Solista: Caroline De Comi (Soprano)Regente: Gustavo Fontes

Heitor Villa-Lobos Edino Krieger

Gustavo Fontes

Música Brasileira

Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), 04 de julho de 2013, 21hEntrada franca

Música Brasileira

Gustavo Fontes (*1977)Narrativas Profanas de “Ao Som do Realejo”, para soprano e orquestra de cordasI - No País dos SilvanosII - O MágicoIII - Preso na GargantaObs.: Textos de Péricles Prade.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)Bachianas Brasileiras n°9, para orquestra de violoncelosI - Prelúdio- Vagaroso e místicoII - Fuga - Pouco apressado

Intervalo

Edino Krieger (*1928)Divertimento, para orquestra de cordasI - AllegrettoII - Seresta (homenagem a Villa-Lobos)III - Variações e Presto

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)Bachianas Brasileiras n°5, para soprano e orquestra de violoncelos(versão para orquestra de cordas de Gustavo Fontes)I - Ária (Cantilena)II - Dança (Martelo)Obs.: Textos, respectivamente, de Ruth Valadares Corrêa e Manoel Bandeira.

Gustavo Fontes (*1977)Narrativas Profanas de “Ao Som do Realejo”

Como traduzir em sons o universo meta-físico, quase paralelo, destes três “contos mínimos” de Péricles Prade, com sua lógica interna tão peculiar, quase sobre-humana ou sobrenatural? Os ostinatos como repre-sentação da manivela do realejo, sempre a girar. O brilho ofuscante dos sons sul pon-ticello, uma sedutora melodia, confundin-do-se ao longe com os sons da natureza... As quintas superpostas (charlatanices?) do mágico Arphas, o expressionismo de Anatharis, sua filha. O cânon cancriforme duplo, metáfora do homem que esperava há séculos. Os acordes que “saem” cons-tantemente uns dos outros por semitom, como a alma a deixar o corpo... O menes-trel Arphas, com suas mediânticas, ou o homem dos olhos insólitos, com sua fala messiânica e barroca. E Silvana, que misté-rios guardaria esta mulher?

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)Bachianas Brasileiras n°5 e n°9

A cantilena inicial da Bachiana Brasileira de n°5, cantada sem texto, apenas vocalizan-do com “ah”, como pede o próprio autor na partitura, é quiçá a mais conhecida me-

lodia que a literatura brasileira de concer-to já produziu. Já a segunda parte da obra, a dança Dança, cativa profundamente os ouvidos com seus ritmos marcados e seus “sons de passarinho”, que revelam imensa brasilidade.A Bachiana Brasileira de n°9, por sua vez, dá-nos prova absoluta da maestria compo-sicional de seu autor, que consegue produ-zir uma perfeita síntese entre a Fuga, sím-bolo máximo de domínio contrapontístico, e belíssimas melodias brasileiras.

Edino Krieger (*1928)Divertimento

Trata-se de uma das obras mais executadas deste importante compositor catarinense, nascido em Brusque. O primeiro movimen-to é uma sonatina. Seu primeiro tema é de caráter doce e gentil, já o segundo, em contraste, é marcado por fortes ritmos brasileiros. O segundo movimento é uma forma-canção, de refinada sentimentalida-de, introduzida por um longo e expressivo solo de violoncelo. Nas variações do tercei-ro movimento encontramos, por exemplo, um fugato, harmonias jazzísticas, e dife-rentes ritmos brasileiros. O presto que se segue, inspirado no frevo pernambucano, dá à obra um enérgico final.

Gustavo Fontes – Regente

Violino IPaulo Egídio Lückman (Spalla)Débora RemorAlisson UnglaubTammy SoaresTalita Limas

Violino IIRicardo Müller*Gilson BeckerFernando BresolinTales de Oliveira CustódioAlisson Berbert

ViolaMarcos Origuela*Marcos Pablo DalmacioIsabel DuschitzMartinez Galimberti Nunes

ViolonceloHans Twitchell*Tácio Cesar VieiraFrederico MalverdeVictor Hugo Ruiz

ContrabaixoAndré Beck*Samuel Pasqualetto

SopranoCaroline De Comi

*Líderes de Naipe

Atuante não apenas no repertório operístico como na mú-sica de câmara e contemporânea, Caroline De Comi vem se tornando um dos mais importantes sopranos coloratura do cenário lírico nacional. Apresentou-se nas principais salas de concerto do país e participou de montagens de óperas consagradas em papéis como Rainha da Noite, Lucia, Serpi-na, destacando-se como Gilda (no Theatro São Pedro), em L’enfant et les sortilèges (de Ravel), e no papel título da ópera O Rouxinol de Stravinsky (ambas no Theatro Municipal de São Paulo). Atuou como solista junto a orquestras como OSUSP, OSESP e OER, e sob a regência de John Neschling, Jamil Maluf, Yan Pascal Tortelier, Roberto Duarte, Carlos Moreno, Jack Fortner, Naomi Munakata, Gabriel Rhein Schirato, Gil Jardim, João Maurício Galindo, e Luciano Camargo. Formada em Canto pela ECA-USP, tem como orientado-ra vocal Isabel Maresca. Entre suas gravações estão o CD O presente, de Willy Corrêa de Oliveira, e o DVD A Flauta Mágica, produzido pela Tucca.

Composta por 21 músicos profissionais, a Orquestra Filarmonia Santa Catarina prima pela excelência artística em suas perfor-mances, fruto de um trabalho intenso e da reunião de alguns dos melhores instrumen-tistas de Santa Catarina. Em seus concertos, a orquestra tem apresentado ao público um repertório de altíssimo nível técnico que muitas vezes inclui peças nunca antes executadas no Estado — sobretudo por or-questras catarinenses — com a participação

regular de solistas convidados de nível in-ternacional.

A Temporada 2013 da Orquestra Filarmonia Santa Catarina apresenta um repertório di-versificado, que inclui grandes mestres da música clássica e compositores catarinen-ses como Edino Krieger e Gustavo Fontes, Regente da orquestra, com destaque para a participação de renomados solistas, como o pianista Paulo Álvares e o violoncelista Alberto Kanji, entre outros.

Solista CAROLINE DE COMI – SOPRANO

Orquestra

Diplomou-se em Música pela Universidade de São Paulo (USP), tendo recebido Láurea por Excelência Universitária das mãos de seu reitor. É duplamente pós-graduado na Alemanha (Mannheim, como bolsista da Fundação Vitae, e Colônia) nos cursos Exa-me de Solista, sob orientação de Christoph Schmidt, e Exame de Orquestra, sob orien-tação de Veit-Peter Schuessler — ambos em contrabaixo, instrumento de sua espe-cialidade.Na Europa, atuou em diversas orquestras, como a Orquestra Sinfônica do Baixo-Reno (Solo-Contrabaixo), Orquestra Filarmônica

de Stuttgart, Orquestra Sinfônica da Rádio de Colônia, Orquestra de Câmara de Han-nover (Solo-Contrabaixo), dentre outras. Fontes dedica-se com a mesma intensida-de à regência e à composição, e tem sido orientado de modo paralelo a sua forma-ção instrumental por importantes profes-sores, como Pablo Assante (Staatskapelle Dresden) em regência e Willi Corrêa de Oliveira (USP) em composição.

Desde 2009 é Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia Santa Catarina, e vem colaborando com impor-tantes solistas nacionais e internacionais, chamando especial atenção seu empenho na execução de música contemporânea. Em 2012 foi o representante da região Sul do Brasil no festival Música de Agora, do Instituto Itaú Cultural (São Paulo), onde obras suas foram discutidas e executa-das. Em julho de 2012 foi nomeado tam-bém Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Cidade de Joinville. Para 2013 está previsto o lançamento do primeiro CD dedicado exclusivamente à sua obra.

GuStaVo FontESRegente

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Equipe técnica:Gustavo Fontes – Diretor ArtísticoDiogo Thumé – Produtor ExecutivoFernando Bresolin – Coordenador de ProduçãoDilmo Nunes – Assistente de ProduçãoPaulo Eduardo – Assessor de ImprensaPaula Albuquerque – Designer

Realização:Associação Cultural Filarmonia Santa Catarina(48) 3204-9512contato@filarmonia.art.brwww.filarmonia.art.br

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PRóxIMO CONCERtOMúsica Instrumental BrasileiraData: 08 de agosto de 2013, 21hLocal: Teatro Ademir Rosa (CIC), Entrada francaSolista: Felipe Coelho (Violão)Programa: Felipe Coelho e André Mehmari