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Os Comboios em
Portugal
Como se caracterizam os comboios para o transporte ferroviário de
mercadorias em Portugal?
Como evoluíram esses veículos ao longo do tempo?
Andreia Freitas Rebelo, António Cabral Viana da Fonseca, Carlos Daniel Sousa
Ferreira, João Pedro Silvestre Borges, José Pedro Araújo, Sara Pinto Teixeira
Equipa CIV 210
Mestrado Integrado em Engenharia Civil
Orientadora: Prof. Cecília Vale
Monitora: Vânia Andreia
FEUP. Outubro de 2010
Projecto FEUP 2010/2011
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Resumo
Este relatório tem como objectivo conhecer os aspectos gerais sobre o
transporte ferroviário de mercadorias em Portugal, a sua evolução histórica ao longo
do tempo e as principais diferenças entre comboios de mercadorias que circulam no
nosso País. Com isto procurámos conhecer a rede ferroviária nacional da qual
distinguimos as linhas do Oeste, a linha do Norte e a linha do Leste. Estas linhas ligam
os principais pontos económicos e estratégicos para exportação e importação. A
gestão destas infra-estruturas está a cargo da REFER (Rede Ferroviária Nacional). A
empresa pública responsável pelo transporte ferroviário de passageiros e mercadorias
é a CP (Comboios de Portugal). Neste âmbito, surge ainda o Instituto Nacional do
Transporte Ferroviário, como entidade reguladora do sector.
Estudámos também as vantagens e as desvantagens no transporte ferroviário
de mercadorias. Destas destacamos a boa relação entre a capacidade e o seu custo
operacional. Como desvantagem consideramos a sua limitação no que diz respeito as
rotas e horários deste pois circula essencialmente à noite.
Palavras-chave: Comboios de mercadorias, RFN, REFER
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Agradecimentos:
A elaboração deste trabalho não seria possível sem a colaboração de diversas
individualidades e entidades nomeadamente:
- à monitora Vânia Teixeira
- aos professores Cecília Vale e Francisco Piqueiro
- à FEUP (Faculdade de Engenharia Universidade do Porto)
- ao CICA (Centro de Informática Correia de Araújo)
- à Biblioteca da FEUP
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ÍNDICE:
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 5
2 – DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................................... 6
2.1 – HISTÓRIA DA REDE FERROVIÁRIA .................................................................................................... 6 2.2 – O TRANSPORTE FERROVIÁRIO NA ACTUALIDADE ............................................................................. 8 2.3 – O TRANSPORTE FERROVIÁRIO EM PORTUGAL .................................................................................. 9 2.4 – OPERADORES .................................................................................................................................. 10
3 – A REDE FERROVIÁRIA EM PORTUGAL ................................................................................... 14
3.1 – LINHAS FERROVIÁRIAS ................................................................................................................... 14 3.2- ESTAÇÕES ........................................................................................................................................ 17
4 – REGULAMENTOS REDE FERROVIÁRIA NACIONAL ............................................................ 22
5 – DISTINÇÃO ENTRE COMBOIOS DE MERCADORIAS E COMBOIOS DE PASSAGEIROS
.................................................................................................................................................................... 26
5.1 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DA SÉRIE 1400 .................................................................................. 30
6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO ............................... 32
7 – CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 35
8 – BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 36
ANEXOS ................................................................................................................................................... 40
ANEXO A .............................................................................................................................................. 41 ANEXO B .............................................................................................................................................. 47
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1 – Introdução
O transporte ferroviário é uma parte fundamental da cadeia logística do
transporte de mercadorias, facilitando as trocas comerciais e o crescimento económico
das empresas. É um meio de transporte com uma elevada capacidade de carga e
energeticamente eficiente, embora careça de flexibilidade e exija uma contínua
aplicação de capital. Este tem sofrido significativas evoluções técnicas, tornando-se
cada vez mais rápido, seguro, cómodo e económico. Com a evolução, houve a criação
de vagões que dão resposta à necessidade de deslocação de certas mercadorias, tais
como os vagões de transporte alimentar, entre outros. Este tipo de transporte está
direccionado para o transporte de cargas de baixo valor total, em grandes quantidades
e entre grandes distâncias, tais como: minérios, produtos siderúrgicos, agrícolas e
fertilizantes...
No séc XVIII em Inglaterra com o desenvolvimento do motor a vapor, foi
possível iniciar uma expansão dos principais caminhos-de-ferro, que foram um
componente muito importante durante a revolução industrial. Em Portugal a revolução
industrial só começou no séc XIX. Com o avanço da tecnologia, foram lançados
comboios eléctricos e os comboios a vapor foram substituídos por motores a diesel.
Na década de 1960, surgiu o comboio de alta velocidade, tornando este tipo de
transporte cada vez mais rápido e acessível.
Em Portugal existem 2791 km de linhas ferroviárias que se encontram
actualmente em serviço para transporte ferroviário de passageiros e mercadorias. A
rede ferroviária nacional é gerida por uma empresa pública nomeadamente a REFER .
A CP assegura o transporte de passageiros e de mercadorias.
Com este trabalho esperamos dar a conhecer os aspectos principais do
transporte de mercadoria em Portugal.
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2 – Desenvolvimento
2.1 – História da Rede Ferroviária
O aparecimento do transporte ferroviário esteve estritamente relacionado com
a Revolução Industrial, ao longo dos séculos XVIII e XIX. Foi considerado um dos
maiores inventos daquela época, juntamente com a máquina de tear movida a vapor.
Este meio de transporte começou na Europa, mais precisamente na Inglaterra,
no século XIX. As locomotivas eram movidas a vapor, gerado a partir da queima de
carvão mineral. Após o surgimento deste inovador transporte, rapidamente a sua
tecnologia se alastrou para outros pontos do mundo.
Nascido nas minas de carvão, o caminho de ferro ganhou outras utilidades
muito rapidamente, desenvolvendo-se e espalhando-se para fora das minas. Passou
de um transporte lento e limitado de minérios, para o transporte de passageiros e outro
tipo de mercadorias, sendo já capaz de atingir, em 1835, os 100 km/h. Com este
aparecimento houve criação de novas indústrias e categorias profissionais, algo de
grande importância para o desenvolvimento socioeconómico da sociedade.
Durante o período das duas grandes guerras, o caminho de ferro foi o
dinamizador de movimentos de homens e máquinas em cenário de guerra, gerador de
conflitos de interesses e defesa, levando alguns estados a tomar medidas para que as
suas fronteiras não fossem tomadas de assalto. Para além da movimentação de
homens, mantimentos e armas durante a guerra, serviu também para o transporte de
milhares de judeus para os campos de concentração.
O desenvolvimento tecnológico e a forte concorrência com outros meios de
transporte, fizeram com que as locomotivas a vapor, que tinham uma manutenção
muito dispendiosa, fossem substituídas pelas diesel e eléctricas, ainda no século XIX.
O caminho-de-ferro reapareceu mais tarde na Europa, após a Idade Média. O registo
mais antigo conhecido de uma linha de caminho-de-ferro é uma janela de vidro
colorido na catedral de Freiburg, datados de cerca de 1350. Mais tarde, em 1515, o
cardeal Matthäus Lang escreveu uma descrição de um funicular, o Reiszug, que
permitia o acesso ao castelo de Hohensalzburg na Áustria. Eram utilizados carris de
madeira, cordas de cânhamo e força animal ou humana. Esta estrutura ainda existe
actualmente, apesar das inevitáveis melhorias, sendo, provavelmente, o mais antigo
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caminho-de-ferro a operar. Na segunda metade do século XX surgiu uma nova
revolução nos caminhos de ferro, com o aparecimento da alta velocidade com os
franceses e da alta velocidade em sistema de via electromagnética com os japoneses.
Para se ter uma noção das proporções das linhas férreas no mundo, pode
dizer-se que em 1850 existiam 32 000 km e em 1947, cerca de um século depois, 1
260 000 km. Depreende-se destes valores que os caminhos de ferro vieram ter nos
tempos modernos a importância que as vias romanas tiveram na antiguidade.
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2.2 – O Transporte Ferroviário na actualidade
Apesar de o mundo estar a atravessar uma revolução técnica, científica e
informacional, o transporte ferroviário continua a ser de grande valia no sistema de
transportes. Para além de ser capaz de transportar uma quantidade muito grande de
carga de uma só vez, o custo por tonelada transportada é muito baixo. Ainda assim, o
custo para construção de conservação das vias-férreas é bastante elevado.
A utilização deste meio de transporte varia entre os países do mundo. Nos
Estados Unidos e na Rússia, por exemplo, a maioria dos fluxos de carga ocorre por
meio ferroviário. Na parte ocidental da Europa, os caminhos-de-ferro têm o seu uso
bastante difundido, tanto para o transporte de cargas como de passageiros.
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2.3 – O Transporte Ferroviário em Portugal
Após 1825, data da construção da primeira linha-férrea em Inglaterra,
defendeu-se a sua introdução em Portugal pelos altos elementos políticos e
intelectuais. Estes defendiam que, para que o País se desenvolvesse era preciso
construir novas vias de comunicação. Mas com a crise económica e politica em que se
vivia, não houve possibilidade para que houvesse alguma evolução no sentido de
modernizar o País.
Os projectos foram sendo apresentados e, após a criação da Companhia das
Obras Públicas em Portugal, em 1844, é proposta a construção do caminho-de-ferro
entre Lisboa e a fronteira espanhola, proporcionando a possibilidade de ligação com o
resto da Europa. Mas só em 1856 é inaugurado o primeiro troço daquilo que viria a ser
a linha ferroviária, entre Lisboa e o Carregado.
Apenas na década de noventa o caminho-de-ferro volta a receber alguma
atenção por parte do estado. São feitos grandes investimentos para a realização de
obras de grande envergadura. São adquiridas novas locomotivas eléctricas e
electrificados alguns troços da rede ferroviária. Entram no país comboios com
tecnologia pendular,como na linha da Beira Alta que recebe novas locomotivas
eléctricas. É construída a ponte 25 de Abril que faz a ligação entre Lisboa e a margem
sul do Tejo. Em Lisboa, é construída a Estação do Oriente e com ela uma verdadeira
plataforma intermodal de transportes, incluindo ligação ao metro e aos autocarros.
Em 29 de Abril de 1997 foi criado a partir do Decreto-Lei n.º 104/97, como
Empresa Pública (E.P.) a Rede Ferroviária Nacional encontrando-se sob a tutela do
Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Secretaria de Estado
dos Transportes) e do Ministério das Finanças (Secretaria de Estado do Tesouro e das
Finanças). Pelo Decreto-Lei n.º 141/2008 os seus estatutos são adaptados aos de
E.P.E.
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Presidentes da Rede Ferroviária Nacional:
* Outubro de 2005 - Luís Filipe Pardal
* Outubro de 2002 - Outubro de 2005 - José Braamcamp Sobral
* Setembro de 2000 - Outubro de 2002 - Francisco Cardoso dos Reis
* Abril de 1997 - Agosto de 2000 - Manuel Frasquilho
* Outubro 2003 - José Braamcamp Sobral
2.4 – Operadores
Os actuais operadores de transporte de mercadorias em Portugal são
CP ( Comboios de Portugal )
Fertagus
Comsa
Takargo
CP - Comboios de Portugal E.P.E.
A CP - Comboios de Portugal E.P.E. é, desde de Junho de 2009 (Decreto-Lei n.º 137-
A/2009, de 12 de Junho) uma entidade publica empresarial, detida a 100% pelo
Estado Português. A CP - Comboios de Portugal, E.P.E., sendo responsável pela
prestação de serviços de transporte ferroviário nacional e internacional de
passageiros.
Empresas participadas:
A CP tem assumido uma política de participação em empresas de diversos sectores de
actividade, procurando criar sinergias positivas à sua actividade.
Outras participações:
STIFA – Transporte Internacional Ferroviário de Automóveis, S.A.
Metro do Porto, S.A.
Metropolitano Ligeiro de Mirandela, S.A.
Metro - Mondego, S.A.
TIP – Transportes Intermodais do Porto, A.C.E.
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OTLIS – Operadores de Transportes da Região de Lisboa, A.C.E.
APOR – Agência para a Modernização do Porto, S.A.
Participações internacionais:
ICF – Intercontainer – Interfrigo, S.A.
EUROFIMA – Société Européenne pour le Financement de Matériel Ferroviaire
BCC – Bureau Central de Clearing
CP CARGA S.A.
A CP Carga – Logística
e Transportes
Ferroviários de
Mercadorias S.A.,
constituída em 13 de
Julho de 2009 e tendo
como accionista único a
CP Comboios de
Portugal E.P.E,
desenvolve a sua
actividade no transporte
de mercadorias por via
ferroviária, quer em
Portugal, quer no
estrangeiro.
A CP Carga S.A. é líder
no mercado nacional,
assegurando as mais
competitivas soluções
de integração do
transporte ferroviário
nas mais variadas
cadeias logísticas da
Península Ibérica.
EMEF – Empresa de
Manutenção de Equipamento
Ferroviário, S.A.
A EMEF foi fundada em 1993 e
é uma empresa da área
metalomecânica, e está inserida
no CAE (código de actividade
económica) de fabricação e
reparação de material circulante
para caminho de ferro. As suas
actividades incidem sobre uma
variedade de veículos,
abrangendo toda a frota da CP
(locomotivas, automotoras,
carruagens, vagões) e ainda
veículos pertencentes a outros
clientes (vagões, máquinas
pesadas e ligeiras de
manutenção de via). A EMEF
desenvolve as suas actividades
em três campos distintos:
reparação, manutenção e
reabilitação.
FERNAVE – Formação
Técnica, Psicologia
Aplicada e Consultadoria
em Transportes e
Portos, S.A.
A FERNAVE, constituída
em 1992, desenvolve
actividades no âmbito da
prestação de serviços de
consultadoria em recursos
humanos, sistema de
transportes, gestão e
qualidade. É participada
pela CP, pelo Metro de
Lisboa e pela REFER
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Fertagus
A Fertagus é uma empresa portuguesa do Grupo Barraqueiro. Opera um
serviço ferroviário suburbano de passageiros concessionado pelo Estado Português,
entre a estação de Roma -Areeiro em Lisboa e a estação de Setúbal numa extensão
de 54 km. Este serviço utiliza partes da Linha de Cintura e da Linha do Sul, e
atravessa a Ponte 25 de Abril, utilizando 18 UQEs de duplo piso da série 3500,
numeradas de 3501 a 3518. A empresa opera ainda uma frota de autocarros de
passageira em carreiras ligando algumas da suas estações na margem sul
do Tejo com localidades mais afastadas.
Comsa (Portugal)
Fergrupo (FERGRUPO, Construções e Técnicas Ferroviárias, SA) foi fundada
em 1989 como uma junção entre os accionistas da COMSA, a empresa italiana
Valditerra Spa e a empresa portuguesa R. Delerue. Esta empresa realiza todos os
aspectos da infra-estrutura ferroviária e construção de projectos de manutenção.
COMSA Ferroviário foi criada em 2002 e foi a primeira empresa privada em Espanha a
adquirir uma licença para o sistema ferroviário.
Takargo
A Takargo é uma empresa portuguesa de transporte ferroviário de mercadorias
do grupo Mota-Engil, que tem ligções ferroviárias não só em Portugal mas também em
Espanha.
A empresa conta com cerca de 80 trabalhadores (23 dos quais maquinistas) e
possui uma frota de aproximadamente 14 locomotivas Vossloh e duas “1400”
adquiridas à CP.
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RENFE
RENFE (Red Nacional de Ferrocarriles Españoles), começou por ser uma
empresa ferroviária espanhola estatal, que resultou da junção de todas as empresas
ferroviárias espanholas, existindo entre 1941 e 2004. No dia 1 de Janeiro de 2005, o
monopólio da Renfe acabava, dividindo-se a RENFE no ADIF (Administrador de
Infraestructuras Ferroviarias), e na Renfe Operadora. Juntamente com a CP esta
empresa ferroviária oferece um serviço de transporte de passageiros entre Portugal e
Espanha
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3 – A Rede Ferroviária em Portugal
3.1 – Linhas Ferroviárias
* 01. Linha do Minho - ligação ferroviária, que une as cidades do Porto e Valença.
O troço entre Monção e Valença encontra-se encerrado desde 1990.
* 02. Ramal de Braga - O ramal tem cerca de 15 km e desenvolveu-se
paralelamente à margem direita do Rio Este. Este ramal permite a ligação entre as
cidades de Braga e Porto (em conjunto com a Linha do Minho) e apresenta como
serviços de passageiros o serviço urbano e o serviço Alfa Pendular. O serviço urbano
é prestado pelos suburbanos do Porto, que fazem a ligação Braga e Porto com
durações variáveis entre 0h45 a 1h10, em automotoras eléctricas da série 3400. Um
outro serviço é o Alfa Pendular, prestado pela CP Longo Curso, que possibilita a
ligação directa entre Braga e Lisboa, através de automotoras da Série 4000. A
velocidade máxima permitida no ramal é de 130 km/h.
* 03. Linha do Douro – linha de bitola ibérica (1,67 m), que liga Ermesinde a
Barca d‟Alva, numa extensão de cerca 200 quilómetros. A linha, em grande parte do
seu percurso acompanha as margens do rio Douro, contendo, a maior extensão de
via-férrea ladeada de água de Portugal, superando mesmo o grande troço ribeirinho
da Linha da Beira Baixa (ao longo do rio Tejo). A linha encontra-se encerrada no troço
compreendido entre Pocinho e Barca d‟Alva.
* 04. Linha do Norte - troço de caminho-de-ferro que liga as cidades de Lisboa e
Porto, em Portugal. A Linha do Norte é a espinha dorsal do sistema ferroviário
português. Esta importante via-férrea, com 336,050 quilómetros de extensão, é a mais
modernizada do País em infra-estruturas e material circulante, e a sua construção
contribuiu enormemente para o desenvolvimento das povoações por ela abrangidas.
* 05. Linha de Guimarães - A Linha de Guimarães é uma linha férrea de serviço
maioritariamente urbano, que liga Guimarães ao Porto.
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* 06. Linha do Vouga - troço ferroviário, que liga a Linha do Norte, em Espinho, ao
Ramal de Aveiro, em Sernada do Vouga. Actualmente, apenas subsiste a ligação de
Espinho a Sernada do Vouga, continuando os serviços pelo Ramal de Aveiro até à
localidade com o mesmo Aveiro.
* 07. Ramal da Lousã (linha suspensa - em conversão para o Metro de Mondego,
estando a ser alvo de obras de beneficiação em parte da linha)
* 08. Ramal de Alfarelos - O Ramal de Alfarelos é uma ferrovia de via larga em
Portugal. Liga as estações de Alfarelos, na Linha do Norte, e Bifurcação de Lares, na
Linha do Oeste, numa extensão de 16,5 km.
* 09. Linha do Oeste - troço ferroviário que liga a estação de Agualva-Cacém, na
Linha de Sintra, à estação de Figueira da Foz, em Portugal. Apresenta uma distância
total de 197,9 km. Actualmente encontra-se em funcionamento, tanto para tráfego de
passageiros, quanto de mercadorias. Esta linha tem uma elevada importância para a
CP Carga, devido ao facto de concentrar 13% do tráfego de mercadorias e 10% das
receitas totais desta entidade. Estações como as do Ramalhal, Outeiro, Pataias e
Martingança tornaram-se em entrepostos, de onde partem e chegam composições que
transportam mercadorias tão diversas como cereais, rações, farinhas, produtos de
cerâmica, cimentos, pasta de papel e madeiras.
* 10. Ramal de Tomar - ferrovia de bitola ibérica com 15,1 km que liga as estações
da Lamarosa, na Linha do Norte, à de Tomar, no centro de Portugal.
* 11. Linha da Beira Baixa - linha suspensa entre Covilhã e a Guarda, estando a ser
alvo de obras de beneficiação. Esta linha, de via em bitola ibérica, liga as estações de
Entroncamento (Linha do Norte) e Guarda (Linha da Beira Alta), numa extensão total
de 240,2 km. Esta linha tem tráfego de passageiros e mercadorias, e serve localidades
como Abrantes, Castelo Branco, Alcains, Fundão, e Covilhã, entre outras.
* 12. Ramal de Cáceres - liga a estação de Torre das Vargens (Linha do Leste) à
estação de Marvão - Beirã, numa distância total de 81,5 km. Na estação de Marvão -
Beirã, a linha prossegue para Espanha (Valença de Alcântara) Esta linha tem tráfego
de passageiros e mercadorias.
* 13. Linha do Leste - liga a estação de Abrantes (Linha da Beira Baixa) à estação
de Elvas, numa distância total de 146,2 km. Na estação de Elvas, a linha prossegue
para Espanha (Badajoz). A linha encontra-se em funcionamento e tem tráfego de
passageiros e mercadorias.
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* 14. Linha de Sintra - Circulam nesta linha principalmente composições dos
serviços suburbanos da CP Urbanos de Lisboa, assim como Regionais Lisboa-
Figueira e comboios de mercadorias no segmento Cacém-Campolide.
* 15. Linha da Cintura de Lisboa - Tem cerca de onze quilómetros e liga com as
principais estações de Lisboa que têm ligações com o resto do país
* 16. Linha de Vendas Novas - troço ferroviário que liga as estações de Setil (Linha
do Norte) e Vendas Novas (Linha do Alentejo), em Portugal. Com uma extensão total
de 69,6 km, a Linha encontra-se em funcionamento, contendo tráfego de passageiros
(somente entre Setil e Coruche) e mercadorias. Ao quilómetro 36,6, o Ramal da Quinta
Grande dá acesso a uma unidade industrial da Sociedade de Desenvolvimento Agro-
Industrial, S.A..
* 17. Linha do Sul – linha que liga a estação de Campolide A, em Lisboa, à estação
de Tunes, no Algarve, numa distância total de 273,6 km. É a segunda linha ferroviária
mais importante de Portugal, a seguir à Linha do Norte servindo cidades como
Setúbal, Alcácer do Sal ou Grândola.
* 18. Linha do Algarve - percorre toda a costa Sul do Algarve, excepto parte da costa
no concelho de Lagos e a totalidade da costa Sul do concelho de Vila do Bispo, no
Barlavento Algarvio. As principais estações são Vila Real de Santo António, Faro,
Tavira, Olhão, Albufeira, Tunes, Portimão e Lagos.
* 19. Linha da Matinha - é um curto ramal ferroviário situado em Lisboa. Liga a
estação de Santa Apolónia às instalações do Porto de Lisboa na Matinha, num total de
2,8 quilómetros. É usada exclusivamente para o transporte de mercadorias.
* 20. Ramal de Neves Corvo - uma ferrovia de via única em bitola ibérica que liga a
Estação de Ourique (Linha do Alentejo) à Mina de Neves-Corvo, no sul de Portugal.
Este ramal, construído em finais da década de 1980 com uma extensão total de 30,8
km, é usado apenas por comboios de mercadorias.
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As Linhas Desactivadas:
Ramal de Montemor,
Ramal do Montijo,
Ramal de Mora,
Ramal de Moura,
Ramal de Portalegre,
Ramal de Reguengos,
Linha do Sabor,
Linha da Póvoa (Convertida em parte do Metro do Porto),
Linha do Dão,
Ramal do Seixal.
3.2- Estações
Algumas Estações de Comboios em Portugal:
- Estação do Rossio – Lisboa (fig. 1 e 2)
A Estação Ferroviária do Rossio é uma estação da linha de Sintra da rede de
comboios suburbanos de Lisboa. Fica situada entre o Rossio e a Praça dos
Restauradores, em Lisboa, Portugal.
Foi autor do projecto o arquitecto José Luís Monteiro, por encomenda da Companhia
Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. A obra teve início, em 1886, tendo sido
adjudicada a uma empresa belga, e incluiu, além da construção da estação, a
escavação do túnel ferroviário, a ligação rodoviária à Calçada do Carmo e a
construção do Hotel Palace.
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Foi inaugurada em 23 de Novembro de 1890, com o nome de Estação da Avenida.
- Estação de Santa Apolónia – Lisboa (fig. 3 e 4)
Santa Apolónia é uma estação do Metro de Lisboa. Situa-se no concelho de Lisboa,
servindo de terminal da Linha Azul. Foi inaugurada a 19 de Dezembro de 2007 em
conjunto com a estação Terreiro do Paço, no âmbito da expansão desta linha à
estação ferroviária de Santa Apolónia da CP.
Esta estação está localizada na Av. Infante D. Henrique, junto à estação ferroviária de
Santa Apolónia da CP, com a qual faz interface. O projecto arquitectónico é da autoria
do arquitecto Leopoldo de Almeida Rosa e as intervenções plásticas do artista plástico
José Santa-Bárbara. À semelhança das mais recentes estações do Metro de Lisboa,
está equipada para poder servir passageiros com deficiências motoras; vários
elevadores facilitam o acesso ao cais.
- Estação de Oriente – Lisboa (fig. 5)
A Estação do Oriente, também conhecida como Gare Intermodal de Lisboa (GIL) é
uma das estações ferroviárias e rodoviárias mais importantes em Lisboa, Portugal.
Projectada pelo arquitecto espanhol Santiago Calatrava ficou concluída em 1998 para
servir a Expo'98 e actualmente o Parque das Nações. O complexo inclui uma estação
do Metropolitano de Lisboa nos dois primeiros níveis e um espaço comercial e uma
estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes.
Os dois últimos níveis são ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com
comboios suburbanos, e por serviços de médio e longo curso. Sendo reconhecida em
qualquer lado, a imagem de marca da Estação do Oriente é sem dúvida a cobertura de
vidro da estação no último nível
- Estação de São Bento – Porto (fig. 6 e 7)
A Estação de São Bento é uma estação ferroviária localizada na Praça de Almeida
Garrett, na cidade do Porto, Portugal.
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Apesar do primeiro comboio ter chegado àquele local no dia 7 de Novembro de 1896,
a Estação de São Bento só foi inaugurada em 1916. O edifício - um dos mais notáveis
empreendimentos artísticos que marcou o início do século XX - é do arquitecto
Marques da Silva e o seu átrio está revestido com vinte mil azulejos historiados do
pintor Jorge Colaço.
Sede da CP Urbanos do Porto, unidade de negócios da empresa Caminhos de Ferro
Portugueses, responsável pela prestação do serviço urbano de transporte de
passageiros na região. Actualmente faz interface com a estação de São Bento da linha
D do Metro do Porto.
- Coimbra A (fig. 9)
A estação de comboios Coimbra A foi oficialmente inaugurada em 1931, no dia 15 de
Março, no local onde desciam os passageiros que, vindos do sul e do Norte um
pequeno ramal que, desde 1885, os colocava no centro da cidade. Antes disso, a
ligação à cidade fazia-se através dos carros americanos do Rail Road Conimbricense.
Actualmente fala-se no encerramento da Estação Nova e na sua conversão num
espaço cultural. Veremos no que dá e se vai ser possível devolver a margem direita do
Mondego à cidade acabando com essa barreira que é a linha de comboio
- Coimbra B (fig. 10)
A Estação de Coimbra-B, também conhecida por Estação Velha, é a mais antiga da
cidade de Coimbra, sendo servida pela CP no âmbito regional (com ligação à Figueira
da Foz), nacional (Alfa Pendular, Intercidades) e internacional (Sud-Express Lisboa-
Paris) como temporariamente (Lusitânia Comboio Hotel Lisboa - Madrid). Em 1885 foi
inaugurado o ramal de Coimbra, ligando Coimbra-B à Estação Nova, no centro da
cidade. Está em estudo a sua modernização e transformação em estação multimodal.
- Aveiro (fig. 11)
A estação, localizada na Freguesia de Vera Cruz, no Concelho de Aveiro, apresenta
uma fachada totalmente decorada de azulejos policromos, em tons azuis e amarelos,
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que representam várias cenas ferroviárias, naturais, e de cultura e actividades
tradicionais.
O edifício é composto por três secções; uma parte central, de três pisos, que inclui três
portas amplas ao nível do solo, e dois laterais simétricos, com dois pisos, contendo
uma porta e dois postigos de secção rectangular. Esta estação assume-se como um
nom exemplo, a nível regional, do estilo denominado de Casa Portuguesa
- Viana do Castelo (fig. 12)
Edifício construído entre 1878 e 1882, aproveitando alguns materiais do antigo
Convento dos Frades Crúzios. É composto por um corpo central e dois laterais,
projecto do engenheiro Alfredo Soares.
- Sintra (fig. 18)
A Estação Ferroviária de Sintra é a estação terminal da linha de Sintra da rede de
comboios suburbanos de Lisboa.
- Vila Franca de Xira (fig. 19)
A Estação Ferroviária de Vila Franca de Xira é uma estação da linha da Azambuja da
rede de comboios suburbanos de Lisboa.
- Vilar Formoso (fig. 20 e 21)
Esta estação fronteiriça apresenta uma das colecções mais importantes
de painéis de azulejos; contam-se 50, provenientes da fábrica Viúva Lamego e
provavelmente elaborados pelo artista J. Alves de Sá, de quem se reconhece o pincel
vigoroso, o estilo realista e as cores bem marcadas. Os painéis, realçados por
cercaduras amarelos - vivo e azul, decoram as quatro paredes exteriores do edifício
central assim como o exterior das instalações sanitárias. Os temas abordados são
extremamente variados: aí encontramos representados os grandes monumentos de
Portugal, do Porto e de Lisboa, bem como paisagens típicas, desde a serra da Estrela
com um pastor, até florestas dos Açores, o que faz destes painéis uma documentação
turística completa para o visitante que chega ao País.
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- Vila Real de Santo António
A Estação Ferroviária de Vila Real de Santo António é uma estação da linha do
Algarve, situada na periferia da cidade de Vila Real de Santo António.
Funciona actualmente como términus da linha, por desactivação do apeadeiro Vila
Real de Santo António-Guadiana, dava ligação directa ao centro da cidade e aos
barcos para Aiamonte.
- Portalegre
Ramal ferroviário português que fazia a ligação da Linha de Évora (estação de
Estremoz) à Linha do Leste (estação de Portalegre), atravessando os concelhos de
Estremoz, Sousel, Fronteira e Portalegre. O ramal encontra-se actualmente encerrado.
- Estacão de rio Tinto
A Estação Ferroviária de Rio Tinto situa-se no Largo da Estação dos Caminhos de
Ferro. Esta foi inaugurada em Maio de 1875 com a linha do Minho, e em Julho, com a
linha do Douro até Penafiel.
- Estação de Contumil
Contumil é uma estação do Metro do Porto situada na Estação Ferroviária de
Contumil, na cidade do Porto.
- Estação da Trofa
A Estação Ferroviária de Trofa, igualmente conhecida como Estação de Trofa, é uma
interface ferroviária da Linha do Minho, que serve a Trofa.
No Anexo A encontram-se imagens de algumas destas estações.
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4 – Regulamentos Rede Ferroviária Nacional
Referências retiradas do site do IMTT
„„ É da competência do IMTT a autorização para entrada em funcionamento dos diferentes subsistemas ferroviários, que sejam implantados ou explorados na Rede Ferroviária Nacional, encontrando-se definidos nos seguintes diplomas:
Decreto-Lei n.º 93/2000, de 23 de Maio (alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 178/2007, de 8 de Maio), relativo à interoperabilidade do sistema ferroviário transeuropeu de alta velocidade no território nacional;
Decreto-Lei n.º 75/2003, de 16 de Abril (alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 177/2007, de 8 de Maio), relativo à interoperabilidade do sistema ferroviário transeuropeu convencional no território nacional. Da capacidade interna do sistema ferroviáro Português tem para desenvolver operações ao longo da rede ferroviária transeuropeia.
A entrada em funcionamento é autorizada pelo IMTT desde que esses subsistemas tenham sido concebidos, construídos e instalados de modo a observarem os requisitos que se lhes apliquem. Cabe igualmente ao IMTT verificar, com a entrada em serviço, e depois regularmente, que os subsistemas são explorados e mantidos em conformidade com os requisitos que lhes são aplicáveis.‟‟
A Rede Ferroviária Nacional pode ser utilizada no âmbito dos seguintes direitos:
- Direito de acesso
„„ Uma empresa de transporte ferroviário tem o direito de aceder e prestar serviço
numa dada infra-estrutura.‟‟
- Direito de trânsito
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„„ Uma empresa de transporte ferroviário tem direito de acesso a uma dada infra-
estrutura para prestar serviços de transporte internacional que impliquem o
atravessamento do território português.‟‟
- Empresas Portuguesas
„„De acordo com o artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 270/2003, de 28 de Outubro (alterado
e republicado pelo Decreto-Lei n.º 231/2007 de 14 de Junho), as empresas nacionais
de transporte ferroviário têm direito de acesso à infra-estrutura ferroviária nacional
para exploração de transporte de passageiros no território português e para prestação
do serviço de transporte ferroviário de mercadorias em Portugal. ‟‟
- Empresas estabelecidas em Países da União Europeia
„„Às empresas de transporte ferroviário, estabelecidas em qualquer Estado-membro,
são concedidos, direitos de acesso e trânsito na infra-estrutura ferroviária nacional
para prestação de serviços de transporte ferroviário internacional de mercadorias.
Estas empresas têm também direito de acesso à infra-estrutura ferroviária nacional,
para prestação de serviços de transporte combinado internacional de mercadorias. ‟‟
- Agrupamentos Internacionais
„„Aos agrupamentos internacionais é concedido o direito de trânsito na infra-estrutura
ferroviária nacional, para a prestação de serviços de transporte ferroviário
internacional entre Estados-Membros da União Europeia em que se encontrem
estabelecidas as empresas que os constituam. Têm direitos de acesso e trânsito na
infra-estrutura ferroviária nacional os agrupamentos internacionais cuja composição
integre uma empresa estabelecida em Portugal para prestação de serviços de
transporte ferroviário internacional.
Para poder utilizar a Rede Ferroviária Nacional, as empresas devem ser
titulares de Licença adequada à prestação de serviços de transporte ferroviário e de
Certificado de Segurança que faça prova dos requisitos a satisfazer para garantir a
Segurança do serviço nos itinerários que pretendam utilizar.
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O Certificado de Segurança consta do Regulamento (CE) n.º 653/2007, de 13
de Junho, que adopta um modelo comum de certificado de segurança e respectivo
requerimento. Requisitos:
Para obter o Certificado de Segurança as empresas candidatas devem fazer
prova de satisfação de vários requisitos, nomeadamente:
•Dispor de um Sistema de Gestão da Segurança adequado aos serviços /
itinerários, que inclua procedimentos para situações de emergência compatíveis com
os do gestor da infra-estrutura e procedimentos que assegurem o cumprimento das
regras nacionais aplicáveis aos serviços / itinerários, ao pessoal e ao material
circulante.
• Dispor de adequada gestão das operações, contemplando nomeadamente:
- A vigilância do material circulante em trânsito;
- A formação de composições, os seus ensaios e verificações antes da partida;
- A condução, o acompanhamento da condução e a manobra do material circulante;
- O transporte de mercadorias perigosas, quando for caso disso.
• Dispor de material circulante compatível com a infra-estrutura nos serviços /
itinerários a utilizar; possuir autorização para circular nesses itinerários; dispor de um
programa de Manutenção adequado ao material circulante e aos serviços / itinerários a
utilizar.
• Dispor de pessoal habilitado, e credenciado quando exigido, para o
desempenho adequado das funções relevantes para a Segurança, designadamente:
- Condução, acompanhamento da condução e manobra de material circulante;
- Formação de composições, seus ensaios e verificações antes da partida;
- Inspecção do material circulante em trânsito;
- Transporte de matérias perigosas. ‟‟
Referencias retidadas do IMTT (Instituto de Mobilidade dos Transportes Terrestres)
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- Enquadramento Legal
- Decreto-Lei n.º 270/ 2003, de 28 de Outubro;
- Decreto-Lei n.º 231/2007, de 14 de Junho;
- Regulamento (CE) n.º 653/2007, de 13 de Junho;
- Decreto-Lei 147/2007, de 27 de Abril;
- Portaria n.º 383/2005, de 5 de Abril;
- Regulamento n.º 18/2000, de 21 de Agosto.
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Comboio de transporte de passageiros
5 – Distinção entre comboios de mercadorias e
comboios de passageiros
Dentro do transporte ferroviário existem duas categorias diferentes de
comboios, os de mercadorias e os de passageiros. Estes dois tipos de comboios têm,
naturalmente, diferentes tipos de utilização sendo que os de mercadorias destinam-se
ao transporte de mercadorias e os de passageiros destinam-se, sobretudo ao
transporte de passageiros. Todavia estes diferem entre si tanto a nível de forma como
a nível mecânico.
Fig. b - Comboio de transporte de mercadorias
Fig. a - Comboio de transporte de passageiros
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Diferenças
Os comboios de mercadorias têm diversas características que os distinguem a nível
geométrico, são elas:
1) Para puderem dar resposta ao transporte de mercadorias houve necessidade
de desenvolver vagões específicos para diversas mercadorias. Assim, a existência de
diversos tipos de vagões é uma grande característica, e são eles:
a) Vagão coberto: caracterizado pela construção fechada e pela segurança que
proporciona às mercadorias;
b) Vagão isotérmico: em tudo idêntico ao vagão coberto mas com paredes,
portas, chão e tejadilho isoladores, através dos quais as transferências de calor entre o
interior e o exterior são minimizadas;
c) Vagão frigorífico: vagão isotérmico que utiliza uma fonte de frio que não
equipamentos mecânicos;
d) Vagão frigorífico mecânico: vagão isotérmico com instalação de equipamento
refrigerador;
e) Vagão calorífico: vagão isotérmico equipado com um dispositivo de produção
de calor;
f) Vagão aberto de bordos altos: vagão sem tejadilhos e com bordos rígidos superiores a
60 cm;
g) Vagão-plataforma: vagão sem tejadilho nem bordos, ou sem tejadilho mas com
bordos não superiores a 60 cm;
Fig. c - Vagão coberto
Vagão-plataforma
Fig. d - Vagão-plataforma
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h) Vagão-cisterna: vagão coberto de formato cilíndrico para transporte de líquidos
ou gases;
i) Vagão-silo: vagão destinado ao transporte de produtos em pó, como cimento, farinha,
gesso, …
2) Para rentabilizar ao máximo cada viagem estes comboio têm um elevado
número de vagões o que faz com que sejam muito compridos
Já os comboios de passageiros têm uma geometria diferente que os distinguem:
- Em vez de vagões estes comboios possuem diferentes tipos de carruagens como:
-Carruagem-cama;
-Carruagem-restaurante;
-Carruagem-salão, …
Fig. e - Vagão-cisterna
Fig. f - Vagão-silo
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Todas estas mordomias tornam os comboios de passageiros muito confortáveis.
- Este tipo de comboios é também, geralmente mais aerodinâmico e mais apelativo do
que os de mercadorias.
Fig. g - Comboio de passageiros
Uma das locomotivas mais utilizadas em Portugal:
A série 1400 é um tipo de locomotiva ao serviço da CP (Comboios de
Portugal). Esta é a locomotiva diesel-eléctrica mais utilizada pela CP, com 67
unidades, as primeiras 10 foram construídas em Inglaterra, tendo sido as restantes
montadas nas instalações das Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas
(SOREFAME), na Amadora..
A mais idosa série ainda hoje ao serviço, tornou-se num dos ícones ferroviários
em Portugal, tendo sido os seus serviços ao longo dos anos indiferenciado, e em toda
a rede.
Fig. h - Comboio de passageiros
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5.1 – Características técnicas da série 1400
Partes Mecânicas (fabricante): Sorefame
Ano de Entrada ao Serviço: 1967/ 1969
Numeração UIC da Série: 9 0 94 1 101401 a 1467
Número de unidades construídas: 67
Velocidade máxima: 105 km/h[1]
Comprimento (entre tampões de choque): 12,720 m
Motores de tracção (fabricante): English Electric
Potência (rodas): 970 cv
Bitola de via: 1668 mm
Disposição dos rodados: Bo' Bo'
Transmissão (fabricante): English Electric
Freio (fabricante): Westinghouse Brake and Signal
Tipo da locomotiva (construtor): LD 844 C
Diâmetro da rodas (novas): 950 mm
Número de cabinas de condução: 1 (Comando esquerda-direita)
Freio pneumático: Ar-vácuo "Dual"
Areeiros (número): 8
Sistema de homem morto: Davies & Metcalf
Comando em unidades múltiplas: Até 3 - acoplav. ás 1800
Lubrificadores de verdugos (fabricante): Lubrovia
Registrador de velocidade (fabricante): Hasler
Esforço de tracção:
No arranque: 16 100 kg No reg. cont.: 14 200 kg Velocidade correspondente ao regime contínuo: 19 km/h Esforço de tracção à velocidade máxima: 2400 kg
Pesos (vazio) (T):
Motor diesel: 12,09 Gerador principal: 4,76 Motor de tracção: 2,04 Bogies completos: 2 x 11,2
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Pesos (aprivisionamentos) (T):
Combustível: 1,876 Óleo do diesel: 0,380 Água de refrigeração: 0,470 Areia: 0,660 Pessoal e ferramentas: 0,200 Total: 3,568
Pesos (total) (T):
Peso em Tara: 60,80 Peso em ordem de marcha: 64,40 Peso aderente: 64,40
Motor diesel de tracção:
Quantidade: 1 Tipo: 8 CSVT Número de tempos: 4 Disposição e número de cilindros: 8 v Diâmetro e curso: 254,0 x 304,8 mm Cilindrada total: 123,5 t Sobrealimentação: Sim Potência nominal (U. I. C. 623): 1370 cv Velocidade nominal: 650 rpm Potência de utilização: 1330 cv
Transmissão de movimento:
Tipo: 1 - Gerador CO EE 819; 4 motores de tracção EE 548 Características essenciais: Suspensão pelo nariz; ventilação forçada; relação
das engrenagens: 72:15
No Anexo B encontra-se também :
- Tabelas técnicas sobre comboios.
- Alguns detalhes mecânicos sobre o alfa pendular como distancia de eixos, pesos e
carga suportada. (fig. x)
- Imagens da locomotiva série 1400 (fig. z)
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6 – Vantagens e desvantagens do transporte ferroviário
Tabela A: Comparação o transporte ferroviário e os restantes transportes
Ferroviário em relação aos restantes meios de transporte
Vantagens Desvantagens
Grande capacidade de transporte
Velocidade elevada devido ao tráfego
em vias exclusivas
Custo operacional baixo devido ao
facto de ser económico
energeticamente
Maior segurança
Quantidade e variedade de veículos
ferroviários específicos para
determinados fins (adaptação do
vagão utilizado)
Menor custo de transporte para
grandes distâncias
Sem problemas de congestionamento
Terminais de carga próximo das fontes
de produção
Adequado para produtos de baixo
valor acrescentado e alta densidade
Adequado para grandes volumes
Possibilita o transporte de vários tipos
de produtos
Independente das condições
atmosféricas
Eficaz em termos energéticos
Menor impacto ambiental
Constante investimento em infra-
estruturas para garantir que os níveis
de resistência e qualidade da via sejam
garantidos
Grande investimento em instalações
fixas, terminais e equipamentos de
carga e descarga
Pouca flexibilidade de rotas e horários
Incapacidade de transporte porta-a-
porta pela dificuldade de parar um
comboio em qualquer lugar da via
férrea
Necessita de maior transbordo
Elevada dependência de outros
transportes
Pouco competitivo para pequenas
distâncias – grande concorrência:
- transporte rodoviário para curtas e
médias distâncias
- transporte aéreo para longas
distâncias
A exclusividade da exploração do
transporte ferroviário limita a sua
capacidade concorrencial
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Rodoviário em relação ao transporte ferroviário
Vantagens Desvantagens
Os veículos movimentam-se em
caminhos pavimentados
Não apresentam necessidade de
terminais
Infra-estrutura é propriedade pública
Flexibilidade do serviço
Flexibilidade no deslocamento de
cargas
Rapidez
Manuseamento de pequenos lotes
Elevada cobertura geográfica
Muito competitivo em curtas e médias
distâncias
Flexibilidade no atendimento de
embarques urgentes
Entrega directa e segura dos bens
Unidades de carga limitadas
Dependente das infra-estruturas
Dependente do trânsito
Mais caro em grandes distâncias
Elevados níveis de poluição
atmosférica
Elevado consumo de combustíveis
fosseis
Marítimo em relação ao transporte ferroviário
Vantagens Desvantagens
Competitivo para produtos com baixo
custo de tonelada por km transportado
Transporte de qualquer tipo de cargas
Maior capacidade de carga
Menor custo de transporte
Baixa velocidade
Disponibilidade limitada
Necessidade de transbordo nos portos
Distância aos centros de produção
Aéreo em relação ao transporte ferroviário
Vantagens Desvantagens
Ideal para o envio de mercadorias com
pouco peso e volume
Maior rapidez
Eficácia nas entregas urgentes
Agilidade no deslocamento de cargas
Redução dos gastos de armazenagem
Menor capacidade de carga
Custo bastante elevado
Pouco flexível
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- No Directório da Rede 2011 existem algumas particularidades que gostaríamos de
salientar, tais como:
- Cargas máximas – anexo 5 – pag 59 do Directório da Rede 2011
O anexo 5 mostra a capacidade máxima (em T\eixo e T\m) que cada linha aguenta.
- Patamares de velocidade em cada linha – anexo 11 – pag 65 do Directório da
Rede 2011
O anexo X apresenta-nos os patamares de velocidade que as diversas linhas de
Portugal apresentam. Pela observação do mapa, junto da zona metropolitana do Porto
a velocidade está compreendida entre os 50 km/h e os 160 km/h, sendo o valor mais
baixo na Linha de Leixões, uma das mais utilizadas no transporte ferroviário de
mercadorias. Na zona metropolitana de Lisboa onde a concentração e linhas é mais
elevada, os patamares de velocidade encontram-se entre os 50 km/h e os 220 km/h.
No entanto, é de notar que os valores mais elevados de circulação nas linhas
ferroviárias estão em fracções da linha Porto-Lisboa e Lisboa até ao Algarve.
- Localização dos portos, terminais – anexo 15 – pag 91 do Directório da Rede
2011
O anexo 15 apresenta as caracteristicas de cada estação ferroviária acerca da localização das instalações de serviços, portos e terminais de mercadorias.
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7 – Conclusão
No final deste relatório, depois do estudo do tema e da pesquisa podemos
finalmente responder à pergunta que nos foi colocada inicialmente: “Como se
caracterizam os comboios para o transporte ferroviário em Portugal? Como evoluíram
esses veículos ao longo do tempo?”.
Inicialmente as locomotivas eram movidas a vapor, gerado a partir da queima
de carvão mineral e desenvolveu o transporte deste minério O caminho de ferro
ganhou entretanto outras utilidades muito rapidamente, sendo actualmente utilizado no
mundo do transporte de outras matérias primas. Este transporte impulsionou o
crescimento da economia portuguesa, tendo impelido muitas empresas a alargar os
seus mercados.
Este fenómeno verificou-se graças à grande capacidade e variedade que os
vagões têm actualmente relativamente a outros meios de transporte.
Numa altura em que o impacto ambiental é tão polémico é importante referir
que este meio de transporte é dos menos poluentes, fazendo dele um transporte
alternativo para o futuro.
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8 – Bibliografia
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http://www.refer.pt/MenuPrincipal/REFER/GestaodaRede/MapadaRede.aspx (acedido
Setembro 29, 2010).
Refer. 2010b. Caracterização da Rede.
http://www.refer.pt/MenuPrincipal/REFER/GestaodaRede/CaracterizacaodaRede.aspx
(acedido Setembro 29, 2010).
Refer. 2010c. Directório da Rede 2011.
http://www.refer.pt/MenuPrincipal/REFER/GestaodaRede/DirectoriodaRede.aspx
(acedido Setembro 29, 2010).
CP. 2010. CP Carga.
http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=e0dcd60cf8504210VgnVCM100000be0
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Transportes XXI. 2010a. Comboios de Mercadorias. http://www.transportes-
xxi.net/fotografia/cat/143 (acedido Outubro 2, 2010).
Transportes XXI. 2010b. Comboios em Portugal. Locomotivas 2600 CP nos
mercadorias. http://www.transportes-xxi.net/comboios/artigos/material/CBP2007-01.pdf
(acedido Outubro 2, 2010).
FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). 2010.
http://paginas.fe.up.pt/~mac/ensino/docs/L20062007/.../T3G2.ppt (acedido Outubro 6,
2010).
Escola Secundária de Leal da Câmara. 2010. Vantagens e Desvantagens dos
Transportes.
www.eslc.pt/.../11_Geografia3P_VantagensDesvantagensDosTranportes.pdf
(acedido Outubro 6, 2010).
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http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/TransportesFerroviarios/CaminhodeFerro/Pagi
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Skyscrapercity. Estações ferroviárias de Portugal.
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=711442 (acedido Outubro 7, 2010)
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historiasesabores.2008. Estação de Coimbra A.
http://historiasesabores.blogspot.com/2008/05/estao-nova-coimbra.html (acedido
Outubro 8, 2010)
Wikimapia. 2010. Estação de Vilar Formoso.
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Formoso (acedido Outubro 8, 2010)
Wikimapia. 2010. Estação do Oriente.
http://wikimapia.org/3856397/pt/Esta%C3%A7%C3%A3o-do-Oriente (acedido Outubro
8 ,2010)
Wikipedia. 2010. Trem. http://pt.wikipedia.org/wiki/Trem (acedido October 8, 2010).
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_Leix%C3%B5es ( acedido October 8, 2010).
Wikipedia. 2010. Portugal. http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal#Transportes (acedido
Outubro 8, 2010)
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(acedido Outubro 8, 2010)
Wikipedia. 2010. Cronologia do caminho-de-ferro em Portugal.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_do_Caminho-de-ferro_em_Portugal (acedido
Outubro 8, 2010)
Wikipedia. 2010. Presidentes da Rede Ferroviátia Nacional.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_Ferrovi%C3%A1ria_Nacional#Presidentes_da_Rede_Ferrovi
.C3.A1ria_Nacional (acedido Outubro 8, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação Santa Apolónia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Santa_Apol%C3%B3nia (acedido
Outubro 8, 2010)
Wikipedia. 2010. Fertagus. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertagus (acedido Outubro 8,
2010)
Wikipedia. 2010. Estação do Rossio (Sintra)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_do_Rossio
(acedido Outubro 8, 2010)
Projecto FEUP 2010/2011
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Wikipedia. 2010. Estação de S. Bento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Porto-
S%C3%A3o_Bento (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Linhas Ferroviárias de Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Linhas_ferrovi%C3%A1rias_de_Portugal (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação Ferroviária de Coimbra B.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Coimbra-
B (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação de Aveiro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Aveiro
(acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Ramal de Sines. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramal_de_Sines
(acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação Ferroviária de Vila Franca de Xira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Vila_Fran
ca_de_Xira (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação Ferroviária de Vila Real de Santo António.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Vila_Real
_de_Santo_Ant%C3%B3nio (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Ramal de Portalegre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramal_de_Portalegre (acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação Ferroviaria de Rio Tinto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Rio_Tinto
(acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Estação de Contumil.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_de_Contumil (acedido Outubro 9,
2010)
Wikipedia. 2010. Estação de Ermesinde.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Ermesind
e (acedido Outubro 9, 2010)
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Wikipedia. 2010.Estação de Trofa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ferrovi%C3%A1ria_de_Trofa
(acedido Outubro 9, 2010)
Wikipedia. 2010. Série 1400 http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rie_1400 (acedido
Outubro 9, 2010)
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ANEXO A
ESTAÇÕES FERROVIARIAS NACIONAIS
Fig. 1 e 2 - Estação do Rossio – Lisboa
Fig. 3 e 4 - Estação de Santa Apolónia - Lisboa
Fig. 5 - Estação de Oriente – Lisboa
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Fig. 6 e 7 - Estação de São Bento – Porto
Fig. 8 - Braga
Fig. 9 - Coimbra A Fig. 10 - Coimbra B
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Fig. 11 - Aveiro
Fig. 12 - Viana do Castelo
Fig. 13 - Castelo de Vide
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Fig. 18 - Sintra
Fig. 19 - Vila Franca de Xira
Fig. 20 e 21 - Vilar Formoso
Fig. 22 - Bragança
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Fig. 23 e 24 - Granja
Fig. 25 - Chaves
Fig. 26 e 27 - Barreiro
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ANEXO B
DETALHES TECNICOS E MECÂNICOS
Alfa Pendular
Tabela B Parametros mecânicos do Alfa Pendular