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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-08-01 · 1 LOVATTO, Joelma Von Kruger. Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte. Área de atuação: Língua

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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Ficha para identificação Produção Didático-Pedagógica Turma – PDE/2014

Título: O domínio da leitura e da escrita: importância para as aprendizagens escolares e o exercício da cidadania.

Autora: Joelma Von Kruger Lovatto

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do projeto e sua localização:

Colégio Estadual Professora Ângela Sandri Teixeira. Ensino fundamental e médio. Rodovia dos Minérios, km 21, Tranqueira. CEP: 83514000 Fone: 041 3657-5232 Almirante Tamandaré-PR

Município da escola: Almirante Tamandaré

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Norte

Professora Orientadora: Veronica Branco

Instituição de Ensino Superior: Universidade Federal do Paraná- UFPR

Resumo: O presente Caderno Pedagógico surgiu a partir dos resultados obtidos numa avaliação diagnóstica realizada com alunos do 6° ano de uma escola pública, os quais confirmaram que muitos alunos não dominam a leitura e a escrita, fato esse que compromete as demais aprendizagens escolares. Tem como aporte teórico a psicogênese da língua escrita elaborada por Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Seu objetivo geral é promover nesses alunos a reflexão a respeito da importância da leitura e escrita como essenciais a sua autonomia no convívio social, e ainda como elas se fazem importantes para que as aprendizagens escolares se concretizem. O caderno é composto por três unidades didáticas, as quais apresentam atividades para os três níveis de leitura e escrita.

Palavras- chave: Leitura; escrita; ensino-aprendizagem.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público alvo: Alunos da sala de apoio do 6º ano dos anos finais do ensino fundamental.

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Produção Didática Pedagógica na Escola

Joelma Von Kruger Lovatto 1

Veronica Branco 2

O DOMÍNIO DA LEITURA E DA ESCRITA: IMPORTÂNCIA PARA AS

APRENDIZAGENS ESCOLARES E O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

Caderno Pedagógico apresentado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná em convênio com a Universidade Federal do Paraná, campus Curitiba, como requisito para o desenvolvimento das atividades propostas para o biênio 2014/2015.

CURITIBA

2014

1 LOVATTO, Joelma Von Kruger. Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte. Área de

atuação: Língua Portuguesa. Professora PDE – 2014/2015. 2 BRANCO, Veronica. Universidade Federal do Paraná. Professora Dra. Orientador PDE –

2014/2015.

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Dedico este trabalho aos meus familiares, em especial ao meu esposo João Sandro e aos meus filhos João Augusto e Rafael, que se tornaram essenciais, pela compreensão, paciência e incentivos em todos os momentos.

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Agradecimentos Ao meu bom Deus, que esteve sempre presente ao meu lado nas horas difíceis. As minhas companheiras de PDE Amarilda, , Helani, Juliane, Marcia, Mari Luci, Maria José (Zezé), Marta, Merina. Simone e ao companheiro João Luís que se tornaram essenciais na minha vida, pois estiveram e estão sempre me apoiando em todos os momentos. A direção, coordenação, agentes I e II, professores, alunos, pais e a comunidade escolar do CEPAST por acreditar e aguardar o nosso retorno ao colégio. A minha família que se preocupou e que sempre que precisei estava ali para me ajudar. A professora Veronica Branco, pela orientação, dedicação e companheirismo nesta caminhada.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 6

ALFABETIZAÇÃO ...................................................................................................... 9

UNIDADE I - NÍVEL PRÉ-SILÁBICO ........................................................................ 15

OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 16

OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 16

AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 16

Atividade 1 ......................................................................................................... 16

Atividade 2 ......................................................................................................... 17

Atividade 3 ......................................................................................................... 18

Atividade 4 ......................................................................................................... 18

Atividade 5 ......................................................................................................... 19

Atividade 6 ......................................................................................................... 20

Atividade 7 ......................................................................................................... 20

Atividade 8 ......................................................................................................... 21

Atividade 9 ......................................................................................................... 22

UNIDADE 2 - NÍVEL SILÁBICO ............................................................................... 23

JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 23

OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 23

OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 23

AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 24

Atividade 1 ......................................................................................................... 24

Atividade 2 ......................................................................................................... 25

Atividade 3 ......................................................................................................... 25

Atividade 4 ......................................................................................................... 26

Atividade 5 ......................................................................................................... 27

Atividade 6 ......................................................................................................... 28

Atividade 7 ......................................................................................................... 28

Atividade 8 ......................................................................................................... 29

Atividade 9 ......................................................................................................... 30

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UNIDADE 3 - NÍVEL ALFABÉTICO .......................................................................... 31

JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 31

OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 31

OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 31

AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 32

Atividade 1 ......................................................................................................... 32

Atividade 2 ......................................................................................................... 32

Atividade 3 ......................................................................................................... 33

Atividade 4 ......................................................................................................... 34

Atividade 5 ......................................................................................................... 35

Atividade 6 ......................................................................................................... 35

Atividade 7 ......................................................................................................... 36

Atividade 8 ......................................................................................................... 37

Atividade 9 ......................................................................................................... 37

PROJETO PILOTO ................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40

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APRESENTAÇÃO

A presente Produção Didático Pedagógica, na forma de Caderno Pedagógico,

faz parte das atividades previstas no Programa de Desenvolvimento Educacional -

PDE a ser desenvolvido no biênio 2014 e 2015 e foi idealizado a partir de minhas

experiências como professora dos anos finais do ensino fundamental, mais

especificamente, com as dificuldades de leitura e escrita apresentadas pelos alunos

do 6° ano.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394/96 garante o direito à

Educação Básica a todos os brasileiros e ainda assegura no Artigo 22 que “tem por

finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores”.

Sendo assim, cabe a escola promover a formação do indivíduo para que este

possa participar ativamente da sociedade em que está inserido.

De acordo com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC),

a criança precisa ter a compreensão do sistema da escrita até os oito anos, ou seja,

os alunos precisam dominar a leitura e a escrita nos primeiros três anos do ensino

fundamental, que é o ciclo da alfabetização. Porém isso não vem ocorrendo e esse

fato compromete as demais aprendizagens escolares dos alunos.

Esse fato ocorre anualmente, no Colégio Estadual Professora Ângela Sandri

Teixeira, situado no Município de Almirante Tamandaré, que recebe alunos para o 6°

ano, oriundos de diferentes localidades. São crianças advindas de áreas rurais,

periferia e de outras comunidades semelhantes, que apresentam diferentes níveis de

leitura e escrita.

Em alguns casos, o trabalho realizado nos anos iniciais do ensino

fundamental não contempla uma aprendizagem significativa e por essa razão, não

desenvolvem as habilidades básicas de leitura e escrita e quando inicia os anos

finais do Ensino Fundamental se depara com um professor que deseja um aluno

ideal, aquele que domina todos os conteúdos básicos esperados e então, surge um

novo problema: Como pode o aluno aprender com um professor que não reconhece

seu direito de aprender, independentemente das dificuldades que apresenta? O que

esperar desse ensino que culpabiliza o aluno, sua origem social, a família que não

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se interessa pelo filho e não comparece na escola, pela não aprendizagem? Qual a

responsabilidade da escola pela não aprendizagem desses alunos?

Diante dessa situação, em que o aluno chega aos anos finais do ensino

fundamental sem ter se apropriado desses conhecimentos, cabe a escola

oportunizar um trabalho pedagógico visando essa apropriação por parte dos

educandos.

No colégio acima citado, os alunos do 6° ano que apresentam dificuldades de

aprendizagem são convidados a participar da sala de apoio de Língua Portuguesa

e/ou Matemática, no contraturno, na tentativa de ajudá-los a sanar tais dificuldades.

Desta forma, foi de fundamental importância para a realização do projeto de

intervenção pedagógica e para a presente produção didática, a elaboração de uma

avaliação diagnóstica, realizada nesse ano de 2014, nos alunos da sala de apoio do

6° ano, que tinha por objetivo fazer um levantamento dos conhecimentos e

habilidades que os discentes já construíram sobre o sistema de escrita alfabética e,

para a partir desse resultado definir metas e planejar o material didático, contendo a

prática pedagógica que será desenvolvida com os alunos da sala de apoio do 6° ano

de 2015.

A avaliação diagnóstica foi aplicada em 20 alunos, sendo 11 meninos e 9

meninas, com idade entre 10 e 14 anos. Apenas 7 alunos tem 10 ou 11 anos, a

idade recomendada para esse ano escolar, enquanto a maioria já está na

adolescência. Pode ser visível a baixa autoestima deles, pois sentem-se

envergonhados em não conseguir desenvolver as atividades propostas pelos

professores.

Através desse levantamento foi possível verificar que há alunos com

defasagem em relação aos conteúdos propostos nos anos iniciais do Ensino

Fundamental: produção de texto de acordo com o gênero proposto; leitura e

interpretação de informações contidas em diferentes textos; recontar histórias lidas

e/ou ouvidas.

As atividades propostas para o diagnóstico foram ditados de palavras

conhecidas pelos alunos e de texto curto que buscaram verificar se o aluno

compreende o princípio alfabético de que o sistema de escrita representa fonemas e

não sílabas, se faz uso das regras ortográficas e se domina relações entre grafemas

e fonemas, sobretudo aquelas relações que são regulares.

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Através da leitura de um pequeno texto pode-se verificar quais alunos

compreendiam o texto lido, identificando o assunto principal, localizando

informações, fazendo inferências e identificando as diferenças entre gêneros

textuais.

Na prática da produção de texto pode ser observado se o aluno conseguia

redigir textos curtos adequados ao gênero, objetivo, destinatário e dentro das

convenções gráficas e ortográficas.

Eles puderam manusear e ler alguns livros infantojuvenis que foram dispostos

em uma mesa. Cada qual escolheu o que lhe agradou. Após a leitura, cada um

relatou o que havia entendido sobre a história. E nesse momento foi possível

perceber quem conseguia definir tempo e espaço na narrativa, identificando

personagens, reproduzir a sequência narrativa e ainda fazer uso de entonação, ritmo

e timbre no momento da contação.

Alguns alunos concluíram as atividades com mais facilidade, e outros, no

entanto demoraram mais tempo, apresentando maior dificuldade. O resultado da

avaliação diagnóstica realizada nos vinte alunos da sala de apoio foi o seguinte: 8 se

encontram no nível alfabético, 10 no nível silábico e 2 no nível pré-silábico. Cabe

ressaltar que os alunos que participarão da turma no próximo ano, não serão os

mesmos que participaram da pesquisa nesse ano letivo e a diagnose foi realizada a

fim de verificar o conhecimento dos aprendizes ao ingressarem no 6° ano.

A avaliação diagnóstica realizada serviu de base para orientar a organização

da presente produção didática, pois através dela foi possível planejar metodologias

didáticas para auxiliar os alunos a se apropriarem daquilo que ainda não

aprenderam, bem como firmar o que ainda estão se apropriando. Ainda, amparou

nas decisões sobre os temas e atividades a serem trabalhadas, pois os alunos

nessa faixa etária, são adolescentes, que se sentem desmotivados e inferiores aos

demais, a maioria deles encontra-se em distorção idade série.

Pode ser percebido através da diagnose que a heterogeneidade se faz

presente, há alunos que se encontram no nível elementar de leitura e escrita, outros

no nível intermediário e outros no avançado, sendo assim se torna imprescindível o

trabalho através de agrupamentos.

Nesse contexto, o lúdico será de fundamental importância para atrair a

atenção desses educandos. A ludicidade faz com que o indivíduo, independente de

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sua idade, se sinta motivado, contribui para a desinibição, desenvolve habilidades

intelectuais e perceptuais, como atenção e memória, e ainda faz com que esse

aprenda a respeitar e ser respeitado. Didaticamente, o lúdico, cria situações onde o

aluno aprende conceitos necessários para uma aprendizagem significativa.

Portanto, esse Caderno Pedagógico tem como objetivo promover nesses

alunos, a reflexão a respeito da importância da leitura e escrita como essenciais à

sua autonomia no convívio social, e ainda como elas se fazem importantes para que

as aprendizagens escolares se concretizem.

O Caderno Pedagógico encontra-se organizado em três unidades didáticas,

que foram pensadas a partir da avaliação diagnóstica e embasadas pelos estudos

realizados por Emília Ferreiro, sendo que cada uma delas contempla leituras e

atividades voltadas ao nível pré-silábico, silábico e alfabético. Tendo como apoio

para se trabalhar nesses diferentes níveis, a literatura infantojuvenil A grande fábrica

de palavras de Agnes de Lestrade e Valéria Docampo.

ALFABETIZAÇÃO

Quando se fala em alfabetização no Brasil, logo se pensa nas inúmeras

práticas de ensino da leitura e escrita desde aquelas que se baseiam nos métodos

sintéticos ou analíticos até aquelas que procuram levar o aluno a interagir em

práticas sociais de leitura e escrita.

De todas as instâncias em que se promovem o ler e o escrever, há que se

destacar que a escola é a maior responsável em garantir aos alunos o domínio de

ambos. No entanto é nesse ambiente que nos deparamos com a diversidade que

existe no ensino da leitura e escrita. Isso se deve ao fato de que ainda hoje, algumas

práticas de alfabetização, continuam baseadas nos métodos sintéticos e analíticos,

os quais se destacaram a partir do século XVII, época em que o analfabetismo fazia

parte da vida da maioria dos brasileiros.

Esses métodos enfatizavam a codificação e decodificação. Acreditava-se que

para aprender o código alfabético era necessário começar transmitindo ao

educando, unidades mais fáceis até se chegar as mais difíceis. Isto pelo equívoco

de se acreditar que a criança ao ingressar na escola, não tem nenhum conhecimento

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e a tratarem como se fosse uma caixa vazia que precisa ser preenchida.

O uso de cartilhas é um exemplo bem claro destes métodos. Os

alfabetizadores a seguiam a risca como garantia de que todos os educandos

desenvolvessem a mesma atividade. Estes métodos mecânicos não permitem que a

criança reflita e interaja com a leitura, ela apenas repete o que lhe foi dito.

Pregava-se também nas escolas, a necessidade da criança ser preparada

para começar a aprender, em vez de se propiciar situações de leitura, desenvolviam-

se atividades motoras, visuais e auditivas como se estas fossem pré-requisitos para

aprender a ler e escrever. Ou seja, era ignorado o fato de a leitura, oralidade e

escrita serem atividades que se complementam.

Passada esta fase, o educando era condicionado a aprender através da

memorização, inicialmente as letras, seguidas dos fonemas e sílabas, o que lhes

daria a possibilidade de ler palavras, frases até chegar aos textos. Ou seja, todos

eram ensinados da mesma forma, adotava-se um método de ensino único para

todos.

Outro equívoco aqui fica evidenciado, o fato de se acreditar na

homogeneidade da turma, como se todos os alunos estivessem aprendendo no

mesmo ritmo. Adoção inaceitável quando se pensa na aprendizagem da leitura e

escrita enquanto resultado de um processo. Processo que se desenvolverá durante

os anos que a criança estiver na escola.

Os textos apresentados aos alunos também revelavam uma grande falha

nesse processo. Eles não tinham relação com a realidade do aluno, eram artificiais,

apresentavam palavras com as unidades vistas em sala de aula. A criança também

não poderia errar, pois isso significaria que ela não teria aprendido o que lhe fora

ensinado. O que foi mais tarde contestado pelo fato de o erro fazer parte do

processo de aprendizagem.

Durante muito tempo, acreditava-se na Teoria do Déficit que defendia a

relação direta entre fracasso escolar e condição socioeconômica, ou seja, de acordo

com essa teoria a criança pobre era naturalmente fracassada, devido ao fato de

acreditar-se que o menos favorecido possuía uma linguagem insuficiente o que

impediria sua evolução cognitiva.

A sequência de ações na tentativa de se alfabetizar eram sempre as mesmas.

Primeiro, preparava-se o aluno para a prontidão, ensinava-se o código partindo do

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que era mais fácil para o mais difícil, na verdade do mais simples para o mais

complexo na perspectiva da pessoa já alfabetizada. Mudava-se o método ou a

cartilha utilizados, mas as práticas do ensino da leitura e escrita continuavam

pautadas na memorização, sem permitir ao educando refletir sobre a língua.

As estatísticas mostravam um número crescente de reprovações e evasão

escolar, devido ao fato de se acreditar que as crianças que cometiam erros

ortográficos não haviam se apropriado da leitura e escrita.

Este sistema atendia a poucos, enquanto a maior parte da população

brasileira era excluída de ter acesso ao ler e escrever.

Felizmente, a partir da década de 1980, os métodos analíticos e sintéticos

começaram a ser criticados.

A maior contribuição que se tem é das psicolinguistas Emília Ferreiro e Ana

Teberosky que, subsidiadas pela teoria psicogenética de Jean Piaget, através de

seus estudos sobre a psicogênese conseguiram descobrir os meios pelo qual a

criança aprende, levando os educadores a refletirem sobre seus métodos de

trabalho. As estudiosas puderam perceber que as crianças tentam compreender,

fazem experiências gráficas e elaboram hipóteses ao tentar compreender o

funcionamento da escrita.

A construção da escrita se dá através de um longo processo construtivo, no

qual deve-se pensar sobre a aprendizagem, levando-se em consideração que a

criança só aprende quando ensinada, ou seja, seu primeiro contato com a escrita

acontece quando esta tenta escrever o próprio nome, logo que um modelo lhe foi

apresentado. Mostra-se como um processo anterior a escola, uma vez que a criança

já domina um saber linguístico e este deve ser levado em conta no processo de

alfabetização e letramento.

Para (FERREIRO, 1999, p.47), a alfabetização não é um estado ao qual se

chega, mas um processo cujo início é, na maioria dos casos, anterior à escola e que

não termina ao finalizar a escola primária.

A obra psicogênese da língua escrita, elaborada por Emília Ferreiro e Ana

Teberosky, estimulou estudos de experimentos pedagógicos voltados para a arte de

ensinar a linguagem, mostrando que é possível unir a escola à realidade do

educando, através de diversos gêneros textuais que fazem parte do seu dia a dia, o

que vem sendo contemplado pelo Ministério da Educação (MEC) nos Parâmetros e

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Referenciais Curriculares Nacionais (PCNs).

Segundo os estudos da pesquisadora a escrita alfabética passa por fases de

evolução que são pré-silábica, silábica e alfabética.

Na fase pré-silábica, a criança apresenta, em meio aos seus desenhos, seus

primeiros traçados de letras na tentativa de escrita.

Isto pode ser fundamentado segundo as autoras (BRANCO; SIMONIAN,

2010, p.41):

Nessa fase, os traçados realizados pela criança estão em estreita relação com o desenho, porém se diferencia deste. A maioria das crianças, após desenhar e colocar sinais próximos do mesmo, afirmam que os sinais são o nome do objeto desenhado. Para realizar tais produções as crianças parecem utilizar as hipóteses de que escrever é produzir quaisquer sinais gráficos e ler é interpretar os sinais gráficos, em relação aos objetos próximos ou do mesmo contexto. Parecem igualmente compreender que: para ler é preciso estar escrito, pois apontam, com o dedo, as escritas, quando são solicitadas a ler. Quando solicitadas a escrever empregam a escrita como um rótulo de imagem.

Ainda de acordo com as autoras acima:

A busca de diferenciação nas formas de representar à escrita leva a criança a elaborar a hipótese quantitativa que se manifesta pela exigência de uma quantidade mínima de caracteres, para que alguma coisa possa estar escrita. A criança passa a se utilizar de no mínimo três grafias para produzir um texto escrito e a considerar que algo está escrito, somente quando apresenta um mínimo de três caracteres. Algumas crianças mais desenvolvidas começam a aceitar que se possa escrever algumas palavras com duas letras.

Na busca pela criança em melhorias na sua escrita, ela passa a elaborar

outras hipóteses. Percebe que há a necessidade de empregar diferentes caracteres

na tentativa de escrever uma palavra, são as chamadas hipóteses qualitativas.

Em seguida, passa a elaborar outras hipóteses, como a do realismo nominal,

ou seja, a criança estabelece relações entre o objeto e o nome, atribui um número

maior de letras se o objeto for grande e um número menor se for pequeno.

Depois de a criança ter passado por todas essas hipóteses, fica evidente que

ela está preparada para a nova fase que é chamada de silábica.

Nesta fase, a criança percebe que a escrita está ligada diretamente a fala e,

começa a empregar uma relação entre os sons da sílaba aos sinais gráficos

produzidos por ela.

Muitas práticas pedagógicas equivocadas, da alfabetização tradicional,

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oferecem sílabas soltas para que a partir delas a criança forme novas palavras,

ignorando o fato de a criança fazer uso da pronuncia de sílabas para escrever a

palavra desejada. Assim, a alfabetização irá se distanciando cada vez mais do

educando, uma vez que, ele somente será capaz de silabar, quando puder

compreender o significado da palavra por inteiro.

No processo de alfabetização, as práticas educativas devem levar em

consideração o conhecimento que o indivíduo possui sobre a linguagem, sendo

necessário assim iniciar o trabalho enfocando a oralidade.

Assim é de extrema importância que o professor propicie atividades orais

onde os alunos tenham a oportunidade de ouvir e recontar histórias em grupo,

observando as ideias principais e relevantes, a sequência dos fatos, o vocabulário

utilizado pelo autor, uma vez que a norma-padrão exigida pela escola só é aprendida

através do momento de interação do falante com a língua padrão e não como tem

sido feito até hoje nas escolas, apresentando várias regras gramaticais, acreditando

que só assim o aluno terá domínio para escrever e falar bem.

No decorrer deste processo, surgem as escritas silábico-alfabéticas, que

evidenciam a passagem da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Onde a

criança apresenta avanços e retrocessos em sua escrita devido ao fato de ora

apresentar novos símbolos gráficos à sua escrita, ora faz uso de apenas um sinal

gráfico para identificar sons que ainda não tem pleno domínio.

Daí a importância de se destacar que a criança está se ambientando com a

língua escrita e que diante disso não existe o erro, mas a reflexão dela de como se

forma a escrita.

Completa esta fase, a criança passa para a seguinte, a qual se denomina fase

alfabética. Nesta, ela já é capaz de dominar a escrita. Sua produção variará de

acordo com o contato que ela tem com textos escritos ou orais, ou seja, da vivência

da mesma com os diversos gêneros textuais no seu dia a dia.

Assim, fica claro que quanto mais contato a criança tiver, em casa ou na

escola, com materiais de leitura mais facilidade ela terá nas suas escritas

independentes.

A psicogênese da língua escrita não deve ser entendida como um novo

método de alfabetização, muito pelo contrário, Emília Ferreiro deixa claro que espera

que sua pesquisa seja aproveitada para que mudanças significativas aconteçam nas

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práticas tradicionais de alfabetização.

Aproveitar a pesquisa de Emília Ferreiro significa entender como acontece a

evolução da escrita pela criança e ainda como conduzir esse importante processo no

ambiente escolar. De modo que os professores transformem a sala de aula num

lugar atrativo, rico em materiais de leitura para que a criança perceba uma finalidade

no que lhe é proposto e que, ainda o professor deixe de ser um mero transmissor do

seu conhecimento e passe a interagir com o aluno, mostrando-lhe que ele não é o

detentor do conhecimento, mas que a aprendizagem deve acontecer de forma

interativa.

As considerações acima deixam claro que a criança é o centro nas atividades

de aprendizagem de leitura e escrita, e que as atividades de alfabetização devem

ser voltadas a partir desse conhecimento trazido por elas. Isto não significa que se

deva deixar as crianças livres para escreverem o que querem, sem o professor ter

em mente objetivos preestabelecidos, este foi outro equívoco, cometido no Brasil, a

respeito da pesquisa de Emília Ferreiro.

A criança é coparticipante no processo de aprendizagem, pois este funciona

de forma interativa em todos os ambientes em que está inserida e é tendo o domínio

da leitura e escrita que o educando tem facilidade em abstrair para tirar respostas

sobre suas dúvidas.

No entanto, isso somente será possível se a sala de aula se tornar um

ambiente agradável e que o professor em sua prática motive os alunos, mostrando o

quanto o ato de ler é prazeroso e que a cultura atual é predominantemente escrita,

permeada por diferentes formas de textos, que se apresentam nas mais diferentes

formas, possibilitando ao educando perceber que a leitura e escrita são

imprescindíveis no seu dia a dia. Somente assim, o professor poderá favorecer o

desempenho linguístico de seus alunos, não excluindo-os deste processo.

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UNIDADE I - NÍVEL PRÉ-SILÁBICO

De acordo com os estudos realizados por Emília Ferreiro, o educando

encontra-se no nível pré- silábico quando começa a perceber que a escrita procura

registrar a fala. É comum nesse momento, a produção de garatujas e rabiscos na

tentativa de escrever. Em meio a seus desenhos, apresenta seus primeiros traçados

de letras, no entanto não estabelece relações entre elas e a palavra que quer

escrever.

Na busca pela criança em melhorias na sua escrita, ela passa a elaborar

outras hipóteses. Percebe que há a necessidade de empregar diferentes caracteres

na tentativa de escrever uma palavra, são as chamadas hipóteses qualitativas.

Em seguida, passa a elaborar outras hipóteses, como a do realismo nominal,

ou seja, a criança estabelece relações entre o objeto e o nome, atribui um número

maior de letras se o objeto for grande e um número menor se for pequeno.

A avaliação diagnóstica realizada, identificou que dois dos vinte alunos

avaliados, encontram-se no nível pré-silábico e necessitam estar em contato com

vasto material escrito como jornais, revistas, livros, agendas, diários, regras de jogos

entre outros. O alfabeto ilustrado fará com que o educando fixe os símbolos das

letras e outro importante auxílio será o alfabeto móvel que poderá ser manuseado

durante suas tentativas de escrita. Se faz necessário trabalhar a oralidade, através

de interpretação, produção e contação de histórias ou relatos. E as atividades de

escrita devem ser voltadas a confecção de agendas com índice alfabético e

atividades que reforcem a fixação das letras.

O lúdico será importante aliado para tornar as aulas mais atrativas. Jogos

como bingo de letras, dominós e jogos da memória com letras e imagens que a

representem.

Apesar de apresentar atividades voltadas para o nível pré-silábico neste

material didático, é preciso evidenciar que o pouco tempo para a aplicação do

projeto não será suficiente para que haja melhorias na leitura e escrita desses

alunos, uma vez que eles precisariam de mais tempo com atividades como essas

para sanar seus problemas de leitura e escrita.

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OBJETIVO GERAL

Identificar as letras do alfabeto estabelecendo relações entre a grafia e a

representação fonológica.

Objetivos específicos

Ouvir diferentes leituras;

Conhecer o traçado das letras do alfabeto e seus nomes;

Utilizar o alfabeto móvel para reproduzir seu nome, de colegas e de palavras

solicitadas;

Reconhecer letra inicial e letra final nas palavras escolhidas;

Segmentar palavras, identificando partes que constituem outras palavras;

Listar os nomes dos colegas em agenda;

Produzir gráficos coletivamente.

Confeccionar caixa de palavras com o seu repertório.

Compreender regras de jogos.

Produzir diários.

Produzir bilhete coletivamente.

Avaliação

A avaliação será contínua, a professora acompanhará as tentativas de escrita

pelo aluno no decorrer das atividades.

Atividade 1

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras

Procedimento Metodológico

A professora iniciará a atividade com a leitura do livro A grande fábrica de

palavras (LESTRADE, 2010).

Durante a leitura, a professora fará uma primeira parada no trecho “Nesse

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estranho país é preciso comprar as palavras e engoli-las para poder pronunciá-las” e

dará a cada aluno uma pílula que a abrirão e lerão em voz alta a palavra que estará

dentro. Em seguida colarão a palavra no caderno.

Dando continuidade a leitura, em uma nova pausa será dada no trecho “...

porque ele quer guardá-las para dar a alguém muito especial”. Nesse momento, será

organizada no chão uma tabela com três colunas. A primeira coluna terá como título

a palavra especiais; a segunda, estranhas e a terceira, necessárias. Cada aluno

receberá uma palavra, a qual lerá em voz alta e colocará em uma das colunas de

acordo com o que a palavra significa para ele.

Terminada a tabela, a professora mediará uma leitura coletiva das palavras

escolhidas e discutirá com os alunos o porquê das escolhas e as possibilidades de

troca.

Atividade 2

Tempo estimado: 2 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico

A professora distribuirá aos alunos o alfabeto móvel e pedirá que montem a

frase FÁBRICA DE PALAVRAS. Então, solicitará a eles que identifiquem oralmente:

Número de palavras;

Primeira letra das palavras;

Última letra das palavras;

Que outras palavras começam com as mesmas letras das palavras.

Em seguida eles montarão as palavras CEREJA, POEIRA e CADEIRA, as

quais foram ditas pelas pequenas personagens da história: Philéas a Cybelle.

A partir da palavra CADEIRA lhes será solicitado que troquem a letra C pela

letra M e depois leiam a nova palavra formada e a escrevam em seu caderno.

Também lhes será pedido que retirem as letras EIR e novamente façam a leitura da

palavra formada. Depois retirem IRA, DEI, R, CADE, CAD, DE, ADI, DEA, sempre

lendo e escrevendo a nova palavra formada.

Serão entregues aos alunos várias palavras numa tira sem espaçamento

para que eles a reconheçam e separem, registrando-as em seu caderno.

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Atividade 3

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico

A professora iniciará a aula indagando os alunos a respeito dos nomes das

personagens do livro.

Em seguida, deve-se solicitar que eles voltem ao livro, retirem os nomes dos

personagens e anotem em uma folha de sulfite, sempre auxiliados pela professora e

pelo alfabeto móvel.

Depois organizarão uma lista com os nomes dos alunos, observando o

banner do alfabeto ilustrado disposto na sala, de modo a organizá-los em ordem

alfabética.

Terminada a lista, os alunos a trocarão entre si a fim de que todos façam o

autorretrato na lista do colega.

Pedir aos alunos que observem os nomes levantados, percebendo com quais

letras iniciam, quanto ao número de letras e na sequência confeccionar

coletivamente um gráfico de colunas demonstrando o número de alunos que tem

seu nome iniciado com a mesma letra. Para isso, cada aluno receberá uma caixa de

fósforos a qual será colocada abaixo da letra inicial do seu nome as quais estarão

dispostas no quadro em forma de cartaz.

Para finalizar essa atividade, será jogado com os alunos um bingo de nomes.

As cartelas entregues aos alunos estarão em branco, eles selecionarão os nomes

dos colegas que desejam fazer parte da sua cartela. Cabe a professora, escrever

todos os nomes e sorteá-los. O vencedor será o aluno que conseguir preencher a

cartela primeiro.

Atividade 4

Tempo estimado: 2 aulas

Gênero textual: Agenda

Procedimento Metodológico:

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Confecção de agenda: Iniciar a atividade conversando com os alunos que na

correria do dia a dia, as pessoas procuram organizar suas vidas. Fazem listas de

compras, seguem receitas, constroem roteiros de viagem, entre tantas outras

situações. O professor deverá mostrar aos alunos que um bom exemplo disso são

as agendas com nomes de pessoas, número de telefones e endereços.

A partir dessa conversação, a professora entregará aos alunos agendas nas

quais eles anotarão os nomes dos colegas de sala, de acordo com a lista produzida

na atividade três, bem como os números de telefones e outras informações que

considerem necessárias. Essa agenda também servirá de instrumento de

comunicação com os pais, pois esta terá um espaço reservado para o envio de

bilhetes.

Em seguida, os alunos jogarão um dominó de palavras com imagens do texto.

Atividade 5

Tempo estimado: 8 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora distribuirá aos alunos jornais e revistas para que selecionem

diversas palavras para a produção de uma caixa de palavras. Escolhidas as

palavras, cada criança irá digitá-las em letras maiúsculas, caixa alta, evidenciando a

primeira letra de cada palavra, deixando-a em negrito. Uma vez impressas, estas

serão recortadas e colocadas em caixas individuais.

Cada aluno sorteará 5 palavras de sua caixa e fará a leitura em voz alta.

Em seguida, escreverão as palavras em seu caderno e pintarão as letras que

formam novas palavras.

Cada aluno receberá uma cartela de bingo vazia e escolherá nove palavras

da sua caixa para compô-la, então a professora iniciará o sorteio das palavras que

serão marcadas em cada cartela. Vence o jogo, a criança que preencher sua cartela

e ler todas as suas palavras.

Utilizando outras palavras de sua caixa, os alunos as ordenarão de maneira

significativa, de acordo com a ideia expressa no livro terão palavras baratas,

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palavras caras e que valem uma fortuna.

Cada um explicará o porquê da escolha de sua palavra e como chegaram a

conclusão de que seriam baratas, caras ou valeriam uma fortuna.

Atividade 6

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora dividirá os alunos em cinco grupos, os quais participarão de um

jogo de percurso que utilizará palavras do livro em forma de imagens.

As imagens serão colocadas no chão em forma de percurso de modo que os

alunos possam circular por elas.

Primeiro será definida a ordem dos jogadores. Então cada participante, na sua

vez, lançará o dado e o valor sorteado será o número de casas que ele andará no

percurso. Ao parar numa das casas, este deverá verificar a imagem, escrever seu

nome numa folha, mostrar a todos e lê-la em voz alta. Caso erre poderá contar com

a ajuda de um colega para fazer a leitura. Neste percurso ainda a professora

colocará expressões como: início, chegada, volte duas casas, avance três casas,

fique uma rodada sem jogar, primeira letra da palavra, primeira sílaba, retire a sílaba

…. e leia, uma palavra que começa com...

Terminado o jogo, cada aluno escolherá cinco imagens, deverá registrá-las no

caderno, pintar as letras que formam novas palavras e lê-las em voz alta para os

colegas.

Atividade 7

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico:

Como no nível pré-silábico os alunos estão ainda no processo de

reconhecimento do alfabeto, a atividade com o diário deve ser formulada através de

imagens que registrem o pensamento do aluno. Aqueles que quiserem podem

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arriscar na escrita, pois não podemos deixar de lembrar que neste processo não

existe o erro mas as tentativas de escrita.

Para tal atividade, a professora levará para sala o livro DIÁRIO DE UM

BANANA (KINNEY , 2008) para que os alunos manuseiem. Cada aluno receberá um

diário que será seu e também a orientação de que deverá anotar, através de

imagens ou palavras, aquilo que achar necessário. Destacar também que por ser

uma escrita pessoal ele não tem a obrigação de mostrá-lo a outras pessoas e que

deverá compartilhá-lo se tiver vontade.

Para finalizar a atividade, a professora apresentará aos alunos o seu diário,

falando a respeito de como foi trabalhar com eles e convidará aqueles que se

sentirem a vontade para compartilhar o seu diário também.

Na sequência, a professora dividirá os alunos em grupo e distribuirá os

seguintes jogos de alfabetização: Dado sonoro, bingo dos sons iniciais e bingo da

letra inicial. (Jogos de alfabetização CEEL)

Ao apresentar o jogo a turma, a professora fará a jogada inicial no coletivo. A

medida que os jogos forem sendo realizados, a professora observará as reações de

cada aluno e fará as intervenções quando necessárias.

No dado sonoro, os alunos refletirão sobre as propriedades sonoras das

palavras.

No bingo dos sons iniciais, o aluno perceberá que a palavra é constituída de

significado e sequencia sonora.

E no bingo da letra inicial, o aluno compreenderá que as sílabas são formadas

por unidades menores.

Atividade 8

Tempo estimado: 4 aulas

Procedimento Metodológico:

Os alunos ouvirão a música Palavras (Sérgio Britto e Marcelo Fromer),

disponível no site: http://www.vagalume.com.br

Em seguida cada aluno procurará em sua caixa palavras que tenham ouvido

na música e lerão para os demais colegas.

Depois receberão a letra da música e realizarão as seguintes atividades:

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Pinte de azul uma palavra que comece com a mesma letra do seu nome.

Pinte de amarelo uma palavra que comece com o mesmo som inicial do seu

nome.

Pinte de vermelho uma palavra que termine com o mesmo som que termina o

seu nome.

Escolha cinco palavras, monte com o alfabeto móvel e descubra outras

palavras dentro delas.

Liste em seu caderno as palavras descobertas.

Dando continuidade, cada aluno receberá um verso da música, a partir dele

fará uma lista de palavras que indiquem o que é solicitado no verso. Palavras de

amor, palavras doentes, de emergência, para brincar,...

As listas serão transformadas em cartazes que serão ilustrados com figuras

retiradas de revistas e jornais.

Atividade 9

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico:

Nesta atividade os alunos serão orientados quanto aos elementos presentes

no gênero bilhete. Serão mostrados a eles diferentes modelos para que observem.

Então a professora partirá para o seguinte enunciado:

Philéas pegou várias palavras em sua rede e dessa vez não foram palavras

sem graça. Então ele poderá escrever um bilhete para Cybelle. O que ele irá

escrever?

A partir deste enunciado, a professora convidará os alunos a procurarem

palavras em suas caixas que possam ser utilizadas por Philéas na produção do seu

bilhete.

Escolhidas as palavras, a professora e alunos produzirão um bilhete coletivo

para Cybelle.

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UNIDADE 2 - NÍVEL SILÁBICO

JUSTIFICATIVA

Nesta fase, a criança percebe que a escrita está ligada diretamente a fala e,

começa a empregar uma relação entre os sons da sílaba aos sinais gráficos

produzidos por ela.

A medida que o educando conhece as letras e começa a relacioná-las a seus

sons, passa a fazer uso delas para evidenciar o que quer escrever

No decorrer deste processo, surgem as escritas silábico-alfabéticas, que

evidenciam a passagem da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Onde a

criança apresenta avanços e retrocessos em sua escrita devido ao fato de ora

apresentar novos símbolos gráficos à sua escrita, ora faz uso de apenas um sinal

gráfico para identificar sons que ainda não tem pleno domínio.

A diagnose realizada evidenciou que dez, dos vinte alunos avaliados, ou seja,

cinquenta por cento dos alunos, encontravam-se no nível silábico, ou seja, ainda não

tinham pleno domínio da escrita mas conheciam a maioria das letras e buscam fazer

uso delas nas suas tentativas de escrita.

OBJETIVO GERAL

Ampliar o repertório de letras do alfabeto estabelecendo relações entre o som e a

escrita.

Objetivos específicos

Ouvir diferentes leituras;

Ampliar o repertório de letras do alfabeto.

Utilizar o alfabeto móvel para reproduzir seu nome, de colegas e de palavras

solicitadas;

Reconhecer sílaba inicial e sílaba final nas palavras escolhidas;

Segmentar palavras, identificando partes que constituem outras palavras;

Listar os nomes dos colegas em agenda;

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Produzir gráficos coletivamente;

Confeccionar caixa de palavras do seu repertório.

Produzir diários;

Compreender regras de jogos;

Produzir bilhete coletivamente.

Avaliação

A avaliação será contínua, a professora acompanhará as tentativas de escrita

pelo aluno no decorrer das atividades.

Atividade 1

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora iniciará a atividade com a leitura do livro A grande fábrica de

palavras.

Durante a leitura, a professora fará uma primeira parada no trecho “Nesse

estranho país é preciso comprar as palavras e engoli-las para poder pronunciá-las” e

dará a cada aluno uma pílula que a abrirão e lerão em voz alta a palavra que estará

dentro. Em seguida colarão a palavra no caderno.

Dando continuidade a leitura, uma nova parada será dada no trecho “...

porque ele quer guardá-las para dar a alguém muito especial”. Nesse momento, será

organizada no chão uma tabela com três colunas. A primeira coluna terá como título

a palavra especiais; a segunda, estranhas e a terceira, necessárias. Cada aluno

receberá uma palavra, a qual lerá em voz alta e colocará em uma das colunas de

acordo com o que a palavra significa para ele.

Terminada a tabela, a professora fará uma leitura coletiva das palavras

escolhidas e discutirá com os alunos o porquê das escolhas e as possibilidades de

troca.

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Atividade 2

Tempo estimado: 2 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora distribuirá aos alunos o alfabeto móvel e pedirá que montem a

frase FÁBRICA DE PALAVRAS. Então, solicitará a eles que identifiquem oralmente:

Número de palavras;

Primeira sílaba das palavras;

Última sílaba das palavras;

Que outras palavras começam com as mesmas sílabas das palavras.

Em seguida eles montarão as palavras CEREJA, POEIRA e CADEIRA, as

quais foram ditas pelo pequeno Philéas a Cybelle

A partir da palavra CADEIRA lhes será solicitado que troquem a letra C pela

letra M e depois leiam a nova palavra formada e a escrevam em seu caderno.

Também lhes será pedido que retirem as letras EIR e novamente façam a leitura da

palavra formada. Depois retirem IRA, DEI, R, CADE, CAD, DE, ADI, DEA, sempre

lendo e escrevendo a nova palavra formada.

A partir da palavra POEIRA lhes será solicitado que troquem a sílaba PO por

BE, QU, CH, F, FR, ZO. E depois leiam a nova palavra formada e a escrevam em

seu caderno. Também lhes será pedido que formem novas palavras com as letras

da palavra POEIRA, sempre lendo e escrevendo a nova palavra formada.

Serão entregues aos alunos frases numa tira sem espaçamento para que

eles a reconheçam e separem, registrando-as em seu caderno.

Atividade 3

Tempo estimado: 4 aulas

Procedimento Metodológico:

A professora iniciará a aula indagando os alunos a respeito dos nomes das

personagens do livro.

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Em seguida, deve-se solicitar que eles voltem ao livro, retirem os nomes dos

personagens e anotem em uma folha de sulfite, sempre auxiliados pela professora e

pelo alfabeto móvel.

Depois organizarão uma lista com os nomes dos alunos, observando o

banner do alfabeto ilustrado disposto na sala, de modo a organizá-los em ordem

alfabética.

Terminada a lista, os alunos a trocarão entre si a fim de que todos façam o

autorretrato na lista do colega.

Pedir aos alunos que observem os nomes levantados, percebendo com quais

letras iniciam, quanto ao número de letras e na sequência confeccionar

coletivamente um gráfico de colunas demonstrando o número de alunos que tem

seu nome iniciado com a mesma letra. Para isso, cada aluno receberá uma caixa de

fósforos a qual será colocada abaixo da letra inicial do seu nome as quais estarão

dispostas no quadro em forma de cartaz.

Para finalizar essa atividade, será jogado com os alunos um bingo de nomes.

As cartelas entregues aos alunos estarão em branco, eles selecionarão os nomes

dos colegas que desejam fazer parte da sua cartela. Cabe a professora, escrever

todos os nomes e sorteá-los. O vencedor será o aluno que conseguir preencher a

cartela primeiro.

Atividade 4

Tempo estimado: 2 aulas

Gênero textual: Agenda

Procedimento Metodológico:

Confecção de agenda: Iniciar a atividade conversando com os alunos que na

correria do dia a dia, as pessoas procuram organizar suas vidas. Fazem listas de

compras, seguem receitas, constroem roteiros de viagem, entre tantas outras

situações. O professor deverá mostrar aos alunos que um bom exemplo disso são

as agendas com nomes de pessoas, número de telefones e endereços.

A partir dessa conversação, a professora entregará aos alunos agendas nas

quais eles anotarão os nomes dos colegas de sala, de acordo com a lista produzida

na atividade 3, bem como os números de telefones e outras informações que

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considerem necessárias. Essa agenda também servirá de instrumento de

comunicação com os pais, pois esta terá um espaço reservado para o envio de

bilhetes.

Em seguida, os alunos jogarão um dominó com palavras do texto, onde

observarão o início da palavra e deverão colocar a peça que a termina. O vencedor

será o aluno que terminar suas peças primeiro.

Atividade 5

Tempo estimado: 8 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora distribuirá aos alunos jornais e revistas para que selecionem

diversas palavras para a produção de uma caixa de palavras. Escolhidas as

palavras, cada criança irá digitá-las em letras maiúsculas, caixa alta, destacando a

primeira letra de cada palavra, deixando-a em negrito. Uma vez impressas, estas

serão recortadas e colocadas em caixas individuais.

Cada aluno sorteará 5 palavras de sua caixa e fará a leitura em voz alta.

Em seguida, escreverão as palavras em seu caderno e pintarão as letras que

formam novas palavras.

Cada aluno receberá uma cartela de bingo vazia e escolherá nove palavras

da sua caixa para compô-la, então a professora iniciará o sorteio das palavras que

serão marcadas em cada cartela. Vence o jogo, a criança que preencher sua cartela

e ler todas as suas palavras.

Utilizando outras palavras de sua caixa, os alunos as ordenarão de maneira

significativa, de acordo com a ideia expressa no livro terão palavras baratas,

palavras caras e que valem uma fortuna.

Cada um explicará o porquê da escolha de sua palavra e como chegaram a

conclusão de que seriam baratas, caras ou valeriam uma fortuna.

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Atividade 6

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora dividirá os alunos em cinco grupos, os quais participarão de um

jogo de percurso que utilizará palavras do livro em forma de imagens.

As imagens serão colocadas no chão em forma de percurso de modo que os

alunos possam circular por elas.

Primeiro será definida a ordem dos jogadores. Então cada participante, na sua

vez, lançará o dado e o valor sorteado será o número de casas que ele andará no

percurso. Ao parar numa das casas, este deverá verificar a imagem, escrever seu

nome numa folha, mostrar a todos e lê-la em voz alta. Caso erre poderá contar com

a ajuda de um colega para fazer a leitura. Neste percurso ainda a professora

colocará expressões como: início, chegada, volte duas casas, avance três casas,

fique uma rodada sem jogar, primeira letra da palavra, primeira sílaba, retire a sílaba

…. e leia, uma palavra que começa com...

Terminado o jogo, cada aluno escolherá cinco imagens, deverá registrá-las no

caderno, pintar as letras que formam novas palavras e lê-las em voz alta para os

colegas.

Atividade 7

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico

Para tal atividade, a professora levará para sala o livro DIÁRIO DE UM

BANANA (FINNEY, 2008) para que os alunos manuseiem. Cada um receberá um

diário que será seu e também a orientação de que deverá anotar aquilo que achar

necessário. Destacar também que por ser uma escrita pessoal ele não tem a

obrigação de mostrá-lo a outras pessoas e que deverá compartilhá-lo se tiver

vontade.

Para finalizar a atividade, a professora apresentará aos alunos o seu diário,

falando a respeito de como foi trabalhar com eles e convidará aqueles que se

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sentirem a vontade para compartilhar o seu diário também.

Em seguida, a professora dividirá os alunos em grupo e distribuirá os

seguintes jogos de alfabetização: Palavra dentro de palavra, troca letras e batalha de

palavras. (Jogos de alfabetização CEEL)

Ao apresentar o jogo a turma, a professora fará a jogada inicial no coletivo. A

medida que os jogos forem sendo realizados, a professora observará as reações de

cada aluno e fará as intervenções quando necessárias.

Na palavra dentro de palavra, os alunos sistematizarão e consolidarão a

correspondência entre a escrita e a pauta sonora.

No troca letras, os alunos refletirão sobre as correspondências entre as

unidades sonoras e as unidades gráficas.

E na batalha de palavras os alunos perceberão que as palavras são

constituídas de significados e sequências sonoras, desenvolvendo assim a

consciência fonológica.

Atividade 8

Tempo estimado: 4 aulas

Procedimento Metodológico:

Os alunos ouvirão a música Palavras (Sérgio Britto e Marcelo Fromer),

disponível no site: http://www.vagalume.com.br.

Em seguida cada aluno procurará em sua caixa palavras que tenham ouvido

na música e lerão para os demais colegas.

Depois receberão a letra da música faltando algumas palavras. A música será

colocada novamente para a audição e deverão completar com as palavras que

faltam.

Também realizarão as seguintes atividades:

Pinte de azul uma palavra que comece com a mesma letra do seu nome.

Pinte de amarelo uma palavra que comece com o mesmo som do seu nome.

Pinte de vermelho uma palavra que termine com o mesmo som que termina o

seu nome.

Escolha cinco palavras, monte com o alfabeto móvel e descubra outras

palavras dentro delas.

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Liste em seu caderno as palavras descobertas.

Dando continuidade, cada aluno receberá um verso da música, a partir dele

fará uma lista de palavras que indiquem o que é solicitado no verso. Palavras de

amor, palavras doentes, de emergência, para brincar,...

As listas serão transformadas em cartazes que serão ilustrados com figuras

retiradas de revistas e jornais.

Atividade 9

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico:

Philéas pegou várias palavras em sua rede e dessa vez não foram palavras

sem graça. Então ele poderá escrever um bilhete para Cybelle. O que ele irá

escrever?

A partir deste enunciado, a professora convidará os alunos a procurarem

palavras em suas caixas que possam ser utilizadas por Philéas na produção do seu

bilhete.

Nesta atividade os alunos serão orientados quanto aos elementos presentes

no gênero bilhete. Serão mostrados aos alunos diferentes modelos para que eles

observem.

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UNIDADE 3 - NÍVEL ALFABÉTICO

JUSTIFICATIVA

Nesta fase, o aprendiz é capaz de dominar a escrita, mesmo apresentando

transcrevendo a fala de forma a utilizar uma escrita fonética, e dessa forma com

muitos erros ortográficos. Sua produção variará de acordo com o contato que ele

tem com textos escritos ou orais, ou seja, da vivência do mesmo com os diversos

gêneros textuais no seu dia a dia.

Assim, fica claro que quanto mais contato tiver, em casa ou na escola, com

materiais de leitura, mais facilidade ele terá nas suas escritas independentes.

Pode ser percebido que oito, dos vinte alunos avaliados, ou seja quarenta por

cento, encontravam-se no nível alfabético, apresentando erros ortográficos mas

dominando a escrita.

OBJETIVO GERAL

Ler e escrever pequenos textos, reconhecendo a finalidade, localizando informações

e realizando inferências.

Objetivos específicos

Ouvir diferentes leituras;

Reconhecer sílaba inicial e sílaba final nas palavras escolhidas;

Segmentar palavras, identificando partes que constituem outras palavras;

Listar os nomes dos colegas em agenda;

Produzir adivinhações;

Identificar rimas;

Produzir gráficos coletivamente;

Confeccionar caixa de palavras do seu repertório;

Organizar textos obedecendo sua sequência;

Produzir diários;

Compreender regras de jogos.

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32

Produzir carta;

Rescrever carta.

Avaliação

A avaliação será contínua, a professora acompanhará a participação e as

escritas do aluno no decorrer das atividades.

Atividade 1

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora iniciará a atividade com a leitura do livro A grande fábrica de

palavras.

Durante a leitura, a professora fará uma primeira parada no trecho “Nesse

estranho país é preciso comprar as palavras e engoli-las para poder pronunciá-las” e

dará a cada aluno uma pílula que a abrirão e lerão em voz alta a palavra que estará

dentro. Em seguida colarão a palavra no caderno.

Dando continuidade a leitura, uma nova parada será dada no trecho “...

porque ele quer guardá-las para dar a alguém muito especial”. Nesse momento, será

organizada no chão uma tabela com três colunas. A primeira coluna terá como título

a palavra especiais; a segunda, estranhas e a terceira, necessárias. Cada aluno

receberá uma palavra, a qual lerá em voz alta e colocará em uma das colunas de

acordo com o que a palavra significa para ele.

Terminada a tabela, a professora fará uma leitura coletiva das palavras

escolhidas e discutirá com os alunos o porquê das escolhas e as possibilidades de

troca.

Atividade 2

Tempo estimado: 2 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

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Procedimento Metodológico:

A professora pedirá que na frase FÁBRICA DE PALAVRAS os alunos

identifiquem oralmente:

Número de palavras;

Primeira sílaba das palavras;

Última sílaba das palavras;

Que outras palavras começam com as mesmas sílabas das palavras.

Em seguida eles escreverão as palavras CEREJA, POEIRA e CADEIRA, as

quais foram ditas pelo pequeno Philéas a Cybelle

A partir da palavra CADEIRA lhes será solicitado que troquem a letra C pela

letra M e depois leiam a nova palavra formada e a escrevam em seu caderno.

Também lhes será pedido que retirem as letras EIR e novamente façam a leitura da

palavra formada. Depois retirem IRA, DEI, R, CADE, CAD, DE, ADI, DEA, sempre

lendo e escrevendo a nova palavra formada.

A partir da palavra POEIRA lhes será solicitado que troquem a sílaba PO por

BE, QU, CH, F, FR, ZO. E depois leiam a nova palavra formada e a escrevam em

seu caderno. Também lhes será pedido que formem novas palavras com as letras

da palavra POEIRA, sempre lendo e escrevendo a nova palavra formada.

Serão entregues aos alunos trechos do livro numa folha, sem espaçamento,

para que eles a reconheçam e separem, registrando-as em seu caderno.

Atividade 3

Tempo estimado: 4 aulas

Procedimento Metodológico:

A professora iniciará a aula indagando os alunos a respeito dos nomes das

personagens do livro.

Em seguida, deve-se solicitar que eles voltem ao livro, retirem os nomes dos

personagens e anotem em uma folha de sulfite, sempre auxiliados pela professora e

pelo alfabeto móvel.

Depois organizarão uma lista com os nomes dos alunos, observando o

banner do alfabeto ilustrado disposto na sala, de modo a organizá-los em ordem

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alfabética.

Terminada a lista, os alunos a trocarão entre si a fim de que todos façam o

seu autorretrato na lista do colega.

Pedir aos alunos que observem os nomes levantados, percebendo com quais

letras iniciam, quanto ao número de letras e na sequência confeccionar

coletivamente um gráfico de colunas demonstrando o número de alunos que tem

seu nome iniciado com a mesma letra. Para isso, cada aluno receberá uma caixa de

fósforos a qual será colocada abaixo da letra inicial do seu nome as quais estarão

dispostas no quadro em forma de cartaz.

Para finalizar essa atividade, será jogado com os alunos um bingo de nomes.

As cartelas entregues aos alunos estarão em branco, eles selecionarão os nomes

dos colegas que desejam fazer parte da sua cartela. Cabe a professora, escrever

todos os nomes e sorteá-los. O vencedor será o aluno que conseguir preencher a

cartela primeiro.

Atividade 4

Tempo estimado: 2 aulas

Gênero textual: Agenda

Procedimento Metodológico:

Confecção de agenda: Iniciar a atividade conversando com os alunos que na

correria do dia a dia, as pessoas procuram organizar suas vidas. Fazem listas de

compras, seguem receitas, constroem roteiros de viagem, entre tantas outras

situações. O professor deverá mostrar aos alunos que um bom exemplo disso são

as agendas com nomes de pessoas, número de telefones e endereços.

A partir dessa conversação, a professora entregará aos alunos agendas nas

quais eles anotarão os nomes dos colegas de sala, de acordo com a lista produzida

na atividade 3, bem como os números de telefones e outras informações que

considerem necessárias. Essa agenda também servirá de instrumento de

comunicação com os pais, pois esta terá um espaço reservado para o envio de

bilhetes.

Em seguida, os alunos jogarão um dominó com frases do texto, onde

observarão o início da frase e deverão colocar a peça que a termina. O vencedor

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será o aluno que terminar suas peças primeiro.

Atividade 5

Tempo estimado: 8 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

A professora distribuirá aos alunos jornais e revistas para que selecionem

diversas palavras para a produção de uma caixa de palavras. Escolhidas as

palavras, cada criança irá digitá-las em letras maiúsculas, caixa alta, evidenciando a

primeira letra de cada palavra, deixando-a em negrito. Uma vez impressas, estas

serão recortadas e colocadas em caixas individuais.

Cada aluno sorteará 5 palavras de sua caixa e fará a leitura em voz alta

dessas.

Em seguida, escreverão as palavras em seu caderno e pintarão as letras que

formam novas palavras.

Os educandos receberão algumas adivinhas. Eles deverão identificar do que

se trata e anotar os nomes abaixo.

Solicitar aos alunos que produzam algumas adivinhas e escrevam-nas numa

folha para jogar com a turma.

Utilizando outras palavras de sua caixa, os alunos as ordenarão de maneira

significativa, de acordo com a ideia expressa no livro terão palavras baratas,

palavras caras e que valem uma fortuna.

Cada um explicará o porquê da escolha de sua palavra e como chegaram a

conclusão de que seriam baratas, caras ou valeriam uma fortuna.

Cada aluno selecionará cinco palavras novamente e produzirá versos

contendo rimas.

Atividade 6

Tempo estimado: 4 aulas

Literatura utilizada: A grande fábrica de palavras (LESTRADE, 2010).

Procedimento Metodológico:

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A professora dividirá os alunos em cinco grupos, os quais participarão de um

jogo de percurso que utilizará palavras do livro em forma de imagens.

As imagens serão colocadas no chão em forma de percurso de modo que os

alunos possam circular por elas.

Primeiro será definida a ordem dos jogadores. Então cada participante, na sua

vez, lançará o dado e o valor sorteado será o número de casas que ele andará no

percurso. Ao parar numa das casas, este deverá verificar a imagem, escrever seu

nome numa folha, mostrar a todos e lê-la em voz alta. Caso erre poderá contar com

a ajuda de um colega para fazer a leitura. Neste percurso ainda a professora

colocará expressões como: início, chegada, volte duas casas, avance três casas,

fique uma rodada sem jogar, primeira letra da palavra, primeira sílaba, retire a sílaba

…. e leia, uma palavra que começa com...

Terminado o jogo, cada aluno escolherá cinco imagens, deverá registrá-las no

caderno, pintar as letras que formam novas palavras e lê-las em voz alta para os

colegas.

Atividade 7

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico:

Para tal atividade, a professora levará para sala o livro DIÁRIO DE UM

BANANA (FINNEY, 2008) para que os alunos manuseiem. Cada um receberá um

diário que será seu e também a orientação de que deverá anotar aquilo que achar

necessário. Destacar também que por ser uma escrita pessoal ele não tem a

obrigação de mostrá-lo a outras pessoas e que deverá compartilhá-lo se tiver

vontade.

Para finalizar a atividade, a professora apresentará aos alunos o seu diário,

falando a respeito de como foi trabalhar com eles e convidará aqueles que se

sentirem a vontade para compartilhar o seu diário também.

A professora dividirá os alunos em grupo e distribuirá os seguintes jogos de

alfabetização: Caça rimas, trinca mágica e batalha de palavras. (Jogos de

alfabetização CEEL)

Ao apresentar o jogo a turma, a professora fará a jogada inicial no coletivo. A

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medida que os jogos forem sendo realizados, a professora observará as reações de

cada aluno e fará as intervenções quando necessárias.

Nos jogos caça rimas, trinca mágica e batalha de palavras, os alunos

perceberão que as palavras são constituídas de significados e sequências sonoras,

desenvolvendo assim a consciência fonológica.

Atividade 8

Tempo estimado: 4 aulas

Procedimento Metodológico

Os alunos ouvirão a música Palavras (Sérgio Britto e Marcelo Fromer),

disponível no site: http://www.vagalume.com.br

Em seguida cada aluno procurará em sua caixa palavras que tenham ouvido

na música e lerão para os demais colegas.

Depois receberão a letra da música com versos fatiados. A música será

colocada novamente para a audição e deverão organizá-la na ordem correta dos

versos.

Organizada a letra da música, os alunos a colarão em seu caderno.

Na sequência dessa atividade, os educandos deverão colorir as rimas

presentes em cada verso e registrá-las no caderno.

Dando continuidade, cada aluno receberá um verso da música, a partir dele

fará uma lista de palavras que indiquem o que é solicitado no verso. Palavras de

amor, palavras doentes, de emergência, para brincar,...

As listas serão transformadas em cartazes que serão ilustrados com figuras

retiradas de revistas e jornais.

Atividade 9

Tempo estimado: 2 aulas

Procedimento Metodológico:

Ler para os alunos o livro O CARTEIRO CHEGOU (AHLBERG, 2007)

mostrando os diferentes tipos de cartas que existem.

Conversar com os alunos sobre o que eles pensam a respeito, se tem o

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hábito de se comunicar assim ou quais os outros meios que utilizam.

Mostrar a eles os elementos essenciais em uma carta pessoal e o seguinte

enunciado:

Philéas pegou várias palavras em sua rede e dessa vez não foram palavras

sem graça. Então ele poderá escrever um carta para Cybelle. O que ele irá

escrever?

A partir deste enunciado, a professora convidará os alunos a procurarem

palavras em suas caixas que possam ser utilizadas por Philéas na produção de sua

carta.

Em seguida, a professora pedirá a cada um que imagine como seria uma

carta de amor escrito por Philéas. E que se colocando no lugar dele produzam, em

duplas, uma carta para Cybelle.

Tendo todos terminado a escrita, trocarão com seus colegas a fim de que eles

leiam e identifiquem se o texto está bem escrito, de fácil entendimento e opinando

sobre o que poderá ser melhorado.

Para finalizar a atividade, a professora sentará com cada dupla para

identificarem as melhorias que podem ser realizadas em sua produção.

Uma vez terminada essa atividade, os alunos poderão reescrever seu texto.

Todas as cartas produzidas pelos alunos ficarão expostas num cartaz na sala

de aula.

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PROJETO PILOTO

Em resposta a avaliação diagnóstica e análise dos dados sobre os diferentes

níveis de leitura e escrita que se encontram os alunos do 6° ano do Colégio Estadual

Professora Ângela Sandri Teixeira, a professora elaborou atividades nos três níveis

de alfabetização, visando melhorias na qualidade de leitura e escrita dos mesmos.

Para tanto, valeu-se de um piloto a fim de avaliar a receptividade das atividades

pelos alunos.

A atividade escolhida foi a de número um por ser a mesma a ser desenvolvida

nos três níveis.

As expectativas de ensino diante dessa atividade eram de verificar a

receptividade dos alunos em relação ao livro, a participação durante a contação da

história e a capacidade de argumentação defendendo suas ideias.

A resposta da turma da sala de apoio confirmou que as atividades são

pertinentes pois os mesmos demonstraram interesse na história, participando

ativamente da leitura quando solicitados e ainda quando lhes foi proposto a

confecção de colunas sobre a importância das palavras em suas vidas, souberam

usar argumentos para explicar suas escolhas e discutir com os demais colegas.

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REFERÊNCIAS

AHLBERG, Janet. AHLBERG. Allan. O carteiro chegou; trad. Eduardo Brandão.

São Paulo. Companhia das Letrinhas, 2007. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2 Língua Portuguesa: Ensino de primeira a quarta série. 1997.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: organização do trabalho docente para promoção da aprendizagem. Ano 01

unidade 08. Brasília. 2012. ______. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: n° 9394/96. Brasília. 1996. BRANCO, V. SIMONIAN, M. Alfabetização e linguagem. Curitiba. Pró-reitoria de

Graduação. Coordenadoria de Integração de Políticas de Educação a Distância. CIPEAD-UFPR. Curitiba. 2010. BRITTO. Sérgio, FROMER. Marcelo. Música Palavras. Disponível em:

http://www.vagalume.com.br, Acesso em 20/11/2014 às 19 horas e 01 minuto. FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Artmed.

Porto Alegre.1999. KINNEY, Jeff. Diário de um banana. Tradução Antonio de Macedo Soares. Cotia,

SP. Vergara e Ribas Editoras, 2008. LESTRADE, Agnes de. A grande fábrica de palavras. Belo Horizonte. Aletria

Editora, 2010. UFPE. Centro de Estudos em Educação e Linguagem – CEEL. Jogos de Alfabetização. MEC/UFPE/CEEL. Pernambuco, 2009.