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Organizar o funcionamento coletivo Apresentação

Organizar o funcionamento coletivo Apresentação. Capacidade de ação coletiva Mas, devido à multiplicidade dos meios envidados, o desempenho depende por

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Organizar o funcionamento coletivo

Apresentação

Capacidade de ação coletiva

Mas, devido à multiplicidade dos meios envidados, o desempenho depende por fim da qualidade das interações entre atores e do bom funcionamento dos vários trâmites organizacionais que concorrem para a realização do serviço.

Competênciaprofissional

A qualidade do serviço prestado depende das aptidões pessoais e da competência profissional dos que participam em sua realização.

Aptidões pessoais

O que determina o desempenho

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Negligenciar essas dimensões Inter profissionais e organizacionais leva a disfunções desmoralizadoras para todos os agentes e gera tensões entre categorias, altamente nocivos para a qualidade do serviço prestado.

Desempenho da organização

SumárioSumário

O papel do tempo

A dimensão cognitiva

Conceber um processo coletivo

Construir e animar uma equipe

O tempo é uma representação coletiva:Expressa os valores e as normas próprias ao conjunto da comunidade que o elaborou. É uma construção social.

Age como um quadro para o pensamento coletivo e permite ritmar o conjunto das atividades sociais.

As balizas temporais assim estabelecidas levam os indivíduos a se coordenar entre eles sabendo em que data irá se produzir tal ou tal evento.

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Levar em consideração o papel do tempoLevar em consideração o papel do tempo

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A associação da complexidade, da heterogeneidade e da distancia que caracterizam o conjunto das atividades faz da configuração do tempo o fator central de concepção da organização.

Os tempos coletivos constituem um consumo de « recursos » crescente.

O desempenho coletivo possui uma incidência determinante nos desempenhos individuais na medida em que o consumo crescente de tempo coletivo reduz consideravelmente o tempo individual disponível.

A gestão do tempo se tornou em um fator chave de desempenho da organização tanto a nível do individuo (ator) como a nível da organização (sistema).

Uma problemática recenteUma problemática recente

Suficientemente longínquo para poder antecipar

Suficientemente próximo para ser realista

Instituir os ritmos

Irregulares/ sincrônicos

Gestão da mudança

Regulares/ sincrônicos

Constantes da organização

Criar um horizonte

Estruturar o tempo

Graças a balizas

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Estruturar o tempoEstruturar o tempo

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O ritmo dessas atividades é irregular. É função dos objetivos a atingir (balizas). O respeito das datas de vencimento é essencial para respeitar os prazos estabelecidos.

3 meses 3 meses 3 meses 3 meses O tempo não está limitado

São as atividades não repetitivas que seguem um processo original de concepção e de implementação.

As atividades especificas:

São atividades que se reproduzem segundo dada periodicidade. O ritmo deve ser definido segundo o tempo necessário para que cada ciclo produza um autêntico valor agregado (tempo necessário para dispor de informações pertinentes, as analisar e decidir de ações de correção a implementar quando se trata da monitorização da gestão por exemplo).

As atividades cíclicas:

O espaço tempo a organizar se define pelo prazo de realização a respeitar.

O tempo está limitado

J1 J2 J3

Objetivo 4 meses 3 meses 1 mês 1 mês

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O ritmo dessas atividades é irregular. É função dos objetivos a atingir (balizas). O respeito das datas de vencimento é essencial para respeitar os prazos estabelecidos.

3 meses 3 meses 3 meses 3 meses O tempo não está limitado

São as atividades não repetitivas que seguem um processo original de concepção e de implementação.

Os ritmos sincrônicos dizem respeito a atividades especificas :

São as atividades que se reproduzem segundo dada periodicidade. Seu ritmo deve ser definido para que cada ciclo produza um autêntico valor agregado (tempo necessário para dispor de informações pertinentes, as analisar e decidir de ações de correção a implementar quando se trata da monitorização da gestão por exemplo).

Os ritmos sincrônicos dizem respeito às atividades cíclicas:

O espaço tempo a organizar se define segundo o prazo de realização a respeitar.

O tempo está limitado

J1 J2 J3

Objetivo 4 meses 3 meses 1 mês 1 mês

A definição dos ritmosA definição dos ritmos

A estruturação do tempo de organização condiciona a monitorização do tempo individual.

A relação dos indivíduos não deve ser idêntica para todos, mas as diferenças de visão não devem prejudicar a compreensão mutua.

Para que o tempo coletivo seja produtivo é necessário dedicar energia não só à produção e à resolução de problemas, mas também à solidariedade e à manutenção da coesão do grupo.

O desempenho é função do consumo relativo de energia dedicada às várias necessidades, é o rendimento do processo coletivo de produção.

O rendimento do processo coletivo de produção depende do modo como os tempos coletivos são geridos, ou seja do modo como o processo é concebido, visto e gerenciado.

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Gerenciar a eficiência dos tempos coletivosGerenciar a eficiência dos tempos coletivos

O tempo se tornou em uma dimensão essencial da organização. Coloca em perspectiva as ações (horizonte), coloca em ritmo seu desenvolvimento e coloca sob pressão os indivíduos que as realizam. As latitudes temporais caracterizam as responsabilidades e seu exercício pela parte dos indivíduos interessados.

A concepção e a coordenação harmoniosa das temporalidades determinam a capacidade de ação coletiva. A gestão dos tempos individuais e coletivos é a variável chave da coerência e da coesão no seio da organização.

Em um entorno instável a estruturação do tempo se torna em um ponto de referência essencial para indivíduos com múltiplas pertenças, móveis e confrontados com imprevistos frequentes, é um dos fatores essenciais de estabilidade da organização.

A gestão do tempo é o elemento chave da implicação dos indivíduos, ela condiciona seu desempenho e sua satisfação.

O tempo não é uniforme: organizar o tempo institucional consiste em definir e fazer conviver ritmos sincrônicos e sincrônicos.

O tempo não é linear: a rapidez de ação de uma organização depende de sua capacidade em gerir sucessões, em parte aleatórias, de tempos de trégua e de tempos de aceleração.

Quando os objetivos são claros e as modalidades de ação precisas, o tempo deve ser restritivo, em outros casos é preciso « dar tempo ao tempo ».

Síntese

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SumárioSumário

O papel do tempo

A dimensão cognitiva

Conceber um processo coletivo

Construir e animar uma equipe

Problemática Solução Procedimento de resolução

Linear

Iterativa

A escolha de partida é essencial

Pois perdemos progressivamente

substância

Pouco importa a via de entrada Pois elaboramos

progressivamente uma coerência dentro de um

procedimento de exploração

Continua/ clara

Nova/ vaga

Adotar o procedimento adequado

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A análise acaba por levar a uma perda de sentido

É necessário regressar a uma visão para relançar o

Para evitar os rendimentos decrescentes

A síntese concentra, agrupa

A análise divide, dispersa

interesse de umeventual e ulterior estudo mais profundo

A indispensável iteração análise - síntese

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Explicito

Implícito

Coordenar os dois registros

A representação da hierarquia Top down / bottom up

A representação do chefe Saber/ autoridade

A representação da organização Fronteiras / interfaces

A encarnação da responsabilidade Individual / coletivo

A formulação de problemas Mono dimensional/ multidimensional

Navegar entre implícito et explicito

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Pesquisa de « solução»

Conhecimentoscodificados

Situação conhecida e registrada

Decisão de rotina

Situação complexa e mal conhecida

Decisão comincertezaSaberes não

codificadosFormulação de « problemática »

O tempo ganho pela aplicação de normas e de rotina em situações conhecidas e registradas é indispensável a fim de inovar e de enfrentar situações complexas e mal conhecidas.

A aplicação de normas de rotina a situações complexas e mal conhecidas produz et

Tormentometodológico

Enfrentamento em uma logica de opiniões

Enfrentar situações heterogêneas

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Exp

érie

nce

Sol

utio

ns é

prou

vées

Situ

atio

n co

nnue

et

répe

rtorié

e

Savo

irs c

odifi

és

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Lançar um processo criador de sentido

Sentido

Confiança

Coesão

Tomar as

decisões

Identificar os principais desafios

Entender o contexto

Formular as problemáticas

Avaliar as soluções

Organizar a implementação

Identificar as competências necessárias

Situ

ação

com

plex

a e

mal

con

heci

da

ConceitosVocabulário

Referências comuns

ExperimentaçãoCapitalização

Pesquisar

soluções inovadoras

Trabalhar em uma organização « é como navegar entre o implícito e o explicito ». A importância relativa desses dois registros, estreitamente ligada à cultura interna, determina a natureza da comunicação dentro da organização e de suas capacidades de integração.

A organização da reflexão e da decisão se tornou mais transversal e mais global, o que importa é entender as interdependências e contemplar a realidade em toda sua riqueza e sua complexidade.

Para gerenciar as interdependências é necessário evitar os bloqueios em torno de poderes individuais e concentrar os indivíduos em sua contribuição para um objetivo comum.

O management dos sistemas complexos obriga a conciliar abordagens e problemáticas aparentemente contraditórias. Só a implementação conjunta de processos de rotina e de processos de exploração garante eficiência e reatividade..

É indispensável identificar as problemáticas às quais se deve responder. Devemos ser capazes de distinguir as problemáticas conhecidas que invoquem saberes

codificados e problemáticas menos conhecidas que necessitem a constituição de novos saberes.

A renovação dos conhecimentos coloca em jogo processos de exploração que permitem aumentar o saber graças a processos de capitalização.

Ao invés das rotinas que se satisfazem com processos lineares, esses processos de exploração implicam procedimentos iterativos.

E necessário não tratar tudo no mesmo registro temporal, definir prioridades, não procurar a priori ser exaustivo, mas aspirar progressivamente à exaustividade para não dilapidar os recursos da organização.

Síntese

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SumárioSumário

O papel do tempo

A dimensão cognitiva

Conceber um processo coletivo

Construir e animar uma equipe

Intervalo

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Os pontos chave de um processo de concertação

A preparação

Permite a escuta

Antecipar o desenvolvimento da

situaçãoAntecipar 2 ou 3 situações

A montante A jusante

Reunião de concertação

Pautado dia

Reunião de concertação

Produção esperada

Organização do trabalho

Definir um intervalo compatível com a

produção esperada

Colocação sob tensão

Enquadrar os atores do ponto

de visa metodológico

Definir uma pauta do dia compatível com a

duração e o objetivo da reunião.

Regulação

Diagnostico da situação

Apreciação da relação de forças

entre atores

Lista das temáticas

transversais

CO

NTR

ÔLE D

O TEM

PO

Concepção/ direção dos procedimentos

Implicação dos atores– valorização – sanção do desempenho -

Explicação dos objetivos

Trabalho individual

Trabalho em sub-grupos

Reuniões formais

Org

aniz

ação

do

trab

alho

A

C

B

Operacional

Decisão

Abordagem metodológica Abordagem metodológica

Entendimento dos problemas

Pesquisa de soluções

Implementar um processo de reflexão coletivo

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Evitar a dispersão para criar uma dinâmica

Exaustividade Seletividade

Tudo não tem necessariamente o mesmo

grau de maturidade.

Deve-se tratar tudo e correr o risco de

Não ter tempo?

Progressividade

?

Deve-se dedicar oMesmo tempo a tudo?

Tudo não tem a mesma importância !

Como escolher Como escolher ??PrivilegiarPrivilegiar

O que é O que é importante?importante?

De modo a criar uma modo a criar uma dinâmica positiva.

O que O que acessívelacessível

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Inovar para ultrapassar as resistências

Provocar a colocação em comum de dados, iniciar uma análise coletiva.

Detectar os fundamentos, valorizar as competências e as contribuições potenciais.

Escuta, reconhecimento, concentração em objetivos e elaboração de uma resposta coletiva,

Estabelecer um elo através da implicação em um projeto comum.

Entender as motivações para propor uma alternativa credível.

Propor (um) projeto(s) alternativo(s)

Escuta dos atores, mediação, implicação em uma reflexão comum.

Fato

res

de b

loqu

eio

Litígios não resolvidos entre atores.

Receio (fundado) de perda de poder.

Receio (fundado) de perda de interesse profissional.

Desconhecimento devido a ausência de comunicação.

Concentração exclusiva dos atores em sua tarefa.

Preconceitos desfavoráveis, sentimento de superioridade.

Comportamento manipulativo fundado na ausência de transparência dos dados

SumárioSumário

O papel do tempo

A dimensão cognitiva

Conceber um processo coletivo

Construir e animar uma equipe

© Alain KERAVEL. All rights reserved

Fonte: Meredith.BELBIN

PapeisQue tendem

para a ação

Papeis Que tendem

para as pessoas

PapeisQue tendem

Para a reflexão

RealizadorImpulsionador

Completa–Finaliza

CoordenadorColetor de recursos

Trabalhador meticuloso

Supervisor– AvaliadorInventorPerito

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Estrutura dos papeis em uma equipe com bom desempenho

Formação Não sacudir o navio

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Fonte : Truckman

TEMPESTADE O degelo

NORMALIZACAOAjustar os papeis

DESEMPENHOA equipe tem uma identidade

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As fases de formação de uma equipe

O tempo necessário para ultrapassar as fases varia segundo os grupos. Fique atento à gestão de conflitos.

Agrupamento de indivíduos, discussões sobre Os objetivos, A composição do grupo, A liderança, a organização do trabalho.

O grupo cria normas e regras de funcionamento próprias

Estabelece objetivos, uma organização do trabalho

O grupo produz

Formação

O grupo está altamente produtivo Todos se sentem membros da

equipe A equipe está orgulhosa dela própria

Fonte: Truckman

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As fases de formação de uma equipe

Conflitos Questionamento dos objetivos, dos

modos de funcionamento, da liderança, Cada um testa os outros, a confiança se

cria O grupo adota objetivos e procedimentos

mais realistas.

Tempestade Desempenho

Normalização

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A equipe autônoma tem um melhor desempenho se os

objetivos e o quadro das ações forem partilhados

C

O coordenador deve receber informações: atrasa a equipe

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O interesse em construir equipes autônomas

Garantir que a equipe entenda o âmbito de sua ação (projeto, objetivos, etc.)

Fornecer feedback eficiente à equipe sobre seu modo de funcionamento

Negociar os recursos dos quais a equipe venha a necessitar para trabalhar bem

Diminuir a ansiedade da equipe para com seu entorno de trabalho

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Fonte: L. Hirschorm, Managing in the new team environment

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Quatro pontos chave na animação de uma equipa

Ações levadas a cabo que associem vários parceiros necessitam um longo ajustamento das logicas presentes:

Logicas profissionais, entre médicos, enfermeiros e gestores…, Logicas institucionais, entre serviços, direções funcionais…, Logicas de estatuto, entre elementos universitários e hospitalaresQue devem necessariamente aprender a se conhecer e se reconhecer para

se completar.

Exigem tempo para a concertação indispensável a fim de se construir uma compreensão mutua e evitar a rejeição mas principalmente a inércia ou a indiferença.

Devem a todo o custo evitar o amálgama com: Uma identificação precisa de cada problema a tratar Uma focalização na pesquisa de soluções especificas (diferenciação) e

compatíveis entre si (integração/ sinergias).

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Respeitar as condições da ação

Orientar a energia coletiva para a Competição externaTornar os objetivos externosFormalizar o projeto comum

Trabalhar em equipe baseando-se em um projeto

Focalizar a atenção nos Processos e não nas pessoasExplicitar as contribuições

Explicitar as relações

Gerenciar a Diversidadedas culturas

das personalidadesdos centros de

interesse

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Prevenir os riscos de conflitos de interesse