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Orientação e Mobilidade Orientação e Mobilidade OBJETIVO Proporcionar ao portador de deficiência visual condições que lhe facilite um maior grau de in de pe ndência e se gu ra a na s atividades que necessitem de locomoção interna ou externa, de acordo com o potencial  bio-psico-social de cada usuário. Durante muitos anos uma das principais lacuna na educação da pessoa deficiente visual foi a sua independência locomotora, ou seja, a sua Orientação e Mobilidade. Desde os primórdios da história a locomoção do cego é citada , seja, em desenhos ou pôr escritas. Uns dos primeiros relatos é o do profeta Isaac que ficou cego depois de uma certa idade e se deslocava com facilidade pêlos campos com seu cajado de pastor, sendo assim uma das primeiras bengalas da história. A Orientação e Mobilidade pod e ser definida com o um conjunto de capacidades e técnicas especificas que permitem à pessoa deficiente visual conhecer, rela ci on ar -se e deslocar-se co m in de pe nd ência, ente nd e se r  Orientação o processo do uso dos sentidos para reconhecer e estabelecer sua po sição em re lação ao meio e a seu re do r. Mo bi li da de é o movimento realizado com segurança e eficiência através do emprego de técnicas apropriadas de exploração e proteção. O fim da II Guerra Mundial, com um grande contingente de veteranos de guerra portadores de deficiências adquiridas marcou o início de um trabalho mais científico e tecnicamente fundamentado, voltado para a mobilidade de pessoas cegas. Por iniciativa do Dr. Richard Hoover, responsável pela adaptação de métodos antigos, adotou o uso de bengala curta, ortopédica e branca, utilizada atualmente. A Orientação e Mobilidad e utiliza-se de técnica s especificas de proteção e ex pl oraç ão , afim do indiví du o se locomover co m seguraa e independência. As principais técnicas são: Proteções, Guia Vidente e técnicas da bengala longa( técnicas de Hoover ) . É de importância vital para o deficiente visual devido aos benefícios

Orientação e Mobilidade

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Orientação e Mobilidade

Orientação e Mobilidade

OBJETIVOProporcionar ao portador de deficiência visual condições que lhe faciliteum maior grau de independência e segurança nas atividades quenecessitem de locomoção interna ou externa, de acordo com o potencial

  bio-psico-social de cada usuário.Durante muitos anos uma das principais lacuna na educação da pessoadeficiente visual foi a sua independência locomotora, ou seja, a suaOrientação e Mobilidade. Desde os primórdios da história a locomoção

do cego é citada , seja, em desenhos ou pôr escritas. Uns dos primeirosrelatos é o do profeta Isaac que ficou cego depois de uma certa idade ese deslocava com facilidade pêlos campos com seu cajado de pastor,sendo assim uma das primeiras bengalas da história. A Orientação eMobilidade pode ser definida como um conjunto de capacidades etécnicas especificas que permitem à pessoa deficiente visual conhecer,relacionar-se e deslocar-se com independência, entende se pôr Orientação o processo do uso dos sentidos para reconhecer e estabelecer sua posição em relação ao meio e a seu redor. Mobilidade é omovimento realizado com segurança e eficiência através do emprego de

técnicas apropriadas de exploração e proteção.O fim da II Guerra Mundial, com um grande contingente de veteranos deguerra portadores de deficiências adquiridas marcou o início de umtrabalho mais científico e tecnicamente fundamentado, voltado para amobilidade de pessoas cegas.Por iniciativa do Dr. Richard Hoover, responsável pela adaptação demétodos antigos, adotou o uso de bengala curta, ortopédica e branca,utilizada atualmente.A Orientação e Mobilidade utiliza-se de técnicas especificas de proteçãoe exploração, afim do indivíduo se locomover com segurança eindependência. As principais técnicas são: Proteções, Guia Vidente e

técnicas da bengala longa( técnicas de Hoover ) .É de importância vital para o deficiente visual devido aos benefícios

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 psicológicos, físico, social e econômico e principalmente dando a pessoao seu direito de ir e vir como um cidadão comum.

JUSTIFICATIVAAprimorar, o quanto for possível, o indivíduo como um todo, com

ênfase nas partes que necessite mais. Para isso será trabalhado o domíniodo ambiente, imagem corporal, autoconfiança, autovalorização,utilização de técnicas de bengala.Através do:

• Rastreamento

• Proteção superior e inferior 

• Localização de objetos

• Uso de sentidos remanescentes: paladar, audição, fala, olfato,cinestesia e equilíbrio.

• Técnicas de guia vidente (locomover-se com auxílio de umindivíduo que enxergue).

Justifica-se o trabalho em grupo em Orientação e Mobilidade no caso decrianças onde ocorre uma interação entre elas o que as auxiliam em seudesenvolvimento, na aceitação de sua limitação visual, quer seja total ou

 parcial. No caso do atendimento individual, o professor deverá levar em contacomo cada um se sente utilizando a atividade de Orientação eMobilidade e possíveis mudanças que esta atividade proporciona ao

usuário.

ESTRATÉGIAUtilização do interior da associação, escadas, salas e corredores.Aulas com uso de bengala em ruas, quarteirões, comércio, agências

 bancárias, lojas, ônibus, escolas, etc., sem o uso da bengala e com o usoda mesma.

AVALIAÇÃOSerá processual.

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Orientação eMobilidade é a área daeducação especialvoltada a educação e areabilitação de

 portadores dedeficiência visual,sejam por problemascongênitos ouadquiridos. Utiliza-se

 para isto os sentidosremanescentes, taiscomo: tato, olfato,audição, percepçãovestibular, visãoresidual, pontos de

referência, pistas nodecorrer do trajeto,

 bengala longa, cãoguia, mapa braille, etc.

A Orientação eMobilidade tem oobjetivo de

 proporcionar aodeficiente visualautonomia nalocomoção, auto-confiança, aumento daauto-estima eindependência,elementos estes,facilitadores na suaintegração social.

A avaliação do aluno érealizada de forma

 periódica.Inicialmente, o profissional elaboraum plano detratamento de acordocom o nível deorientação emobilidade do cliente,onde a cadaatendimento, este seráavaliado de acordo

com seudesenvolvimento. Ao

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final do curso, érealizado umaavaliação final, com oobjetivo de constatar realmente a

habilitação do alunoem orientação emobilidade. Odesenvolvimentodessa capacidade delocomover-se comindependência esegurança, segueetapas que vão desdesituações simples asituações cada vez

mais complexas, ondeexige do educandouma maior atenção ecapacidade de tomar decisões diante dealguns fatos, ou seja,nunca poderemos

 passar de uma etapa para outra, sem que oaluno tenha o domíniode toda carga teórica e

 prática recebida.

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O programa de treinamento é divido emvárias etapas, que inicialmente sãotrabalhadas em ambientes internos dainstituição. Os aspectos fundamentais nodesenvolvimentos são:

* Cognitivos: Atividades proposta aoaluno para adquirir e concretizar conceitos, a natureza e função dosobjetos, solução de problemas,abstração, retenção e transferência.

* Psicomotores: Proporcionar ao alunoexperiências que venham desenvolver capacidades percetivas movimentos

  básicos-fundamentais, capacidadesfísicas, destrezas motoras e comunicação

não verbal.

* Emocionais: Ajudar ao aluno aumentar sua auto-confiança, auto-estima,motivação, valores e auto-imagem.

* Treinamento dos sentidosremanescentes:- Utilização da visão residual da formamais eficiente, para os portadores devisão subnormal.- Desenvolvimento de interpretação de

 pistas e estabelecimento de pontos dereferência captados pelos sentidosremanescentes.Ex: Uma farmácia, o cheiro de remédioslhe informam que está passando por ela.O cheiro é uma pista e a farmácia podeser um ponto de referência.- Relação do espaço de ação e comobjetos significativos do ambiente pela

utilização dos sentidos remanescentes.

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* Técnicas com guia vidente:São técnicas utilizadas com o deficientevisual para o mesmo andar com máximasegurança, quando estiver acompanhado.Observa-se desde a postura correta de

segurá-lo, dentre outras, como: Mudançade direção, passagens estreitas, troca delado, subir e descer escadas, aceitar erecusar ajuda, sentar-se (cadeiras/bancos)e passagens por portas.

* Técnicas de auto-proteção:São técnicas utilizadas pelo aluno, ondeo mesmo usa apenas seu corpo comorecurso de proteção e segurança. Entreelas temos: Proteção superior, proteção

inferior, rastreamento com a mão,enquadramento, tomada de direção,método de pesquisa.

* Desenvolvimento da orientação:Sabemos que a locomoção é uma atitudenata do indivíduo, isto é, se nãoapresentar distúrbios psicomotores e nãofor estimulado corretamente. Para odeficiente visual ter uma mobilidadesegura é importante e necessária uma boaorientação, que é decorrente de algunsfatores, tais como: Ponto de referência,

 pistas, sistema de numeração externa einterna, medição, pontos cardeais, auto-familiarização com o ambiente.

* Técnicas com bengala longa:Dentre os recursos utilizados pelos deficientes visuais para locomoção, a bengala longa apresenta-se como um dos mais seguros, isto é, quandomanipulado corretamente. Para esse manuseio correto da bengala é necessáriodestreza motora, boa percepção tátil-cinestésico, vivências pré-bengala,conhecimento e manipulação com a bengala para introduzir-se as técnicas quesão: Varredura, técnica diagonal (utilizada somente em ambientes internos),detecção de objetos, passagem por portas, rastreamento com técnica diagonal,subir e descer escadas, técnicas de toque, técnica de toque e deslize, técnica dedeslize, rastreamento com técnica de toque, rastreamento em três pontos.

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Ao final desta etapa em ambienteinternos, o aluno já terá o domínio dessasdiversas técnicas. O mesmo receberáagora instruções em ambientes externos,onde colocará em prática seusconhecimentos. Nesta fase, precisará demuita atenção, concentração, iniciativa

 para transpor várias situações, pois nãoterá somente contato com o público(sociedade), mais também com váriostipos de ambientes, obstáculos, calçadas,ruas, cruzamentos, avenidas, veículos,

comércio (lojas, shopping, mercearias,etc.), espaços físicos mais variados possíveis.

É importante o profissionalrespeitar as individualidades dos

alunos e nunca compará-los, pois cada caso é único e todostêm limitações.

A Sociedade de Assistência aosCegos - SAC investe naformação da pessoa cega, com afilosofia de que a preparação dohomem é a esperança de umfuturo melhor.

Orientação e Mobilidade x Cidadania

Uma das palavras mais ditadas nos dias de hoje é CIDADANIA, mas será queessa palavra é bem empregada quando se refere aos deficientes visuais ?

A orientação e mobilidade tem como um dos objetivos a busca da cidadania,ou seja, a independência de ir e vir, participando do gozo dos direitos civis,sociais e políticos de um estado, a partir de sua habilitação.

Em uma sociedade repleta de conceitos e preconceitos firmados ao longo do

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tempo, eles precisam conquistar uma luz própria, uma postura que os leve anão desanimarem diante dos obstáculos impostos pela sua distinção especial.É com esse ideal, que a Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC vemorientando e ajudando os deficientes visuais a mudarem esse quadro social,

demonstrando que é possível ver através da escuridão.

Orientação e Mobilidade

 

Desenvolve a capacidade do deficiente visual de se movimentar com independência, segurança,

eficiência e adequação, de acordo com o seu potencial bio- psico-social, nas mais variadassituações e ambientes, utilizando-se para isto de técnicas especificas adquiridas através daaprendizagem e aplicação em vivências contextualizadas, colaborando, conseqüentemente, parasua real integração na sociedade.

 

Palavra do Professor 

O treinamento em Orientação e Mobilidade visa favorecer os deficientes visuais em relação a suaindependência, tornando-os mais seguros, livres e confiantes, para realizar todo e qualquer percurso que necessite, estabelecendo sua posição em relação a todos os objetos significativos

do ambiente. Objetivando o desempenho da independência deslocando-se de um local para outrocom segurança e eficiência.

O programa de Orientação e Mobilidade é elaborado a partir de um estudo do caso considerandoos aspectos biopsicossocial, testes e avaliação das condições sensório-motoras, experiências devida, necessidades e interesse da pessoa.

Para atingir os objetivos do treinamento há necessidade do desenvolvimento de algumashabilidades, tais como: lateralidade, atenção, ritmo, coordenação, noção espacial, postura. Aassimilação e utilização destas habilidades influenciarão no desenvolvimento da mobilidade nograu de independência na locomoção. Irá também desenvolver os sentidos remanescentes onde aprioridade é a audição.

O treinamento pode ser dividido em 04 fases distintas: ambientes internos, área residencial, áreade pequeno comercio, e área comercial central. Iniciam-se em ambientes internos simples commaiores possibilidades de controle, passando gradualmente para ambientes mais complexos.

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É trabalhado o uso da bengala longa, com técnicas especificas, visando maior independência doindividuo com deficiência visual total ou portador de baixa visão. Técnicas de auto-proteção, ondeo próprio deficiente visual usa seu corpo, protegendo-se de obstáculos aéreos como placas etelefones públicos. Técnicas do guia vidente, isso é quando uma pessoa que tem a visão normalauxilia outra deficiente visual visando a compreensão dos movimentos associados do guia e dodeficiente visual. Estimula a orientação espacial em ambientes sem pontos de referências fixos e

estimula o uso dos outros sentidos no auxilio a localização dos pontos de referência.

Um dos principais objetivos da Orientação e Mobilidade na vida do portador de deficiência visual édesenvolver a capacidade de se movimentar com independência, segurança, eficiência eadequação, nas mais variadas situações e ambientes, colaborando, consequentemente, para suareal integração na sociedade.