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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2014
Título: Contos de mistério/suspense: uma proposta metodológica para o aprimoramento da linguagem
escrita
Autor Isabel Bernardo
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Vital Brasil - Ensino Fundamental, Médio e Formação Docente.
Município da Escola Vera Cruz do Oeste - PR
Núcleo Regional de Educação Cascavel - PR
Professor Orientador
Ms. Rosana Becker
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Resumo
Esta Unidade Didática está alicerçada na concepção de linguagem como interação que se realiza nos gêneros discursivos/textuais. (BAKTHIN, 1992; 2010). Optou-se nesta unidade didática pelo trabalho com a escrita a partir da leitura e produção de textos, tendo em vista que o texto é reconhecido como unidade linguística constitutiva da interação verbal e, consequentemente, materialidade dos gêneros textuais/discursivos.A partir do gênero textual contos de mistério/suspense é apresentada uma sequência didática como proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e adaptada por Costa – Hübbes (2008). Este material tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento das práticas discursivas de leitura, oralidade e principalmente escrita dos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, a fim de tornarem-se proficientes nestas práticas discursivas . As atividades propostas contemplarão 32h/a e foram divididas em etapas, sendo elas: apresentação da proposta e diagnóstico inicial, reconhecimento do gênero contos de mistério/suspense, seleção de textos do gênero, produção e reescrita de textos e circulação do gênero.
Palavras-chave Contos de mistério/suspense, Sequência Didática, Linguagem
Escrita.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental – Séries Finais
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
UNIDADE DIDÁTICA
CONTOS DE MISTÉRIO/SUSPENSE: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
PARA O APRIMORAMENTO DA LINGUAGEM ESCRITA
ISABEL BERNARDO
VERA CRUZ DO OESTE/PR 2014
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CONTOS DE MISTÉRIO/SUSPENSE: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
PARA O APRIMORAMENTO DA LINGUAGEM ESCRITA
Material apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, Departamento de Políticas e Programas Educacionais – para cumprir as exigências do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como requisito parcial dos trabalhos propostos para a participação e a execução deste Programa.
Orientadora: Prof. Ms. Rosana Becker da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE – Campus Cascavel.
VERA CRUZ DO OESTE/PR 2014
Professor PDE: Isabel Bernardo
ÁREA: Língua Portuguesa
NRE: Cascavel - PR
Professor Orientador: Profa. Ms. Rosana Becker
IES vinculada: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Escola de Intervenção: Colégio Estadual Vital Brasil - Ensino Fundamental,
Médio e Formação Docente.
Caro (a) professor (a),
Esta produção didático-pedagógica procura atender ao conjunto de
atividades previstas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e foi
pensada e desenvolvida com a intenção de desenvolver a produção escrita dos
alunos do 7º ano das Séries Finais do Ensino Fundamental.
A escolha se deu pelo fato de que, apesar das grandes mudanças
ocorridas na educação, de modo geral, no decorrer do século XX e início do
século XXI, o ensino de língua portuguesa, muitas vezes, ainda continua sendo
encaminhado em sala de aula de maneira tradicional, materializando-se no
ensino de palavras e frases isoladas nos anos iniciais de escolarização e na
apresentação e exercitação de teorias e descrições gramaticais nos anos finais
do Ensino Fundamental.
Neste sentido, muitos estudos têm sido desenvolvidos na área de Língua
Portuguesa (LP), a fim de mostrar a importância do trabalho com a produção
escrita em sala de aula. Esses estudos apontam que o objeto de estudo
privilegiado no ensino de linguagem deva ser o texto.
A produção de texto em sala de aula deve partir do envolvimento do aluno
com o texto produzido, ativando sempre sua leitura de mundo, fazendo uso dos
diferentes gêneros discursivos.
Desse modo e levando em conta também as experiências enquanto
1 IDENTIFICAÇÃO
2 APRESENTAÇÃO
professora de Língua Portuguesa, foi possível perceber as dificuldades dos
alunos em produzir textos. Neste contexto é que se pretende desenvolver uma
proposta pedagógica cujo tema é “Contos de mistério/suspense: uma proposta
metodológica para o aprimoramento da linguagem escrita” com alunos do 7º ano
do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Vital Brasil, que atende as
modalidades Ensino Fundamental, Médio e Formação Docente, na cidade de
Vera Cruz do Oeste- PR.
A proposta terá como foco um gênero discursivo da ordem do narrar, em
específico, os contos de mistério/suspense, os quais despertam no aluno o
interesse e aguçam sua curiosidade, o que pode ajudá-los na compreensão das
características da linguagem escrita.
Além disso, o contato desde cedo com textos literários é extremamente
importante para que o aluno, ao entrar no Ensino Médio, já sinta prazer pela
leitura, uma vez que há uma grande dificuldade em despertar o interesse em ler,
em especial, textos literários nesta modalidade de ensino.
FALANDO UM POUQUINHO DA LINGUAGEM ESCRITA
Muito já se tem falado sobre a leitura e a produção escrita no Brasil; no
entanto, tais práticas ainda se constituem como um grande desafio para muitos
professores, em especial, para os da área de Língua Portuguesa. Isso se deve
muitas vezes pelo fato de que não raramente percebe-se em sala de aula que
os encaminhamentos dados desconsideram que o texto deva ser o ponto de
partida para as práticas de leitura e escrita.
O exercício da escrita, em específico, muitas vezes se dá de modo
fragmentado, por meio de palavras e frases isoladas. Tal orientação encontra
respaldo na pedagogia tradicional.
Com o objetivo de preparar o aluno, a escola tradicional baseia o ensino de língua e, em decorrência dele, o de escrita, na mera repetição de sílabas, palavras, frases, exercícios gramaticais, entendendo a língua (objeto do conhecimento) como um sistema de padrões fixos imutáveis, algo pronto, enclausurado nas regras e
3 UNIDADE DIDÁTICA
estruturas de gramática normativa. Na ênfase do ensino da escrita por meio da repetição e do treino, compreende-se o aluno como receptáculo, ser passivo de quem se espera apenas a devolução do
fixado e exigido na escola. (QUIRINO, 2003, p. 279).
Apesar disso, a partir do final da década de 70 e início de 80 chegam ao
Brasil novas concepções sobre os estudos da linguagem, dentre elas, as
primeiras obras do círculo de Bakhtin começam a ser conhecidas no meio
acadêmico. Neste período, o ensino tradicional da língua começa a ceder lugar
para novas concepções, com base em teorias que valorizam o texto como
unidade fundamental para o ensino de Língua Portuguesa em sala de aula.
Estes estudos apontam para um ensino que entende que a linguagem
surge da necessidade de relação entre os sujeitos, sendo, portanto, um
fenômeno social, estabelecido pela interação verbal, quando o sujeito torna a
língua real, considerando os aspectos sociais, históricos e o contexto de
produção em que está inserido. Esta concepção tem respaldo nos estudos de
Bakhtin.
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social de interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua. (BAKHTIN, 2010, p.123).
O TEXTO EM FOCO
Uma obra que se destacou e balizou as discussões sobre o ensino de
Língua Portuguesa a partir dos anos 80 no Estado do Paraná foi “O texto na sala
de aula”, organizada por João Vanderley Geraldi em 1984. Diversos artigos de
linguistas que compõem este livro, dentre eles, Sírio Possenti, Carlos Alberto
Faraco, Luiz Percival Leme Britto e o próprio Geraldi, permitiram uma reflexão
sobre o ensino de língua materna e o trabalho realizado em sala de aula.
Geraldi (1984; 1991) defende o texto como o melhor caminho para o
ensino de língua na escola. Em sua obra “Portos de Passagem”, este autor
defende a ideia de que a produção de textos, sejam orais ou escritos, deva ser
o ponto de partida e também o de chegada de todo processo de ensino e
aprendizagem da língua. (GERALDI, 1991).
Nesta perspectiva este autor distingue produção de texto e redação.
Nesta última, o aluno deve produzir texto para a escola, subsidiado por uma
única razão que é mostrar que sabe escrever, anulando, dessa forma, a razão
para dizer e o que dizer. Já a produção de textos, é caracterizada por Geraldi
como textos produzidos na escola, nos quais se deve considerar:
a) se tenha o que dizer; b) se tenha uma razão para dizer o que se tem a dizer; c) se tenha para quem dizer o que se tem a dizer; d) o locutor se constitua como tal, enquanto sujeito que diz o que diz para quem diz; e) se escolham as estratégias para realizar (a), (b), (c) e (d). (GERALDI, 1997, p.137.).
Com base no exposto, pode-se dizer que o texto deve ser a unidade
básica da disciplina de Língua Portuguesa, focando-se nas condições de
emprego das formas linguísticas em determinada situação de uso real da língua,
a qual, por sua vez, deixa de ser compreendida como abstrata e homogênea e
passa a ser compreendida como uma realização concreta e heterogênea,
materializada por meio dos gêneros textuais.
O QUE SÃO OS GÊNEROS DISCURSIVOS?
A partir das ideias de Bakhtin (1992), entende-se por gênero discursivo
(gênero textual), toda produção de linguagem (enunciado) oral ou escrita,
determinada pela sua situação de comunicação, sua finalidade comunicativa,
sua temática e suas condições de produção e circulação.
A partir das ideias de Bakhtin, muitos estudiosos na área da educação
propõem um trabalho com os gêneros discursivos. Entre esses Costa Hübbes
(2007a) que define os gêneros textuais como “textos que circulam em nossa
sociedade, presentes no nosso dia a dia, seja em casa, no trabalho, na rua, na
igreja, no mercado, enfim, espalhados em todos os lugares”. (COSTA HÜBBES,
2007a, p. 13).
Vista dessa forma, a língua passa a ser concebida como o processo de
interação verbal, na qual a prática de leitura e escrita deixa de ser mecânica e
destituída de sentido. Para que se efetive esta orientação, é preciso adotar uma
metodologia que garanta, de maneira eficiente, um ensino respaldado em ações
reais de uso da linguagem.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA POSSIBILIDADE
METODOLÓGICA
Dentre as diversas possibilidades metodológicas de trabalho com os
gêneros textuais/discursivos, destaca-se a metodologia da Sequência Didática
(SD), a qual, segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly (1994), pode ser entendida
como “um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira
sistemática, em torno de um gênero textual (oral ou escrito)”. (DOLZ,
NOVERRAZ E SCHNEUWLY, 1994, p.97).
A atividade apresentada por eles, denominada como SD, é organizada em
quatro eventos distintos, ou seja, o trabalho se inicia com a apresentação de uma
situação de interação sociocomunicativa real, a qual tem por objetivo
fundamentar a necessidade de produção e a aprendizagem relacionada a um
determinado gênero. Na sequência, solicita-se uma produção inicial do gênero
escolhido, isto é, a produção de um texto, oral ou escrito, com o intuito de
responder à interlocução proposta inicialmente e que servirá de base para uma
sondagem a respeito do que os alunos já sabem sobre o gênero.
De posse desse diagnóstico, são definidas as estratégias de intervenção
pedagógica, as quais deverão ir ao encontro das necessidades dos estudantes.
Para Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), os problemas de cada gênero
discursivo são avaliados de acordo com quatro níveis: representação da situação
de comunicação, elaboração do conteúdo, planejamento do texto e realização
do texto. Também são trabalhados em três categorias, a saber, observação e
análise de textos, tarefas simplificadas de produção de textos e elaboração de
uma linguagem comum.
Após todas essas etapas, o aluno é colocado novamente frente a uma
situação de produção de textos, orais ou escritos, a fim de revelar o que foi ou
não aprendido com as atividades desenvolvidas nos módulos.
ADAPTANDO À REALIDADE BRASILEIRA
Considerando a realidade brasileira, a partir das orientações
metodológicas de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), Costa-Hübes (2008) faz
uma adaptação da proposta por eles elaborada. Os Cadernos Pedagógicos 01
e 02 (AMOP, 2007a; AMOP, 2007b) e também o Caderno Pedagógico 3
(AMOP,2009) trazem exemplos de SDs que seguem essa proposta diferenciada.
A proposta de Costa-Hübbes (2008) tem como objetivo propiciar aos
alunos, antes da primeira produção, o contato com variados textos, do gênero,
para que a partir da leitura e de análises, haja a possibilidade do reconhecimento
do gênero textual antes da produção inicial (oral ou escrita). Tal encaminhamento
é mais abrangente e, por isso, pode contribuir com o trabalho do professor em
sala de aula.
Segundo Costa-Hübbes com a adaptação à proposta de Dolz, Noverraz e
Schnewly (2004), “o professor tem a oportunidade de criar, para o aluno, várias
situações que envolvam a prática de leitura de textos do gênero, já prontos, que
circulam na sociedade”. (COSTA HÜBBES, 2011, p. 92).
CONTOS DE MISTÉRIO/SUSPENSE
No caso específico deste projeto de intervenção pedagógica, a intenção
é trabalhar como o gênero contos de mistério/suspense, o qual é muito apreciado
pelos adolescentes. Este é um tipo de narrativa que seduz pelo desconhecido e
que surpreende e fascina o leitor. De acordo com Antunes (2009, p.201) “o gosto
pela leitura de textos da esfera literária é adquirido por um estado de sedução,
de fascínio, de encantamento. Um estado que precisa ser estimulado, exercitado
e vivido”.
Barbosa (2001), por sua vez, aponta os elementos fundamentais de um
conto de mistério:
Há um crime, uma vítima, alguém que solicita investigação, alguém que se propõe a investigar, suspeito (s) e um culpado, que será
desmascarado. O leitor tenta resolver o caso, assumindo, assim, a ótica do detetive. Há um conjunto de possibilidades – o autor vai espalhando pistas (falsas e verdadeiras) ao longo da história - sendo que as possibilidades menos prováveis vão sendo descartadas (BARBOSA, 2001, p. 56).
Este mesmo autor ainda apresenta Edgar Allan Poe como um dos
escritores mais famosos do gênero fantástico e de terror, o qual foi considerado
o precursor da literatura norte-americana. Poe escreveu muitas obras famosas,
mas suas principais produções foram os contos.
Pinheiro (2009) enfatiza que as influências de Allan Poe foram decisivas
e amplas na literatura universal, pois muitos escritores tornaram-se seus
discípulos e muitas obras foram escritas inspiradas em seus contos. Entre esses
escritores Poe influenciou autores como Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Paul
Valéry e Charles Baudelaire. Entre os brasileiros destacam-se Machado de Assis
e Álvares de Azevedo.
Diante da problematização levantada, inicialmente a SD é uma
possibilidade metodológica capaz de melhorar o processo de ensino e a
aprendizagem da LP, em especial da leitura e da escrita, pois não se pode mais
conceber um ensino fragmentado e descontextualizado, o qual se materializa no
ensino de palavras e frases isoladas sem nenhuma ligação com sua situação
real de uso.
Professor (a)
Antes de apresentar a proposta para os alunos você poderá levá-los
para um “passeio do terror”, que será na própria sala de aula. Na porta terá
uma faixa aterrorizante; dentro, nas paredes figuras de caveiras, monstros,
cemitérios, barulhos estranhos, músicas de terror, sons de gargalhadas
horripilantes, folhas secas pelo chão. A sala estará com a luz apagada, na
“penumbra”, janelas e cortinas fechadas, algumas velas acesas; algumas
“teias de aranha” ajudarão também a dar o clima de suspense e terror.
Após o “passeio aterrorizador”, comente com seus alunos sobre a
proposta de implementação, a fim de motivá-los e possibilitar-lhes terem
conhecimentos de todas as etapas a serem trabalhadas durante o
desenvolvimento do projeto, esclarecendo que irão ouvir, ler e escrever um
gênero textual muito interessante que é o conto de mistério/suspense.
Enfatize que durante o desenvolvimento da proposta eles
experimentarão muitas emoções, perigos e aventuras. Do início ao fim irão
percorrer trajetórias emocionantes, algumas delas arrepiantes, enfrentarão
problemas, buscando soluções e diversos desfechos. Nestas histórias que irão
conhecer, poderão conhecer e descrever as características de personagens
misteriosos, horripilantes, suspeitos e corajosos.
Comente com eles que os causos de terror nos causam calafrios, mas
são cativantes, pois nos desafiam a mergulhar num mundo secreto e
misterioso. O mais antigo e mais forte dos medos é o medo do desconhecido
e este tipo de leitura é importante para nós, pois nos ajuda a conviver com o
medo e a controlá-lo.
Nesta etapa você também pode comunicar aos alunos que, ao final
deste trabalho, eles irão produzir alguns contos desse gênero, os quais serão
organizados em formato de um livro de contos de mistério/suspense, podendo
este livro ser ilustrado por eles. Anuncie, também, que os pais, equipe
pedagógica e a direção da escola serão convidados para o lançamento do livro
em data e horários marcados.
ETAPA 1: APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA E DIAGNÓSTICO INICIAL
a) Após esta apresentação, faça uma sondagem com os alunos sobre aquilo
que já conhecem sobre os contos de mistério/suspense. Desenvolva uma
roda de conversa na sala de aula, para verificar o que eles já sabem sobre
o tema, questionando se eles conhecem algum conto de
mistério/suspense, se gostam desse gênero ou não, se sentem medo ao
ouvir essas histórias, quem conta essas histórias para eles, onde
podemos encontrar esses contos, a qual público se destina esses contos.
Converse também sobre filmes, músicas, videoclipes que também são
assustadores.
b) Promover uma dinâmica de grupo em que os alunos poderão escrever em
um papel seu maior medo; em seguida cada um tenta adivinhar o medo
do outro. O professor poderá ir anotando no quadro os medos de cada
um e no final selecionará os três medos mais comuns entre esses alunos.
c) Incentivar os alunos a apresentarem para a turma algum conto de mistério
ou suspense de que se lembrem. Após a contação de algumas histórias,
você poderá promover um debate sobre o que eles acharam das histórias
contadas, se acham que elas são reais ou inventadas, como surgiram, se
já conheciam a história narrada ou outra versão dela.
Atividade 1
Reconhecendo os saberes prévios
Professor (a),
Você poderá explorar o vídeo disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=po_T90CthjI, que é uma adaptação
do conto de mistério/suspense de Edgar Alan Poe, “O Gato Preto”.
Conte para a turma a história desse escritor. Depois discuta o tema
com a classe, conte a eles algumas histórias sobre as superstições
envolvendo a figura do Gato Preto.
a) Alguém já ouviu falar no escritor Edgar Alan Poe? O que você sabe sobre
ele?
b) Você conhece alguma obra que ele já publicou? Quais?
c) Qual é o tema preferido abordado por Poe?
d) Você gosta de contos de suspense/terror? Por quê?
e) Por que Poe escolheu um gato preto? O que esse animal sugere? Poderia
ser outro animal?
f) Você é supersticioso? Conte para a turma alguma superstição que
envolva um gato preto.
g) O que você achou da história mostrada no vídeo?
Professor (a),
Você poderá ainda explorar sobre o alcoolismo e suas consequências.
Para isso poderá passar o vídeo disponível em:
http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_alcoolismo.htm.
a) O que você sentiu ouvindo a história de Pedro? O que ela despertou em
Atividade 2
Atividade 3
você?
b) Você conhece alguma pessoa que passa ou já passou por esse
problema?
c) O que você achou da atitude de Pedro em contar seu problema para o
seu professor?
d) Qual é o papel da família no tratamento do alcoolismo?
Professor (a),
Nesta etapa o aluno terá contato com textos do gênero, a fim de reconhecer
suas características. Dessa forma, você poderá escolher um conto de
mistério/suspense para ler para eles, dramatizando e usando uma entonação
de voz que cause suspense, a fim de que os alunos vivenciem a história
contada. Entregue uma cópia do conto para cada um.
Como sugestão você poderá complementar as atividades iniciais e apresentar
o conto “O gato Preto” de Edgar Alan Poe disponível em: http://portugues.free-
ebooks.net/ebook/O-Gato-Preto/pdf/view.
a) Quem narra a história? É um narrador em 1ª pessoa ou em 3ª?
Podemos confiar em tudo que ele diz?
b) Como vimos, o narrador é também personagem. É do seu ponto de vista
que tudo é visto e narrado. Leia novamente o texto e encontre elementos
que comprovem se podemos ou não confiar no narrador.
c) Alguém conhece esse conto ou já ouviram falar dele?
d) Quem contou para você?
e) O que te chamou a atenção neste conto?
f) Você gostou da história? Por quê?
Professor (a),
Para complementar as atividades realizadas, leve os alunos até o
laboratório de informática e peça que pesquisem sobre Edgar Alan Poe, quem
foi, sua vida e suas principais obras.
ETAPA 2: RECONHECIMENTO DO GÊNERO CONTOS DE MISTÉRIO/SUSPENSE
Atividade 4
Professor (a),
Explicar para os alunos o que é um conto e o que é um conto de
mistério/suspense, elencando suas características e a estrutura de uma
narrativa.
O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres e
acontecimentos, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção,
o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais
curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada,
desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama
desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O
conto é conciso.
Definição disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conto.
Conto
É um texto narrativo ficcional, que tem por finalidade emocionar,
entreter, divertir;
O locutor é o autor;
O destinatário é o público em geral;
Pode ser publicado em livros, revistas, jornais e sites da internet;
Os temas são variados;
O enredo é estruturado em introdução, complicação, clímax e
desfecho;
O texto é curto, condensado e apresenta poucas ações e tempo e
espaço reduzidos;
A narrativa se estrutura de forma a criar expectativa e suspense;
Os ambientes retratados são sombrios, noturnos, macabros, mórbidos,
povoados por indivíduos melancólicos, pessimistas, sem perspectivas,
decadentes;
Apresenta geralmente narrador-protagonista;
Geralmente emprega a variedade padrão da língua e os verbos no
passado.
Definição disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:vk7rdrEwpSAJ:www.aridesa.com.br/servicos/click_professor/aline_duarte/conto_de_misterio.pps+&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=br&client=firefox-a.
São cinco elementos fundamentais de uma narrativa:
a) Personagem: é o elemento fundamental do texto narrativo. Não há história
Conto de mistério/suspense
Elementos da Narrativa...
sem personagem. Em torno do personagem, o narrador constrói o texto. O
personagem pode ser: protagonista (é o personagem principal), antagonista
(é aquele que se opõe ao personagem principal) ou secundário (tem menor
participação na história).
b) Enredo ou trama: é o desenrolar dos acontecimentos da história.
c) Narrador: é aquele que conta a história. O narrador pode ser em 1ª pessoa
- narrador personagem, ou em 3ª pessoa - narrador observador.
d) Tempo: é o período durante o qual acontecem os fatos narrados.
e) Espaço ou lugar: é o lugar, o cenário onde se desenrolam os
acontecimentos.
Professor (a),
Você pode solicitar que os alunos exponham oralmente sobre o que é
um conto e o que é um conto de mistério/suspense.
Professor (a),
Preparar previamente uma caixinha com contos de mistério/suspense,
que pode ser denominada como “caixinha do terror”. Esta pode ser decorada
de acordo com o gênero estudado, com motivos que lembrem suspense,
mistério, terror, medo e etc. Deixar que os alunos leiam, discutam sobre os
contos lidos, contem uns para os outros, troquem ideias e textos.
Entre os contos lidos, pedir que quatro grupos escolham quatro desses
contos para dramatizar e apresentar em sala.
Momento leitura
Professor (a),
Solicite aos alunos que pesquisem com os pais alguns contos de
mistério/suspense, registrem-nos no caderno e tragam-nos para a próxima
aula. Na aula seguinte levante formas de suspense encontradas nas leituras e
também termos que sugeriram suspense e mistério. Haverá histórias de
crimes, de roubos, de fatos estranhos, de aventuras extraterrestres; vá
destacando no quadro. Dessas palavras, peça que criem frases que sugiram
suspense, provocando o aluno a querer saber sobre as pistas dos colegas.
Comente que as pistas fornecidas pelas frases podem verdadeiras ou falsas.
Após esta atividade, deixar que socializem os contos pesquisados. Pedir que
não contem o final para que a turma tente explicar como seria o desfecho.
Somente depois apresentar o final e confrontar com os desfechos
anteriormente produzidos pela turma.
Pesquisa sobre o gênero
Professor (a)
Chegou o momento do aluno se familiarizar um pouco mais com o conto de
mistério/suspense. Sendo assim, é importante que apresente mais de um
conto para ele, propiciando a percepção das características principais desse
gênero. Sugerimos dois contos. Você poderá levar cópias dois textos para toda
a turma. Você também poderá ir caracterizado de acordo com o personagem
do primeiro conto para chamar a atenção dos alunos.
Texto 1
Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio20.htm
Texto 2 Encurtando o caminho Disponível em: http://cardapiopedagogico.blogspot.com.br/2013/09/fantasmas-roda-de-leitura-
e-conversa.html
ETAPA 3: SELEÇÃO DE TEXTOS DO GÊNERO
LEITURA DE TEXTOS DO GÊNERO
Professor (a),
A seguir você poderá desenvolver algumas atividades relacionadas aos
dois contos acima, para que o aluno possa observar as características e, a
partir disso, perceber as semelhanças entre ambos.
Contexto de produção e características do gênero
a) Quem são os autores dos textos?
b) Quais são os narradores dos textos?
c) Onde se passam as histórias? Esses lugares são importantes para
criar suspense no leitor?
d) Identifique nos textos alguns desses lugares que justificam a criação
de suspense.
e) No quinto parágrafo do texto 1, o que o leitor imaginara que os
personagens estavam comercializando?
( ) feijão
( ) café
( ) algum produto proibido
( ) algo muito valioso
f) Qual é o assunto dos textos
1) Texto 1:
2) Texto 2:
g) Os textos são narrados em 1ª ou 3ª pessoa?
1) Texto 1:
2) Texto 2:
g) Quando escrevemos um texto, pensamos em quem serão nossos
interlocutores. Quem serão os possíveis leitores desses contos?
Atividade 5
1)Texto 1:
2)Texto 2:
h) Onde podemos encontrar esses contos?
i) Onde esses contos foram publicados?
j) Por que foram produzidos esses contos?
k) Estes contos apresentam características de um conto de:
( ) humor
( ) fantástico
( ) mistério
l) Você já havia lido textos desse gênero? Onde?
m) Em relação à estrutura dos contos, preencha o quadro abaixo:
Conto 1 Conto 2
Qual é o enredo do
texto?
Onde e quando a história
se passa?
Quem são os
personagens do conto?
O narrador do texto
participa da história ou
observa os fatos?
Justifique com trechos
dos textos.
Qual é o conflito da
história? Como ele é
resolvido?
Como termina a
história?
Você gostou do final da
história?
Que outra sugestão
você daria para finalizar
a história?
a) Com base nestes dois textos liste:
Palavras que contribuíram para a construção do mistério do conto.
b) Você conhece outros contos como estes, liste-os e conte para sua turma.
Professor (a),
Selecionamos o texto 1para fazer uma análise mais detalhada,
explorando atividades de leitura e análise linguística.
Releia o conto “Conto de Mistério” de Stanislaw Ponte Preta e realize as
atividades que seguem:
1) Podemos conhecer o significado de uma palavra de diversas formas, dentre
elas, consultando um dicionário ou descobrindo o significado por meio do
contexto. Escolha uma dessas formas e reescreva o texto abaixo substituindo os
termos grifado, sem, contudo, mudar o sentido da ideia apresentada.
a) No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de
senha.
b) Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três
baforadas compassadas.
Atividade 6
Atividade 7
Explorando a leitura dos alunos
c) Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná.
d) O outro entrou num beco úmido e mal iluminado e ele - a uma distância de
uns dez a doze passos - entrou também.
e) Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral.
f) Certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela.
g) Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
h) Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para
o que entrara em seguida e disse: "É este".
i) O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal.
2) Qual a importância do emprego das palavras destacadas no texto lido? O
que acontece com os significados do texto se as palavras forem substituídas
pelas que você pesquisou?
a) Como estava vestido o homem?
b) Que sensação causa a descrição dessa roupa?
c) Qual era a senha? Para que era usada essa senha?
d) Leia o fragmento e responda:
“Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos
cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele
ver seu rosto.”
1) A descrição diz que era quase impossível ver o rosto do
personagem. É só o rosto dele que está escondido?
2) É possível saber alguma coisa sobre os personagens antes
do final do texto?
3) Qual a intenção do autor ao descrever dessa maneira os
personagens?
4) O que você imaginou que os dois personagens principais
iriam fazer?
Atividade 8
Interpretando o texto
Toda narrativa e conto têm um conjunto de elementos que contribuem
para a construção da história. No texto “Conto de mistério”:
c) Qual (is) fato(s) determina(m) a história?
d) Quem são as personagens?
e) Como a história é contada?
f) Em que lugar a história acontece?
g) Quando ocorre a história?
h) Por que ocorreu a morte do gato preto?
Como no conto O gato preto, toda narrativa apresenta o seguinte esquema:
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - a personagem ou personagens;
COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento.
Professor (a),
Explique para os alunos que o autor desse texto usa um vocabulário
específico para criar suspense. Entre esses utiliza adjetivos expressivos.
Explique para eles que o adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e muitas vezes se "encaixa" diretamente ao lado de um
substantivo.
Atividade 9
Aprofundando as características do “Conto de Mistério”
Atividade 10
Explorando a análise linguística
1. Identifique os adjetivos nas frases e a que substantivos se referem:
a) Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente.
b) Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três
baforadas compassadas.
c) O outro entrou num beco úmido e mal iluminado.
d) Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada.
e) Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor.
2. O que aconteceria com os significados do texto se os adjetivos fossem
retirados?
Nos trechos abaixo os advérbios estão destacados. Qual a importância de cada
advérbio no trecho? Analise-os e classifique-os.
a) Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em
frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
b) Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um
guaraná. O outro sorriu e se aproximou:
A maioria dos verbos que se encontram no texto está no passado. No
entanto, podemos perceber que essas ações não são todas iguais. Nesta etapa
vamos apontar dois tipos de passado que se destacam nesse conto.
PRETÉRIO PERFEITO: transmite a ideia de uma ação completamente
concluída.
PRETÉRITO IMPERFEITO: transmite a ideia de uma ação habitual ou contínua.
Também pode transmitir a ideia de ação que vinha acontecendo, mas foi
interrompida por outra ação.
Atividade 11
Atividade 12
1. Aponte o tipo de passado que podemos identificar nos fragmentos abaixo:
a) No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de
senha.
parou:
fez:
tinham:
b) Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três
baforadas compassadas.
parou:
acendeu:
soltou:
2. Que mudanças ocorrem no significado do trecho abaixo se o tempo verbal
fosse o pretérito imperfeito?
Parava debaixo do poste, acendia um cigarro e soltava a fumaça em três
baforadas compassadas.
Atividade 13
1) Releia o texto, observe as palavras destacadas nas frases e indique por que
elas foram empregadas:
1. Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando
pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse
com ele ver seu rosto.
2. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três
baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se
encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
3. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o
que entrara em seguida e disse: "É este".
4. A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de
felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o
pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
1. Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os
substantivos. O termo “ele” destacado no primeiro trecho é um desses pronomes.
Neste contexto é usado para indicar a posição de qual personagem do conto?
2. No segundo trecho está destacada a expressão “um sujeito mal encarado”; a
quem esta expressão estará se referindo?
( ) o vendedor
( ) o comprador
( ) o homem que intermediava a compra
( ) a mulher
3. No terceiro trecho o termo destacado é o pronome “este”. A quem este termo
está se referindo?
4. No quarto trecho temos mais um pronome pessoal. A que personagem do
conto este termo está se referindo?
2) No texto, há apenas uma passagem em que ocorre o emprego do nome
próprio. Grife este trecho. Por que o autor não utilizou outros nomes próprios no
decorrer do texto?
Professor (a),
Tendo em vista todas as etapas trabalhadas e considerando que os
alunos já possuem um bom conhecimento sobre os contos de
mistério/suspense, chegou o momento de solicitar a produção de um
conto para atender a proposta inicial de circulação. A partir dessa
atividade, você poderá avaliar se os alunos entenderam as características
desse gênero.
Dicas para a produção:
- Pense e selecione um tema para seu texto
- Escolha o público para o qual irá escrever.
- Considere esse público na hora de elaborar seu texto.
Professor (a),
Como sugestão, a primeira avaliação dos textos produzidos poderá ser
feita pelos próprios alunos. Dentre estes pontos:
- Não se esqueça da estrutura do conto.
- Procure usar palavras para criar emoção e suspense como as usadas nos
contos lidos e estudados.
- Verifique a ortografia. O dicionário vai ajudá-lo e vai lhe oferecer sinônimos
para evitar algumas repetições de termos sem necessidade.
- Depois revise a pontuação e cuide para que fique bastante expressiva.
-Passe o conto a limpo, no formato que você escolheu
- Dê um título ao seu texto.
- Ilustre o seu texto.
Contudo, você deve acompanhar essa atividade circulando pela sala e
auxiliando nas avaliações, mediando à correção e as sugestões.
ETAPA 4: PRODUÇÃO E REESCRITA DE TEXTO
Os alunos deverão sentar em duplas para ler os contos uns dos outros.
Após fazerem isso, registrarão sua avaliação em uma ficha previamente
elaborada pelo professor que depois da correção será entregue ao autor. Nela
estarão registradas as correções e algumas sugestões para melhorar a escrita
dos textos. Enfatizar aos alunos a importância da revisão dos textos, uma vez
que serão publicados e, quando isso acontece na vida real, em editoras e
redação de jornais, há uma equipe de editores e revisores trabalhando junto com
o autor do texto.
Como sugestão, segue a ficha de avaliação abaixo:
FICHA DE REVISÃO
2) A história de suspense ou mistério contada foi muito, pouco ou nada
suficiente?
a) Que trechos você destaca como adequados?
b) Que trechos deveriam ser melhorados?
3) O texto apresentou a estrutura de um conto?
a) Narrou o fato dentro de uma sequência de acontecimentos? Há
trechos que estão confusos quanto à sequência cronológica?
b) O autor empregou adequadamente os tempos do passado para
construir a história?
c) Fica claro no texto com quem aconteceu a história e quais os
personagens envolvidos? Eles são retomados adequadamente
no decorrer do texto?
3) Conforme a história vai sendo contada, o autor conseguiu criar
emoção, suspense? Em que trechos o autor poderia melhorar o
mistério?
4) Para construir o suspense e o mistério do texto, o autor usou
adjetivos nas descrições e advérbios para caracterizar ou enfatizar
momentos e ações ocorridas?
5) Os aspectos ortográficos e gramaticais foram atendidos de acordo
com as normas?
Sugestões ao autor:
Nome do leitor:
Professor (a),
Peça aos alunos que em casa façam a revisão de seus contos, usando
para isso as tabelas de avaliação e as sugestões dos leitores. Por último
você fará a revisão final e, se necessário, devolver para que o aluno passe o
texto a limpo.
Conforme combinado com os alunos, desde o início das atividades, a
circulação do gênero ocorrerá em dia e em data previamente marcada, ou seja,
na apresentação do livro de contos para os alunos envolvidos, pais, professor,
equipe pedagógica e direção escolar.
Os alunos, em grupos, poderão planejar a decoração da sala de contos
de mistério, usando trajes como contadores das histórias etc, os quais poderão
fazer uma leitura expressiva desses contos para a plateia e também a encenação
dos contos :Conto de Mistério e Encurtando caminho.
ETAPA 5: CIRCULAÇAO DO GÊNERO
Esta produção didático pedagógica é uma tentativa de transpor o
pensamento de diversos estudiosos da língua como Bakhtin (1992, 2010),
Quirino (2003), Geraldi (1984, 1991), Dolz, Noverraz, Schnewly (1994), Costa -
Hübbes (2007a-b, 2008, 2009, 2011). entre outros que concebem o texto como
o melhor caminho para o ensino de língua.
Portanto, este material intitulado “Contos de mistério/suspense: uma
proposta metodológica para o aprimoramento da linguagem escrita”, ancorou-se
na concepção dialógica da linguagem, buscando oferecer ao professor de
Língua Portuguesa subsídios teóricos e práticos, em consonância com as
concepções atuais de ensino.
A escolha por este gênero textual, contos de mistério/suspense deu-se
por acreditar-se que estes despertam interesse nos alunos adolescentes e
aguçam suas curiosidades e os divertem.
Além da fundamentação teórica, apresentou-se também diversas
atividades, envolvendo leitura, oralidade, análise linguística e escrita, por meio
da metodologia da Sequência Didática, a qual é dividida por etapas, contribuindo,
dessa forma, para um melhor entendimento de como planejar aulas a partir dos
gêneros textuais.
Vale lembrar que são sugestões e que as atividades podem ser adaptadas
à realidade de cada escola e de cada sala de aula. Acrescenta-se ainda
algumas sugestões de contos desse gênero disponíveis em:
http://clubedosmedos.blogspot.com.br/search/label/Contos.
Além disso, sugere-se também a música “Romance de uma caveira” de
Alvarenga e Ranchinho, que pode ser encontrada no endereço eletrônico
https://www.youtube.com/watch?v=8WOTNBQoxO8 , o filme “A dama e a morte”
https://www.youtube.com/watch?v=BzAHWOvgUhw e também 10 filmes de
terror para crianças que podem ser acessados no link:
http://saladadecinema.com.br/2010/10/29/.
Por não se tratar de um material acabado, espera-se que a criatividade e
ação reflexiva de cada professor, que atua nesta área do conhecimento, possa
adaptá-lo e usá-lo de acordo com as especificidades de seus alunos.
4 PALAVRAS OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
AMOP – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. Departamento de Educação. Sequência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais. [Organizadora Terezinha da Conceição Costa-Hübbes]. Cascavel: ASSOESTE, 2007a. Caderno Pedagógico 1. ______. Departamento de Educação. Sequência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais. [Organizadora Terezinha da Conceição Costa-Hübbes]. Cascavel: ASSOESTE, 2007b. Caderno Pedagógico 2. ______. Departamento de Educação. Sequência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa no Ensino Fundamental – Anos iniciais. [Organizadoras Terezinha da Conceição Costa-Hübbes; Carmen Teresinha Baumgärtner]. Cascavel: ASSOESTE, 2009. Caderno Pedagógico 3. ANTUNES, I. Língua, texto e ensino. São Paulo: Parábola, 2009. BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 4. ed. Trad. De M. Lahud e Y.Frateschi, 9 ed. São Paulo: Hucitec, 2010. ___________ Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. BARBOSA, J.P. Narrativa de Enigma. São Paulo: FTD, 2001. COSTA-HÜBES, T. da C. Por uma concepção sociointeracionista da linguagem: orientações para o uso da Língua Portuguesa. In: Línguas& Letras. Número Especial –XIX CELLIP -1º Semestre de 2011.p.74-95. GERALDI, J.W. (Org.). O texto na sala de aula. Leitura & Produção. 2. ed. Cascavel: ASSOESTE, 1984. GERALDI, J.W. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. DOLZ, J; NOVERRAZ, M; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise dos gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PINHEIRO, A. 200 Anos de Edgar Allan Poe. Revista da Cultura, São Paulo, v.18, n 32, jan. 2009. Disponível em: www.revistadacultura.com.br/Libraries/Edições_em.../18.sflb.ashx?.Acesso em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
22 de abril de 2014. QUIRINO, R.B. A escrita na escola e a constituição da subjetividade. In: Línguas & Letras.vol. 2 e 1, nº 6 e 7, 2002/2003. Cascavel: Edunioeste, 2003. Sites consultados: www.youtube.com/watch?v=8WOTNBQoxO8
http://saladadecinema.com.br/2010/10/29
https://www.youtube.com/watch?v=BzAHWOvgUhw
http://clubedosmedos.blogspot.com.br/search/label/Contos
http://www.youtube.com/watch?v=po_T90CthjI
http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_alcoolismo.htm.
http://portugues.free-ebooks.net/ebook/O-Gato-
Preto/pdf/view.http://pt.wikipedia.org/wiki/Conto.
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:vk7rdrEwpSAJ:www.a
ridesa.com.br/servicos/click_professor/aline_duarte/conto_de_misterio.pps+&cd
=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=br&client=firefox-
a.http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio20.htm
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf77.php.
http://cardapiopedagogico.blogspot.com.br/2013/09/fantasmas-roda-de-leitura-
e-conversa.html