OS A CR A NDE CIENTISTAS' AVENTURA DA DESCOBERTA c1 E N T ~ F I ~ A

EDiiOR: YICZOR CIYTTA

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Quinzenalmente. a cole@o "Os Cientistas'' apresenta um fasckulo. um "Kit" pare exrmri&ncias e um Manual de Instruçdss. O pr imei i contad a vida e a obra de um grande homem do mundo cientffico. O "Ki" permitirá que voca realiza experi8ncias. que comprovam na prática algumas das mais imponantesdescoberias ou leis estabelecidas pelo cientista focalizudo. O Manual de Instniçdas, al6m de orient8-lo na realizaF80 das c*r>ari(Lncias, leva-iod. em cada passo. a concluir sozinho os princlpios que esta0 sendo demonstrados Ao final da col@o. vocâ ted formado seu pequeno laborat6no - permitindo a realizatão de inúmeras experiéncias no campo da Fisica. Quimica e Bioloaia -. al4m de tr& volumes comwstos pelas bloorailas encade&&as dos cientistas. Cada fasckulo tai6 vinte p(Óinas; quatro capas e dezesseis páginas internas: apenas estas devedo sei encadernadas. Retiradas as capas dos fasckulos. encaderne-os em seqübncia cronológica. seguindo a ordem de numeratão das páginas. As capas sedo postas d venda nas bancas logo ap6s o último fasckulo de cada volume.

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A Caixa de Experiéncia não pode ser vendida separadamente deste fasckulo. do qual faz pane.

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Quando a luz atravessa u m vidro o u passa de u m meio para outro (por exemplo, do ar para a água), sofre u m desvio e m sua trajetória. conhecido como refração. Para explicar esse fendmeno. Descartes formulou as chamadas Leis da Refração. Com o material do kit vocâ pesquizará o comportamento dos raios luminosos, fazendo-os atravessar vdrios meios diferentes. Verificar6 que o caminho seguido pela luz depende do meio que ela atravessa. Medirá assim o Indice de refração das substâncias. E, graças a dois prismas. você provocará a decomposição de luz branca nas várias cores do arco-íris.

JOHN DALTON .

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E,-: . *

O dia 2 i de A u b r o de i803 não prometia nada de extraordi- nário. Como de costume, John

Dalton - um professor particular de 37 anos, solteiro - levantou-se cedo e, após se arrumar e fazer as orapòes, diri- giu-se a seus bem conservados instru- mentos de metwrologia. Numa rotina que se repetia desde a adolescência, foi anotando cuidadosamente em um ca- derno os dados observados. Enquanto aguardava a chegada do aluno daquele dia, dedicou-se à revisão do trabalho que leria, à noite, na Sociedade Literá- ria e Filosófica de Manchester,no qual dissertava sobre a constituição da at- mosfera e a estrutura dos gases.

Dalton não estava satisfeito. Partindo de dados químicos, ele obtivera alguns

valores relativos dos pesos de vários átomos; mas, apesar de indiscúti- velmente corretos, esses resultados não coincidiam com sua idéia a respeito dos gases.

A noite, "ante um seleto auditório de nove membros e amigos", o trabalho foi lido. Todos acharam interessantes as idéias apresentadas. Daiton, porém, que compreendia melhor do que ningubm as falhas de seu modelo, voltou para casa um pouco desanimado, e interrompeu seu trabalho nesse campo por muitas semanas.

Realmente, parecia que nada de espe- cial ocorrera naquele dia. Na realidade, naquela data Dalton divulgara as bases de toda a química moderna e do estudo científico do átomo.

' 1 óguo sempre tem ipuol quanfidide '' de oxigênio e hidrogênio, seguindo o

lei dns propor& dgfmid&. Na 5 I ddesa desta lei. Prous, (acimd , , I travou uma polêmica m m Berthollet: L-r-

O INTERESSE PELA CIÊNCIA

John Dalton nasceu a 6 de setembro de 1766, na pequena vila inglesa de Eaglesfield, onde seu pai era tecelão.

Até os onze anos, estudou numa rígi- da escola de quakers - seita protes- tante que dominava o lugar -. e esta foi a única instrução regular que rece- beu em toda a sua vida. As matérias lecionadas eram todas de caráter prá- tico (como Medição,Agrimensura,Nave- gação, etc.), mas, nessa época, o garoto encontrou duas pessoas que desper- taram seu interesse pela ciência: John Fletcher, um de seus professores, estu- dioso das ciências naturais; e Elihu Robinson, meteorologista amador e fa- bricante de instrumentos, uma pessoa de ampla cultura. Ambos se interes- saram pessoalmente por aquele menino. magro, dotado de grande curiosidade e inteligência.

A partir dos doze anos, Dalton come- 282 çou a lecionar paraps VKos dos lavra-

dores, dando aulas em sua casa e ?o centro de reuniões da comunidade. As vezes, para conseguir sua própria sub- sistência, também trabalhava no campo. O prosseguimento de seus estudos du- rante esse período foi-lhe facilitado por Robinson, que costumava dar-lhe aulas particulares e chamava-o para ver se: trabalho e usar seus aparelhos.

Em 1781, Dalton mudou-se para Kendal, onde se tomou ajudante do irmão Jonathan na escola de um tio. Este afastou-se do magistério quatro anos mais tarde, deixando todo o traba- lho nas mãos dos dois sobrinhos.

Em Kendal, o jovem professor conhe- ceu John Gough, um filósofo e cientista que perdera a visão. Gough publicara trabalhos de Botânica, Mecânica, Mate- mática e Meteorologia. Dalton assimi- lou seu exemplo de trabalho científico e começou a estudar as obras de sua biblioteca O interesse pela Meteorolo- gia, adquirido com Robinson, aprofun- dou-se nessa época, e a partir de então o