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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UENP – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
VILMA DOS SANTOS OLIVEIRA
GEOMETRIA PLANA DENTRO DO CONTEXTO MATEMÁTICO
Jacarezinho – PR
2013
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
TURMA – PDE / 2013
Título: GEOMETRIA PLANA DENTRO DO CONTEXTO MATEMÁTICO
Autor Vilma dos Santos Oliveira
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Escola Estadual Castro Alves
Município da Escola Pinhalão – PR
Núcleo Regional de Educação Ibaiti
Professor Orientador Jonis Jecks Nervis
Instituição de Ensino Superior UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus de Cornélio Procópio
Relação Intercisciplinar
Resumo Este trabalho visa investigar as várias formas de avaliações sobre a matemática, considerada uma ciência de raciocínio lógico, que está sempre à procura de definições precisas, porém sempre tentando novas explicações para soluções claras. Em sua variação ao abordar sobre a geometria, aqui especificamente a plana, que estuda o ponto, a reta e o plano, que têm uma grande representatividade na vida cotidiana, pois, o conhecimento geométrico realiza os grandes feitos nas diversas áreas edificadas ou mesmo nas divisões territoriais. Assim, procura-se dar uma visão ampla aos alunos sobre a beleza e o rigor das demonstrações que ela impõe. Portanto, dentro da forma avaliativa proposta pelos PCNs, propor e analisar a melhor forma lúdica de apresentação do contexto didático da geometria plana dentro do cotidiano escolar e social. A ludicidade é uma maneira de contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual do educando. Assim como Tangran ajuda em sala tornando-a mais atrativa e dinâmica, proporcionando aos
alunos não somente a solução de problemas matemáticos, mas a criação e meios diversos para se chegar a várias soluções
Palavras-chave Avaliação. Geometria. Matemática. PCNs.
Lúdico.
Formato do Material Didático Unidade didática
Público Alvo Alunos do 6° ano - EF
1 APRESENTAÇÃO
A matemática é assistida por muitos alunos como algo relevante, distante e
difícil de aprender Ela é uma ciência, estuda as quantidades, o espaço, formas, as
relações abstratas e lógicas aplicadas aos símbolos, mas ainda é a vilã dos
fracassos escolares.
Sendo uma linguagem universal a matemática não é exclusivamente
aplicada em cálculos, pois consiste na expressão dos números abstratos utilizados
para valorar a quantidade, a forma e a relação existente, assim, a matemática tem
características bem mais complexas.
Portanto, para uma melhor aprendizagem, ela é subdividida em várias
formas. Aqui especificamente será analisada a Geometria, numa dedução lógica que
se originou de um número reduzido de idéias fundamentais a estrutura incontestável
que a caracteriza.
Justifica-se este trabalho especificamente quanto a Geometria Plana que
estuda o ponto, a reta e o plano, e que tem uma grande representatividade na vida
cotidiana, pois, o conhecimento geométrico é de fundamental relevância para a
realização de grandes feitos nas diversas áreas como: a Ciência e a Tecnologia, a
Medicina, a Economia, o Ambiente e o Desenvolvimento, e a Administração Pública,
o progresso e a inovação dependem frequentemente de novas descobertas
matemáticas.
A Geometria Plana, presente em praticamente todos os espaços prioriza a
sua formação total, pois é uma disciplina viva que pode ser construída dia a dia,
através de qualquer espaço.
Desta forma, porém surgem os questionamentos: Qual a melhor forma do
professor expor a geometria plana dentro do contexto matemático? Como construir
conceitos relacionados à matéria relacionados a apresentação prática, ou seja, a
manipulação de figuras e a apresentação do lúdico.?
Neste contexto, o objetivo geral é propor e analisar a melhor forma lúdica de
apresentação do conjunto didático da Geometria Plana dentro do cotidiano escolar e
social. E como objetivos específicos: Procurar situações básicas de instiguem a
curiosidade na elaboração e construção de figuras geometricamente planas;
Desenvolver o raciocínio e a criatividade entre ponto e reta; Estimular a busca, a
comparação e a crítica em relação aos espaços físicos e Utilizar o Tangran como
ferramenta de ensino.
Sendo a proposta deste projeto fundamentada nas atividades e nos estudos,
em questão, será necessariamente montado o material didático para que se possa
colocar em prática.
Desta forma, este projeto será aplicado em etapas, conforme segue:
1) Propor aos alunos que relacionem objetos geométricos planos que se
encontram no laboratório de informática da escola;
2) Fazer uma relação englobando todos os objetos comuns encontrados;
3) Serão formados grupos de alunos para cada tipo de objeto encontrado,
facilitando assim a figura geométrica a ser analisada;
4) O material utilizado será cartolina, lápis coloridos e cola para papel;
5) Construção das peças, na forma lúdica de figuras, na proporcionalidade de
divisão de cada objeto, ou seja, triângulo ou quadrado; dando-lhes
explicações e conceitos, relevantes na questão, como noção intuitiva de
ponto, reta e plano.
6) Para a utilização da montagem das peças será utilizado o conjunto de
Tangram;
7) Apresentação de cada grupo aos demais membros da classe;
8) Discussão entre os alunos de todos os trabalhos realizados, mediados pelo
professor, que deve aproveitar os diferentes pontos de vista e opiniões,
valorizando a ação dos alunos, suas iniciativas
9) A forma avaliativa ocorrerá durante todo o projeto, sendo avaliado o interesse
e desempenho dos integrantes de cada grupo.
Assim, espera-se que este projeto possa ampliar os conhecimentos sobre
como a Geometria Plana contribui na construção de ideias e conceitos inerentes à
matemática.
2 DESENVOLVIMENTO
Quem inventou a matemática? Preciso mesmo saber tudo isso? Quando e
onde vou usar? E tantas outras.
Na realidade até mesmo o professor fica questionando, como e quando tudo
isso surgiu?
Para esta e tantas outras questões, este trabalho será dividido em capítulos
para seu entendimento.
2.1 RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A História da Matemática revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a Matemática que se conhece hoje. A literatura matemática faz menções
de que os Babilônios, por volta de 2000 a.C. já tinham em seus registros o que hoje
se classifica como álgebra elementar. É a partir daí que Ribnikov (1987) demarca o
período do nascimento da Matemática. Contudo, como ciência, a Matemática
emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a
civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram
registrados. Também na Grécia, por meio dos pitagóricos, ocorreram as
preocupações iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na
formação das pessoas (PARANÁ, 2006, p. 15).
As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados
profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era formar o homem político, que,
pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a
popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a sua inclusão de
forma regular nos círculos de estudos. A Matemática ensinada se baseava nos
conhecimentos de aritmética, geometria, música e astronomia. Com suas
metodologias, introduziram uma educação com caráter de intelectualidade e valor
científico. Porém, no século V d.C., início da Idade Média, o ensino teve caráter
estritamente religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do
calendário litúrgico e determinar as datas religiosas (PARANÁ, 2006, p. 16).
O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num
contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, do
desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos e
das idéias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra
Mundial. Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra
uma estrutura educacional artificial e verbalizada. Porém, somente após a década
de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica
estrutural das idéias matemáticas, com a reformulação do currículo escolar, por meio
do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma
abordagem “internalista” da Matemática. O ensino era centrado no professor que
demonstrava os conteúdos em sala de aula. Enfatizava-se o uso preciso da
linguagem Matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas por
meio das propriedades estruturais (PARANÁ, 2006, p. 20).
Com o movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a
precisão da linguagem matemática facilitariam o seu ensino. De acordo com Miguel
e Miorim (2004, p. 44), temos:“uma Matemática escolar orientada pela lógica, pelos
conjuntos, pelas relações, pelas estruturas matemáticas, pela axiomatização”.
E assim, em 1991, iniciou-se um processo de formação continuada, baseado
nos textos do Currículo Básico, cuja concepção de ensino já sustentava que
“aprender Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou
marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos
problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, p. 66).
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, o ensino da
Matemática tomou novas proporções, ou seja, foram criadas divisões, como a
Geometria, o Desenho Geométrico e a Álgebra.
2.2 A ORIGEM DA GEOMETRIA
A origem da Geometria (do grego medir a terra) está ligada a algumas
práticas do cotidiano relacionadas ao plantio, construções e movimento dos astros,
sendo usada para cálculo de áreas, superfícies e volumes. Seu estudo iniciou-se na
antiguidade, nas civilizações egípcia e babilônica, por volta do séc. XX a.C. (BRAZ,
2009).
Todos os anos o rio Nilo extravasava as margens e inundava o seu delta.
Sem marcos fronteiriços, os agricultores e administradores de templos, palácios e
demais unidades produtivas fundadas na agricultura não tinham referência clara do
limite das suas possessões para poderem cultivá-las e pagarem os impostos
devidos. Desta forma, Os antigos faraós resolveram passar a nomear funcionários,
os agrimensores, cuja tarefa era avaliar os prejuízos das cheias e restabelecer as
fronteiras entre as diversas posses. Foi assim que nasceu a geometria. Estes
agrimensores acabaram por aprender a determinar as áreas de lotes de terreno
dividindo-os em retângulos e triângulos (BRAZ, 2009).
Muitos professores não se sentem confortáveis com a geometria,
associando-a a um nível de ensino mais elevado ou encarando-a como pouco
importante no desenvolvimento de competências matemáticas. Porém, é
reconhecido pela investigação em educação matemática que a compreensão
aprofundada da geometria tem implicações noutras áreas do currículo pela
possibilidade de se estabelecerem conexões fundamentais para uma construção
mais sólida do conhecimento matemático. Por exemplo, medida e geometria estão
intimamente ligadas no desenvolvimento de conceitos como perímetro, área e
volume. A semelhança geométrica é indissociável do estudo da proporcionalidade e
confere uma dimensão única à sua compreensão. As transformações de figuras —
rotação, translação, reflexão e dilação —, bem como a simetria são essenciais para
olhar e compreender o mundo que nos rodeia, pois as experiências geométricas,
diversificadas e ricas, são indispensáveis para o desenvolvimento do sentido e do
raciocínio espacial de cada pessoa, segundo Figueira, et. al. (2007).
2.3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GEOMETRIA PLANA
Os estudos iniciais sobre Geometria Plana estão relacionados à Grécia
Antiga, também pode ser denominada Geometria Euclidiana em homenagem a
Euclides de Alexandria (360 a.C. - 295 a.C.), grande matemático educado na cidade
de Atenas e frequentador da escola fundamentada nos princípios de Platão.
Os princípios que levaram à elaboração da Geometria Euclidiana eram
baseados nos estudos do ponto, da reta e do plano. O ponto era considerado um
elemento que não tinha definição plausível, a reta era definida como uma sequência
infinita de pontos e o plano definido através da disposição de retas.
Figura 01 – Princípios Básicos de Geometria Plana
Fonte: Noé (BRASIL ESCOLA, 2013)
A Geometria Plana relaciona-se com os seguintes conteúdos programáticos,
conforme Noé (2013):
Ponto, reta e plano
Posições relativas entre retas
Ângulos
Triângulos
Quadriláteros
Polígonos
Perímetro
Áreas de regiões planas
Em Geometria os pontos, as retas e os planos são considerados idéias
primitivas sem definição. Não existe dimensão para um ponto, apenas imagens de
ponto, como por exemplo, um lápis tocando o papel. O mesmo pode-se dizer que
ocorre com a reta e com o plano, assim representados, segundo dados Colégio
WEB (2012):
a) os pontos com letras maiúsculas A, B, C,
b) as retas com letras minúsculas r, s, t,
c) os planos com letras do alfabeto grego α, β, γ,
d) assim como dois pontos distintos definem uma reta, pode – se indicar a
reta por dois de seus pontos.
Exemplos:
O PCN – Parâmetro Curricular Nacional deixa claro que a Geometria deve
desenvolver:
[...] as habilidades de visualização, desenho, argumentação lógica e de aplicação na busca de soluções para problemas podem ser desenvolvidas com um trabalho adequado de Geometria, para que o aluno possa usar as formas e propriedades geométricas na representação e visualização de partes do mundo que o cerca (BRAIL, 1999).
Segundo o PCN, quando a Geometria Plana bem trabalhada, pode levar o
aluno a achar soluções não só para os problemas inerentes às áreas da matemática,
como outros no seu dia a dia, pois:
Perceber as relações entre as representações planas nos desenhos, mapas e na tela do computador com os objetos que lhes deram origem, conceber novas formas planas ou espaciais e suas propriedades, uma vez que, a partir dessas representações são essenciais para a leitura do mundo através dos olhos das outras ciências, em especial a Física (BRASIL, 1999).
Logo, pode-se concluir que a Geometria Plana é relevante no estudo das
ciências exatas.
2.3.1 A Geometria Plana e o Uso do Tangram
A geometria plana tem muitas aplicações no mundo real, portanto, deve-se
valorizar o contexto no qual o aluno se encontra, levando-o a perceber a relação do
conteúdo estudado com elementos do dia a dia, como embalagens de produtos,
construções, objetos, entre outros. O raciocínio geométrico estimula um conjunto de
habilidades importantes a serem desenvolvidas como, por exemplo, a percepção e a
visualização espacial, o reconhecimento de formas, a classificação, a abstração e a
capacidade de representá-las por meio de desenhos ou da construção dessas
formas.
Assim, pode-se responder aos problemas questionados neste trabalho, pois
a melhor forma do professor expor a geometria plana dentro do contexto
matemático.
Vários jogos e atividades lúdicas podem auxiliar o professor no
desenvolvimento das aulas de geometria, possibilitando a familiarização dos alunos
com os desenhos, as formas geométricas, a simetria, o conceito de área e volume,
entre outros conteúdos.
O Tangram é um jogo antigo Oriental constituído por sete peças (também
conhecidas por tans): 5 triângulos de tamanhos diferentes, 1 quadrado e 1
paralelogramo.
Conforme dados do “Ensinar EVT (2013) o objetivo deste jogo é conseguir
fazer uma determinada forma, usando as sete peças.
Não se conhece ao certo a origem do Tangram. Nem a data de concepção,
ou sequer o seu inventor.
A referência mais antiga é de um painel em madeira, de 1780 de Utamaro
com a imagem de duas senhoras chinesas a resolver um Tangram. Em chinês, o
Tangram é conhecido como Chi chiao tu, ou as Sete Peças Inteligentes.
A mais antiga publicação com exercícios de Tangram é do início do século
XIX. Chegou rapidamente ao EUA e à Europa e ficou conhecido como o “puzzle
chinês”. Desde então, são criados Tangrams em todos os tipos de materiais, desde
cartão a pedra, plástico ou metal.
A Enciclopédia de Tangram foi escrita por uma mulher, na China, há 130
anos atrás. É composta por seis volumes e contém mais de 1700 problemas para
resolver.
Ainda hoje o Tangram é muito utilizado um pouco por todo o mundo,
especialmente por professores no ensino de geometria.
A sua simplicidade, e capacidade de representar uma tão grande variedade
de objetos, mas ao mesmo tempo dificuldade em resolvê-los explica um pouco a
mística deste jogo.
O uso do Tangram para aprendizagem de Geometria Plana, tendo como
objetivo principal trabalhar a modelagem matemática não apenas em projetos
extracurriculares de contra turno (não que esses projetos não sejam importantes),
mas também em sala de aula tornando-a mais atrativa e dinâmica, proporcionando
aos alunos não somente a solução de problemas matemáticos, mas a criação e
meios diversos para se chegar as soluções de tais problemas, possibilitando a
interdisciplinariedade com a disciplina de Artes, delimitando a pesquisa com o uso
do Tangram à geometria plana. Segundo Romanowsky (2008, p.55), relata que:
A dinâmica da aula caracteriza-se pela ação do professor e dos alunos, sendo mediada pelo conhecimento. Ensinar e aprender são processos direcionados para o mesmo objetivo: o conhecimento; ambos envolvem a cognição e a relação entre sujeitos. É nesse processo dinâmico, contraditório e conflituoso que os saberes dessa prática profissional são construídos e reconstruídos.
Figura 02 – TANGRAM: Figuras Construídas
Fonte: http://www.mathlove.com/new3/puzzle/detail.php?pid=PZL03
Construção do Tangran
Segundo Alves et. al. (2011) traçando uma das diagonais, o quadrado se
divide em dois triângulos congruentes. Num dos lados do quadrado, determina-se o
ponto médio e por ele trace um segmento paralelo à diagonal. Neste segmento
traçado, determine o ponto médio e trace outro segmento perpendicular à diagonal
até o vértice mais distante do quadrado. Até aqui, construímos três triângulos
retângulos e dois trapézios retângulos. Determine os pontos médios das bases
maiores dos trapézios, e por um deles trace a altura de um dos trapézios. Pelo outro
ponto médio, trace um segmento até o vértice oposto do trapézio com os lados
formando um ângulo reto. Obtém então o Tangram por completo, conforme indicado
na figura seguinte.
Figura 03 – Construção do Tangram
Fonte: Genova, A. C. (1998)
Desta forma, a geometria estuda as figuras geométricas como o quadrado, o
retângulo, o paralelogramo, losango, triângulo, trapézio, entre outras. A
aprendizagem geométrica é necessária ao desenvolvimento do educando, por
inúmeras situações escolares, já que estão introduzidas nas Diretrizes Curriculares
da Educação Básica de Matemática (2008, p. 56):
O Conteúdo Estruturante Geometrias, no Ensino Fundamental, tem o espaço como referência, de modo que o aluno consiga analisá-lo e perceber seus objetivos para, então, representá-lo. Neste nível de ensino, o aluno de compreender: os conceitos da geometria plana: ponto, reta e plano [...], estrutura e dimensões das figuras geométricas planas e seus elementos fundamentais; cálculos geométricos[...].
Atividades a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental
Manualmente utilizando régua e com auxílio do laboratório de informática em
sites com Tangram online.
1ª Parte:
Os alunos assistem a uma apresentação de slides sobre a origem do
Tangram, logo depois assistem também a um vídeo sobre figuras geométricas de
um Tangram retirado do site www.youtube.com.br , cujo link de acesso é:
<http://www.youtube.com/watch?v=9PiaVLXsy2M>.
2ª Parte:
Os alunos serão separados em grupos com 4 integrantes e cada um recebe
1 Tangram, como mostra a figura a seguir:
Figura 04 – Mesa com o Tangram
Na sequência será entregue um questionário para cada equipe:
Atividade 1 – Construção, áreas e ângulos
1) Você já conhece essas figuras?________________________________
2) Quais você já consegue identificar o nome delas?__________________
3) Quais são os triângulos que possuem um ângulo reto?______________
4) Usando as peças do Tangram, vamos construir quadrados, utilizando:
a) Duas peças.
b) Três peças
c) Quatro peças.
d) Cinco peças
e) Sete peças.
5) Calcule a área do quadrado formado por 7 peças.
Para facilitar vamos utilizar o quadrado e considerar sua área com valor 1.
A área deste quadrado vale 1
Fonte: http://www.slideshare.net/DanielleCorrea23/atividades-com-tangram?from=share_email
a) Quais peças desse jogo podem usar para formar esse quadrado?
b) Agora forme o triângulo médio. Qual é a área desse triângulo?
c) Agora forme o paralelogramo. Qual é a área dessa figura?
d) Agora forme o triângulo grande. Qual é a área dessa figura?
e) Agora somando as áreas encontre a área do quadrado formado pelas 7 peças.
A cada uma dessas perguntas eles montam as figuras utilizando o Tangram,
conforme pode ser observado na figura seguinte.
Figura 0 5 – Desenvolvimento das Atividades
Para ficar mais ilustrativo cada equipe recebe também uma folha com
pequenos Tangram, onde irão colorir e logo depois recortar e colar em suas fichas,
conforme pode ser observado na figura a seguir.
Figura 06 – Desenvolvimento de Atividades
3ª Parte:
Atividade 2 – Utilizando o Tangram, formar algumas figuras:
a) Com 3 peças construa um triângulo:
b) Com 3 peças construa um retângulo:
c) Com 3 peças triangulares construa:
Um quadrado
Um retângulo
Um triângulo
Um paralelogramo
d) Com 4 peças construa um retângulo:
e) Com 5 peças construa um quadrado:
f ) Com as 7 peças construa um quadrado:
g) Com as 7 peças construa um triângulo
h) Com as 7 peças construa uma casa:
Atividades obtidas nos sites: www.brincaeducando.blogspot.com
ewww.slideshare.net/DanielleCorrea23/atividades-com-tangram?from=share_email.
Espera-se que esta atividade seja prazerosa e bem divertida, o que torna a aula
mais emocionante e ativa o desenvolvimento intelectual de cada educando e ainda
os ajudará a trabalhar em grupos.
3 ORIENTAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA APLICADA
Este trabalho segue a sequência didática baseado nas características
bibliográficas inerentes ao tema em questão, que dão suporte à execução das
atividades propostas.
Assim, que os alunos apropriarem-se dos conhecimentos específicos, a
professora irá apresentar alguns vídeos, dando assim às aulas mais dinamismo o
que auxiliam no entendimento e memorização sobre as atividades que serão
apresentadas.
Quando da execução das atividades, a professora dará todo suporte quanto
às dúvidas que surgirem e também para um bom desempenho e entendimento das
atividades.
Neste contexto, ao trabalhar com o Tangram, pode-se verificar as
habilidades dos alunos com as figuras geométricas dentro da fundamentação
teórica, que darão uma nova e ampla visão com referência à matemática, que para
muitos, só estudava os números.
Logo, a professora poderá fazer uma avaliação das atividades com mais
subsídios para averiguação dos resultados apresentados, podendo ter uma noção
do que os alunos mais se fundamentaram ou nos quais a dificuldade foi maior, na
geometria plana no contexto matemático.
REFERÊNCIAS
ALVES, D. C.; GAIDESKY. G.; CARVALHO JUNIOR, J. M. T. O uso do tangram para aprendizagem de geometria plana. 2011. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/05/O-USO-DO-TANGRAM-PARA-APRENDIZAGEM-DE-GEOMETRIA-PLANA.pdf>. Acesso em: 02 out. 2013.
Brasil, Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. – Brasilia: Ministério da Educação, 1999.
BRAZ, F. M. História da geometria hiperbólica. 2009. 34 p. Monografia (Especialização em Matemática) – Departamento de Matemática, Universidade Federal de Minas Gerais.Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.mat.ufmg.br/~espec/monografiasPdf/Monografia_FernandaMartins.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2013.
COLÉGIO WEB. Ponto, reta e plano. Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/matematica/ponto-reta-e-plano.html>. Acesso em: 22 maio 2013.
ENSINAR EVT. Tangram. Disponível em: <http://ensinarevt.com/jogos/tangram/#>. Acesso em: 22 maio2013.
FIGUEIRA, C. et. al. Visualização e geometria nos primeiros anos. Programa de formação continuada em matemática. 2007. Disponível em: <http://area.dgidc.min-edu.pt/materiais_NPMEB/061_visualgeo.pdf>. Acesso em: 309 set. 2013.
GÊNOVA, A C. Brincando com tangram em origami. 2. Ed. São Paulo: Global, 1998.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NOÉ, M. Geometria Plana. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/matematica/geometria-plana.htm>. Acesso em> 20 maio 2013.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED. 1990.
_____. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de matemática para a educação básica. Curitiba: SEED, 2006.
ROMANOWSKI, J. P. Formação e profissionalização docente. 3. ed. Curitiba: Ibpex,2008.
Sites Consultados:
<www.brincaeducando.blogspot.comewww.slideshare.net/DanielleCorrea23/atividades-com-tangram?from=share_email.>
<http://www.mathlove.com/new3/puzzle/detail.php?pid=PZL03>
<http://www.slideshare.net/DanielleCorrea23/atividadescomtangram?from=share_email>
<http://www.youtube.com/watch?v=9PiaVLXsy2M>.