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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · A ARTE E MANHA DA CAPOEIRA E SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR Caderno Pedagógico, ... histórica escrita, a fotografia,

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

PARANÁ

GOVERNO

DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -

DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARIA APARECIDA CARBONAR

CADERNO PEDAGÓGICO

A ARTE E MANHA DA CAPOEIRA E SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO

ESCOLAR

PONTA GROSSA

2013

PARANÁ

GOVERNO

DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -

DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARIA APARECIDA CARBONAR

A ARTE E MANHA DA CAPOEIRA E SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO

ESCOLAR

Caderno Pedagógico, apresentado conforme a exigência do

Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, 2013-

2014, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Orientador: Prof. Ms. Elizabeth Johansen.

PONTA GROSSA

2013

TÍTULO A ARTE E MANHA DA CAPOEIRA E SUA APLICABILIDADE NO

CONTEXTO ESCOLAR

AUTOR Maria Aparecida Carbonar

DISCIPLINA/ ÁREA História

ESCOLA DE

IMPLEMENTAÇÃO

Colégio Estadual Dr. Epaminondas Novaes Ribas

MUNICÍPIO Ponta Grossa

NRE Ponta Grossa

PROF. ORIENTADOR Profª Ms. Elizabeth Johansen

IES

UEPG

RELAÇÃO

INTERDISCIPLINAR

Educação Física e Arte

RESUMO

Reconhecer a capoeira como ferramenta pedagógica dentro do

contexto escolar e a sua aplicabilidade enquanto Patrimônio

Cultural é o objetivo desse estudo. Refletindo os Patrimônios

Imateriais buscando estruturar narrativas com a (re) construção

e manutenção da memória e de relatos orais subsidiada com

textos e pesquisas em torno da malícia, da ginga e arte da

capoeira, levaremos a história desse patrimônio cultural ao

espaço escolar. De marginalizada no período imperial e início

republicano, chega à condição de Patrimônio Cultural da

Humanidade (IPHAN, 2008). Sua aplicabilidade no currículo

escolar poderá desenvolver a motricidade dos alunos, a

concentração, a autodisciplina, o senso crítico, além do senso

esportivo e intelectual. O referido projeto será realizado com

25 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio

Estadual Dr. Epaminondas Novaes Ribas. Serão realizadas

oficinas de instrumentos e uma roda de capoeira com os

participantes, além de uma exposição dos materiais a toda

comunidade escolar.

PALAVRAS-CHAVE

Patrimônio Imaterial; Capoeira; Patrimônio Cultural.

FORMATO DO

MATERIAL DIDÁTICO

Caderno Pedagógico

PÚBLICO ALVO 25 alunos do 8ª Ano do Ensino Fundamental

“A Capoeira não tem credo, não tem cor, não tem bandeira. Ela é do povo, vai correr

o mundo”

Mestre Canjiquinha

APRESENTAÇÃO

Falar sobre Patrimônios Imateriais pode ser uma maneira lúdica de se referir a Lei

10.639, que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura Afro-Brasileira e Africana, ainda

mais se tomarmos a arte e manha da Capoeira como objeto de estudo. Assim, com o tema:

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana idealizou-se o projeto intitulado: A ARTE E

MANHA DA CAPOEIRA E SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR.

O objetivo geral desse estudo é: Identificar a importância da Capoeira enquanto

Patrimônio Cultural e ferramenta pedagógica dentro do contexto escolar. Tendo ainda como

objetivos específicos: *Conceituar Patrimônio Cultural (Imaterial e Material) *Apontar os

instrumentos que compõe uma roda de capoeira bem como alguns mestres e seus

respectivos grupos *Incentivar através da roda de capoeira, a valorização da cultura afro-

brasileira e o compromisso com o processo histórico.

O projeto será aplicado com 25 alunos da 8ª ano do ensino Fundamental do Colégio

Estadual Dr. Epaminondas Novaes Ribas e lanço como problemática a seguinte questão:

Se refletirmos sobre a Lei 10.639, indagamos se a Capoeira enquanto Patrimônio

Cultural pode ser utilizado como ferramenta pedagógica no processo de ensino aprendizagem

e como oportunidade para se conhecer e estudar a cultura Afro-Brasileira e Africana?

Sendo assim, desejo uma boa leitura e bom trabalho a todos.

As imagens, poesia e letra de música contida neste Caderno Pedagógico são de autoria de

Mauro Barreto Dutra de alcunha Mestre Sinhozinho do grupo de capoeira Arte & Manha.

As fotos da oficina de caxixi e dos patrimônios de Ponta Grossa são de minha autoria.

É a nossa herança do passado, com a qual convivemos hoje, e que passamos às

gerações futuras. E, através da preservação deste patrimônio, se exerce a cidadania. Pode ser

dividido em três grandes categorias:

a) O Natural: são os elementos pertencentes a natureza, ao meio ambiente.

Exemplos: as cachoeiras, os rios, as matas, os animais. Em nossa cidade, Ponta

Grossa, temos o Parque Estadual de Vila Velha, tombado como patrimônio em

1966.

b) O Saber e o Fazer: é todo o conhecimento do homem aplicado no meio em que

vive. Exemplos: o polir a pedra, o cortar uma árvore, o transformá-la em outro

objeto. Enfim, todas as técnicas que envolvam o conhecimento humano. São os

bens inatingíveis. Neste grupo se incluem também os usos e costumes, as crenças,

as músicas, as danças, as festas e a religiosidade, chamado de Patrimônio Imaterial

e recentemente protegido por Lei Federal.

c) Os Objetos: neste grupo estão presentes os bens tangíveis, sólidos, resultantes do

saber fazer. Exemplos: os edifícios, os artefatos em geral, a documentação

histórica escrita, a fotografia, os objetos de arte, etc.

Patrimônio Cultural é o conjunto de todos os bens materiais e imateriais que, pelo

seu valor, são considerados de interesse relevante para a conservação da identidade e da

cultura de um povo.

Preservação é um exercício de cidadania e segundo a definição de Aurélio Buarque

de Holanda, preservar é defender, proteger, resguardar, manter livre de corrupção, perigo ou

dano, conservar.

Formas de Preservação: existem dois caminhos principais para a preservação:

Extraído do folheto: Preservação do

Patrimônio Cultural. Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional. 10ª

Superintendência Regional/Paraná. Curitiba

– 2007.

Constituição: conjunto de

Leis que regem um país.

Através da Educação – ou seja, todas as atividades não governamentais que visem a

conscientização da comunidade, direcionando-a ao conhecimento de si própria e de seus

valores como um todo.

1) Pelo tombamento: ação do Estado.

Segundo a Constituição Federal de 1988, a proteção do Patrimônio Cultural é de

responsabilidade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A proteção dos

bens móveis e imóveis é regida pelo Decreto-Lei 25/37, que normatiza a ação de proteção e

institui o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como órgão federal

que controla e fiscaliza o Patrimônio Cultural Brasileiro.

Nossa atual Constituição, no artigo 216, seção II, destaca que: Constitui patrimônio

cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em

conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos

formadores da sociedade brasileira.

Constitui o patrimônio histórico e natural do Estado do Paraná o conjunto de bens

móveis e imóveis existentes no estado, cuja preservação seja de interesse público, quer por

seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico, assim como os

monumentos naturais, os sítios e paisagens que importa conservar e proteger pela natureza ou

agenciados pela indústria humana.

(Art. 1º da lei nº 1211, de 16 de Setembro de 1953).

Uller; Carbonar (2001, p. 36-37) ressaltam que: No Estado do Paraná, temos uma

variedade de bens tombados desde construções setecentistas, arquiteturas eruditas, coleções

museográficas, até parques naturais; isto devido à multiplicidade cultural de etnias que

moldaram a sociedade paranaense.

Ponta Grossa, nossa cidade, possui um rico

contexto a ser preservado, tanto em relação às belíssimas

paisagens naturais, como patrimônios de valor

arquitetônico, histórico e principalmente cultural, face às

diversas etnias que aqui se estabeleceram.

Como bens tombados da nossa cidade citamos

alguns exemplos como: Antigo edifício do Fórum (atual

Museu Campos Gerais), Colégio Estadual Regente Feijó,

Estações de passageiros da Estrada de Ferro (Estação

Paraná e Roxo de Rodrigues), Mansão Vila Hilda, Parque Estadual de Vila Velha, Capela

Santa Bárbara, dentre outros.

ATIVIDADES

1) O que significa o termo Patrimônio?

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2) O que entendemos por Patrimônio Cultural?

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3) Descreva as três grandes categorias em que se divide o Patrimônio:

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4) O que significa a sigla IPHAN e qual é o seu papel?

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Professor: Aqui nesse

momento você pode

destacar os patrimônios

naturais, edificados e

imateriais existentes em

sua cidade ou região.

5) A partir da explicação sobre patrimônios cite exemplos destes presentes em sua cidade:

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6) No espaço abaixo, desenhe um patrimônio histórico (natural ou edificado) de sua região:

Os Patrimônios Imateriais dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social

que se manifestam em saberes, ofícios e modo de fazer, celebrações, formas de expressão

cênicas, plásticas, musicais e lúdicas e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que

abrigam práticas culturais coletivas).

Mendonça (2008, p.182), faz uma referência ao Programa Nacional do Patrimônio

Imaterial que segundo o autor foi criado pelo Decreto n. 3551, de 04 de agosto de 2000, o

mesmo decreto regulamentou ainda o registro dos bens culturais de natureza imaterial que

constituem o patrimônio cultural brasileiro.

O estudo da cultura Afro-Brasileira e Africana nos leva a desvendar a história desse

povo que muito contribuiu para a construção de nosso país. Saindo de sua terra natal,

encontrou no Brasil a sua segunda moradia, mesmo que à custa de chibatadas, não deixou

suas raízes de lado. Não possuindo armas suficientes para se defenderem quase nem mesmo

arma convencional da época torna-se necessário para os negros descobrir uma forma de

enfrentar as armas inimigas. Nascia assim a Capoeira.

A origem do nome “capoeira” para alguns etnólogos vem da língua tupi-guarani: caa,

que significa “mato”, e puera, “o que foi”, segundo alguns estudiosos, quando os escravizados

fugiam, eles iam para o mato, daí “capoeira” (SILVA, 2008 p. 57).

Se considerarmos a capoeira como um jogo, uma luta, uma dança, um esporte, ela

seria um aliado importante dentro do contexto escolar. Ao desenvolver habilidades de

atenção, ritmo, concentração desenvolve tanto o lado físico como mental. Considerada

atualmente como Patrimônio da Humanidade, a capoeira saiu da “marginalização” como era

tratada no período imperial e início republicano e ganhou as academias e a participação de

membros da elite brasileira.

As denominações (Regional e Angola) podem ser encontradas em Pires (2002, p. 45 e

64) retratando os relatos de Bimba e Pastinha. Mestre Bimba nomeou sua capoeira de

Regional, pois, segundo ele, ela só podia ser encontrada na Bahia. Já a capoeira de Angola,

segundo mestre Pastinha, seria uma forma de luta praticada na África e que teria adquirido

aspectos lúdicos no Brasil, por isso esse estilo se chamava Angola, pois se remetia ao

continente africano.

A capoeira surgida no Brasil do século XVII sofreu alterações, muitos capoeiristas

seguem o estilo regional, outros o estilo angolano, mas grupos mais recentes falam de um

terceiro estilo de capoeira, o estilo Contemporâneo.

Ao som do berimbau (que dita o jogo que vai acontecer na roda) e demais

instrumentos, dois corpos expressam movimentos que muitas vezes lembram gestos de alguns

animais, mas que seguidos pelas ladainhas transformam a capoeira num espetáculo capaz de

causar arrepios e pelo axé que transformam o ambiente e mesmo quem não sabe “capoeirar”

sente uma vontade imensa de mexer o corpo e cantar seus versos e acompanhar com as

palmas o clima criado pelo som dos instrumentos.

AGORA É A SUA VEZ

1) Como podemos definir a arte da Capoeira?

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2) Diferencie capoeira regional de capoeira de angola:

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3) Podemos considerar a Capoeira como um aliado do processo de ensino aprendizado?

Justifique sua resposta:

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Os instrumentos utilizados na capoeira são:

- o Berimbau: palavra usada para denominar um tipo de instrumento de pequeno arco de

arame ou madeira com uma fina lâmina de aço colocada no meio. É ele quem comanda o som.

- o Atabaque: de origem árabe, geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, mogno

ou cedro, o qual marca o ritmo das batidas do jogo. É o atabaque que acompanha o solo do

berimbau.

- o Pandeiro: instrumento de percussão de origem indiana, introduzido no Brasil pelos

portugueses que o usavam para acompanhar procissões. É o som cadenciado do pandeiro que

acompanha o som do caxixi e do berimbau.

- o Caxixi: instrumento de uma pequena cesta de vime com alça a qual serve como chocalho

pelo tocador de berimbau para marcar o ritmo.

- o Reco-Reco: instrumento de percussão usado nas rodas de capoeira angola e no samba de

roda.

- o Agogô: de origem africana que também faz parte da bateria da roda de capoeira de angola.

Dutra (1996, s. p.) retrata que as origens da capoeira estão nas próprias senzalas, onde

os escravos africanos se exercitavam procurando desenvolver uma forma de luta como defesa,

que lhes permitisse derrubar o feitor e fugir. A maioria dos golpes de capoeira foi baseada nas

defesas e ataques dos animais: a cabeçada do touro, o coice do cavalo, a fisgada do rabo de

arraia, o salto do macaco, o pulo do gato, o voo do morcego. Ou então na observação dos seus

instrumentos de trabalho, cuja ação procurava imitar, usando o corpo: o martelo batendo, a

foice roçando o mato, uma chapa batendo, uma ponteira e outras.

Tentando burlar a repressão dos senhores, os escravos introduziram instrumentos de

música em seus treinos, disfarçando a luta em dança, para enganar tanto os feitores quanto

seus senhores. A ginga é o que diferencia a capoeira das outras modalidades de luta e tem

como finalidade o estudo do adversário e do jogo. Serve para preparar e desferir os golpes de

ataque, e na defesa, é responsável pelas esquivas e molejo, ajudando de forma decisiva no

reflexo, justamente por estar o capoeirista em constante movimento.

Ainda segundo Dutra (1996, s. p.), os movimentos ofensivos são: Benção, Martelo,

Queixada, Meia Lua de Frente, Armada, Meia Lua de Compasso, Chapa, Vingativa, Tesoura e

Cabeçada. Já os movimentos defensivos são: Negativa, Positiva, Cocorinha, Aú Simples,

Resistência, Esquiva Lateral e Rolamento.

Quanto às variações de toques, Dutra descreve: Angola, São Bento Pequeno de

Angola, São Bento Grande de Angola, São Bento Grande de Bimba ou Regional, Iúna,

Idalina, Benguela, Santa Maria, Amazonas, Cavalaria (este último imitava o tropel dos

cavalos da polícia no período pós abolição e era usado como aviso da chegada dos guardas).

A roda é o lugar onde a capoeira acontece de forma completa. O capoeirista canta

momentos históricos da capoeira, faz desafios, fala da alegria, fala da tristeza, lamenta a

escravidão, etc.

VOCÊ É O ARTISTA

1) Desenhe os instrumentos que compõem uma roda de Capoeira:

2) Encontre no caça palavras oito itens referentes a Capoeira:

A C A X I X I B F E

J K M P B A C E V U

O P A N D E I R O Q

G R Q I M Ã Ç I Z A

O J O G O R S M L B

G M Q R N A O B X A

A O M G I N G A Y T

P M E S T R E U T A

Grandes personagens permearam a história e evolução da Capoeira. Vários nomes

podiam aqui ser citados, mas referenciaremos o Mestre Bimba (Manoel dos Reis Machado,

nascido em Salvador, em 23 de novembro de 1899), criador da Luta Regional Baiana –

Capoeira Regional; Mestre Pastinha (Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, nascido em

Salvador, em 05 de abril de 1889), o defensor da Capoeira de Angola; Mestre Canjiquinha

(Washington Bruno da Silva, nascido em Salvador em 25 de novembro de 1925), para ele não

havia divisão entre angola e regional, ele dizia que ele era capoeira e obedecia ao toque e, se

tocar maneiro jogo amarrado, se tocar apressado você apressa.

Este estudo está centrado em dois capoeiristas que desenvolvem essa arte no Paraná:

Adilson Alves (Mestre Pop, do grupo Guerreiro dos Palmares) e Mauro Barreto Dutra (Mestre

Sinhozinho, do grupo Arte & Manha):

Mauro Barreto Dutra, o “Mestre Sinhozinho”, o qual segue os ensinamentos, a

astúcia e a ginga da arte & manha da capoeira em Joinville, Santa Catarina e em Dois

Vizinhos, no Paraná. Nascido em Paranaguá em 1960, iniciou na capoeira aos 20 anos e, dez

anos depois, em 1990 já era mestre.

Fundador do Grupo de Capoeira Caravelas Negras em 1984 (posteriormente passou a

se chamar Arte & Manha em 2007), desenvolveu vários trabalhos na Prefeitura Municipal de

Joinville Trabalhou também no Colégio Univille, onde lecionava Educação Física e escolinha

de capoeira de 1996 a 2006.

Na cidade de Dois Vizinhos, ele desenvolve atividades através de seu aluno Gilberto

da Silva, nos projetos com crianças da APAE e outras entidades. Atualmente, Mestre

Sinhozinho se dedica a Acupuntura e a Iridologia além dos compromissos com a

capoeiragem.

Para Sinhozinho, a capoeira é “educar por meio da arte, da disciplina e organização. É

uma filosofia de vida, um amargo na boca, o imprevisível. É uma preparação para a vida

cotidiana. É saber que, apesar da rasteira, a vida segue e a roda continua”.

Já Adilson Alves, o “Mestre Pop”, nascido em 31 de agosto de 1968, em Plautino

Soares, Minas Gerais, Começou na capoeira aos quatorze anos, em 1981, Mais tarde, passou a

treinar com Mestre Lima. Em 1996 foi formado Mestre de capoeira. Foi o fundador do grupo

Guerreiros dos Palmares, também em 1996. Atualmente, além de atender os capoeiras de

Ponta Grossa e Joinville, Mestre Pop exerce o cargo de vereador em Curitiba e de presidente

da Federação Paranaense de Capoeira.

NAVEGANDO NA INTERNET

1) Pesquisar no YouTube sobre:

a) Mestre Sinhozinho (Capoeira Arte & manha) Contramestre Preá (Preá Sul

Capoeira). avi de Sidnei Rohden. Roda do Grupo Arte & Manha na Academia

do Mestre Curió em 13 maio de 2011. Duração: 2:04. Acessado em 27 de agosto de 2013.

b) RODA CAPOEIRA BARIGUI 12/10 PROF AZULÃO E MESTRE POP LAINY.

De marcelamavy. RODA CAPOEIRA BARIGUI 12/10 PROF AZULÃO E MESTRE

POP LAINY. Duração:0:41. Acessado em 27 de agosto de 2013.

c) Apresentação do Grupo de Capoeira Guerreiros dos Palmares realizada em 01/04/2012 no

Largo da Ordem, em Curitiba, PR. De Rodrigo Muller. Duração: 1:48. Acessado em 27 de

agosto de 2013.

2) Análise do vídeo Barravento, onde destacamos a figura do Mestre Canjiquinha e a sua

participação na filmagem.

3)Podemos perceber semelhanças/diferenças nos toques e jogo dos capoeiristas acima

citados? Justifique sua resposta:

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- Oficina de caxixi: O caxixi é um chocalho feito de palha trançada com a base da

cabaça cortada em forma circular e a parte superior reta terminando com uma alça da mesma

palha para se apoiar os dedos durante o toque. No interior do caxixi são colocadas sementes

secas, que, ao sacudir dá o som característico.

Segundo Manoel Vitorino de Souza (Contramestre Pernalonga, do grupo Arte &

Manha), em uma oficina realizada com os grupos Arte & Manha e Quilombo Arte em maio de

2013, os materiais utilizados para se fazer um caxixi são: cipó timbé, cabaça, lixa, estilete,

chave de fenda fina, faca de cozinha, sementes secas (olho de cabra, lágrima de N. Senhora).

Como fazer:

Com a ajuda de um adulto, recorte um circulo na cabaça e faça demarcações onde

serão feitos furos para passar o cipó (sempre em números ímpares: 7, 9, 11 ou 13).

Passe o cipó pelos furos, trance-o de forma que o cipó passe uma vez por cima e outra

por baixo, simultaneamente, até o tamanho desejado.

Antes de fazer a alça, para fechar o caxixi, coloque as sementes escolhidas.

Faça o acabamento da alça, enrolando um pedaço do cipó à parte, até que cubra toda a alça.

Se quiser pode envernizar.

COMO ARMAR UM BERIMBAU: (Sempre com supervisão de um

adulto).

Materiais

Uma vara de madeira_ OBS: de preferência que não seja muito flexível.

Arame de pneu de carro aro 13 descascado e limpo.

Um pedaço de couro duro ou borracha dura.

Um porongo (catuto) limpo.

Um pedaço de corda.

Uma faca, pedaço de vidro ou um canivete.

Um facão.

Lixa para madeira e aço.

Serra de cano

Alicate de corte e uma normal

Verniz e pincel

Pregos de rodapé, martelo.

“Sempre com ajuda de um adulto”

1° passo:

Agora se pega uma faca ou um facão para retirar a casca da madeira. Depois de

tirar a casca pegue um pedaço de vidro e raspe a madeira, pois isso ajudara a deixar

a madeira mais lisa. Consiga um verga de árvore que sua circunferência não seja

maior de 2 cm ,de altura pode ter em media 1,50m a 1,80m descasque a e deixe

secar a sombra durante 15 dias.

2°passo

Passado esse período pegue a faça um corte em volta da base mais grossa que tenha

1 cm para fazer uma ponta onde ficara amarrado o arame.

3°passo

Pegue o couro coloque na outra extremidade superior da verga e demarque para

cortar exatamente o tamanho necessário. Já cortado o couro pregue-o em cima na

extremidade da verga.

4°passo

Arrume um pneu velho, de preferência de carro, e com o auxilio de uma faca corte

na parte interna dele, até que se consiga retirar o arame.

Pegue o arame e o alicate faça uma argola que caiba na ponta inferior da verga

estique-o até em cima passando pelo couro e corte deixando quatro dedos para

fazer outra argola que ira a corda.

5°passo

Separe um porongo (cabaça). O tamanho depende do tipo de berimbau que você

quer fazer. Um de 18 cm aproximadamente serve para fazer um berimbau Gunga,

de timbre grave, outra cabaça das aproximadamente 11 cm serve para fazer o

berimbau Viola, de timbre agudo. Com uma faca ou serrote corte aproximadamente

1/4 do porongo, fazendo a abertura. Com uma colher retire as sementes e a

"sujeira" de dentro do porongo, deixando-a bem "limpinho”. Com o auxílio de um

faca retire as "barbas “em volta da abertura do porongo.Lixe bem o porongo por

dentro e faça o acabamento . Com uma furadeira faça dois furos paralelos no

porongo, aproximadamente 3 cm um do outro.

6°passo

Com um pedaço de bambu de menos de 30 cm e da grossura de um lápis faça sua

vareta.

Seu dobrão pode ser pedras lisas e arredondadas ou moedas de cobre

Atividade disponível em: http://gcgps.blogspot.com.br/2012/11/aprenda-confeccionar-um-

berimbau.html. Acessado em 21 de outubro de 2013. Blog do Grupo de Capoeira Guerreiros dos

Palmares.

“Capoeira, mandinga de

escravo em ânsia de liberdade.

Seu princípio não tem método,

seu fim é inconcebível ao mais

sábio dos mestres”. Mestre

Pastinha.

A Prática da Capoeira se dará em três encontros:

Contaremos com o auxilio de Jefferson Pinheiro (contramestre Xibio), do grupo

Guerreiros dos Palmares, que introduzirá noções de capoeira.

O primeiro encontro consistirá na apresentação dos instrumentos de uma roda de

capoeira e o seu papel na mesma. Em seguida, daremos início com três elementos básicos da

movimentação na capoeira segundo Nestor Capoeira (1988, p. 45):

- a ginga: movimentação de pé

- a negativa e o rolê: movimentação no chão

- o aú: movimentação de cabeça para baixo

O aluno deverá procurar fluidez e harmonia em seus movimentos, sem a ideia

preconcebida de que está treinando uma luta. Os treinamentos deverão ser realizados em

ritmo lento, de angola, e depois em ritmo rápido.

No segundo encontro prático, o treinamento continuará no ritmo lento, de angola e

depois em ritmo rápido, de São Bento Grande. Gingar sozinho, até assimilar bem a ginga.

Gingar de frente para o colega, tentando dar “uma resposta” a cada movimento do oponente,

sem dar golpes. Fazer a ginga básica, improvisar movimentando-se para frente, para trás e

lateralmente, improvisando conforme a movimentação do oponente.

No terceiro encontro faremos a negativa e o rolê que são elementos básicos da

movimentação de chão. A negativa na regional é mais “empinada”; na angola é junto ao solo.

Através do aú o iniciante aprenderá um equilíbrio dinâmico, isto é, equilíbrio em movimento,

próprio da capoeira. Com o passar do tempo, o iniciante dominará o aú e todas as suas

inúmeras variantes como o aú com role, o aú coberto, etc. O jogador se sentirá tão à vontade

para a esquiva e o ataque de cabeça para baixo quanto de pé ou no jogo rente ao chão.

Longe de formarmos capoeiristas, o objetivo dos três encontros é despertar o interesse

dos alunos envolvidos no projeto sobre a arte e manha da capoeira, sua história e sua

evolução. Ao final das atividades, propomos uma apresentação do grupo de capoeira

Guerreiro dos Palmares numa grande roda com a participação dos alunos envolvidos no

projeto e uma exposição dos desenhos e do caxixi por eles confeccionados.

CARO PROFESSOR:

Este Caderno Pedagógico foi elaborado como proposta do Plano de Desenvolvimento

Educacional – PDE - tendo sido dividido em oito encontros de 4 horas aula cada. A ideia é

despertar o interesse dos alunos sobre a questão do Patrimônio Imaterial, especialmente se

referindo a Capoeira.

Mas ele pode ir além. Você professor pode pesquisar sobre o Samba de Roda,

Maculelê, Religiosidade Afro-Brasileira, Movimento Corporal e muito mais.

No primeiro encontro falamos sobre a questão do Patrimônio em geral o qual pode ser

complementado com a diversidade patrimonial existente em sua região.

No segundo encontro, nos referimos ao Patrimônio Imaterial, tendo a Capoeira como

objeto de estudo: sua origem, seus estilos, significados e evolução. Pode ser complementado

com vídeos sobre o Samba de Roda e Maculelê os quais também fazem parte de uma

apresentação de capoeiristas.

Num terceiro momento tratamos dos Instrumentos de uma Roda de Capoeira e seus

significados. Seria interessante mostrar para os alunos os instrumentos seja em vídeo ou

imagens ou ainda os objetos em si (emprestar do grupo de capoeira parceira).

O quarto momento contemplou os Grandes Nomes da Capoeira. Nesse momento você

pode escolher os mestres que serão elencados, seus respectivos grupos e um pouco de sua

caminhada dentro da capoeira. Na internet existe vários documentários redigidos ou em

vídeos que se refere aos grandes capoeiristas como Bimba, Pastinha, Canjiquinha, Curió,

Sinhozinho, Pop, Sergipe, Kinkas, Corró e muitos outros.

O quinto momento tivemos Da teoria à Prática: Noções de Capoeira, dedicamos a uma

Oficina de Caxixi, um dos instrumentos usados pelos capoeiristas e como armar um

Berimbau.

O sexto, sétimo e oitavo momentos foram especialmente dedicados às Práticas Iniciais

da Capoeira. Aqui é interessante a parceria com algum grupo de capoeira de sua região para

assessorar as atividades do projeto.

O ponto culminante do projeto será a grande roda que se realizara com o grupo

parceiro da qual participará os alunos envolvidos no projeto, bem como da exposição do que

foi confeccionado durante o mesmo.

Também pode ser uma maneira prazerosa para se trabalhar com o tema “Capoeira”.

Segundo Uller; Carbonar (2001, p. 48), a História Oral objetiva resgatar a visão dos fatos a

partir de pessoas que vivenciaram o mesmo, ou que conviveram com essas pessoas. Como

fonte de informação carregada de emoção, tem grande valor histórico. Seria uma versão da

história vista de baixo, que muitas vezes passa despercebida, mas que carrega uma

preciosidade inigualável, pois é muitas vezes fiel à realidade.

Nessa mesma perspectiva, Thompson (1992) se refere à oralidade afirmando que:

[...] a história oral pode dar grande contribuição para o resgate da memória nacional,

mostrando-se um método bastante promissor para a realização de pesquisa em

diferentes áreas. É preciso preservar a memória física e espacial, como também

descobrir e valorizar a memória do homem. A memória de um pode ser a memória

de muitos, possibilitando a evidência dos fatos coletivos. (p. 17)

A história oral, enquanto método e prática do campo de conhecimento histórico

reconhece que as trajetórias dos indivíduos e dos grupos merecem ser ouvidas, também as

especificidades de cada sociedade devem ser conhecidas e respeitadas.

Como exemplo desses relatos, causos ou histórias dos capoeiristas, citaremos um

“causo” do grupo Arte & Manha, narrado pelo Mestre Sinhozinho:

CURIÓ E O GATO PRETO

Era ano de 2008, quando íamos a um evento na cidade de Itapoá, em Santa Catarina,

quando na rodovia de acesso àquela cidade nos deparamos com um carro “gol”, modelo

antigo, parado no acostamento e um senhor de meia idade nervoso e preocupado. Eu e meu

aluno Curió paramos para auxiliar. Após a vistoria no veículo identificamos que o problema

era o cabo da embreagem que tinha arrebentado. Começamos os preparativos para rebocar o

carro. Curió foi no gol, devido o nervosismo do motorista. Assim que ele entrou no carro se

deparou com a esposa do senhor com um gato preto no colo. O gato olhou para o Curió se

eriçou todo e fugiu pela janela Curió começou a buzinar desesperadamente para eu parar meu

veículo. Quando vimos, a senhora estava embrenhada no mangue gritando: “bichano, volta

meu bichano”...

AGORA É A SUA VEZ: Represente com desenhos a história acima:

.

[Digite uma citação do documento ou o resumo de uma questão interessante. Você pode posicionar a

caixa de texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Caixa de Texto para

alterar a formatação da caixa de texto da citação.]

CARO PROFESSOR/ALUNO:

Você também pode pesquisar

jogos on-line de Capoeira, como o

Fighter 2 e 3

Outra forma prazerosa de se abordar o tema Capoeira, é a análise de poesias e letras de

músicas. Esta atividade não só reforça o aprendizado, como também resgata no íntimo do

aluno a sensibilidade e o ponto de vista referente àquele assunto. Ele poderá escrever um

pequeno texto dando seus comentários ou representá-lo com desenhos.

A seguir, temos a poesia “Declaração de Amor” e a letra da música “ser Mestre’,

ambos da autoria de Mestre Sinhozinho (Mauro Barreto Dutra) como exemplo dessa

atividade:

“Declaração de Amor”

“Capoeira, o que é isso?

Uma luta? Uma dança?

Ou uma brincadeira de criança?

Ou um jogo, como o xadrez?

Que cada movimento tem seu momento e sua vez.

É, parece mais com um jogo, lento, forte e malicioso.

Onde o jogador tenta confundir o oponente,

Mostrando o sorriso no canto dos lábios,

lhe mostrando os dentes.

É beleza sem igual,

Dois jogadores no meio ao som do berimbau.

Ah capoeira! Quando te vi pela primeira vez,

Eu me entreguei aos seus encantos

Quando toco berimbau, rezo, grito e canto,

Flutuo e meus pés saem do chão.

Ah capoeira! Você é minha grande paixão

És minha filosofia de vida.”

“Ser Mestre”

Ser Mestre de Capoeira

É bonito de dizer

Bater no peito e gritar alto oiaia

E dizer quem é você.

Ser Mestre de Capoeira

Não basta só querer

É preciso ser humilde

Quando quiser crescer

É ter sempre na memória

Lembranças da escravidão

Cicatrizes do açoite

Eeeee, do negro escravo nosso irmão

(....)

Ser Mestre de Capoeira

É ser amigo é ser irmão

É sentir na boca o amargo da ingratidão

É sentir no ombro o peso dessa vocação

E só tem um golpe certeiro

Que bota o mestre no chão

Não é benção nem rasteira

Eeeee, esse golpe é ingratidão

(...)

O estudo dos patrimônios locais, tanto naturais como edificados, oportuniza aos alunos

pesquisa facultativa, que não deixam de ser também conhecimentos que são apropriados pelo

campo formal, porém de maneira menos operativa e mais compreensiva. É de grande

importância realizar pesquisas que possam ser úteis para o nosso cotidiano escolar. Em nossa

cidade, Ponta Grossa, encontramos vários patrimônios tombados (naturais e edificados).

Como exemplos de patrimônios tombados de Ponta Grossa citamos:

Estação Paraná:

Inaugurada em 1894, foi construída com a finalidade de ser utilitária e não apresenta

grandes adereços significantes. Hoje abriga a Casa da Memória, com relativo acervo histórico

da cidade.

Estação Roxo de Rodrigues – Estação Rio Grande/São Paulo

Carinhosamente chamada de “Estação Saudade”, é mais expressiva que a primeira. Foi

construída em 1898 e é mais rica em adereços. Possui dois andares com duas alas nos lados,

sua frente e saliente com um ornamento em cima das portas em forma semicircular posto

acima de uma platibanda vazada ornada com um pedestal em forma de jarra. Possui portas

arqueadas de entrada, janelas retangulares e alas térreas são vazadas com arcos ogivais, seu

telhado tem quatro caídas, ou quatro águas ocultadas pelas platibandas.

Ambas as estações são de propriedade do município e foram tombadas como

patrimônio estadual pelo processo nº 04/90, Inscrição n° 100 no ano de 1990.

Edifício da Praça Floriano Peixoto – PROEX

Foi construído em 1906 por Guilherme Nauman, imigrante de origem alemã, para ali

instalar seu comércio de ferragens, que fechou em 1933. A partir dessa data, o prédio passa

por sucessivas funções, desde serviço de telégrafos e farmácia, faculdade de odontologia,

departamento de estrada de Rodagem, ficando depois dessa última ocupação, bastante tempo

abandonado e em processo de degradação, até que foi doado à UEPG, que antes de ocupá-lo

precisou fazer um amplo restauro.

A arquitetura do prédio de dois pavimentos, destaca a presença de platibandas

abalaustradas que escondem a cobertura de telhas francesas. Na fachada os ressaltos bastante

apurados feito à massa merecem especial menção. Foi tombado como patrimônio em 1990,

em processo de nº 15/90, inscrição nº 106.

Museu Campos Gerais

Antigo edifício do Fórum do Município. O prédio começou a ser construído em 1924 e

só terminou em 1928, quando foi inaugurado e passou a abrigar o Fórum de Ponta Grossa até

1982. A partir dessa data, foi ocupado pelo Museu Campos Gerais. Atualmente se encontra

em processo de restauro.

Seu estilo é eclético, sendo o primeiro pavimento trabalhado em arcos, tendo uma

grande porta vazada em ferro; o segundo com trabalho muito semelhante, em forma

retangular cujos cantos também em forma curva, salpicado por janelas que se abrem para

sacadas junto à esquina e entrada do prédio. No alto do edifício, um coroamento feito por

cornijas denticuladas e platibanda ornamentada com figuras geométricas em baixo relevo,

sendo esta interrompida por frontões: triangular no eixo da entrada e curvos nas extremidades

e esquina.

È tombado pelo processo nº 14/90, inscrição nº 105, de 1990.

Parque Estadual de Vila Velha

Situado nas margens da rodovia que liga Ponta Grossa à Curitiba, encontramos

vegetação rala de campos naturais e capões de matos esparsos, destacando a presença de

pinheiros do Paraná, além de matas de galeria e depressões brejosas. O parque foi criado em

12/10/1953, pela Lei nº 1.292, com uma área de 3.245,19 hectares e é denominado Área de

Preservação Ambiental da escarpa devoniana. Foi tombado pelo Processo nº 5, Inscrição nº 5

do Livro do tombo arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, em 1966. As Furnas e a Lagoa

Dourada fazem parte do complexo do parque.

Caro Professor: As informações contidas no anexo: Patrimônios Históricos se

encontram no livro - Preservação do Patrimônio Local: Uma Questão

Mundial?Retratando nossa Realidade em Ponta Grossa (citado nas referências).

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