sua natureza.

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Conflito experienciado ou velado: Ocorre quando as partes envolvidas se provocam

sentimento de hostilidade, raiva, medo e descredito, no entanto, não é manifestado

externamente e oculto.

Conflito manifesto ou aberto: Quando o conflito é manifestado sem nenhuma

dissimulação (disfarce).

ESTILOS PARA ADMINISTRAR OS CONFLITOS

Evitação: Consiste na fuga do conflito é empregado quando não há chance de se ganhar (O

negócio é se fechar em copas18). O individuo ignora ou negligência os interesses de ambas as

partes. Basicamente, evita envolver-se no assunto permitindo que os eventos sigam o seu curso

de ação sem tentar que eles confluam para a satisfação dos interesses de uma e/ou outra parte.

Acomodação: Consiste em resolver os pontos menores de discordância e deixar os problemas

maiores para frente (O negócio é ir levando com a barriga);

Competitivo: Consiste no comando autocrático, é empregado quando se faz necessário tomar

uma decisão rápida ou impopular (O negócio é ganhar). O indivíduo tenta alcançar os seus

objetivos sacrificando os objetivos dos adversários.

Compromisso: Ocorre quando as partes envolvidas aceitam perdas e ganhos para todos os

envolvidos (O negócio é ter jogo de cintura);

Colaboração: É empregado numa situação ganha/ganha visto que todos os interesses podem ser

reunidos numa solução mais popular (O negócio é que ambas as partes ganhem e se

comprometam com a solução encontrada).

CONSEQUÊNCIA DOS CONFLITOS

Funcional (Relativo às funções vitais): Formas construtivas de conflito. Os conflitos são

construtivos quando aumentam a qualidade das decisões, estimulam a criatividade e a inovação,

encorajam o interesse e a curiosidade do grupo.

Disfuncional (que funciona incorretamente; que não funciona de forma normal): formas

destrutivas de conflito. Os conflitos são indesejáveis ou destrutivos quando existe um

descompasso na comunicação e ocorre uma redução da coesão do grupo.

18

“Fechar-se em copas” é a locução que o Houaiss registra, com duas acepções: “tornar-se silencioso, calado” e “tornar-se

aborrecido, zangado”. Esta última, ligada à ideia de ficar emburrado, e portanto amuado e silencioso, é menos usada.

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14 – QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Conceito Conjunto de ações que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações :

gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar

condições plenas de desenvolvimento humano ‘para’ e durante a realização do trabalho.

Oito fatores da QVT (Walton, 1973): 1- compensação justa e adequada; 2 - condições de

trabalho; 3 - uso e desenvolvimento das capacidades; 4 - chances de crescimento e segurança; 5 -

integração social na empresa; 6 - constitucionalismo; 7 - trabalho e espaço total de vida; 8 -

relevância social do trabalho.

Abordagens para QVT

Abordagem assistencialista (Clássica): Tem natureza compensatória do desgaste que os

colaboradores vivenciam com ênfase na produtividade. Exemplo: Ações para o bem estar,

físico e emocional (ginástica laboral, massagens e etc).

Abordagem contra-hegemônica: É um contrapondo a concepção assistencialista, pois

apresenta um viés preventivo, com base na ergonomia (estuda as condições de trabalho

ligadas à pessoa). Atua em três dimensões interdependentes: condições, organização e

relações sócioprofissionais. Nessa concepção, a QVT é concebida como uma tarefa de

todos na organização, devendo haver uma busca permanente pela harmonia e o bem-

estar.

Resultados

Organização

Força de trabalho saudável; Baixo absenteísmo e turnover;

Elevada eficiência nos serviços prestados;

Menor custo com licença saúde;

Imagem da Organização junto á opinião publica.

Colaborador

Elevada resistência ao estresse;

Maior estabilidade emocional;

Melhor ambiente de trabalho e relacionamento interpessoal;

Equilíbrio entre o trabalho e o lazer;

Horários e condições de trabalho sensatos.

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15 – COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL (RELAÇÕES INTERPESSOAIS )

Conceito: Processo pelo qual a informação é trocada e entendida por duas ou mais pessoas,

normalmente com o intuito de motivar ou influenciar o comportamento e de adquirir um

entendimento comum a respeito de um assunto ou de uma situação.

Processo de comunicação: As mensagens passam por uma fonte (emissor) para um

receptor. A mensagem é codificada (convertida em um formato simbólico) e transmitida por meio

de uma mídia (canal) até o receptor, que traduz (decodifica) a mensagem iniciada pelo emissor.

Elementos do processo de comunicação:

Emissor (codifica): É a fonte que transmite a mensagem ao receptor.

Receptor (decodifica): É quem recebe (destino) a mensagem transmitida pelo emissor e

decodifica-a e/ou interpreta-a.

Canal: É o meio que o emissor utiliza para transmitir a mensagem.

Mensagem: É o objeto da comunicação, formado por sinais que podem pertencer ou não a

um código linguístico. Informação - é o conteúdo da mensagem, o que ela carrega.

Ruído: É o que causa interferência na transmissão da mensagem, podendo levar a perda

de informação no processo de comunicação.

Ambiente: Local (lugar) onde ocorre a troca de informações. Já foi chamado de universo.

Feedback (Retroação) retorno pontual de todo o processo comunicativo. É o momento de

verificar se a mensagem enviada foi entendida da melhor forma pelo receptor

(consonância/concordância), ou seja, se a mensagem entendida foi à mesma enviada.

TIPOS DE COMUNICAÇÃO

- INTERPESSOAL19

Comunicação interpessoal – VERBAL: É o modo de comunicação mais familiar e

frequentemente mais usado. Refere-se a esforços de comunicação tais como dar instruções a um

colega, entrevistar um candidato a um emprego, informar alguma coisa a alguém, e assim por

diante.

Comunicação interpessoal – ESCRITA: A comunicação escrita engloba memorandos,

cartas, e-mails, transmissões de fax, jornais internos, informativos em murais e qualquer outro

meio que use a linguagem escrita para comunicar as informações.

Comunicação interpessoal – SIMBÓLICA: Designa um elemento representativo que está

(realidade visível) em lugar de algo (realidade invisível) que tanto pode ser um objeto como um

conceito ou ideia, determinada quantidade ou qualidade.

19

Paralinguística – CASADO (2002), afirma que tanto na vida pessoal como na organizacional, existem quatro formas de

comunicação: verbal, não-verbal, simbólica e paralinguística: Sendo essa ultima definida pelo o tom da voz, o ritmo com que se fala e as “pausas cheias” são exemplos de comunicação paralinguística e conferem sentido especial à comunicação.

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Comunicação interpessoal – NÃO VERBAL: Refere-se à transmissão de uma mensagem por

algum meio diverso da fala e da escrita. Incorpora coisas como o modo com que usamos o nosso

corpo e os nossos gestos para transmitir certas mensagens.

- ORGANIZACIONAL

Canais Formais: Os canais formais de comunicação são os caminhos oficiais para o envio

de informações dentro e fora da organização, isto é, permite que as informações circulem pela

cadeia de comando da organização segundo os fluxos indicados no organograma.

Canais Informais (rede de rumores): Refere-se a comunicação não-oficial que

complementa os canais formais. Esse canal não se apresenta de maneira tão visível quanto a

formal. Ela está inserida em outros tipos de estrutura que não considera a hierarquia da

organização. Ex: "rádio-peão, rádio-corredor ou rádio-mexerico". Em geral propagam rumores,

boatos e outras notícias alarmantes.

Comunicação eletrônica (e-mail, inter e intranet, MI e videoconferência)

FLUXOS (DIREÇÃO) DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Comunicação Vertical (descendente e ascendente): O processo de comunicação

descendente se dá quando os níveis hierárquicos superiores enviam informações e mensagens

para os níveis hierárquicos inferiores da empresa. Já a comunicação ascendente é quando os

níveis hierárquicos inferiores enviam mensagens e informações para os níveis hierárquicos

superiores de uma organização.

Comunicação Horizontal ou Lateral: Ocorre entre pessoas do mesmo nível hierárquico,

Essa comunicação pode ainda acontecer entre os colaboradores de um mesmo departamento

(intradepartamental) ou pode acontecer também entre os colaboradores de diferentes

departamentos (interdepartamental).

Comunicação Diagonal: E quando ocorre uma troca de informações entre uma chefia

funcional e elementos de outro grupo de trabalho quando ela exerce autoridade funcional. Visa o

fluxo de informação entre especialistas de diferentes áreas funcionais em diferentes níveis de

gestão.

Fluxo transversal ou longitudinal – Se dá em todas as direções, fazendo-se presente nos

fluxos descendente, ascendente e horizontal nas mais variadas posições das estruturas ou da

arquitetura organizacional. Esse tipo de fluxo acontece nas organizações orgânicas e flexíveis que

permitem uma gestão mais participativa e integrada, criam condições para que as pessoas passem

a intervir em diferentes áreas e com elas interagir.

Fluxo circular – Abarca todos os níveis sem se ajustar às direções tradicionais. Surge e se

desenvolve muito mais nas organizações informais e favorece a efetividade no trabalho.

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BARREIRA OU RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: Barreiras são os problemas que

interferem na comunicação e a dificultam. São "ruídos" que prejudicam a eficácia comunicativa. As

barreiras gerais ou comuns podem ser de natureza mecânica, fisiológica, semântica ou psicológica.

BARREIRAS GERAIS

As barreiras mecânicas ou físicas estão relacionadas com os aparelhos de transmissão,

como o barulho, ambientes e equipamentos inadequados que podem dificultar ou mesmo

impedir que a comunicação ocorra.

As barreiras fisiológicas dizem respeito aos problemas genéticos ou de malformação dos

órgãos vitais da fala. A surdez, a gagueira e não articulação fonética.

As barreiras semânticas são as que decorrem do uso inadequado de uma linguagem não

comum ao receptor ou a grupos visados. São as limitações ou distorções decorrentes dos

símbolos por meio dos quais a comunicação é feita.

As barreiras psicológicas são os preconceitos e estereótipos que fazem com que a

comunicação fique prejudicada. Estão relacionadas com atitudes, crenças, valores e a

cultura das pessoas.

Barreiras pessoais: são as interferências que decorrem das limitações, emoções e valores

humanos de cada pessoa. As barreiras pessoais podem limitar ou distorcer as

comunicações com ouras pessoas.

BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO

Filtragem: Se refere à manipulação da informação pelo emissor para que ela seja vista de

maneira mais favorável pelo receptor. Manipulação da informação por parte do emissor, para ficar

bem visto pelo receptor.

Sobrecarga de informação essa barreira acontece quando a quantidade de informações

excede nossa capacidade de processamento.

Emoções: Faz referência à maneira como o receptor se sente no momento em que recebe

a mensagem vai influenciar sua maneira de interpretá-la.

Linguagem: A idade, educação e histórico cultural são três variáveis mais comuns que

podem influenciar a linguagem usada por uma pessoa.

Medo da comunicação: (ansiedade) refere-se à tensão ou ansiedade, sem motivo

aparente, que as pessoas têm em relação à comunicação oral ou escrita.

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16 – DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA – COACHING20

Orientação profissional: o termo orientação profissional ou orientação vocacional

relaciona-se a um processo de ajuda cujo objetivo principal é facilitar a reflexão do jovem em

momentos de indecisão na escolha de sua carreira.

Mentoring: Consiste em um relacionamento entre um adulto jovem (mentorado) e um

mais velho e experiente (mentor), o qual atua como patrocinador e treinador do mentorado,

oferecendo-lhe proteção e trabalhos desafiadores que facilitem sua visibilidade, preparando-o

para avanços na carreira. Um mentor é aquele que oferece conhecimento, insight, perspectiva ou

sabedoria, que serão especialmente proveitosos para outra pessoa. Ou seja, o mentor pode ser

entendido como alguém especializado em determinada área de atuação, o qual busca repassar

seus conhecimentos e experiência a outro menos experiente.

Coaching: O termo tem sua origem no mundo dos esportes e indica o papel de professor,

treinador, preparador, técnico. É o papel que você assume quando se compromete a apoiar

alguém a atingir determinado resultado.

Obs: No entanto, identificar o coach, simplesmente, como um treinador pode

ser um equívoco, pois o processo de coaching não se reduz a um mero

treinamento, caracterizado, muitas vezes, pela repetição exaustiva e mecânica

de um exercício, jogada, movimento, ou ação. O trabalho do coach deve ter

como objetivo liberar o potencial existente dentro de uma pessoa para que ela

maximize seu desempenho.

Coaching individual: É uma contínua relação de parceria que visa apoiar o cliente na busca

de resultados benéficos para sua vida pessoal e profissional, por meio do qual o mesmo

amplia sua capacidade de aprender e aprimora sua performance e sua qualidade de vida.

Nesse enfoque, o papel do coach é estimular a pessoa para que seu potencial aflore. Ou

seja, é mais ajudá-la a aprender em vez de simplesmente, treiná-la ou ensiná-la. É

estimulá-la para a descoberta de novas trilhas, de forma espontânea e natural.

Coaching para equipes (Team Coaching): é mais comumente aplicado no âmbito

corporativo, pois visa o desenvolvimento do conjunto, em direção a um único objetivo para

a realização de determinado projeto. O intuito é aprimorar as habilidades, competências e

oportunidades de melhoria individuais, com a finalidade de fortalecer a equipe como um

todo, preparando-os para que, juntos, sejam um time de alta performance. O processo de

coaching de equipe aproveita ao máximo o talento de todos os colaboradores envolvidos.

Dessa maneira, o crescimento da corporação se torna amplo e uniformizado, com

metodologia focada em metas bem definidas.

20

SILVA, C. R. E. Orientação Profissional, mentoring, coaching e counseling: algumas singularidades e similaridades em

práticas. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 299-309, dez. 2010 .

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Coaching em grupo (Group Coaching): é um método mais voltado para o desenvolvimento

coletivo com ênfase nas questões individuais. Os participantes compartilham de interesse

comum visando maiores resultados pessoais e profissionais através do Coaching, no

entanto, cada um possui objetivos específicos e particulares. Utilizam do mesmo método,

mas não necessariamente estão focados na mesma direção. O processo de Coaching em

Grupo é realizado de forma similar ao processo individual, com a grande vantagem de que

os participantes agregam um aprendizado amplamente maximizado, devido à troca de

experiências entre eles.

Counseling: O termo counseling é mais comumente utilizado na área clínica, no sentido de

aconselhamento médico ou psicológico, embora, atualmente, o termo “aconselhamento” venha

sendo utilizado de forma similar ao de mentoring ou coaching. Existem dois tipos de counseling: o

aconselhamento de carreira, cujo foco centra-se no planejamento estratégico da carreira e o

counseling emocional, que deve ser conduzido por um psicoterapeuta.

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QUESTÕES DE GESTÃO DE PESSOAS

ABIN/18 - QUESTÃO 1 - Do ponto de vista de

gestão de pessoas, os empregados vinculados à

organização compõem o patrimônio físico da

organização.

FUB/15 - QUESTÃO 2 - A diversidade inclui a

todos e não pode ser considerada apenas como

definição de raça ou gênero. O conceito é mais

amplo e abrange idade, história pessoal e

corporativa, formação educacional, função e

personalidade.

ANTAQ/14 - QUESTÃO 3 - Nas organizações, a

gestão de pessoas direcionada às questões da

diversidade representa um desafio para os

administradores devido ao fato de eles terem de

administrar diferentes culturas, sexualidades,

espiritualidades, linguagens e idades.

FUB/15 – QUESTÃO 4 – Em uma organização, as

pessoas participam da vida organizacional em

diferentes níveis hierárquicos e são consideradas

o único ativo vivo e dinâmico, uma vez que

apenas os recursos humanos têm a capacidade

de aprender e mobilizar os demais recursos

organizacionais em prol do alcance dos objetivos

estratégicos.

FUNPREST/16 - QUESTÃO 5 – As atuais

abordagens na área de gestão de pessoas

compreendem o indivíduo como um ser

complexo com diversas necessidades ligadas ao

ego, como o desenvolvimento pessoal, a

autorrealização e a autonomia de pensamento.

DPU/16 - QUESTÃO 6 – A percepção de que os

indivíduos são investimentos e fonte de valor e a

gestão de pessoas como parceiras estratégicas

das organizações são exemplos de premissas da

visão tradicional ainda presentes na área de

gestão de pessoas.

STM/18 – QUESTÃO 7 – A gestão estratégica de

pessoas visa alinhar as estratégias e práticas da

gestão de pessoas aos desafios organizacionais

para garantir a viabilidade e a sustentação de

vantagem competitiva.

STM/18 – QUESTÃO 8 – Além do alinhamento

entre as políticas e práticas de gestão de

pessoas, a estratégia e a estrutura da

organização, também deverão ser considerados

aspectos do ambiente institucional, político,

cultural e econômico no qual o órgão se insere.

TCE-SC/16 – QUESTÃO 9 – Em uma situação de

equilíbrio organizacional, a organização

caracteriza-se como um sistema ao qual seus

participantes concedem contribuições enquanto

recebem incentivos proporcionais aos seus

esforços de contribuição.

SEE-DF/17 – QUESTÃO 10 – O equilíbrio

organizacional de uma instituição pública é

mensurado pela efetividade dos resultados

alcançados em relação as metas estabelecidas

pelo respectivo órgão controlador.

GABARITO – GESTÃO DE PESSOAS

QUESTÕES DE AGREGAR

FUNPREST/16 - QUESTÃO 1 – O recrutamento

consiste na procura e na atração de candidatos

para uma determinada função. Já a seleção

consiste na escolha do candidato que ocupará o

cargo disponível. Tanto o recrutamento quanto a

seleção fazem parte de um processo maior, que

é suprir e prover a organização de talentos e

competências necessárias.

ABIN/18 - QUESTÃO 2 – Uma desvantagem do

recrutamento interno é o conhecimento prévio

dos perfis profissionais dos candidatos, que pode

induzir à seleção por afinidades.

1 – E 2 – C 3 – C 4 – C 5 - C

6 – E 7 – C 8 – C 9 – C 10 – E

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STM/18 – QUESTÃO 3 - o processo de seleção

interna para ocupação de postos gerenciais no

órgão deverá privilegiar a participação em ações

de capacitação, sem as quais não se pode atestar

que os candidatos possuem os repertórios

necessários ao exercício das funções de gestão

determinadas.

STM/18 – QUESTÃO 4 - O recrutamento externo

privilegia os atuais funcionários de uma

organização que pretendem mudar de área de

trabalho ou ocupação, processo que geralmente

ocorre quando um funcionário da sede opta por

trabalhar em uma organização subsidiária.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 5 - O recrutamento

externo em um órgão público é sempre mais

vantajoso que o recrutamento interno porque

propicia a aquisição de novas experiências e o

enriquecimento dos recursos humanos

existentes.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 6 - Do ponto de vista de

aplicação, as organizações devem recorrer ao

recrutamento externo, uma vez que o mercado

de recursos humanos dispõe de candidatos mais

capacitados para atuarem nas empresas.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 7 – A introdução de

novos profissionais nas organizações é

entendida como uma desvantagem do processo

de recrutamento externo, uma vez que novos

contratados tendem a desestabilizar culturas

organizacionais consolidadas.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 8 – Os objetivos do

processo de recrutamento incluem atrair

candidatos qualificados para uma organização.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 9 – O recrutamento

interno motiva os funcionários porque estimula

o autodesenvolvimento deles e lhes propicia

diferentes oportunidades de aperfeiçoamento.

ABIN/18 - QUESTÃO 10 – O recrutamento

interno deve ocorrer após a busca malsucedida

de novos talentos no mercado, com vistas a

reforçar o valor da promoção.

ABIN/18 - QUESTÃO 11 – Durante um processo

de seleção, a análise de aspectos relativos às

entregas de produtos ou serviços por um

candidato é uma forma de avaliar as

competências por ele apresentadas.

ABIN/18 - QUESTÃO 12 – Observar os

comportamentos requeridos de um candidato

por meio de uma atividade interativa consiste

em uma técnica vivencial de seleção.

ABIN/18 - QUESTÃO 13 – O método de

entrevista é o mais viável para analisar cargos de

alto nível por ser mais abrangente, econômico e

realizado de maneira conjunta.

GABARITO – QUESTÕES DE AGREGAR

QUESTÕES DE APLICAR

STJ/12 - QUESTÃO 1 – Uma das principais críticas

à avaliação de desempenho é o fato de esta

ocorrer em dia determinado, apenas uma vez

por ano.

ABIN/18 - QUESTÃO 2 - A identificação de

lacunas de competências dos servidores para

fins de treinamento deve ser realizada de

maneira independente da avaliação de

desempenho, para evitar desvio de finalidade.

DPF/14 - QUESTÃO 3 - O método das escalas

gráficas, por ser complexo, demandar

planejamento demorado e cuidadoso e exigir o

auxílio de especialistas, apresenta a

desvantagem do custo operacional elevado.

1 – C 2 – E 3 – E 4 – E 5 - E

6 – E 7 – E 8 – C 9 – C 10 – E

11 – C 12 – C 13 – E

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FUB/14 - QUESTÃO 4 - Critérios contaminados de

desempenho são observados nas situações em

que as medidas utilizadas para aferir a

produtividade de uma pessoa não avaliam o

desempenho real alcançado por ela em um dado

período de tempo.

FUB/14 - QUESTÃO 5 - A deficiência dos critérios

e a perda da confiabilidade da avaliação podem

ser observadas quando as pessoas são avaliadas

em mais responsabilidades do que aquelas

previstas em seus escopos de trabalho.

ANTAQ/14 - QUESTÃO 6 – Na avaliação por

objetivos, cabe ao gerente, de forma unilateral,

definir as metas que serão consideradas para

fins de mensuração do rendimento de seus

subordinados em determinado período de

tempo.

TCE-PA/16 - QUESTÃO 7 – Entre os fatores que

causam o fracasso de uma gestão de

desempenho incluem-se a discussão

permanente de ideias, a falta de

acompanhamento do programa e os erros de

avaliação.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 8 –O efeito de halo, que

se refere à média para todos, e o efeito de

tendência central, que diz respeito à

generalização, estão incluídos entre os principais

erros de avaliação.

MI/13 - QUESTÃO 9 - Descrever um cargo

significa relacionar o que o seu ocupante faz, a

maneira como faz, sob quais condições e por

que faz. Analisar cargos significa detalhar o que

o cargo exige do seu ocupante em termos de

conhecimentos, habilidades e capacidades para

desempenhá-lo.

TRE-GO/15 – QUESTÃO 10 – A descrição dos

cargos de uma empresa deve enfocar os

requisitos exigidos pelos cargos e deixar de lado

o que o ocupante do cargo sabe

verdadeiramente fazer.

ABIN/18 – QUESTÃO 11 – É classificado como

método dos incidentes críticos aquele em que o

avaliado, obrigatoriamente, tem de selecionar

duas opções entre quatro existentes em um

bloco de perguntas.

ABIN/18 – QUESTÃO 12 – Os métodos de

avaliação de desempenho nas instituições

públicas têm por finalidade instituir critérios

impositivos e avaliativos em relação ao

comportamento dos servidores.

ABIN/18 – QUESTÃO 13 – O estabelecimento de

objetivos de desempenho entre superiores e

subordinados de maneira democrática,

participativa e mobilizadora é característico da

administração por objetivos.

ABIN/18 – QUESTÃO 14 – Na avaliação de

desempenho 360º, a avaliação de colegas e

pares é um aspecto favorável por promover a

imparcialidade nos resultados de desempenho

do avaliado.

ABIN/18 – QUESTÃO 15 – Identificar capacidades

humanas instaladas e definir necessidades de

capacitação em decorrência dos resultados da

avaliação de desempenho são medidas benéficas

para uma organização.

GABARITO – QUESTÕES DE APLICAR

QUESTÕES DE DESENVOLVER

STF/13 - QUESTÃO 1 - Se os custos de um

programa de desenvolvimento de pessoas

superarem os benefícios trazidos pelo programa

à organização, não ocorrerá o retorno do

investimento no treinamento.

1 – C 2 – E 3 – E 4 – C 5 – C

6 – E 7 – C 8 – E 9 – C 10 – C

11 – E 12 – E 13 – C 14 – E 15 – C

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DPF/14 - QUESTÃO 2 - Concluídas as ações de

treinamento e desenvolvimento, recomenda-se

realizar avaliações de reação, aprendizado,

comportamento e resultados para se identificar

a efetividade das referidas ações.

FUB/15 – QUESTÃO 3 - Durante a execução de

programas de treinamento nas organizações,

devem ser apresentados os objetivos

instrucionais e de aprendizagem, que nortearão

a motivação dos treinandos, desde a definição

de metas de aprendizagem até a modelagem de

comportamentos no trabalho.

FUB/15 – QUESTÃO 4 - A análise organizacional

para fins de levantamento de necessidades de

treinamento de pessoal na organização avalia a

eficácia da organização e o seu sucesso em

alcançar objetivos, com o propósito de

determinar quais habilidades, conhecimentos,

experiências e comportamentos são apropriados

para a realização do trabalho e a consecução de

desempenhos de excelência.

STJ/15 – QUESTÃO 5 – Entre os resultados

imediatos gerados por uma ação, a reação é a

que demonstra o grau de utilidade e o nível de

dificuldade do curso, bem como o grau de

satisfação de seus participantes.

TELEBRÁS/15 - QUESTÃO 6 – No processo de

elaboração de treinamentos, a primeira etapa é

a avaliação da ação, a qual representa o

levantamento e a análise de necessidades e

oferece subsídio à próxima etapa, que será a

execução do treinamento.

TCE-PA/16 - QUESTÃO 7 – O treinamento pode

ser considerado uma ação intencional e

planejada para aquisição e modificação do

desempenho no trabalho.

TCE-PA/16 - QUESTÃO 8 – Nas organizações,

ações de treinamento, desenvolvimento e

educação devem estar em contínua mudança, a

fim de atender às demandas de diferentes

contextos e modelos de administração.

TCE-PA/16 - QUESTÃO 9 – Na avaliação de

treinamento embasada nos critérios, ou níveis,

reação, aprendizado, comportamento e

resultados, cada um desses critérios/níveis é

indicador do sucesso no treinamento, não se

podendo afirmar que haja correlação entre eles.

TCE-SC/16 - QUESTÃO 10 – Nos órgãos públicos,

o processo de desenvolvimento de pessoas por

meio de treinamento é dispensável, uma vez que

a aprovação do candidato em seleção por

concurso público comprova que ele já possui as

habilidades e competências exigidas para o

exercício do cargo para o qual foi aprovado.

ABIN/18 – QUESTÃO 11 – Para fins de

treinamento, entre as competências de maior

importância devem ser priorizadas aquelas que

forem de maior domínio pelos servidores em

relação às de que eles tiverem menor domínio.

ABIN/18 – QUESTÃO 12 – Treinamentos para

desenvolvimento de habilidades são suficientes

para servidores que possuam alto conhecimento

dos assuntos da sua área de atuação, mas cuja

avaliação não evidencie bons comportamentos

nesse sentido.

ABIN/18 – QUESTÃO 13 – Comportamentos

requeridos de um servidor que não são

observados nas rotinas diárias podem ser

desenvolvidos por meio de um treinamento

focado em competências.

ABIN/18 – QUESTÃO 14 – Os treinamentos com

foco em competências são inadequados para

cumprir os objetivos estratégicos de uma

organização.

GABARITO – QUESTÕES DE DESENVOLVER

1 – C 2 – C 3 – C 4 – E 5 – C

6 – E 7 – C 8 – C 9 – C 10 – E

11 – E 12 – E 13 – C 14 – E

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QUESTÕES DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA

TRT17º/14 - QUESTÃO 1 - As UCs objetivam o

desenvolvimento de habilidades individuais e

não de competências críticas do negócio.

TCDF/14 - QUESTÃO 2 - A educação corporativa

é um processo direcionado que visa capacitar o

funcionário para o desenvolvimento de uma

atividade ou trabalho específico e acontece em

quatro etapas: levantamento das necessidades;

planejamento do programa de desenvolvimento;

implementação; execução e avaliação.

TRT17º/14 - QUESTÃO 3 - O fortalecimento da

cultura corporativa e do conhecimento coletivo,

privilegiando-se o aprendizado organizacional,

constitui um pressuposto da EC e das UCs.

STJ/15 - QUESTÃO 4 - O conceito de educação

corporativa surgiu em decorrência de estudos

realizados em parcerias estabelecidas entre

universidades e o Ministério da Educação, ao

elaborarem políticas públicas para a formação

do trabalhador em um processo de

aprendizagem contínua.

STJ/15 - QUESTÃO 5 - A universidade corporativa

tem como proposta contribuir,

academicamente, com uma renovação teórica

no universo econômico.

DPU/16 – QUESTÃO 6 - As universidades

corporativas buscam oferecer aos colaboradores

— funcionários, clientes, fornecedores e

comunidade — o conhecimento e as

competências técnicas e comportamentais

necessárias para o alcance dos objetivos

estratégicos das organizações.

DPU/16 – QUESTÃO 7 – Um dos princípios da

educação de adultos é utilizar a experiência e a

vivência do aluno como recurso à aprendizagem.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 8 – O foco das

universidades corporativas no que se refere à

capacitação de pessoas é aprimorar a educação

formal visando preparar profissionais

especializados para ocuparem cargos ou

funções.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 9 – As organizações de

aprendizagem são aquelas que estimulam a

aprendizagem da organização e o conhecimento

organizacional; este último é criado mediante a

departamentalização das ações e a socialização

do conhecimento explícito.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 10 – Diferentemente dos

tradicionais centros de treinamento e

desenvolvimento, as universidades corporativas

priorizam o aprendizado individual e a utilização

de espaços presenciais em vez dos virtuais.

ABIN/18 – QUESTÃO 11 – A educação

corporativa norteia o plano de formação das

organizações em longo prazo.

ABIN/18 – QUESTÃO 12 – O objetivo da

educação corporativa consiste em formar

profissionais para atuar em diferentes

organizações.

ABIN/18 – QUESTÃO 13 – A educação

corporativa é um sistema de desenvolvimento

de pessoas que contribui para o aumento da

produtividade na organização.

ABIN/18 – QUESTÃO 14 – Na abordagem

sistêmica, a educação corporativa é uma

estratégia primordial para avaliar os meios

utilizados para o alcance dos objetivos da

empresa.

ABIN/18 – QUESTÃO 15 – A educação

corporativa parte do pressuposto de que são

apenas as características do cargo a exercer que

definem a metodologia a ser adotada no sistema

de recrutamento e alocação de pessoas nas

organizações.

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GABARITO – EDUCAÇÃO CORPORATIVA

QUESTÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPEN/15 - QUESTÃO 1 - Em função de suas

peculiaridades, a EaD pode ser ofertada nos

seguintes níveis e modalidades educacionais:

educação básica, de jovens e adultos, especial,

profissional e superior.

STJ/15 - QUESTÃO 2 - Blended learning é uma

modalidade de ensino que combina a

aprendizagem face a face com a aprendizagem

mediada pela Internet. Adoção dessa

modalidade de aprendizagem requer o

redesenho de cursos e a redução do tempo

gasto em sala de aula. Tais cursos não eliminam

completamente a sala de aula, apenas reduzem

a sua ocorrência.

DEPEN/15 - QUESTÃO 3 - As aulas em ambientes

virtuais de aprendizagem apresentam como

limitação a impossibilidade de se criar ambientes

de colaboração, de cooperação e de relações de

afeto, uma vez que a Internet estabelece um

distanciamento físico entre as pessoas.

STJ/15 - QUESTÃO 4 - O ensino a distância, como

opção de aperfeiçoamento educacional, surgiu

com o uso de equipamentos tecnológicos, como

o computador e a Internet.

DPU/16 – QUESTÃO 5 - A teleaula, uma

metodologia de comunicação em massa, facilita

a interação síncrona entre os participantes bem

como possibilita a comunicação e a

interatividade entre docentes, tutores e

aprendizes, por meio de som, imagem, vídeo,

dados ou via chat.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 6 – O perfil do aluno da

EAD é previsível, uma vez que as pessoas que

buscam essa modalidade de ensino possuem

fácil acesso aos meios tecnológicos e estão

preparadas para lidar com tecnologias de

informação e comunicação (TIC), o que facilita a

ação dos profissionais que trabalham com a EAD.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 7 – Os portais e-learning

auxiliam no treinamento e na catalogação do

capital intelectual de uma empresa porque, além

de constituírem um ambiente favorável ao

ensino, conferem ao usuário a possibilidade de

personalização/interação do/com o ambiente de

aprendizado, de desenvolvimento do conteúdo,

de revisão didática e, até mesmo, de melhoria da

interface.

STF/13 - QUESTÃO 8 - Uma organização que

pretende ter sucesso na implantação de um

modelo de educação a distância para seus

colaboradores deve centrar o processo

educacional nos professores e considerar o uso

de novas tecnologias como geradoras de novos

conhecimentos.

STF/13 - QUESTÃO 9 - Uma organização que

pretende ter sucesso na implantação de um

modelo de educação a distância para seus

colaboradores deve centrar o processo

educacional nos professores e considerar o uso

de novas tecnologias como geradoras de novos

conhecimentos.

DEPEN/15 - QUESTÃO 10 - Os diplomas e

certificados de cursos realizados a distância

deverão ser validados em instituições que

ofereçam os mesmos cursos presencialmente a

fim de serem reconhecidos em todo o território

nacional.

STM/18 – QUESTÃO 11 – Embora inovador e

flexível, o ensino a distância não tem sido usado

para a contínua formação de servidores

públicos, uma vez que toda comunicação oficial

se norteia pelo princípio da formalidade.

1 – E 2 – E 3 – C 4 – E 5 – E

6 – C 7 – C 8 – E 9 – E 10 – E

11 – E 12 – E 13 – C 14 – C 15 – E

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ABIN/18 – QUESTÃO 12 – A educação a distância

(ou virtual) caracteriza-se por ser um método de

ensino e aprendizado desprovido de momentos

presenciais.

ABIN/18 – QUESTÃO 13 – Ambientes de

aprendizagem interativa buscam promover a

colaboração entre estudantes, professores,

cientistas e educadores, funcionando, entre

outras coisas, como fontes de informação, como

ferramentas cognitivas e de colaboração, de

apoio contextual e social.

ABIN/18 – QUESTÃO 14 – A prática da EaD tem

sido concretamente uma prática educativa, ou

seja, de interação pedagógica, cujos objetivos,

conteúdos e resultados se identificam com

aqueles que constituem, nos diversos tempos e

espaços, a educação como projeto e processo

humanos, histórica e politicamente definidos na

cultura das diferentes sociedades.

ABIN/18 – QUESTÃO 15 – O uso de tecnologias é

imprescindível para proporcionar aos estudantes

a oportunidade de interagir e trabalhar juntos

em problemas e projetos significativos.

ABIN/18 – QUESTÃO 16 – A EaD é considerada

um sistema tecnológico de comunicação

unidirecional para massas.

ABIN/18 – QUESTÃO 17 – A EaD é considerada

um modelo pedagógico.

ABIN/18 – QUESTÃO 18 – A EaD é considerada

uma prática educativa mediatizada.

ABIN/18 – QUESTÃO 19 – A EaD é considerada

um sistema de comunicação bidirecional.

ABIN/18 – QUESTÃO 20 – A EaD é considerada

um recurso de instrução.

GABARITO – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

QUESTÕES LIDERANÇA

DEPEN/15 - QUESTÃO 1 - Liderança é a

capacidade de uma pessoa, designada para um

cargo de direção na organização, influenciar

outra para alcançar metas e objetivos.

STM/18 – QUESTÃO 2 – Abordagens teóricas de

liderança que se baseiam em traços de

personalidade têm a ver com as características

de personalidade dos liderados que podem ser

usadas para melhorar o clima organizacional.

DPF/14 - QUESTÃO 3 - Nas organizações, o líder

define-se pela autoridade que lhe é delegada.

DPF/14 - QUESTÃO 4 - O líder que busca criar

uma cultura favorável ao sucesso da organização

e encontrar caminhos para a realização de metas

demonstra comportamento orientado para a

macroliderança e a visão de futuro.

ANATEL/14 - QUESTÃO 5 - A teoria dos traços,

que se baseia nas características pessoais do

líder, possui elevado impacto nos estudos

recentes acerca de liderança e está incluída nas

teorias contingenciais.

ANATEL/14 - QUESTÃO 6 - Entre os principais

estilos de liderança observados nas

organizações, incluem-seo estilo voltado para as

tarefas, em que o líder se preocupa em

estruturar o seu papel e o de seus subordinados,

designando os empregados para a realização de

tarefas, objetivos e metas organizacionais; o

estilo voltado para relacionamentos, em que

predominam relações com base na confiança

mútua e na amizade com os subordinados; e o

estilo voltado para a situação, o qual se baseia

nas características do líder e do contexto à sua

volta.

1 – C 2 – C 3 – E 4 – E 5 – C

6 – E 7 – C 8 – E 9 – E 10 – E

11 – E 12 – E 13 – C 14 – C 15 – E

16 – E 17 – E 18 – C 19 – C 20 – C

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FUB/15 - QUESTÃO 7 - A liderança Laissez-Faire é

eficaz quando os subordinados não são dotados

de capacidade de auto-organização, gerando

desempenho nas tarefas satisfatórias.

DPU/16 – QUESTÃO 8 - Segundo as abordagens

de traços e competências de liderança, a

presença de comportamentos orientados ao

trabalho e ao relacionamento interpessoal no

modo de agir do líder favorece eficazmente o

alcance dos resultados de equipes e

organizações.

ABIN/18 – QUESTÃO 9 - A emergência do líder

no ambiente organizacional não se vincula às

qualidades pessoais, mas ao seu ajustamento às

normas ali constituídas ao longo do tempo,

razão por que os treinamentos de liderança são

ineficazes.

FUNPRESP-JUD/16 – QUESTÃO 10 – A

autoliderança é um conceito inaplicável, visto

que é preciso pelo menos dois indivíduos para se

estabelecer o processo de liderança.

GABARITO – LIDERANÇA

QUESTÕES CULTURA E CLIMA

ORGANIZACIONAL

ABIN/18 – QUESTÃO 1 - Por ser considerada um

fenômeno perceptual esporádico e

compartilhado pelos indivíduos da organização,

a pesquisa de clima organizacional deverá ser

aplicada periodicamente em todos os servidores.

ANTAQ/14 - QUESTÃO 2 - A cultura

organizacional é formada por hábitos, crenças,

valores, tradições e normas não escritas da

organização.

FUB/14 - QUESTÃO 3 - A cultura organizacional

amorfa caracteriza as organizações que

apresentam valores culturais e normas

altamente cristalizados nos comportamentos,

nos hábitos e nos procedimentos profissionais.

ICMBIO/14 - QUESTÃO 4 - Uma organização que

busque fundamentar-se em bons sentimentos e

construir relações amistosas entre os

empregados adota o rito de renovação cultural.

ANATEL/14 - QUESTÃO 5 - Empresas que

possuem culturas organizacionais fortes

costumam ter baixos índices de rotatividade,

uma vez que elas são catalisadoras de mudanças

e criam ambientes propícios à diversidade.

Diante disso, conclui-se que fusões e aquisições

são facilitadas quando envolvem empresas de

cultura forte, pois, em geral, seus integrantes se

mostram abertos a símbolos, práticas e rituais

novos.

ANATEL/14 - QUESTÃO 6 - Uma cultura

organizacional focada na espiritualidade

estimula práticas religiosas no ambiente de

trabalho como forma de integrar valores

pessoais e espirituais com valores profissionais.

ANATEL/14 - QUESTÃO 7 - A abordagem da

cultura organizacional proposta por

GeertHofstede faz analogia às camadas da

cebola ao representar os níveis em que a cultura

se manifesta, de modo a descrever, da camada

mais externa para o interior, os símbolos, os

heróis, os rituais, os valores e, por fim, as

práticas que permeiam todas as camadas.

FUB/15 – QUESTÃO 8 - O nível de favorabilidade

do clima organizacional pode ser avaliado com

base em taxa de turnover e de absenteísmo, em

resultados de avaliações de desempenho e em

tipos de queixas no serviço médico.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 9 – As práticas de

socialização possibilitam a adaptação de novos

funcionários à cultura organizacional dominante.

Como exemplo de práticas socializadoras,

podem ser citadas as individuais, as seriadas, as

aleatórias, as formais e as informais.

1 – E 2 – E 3 – E 4 – C 5 – E

6 – C 7 – E 8 – E 9 – E 10 – E

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ABIN/18 – QUESTÃO 10 – Clima organizacional

relaciona-se à percepção de funcionários da

organização sobre o sistema de punição por ela

imposto para coibir práticas de corrupção e má

gestão.

GABARITO – CULTURA E CLIMA

QUESTÕES DE GESTÃO DE CONFLITOS E

COMUNICAÇÂO

FUNPREST/16 – QUESTÃO 1 - A coerência entre

o discurso e as atitudes do líder tende a

promover o fortalecimento do processo de

comunicação.

FUB/14 - QUESTÃO 2 - O conflito

intraorganizacional ocorre quando várias

unidades organizacionais estão descontentes

com o modo de atuação de uma unidade

específica.

ANTAQ/14 - QUESTÃO 3 - O chefe de um setor

que adota o estilo de administração de conflito

denominado colaboração, ao gerenciar um

conflito, tende a ignorá-lo, de modo a esperar

que tal conflito desapareça, ou então usará o

sigilo para evitar a confrontação.

ANATEL/14 - QUESTÃO 4 - Na gestão tradicional

de pessoas, os conflitos entre empregados e

organizações constituem oportunidades de

fortalecimento das relações interpessoais entre

ambas as partes.

ABIN/18 – QUESTÃO 5 - A comunicação

inadequada inclui falta de empatia, pouco tempo

para ouvir e recusa em considerar detalhes do

ponto de vista apresentado pelo outro, que,

ainda que não seja inicialmente claro, pode

conter elementos relevantes para o ponto em

discussão.

FUB/15 - QUESTÃO 6 - A natureza de um conflito

pode originar-se de três fontes:

comportamental, estrutural e externa.

FUB/15 - QUESTÃO 7 - O estilo certo de gerir

conflitos consiste na busca do consenso e no

convencimento das partes quanto à realidade

envolvida.

ABIN/18 – QUESTÃO 8 - As relações

interpessoais são favorecidas quando as pessoas

entendem que as condutas de outros em relação

a elas são primordialmente resultado de

características pessoais inerentes à

personalidade de cada um, e não decorrentes de

variáveis situacionais. E

ABIN/18 – QUESTÃO 9 - Indivíduos com altas

habilidades sociais, capazes de se comunicar

com clareza e eficácia no trabalho, mantendo

boas relações interpessoais, são aqueles que

também apresentam maior ansiedade no

ambiente laboral devido à necessidade de

manter seu status perante colegas e superiores.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 10 - A abordagem

tradicional considera conflito um estado

desordenado propício para mudanças e,

portanto, positivo; a abordagem das relações

humanas, por sua vez, considera conflito uma

consequência natural, inevitável em qualquer

grupo; e, por fim, a abordagem interacionista

considera que o conflito deve ser evitado a todo

custo para não afetar outros tipos de situações.

GABARITO – QUESTÕES DE GESTÃO DE

CONFLITOS E COMUNICAÇÃO

1 – E 2 – C 3 – E 4 – E 5 – E

6 – E 7 –C 8 – C 9 – C 10 – E

1 – C 2 – E 3 – E 4 – E 5 – C

6 – C 7 – E 8 – E 9 – E 10 – E

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QUESTÕES DE COMPORTAMENTO

ORGANIZACIONAL E GESTÃO DO

CONHECIMENTO

ABIN/18 – QUESTÃO 1 - O comportamento

organizacional refere-se primordialmente à

forma como as organizações se relacionam entre

si, com foco no aumento de sua eficiência e

efetividade.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 2 – A rotatividade de

pessoas pode afetar o nível de produtividade, a

continuidade e os resultados de uma empresa,

haja vista o elevado custo dos processos de

desligamento e admissão.

DPU/16 – QUESTÃO 3 – O absenteísmo pode ser

minimizado com a redução da jornada de

trabalho, com o trabalho em casa (home office)

e, sobretudo, com a reciclagem profissional por

meio do treinamento contínuo e intensivo.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 4 – A seleção de pessoal

realizada de forma inadequada pode provocar

elevação da rotatividade de pessoas na

organização.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 5 - Funcionários

insatisfeitos tendem a faltar ao trabalho com

maior frequência. Para reduzir esse problema, a

empresa pode permitir o cumprimento da carga

horária de forma mais flexível, para que as

necessidades pessoais do trabalhador não sejam

prejudicadas.

INMETRO – QUESTÃO 6 - Coaching consiste em

processo diretivo de desenvolvimento de

pessoas que inclui o aconselhamento e a

orientação para desenvolvimento de carreira

profissional.

EBC/11 – QUESTÃO 7 - A atividade

de coaching tem como objetivo principal o

treinamento personalizado dos coordenadores

de equipe, visando enquadrá-los em padrões de

comportamento técnico no trabalho.

FUB/15 – QUESTÃO 8 - Coaching é uma

abordagem que visa o

desenvolvimento profissional e pessoal em

magnitude, na qual um profissional, com ampla

experiência e suprido de embasamento teórico-

prático, auxilia um outro profissional com

menos experiência e conhecimento.

TCDF/14 - QUESTÃO 9 - O conhecimento tácito é

fruto de aprendizado e experiência de vida e é

disseminado de maneira formalizada e declarada

por meio de artigos e livros.

MPE-PI/12 – QUESTÃO 10 – Por representarem

seu capital intelectual, os empregados são

considerados recursos tangíveis das

organizações, contratados para entregar

produtos e serviços específicos.

MPU/13 - QUESTÃO 11 - Considerando-se a

espiral do conhecimento, é correto afirmar que

situações em que os colaboradores de uma

organização convertem o conhecimento

explícito em tácito correspondem à etapa

denominada combinação.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 12 – O conhecimento

tácito é pessoal, específico ao contexto e de

difícil formulação e comunicação; o

conhecimento explícito, por sua vez, é

transmitido em linguagem formal e sistemática,

propiciando ao indivíduo a apreensão de fatos.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 13 – Capital humano

refere-se à capacidade, ao conhecimento, à

habilidade e às experiências individuais das

pessoas, ao passo que capital estrutural

corresponde aos sistemas físicos utilizados para

transmitir e armazenar o conhecimento.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 14 – A gestão do

conhecimento defende que a criação de

condições para a concepção do conhecimento

deve começar no nível organizacional,

estendendo-se progressivamente para os

indivíduos.

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ABIN/18 – QUESTÃO 15 - Ações de gestão do

conhecimento realizadas por profissionais de

uma instituição fazem parte do contexto dos

programas educacionais para desenvolvimento

de competências.

GABARITO – QUESTÕES DE COMPORTAMENTO

ORGANIZACIONAL

QUESTÕES DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

FUB/14 - QUESTÃO 1 - O reconhecimento de

uma competência pode ser feito a partir de um

eixo x-y-z (tridimensional), no qual se destacam

o conhecimento, a habilidade e o aprendizado.

FUB/15 – QUESTÃO 2 – Situação hipotética: Um

empregado recebeu uma tarefa para ser

executada e, apesar de todos os esforços

dispendidos, ele não concluiu a tarefa com a

qualidade requerida. Assertiva: Nessa situação,

partindo-se da premissa que o conceito de

competências engloba capacidades, compostas

por conhecimentos, habilidades e atitudes, o

empregado deixou de demonstrar atitude.

STM/18 – QUESTÃO 3 – Uma das etapas da

gestão por competências é o mapeamento de

competências, que permite identificar lacunas

existentes entre as competências necessárias e

disponíveis na organização em questão.

FUB/15 – QUESTÃO 4 – Para instituir um modelo

de gestão de pessoas por competências, é

importante compatibilizar as competências das

pessoas às competências da organização.

FUB/15 – QUESTÃO 5 – Situação hipotética: Uma

empresa utiliza os resultados do mapeamento

de competências para desenvolver ações de

treinamento e desenvolvimento, bem como para

fins de gestão de carreiras e sucessão, sistema

de remuneração, dimensionamento do quadro,

recrutamento, seleção e avaliação. Assertiva:

Nesse caso, existe, na empresa, um modelo

integrado de gestão por competências.

STJ/15 – QUESTÃO 6 – A gestão por

competências refere-se ao conjunto de

mecanismos utilizados para gerir as

competências dos servidores, ao passo que a

gestão de competências refere-se à estruturação

de atividades das áreas e das equipes da

organização de acordo com os tipos de

competências necessárias para realizá-las.

ABIN/18 – QUESTÃO 7 – O mapeamento de

perfis profissionais por competências visa

alcançar maior produtividade e adequação das

pessoas em relação aos cargos e funções

existentes.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 8 – Atitude é uma

competência individual que, no ambiente

organizacional, é desenvolvida por meio de um

comportamento prudente e de confiança nos

gestores responsáveis por solucionar os

problemas da organização.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 9 – Uma das

competências individuais é o saber fazer, ou

seja, a habilidade de transformar o

conhecimento em ações concretas.

ABIN/18 – QUESTÃO 10 – O relato de uma

situação vivenciada pelo candidato para

evidenciar um comportamento que revele sua

atitude para resolver um problema complexo é

uma técnica utilizada na entrevista por

competências.

GABARITO DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

1 – E 2 – C 3 – C 4 – C 5 – C

6 – E 7 – E 8 – E 9 – E 10 – E

11 – E 12 – C 13 – C 14 – E 15 – C

1 – E 2 – E 3 – C 4 – C 5 – C

6 – E 7 – C 8 – E 9 – C 10 – C

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QUESTÕES DE MOTIVAÇÃO

DPF/14 - QUESTÃO 1 - Segundo os princípios da

Teoria X de McGregor, na gestão de pessoas, o

potencial humano é considerado algo de difícil

realização nas organizações.

MTE/14 - QUESTÃO 2 - Os salários são

determinantes na motivação para o trabalho, de

forma que indivíduos com vencimentos

reduzidos não são sensíveis a intervenções das

práticas de gestão de pessoas de uma

organização.

ICMBIO/14 - QUESTÃO 3 - Na hierarquia das

necessidades de Maslow, o estágio final tem

foco na continuidade do autodesenvolvimento e

no atingimento da plenitude do potencial do

indivíduo como ser humano.

TCDF/14 - QUESTÃO 4 - Confraternizações com

colegas de trabalho, recompensas justas de

desempenho e oportunidades de trabalhar em

projetos que articulem as habilidades e os

interesses dos funcionários exemplificam ações

convergentes com as necessidades de ordem

superior prescritas na teoria de motivação de

Maslow.

ANTAQ/14 - QUESTÃO 5 - Um gestor de pessoas

que adota os pressupostos da teoria Y considera

que seu colaborador é pouco automotivado, tem

baixo desempenho e depende da cobrança

constante da chefia imediata.

ANATEL/14 - QUESTÃO 6 - Os construtos da

teoria da expectância de Vroom podem ser

representados da seguinte forma: um indivíduo

deseja uma promoção (instrumentalidade —

grau de atração), passa a estender o seu horário

de trabalho (valência — visualização da relação

entre a ação e a obtenção do resultado), pois

acredita que, assim, poderá ser promovido

(expectância — antecipação dos resultados e

probabilidade subjetiva).

TRE-GO/15 – QUESTÃO 7 - Caso se busque

motivar um colaborador que tenha alta

necessidade de realização nos termos propostos

pela teoria das necessidades adquiridas, deve-se

considerar que pessoas com essa característica

preferem trabalhar sozinhas.

TCE-PA/16 – QUESTÃO 8 – Conforme a teoria da

hierarquia das necessidades, os indivíduos se

motivam para alcançar a sua realização pessoal

imediatamente após suas necessidades sociais,

como amizade, relacionamentos e trabalho em

equipe, terem sido satisfeitas.

ANVISA/16 – QUESTÃO 9 – É recomendável

instituir programas motivacionais padronizados

e permanentes nas organizações para estimular

a motivação dos empregados.

ABIN/18 – QUESTÃO 10 – Sistemas de

recompensas financeiras tendem a ativar,

direcionar, intensificar e manter

comportamentos motivados no trabalho,

tornando os indivíduos mais propensos a

superar restrições físicas e psicológicas em seus

ambientes laborais.

GABARITO – MOTIVAÇÃO

QUESTÕES DE QVT

FUB/15 - QUESTÃO 1 - Os programas de

qualidade de vida no trabalho (QVT) são de fácil

implantação, têm baixo custo e possui como alvo

os empregados. Estes aderem aos programas

sem hesitação por serem programas que

possibilitam maior envolvimento nas decisões

nos setores de suas respectivas áreas de

atuação.

1 – C 2 – E 3 – C 4 – C 5 – E

6 – E 7 – C 8 – E 9 – E 10 – E

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FUB/15 - QUESTÃO 2 - Os principais itens do

programa de higiene do trabalho estão

relacionados com o ambiente físico, o ambiente

psicológico, a aplicação de princípios de

ergonomia e saúde ocupacional.

FUB/15 - QUESTÃO 3 - Transformar o ambiente

de trabalho em um lugar agradável tornou-se

meta questionável para as empresas, pois um

ambiente de trabalho mais agradável não altera

os níveis de acidentes e absenteísmo, além de

não gerar aumento na produtividade.

DPU/16 – QUESTÃO 4 - De acordo com o modelo

de qualidade de vida no trabalho desenvolvido

por Walton, condições de segurança e saúde no

trabalho figuram entre os oito fatores que

afetam a qualidade de vida no trabalho.

STF/13 - QUESTÃO 5 - Um dos aspectos que deve

ser considerado para a efetiva criação de um

ambiente de trabalho com qualidade de vida é o

fator constitucionalismo, que se refere ao grau

em que os direitos do empregado são cumpridos

na instituição.

ABIN/18 – QUESTÃO 6 – O programa preventivo

de qualidade de vida no trabalho deverá atuar

nas causas que comprometem a saúde e o bem-

estar dos trabalhadores, focar o indivíduo como

agente de transformação do contexto

psicossocial de trabalho, e advir da percepção do

coletivo de trabalhadores da organização.

ABIN/18 – QUESTÃO 7 – Convergem com as

premissas e preceitos do programa preventivo

de qualidade de vida no trabalho os

treinamentos psicoeducativos, as palestras

motivacionais e de conscientização, o coaching,

os programas de suporte social e as

psicoterapias breves.

IBAMA/13 - QUESTÃO 8 - A saúde do servidor

público deve ser entendida como algo global ou

amplo, que envolve diferentes variáveis

individuais e organizacionais. As intervenções

em saúde e qualidade de vida devem ser guiadas

por esse entendimento complexo.

MJ/2013 – QUESTÃO 9 - Programas

antitabagistas, de apoio psicossocial e de

combate ao sedentarismo, são exemplos de

ações preventivas que contribuem para o

aumento da qualidade de vida no trabalho.

BACEN/13 - QUESTÃO 10 - Um analista de

recursos humanos que vier a avaliar, segundo o

modelo clássico proposto por Walton, a

qualidade de vida no trabalho de uma

organização deve considerar, em sua análise, o

constitucionalismo e a relevância social da vida

no trabalho.

GABARITO – QVT

Boa sorte.

Acredite, você é capaz!

Prof. Márcio Cunha.

1 – E 2 – C 3 – E 4 – C 5 – C

6 – E 7 – E 8 – C 9 – E 10 – C