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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
(IN) SUCESSO ESCOLAR
UM PROBLEMA DE APRENDIZAGEM OU DE ENSINAGEM?
AUTOR: Marinês Gerega1
ORIENTADOR: Prof. Ms Jussara Isabel Stockmanns2
RESUMO:
A temática abordada sobre o “(In)Sucesso Escolar” reflete o resultado de pesquisas, estudos, reflexões e debates realizados no Programa de Formação Continuada para professores da Rede Pública de ensino Estadual através do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE sendo este promovido pela SEED/PR. Este artigo objetiva focar a metodologia de ensino e a relação professor-aluno, tendo como público alvo professores que ministram aulas no 6º Ano do Ensino Fundamental, visto o índice alto de repetência e evasão nesta série. A reflexão permeia a discussão sobre a ação pedagógica do docente frente este público que nesta faixa etária passa pelos processos da pluridoscência e da pré-adolescência. No âmbito da prática pedagógica se faz mister caracterizar a realidade escolar, conhecer e discutir as metodologias praticadas pelos docentes, criar novas perspectivas e ações pedagógicas conjuntas, projetando mudanças estruturais e metodologias de ensino que viabilizem maior potencial de aprendizagem. Construir coletivamente novas práticas pedagógicas viabilizando minimizar situações de conflitos e ampliar o potencial individual e coletivo no interior da sala de aula enaltecendo que a apropriação de teorias consistentes pelos docentes, é fundamental para que exista uma práxis pedagógica coerente e eficaz.
Palavras-chave: Prática docente - Sucesso e /ou insucesso escolar - Relação professo-aluno.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo reflete a importância e pertinência da construção do saber, a qual
nos remete a indagação exposta no tema: “(IN) Sucesso Escolar: Um problema de
aprendizagem ou de ensinagem?”. Este tema propõe como objetivos refletir sobre as
teorias que permeiam a relação professor-aluno, sobre concepções pedagógicas em
relação às práticas docentes possibilitando assim reconhecer os condicionantes
sociais e cognitivos que poderiam inferir e interferir no ato de ensinar bem como
promover alternativas pedagógicas em prol de uma aprendizagem mais eficaz.
O estudo realizado conduz a um olhar mais profundo sobre a seguinte
problemática: “Como os professores podem atuar com maior eficiência e qualidade
no processo ensino aprendizagem no 6º Ano do Ensino Fundamental? ”
1 Pedagoga, pós-graduada em Supervisão Escolar, orientação Educacional e Gestão Escolar pela
UNICENTRO: Sociologia e Filosofia pela FACINTER Graduada em Pedagogia – Licenciatura – Séries Iniciais pela UNICENTRO, Professora Pedagoga no Colégio Estadual Vila Nova, Aluna do PDE/2013 2 Pedagoga, Mestre, Especialista em Informática na Educação, Psicopedagogia Institucional e Clínica,
Tutoria em EaD, Metodologia de Ensino Religioso, Gestão Pública. Professora na UNICENTRO/Campus Irati e UNICENTRO/UAB.
Considerando que a educação é um patrimônio da humanidade e um dos
principais objetivos do ser humano, devemos conduzir todos os debates em prol de
melhor qualidade no processo educativo formal visando a inclusão de todos os
elementos constitutivos deste.
O presente artigo discorre sobre os resultados destes debates e reflexões
enaltecendo a proficuidade, a importância e a pertinência da apropriação de teorias
para fundamentar a prática pedagógica transformando-a numa práxis pedagógica
consistente, útil e de qualidade.
2 A FUNÇÃO SOCIAL E A CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA
Entendendo que a educação pauta sua função na humanização do sujeito e
na sua formação enquanto integrante da sociedade compreende-se que esta não
pode ser entendida como um processo linear ou mecânico, mas como um processo
complexo, marcado por individualidades e contradições, pois, trabalha com valores
intrapessoais, auxiliando na construção da consciência crítica e da subjetividade do
indivíduo, valorizando o direito à igualdade respeitando as suas diferenças, as suas
particularidades e as múltiplas identidades existentes. E, portanto a escola é
“mediadora entre a condição concreta da vida da clientela que nela ingressa e a
destinação social desta clientela.” (MELLO in LIBÂNEO, 2010 p.16).
Cabe a escola ter por objetivo a promoção da interação entre alunos e
professores, ambos como coadjuvantes da aprendizagem na qual, todos aprendem.
A escola deve focar suas ações em prol do trabalho científico, planejado a partir do
conhecimento historicamente acumulado pela humanidade o que é imprescindível
para a convivência social bem como para buscar a formação social e pessoal do
indivíduo em construção.
E, para realizar esse intento faz-se imprescindível o trabalho coletivo, onde
todos os seus integrantes: diretor, professores, equipe pedagógica e funcionários
tenham objetivos comuns em prol do desenvolvimento do aluno pois é nesta união
de saberes e fazeres, embora complexa, que o processo educativo acontece de
forma satisfatória.
Dessa forma compreendemos então, que devemos promover uma reflexão
que nos leve a modificações nas ações pedagógicas e que estas por sua vez
promovam uma práxis pedagógica útil e real. É imprescindível refletir sobre a ação
pedagógica para que esta sob a luz de teorias se transforme e produza uma nova
ação mais consistente. QUELUZ (1999, p. 38/39) corrobora com:
Esta reflexão se processa antes, durante e depois da ação, no movimento dialético ação-reflexão-ação. Estas concepções de reflexão – na - ação e da reflexão – sobre – a - ação têm por base uma visão de conhecimento que pressupõe a unidade indissolúvel, teoria e prática.
Destacamos então, que os participantes desta proposta pedagógica sob as
luzes desta visão de educação refletiram sobre a sobre as causas do alto índice de
aprovação por Conselho de Classe e de reprovação na série/ano bem como o baixo
índice do IDEB referente aos 6º Ano do ensino fundamental apresentado pelo
estabelecimento escolar pesquisado nos anos de 2010, 2011 e 2012 via
documentos da SEED/MEC.
Observando os índices de reprovação e de aprovação por Conselho de
Classe do 6º Ano do Ensino Fundamental apresentados pelo estabelecimento
supracitado, sendo que em: 2010, foram reprovados 11.53% dos alunos e foram
aprovados por Conselho Classe 23.76%; em 2011 foram reprovados 9,09% e foram
aprovados por Conselho Classe 18.18%; e, em 2012 foram reprovados 13.04% e
foram aprovados por Conselho Classe 30.43%. Pode-se afirmar que estes dados
representam que de 100%, 32.55% dos alunos apresentaram problemas de
aprendizagem e somente 67.45% dos alunos alcançaram os objetivos propostos
e/ou a média anual para aprovação.
Estes dados apresentados causam uma enorme preocupação com a forma
que vem sendo conduzido o processo ensino aprendizagem visto que a média anual
para que um aluno seja aprovado de série/ano é de 6.0 pontos e não de 10.0 pontos
e isto promove uma séria reflexão sobre o foco central do processo educativo: “Um
problema de aprendizagem ou ensinagem?”
Em consonâncias aos dados acima apresentados, os resultados do IDEB
(Índice de Desenvolvimento Educacional Brasileiro) também deflagram preocupação
e servem como suporte real de uma aprendizagem/ensinagem ineficaz visto que o
índice alcançado no IDEB por esta escola em 2011 foi de 3.4 (6% abaixo da média)
sendo que caiu 13% em 2011 na nota padronizada de português e matemática em
relação ao IDEB anterior (2009).
Conclui-se portanto, sobre os dados estatísticos apresentados, denota a
urgência, a necessidade e a proficuidade de uma reflexão comprometida e contínua
sobre as concepções que norteiam a prática pedagógica, que fundamentam os
princípios determinantes da escola e as ideologias que as cerceiam, salientando que
este ato não é apenas o ato de pensar e sim, como afirma SAVIANI (1991, p.23): “o
ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar, numa busca
constante de significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com
cuidado.”
Estes dados e os debates promoveram a reflexão sobre a relação professor-
aluno e metodologia bem como propiciaram vislumbrar soluções para estes
problemas que interferem na prática pedagógica e no processo de aprendizagem.
O Colégio Estadual Vila Nova – Ensino Fundamental (6º ao 9º anos) e Médio
do município de Prudentópolis – Paraná, estabelecimento do estudo em questão,
situa-se em uma das regiões mais pobres e de maior índice de violência do
município citado e, portanto, atende uma clientela que não só retrata a sociedade
em que vive, mas também vem reproduzindo-a nos atos indisciplinares e
infracionais, no insucesso escolar e no baixo rendimento do processo ensino
aprendizagem o que reafirmou a pertinência de se refletir sobre este fato social
como fator de inferência na aprendizagem/ensinagem pois reafirma que o fato da
escola estar interligada com a sociedade fora do âmbito escolar, ou seja, ela
ultrapassa a barreira do conhecimento científico e auxilia no processo de formação
social do ser humano.
Considerando estas premissas, fundamentamos com DCEs– Diretrizes
Curriculares Estaduais (PARANÁ, 2008, p.14): “Um sujeito é fruto de seu tempo
histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é também, um ser singular,
que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível
participar.”
Quanto a abordagem deste tema destaca-se, que em acordo com estes
princípios teóricos que permeiam o currículo da Educação Básica, a escola deve
oferecer uma formação capaz de subsidiar o estudante no enfrentamento da
transformação social, econômica e política de seu tempo historicamente vivido. Pois,
entende-se que a escola é um “espaço do confronto e diálogo entre os
conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são
as fontes sócio-históricas do conhecimento em sua complexidade.” (DCEs,
PARANÁ, 2008, p. 21)
Salienta-se ainda que a partir destes pressupostos o professor deverá
respaldar seu Plano de Trabalho Docente, respeitando e inter-relacionando a
realidade, às necessidades de cada turma aos conteúdos propostos, objetivos
elencados, estratégias de ação bem como os critérios avaliativos promovendo um
sincronismo de qualidade.
Entende-se, daí, a necessidade de uma ação urgente sobre as práticas e
teorias que permeiam a práxis dos docentes envolvidos com este processo visto que
os Planos de Trabalho Docentes e o PPP (2008, p.45) deste estabelecimento
contemplam a seguinte máxima a respeito da educação:
A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado para elaborar pensamentos autônomos e críticos. (...) A educação deve dar conta da aquisição do conhecimento científico (...).
Compreende-se, portanto, que a práxis pedagógica contribui imensamente
para que o conhecimento ganhe significados e significâncias para subsidiar e
possibilitar ao aluno a capacidade de produzir conhecimentos que promovam
transformações pessoais, sociais e intelectuais. FREIRE (1980, p.28): “Em função
dessas considerações, é possível entender que uma nova competência pedagógica
se origina na própria prática, no debruçar-se sobre ela e no movimento dialético
ação-reflexão-ação.”
Essa mudança de compreensão do ato de ensinar como fator principal que
reflete profundamente sobre o ato de aprender promove mudanças de posturas ante
o pedagógico escolar o que nos reporta ao fato de necessitarmos rever ideologias,
concepções educacionais, metodológicas e reflexões sobre a relação que se
estabelece entre docentes/discente e demais componentes constitutivos do ato de
ensinar/aprender.
Conclui-se que é imprescindível que todos os agentes e sujeitos envolvidos
com o processo educativo encampem a ideia de reciclar o próprio conhecimento, de
reconstruir saberes, de ter um novo olhar sobre o velho fazer, sob a perspectiva de
mudanças reais e valorosas em prol de uma educação de qualidade para todos,
ensinantes e aprendizes.
3 A ESCOLA E A PRÁXIS PEDAGÓGICA
As premissas acima expostas salientam como de extrema importância, o
conhecimento de expectativas e percepções em torno do desempenho nas funções
que cabem ao cargo e ao perfil profissional correspondente, bem como a definição
destas para que se tenha uma linha mestra que oriente suas ações.
Destaca-se ainda que a responsabilidade dos resultados não cabe somente
ao professor e que esses resultados/abordagem ganham maior sentido se
considerarmos a escola como um conjunto sistêmico, requerendo, portanto, que
cada subconjunto conheça suas atribuições e as implicações frente à sua área e a
dos demais. Cabe, portanto a Direção, a Equipe Pedagógica e Administrativa, aos
professores, aos funcionários, ao aluno e a família um olhar amplo sobre o bônus
das vitórias alcançadas quanto sobre os ônus dos insucessos obtidos.
A participação e comprometimento da escola como um todo, sob as luzes da
Teoria Histórica-Crítica, promovem o entendimento de que o professor, a equipe
pedagógica e demais profissionais devem atuar de tal forma concomitantes e que
compreendam de forma assemelhada o processo ensino aprendizagem enquanto
saber historicamente construído. DUARTE (2006, p. 9) fidedigna com: “É por essa
razão que a pedagogia histórico crítica deve defender, de forma radical, que o papel
da escola consiste em socializar o saber objetivo historicamente produzido.”
Outrossim, convém salientar que o professor é o elemento central de
preocupação, sua postura, sua metodologia, seu papel/função a desempenhar, uma
vez que o mesmo representa o veículo mais expressivo para alcançar o
aprimoramento do processo ensino aprendizagem e que isto influência
profundamente no objeto central de seu trabalho, o aluno.
GASPARIN, (2011), aborda importantes indicativos para que o professor se
oriente no exercício de sua função partindo do pressuposto que esta esteja voltada
para um processo de ensino e aprendizagem significativo, produtivo e substancial
destacando que para se desenvolver realmente um processo de construção do
conhecimento se faz necessário alçar os primeiros passos da prática ascendendo
para a teoria e então retomar novamente a prática para que se faça uma práxis
pedagógica. Enaltece ainda a importância de se buscar fundamentos da teoria
vigotskiana do desenvolvimento atual e a zona proximal de desenvolvimento
imediato para que se compreenda o porquê de se ‘aprender no aprendido.” E, por
fim, salienta que se faz pertinente volvermos o olhar profissional para a Pedagogia
Histórico-Critica de Saviani. Corroboramos com GASPARIN (2011, p.2):
Nessa perspectiva, o novo indicador da aprendizagem escolar consistirá na demonstração do domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder. (...) Implica que seja
apropriado teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e na transformação da sociedade.
Visto que a aproximação deste saber/fazer é um dos maiores desafios a ser
enfrentado pela equipe pedagógica que se imbrica no processo educativo da escola
supracitada deverá ter em mente que seu caminhar não será somente efetuado nos
caminhos a serem percorridos, mas também na maneira com que os passos serão
dados. Daí a compreensão da necessidade de elencarmos a função do professor
pedagogo a máxima de que este (MEDINA in SILVA, 1997, p 32) “passa a ser o
parceiro político-pedagógico do professor.”
Essa observação em concomitância às reflexões sobre a teoria e a prática, é
imprescindível, uma vez que é através destes atos que deverá se estabelecer a
discussão sobre o planejamento educacional promovendo assim a co-significância
entre posturas, docentes, discentes e administrativas em prol de uma qualidade de
ensino.
Portanto, a responsabilidade em relação ao planejamento educacional está
além da elaboração de conceitos, da apresentação de metodologias, da promoção
de debates, está intrinsecamente ligada ao fato de conscientizar os docentes,
gestores e demais profissionais de que sua participação e comprometimentos são
essenciais para o sucesso do processo educativo e que todos são responsáveis pelo
sucesso ou fracasso. ALVES e GARCIA (in FERREIRA, 2002, p.141) afirmam que:
Formar os diversos profissionais da educação na exigência da troca de conhecimentos significa (...) que ninguém é proprietário de um conhecimento, mas sim responsável por um dos fios necessários a tessitura de um lindo tapete de saberes e fazeres, que só existirá com a troca trançada de todos os
fios necessários.
Conclui-se portanto que para realizar tal intento deve-se construir/buscar
enquanto profissionais da educação um perfil elencado a reflexão, a criticidade, a
dialogicidade e a conscientização de suas próprias funções a serem
desempenhadas a fim de que possa exercer sua profissão de forma
inovadora/transformadora.
4 A DOCÊNCIA E A PRÁXIS PEDAGÓGICA
Frente ao ato pedagógico, o interesse e a paixão aparecem como duas
virtudes fundamentais para o sucesso do processo educativo. Aprender e pensar
não são considerados produtos de inescrutáveis processos cognitivos, mas
complexas interações entre personalidades, interesses e contextos sociais.
Partindo destes pressupostos podemos compreender a função do professor
enquanto mediador da elaboração do saber sistemático e destacar que o papel da
escola é o de estimular o despertar do conhecimento auxiliando outros a organizá-
los, sistematizá-los, elaborá-los com maior cientificidade e criticidade.
A prática pedagógica deve estar imbuída de teoria para que se torne uma
práxis consistente e consciente de sua importância para o processo do ato de
ensinar e do ato de aprender. E para tal, segundo CARVALHO (in QUELUZ,1999, p.
21) se faz imprescindível ter “uma consciência elevada da práxis pedagógica para
poder captar e exprimir de modo adequado o verdadeiro significado da práxis
humana total e de suas manifestações particulares, concretas e específicas...”
GASPARIN (2011, p.51) nos faz compreender a importância de se refletir
sobre a metodologia que utilizamos e de que forma a utilizamos para despertar o
interesse pelo saber no aluno, quando discorre: “A caminhada não é linear. Pode ser
comparada a uma espiral ascendente em que são retomados aspectos do
conhecimento anterior que se juntam ao novo...”
Compreende-se portanto que a metodologia e/ou a prática pedagógica
influenciam sobremaneira o progresso e os resultados do processo ensino
aprendizagem e que neste conceito está implícita a ideia de construção, de
produção e de transformação do conhecimento, e, subentende-se ainda, que o aluno
como sujeito da aprendizagem, reflete, raciocina, levanta hipóteses e por fim
estabelece o conhecimento como nível real de seu desenvolvimento e, portanto,
para auxiliar os alunos a serem, segundo CANDAU (2002, p.40): “Sujeitos
pensantes e críticos” teríamos que estar “ implicando estratégias interdisciplinares
de ensino para desenvolver competências de pensar e do pensar sobre o pensar.”
Para que tal intento realmente aconteça como uma aprendizagem dinâmica,
global e reflexiva, faz-se necessário extrapolar a pura e simples decodificação e
codificação dos signos (conceitos), faz-se necessário ler os códigos (saberes de
senso comum) intertextualizando-os com o contexto, o autor (teóricos/ciência), o
leitor (aluno/aprendiz). VIGOSTKY (2001, p. 86) corrobora afirmando: “Por isso a
aprendizagem frutífera é a que se dá dentro dos limites do período que determina a
zona de desenvolvimento imediato.”
Essa concepção subentende que é através da metodologia que o educando
estabelecerá conceitos/conhecimentos que proporcionem subsídios para obter
criticidade, autonomia e consequentemente condições para exercer a cidadania em
toda a sua amplitude. Compreendem-se, nas entrelinhas, que a importância da
cientificidade dos conceitos deve estar imbuída da aproximação dos saberes de
senso comum aos conhecimentos científicos. SAVIANI (1991, p.54) destaca que:
Com efeito, a passagem de uma educação assistemática (guiada pelo senso comum) para uma educação sistematizada (alçada ao nível da consciência filosófica), é condição indispensável para se desenvolver uma ação pedagógica coerente e eficaz.
Esse conceito abordado e proposto de que o professor deve compreender
com clareza sua função, seus métodos e a concepção de educação, exige estudo
constante, reflexão e busca de soluções para os impasses escolares. A
responsabilidade do professor enquanto profissional da educação delineia-se pela
reflexão do contexto histórico, social e político ao qual se está inserido. Portanto, o
professor deve esclarecer para si e para os demais, a sua concepção de
metodologia em relação ao o que ensinar; como ensinar; por que ensinar; e para
que ensinar.
Mas, para realizar tal intento faz-se imprescindível que professor deve estar
em constante formação, sendo que isto, de acordo com NÓVOA (1992, p.25),
“implica em investimento pessoal, (...) com vistas à construção de uma identidade
profissional.”
E, se constata ser imprescindível que o professor esteja realmente preparado
para fundamentar suas práticas pedagógicas e/ou metodologia em teorias que o
conduzam a um trabalho de êxito junto aos alunos promovendo uma aprendizagem
eficaz, útil e abrangente observando todos os condicionantes que envolvem o ato de
ensinar e o ato de aprender.
Faz-se pertinente, então, destacarmos que os professores devem retomar os
estudos sobre a Teoria Histórico-Crítica, contemplados nas DCEs, a qual visa
fundamentar as práticas pedagógicas e que nos reporta aos cinco passos de
organização didática teórico-prática que GASPARIN (2001), refletir e debater sobre
a proposta de atender/suprir a demanda de papéis a serem cumpridos durante e no
processo ensino-aprendizagem. Sendo que estes indicativos se apresentam da
seguinte forma: Prática social inicial do conteúdo (o processo de ensino
aprendizagem deve partir do que os alunos e o professor já sabem);
Problematização (o conhecimento se origina na zona de desenvolvimento imediato
do educando estabelecendo inter-relação ente zona proximal com a zona real de
saberes.); Instrumentalizações (O processo ensino aprendizagem está sujeito a uma
relação triádica entre o aprendente, o ensinante e o objeto de estudo); Catarse (o
aluno seja capaz de agir, refletir e agir sobre as práticas sociais de forma
inovadora/transformadora); Prática social final do conteúdo (o aluno deve ter a
capacidade de produzir ações práticas que infiram e interfiram na sociedade,
acrescentado novos saberes e que estas ações gerem novos saberes e assim
sucessivamente.
GASPARIN (2011, p.146) corrobora essa compreensão com:
E, conclui-se que essa teoria responde aos três grandes passos do método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Por isso, endente-se que é viável a junção da pedagogia histórico-crítica com a Teoria histórico-cultural na realidade da sala de
aula.
Conclui-se, portanto, que o sucesso almejado para o processo ensino
aprendizagem depende profundamente do nível de comprometimento do professor
enquanto mediador do conhecimento em buscar fundamentar suas ações
pedagógicas para que estas não sejam vazias e inúteis bem como em estar disposto
a crescer junto ao aluno. E, devemos compreender que o sucesso do processo
educativo depende também da ação intencional do aluno em querer se apropriar dos
conhecimento Que almejando uma educação de qualidade todos precisam estar
voltados e envolvidos completamente com o sonho de que esta é possível.
5 INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Quanto ao tema, relação professor-aluno, merece destaque especial visto
que este se intrinca na prática do processo pedagógico com o conteúdo de ensino e
com a metodologia adotada, bem como reflete profundamente sobre todos os
preâmbulos educacionais.
A sala de aula é um lugar de interação entre pessoas e, portanto, um
momento único de troca de influências, culturas, comportamentos, atitudes, etc. A
relação professor-aluno no sistema formal é parte da educação e é insubstituível
por seu à priori, onde o aluno espera ser reconhecido como pessoa e valoriza no
professor as qualidades que os identifica e os liga afetivamente. ESPÍRITO SANTO
(2002, p.21), fidedigna essa compreensão com: “Assim a verdadeira comunicação
passará sempre pela afetividade que está consciente ou inconscientemente ligada à
forma como somos chamados.”
A interação entre o aluno, o ambiente (sala de aula/escola) e o professor leva
ao desenvolvimento e o clima criado em sala de aula, tornando-se fator decisivo
neste processo de aprendizagem/ensinagem. O ambiente interfere no desempenho
e nas relações professor-aluno, portanto, a escola deve valorizar o professor como
profissional, permitindo-lhe melhorar seu desempenho, e o professor por sua vez,
deve acreditar na capacidade do aluno de construir ativamente o seu conhecimento,
considerando-o centro do processo ensino-aprendizagem.
E, quanto à proficuidade destas colocações podemos citar GARCIA (1989,
p.34), “Na relação pedagógica o que se aprende não é tanto o que se ensina
(conteúdo), mas o tipo de vínculo educador-educando que se dá na relação.”
O trabalho docente se caracteriza por um constante vaivém entre as tarefas
cognoscitivas colocadas pelo professor e o nível de preparo dos alunos para
resolverem as tarefas. Para isso o professor deve ter um cuidado especial ao
apresentar os objetivos, os temas de estudo e as tarefas numa forma de
comunicação compreensível e clara. Não se espera que haja pleno entendimento
entre professores e alunos, mesmo porque a situação pedagógica é condicionada
por outros fatores, mas salientamos que as formas adequadas de comunicação
concorrem positivamente para a interação professor-aluno. Arrematamos nossa
compreensão com as palavras de LIBÂNEO (2010, p.36):
O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem, também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.
O educador deve estabelecer objetivos sociais e pedagógicos, selecionar e
organizar os conteúdos, escolher métodos, organizar a classe, entretanto, essas
ações docentes devem orientar os alunos para que respondam a elas como sujeitos
ativos e independentes.
É importante que o professor saiba distinguir entre a intervenção com
autoridade, necessária e indispensável a qualquer ser que necessita de limites e a
intervenção com autoritarismo que nada de positivo pode somar para o crescimento
num ambiente onde deve prevalecer a confiança e cooperação com a compreensão
e aprendizagem.
Fidedignamos com FUNES (in ANTÚNEZ, 2002, p.19): ”Ter incentivo a
autoridade não significa poder impor o próprio critério sem discussão. Ter autoridade
é ter ascendência, ter capacidade afetiva e moral para ser escutado, para impor
somente quando é inevitável.”
É imprescindível, portanto conscientizar os alunos de que a disciplina faz
parte da vida coletiva e social e é através dela que adquirimos respeito e confiança
na sociedade em que vivemos. Pois, para sermos reconhecidos como parte
produtiva e integradora de um meio social é necessário que nos adaptemos às
normas/regras que este exige ou ainda que tenhamos conhecimentos e argumentos
convincentes para transformar essas regras de maneira que satisfaçam a todos que
convivem neste meio. Para que este objetivo seja atingido faz-se necessário que os
alunos ao ingressarem na escola conheçam as normas e regras organizativas desta,
e também, é imprescindível que o professor e aluno, assumam juntos o
compromisso de realizarem um processo de ensino e aprendizagem promissor, pois
caso contrário, a tão famigerada indisciplina será predominante nas aulas, nos
corredores, na escola.
È necessário que a escola e o professor busquem mudanças, propondo
novas normas para serem seguidas, propondo a participação dos alunos na
elaboração destas normas, transformando dessa forma o ambiente e também as
atitudes de todo o corpo constitutivo do ambiente escolar, ou seja, promovendo uma
rede de relações entre professor-aluno, aluno-aluno, aluno-professor-ambiente.
Com certeza, a escola é quem “faz a diferença” contribuindo para o sucesso.
Com mais certeza ainda, podemos dizer que foi “aquele professor”, que acreditou no
potencial de seu aluno, que sonhou em transformar o mundo através de sua prática,
que auxilia no sucesso social, cultural e equilíbrio afetivo da vida dos cidadãos.
Se a intenção da escola, hoje, é formar alunos críticos, conscientes e
participativos, é necessário que práticas pedagógicas sejam revistas
constantemente, aperfeiçoando-as e corrigindo-as, se necessário. Antes de impor é
preciso juntos discutir, analisar e refletir sobre os atos pedagógicos para que então
estes reflitam beneficamente sobre as atitudes dos alunos.
Enfim, o aluno deve construir seu conhecimento e o professor deve respeitar
as características individuais de cada um, bem como o erro do aluno, colocando-o
em situações de desequilíbrio, ou seja, em situações em que ele mesmo
constatando a ineficácia de sua solução se mobilize na busca de outras
possibilidades, e é claro que isso só é possível se houver em sala de aula um
ambiente propício, estimulador, em que haja respeito, liberdade, amizade,
compreensão e companheirismo. E quem sabe efetivamos assim o prazer de
ensinar e aprender através da aproximação de saberes para que haja uma
aprendizagem significativa e significante. VIGOSTKY (2001, p. 86) corrobora
afirmando: “Por isso a aprendizagem frutífera é a que se dá dentro dos limites do
período que determina a zona de desenvolvimento imediato.”
6 ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS: ATO DE APRENDER E DE ENSINAR:
Considerando os pressupostos teóricos que sustentam a concepção de que
uma aprendizagem significativa se dá através de uma ensinagem significativa
(Ausubel,1978), pode-se afirmar que a aprendizagem real e significante, tanto para
quem ensina quanto para quem aprende, só acontece quando esta se estrutura em
teorias que realmente estabeleçam a construção de conhecimentos através da
aproximação de saberes assistemáticos aos saberes sistematicamente elaborados.
Portanto pode-se afirmar que a aprendizagem significativa, está imbuída não
tão somente pela importância de se dar significação ao conhecimento, mas também
pela forma como isto acontece, ou seja, pela metodologia, pelos instrumentos a
serem utilizados bem como pela didática a ser assumida diante da práxis
pedagógica e que estes podem e devem ser diversificados para que abranjam e
atendam as diversas formas de aprendizagem (visual, auditiva, cinestesica, etc).
Os conceitos cientificamente elaborados não são aprendidos, assimilados
pelos aprendizes de forma conscienciosa, passiva ou diretiva, estes estão sujeitos
as inferências dos conhecimentos prévios e do meio ambiente referentes ao
aprendiz.
A aprendizagem significativa não deve se contrapor ou se sobrepor à
aprendizagem mecânica, a mesma se propõe a enriquecer e dar significação ao
conhecimento e que ambas são concomitantes e co-significantes para o processo
ensino-aprendizagem. FARIA (1995, p. 7) destaca que “(...) não há uma
dicotomização entre a aprendizagem significativa e a aprendizagem mecânica, mas
sim um contínuo entre essas formas de aprendizagem.”
De acordo com Ausubel (1978) a aprendizagem significativa ocorre do
exercício da verbalização dos conhecimentos através de orientação cognitiva
compreendendo que é imprescindível as orientações, os procedimentos
metodológicos, que conduzam o processo de aprendizagem para que este ocorra de
forma substanciosa, real, concreta.
Se faz mister, portanto, compreender a didática numa dimensão técnica da
prática pedagógica, numa visão holística sobre os métodos e os instrumentos a
serem utilizados para se efetivar a ação pedagógica observando para isto
atenciosamente os pressupostos éticos e político-sociais que a orientem. De acordo
com BEHRENS, MORAN e MASETTO (2000, p. 92):
A visão holística busca a perspectiva interdisciplinar, superando a fragmentação, a divisão, do conhecimento. O processo educativo numa abordagem holística implica aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a aprender, aprender a ser. Nesse contexto de múltiplas aprendizagens, leva em consideração processos de superação de dualidades propostas no paradigma cartesiano, entre razão-emoção, corpo-alma, objetivo-subjetivo, entre outras.
Considerando esta compreensão em relação à didática como uma fonte
importante para a otimização de uma aprendizagem significativa, destacamos que é
primordial ao professor que busque fundamentar suas ações sob às luzes de teorias
que propiciem ações pedagógicas realmente elucidativas, lúdicas e incentivadoras
para o processo de aprendizagem. Que busque elaborar atividades, as quais
conduzam seu parceiro (aluno) promover a inter-relação real de seus saberes com
os conceitos científicos para que estes realmente tenham relevância para si e para a
construção de novos conhecimentos com significação.
O professor deve compreender que a didática a ser utilizada está aquém da
superação do formalismo e do reducionismo de teorias e/ou práticas que se
reportam a junção dos conceitos, comum e científicos, que a didática está para
enfatizar a articulação destes de maneira que não se priorize ou se exclusive um
deles e sim considere que os mesmos se justapõem em sua função de promover o
conhecimento.
O professor enquanto mediador desta inter-relação de conhecimentos, aluno,
professor e meio-ambiente e experiência deve fundamentar suas ações para que
estas também reflitam uma unidade de saber prático-científico. CANDAU (1999, p.
61) elucida essas colocações com: “Teoria e prática são polos separados, mas não
opostos. Na verdade, estão justapostos. O primado é da teoria. A prática deve ser
uma aplicação da teoria. A prática propriamente não inventa, não cria.”
Constata-se, portanto, que para que a didática dê conta das necessidades,
dificuldades e/ou intempéries inerentes à ação do ato de ensinar e aprender faz-se
mister afirmarmos que é imprescindível que o educador fundamente
apropriadamente sua prática, para que esta se estabeleça como uma práxis
pedagógica coerente, útil, verdadeira, consciente e autônoma.
Em concomitância a essa postura é importante destacar que os critérios para
a seleção de um método ou técnica a ser utilizada deve estar adequada aos
objetivos propostos, à natureza do conhecimento a ser reconstruído e o tipo de
aprendizagem a ser estabelecida, a maturidade dos alunos e a disponibilidade dos
mesmos para tal. O professor deve ainda observar como ponto relevante para
estabelecer seus critérios às condições físicas e de tempo para a realização das
atividades.
Outrossim, salientamos que os métodos podem se estruturar através de
atividades focadas em: individualizadas, socializadas e sócio-socializadas para que
estas tenham melhor rendimento junto aos alunos e que estimulem-nos a uma maior
participação na elaboração de novos conceitos e/ou na construção do
conhecimento. Por isso, segundo HAIDT (2001, p 144) “os procedimentos de ensino
devem incluir atividades que possibilitem a ocorrência da aprendizagem como um
processo dinâmico.”
O professor pode e deve utilizar-se de instrumentos dinâmicos e atuais
(mídias por exemplo) que o auxiliem e enriqueçam a organização da metodologia
utilizada para abordar e trabalhar os conteúdos bem como deve rever e promover
avaliações nas quais o aluno tenha a possibilidade de crescer, aprender e apreender
o conhecimento possibilitando-lhe um crescimento cognitivo e intelectual efetivo e
rel.
O professor deve variar seus procedimentos para poder contemplar as
variantes e variáveis que interferem no processo educativo e deve priorizar o
caminho e as formas de caminhar em prol do crescimento intelectual e cognitivo do
caminhante percebendo a importância da compreensão deste “caminho” e
“caminhar” para que a aprendizagem realmente aconteça.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os fundamentos teóricos propostos para estudo e reflexão
pode-se constar que a pertinência e a proficuidade do tema e da problemática foram
corroboradas com sucesso.
Pode-se observar ainda que questionamentos quanto ao o que promove o
insucesso/sucesso escolar nas turmas de 6º Na do ensino Fundamental, a
aprendizagem ou a ensinagem, causam desconfortos e debates defensivos quanto à
prática pedagógica. Todavia quando estes são abordados e fundamentados com
resultados, como por exemplo, índices e dados relevantes atingidos pela escola
diante da aquisição de conhecimento e a importância que este representava na vida
escolar de cada elemento constitutivo educacional, e, de como este nos remete ao
nível de compromisso de cada um diante da necessária coletividade para que haja
uma mudança significativa na qualidade da aprendizagem, os profissionais
realmente envolvidos acabam por encampar a ideia de discutir e refletir sobre a
prática pedagógica sob as premissas teóricas de uma práxis coerente e útil visando
fortalecer/enriquecer o seu próprio conhecimento em prol de uma “ensinagem”
eficaz.
As proposições de aquisição teóricas sobre didática, metodologias, práxis
pedagógica, relação professo-aluno e alternativas pedagógicas quando abordadas,
pesquisadas, questionadas, debatidas e principalmente refletidas e comparadas em
concomitância às práticas realizadas em sala de aula contribuem imensamente para
redimensionar posturas e ideologias promovendo mudanças de comportamento e de
postura diante do processo de aprendizagem/ensinagem.
As alternativas pedagógicas diante do ato de ensinar e aprender quando
efetivadas em forma de oficinas com atividades práticas do dia-a-dia do professor
em sala de aula demonstrando que é possível unir a teoria à prática sem deixar de
lado a necessidade de se aplicar o conteúdo de base curricular de modo que estas
corroborarem a importância de se apropriar de conceitos e conhecimento teóricos
que fundamentem a prática pedagógica, corroborando assim a significância do
saber/fazer.
Conclui-se portanto que quando os profissionais da educação estão dispostos
a mudarem suas posturas diante de algo que não funciona, que quando se propõem
a ter um novo olhar sobre velhos fazeres, quando assumem o compromisso de
atuarem com responsabilidade coletiva respeitando suas particularidades e
especificidades, todo o processo educativo ganhou em consistência, em qualidade e
principalmente em formação humana.
Portanto uma profunda reflexão sobre a relação professor-aluno, as
metodologias utilizadas e a proposição de alternativas pedagógicas em prol do
sucesso do ato de ensinar e aprender promovem mudanças significativas no agente
educativo/ensinante o que por sua vez reflete sobre o ser aprendente/aprendiz e
portanto resulta em um processo educativo mais eficaz, consistente e satisfatório
corroborando a proficuidade da necessária busca constante de conhecimentos em
prol de enriquecimento da prática pedagógica.
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