20
thomas hampson © kristin hoebermann Orquestra Gulbenkian Thomas Hampson 21:00h — Grande Auditório 30 SETEMBRO 2016 SEXTA

Orquestra Gulbenkian Thomas Hampson · peça de câmara um pouco à imagem da Serenata K. 461 de Mozart, mas também com traços de ... muda quando a rapariga acorda para abrir a

Embed Size (px)

Citation preview

thom

as h

amps

on ©

kri

stin

hoe

berm

ann

Orquestra GulbenkianThomas Hampson

21:00h — Grande Auditório

30 SETEMBRO 2016SEXTA

GULBENKIAN.PT/MUSICA

mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

Duração total prevista: c. 1h 45 min.Intervalo de 20 min.

30 DE SETEMBROSEXTA21.00h — Grande Auditório

Orquestra Gulbenkian

Orquestra GulbenkianThomas Hampson Canto / Direção

Richard StraussSerenata para Sopros em Mi bemol maior, op. 7

Gustav MahlerA trompa maravilhosa do rapaz

Santo António de Pádua pregando aos peixesPequena lenda do RenoO tambor da guardaToque de alvorada

intervalo

Richard StraussPrelúdio da ópera Capriccio, op. 85

Gustav MahlerA trompa maravilhosa do rapaz

Canção do prisioneiro na torreOnde soam as belas trompetasA vida terrestreA vida celesteLuz primordial

03

Richard StraussMunique, 11 de junho de 1864Garmisch, 8 de setembro de 1949

A Serenata para sopros em Mi bemol maior, op. 7, é uma obra de juventude composta na época em que Richard Strauss ingressou na Universidade de Munique para estudar Filosofia e História da Arte. Ainda influenciado pela educação musical clássica e ortodoxa recebida de seu pai, principal trompista da ópera da corte de Munique, e ainda pouco desperto para a música de Richard Wagner, que viria a ser grande inspiração na sua carreira, Strauss escreveu esta peça de câmara um pouco à imagem da Serenata K. 461 de Mozart, mas também com traços de Mendelssohn e Brahms. É em forma sonata,mas o material temático antecipa já o melodismo ultrarromântico. Foi tão bem recebida na sua estreia em Dresden que chamou a atenção de Hans von Büllow, que viria a apresentá-la várias vezes, a encomendar outras composições e a contratar o jovem compositor como maestro assistente da Orquestra de Meiningen. No culminar de uma importante carreira como compositor de ópera, Richard Strauss despediu-se dos palcos com Capriccio. Após uma sucessão de

algumas obras que apontavam para um certo declínio, estreia em 1942 em Munique esta “conversa em música” que se revelou umsucesso absoluto.Apesar de a sua génese remontar aos anos 30, com os primeiros esboços de Stefan Zweig, libretista de eleição de Strauss após a morte de Hofmannsthal, o libreto foi escrito pelo próprio compositor e por Clemens Krauss, que também dirigiu a estreia. O tema da ópera gira em torno da questão que dividiu no século XVIII piccinistas e gluckistas – “primeiro a música ou as palavras?” – dramatizada na história de uma condessa dividida entre dois seguidores, um poeta e um compositor, e por personagens alegóricas que representam os diversos elementos individuais que fazem parte de uma produção operática.O texto é tão importante como a músicae a instrumentação é transparente e fluida.A abertura é um Andante para sexteto de cordas, apresentado regularmente como peça autónoma. Com um trabalho polifónico notável de música de câmara pós-romântica, antecipa a obra Metamorfoses.

Serenata para Soprosem Mi bemol maior, op. 7

Prelúdio da ópera Capriccio, op. 85

composição: 1881estreia: Dresden, 27 de novembro de 1882duração: c. 10’

composição: 1942estreia: Munique, 28 de outubro de 1942duração: c. 10’

rich

ard

stra

uss e

m 19

04 ©

dr

04

Gustav MahlerKaliste (Boémia), 7 de julho de 1860Viena, 18 de maio de 1911

Gustav Mahler trabalhava como maestro em Leipzig e concluía Die drei Pintos, a ópera inacabada de Carl Maria von Weber, quando encontrou, em casa de Hautmann von Weber, neto do compositor, a antologia Des Knaben Wunderhorn (“A trompa maravilhosa do rapaz”). Esta coleção de velhos poemas e canções alemães, compilada, editada e revista pelos poetas Achim von Arnim e Clemens Brentano, havia de lhe fornecer um importante impulso na inspiração e orientação da sua carreira como compositor. Mahler já conhecia a obra, mas só nessa altura tomou consciência das suas potencialidades musicais. Nas palavras de Bruno Walter: “Quando finalmente leu os Wunderhorn deve ter sentido que encontrava o seu lar. Tudo o que o movia estava lá – natureza, piedade, saudade, amor, despedida, noite,o mundo dos espíritos, contos de mercenários,a alegria da juventude, infância, piadas, equívocos humorísticos, extravasados nas suas canções”.Representantes do movimento romântico de revivalismo do Volkslied, Arnim e Brentano reuniram poemas onde se encontram realismoe fantasia, lugar-comum e extraordinário, trágico e humorístico, recatado e sombrio, por vezes

num mesmo poema. A aparente simplicidade, quase ingenuidade popular, atraiu Mahler: "Dediquei-me de alma e coração a essa poesia(que é essencialmente diferente de qualquer outro tipo de "poesia literária" e que pode quase ser chamada de algo como Natureza e Vida – noutras palavras, as fontes de toda a poesia – mais do que de Arte) com pleno conhecimento do seu caráter e tom". Mahler fez uma seleção particular que acentua a dimensão dramática deste universo, mesmo incluindo algumas situações cómicas, cobrindo uma vasta gama de emoções. Como na generalidade da sua música vocal, a influência do folclore boémio da sua infância está sempre presente. Uma parte dos Wunderhorn foram escritos para voz e piano e outra para voz e orquestra e alguns incorporados nas suas primeiras sinfonias.Em Des Antonius von Padua Fischpredigt, sobre o sermão de Santo António aos peixes, o movimento constante da água do rio é retratado em semicolcheias que passam dos violinos para os clarinetes. A orquestra, com trocas constantes entre cordas e madeiras, revela a agitação dos peixes que, no final, apesar do excelente sermão, permanecem exatamente iguais.

Canções de A trompa maravilhosa do rapaz

composição: 1892-1899duração: c. 25’ + 30’

des k

nabe

n w

unde

rhor

n, e

d. 18

06 ©

dr

05

06

Em Rheinlegendchen (“Pequena lenda do Reno”), em ritmo de Ländler e num cenário verdejante, um pastor desafia o destino e atira o seu anel de ouro (uma aliança) para o rio. Um peixe engole o anel e depois é pescado e levado à mesa do rei. Uma das criadas – após uma sequência de flutuações de tempo e de surpresas harmónicas e de dinâmica – reconhece-o como sendo seu e parte, pelas montanhas e vales, para se reunir com o seu amado. Der Tambourg’sell (O tambor da guarda”), com orquestração onde predominam os timbres mais escuros e sonoridades abafadas, começa como uma marcha fúnebre com o tambor militar. A linha vocal é estagnada com indicações como “lamentoso”, “como um grito”, “sem expressão”, “com a voz sufocada”. Revelge (“Toque de alvorada”) é construída com ritmo marcial obsessivo para acompanhar o refrão dos soldados que passam cantando. Quanto mais a morte se aproxima, mais forte canta o sujeito poético. Lied des Verfolgten im Turm (“Canção do prisioneiro na torre”) é uma canção militar em ritmo siciliano, e mais do que um diálogo, é uma justaposição de dois monólogos, o do soldado e o da sua amada (que não se sabe se será real). No final, a orquestra lança um verdadeiro grito de guerra, pontuado por vociferantes escalas nas madeiras e sustentada pelos acordes das quatro trompas. Wo die schönen Trompeten blasen? (“Onde soam as belas trompetas”) é mais uma canção

militar que reflete um diálogo entre uma rapariga e o fantasma do seu amado, acompanhado por trompas com surdina, oboés e clarinetes em pianissimo e ritmos pontuados que sugerem os distantes, mas audíveis sons da guerra. A textura muda quando a rapariga acorda para abrir a porta ao seu amado, mas os trompetes e trompas em surdina relembram uma batalha que terá sido fatal para o seu soldado. Das irdische Leben (“A vida terrestre”) é um conto cruel onde uma criança se queixa insistentemente com fome enquanto a sua mãe está atarefada. Esta agitação é ilustrada pelo movimento contínuo das cordas, pontuado pelas flautas como um murmúrio (Unheimlich bewegt, “com sinistra agitação”). Com a morte da criança a canção chega ao clímax de intensidade para regressar, logo de seguida, ao movimento mecânico inicial: a lida diária continua. Das himmlische Leben (“A vida celeste”), que seria integrado no final da quarta sinfonia, relata um banquete celestial. A narrativa, lírica e acompanhada pelas doces sonoridades das madeiras é pontuada por passagens mais agitadas, lembrando que o banquete é feito com animais sacrificados. Por fim, Urlicht (“Luz primordial”), que foi incorporado na 2.ª Sinfonia, revela a ânsia pelo alívio das dores do mundo e o desejo de alcançar o descanso eterno. notas de susana duarte

gust

av m

ahle

r em

1907

© d

r

Gustav Mahler

Des Knaben WunderhornA Trompa Maravilhosa do Rapaz

Des Antonius von Padua Fischpredigt Antonius zur Predigt die Kirche findt ledig.Ergeht zu den Flüssen und predigt den Fischen!Sie schlag‘n mit den Schwänzen!Im Sonnenschein glänzen. Die Karpfen mit Rogen sind all hierher zogen;Haben d‘Mäuler aufrissen, sich Zuhörens beflissen.Kein Predigt niemalen den Fischen so g'fallen! Spitzgoschete Hechte, die immerzu fechten,Sind eilend herschwommen, zu hören den Frommen! Auch jene Phantasten, die immerzu fasten,Stockfisch ich meine, zur Predigt erscheinen!Kein Predigt niemalen den Stockfisch so g'fallen! Gut‘ Aale und Hausen, die Vornehme schmausen,Die selbst sich bequemen, die Predigt vernehmen.Auch Krebse, Schildkröten, sonst langsame Boten,Steigen eilig vom Grund, zu hören diesen Mund!Kein Predigt niemalen den Krebsen so g'fallen!

Fisch‘ große, Fisch‘ kleine! Vornehm‘ und gemeine,Erheben die Köpfe wie verständ‘ge Geschöpfe!Auf Gottes Begehren die Predigt anhören! Die Predigt geendet, ein jeder sich wendet!Die Hechte bleiben Diebe, die Aale viel lieben,Die Predigt hat g'fallen, sie bleiben wie Allen!

Die Krebs‘ geh‘n zurücke, die Stockfisch‘ bleiben dicke,Die Karpfen viel fressen, die Predigt vergessen!Die Predigt hat g'fallen, sie bleiben wie Allen!

Santo António de Pádua pregando aos peixes Santo António vai pregar e encontra a igreja vazia.Dirige-se então aos rios e prega aos peixes!Eles batem com as caudas!Como brilham ao sol. As carpas com as suas ovas vieram todas para aqui;Estão todas de boca aberta, ávidas por escutar.Nunca nenhum sermão agradara tanto aos peixes! Lúcios de nariz aguçado, sempre a batalhar,Nadaram rapidamente para ouvir o Santo!

Até aquele fantasista, que está sempre a jejuar,Refiro-me ao bacalhau, veio ao sermão!Nunca nenhum sermão agradara tanto ao bacalhau! As enguias e os esturjões, tão apreciadospelos nobres,Eles próprios se dignaram escutar a prédica.Mesmo os caranguejos e as tartarugas,emissários lentos,Subiram depressa do fundo para ouviremaquelas palavras!Nunca nenhum sermão agradara tantoaos caranguejos! Peixes grandes, peixes pequenos, raros ou vulgares,Erguem as cabeças como seres pensantes!Ansiosos por deus, escutam o sermão! Acabada a prédica, cada qual se retira!Os lúcios permanecem ladrões, as enguiasa muito amar,O sermão agradou, mas ficam todos como antes! Os caranguejos vão embora, os bacalhaus continuam gordos,As carpas devoram tudo, o sermão esquece!O sermão agradou, mas ficam todos como antes!

07

Rheinlegendchen Bald gras‘ ich am Neckar, bald gras‘ ich am Rhein;Bald hab' ich ein Schätzel, bald bin ich allein!Was hilft mir das Grasen, wenn d' Sichel nicht schneid‘t!Was hilft mir ein Schätzel, wenn's bei mir nicht bleibt.

So soll ich denn grasen am Neckar, am Rhein,So werf‘ ich mein goldenes Ringlein hinein.Es fließet im Neckar und fließet im Rhein,Soll schwimmen hinunter ins Meer tief hinein. Und schwimmt es, das Ringlein, so frißt es ein Fisch!Das Fischlein soll kommen auf‘s König sein Tisch!Der König tät fragen, wem's Ringlein sollt‘ sein?Da tät mein Schatz sagen: »das Ringlein g‘hört mein.« Mein Schätzlein tät springen bergauf und bergab,Tät mir wied‘rum bringen das Goldringlein fein!»Kannst grasen am Neckar, kannst grasen am Rhein,Wirf du mir nur immer dein Ringlein hinein!«

Der Tambourg’sell Ich armer Tambourg’sell,Man führt mich aus dem Gwölb,Wär ich ein Tambour blieben,Dürft ich nicht gefangen liegen. O Galgen, du hohes Haus,Du siehst so furchtbar aus,Ich schau dich nicht mehr an,Weil i weiß, daß i gehör dran. Wenn Soldaten vorbeimarschieren,Bei mir nicht einquartieren.Wenn sie fragen, wer i g'wesen bin:Tambour von der Leibkompanie! Gute Nacht, ihr Marmelstein,Ihr Berg und Hügelein.Gute Nacht, ihr Offizier,Korporal und Musketier.

Pequena lenda do Reno Ceifo às vezes junto do Neckar, outras juntodo Reno;Às vezes tenho uma namorada, outras estou sozinho!De que me serve ceifar, se a foice não corta!Para que me serve uma amiga, se ela não ficaperto de mim? Por isso, tenho de ceifar junto do Neckar e do Reno,Por isso lanço neles o meu anel de oiro.Rola no Neckar e rola no Reno,E rolará bem até ao fundo do mar. Rolará, o pequeno anel, até um peixe o engolir!O peixe será servido na mesa do Rei!O rei perguntará a quem é que ele pertence.Então o meu amor dirá: «Esse anel é meu!»

O meu amor correrá pelos montes fora,Para me entregar de novo o meu anel de oiro!«Podes ceifar junto do Neckar ou junto do Reno,Mas não deixes de lançar neles o teu anel!»

O tambor da guarda Pobre de mim, tambor da guarda,Conduzem-me para fora da cela,Se eu tivesse ficado simples tambor,Não estaria prisioneiro. Oh forca, tão alta,Metes-me tanto medo,Não consigo já fitar-te,Porque sei que te pertenço. Quando os soldados passarem por mim,Nenhum me fará companhia.Se perguntarem quem eu fui:Tambor da primeira companhia! Boa-noite, rochedos de mármore,Montanhas e colinas.Boa-noite, oficiais,Cabos e mosqueteiros.

08

Gute Nacht! Ihr Offizier',Korporal und Grenadier!Ich schrei mit lauter Stimm,Von euch ich Urlaub nimm.Gute Nacht! Gute Nacht.

Revelge Des Morgens zwischen dre‘in und vieren,Da müssen wir Soldaten marschierenDas Gäßlein auf und ab.Tralali, tralalei, tralala,Mein Schätzel sieht herab. »Ach Bruder, jetzt bin ich geschossen,die Kugel hat mich schwere getroffen,trag mich in mein Quartier,Tralali, tralalei, tralala,Es ist nicht weit von hier.« »Ach Bruder, ich kann dich nicht tragen,die Feinde haben uns geschlagen,helf dir der liebe Gott!Tralali, tralalei, tralala,Ich muß marschieren bis in Tod!« »Ach, Bruder, ihr geht ja mir vorüber,als wär es mit mir schon vorüber!Tralali, tralalei, tralala,Ihr tretet mir zu nah! Ich muß wohl meine Trommel rühren,sonst werde ich mich ganz verlieren;die Brüder dick gesät,Tralali, tralalei, tralala,sie liegen wie gemäht.« Er schlägt die Trommel auf und nieder,Er wecket seine stillen Brüder,Tralali, tralalei, tralala,Sie schlagen ihren Feind,Tralali, tralalei, tralala,Ein Schrecken schlägt den Feind. Er schlägt die Trommel auf und nieder,Da sind sie vor dem Nachtquartier schon wieder,Tralali, tralalei, tralalera,Ins Gässlein hell hinaus,Tralali, tralalei, tralala,Sie ziehn vor Schätzleins Haus.

Boa-noite, oficiaisCabos e granadeiros!Grito bem alto,E digo-vos adeus.Boa-noite! Boa-noite!

Toque de alvorada Entre as três e as quatro horas da manhã,Temos nós, soldados, de marcharNa ruela, para cá e para lá.Tralali, tralalei, tralala,O meu amor fita-nos da janela. «Ah, irmão, fui ferido,a bala entrou-me bem fundo,leva-me para o quartel.Tralali, tralalei, tralala,Não fica longe daqui.» «Ah, irmão, não te posso levar,o inimigo venceu-nos,que Deus te ajude!Tralali, tralalei, tralala,Eu tenho de marchar até à morte!» «Ah, irmão, passais assim por mim,como se eu já tivesse morrido!Tralali, tralalei, tralala,Aproximai-vos demasiado!» «Tenho de tocar o meu tambor,senão perco-me.Os irmãos, em filas cerradas,Tralali, tralalei, tralala,jazem como ceifados.» Ele toca o tambor sem cessar,Desperta os irmãos imóveis,Tralali, tralalei, tralala,Eles atacam o inimigo,Tralali, tralalei, tralala,O terror apodera-se do inimigo. Ele toca o tambor sem cessar,Voltaram de novo ao quartel,Tralali, tralalei, tralala,Pela ruela iluminada,Tralali, tralalei, tralala,Marcham diante da casa da amada.

09

Des Morgens, stehen da die GebeineIn Reih und Glied, Sie stehn wie Leichensteine.Die Trommel steht voran,Tralali, tralalei, tralala,Daß sie ihn sehen kann.

Lied des Verfolgten im Turm Der Gefangene:Die Gedanken sind frei,Wer kann sie erraten?Sie rauschen vorbeiWie nächtliche Schatten.Kein Mensch kann sie wissen,Kein Jäger sie schießen;Es bleibet dabei:Die Gedanken sind frei. Das Mädchen:Im Sommer ist gut lustig seinAuf hohen wilden Heiden,Dort findet man grün Plätzelein,Mein herzverliebtes Schätzelein,Von dir mag ich nit scheiden. Der Gefangene:Und sperrt man mich einIm finstern Kerker,Dies alles sind nurVergebliche Werke;Denn meine GedankenZerreißen die SchrankenUnd Mauern entzwei,Die Gedanken sind frei. Das Mädchen:Im Sommer ist gut lustig seinAuf hohen wilden Bergen,Man ist da ewig ganz allein,Man hört da gar kein Kindergeschrei,Die Luft mag einem da werden. Der Gefangene:So sei es, wie es will!Und wenn es sich schicket,Nur alles in der Still;Mein Wunsch und BegehrenNiemand kann's wehren;Es bleibet dabei:Die Gedanken sind frei.

De manhã, os corpos estão em fileiras,Estão em fila como pedras tumulares.O tambor está à frente,Tralali, tralalei, tralala,Para ela o poder ver.

Canção do prisioneiro na torre O prisioneiro:Os pensamentos são livres,Quem os pode adivinhar?Perpassam céleresComo sombras na noite.Ninguém os pode saber,Nenhum caçador atingi-los;A verdade é esta:Os pensamentos são livres. A donzela:No verão é bom estar alegreNo alto dos prados bravios,Encontram-se ali pequenos lugares verdes,Meu tesouro adorado,Não quero separar-me nunca de ti. O prisioneiro:E se me encerramNum calabouço sombrio,É apenas em vãoQue o tentam fazer;Pois os meus pensamentosDestroem as barreirasE os muros,Os pensamentos são livres! A donzela:No verão é bom estar alegreNo alto dos montes bravios,Reina ali a eterna solidão,Não se ouvem os gritos das crianças,O ar transforma-nos. O prisioneiro:Que assim seja!E se o destino o decidir,Que fique tudo tranquilo e em silêncio;O meu desejo e ambiçãoNinguém os pode travar;A verdade é esta:Os pensamentos são livres!

10

Das Mädchen:Mein Schatz, du singst so fröhlich hierWie's Vögelein in dem Grase;Ich steh so traurig bei Kerkertür,Wär ich doch tot, wär ich bei dir,Ach, muß ich denn immer klagen? Der Gefangene:Und weil du so klagst,Der Lieb ich entsage,Und ist es gewagt,So kann mich nicht plagen!So kann ich im HerzenStets lachen, bald scherzen;Es bleibet dabei,Die Gedanken sind frei.

Wo die schönen Trompeten blasen Wer ist denn draußen und wer klopfet an,Der mich so leise, so leise wecken kann?Das ist der Herzallerliebste dein,Steh auf und laß mich zu dir ein! Was soll ich hier nun länger steh‘n?Ich seh die Morgenröt aufgeh‘n,Die Morgenröt, zwei helle Stern‘.Bei meinem Schatz, da wär‘ ich gern!Bei meiner Herzallerliebsten. Das Mädchen stand auf und ließ ihn ein;Sie heißt ihn auch willkommen sein.Willkommen, lieber Knabe mein,So lang hast du gestanden! Sie reicht ihm auch die schneeweiße Hand.Von ferne sang die Nachtigall;Das Mädchen fing zu weinen an. Ach weine nicht, du Liebste mein,Aufs Jahr sollst du mein eigen sein.Mein Eigen sollst du werden gewiß,Wie's keine sonst auf Erden ist.O Lieb auf grüner Erden. Ich zieh in Krieg auf grüner Heid‘,Die grüne Heide, die ist so weit.Allwo dort die schönen Trompeten blasen,Da ist mein Haus, von grünem Rasen.

A donzela:Meu amor, cantas aqui tão alegrementeComo os passarinhos na relva;E eu sinto-me tão triste à porta do cárcere,Quem me dera estar morta, ou estar contigo,Ah! Não faço outra coisa senão queixar-me? O prisioneiro:Já que tanto te queixas,Renuncio ao amor,E se o ouso,Nada me pode atormentar!No meu íntimoPosso mesmo brincar e rir;A verdade é esta:Os pensamentos são livres!

Onde soam as belas trompetas Quem está lá fora a bater à porta,Acordando-me tão suavemente?É o amado do teu coração,Levanta-te e deixa-me entrar! Para que me fazes esperar mais?Vejo a alvorada romper,A alvorada, duas estrelas claras.Gostaria tanto de estar junto da minha amada!A amada do meu coração. A rapariga levantou-se e deixou-o entrar;Dando-lhe as boas vindas.Sê bem-vindo, meu adorado,Tiveste de esperar tanto tempo! Estende-lhe também a mão branca de neve.Ao longe cantava o rouxinol;A rapariga começou a chorar. Ah, não chores, minha querida,Serás minha dentro de um ano.Serás minha com toda a certeza,Como nenhuma outra no mundo.Oh, amor na terra verdejante! Vou para a guerra, na charneca verde,Na charneca verde que fica tão longe.Onde quer que soem as belas trompetas,Aí é a minha morada, coberta de relva.

11

Das irdische Leben »Mutter, ach Mutter! es hungert mich,gib mir Brot, sonst sterbe ich!«»Warte nur, mein liebes Kind,morgen wollen wir ernten geschwind!« Und als das Korn geerntet war,rief das Kind noch immerdar:»Mutter, ach Mutter! es hungert mich,gib mir Brot, sonst sterbe ich!«»Warte nur, mein liebes Kind,morgen wollen wir dreschen geschwind!« Und als das Korn gedroschen war,rief das Kind noch immerdar:»Mutter, ach Mutter! es hungert mich,gib mir Brot, sonst sterbe ich!«»Warte nur, mein liebes Kind,morgen wollen wir backen geschwind!« Und als das Brot gebacken war,lag das Kind auf der Totenbahr.

Das himmlische Leben Wir genießen die himmlischen Freuden,d’rum tun wir das Irdische meiden.Kein weltlich’ Getümmelhört man nicht im Himmel!Lebt alles in sanftester Ruh’!Wir führen ein englisches Leben,sind dennoch ganz lustig daneben!Wir führen ein englisches Leben,wir tanzen und springen,wir hüpfen und singen!Sanct Peter im Himmel sieht zu! Johannes das Lämmlein auslasset,der Metzger Herodes drauf passet!Wir führen ein geduldig's,unschuldig's, geduldig's,ein liebliches Lämmlein zu Tod!Sanct Lukas der Ochsen tät schlachtenohn' einig's Bedenken und Achten,der Wein kost' kein' Hellerim himmlischen Keller,die Englein, die backen das Brot.

A vida terrestre «Mãe, ai mãe, tenho fome,dá-me pão, senão morro!»«Espera um pouco, meu querido filho,amanhã vamos depressa ceifar!» E quando o trigo estava ceifado,a criança continuava a gritar:«Mãe, ai mãe, tenho fome,dá-me pão, senão morro!»«Espera um pouco, meu querido filho,amanhã vamos depressa malhar!» E quando o trigo estava malhado,a criança continuava a gritar:«Mãe, ai mãe, tenho fome,dá-me pão, senão morro!»«Espera um pouco, meu querido filho,amanhã vamos depressa cozer o pão!» E quando o pão estava cozido,jazia a criança no seu caixão.

A vida celeste Saboreamos os prazeres celestes,por isso evitamos todas as coisas terrenas.No céu não se escutanenhum rumor do mundo!Todos vivem em serena paz!Levamos uma vida angelical,mas somos também muito alegres!Levamos uma vida angelical,dançamos e cantamos,saltamos e pulamos!E no céu, São Pedro observa-nos! São João solta o pequeno cordeiro,Herodes, o carniceiro, aguarda por ele!Levamos o manso,inocente e mansoe doce cordeirinho, para a morte!São Lucas abate o boisem muito pensar ou sentir,o vinho não custa um tostãonas caves celestes,e os anjos cozem o pão.

12

Gut’ Kräuter von allerhand Arten,die wachsen im himmlischen Garten!Gut’ Spargel, Fisolenund was wir nur wollen!Ganze Schüsseln voll sind uns bereit!Gut’ Äpfel, gut’ Birn und gut’ Trauben!Die Gärtner, die alles erlauben!Willst Rehbock, willst Hasen,auf offener StraßenSie laufen herbei!Sollt ein Fasttag etwa kommen,alle Fische gleich mit Freuden angeschwommen!Dort läuft schön Sanct Petermit Netz und mit Köderzum himmlischen Weiher hinein.Sanct Martha die Köchin muss sein! Kein Musik ist ja nicht auf Erden,die uns’rer verglichen kann werden.Elftausend JungfrauenZu tanzen sich trauen!Sanct Ursula selbst dazu lacht!Kein Musik ist ja nicht auf Erden,Die uns’rer verglichen kann werden.Cäcilia mit ihren Verwandtensind treffliche Hofmusikanten!Die englischen Stimmenermuntern die Sinnen,dass alles für Freuden erwacht.

Urlicht O Röschen rot!Der Mensch liegt in größter Not!Der Mensch liegt in größter Pein!Je lieber möcht' ich im Himmel sein! Da kam ich auf einem breiten Weg:Da kam ein Engelein und wollt' mich abweisen.Ach nein! ich ließ mich nicht abweisen!Ich bin von Gott und will wieder zu Gott!Der liebe Gott wird mir ein Lichtchen geben.Wird leuchten mir bis an das ewig selig' Leben!

Ervas aromáticas de diversos tipos,crescem no jardim celeste!Bons espargos, feijões,e tudo o que quisermos!São-nos servidos pratos fartos!Boas maçãs, boas peras, e boas uvas!Os jardineiros deixam-nos provar tudo!Se quereis corças ou lebres,eles surgem correndopelas ruas espaçosas!E se é dia de jejum,todos os peixes nadam alegremente até à tona!E eis São Pedro que chegacom a sua rede e engodoao viveiro celeste.Santa Marta deve ser a cozinheira! Não existe música na Terra,que se compare à nossa.Onze mil virgenslançam-se numa dança!Santa Úrsula observa e ri!Não existe música na Terra,que se compare à nossa.Cecília e os seus paressão magníficos músicos de câmara!As vozes dos anjosestimulam os sentidos,e tudo desperta para a alegria.

Luz primordial Pequena rosa vermelha!O homem jaz na maior miséria!O homem jaz no maior sofrimento!Como eu gostaria de estar no céu! Eu vim por um largo caminho:Chegou um anjo que me quis afastar.Ah, não! Não deixei que me afastasse!Eu venho de Deus e hei-de regressar a Deus!O bom Deus dar-me-á uma pequena luz.Iluminar-me-á até à bem-aventurada vida eterna!

traduções de maria fernanda cidraise ofélia ribeiro (das himmlische leben)

13

thom

as h

amps

on ©

kri

stin

hoe

berm

ann

O barítono norte-americano Thomas Hampson nasceu em Elkhart, Indiana. Diplomou-se pela Eastern Washington University e estudou com Marietta Coyle, Martial Singher, Horst Günter e Elisabeth Schwarzkopf. É um dos mais celebrados solistas do nosso tempo, tendo sido várias vezes laureado em reconhecimento do seu superior desempenho artístico e liderança cultural. Afirmou-se no domínio da ópera, da opereta e da oratória e estabeleceu novos padrões como intérprete de Lieder, apresentando-se como cantor convidado nos mais importantes palcos internacionais. Há vários anos que se apresenta também com regularidade nas temporadas de música da Fundação Gulbenkian. Gravou mais de 150 discos, muitos dos quais foram distinguidos com os prémios Grammy, Edison e Grand Prix du Disque. Em 2009 recebeu o Distinguished Artistic Leadership Award atribuído pelo Atlantic Council, em Washington, D.C., e foi nomeado Artista em Residência da Filarmónica de Nova Ioque. Em 2010 foi-lhe Atribuído o Living Legend Award pela Biblioteca do Congresso, instituição da qual é Consultor para o Estudo

e Interpretação da Música na América. Thomas Hampson é professor honorário da Universidade de Heidelberg e recebeu doutoramentos honorários da Manhattan School of Music,do New England Conservatory, do Whitworth College e do San Francisco Conservatory.É também membro honorário da Royal Academy of Music, em Londres. Foi condecorado em França com o título de Commandeur dans l’Ordre des Arts et des Lettres e na Áustria com a Medalha de Honra das Artes e das Ciências e com o título Kammersänger da Staatsoper de Viena. Para além da ópera, dos recitais, dos concertos e das gravações, Thomas Hampson é um promotor e divulgador dedicado da arte da canção de câmara, mantendo um interesse ativo pela pesquisa, a educação e a divulgação musical. Membro da American Academy of Arts and Sciences, ganhou reconhecimento internacional pelos seus programas criativos e cuidadosamente pensados. Através da Hampsong Foundation, criada em 2003, Hampson disponibiliza um espaço para o diálogo intercultural através da arte da canção de câmara.

Barítono

Thomas Hampson

14

thom

as h

amps

on ©

kri

stin

hoe

berm

ann

15

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenaspor doze elementos, foi originalmente designadopor Orquestra de Câmara Gulbenkian.Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desdeo Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeitaao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora

interior. Em cada temporada, a orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional,por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindoa ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Susanna Mälkki é a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário,e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013,foi nomeado Maestro Emérito.

Orquestra Gulbenkian

orqu

estr

a gu

lben

kian

© g

ulbe

nkia

n m

úsic

a –

már

cia

less

a

16

Susanna Mälkki Maestrina Convidada PrincipalJoana Carneiro Maestrina ConvidadaPedro Neves Maestro ConvidadoLawrence Foster Maestro EméritoClaudio Scimone Maestro Honorário

primeiros violinosErik Heide Concertino Principal *

Bin Chao 2º Concertino AuxiliarAntónio José MirandaAntónio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WanhonAna Beatriz ManzanillaElena RyabovaMaria BalbiMaria José LaginhaManuel Abecasis *

segundos violinosAlexandra Mendes 1º SolistaJordi Rodriguez 1º SolistaCecília Branco 2º SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuStefan SchreiberOtto Pereira

violasSamuel Barsegian 1º SolistaLu Zheng 1º SolistaIsabel Pimentel 2º SolistaAndré CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia Kouznetsova

violoncelosVaroujan Bartikian 1º SolistaMarco Pereira 1º SolistaMartin Henneken 2º SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel Reis

Orquestra Gulbenkian

contrabaixosPedro Vares de Azevedo 1º SolistaManuel Rêgo 1º SolistaMaja Plüdemann 2º SolistaMarine Triolet

flautasSophie Perrier 1º SolistaCristina Ánchel 1º Solista AuxiliarAmália Tortajada 2º Solista

oboésPedro Ribeiro 1º SolistaNelson Alves 1º Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2º Solista

Corne inglês

clarinetesEsther Georgie 1º SolistaIva Barbosa 1º Solista AuxiliarJosé María Mosqueda 2º Solista

Clarinete baixoRui Martins 2º Solista *

fagotesRicardo Ramos 1º SolistaVera Dias 1º Solista AuxiliarJosé Coronado 2º Solista

Contrafagote

trompasGabriele Amarù 1º SolistaKenneth Best 1º SolistaEric Murphy 2º SolistaDarcy Edmundson-Andrade2º Solista

trompetesStephen Mason 1º SolistaPaulo Carmo 1º Solista Auxiliar *

David Burt 2º Solista

trombonesRui Fernandes 2º SolistaPedro Canhoto 2º Solista tubaAmilcar Gameiro 1º Solista timbalesRui Sul Gomes 1º Solista percussãoAbel Cardoso 2º SolistaRenato Peneda 2º Solista *

Duarte Santos 2º Solista *

harpaCoral Tinoco Rodriguez1º Solista *

* instrumentista convidado

coordenaçãoAntónio Lopes Gonçalves

produçãoAmérico MartinsMarta AndradeInês RosárioFrancisco Tavares

gulbenkian.pt/musica mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

Sociedade de Advogados, SP RL

mecenasmúsica de câmara

Fundação Calouste Gulbenkian

5 + 6 OUTUBROquarta, 21.00h / quinta, 19.00h

soph

ie be

van

© d

r

Missa em Side BachCoro e OrquestraGulbenkian

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAh–hA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem500 exemplares

preço2€

Lisboa, Setembro 2016

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

GULBENKIAN.PT/MUSICA

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN