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Energia nuclear

Os artefatos têm política? · controlar a reação de fissão nuclear em cadeia •A estrutura é colocada num vaso de ação “de pressão”), que pode ter, p.ex. 33 cm de espessura

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Energia nuclear

Dados básicos

• É a energia liberada a partir de uma reação nuclear para gerar calor e, a partir dele, eletricidade.

• Essa reação (fissão) ocorre num reator nuclear e seu combustível principal é o Urânio-235.

• A energia nuclear representa 5,7% da energia primária global e produz 13% da eletricidade (nos EUA, 20%).

• Há 437 reatores nucleares em operação, em 31 países. • Além disso, há cerca de 160 navios movidos por

propulsão nuclear (dotados de reator a bordo). • 1ª bomba atômica: Los Alamos EUA), 1945 • 1º reator: 1956: Calden Hall (Cumbria, Inglaterra)

O que é o átomo?

• Por muito tempo imaginou-se que fosse a menor porção da matéria (hoje se conhecem diversas partículas sub-atômicas)

• É formado por um núcleo ao redor do qual orbitam partículas menores (elétrons)

• O núcleo é formado por prótons e nêutrons.

• A energia que mantém prótons e nêutrons juntos no núcleo atômico é a energia nuclear.

Como se libera a energia nuclear?

• A solução encontrada: fissão (de um átomo pesado = muitos prótons e nêutrons) em dois átomos menores, lançando contra ele um nêutron. Essa divisão libera energia em forma de calor.

• No caso do U-235, ao se fazer isso, liberam-se 2 a 3 nêutrons, que são lançados contra outros átomos de U-235, gerando uma reação em cadeia.

O enriquecimento do urânio

• O U-235 tem em seu núcleo 92 prótons e 143 neutrons. Além dele, existe o U-238, com uma proporção 92/146, e bem + difícil de dividir.

• O U-235 é raro. Em cada 1.000 átomos de U, apenas 7 são U-235 (0,7%) e 993 são U-238.

• Mas, nos reatores + comuns, é necessária uma concentração de 3,2% de U-235.

• Por isso, se retiram prótons do U-238 para aumentar a concentração de U-235.

• Cuidado: se essa concentração chegar a 90%, a reação se torna incontrolável (bomba atômica).

O reator nuclear

• A reação gera-se alta intensidade de calor (600° C). Para diminuir a temperatura e evitar o derretimento do reator utiliza-se água. Assim se produz vapor, que, subindo em alta velocidade, faz girar uma turbina...

• Os elementos resultantes da fissão são radiativos e, por isso, devem ficar dentro do reator.

• A reação ocorre dentro das varetas de combustível, a 1ª barreira a separá-la do exterior.

Barreiras sucessivas

• Na estrutura onde estão as varetas também existem tubos guias por onde passa a barra de controle. Formada geralmente por cádmio, essa estrutura absorve nêutrons, com o objetivo de controlar a reação de fissão nuclear em cadeia

• A estrutura é colocada num vaso de ação “de pressão”), que pode ter, p.ex. 33 cm de espessura (Angra-I) ou 23,5 cm (Angra 2).

• Esse recipiente (Vaso de pressão do reator) contém a água de refrigeração do reator.

Ainda as barreiras

• Vaso de pressão é montado sobre estrutura de concreto de 5m de espessura na base,

• A redor dele há uma carcaça de 3,8cm de espessura: a contenção. Obj: evitar o vazamento de gases e vapores da reação.

• Um último envoltório, de 1m de concreto (Angra), é o próprio edifício da reação.

Acidentes nucleares

• Em quase todos os casos, os vazamentos foram contidos dentro do reator, sem liberar radiação para o meio-ambiente.

• Three Mile Island (EUA, 1979), derretimento parcial do reator, com liberação de gases radiativos para o meio ambiente.

• Tchernobyl (URSS, 1986): explosão do reator, com 31 mortos (na hora), nuvem radiativa...

• Fukushima (Japão, 2010): explosão de 3 dos 6 reatores da usina, em meio a um terremoto e tsunami que mataram mais de 15 mil pessoas

Participação da energia nuclear na geração de eletricidade (por país)

• França – 79

• Lituânia – 70

• Bélgica – 56

• Eslováquia – 56

• Ucrânia – 49

• Coréia do Sul – 45

• Suécia – 45

• Bulgária - 44

...

• Armênia – 43 • Eslovênia – 42 • Hungria – 37 • Finlândia – 33 • Suíça – 32 • Alemanha – 31 • República Tcheca – 31 • Japão – 29 • Espanha – 20 • Reino Unido – 20 • EUA – 20 • Rússia – 16 • Canadá - 15

Vantagens

• Produção é igual à térmica (relativa/ barata)

• Combustível(urânio) disponível em gde qntidd

• Não emite fumaça nem CO2

• Imensa energia obtida a partir de pequena quantidade de combustível

• Pequeno volume de resíduo

• Confiável: fornecimento regular de energia

Desvantagens

• Resíduos muito perigosos que levam milhares de anos para perderem a radiotividade

• Enormes gastos com a segurança

• Quando ocorre uma catástrofe, o impacto é maior que qualquer outro tipo de acidente

As resevas de urânio (%)

• Austrália – 24,6

• Cazaquistão – 14,4

• Canadá – 13,9

• África do Sul – 9,2

• Namíbia – 7,1

• Brasil – 5,9

• Rússia – 4,1

• EUA – 3,6

O “renascimento nuclear”

• Entre 2000 e 2010, 39 novas usinas nucleares entraram em operação – a maioria na Ásia.

• Três quartos das 61 usinas atualmente em construção se situam em quatro países: China, Índia, Coréia do Sul e Rússia.

• China planeja quadruplicar sua energia nuclear até 2020, atingindo o mesmo número de usinas que os EUA.

Energia nuclear no Brasil

• 3% da energia elétrica no país

• 1955: Comissão Nacional de Energia Nuclear

• 1957: primeiro reator para pesquisas

• 1972: Início da construção de Angra 1

• 1975: Rompimento da cooperação nuclear com EUA e assinatura de acordo c/Alemanha

• 1985: Angra 1 entra em operação comercial

• 2001: Início da operação de Angra 2

• 2018: Previsão para inauguração de Angra 3.

Porém:

• Exemplo do antropólogo Munford Lewis:

• Viadutos em Long Island (Nova York) construídos entre as décadas de 1920 e 1970.

• Eles são estranhamente baixos: 2,6 metros.

• Ônibus (3,5 m) não podem passar.

• Isso ocorre especialmente no trajeto para Jones Beach, um grande parque (e praia).

• Qual o motivo?

Intenções racistas e elitistas

• Robert Moses (planejador urbano) queria evitar o acesso de pessoas pobres e negros.

• Acesso só de carro.

• Moses ainda impediu extensão da ferrovia de Long Island até a Jones Beach...

• Política geral de favorecer o automóvel.

Arquitetura/urbanismo tem ideologia?

• Arquitetura e planejamento urbano: áreas especialmente sensíveis a fins políticos

• Paris: largas avenidas construídas pelo Barão Hausmann após as rebeliões populares/1848.

• Prédios de concreto nas universidades/EUA.

• Os bancos do início do século XX...

• O caso da Cidade Universitária em SP

• E as rampas do Kassab?

Segundo o autor...

• O caso de Long Island mostra claramente que, entre as motivações humanas por trás das inovações tecnológicas, se inclui o desejo de dominar os outros, ou de excluir setores da sociedade do acesso a algum lugar.

• Isso pode ocorrer até mesmo ao custo de algum ocasional sacrifício na redução de custos.

Caso da empresa Cyrus McCormick

• Metalúrgica em Chicago, década de 1880.

• Contexto: intensos conflitos trabalhistas.

• Decisão: introduzir novas máquinas a ar comprimido, ainda não testadas, a alto custo.

• Modernização do equipamento?

• Objetivo real: afastar os trabalhadores mais experientes, que organizaram o sindicato.

• Na prática: máquinas abandonadas após 3 anos.

Tudo é conspiração?

• Nem sempre:

• Os aparatos que resultavam na exclusão de deficientes físicos: negligência

• Mas a discussão vai além do “intencional” e do “não intencional”:

• Em certas instâncias o desenvolvimento técnico já está direcionado para produzir resultados que envolvem interesses sociais.

Ao vencedor, os tomates...

• Colheitadeira desenvolvida na Universidade da Califórnia a partir dos anos 1940

• Colhe tomates em uma única passagem por fileira, cortando as plantas a partir do solo

• Tomates acomodados automatica/: gôndolas plásticas com capacidade até 25 toneladas

• Variedades de tomates mais duros, resistentes

• Antes: trabalhadores separavam os tomates

Resultado da nova colheitadeira

• Número de produtores caiu de 4 mil para 600 entre o início dos anos 60 e 1973

• Motivo: ao preço de US$ 50 mil, máquinas só eram compatíveis com produção concentrada

• Ao final dos 70s, mecanização tinha eliminado 32 mil empregos na indústria do tomate

• Aumento na produtividade beneficiou os grandes plantadores, às custas dos demais

Impossível falar em conspiração

• Trata-se de “um processo social em curso no qual o conhecimento científico,

a inovação tecnológica

e o lucro corporativo se reforçam mutuamente

em padrões padrões entreçalados, que carregam o inequívoco selo do poder econômico e político.”

Padrões sutilmente enraizados

• A colheitadeira é a corporificação de uma ordem que beneficia alguns e pune outros.

• Nesse contexto...

• Quem se coloca contra é logo classificado como:

• “anti-tecnologia” ou “anti-progresso”...

Dois tipos de escolha...

• ...que podem alterar a distribuição relativa de poder, autoridade ou prestígio:

• Primeiro tipo: desenvolver e adotar a coisa...

... Ou não?

Exemplos: agrotóxicos, construção de estradas, energia nuclear, represas, armas high tech

Razões para adotar ou não valem tanto quanto a decisão em si (para que servirá Belo Monte?)

Um segundo tipo de escolhas:

• Depois que a decisão principal já foi tomada, é a hora dos “detalhes”:

• A rota em que será construída a linha elétrica

• O sistema de televisão digital: japonês, europeu ou brasileiro?

• A tecnologia da represa em “linha d’água”...

(No caso dos tomates,acréscimo de mecanismo de classificação eletrônica.)

Por trás de tudo isso...

• ...se observa o fato de que projetos tecnológicos aparentemente inócuos, em sistemas de trânsito, irrigação etc, mascaram escolhas sociais de profunda significação.

• As coisas que nós chamamos de tecnologia são formas de construir a ordem no mundo.

• Influenciam a maneira como as pessoas vão trabalhar, se comunicar, viajar, consumir....

O + importante é a escolha inicial

• Decisões estruturantes: uma vez que os compromissos iniciais são assumidos, as escolhas tendem a se tornar fortemente fixadas no equipamento material, no investimento econômico e no hábito social.

• A flexibilidade inicial desaparece na prática.

• Inovações tecnológicas: similares às leis que estabelecem uma estrutura de ordem pública. Efeitos das escolhas podem durar gerações.

E quando a escolha envolve o sistema de organização da vida social?

• (Ou seja: até aqui, tratamos de tecnologias usadas em arranjos específicos...)

• Lewis Munford (1960s): Desde a pré-história, dois tipos de tecnologia convivem:

• Autoritária: “centrada em sistemas, imensamente poderosa, mas inerentemente instável”

• Democrática: “centrada no ser humano, relativamente fraca, mas flexível e durável”

Em debate, o autoritarismo

• Engels: defesa da autoridade forte como condição necessária à indústria moderna.

• O processo industrial da fiação: divisão clara de tarefas, “timing” fixado pela chefia, rígida disciplina. Trabalhadores têm de aceitar os horários regulares, subordinar suas vontades individuais aos responsáveis pela operação.

• O risco: de que a produção venha a parar.

O caso da energia nuclear

• Opção exige estrutura centralizada, com alto grau de controle.

• Reciclagem do plutônio: leva ao aprofundamento do poder autoritário dos que comandam o sistema: medidas “extraordinárias”...

• Imperativos técnicos se sobrepõem a qualquer consideração moral ou política.

Nuclear x energias alternativas...

• “Uma confiança segura no poder nuclear como principal forma de energia só será possível num estado autoritário.”

• “Fontes solares dispersas são mais compatíveis com a igualdade social, a liberdade e o pluralismo cultural do que as tecnologias centralizadas.” (David Hayes)

Sempre alguém vai mandar?

• Para Engels, esse tipo de organização do trabalho ocorre independentemente do modo de produção: capitalista ou socialista.

• Precedente: em Platão, o exemplo do navio em alto mar. Alguém acha que ele pode ser dirigido democraticamente?

• Marx: visão divergente. A crescente mecanização tornará obsoleta a divisão hierárquica do trabalho, necessária nos primeiros estágios da manufatura moderna.

A visão tecnocrática

• Desenvolvimento técnico exige/determina um modo particular de operar os sistemas de produção, transporte e comunicação:

• Organizações grandes, centralizadas e hierárquicas, administradas por gerentes altamentes especializados (Alfred Chandler)

• Exemplo das ferrovias.

• A tradicional pequena firma familiar não pode dar conta de organizar algo tão complexo.

Uma verdade absoluta?

• O autor sugere que “existem outros arranjos concebíveis de poder e autoridade”. P.ex., casos em que o trabalhador auto-gerido se mostre capaz de administrar, em um esquema descentralizado, fábricas, refinarias, sistemas de comunicação e estradas de ferro...

• ...tão bem ou melhor que as organizações verticais defendidas por Chandler.

Em suma...

• Será que Platão estava mesmo certo ao dizer que um navio no mar precisa ser dirigido por uma “mão forte” e que isto só poderia ser obtido por um único capitão e uma tripulação obediente?

• Será que os sistemas de produção em grande escala exigem controle gerencial centralizado e hierárquico?

• Não existe mesmo alternativa?

Em jogo, aqui, outro dilema moral

• Argumentos morais são utilizados pelos dois lados envolvidos no debate:

• De um lado: o argumento moral da necessidade prática

• Do outro: a noção de que é bom para o marinheiro participar do comando do navio, ou de que os trabalhadores têm o direito de se envolver nas decisões de uma fábrica.

Problema vai além da tecnologia

• No discurso político dominante, os argumentos morais de outros tipos que não os de necessidade prática aparecem cada vez mais como obsoletos, “idealistas”,irrelevantes.

• Qualquer alegação feita em nome de outros valores (justiça, igualdade) é neutralizada com argumentos “práticos”: “só assim a coisa pode funcionar”...

Muita coisa em jogo...

• Assim, naturaliza-se a velha frase:

“A democracia termina nos portões da fábrica”,

Como se isso fosse um fato normal da vida, sem nada a ver com as práticas da liberdade política.

Mas será que as políticas internas aos sistemas tecnológicos e a política como um todo podem ser facilmente separadas?

“Impaciência” com a democracia

• Pesquisa com gerentes nos EUA:

• “Se a democracia não funciona para a firma, que é a principal instituição de toda a sociedade (perguntam os executivos americanos) será que ela pode funcionar bem para a sociedade? E quando o governo tenta interferir nas decisões tomadas pela firma?”

A visão do autor

• Em qualquer circunstância é preciso levar em conta o contexto em que as decisões tecnológicas são tomadas.

• Um navio em alto mar é diferente do mesmo navio no porto...

• Fundamental: um olhar mais crítico sobre as decisões justificadas em nome de necessidades impostas por inovações tecnológicas. (Mais fáceis de aceitar...)

BOLIVIA: gás natural

• Maior exportador sul-americano de gás

• 2ª maior reserva: 27 trilhões de pés cúbicos

• Gasbol: maior projeto de integração energética do Brasil

• Fornecedor de 50% do gás natural consumido no Brasil

• 2006: “nacionalização do gás”: maior conflito da atual Política Externa Brasileiro

Contexto histórico

• Síndrome de Potosi: prata

• Séculos 19 e 20: a era dos “barões do estanho”: famílias Patiño, Hothschild e Aramayo controlavam a principal riqueza

• Petróleo: 1ª nacionalização (1937): Standard Oil of New Jersey (Exxon); criação da YPFB: Yacimientos Petroliferos Fiscales de Bolivia

• 1952: Revolução Boliviana: nacionalização do estanho

Continuando....

• 1955: desnacionalização do petróleo

• 1969: 2ª nacionalização do petróleo: Gulf

• 1985: choque neoliberal: privatizações; demissões em massa, fim da era do estanho

• A opção pelo gás natural como principal produto de exportação (p/ a Argentina)

Liberalização dos hidrocarbonetos

Um triângulo com três vértices:

1.Nova legislação: concessões, cobrança mínima de royalties (a partir de 12%)

2. Privatização da YPFB: entram Repsol, British Gas, BP, Petrobrás... (1997)

3. Construção do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol)

O Gasbol

• Extensão: 3.150 km(Rio Grande a Campinas)

• Capacidade: 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia

• Inaugurado em 1999

• Origem do gás: megacampos bolivianos de San Fernando e Sábalo (Petrobrás)

Crise do neoliberalismo

• Desindustrialização,ausência de investimentos produtivos, endividamento externo

• Deterioração social, desemprego em massa

• Ressurge o movimento social: cocaleros, indígenas...

• 2000/Cochabamba: “Guerra da Água”

• 2002: Projeto de exportação de gás para os EUA através do Chile

Nacionalismo do gás

• 2002: Evo Morales: 20,4% dos votos

• Eleito: Gonzalo Sánchez de Lozada: 22%

• Início de 2003: “Fevereiro Negro”: rebelião contra acordo com o FMI (impuestazo)

• Ganha corpo a campanha pela nacionalização do gás (também pela Constituinte)

• Manifestações, bloqueios de estradas

Guerra do Gás (outubro-2003)

• Tropas disparam contra manifestantes para romper bloqueio a uma rodovia: 26 mortos

• Rebelião popular

• 17 de outubro: renúncia de Goni

• Total de mortes: 67

• Assume o vice, Carlos Mesa

E a crise continua

• Mesa governo em “fogo cruzado”

• Situação econômica se deteriora

• 2004: referendo sobre o gás: mais de 90% a favor da nacionalização, votação dividida quanto à exportação através do Chile

• 2005: impasse provoca a segunda Guerra do Gás: renúncia de Mesa em 6 de junho

• Morales eleito com 53,7% dos votos

O Decreto de Nacionalização:2006

• Reversão da privatização da YPFB (Estado retoma o controle das empresas)

• Troca das concessões pelo regime de partilha

• Mudança das regras para a divisão da renda do gás (ao final o Estado arrecada entre 50% e 75%)

• Refinarias da Petrobrás retornam ao Estado

• Aumento espetacular da receita

• : de 5% a 21% do PIB (que cresce a 5% anuais)