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Os caminhos das borboletas As borboletas simbolizam a transformação, a metamorfose. Na psicanálise, representam o renascimento. E tudo isso não é à toa. O ciclo pelo qual passam – do ovo à lagarta, da lagarta ao casulo e do casulo até a fase adulta – é completo e encanta. Imagine, então, um espaço que possibilite ao visitante ver todo esse processo e, ainda, obser- var os locais onde as borbole- tas aparecem com mais frequ- ência? O desenvolvimento de um espaço assim é a proposta do projeto Trilhas ecológicas no Parque da Ilha, Divinópolis: jardim de borboletas, aprovado em 2012 no Programa Institucional de Apoio à Extensão da UEMG (PAEx) e que tem como coordenadora, a profes- sora do curso de Ciências Biológicas do ISED Graziela Fleury Coelho de Araú- jo, como aluna bolsista a estudante Michelle Crystina de Carvalho e como alunas voluntárias Meliana Teixeira Roma e Kátya Danyelle de Freitas . No Dia Mundial do Meio Ambien- te, 5 de junho, durante a solenidade de entrega do novo Parque Ecológico Prefeito Dr. Sebastião Gomes Guima- rães (Parque da Ilha), em Divinópolis, o projeto foi exposto por meio de um estande, das 8h às 16h. Banners, qua- dro expositivo de borboletas e maripo- sas e, também, as várias etapas do ciclo de metamorfose das borboletas (recria- do em folhas de couve) foram alguns dos elementos usados para apresentar a iniciativa para a comunidade presen- te no evento. “Explicamos a diferença entre borboleta e mariposa, o ciclo da borboleta, e está tendo bastante partici- pação do público”, observou Michelle. A estudante Ana Beatriz de Morais, de 10 anos, viu a apresentação do projeto e gostou. “Achei interessante: as lagar- tas são feias e depois viram borboletas. Achei legal o jeito que mudou.”. Se- gundo Graziela Fleury, “a ideia surgiu quando começamos a estudar o grupo das borboletas e a relação destas com a vegetação e, como essa relação é bas- tante específica, propusemos montar a trilha das borboletas para trabalhar educação ambiental com as escolas”. “Com isso, nós vamos explicar a re- lação da borboleta com a natureza, as especificidades das lagartas com as plantas e as relações ecológicas tam- bém”, comenta Michelle. As ações começaram em fevereiro e devem se estender até o final do ano. Atualmente, a iniciativa está na fase de pesquisa e marcação das plantas que oferecem néctar e das plantas hospe- deiras das lagartas. A partir do levanta- mento dessas informações, obtidas por meio da observação e documentação, será elaborada uma trilha mostrando os pontos onde estão as plantas nativas e ornamentais que as borboletas usam preferencialmente. Essa trilha servirá de ponto de visitação para estudantes da educação infantil e do ensino funda- mental. Além da trilha, serão oferecidas oficinas para profes- sores, cujo início está previsto para o começo do segundo se- mestre. “O objetivo é capacitar professores do ensino funda- mental e da educação infantil para elaborarem um jardim de borboletas na escola e trabalhar educação ambiental, sendo Borboletas como bioindicado- res ambientais o eixo temático central”, explica a coordenado- ra do projeto, Graziela Fleury. Em paralelo, há o projeto Jardim das Borboletas, que está sendo desenvolvido pelo ISED em parceria com a Sala Ver- de e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). Essa iniciativa tem a coordenação conjunta das professoras do curso de Ciências Biológicas Graziela Fleury e Denise Rover Rabelo; da coordenadora da Sala Verde Frei Paulino, Sônia Diniz; e do representante da Coordenadoria de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade do IEF, André de Castro e Silva. “Será im- plantado um jardim para atrair as formas adultas e imaturas das borboletas, possi- bilitando aos visitantes observarem todo o ciclo de vida das borboletas e aprende- rem um pouco sobre a ecologia das mes- mas”, explica Graziela. O espaço ficará próximo à Sala Verde, no Parque da Ilha, e será composto por plantas ornamentais e frutíferas. A ideia é que o jardim seja permanente, possibilitando trabalhos de educação ambiental. “É conscientizar as pessoas sobre a importância da biodi- versidade”, finaliza Graziela. Daniela Couto l de 10 iu taçã do jeto pre ser par inf me ofe sor par me pro me par bor edu Bor res cen ra d Em a Daniela Couto

Os caminhos das borboletas - UEMG Unidade Divinópolis · conjunta das professoras do curso de Ciências Biológicas Graziela Fleury e Denise Rover Rabelo; da coordenadora ... bilitando

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Os caminhos das borboletasAs borboletas simbolizam a

transformação, a metamorfose. Na psicanálise, representam o renascimento. E tudo isso não é à toa. O ciclo pelo qual passam – do ovo à lagarta, da lagarta ao casulo e do casulo até a fase adulta – é completo e encanta. Imagine, então, um espaço que possibilite ao visitante ver todo esse processo e, ainda, obser-var os locais onde as borbole-tas aparecem com mais frequ-ência? O desenvolvimento de um espaço assim é a proposta do projeto Trilhas ecológicas no Parque da Ilha, Divinópolis: jardim de borboletas, aprovado em 2012 no Programa Institucional de Apoio à Extensão da UEMG (PAEx) e que tem como coordenadora, a profes-sora do curso de Ciências Biológicas do ISED Graziela Fleury Coelho de Araú-jo, como aluna bolsista a estudante Michelle Crystina de Carvalho e como alunas voluntárias Meliana Teixeira Roma e Kátya Danyelle de Freitas .

No Dia Mundial do Meio Ambien-te, 5 de junho, durante a solenidade de entrega do novo Parque Ecológico Prefeito Dr. Sebastião Gomes Guima-rães (Parque da Ilha), em Divinópolis, o projeto foi exposto por meio de um estande, das 8h às 16h. Banners, qua-dro expositivo de borboletas e maripo-sas e, também, as várias etapas do ciclo de metamorfose das borboletas (recria-do em folhas de couve) foram alguns dos elementos usados para apresentar a iniciativa para a comunidade presen-te no evento. “Explicamos a diferença entre borboleta e mariposa, o ciclo da borboleta, e está tendo bastante partici-pação do público”, observou Michelle. A estudante Ana Beatriz de Morais, de

10 anos, viu a apresentação do projeto e gostou. “Achei interessante: as lagar-tas são feias e depois viram borboletas. Achei legal o jeito que mudou.”. Se-gundo Graziela Fleury, “a ideia surgiu quando começamos a estudar o grupo das borboletas e a relação destas com a vegetação e, como essa relação é bas-tante específi ca, propusemos montar a trilha das borboletas para trabalhar educação ambiental com as escolas”. “Com isso, nós vamos explicar a re-lação da borboleta com a natureza, as especifi cidades das lagartas com as plantas e as relações ecológicas tam-bém”, comenta Michelle. As ações começaram em fevereiro e devem se estender até o fi nal do ano.

Atualmente, a iniciativa está na fase de pesquisa e marcação das plantas que oferecem néctar e das plantas hospe-deiras das lagartas. A partir do levanta-mento dessas informações, obtidas por meio da observação e documentação, será elaborada uma trilha mostrando os pontos onde estão as plantas nativas e ornamentais que as borboletas usam

preferencialmente. Essa trilha servirá de ponto de visitação para estudantes da educação infantil e do ensino funda-mental. Além da trilha, serão oferecidas ofi cinas para profes-sores, cujo início está previsto para o começo do segundo se-mestre. “O objetivo é capacitar professores do ensino funda-mental e da educação infantil para elaborarem um jardim de borboletas na escola e trabalhar educação ambiental, sendo Borboletas como bioindicado-res ambientais o eixo temático central”, explica a coordenado-ra do projeto, Graziela Fleury.

Em paralelo, há o projeto Jardim das Borboletas, que está sendo desenvolvido pelo ISED em parceria com a Sala Ver-de e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). Essa iniciativa tem a coordenação conjunta das professoras do curso de Ciências Biológicas Graziela Fleury e Denise Rover Rabelo; da coordenadora da Sala Verde Frei Paulino, Sônia Diniz; e do representante da Coordenadoria de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade do IEF, André de Castro e Silva. “Será im-plantado um jardim para atrair as formas adultas e imaturas das borboletas, possi-bilitando aos visitantes observarem todo o ciclo de vida das borboletas e aprende-rem um pouco sobre a ecologia das mes-mas”, explica Graziela. O espaço fi cará próximo à Sala Verde, no Parque da Ilha, e será composto por plantas ornamentais e frutíferas. A ideia é que o jardim seja permanente, possibilitando trabalhos de educação ambiental. “É conscientizar as pessoas sobre a importância da biodi-versidade”, fi naliza Graziela.

Daniela Couto

l de 10 iu taçã do jeto

prefservparainfameofersoreparameprofmeparaborbeducBorbres centra d

Em al

Daniela Couto

2Notícias Acadêmicas – INESP/ISED – Ano 1 – Nº 3 – Maio e junho de 2012 – Divinópolis (MG)

E x p e d i e n t eE x p e d i e n t e

. . . .Editorial. . . .

Informativo bimestral do INESP/ISED – FUNEDI/UEMG Divinópolis – Ano 1 – Nº 3 – Maio e junho de 2012 – Presidente da FUNEDI/UEMG: professor Gilson Soares – Coordenador geral do INESP: Fabrízio Furtado de Sousa – Coordena-dora geral do ISED: Ana Cristina Franco da Rocha Fernandes – Cabeçalho: Ar-naldo Bessa e Diêgo Garcia – Projeto gráfi co/editorial: Arnaldo Bessa e Daniela Couto – Jornalista responsável: Daniela Couto (MG 9.994 JP) – Diagramação: Daniela Couto e Marina de Morais – Revisão: Elvis Gomes – Contatos: (37) 3229-3592 ou [email protected] – Tiragem: 500 exemplares – Im-pressão: Gráfi ca Universal (Divinópolis – MG)

E N S I N O , P E S Q U I S A E E X T E N S Ã OE N S I N O , P E S Q U I S A E E X T E N S Ã O

. . . . . . . . . . . . . .

No dia 20 de junho, das 19h às 22h20, aconteceu, no auditório da FUNEDI/UEMG, o simpósio sobre o modelo assistencial do hospital Divino Espírito Santo – o hospital público regional –, que está sendo construído no bairro Realengo, próximo à região do Parque de Exposi-ções, em Divinópolis.

O debate envolveu o presi-dente da FUNEDI, professor Gilson Soares, o representan-te da Gerência Regional de Saúde, Maurício do Couto, a secretária municipal de saú-de, Rosenilce Cherie Mourão, o diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento Cen-

O mês de julho marcará momentos importantes na vida de alguns estudantes do ISEC, ISED e INESP, institu-tos mantidos pela FUNEDI/UEMG. É que nesse período acontecem as comemorações referentes à Noite de Home-nagens, evento simbólico de

De 15 a 17 de maio, acon-teceu o seminário Mapas mentais: o olhar dos jovens e adolescentes sobre a ci-dade Divinópolis, no audi-tório da Semusa, no centro da cidade, a partir das 19h. Nos dois primeiros dias, houve a apresentação da análise dos mapas mentais. Já no dia 17, as atividades se realizaram em dois mo-mentos: discussões de gru-pos temáticos, entre eles, “A questão ambiental” e “O acesso aos serviços públi-cos: saúde, educação, assis-tência social, cultura, trans-porte”; e, depois, plenária fi nal, com a elaboração da carta compromisso para com Divinópolis. O projeto Mapas mentais é uma ini-ciativa que surgiu por meio das reuniões do Conselho do Centenário, ao se discu-tir formas de ampliar os te-mas históricos e alcançar as escolas de educação básica. Voltada para alunos de es-colas públicas de Divinópo-lis, a ação conta, também, como o apoio do Ponto de Cultura e do ISED.

Noite de HomenagensMapas mentais

formatura, uma vez que, na ocasião, não há assinatura da ata de colação de grau. O curso de Pedagogia, ministrado pelo ISEC, instituto mantido pela FUNEDI/UEMG em Cláudio, realiza a Noite de Homena-gens no dia 13 de julho, a par-tir das 20h, no Espaço Festa.

Em Divinópolis, no dia 26 de julho, no Buff et Paulinelli, também a partir das 20h, rea-lizam a comemoração simbó-lica os cursos de Enfermagem, oferecido pelo INESP, e o cur-so de Pedagogia, oferecido pelo ISED.

Marina de Morais

Hospital público é tema de simpósio

tral de Divinópolis, Gustavo Cordeiro, e o médico, doutor em Saúde Pública e professor do Mestrado Profi ssional em Desenvolvimento Regional da FUNEDI/UEMG Gil Sevalho.

Durante o evento, houve também o pronunciamento do secretário municipal de gover-no interino, Rogério Eustáquio Farnese, representando o pre-feito Vladimir Azevedo, e o

secretário-adjunto de saúde, Gilmar Santos. Cada debatedor apre-sentou sua possível proposta do que seria um modelo a ser segui-do e houve, também, espaço para que alu-nos pudessem realizar perguntas. A secretária Cherie Mourão apro-veitou a oportunidade

para exibir a maquete eletrôni-ca do Hospital Público. Estive-ram presentes, principalmente, alunos e professores dos cursos de Ciências Biológicas, Enfer-magem, Fisioterapia, Psicolo-gia e Serviço Social. O evento foi promovido pelo INESP e pelo Mestrado Profi ssional em Desenvolvimento Regional.

Marina de Morais

Marina de Morais

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Marina de Morais

E N S I N O , P E S Q U I S A E E X T E N S Ã O

Notícias Acadêmicas – INESP/ISED– Ano 1 – Nº 3 – Maio e junho de 2012 – Divinópolis (MG)

E N S I N O , P E S Q U I S A E E X T E N S Ã O

3

Relatos de alegrias, difi culdades, desafi os e surpresas deram o tom do 1º Seminário de Estágio das Licencia-turas, que reuniu alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, História, Letras, Matemática, Pedagogia e Química do ISED, no dia 19 de junho, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), no centro de Divinópo-lis, a partir das 19h.

Organizado pelo Núcleo de Está-gio de Licenciaturas (NEL), o evento contou com a presença de, aproxima-damente, 300 alunos. “É um momen-to para divulgar experiências e fazer refl exões. É o estágio visto e discutido sob as perspectivas dos professores, orientadores de estágio e espaços de

Seminário de estágio das licenciaturas

estágio”, comentou a coordenadora do NEL, professora Elaine Kendall. Tam-bém compuseram a mesa de abertu-ra do evento a coordenadora geral do ISED, professora Ana Cristina Franco R.

Fernandes; a diretora da Escola Estadu-al Professor Chico Dias, Maria Cristina Ferreira e Silva, e a professora Estefânia Duarte, que representou os professores do ISED no evento. Os alunos repre-sentantes de cada um dos cursos parti-cipantes falaram sobre as experiências em sala de aula durante a realização do estágio curricular nas escolas de educa-ção básica, que inclui educação infantil, ensino fundamental e médio. Para a di-retora Maria Cristina, “o estágio é uma oportunidade que a escola tem de estar mais próxima dos estudantes. Há uma troca entre o professor que está na fun-ção e o aluno que está estagiando”.

Daniela Couto

Cursos do INESP e do ISED realizam semanas acadêmicas

Semana Acadêmica de Química: 20, 21 e 22 de junho, com o tema “Energia nuclear, tecnologia e cotidiano”.

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Daniela Couto

Semana Acadêmica de Química: 20,

Durante os meses de maio e junho, aconteceu no Câmpus da FUNEDI/UEMG e em outros espaços de Divi-

nópolis, as ações de várias semanas acadêmicas de cursos mantidos pela fundação. A programação dos eventos,

de forma geral, contou com palestras, minicursos, atividades culturais e mo-bilização social. (DC)

Semana Acadêmica de Matemática: 2, 3 e 4 de maio, com o tema “Conso-lidando a formação do licenciado em Matemática pelas ações acadêmicas”.

1ª Semana Integrada de Letras e His-tória: 8, 9, 10 e 11 de maio, com o tema “Literatura e História: diálogos inter-disciplinares”.

Semana Integrada da Enfermagem: 15, 16 e 17 de maio, com o tema “Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn): 85 anos de compromisso social, participação e luta”.

10ª Semana Acadêmica de Fisioterapia: 4 e 5 de junho, com o tema “As práticas clí-nicas e científi cas no avanço da profi ssão”.

Semana da Comunicação Social: de 18 a 22 de junho, com o tema “Comuni-cação e memória: Divinópolis é terna”.

Marcos Mattos Rocha

Marcos Mattos Rocha

Marcos Mattos Rocha

Marcos Mattos Rocha

Marcos Mattos Rocha Imagem reproduzida de: divinopoliseterna.blogspot.com.br/

C O N T E X T O S

4Notícias Acadêmicas – INESP/ISED – Ano 1 – Nº 3 – Maio e junho de 2012 – Divinópolis (MG)

C O N T E X T O S

FUNEDI/UEMG assume parceria com Prefeitura de Divinópolis

para gestão de Centro de Reabilitação

No último dia 12 de ju-nho, foi realizada a abertura do Centro de Reabilitação Re-gional (CRER), pela Prefeitu-ra de Divinópolis. Anterior-mente, o local era conhecido como Unidade de Reabilita-ção São João de Deus (Unir) e mantido pela Fundação Ge-raldo Corrêa. Após o fecha-mento da unidade, a prefei-tura decidiu assumir a gestão dos serviços que, agora, serão oferecidos através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante o evento, esti-veram presentes o prefeito Vladimir Azevedo, a secre-tária municipal de saúde, Rosenilce Cherie Mourão, a presidente do Conselho Mu-nicipal de Saúde, Fernanda Francische! o, e o presidente da FUNEDI/UEMG, profes-sor Gilson Soares. A gestão do CRER será realizada em parceria com a instituição de ensino a partir, inicialmente, do convênio junto aos cursos da área da saúde.

De acordo com o profes-sor Gilson Soares, o projeto de realização dos serviços era da FUNEDI/UEMG, ain-da na época da Unir. A insti-tuição auxiliou na gestão da unidade até 2006, quando foi cancelado o convênio com a FUNEDI/UEMG, a pedido dos próprios alunos. O pre-sidente explica que, durante este intervalo de tempo, já estava sendo discutida a pos-sibilidade de municipalizar o serviço junto à prefeitura, que, até então, não oferecia os serviços de fi sioterapia e reabilitação que, por sua vez,

Fabrício Terrezza

precisavam ser terceirizados.O professor Gilson diz

que, agora, após fi rmada a parceria com a prefeitura, é o momento de planejamento para que o convênio possa ser efetivado. “Os educadores da área da saúde já estão fazen-do os estudos da nossa forma de participação, para realizar a proposta de convênio, de como irá funcionar a parce-ria”, explica. Ele ainda conta sobre os princípios de atua-ção da instituição no CRER. “Há três eixos que estavam previstos anteriormente e serão retomados. O primeiro é a presença efetiva dos nos-sos estagiários, de Enferma-gem, Fisioterapia, Psicologia e Serviço Social. O segundo é a nossa supervisão lá dentro, fi scalizando o estágio. Outro é a pesquisa e extensão den-tro do CRER. Então, a ideia é que, além do atendimen-to, agreguemos ao trabalho, também, a pesquisa e a exten-são, simultaneamente, como é feito em grandes hospitais e clínicas”, comenta.

Fernanda Rocha, coorde-nadora do curso de Fisiote-rapia do INESP, afi rma que a participação da FUNEDI/UEMG nos serviços do CRER será bastante positiva. “O CRER tem como um dos seus

objetivos proliferar campos para estágios, pesquisas e projetos de extensão. Dessa forma, lá se torna um campo de ação muito fértil para os alunos, uma vez que a FUNEDI é uma instituição de ensino que está sempre voltada para as ações de saúde coletiva do município”, explica.

Fernanda destaca que a inserção da universidade nos serviços oferecidos pelo centro trará benefícios para todos. “O CRER vai ser extre-mamente benéfi co aos usuá-rios, pois é uma proposta em que há uma ideia da longitu-dinalidade e da integralidade da assistência. A ação do aca-dêmico é sempre bem vista pelo serviço, como uma for-ma de trazer inovações e pro-postas. Esse é o papel da aca-demia: investigar e interferir na assistência, de uma forma que atenda todos os princí-pios do SUS e dê uma assis-tência integral”, informa.

A coordenadora ainda explica que o próprio CRER possui uma portaria que de-limita que o atendimento ao usuário seja multidisciplinar, ou seja, o usuário deve passar pela avaliação de vários pro-fi ssionais, entre fi sioterapeu-tas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólo-

gos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros. Ela afi r-ma que o centro deve ser en-carado não como um ponto individual da assistência, mas como parte de uma vasta rede de atendimentos. “Por ser um serviço municipal, o centro tem que estar articu-lado com a atenção primária, com as unidades de saúde, com os postos de saúde fa-miliares (PSF), com as uni-dades hospitalares, pois ele faz parte dessa rede. Assim, o usuário recebe a assistên-cia no momento crítico da sua reabilitação, mas ele tem que continuar sendo assisti-do quando recebe a alta, em sua unidade de saúde”, res-salta. Ela ainda diz que este é o principal desafi o do serviço de reabilitação: fazer com que o paciente retorne a sua uni-dade de saúde para continuar seu tratamento, que deve atu-ar não apenas na cura, mas também na prevenção de fu-turos problemas.

De acordo com Fernanda, para receber o atendimento no Centro de Reabilitação, o usuário deve ser encaminha-do pela sua unidade de saú-de, assim como era feito an-teriormente, na Unir. O CRER já está em funcionamento, porém, as atividades acadê-micas no local serão iniciadas apenas em agosto, após as fé-rias escolares. No momento, o centro se encontra em fase de reavaliação dos pacientes que estavam em tratamento até dia 22 de junho.

Marina de Morais