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Orientação G Traço Falciforme pa rof.Dr.Rui Fernando Pilotto rof.Dr.Rui Fernando Pilotto epartamento de Genética a Universidade Federal do P rofessor Associado IV Mes uritiba, 08 de novembro de 2 Genética no ara Atenção Básica Paraná stre e Doutor em Genética 2018

Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

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Page 1: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Orientação Genética noTraço Falciforme para Atenção Básica

Prof.Dr.Rui Fernando PilottoProf.Dr.Rui Fernando PilottoDepartamento de Genéticada Universidade Federal do ParanáProfessor Associado IV – Mestre e Doutor em GenéticaCuritiba, 08 de novembro de 2018

Orientação Genética noTraço Falciforme para Atenção Básica

da Universidade Federal do ParanáMestre e Doutor em Genética

Curitiba, 08 de novembro de 2018

Page 2: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

AS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIASAS HEMOGLOBINOPATIAS

Page 3: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

A doença falciforme é uma anocasionada pela formação de uma hemoglobinamutante (Hemoglobina S), que

anemia hemolítica hereditária ocasionada pela formação de uma hemoglobinamutante (Hemoglobina S), que afoiça as hemácias.

Page 4: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

O traço falciforme nomeia a condição benigna e assintomática de portador, não configurando doença.

Os profissionais de atenção bsobre o Teste do Pezinho, incluindo as sobre o Teste do Pezinho, incluindo as Hemoglobinopatias, e avaliar a necessidade de encaminhamento ao especialista

O traço falciforme nomeia a condição benigna e não configurando doença.

básica devem ser orientadossobre o Teste do Pezinho, incluindo as sobre o Teste do Pezinho, incluindo as Hemoglobinopatias, e avaliar a necessidade de encaminhamento ao especialista

Page 5: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção
Page 6: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção
Page 7: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

ALTERAÇÕES NA ALTERAÇÕES NA GLOBINA GLOBINA

Alterações estruturais →→→→ hemoglobinas anômalas

Anormalidades no ritmo de síntese

Persistência hereditária de hemoglobina fetal (PHHF)

GLOBINA GLOBINA --HemoglobinopatiasHemoglobinopatias

hemoglobinas anômalas

Anormalidades no ritmo de síntese →→→→ talassemias

Persistência hereditária de hemoglobina fetal (PHHF)

Page 8: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Hemoglobinopatias no BrasilHemoglobinopatias no Brasil

Hemoglobina C-negróides

Talasssemia beta-italianos-sírios-judeus-árabes-gregos-chineses

Hemoglobinopatias no BrasilHemoglobinopatias no Brasil

Talassemia alfa-negróides

Hemoglobina S-negróides-italianos-árabes

Page 9: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção
Page 10: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção
Page 11: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

• Introdução no Brasil• 1.530 (3.6 milhões)

• 360.000 het. para gene da Hb S

• 36.000 het. Para gene da Hb C

• sec XVII - XIX maioria negra

• Miscigenação Racial• Miscigenação Racial• 6 milhões de portadores de traço de

• 2 milhões de portadores de traço de

6 milhões de portadores de traço de Hb S

2 milhões de portadores de traço de Hb C

Page 12: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Doença FalciformeDoença Falciforme

•• Principais formas da doençaPrincipais formas da doença•• Anemia falciforme (SS)Anemia falciforme (SS)•• Anemia falciforme (SS)Anemia falciforme (SS)•• S Beta talassemia (SB)S Beta talassemia (SB)•• HemoglobinopatiaHemoglobinopatia SC (SC)SC (SC)•• HemoglobinopatiaHemoglobinopatia C (CC)C (CC)

Doença FalciformeDoença Falciforme

Principais formas da doençaPrincipais formas da doença

SC (SC)SC (SC)C (CC)C (CC)

Page 13: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Aspectos Clínicos

• Hemólise de intensidade variável

• Fenômenos de vaso-oclusão

• Episódios de infeccão

Page 14: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (LeishmanLeishman) )

Page 15: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Esfregaço de sangue periférico em S Beta Talassemia (Esfregaço de sangue periférico em S Beta Talassemia (Esfregaço de sangue periférico em S Beta Talassemia (Esfregaço de sangue periférico em S Beta Talassemia (LeishmanLeishman))

Page 16: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORME

HEMOGLOBINA S

ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORME

HEMOGLOBINA S

Page 17: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

• Primeiros Estudos no Brasil • 1947 Acioly e Neel

• Traço Falciforme (estado de heterozigose)

• Anemia Falciforme (estado de homozigose)

Hemoglobina S

• Anemia Falciforme (estado de homozigose)

Primeiros Estudos no Brasil

Traço Falciforme (estado de heterozigose)

Anemia Falciforme (estado de homozigose)

Hemoglobina S

Anemia Falciforme (estado de homozigose)

Page 18: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

REGIÕES DE ALTA PREVALÊNCIA

TRIBOS DE UGANDA, TANZÂNIA E MOÇAMBIQUE

REGIÕES DE ALTA PREVALÊNCIA

TRIBOS DE UGANDA, TANZÂNIA E MOÇAMBIQUE40%

Page 19: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Distribuição Geográfica da Malária

Malária

Distribuição Geográfica da

Page 20: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

NO BRASIL:

SIMILAR A POPULAÇÕES NEGRÓIDESNORTE-AMERICANAS, COLOMBIANAS,

VENEZUELANAS, MEXICANAS E CUBANAS

NO BRASIL:

6 - 10 %NEGRÓIDES

SIMILAR A POPULAÇÕES NEGRÓIDESAMERICANAS, COLOMBIANAS,

VENEZUELANAS, MEXICANAS E CUBANAS

Page 21: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

DNAAminoácidos

PosiçãoCCT G

Pro Glu

5

HEMOGLOBINA SHEMOGLOBINA S

DNAAminoácidos

PosiçãoCCT G

Pro Val

5

GAG GAG - Normal

Glu Glu

6 7

HEMOGLOBINA SHEMOGLOBINA S

CCT GTG GAG - Mutante S

Val Glu

6 7

Page 22: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Base da Fisiopatogenia

•hipóxia•estase sanguínea•acidose•desidratação•infecção

Fisiopatogenia - Falciformação

Page 23: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

FALCIZAÇÃO OU FALCIFORMAÇÃO

Fibra de Hemoglobina S

Moléculas de hemoglobina SMoléculas de hemoglobina S

Baixa concentração de O2

FALCIZAÇÃO OU FALCIFORMAÇÃO

Fibra de Hemoglobina S

Moléculas de hemoglobina SMoléculas de hemoglobina S

Baixa concentração de O2

Page 24: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Hemácia Normal

CIFsCIFs

Células IrreversivelmenteCélulas IrreversivelmenteFalcizadasFalcizadas

Hemácia NormalFALCIZAÇÃO

OUFALCIFORMAÇÃO

Hemácia Falcizada

Page 25: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA

-CRISES DE HEMÓLISE-CRISES DE VASO

ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORMEHomozigoto MutanteHomozigoto Mutante

-CRISES DE VASO-CRISES DE SEQUESTRAMENTO-CRISES DE APLASIA

-A PARTIR DE SEIS MESES

ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA

CRISES DE HEMÓLISECRISES DE VASO-OCLUSÃO

ANEMIA FALCIFORMEANEMIA FALCIFORMEHomozigoto MutanteHomozigoto Mutante

CRISES DE VASO-OCLUSÃOCRISES DE SEQUESTRAMENTOCRISES DE APLASIA

A PARTIR DE SEIS MESES

Page 26: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

SINAIS SINAIS FREQUENTESFREQUENTES

Encurtamento de dedos resultante da dactiliteinfantil

FREQUENTESFREQUENTES

Encurtamento de dedos resultante da dactiliteinfantil

Page 27: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

NECROSEASSÉPTICADA CABEÇA

SINAIS SINAIS FREQUENTESFREQUENTES

DA CABEÇADO

FÊMUR

FREQUENTESFREQUENTES

Page 28: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

SINAIS SINAIS FREQUENTESFREQUENTES

ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES

FREQUENTESFREQUENTES

ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES

Page 29: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Traço FalciformeTraço Falciforme

-Oligossintomático-baixas concentrações de O-baixas concentrações de O-anestesia-heterozigoto-Aconselhamento genético

Traço FalciformeTraço Falciforme

Oligossintomáticobaixas concentrações de Obaixas concentrações de O2

Aconselhamento genético

Page 30: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

EXAMES LABORATORIAIS

-HEMOGRAMA-ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA-ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA

-TESTE DE SOLUBILIDADE

EXAMES LABORATORIAIS

HEMOGRAMAELETROFORESE DE HEMOGLOBINAELETROFORESE DE HEMOGLOBINA

TESTE DE SOLUBILIDADE

Page 31: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Leishman)Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Leishman)Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Leishman)Esfregaço de sangue periférico em Anemia Falciforme (Leishman)

Page 32: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

A2A A

ELETROFORESES DE ELETROFORESES DE HbHb EM ACETATO DE CELULOSEEM ACETATO DE CELULOSEpH 8.9pH 8.9

Hb A

A A2S

EM ACETATO DE CELULOSEEM ACETATO DE CELULOSEpH 8.9pH 8.9

Hb S

Hb A2

Page 33: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Teste de solubilidadeTeste de solubilidade

Hb S Hb S --insolúvel em tampão de alta molaridadeinsolúvel em tampão de alta molaridade

Teste de solubilidadeTeste de solubilidade

insolúvel em tampão de alta molaridadeinsolúvel em tampão de alta molaridade

Page 34: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Hemoglobina CHemoglobina C• Hemoglobinopatia Estrutural

• descrita 1950 (Ítalo e

• estudo origem 1958 (Hunt e

• cerca de 1% heterozigotos no Brasil

AAGC: αααα2ββββc2

GAGA: αααα2ββββ2

Códon 6Hemoglobina

Estruturaldescrita 1950 (Ítalo e Neel)

estudo origem 1958 (Hunt e Ingran)

cerca de 1% heterozigotos no Brasil

ββββcLIS

ββββGLU

CadeiaAminoácido

Page 35: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

FISIOPATOGÊNIAFISIOPATOGÊNIA

FORMAÇÃO DE CRISTAIS INTRAERITROCITÁRIOS

FAGOCITADOS PELO SISTEMA RETICULOENDOTELIALDO BAÇO

FORMAÇÃO DE CRISTAIS INTRAERITROCITÁRIOS

FAGOCITADOS PELO SISTEMA RETICULOENDOTELIALDO BAÇO

Page 36: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

-Manifestação Clínica CCanemia hemolítica moderadaesplenomegaliadores ósseas abdominaisalvócitos (esfregaço sang.)IcteríciaIcterícia

- Manifestação Clínica ACtotalmente assintomática25 - 40% de HbC

Manifestação Clínica CCanemia hemolítica moderada

dores ósseas abdominaisalvócitos (esfregaço sang.)

Manifestação Clínica ACtotalmente assintomática

Page 37: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

É fundamental que se esclareça entre os mais diferentes segmentosda sociedade que a heterozigose para a hemoglobina S não confereao seu portador maior risco que à população geral no que tangeàs atividades físicas, desde que às atividades físicas, desde que dehidratação e de descanso.Ao fim das discussões, foi consenso que para servir às ForçasArmadas não é necessário fazer teste de triagem para hemoglobinopatias.O que equivale a dizer que os portadores de traço falciformepodem servir às Forças Armadas

É fundamental que se esclareça entre os mais diferentes

da sociedade que a heterozigose para a hemoglobina S não

ao seu portador maior risco que à população geral no que tangee atendidas as condições básicas e atendidas as condições básicas

Ao fim das discussões, foi consenso que para servir às ForçasArmadas não é necessário fazer teste de triagem para

portadores de traço falciformepodem servir às Forças Armadas.

Page 38: Orientação Genética no Traço Falciforme para Atenção

Observações para quem possui o traço falciforme (

Não possui a doença falciformeNão tem alterações físicas ou mentaisNão necessita de acompanhamento no hemocentroNão necessita de acompanhamento no hemocentroDeve fazer a acompanhamento iDeve receber aconselhamento genético

Observações para quem possui o traço falciforme (Hb AS):

Não tem alterações físicas ou mentaisNão necessita de acompanhamento no hemocentroNão necessita de acompanhamento no hemocentro

o infantil habitual no posto de saúdeDeve receber aconselhamento genético

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Obrigado a todos !!!!