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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CURRÍCULO DE FÍSICA: discussão sobre conteúdos no primeiro
ano do ensino médio.
Sueli Aparecida Ibanes1
Polonia Altoé Fusinato2
Resumo: O presente artigo se refere ao trabalho de conclusão das atividades do PDE-2013 que foidesenvolvido com professores de Física do Núcleo Regional de Educação de Maringá, o objetivo foiselecionar, discutir e eleger um rol de conteúdos considerado mais adequado para ser trabalhado noprimeiro ano do Ensino Médio. O trabalho foi desenvolvido na forma de um curso de extensão no qualos professores de Física do ensino médio foram convidados a participar. Os encontros ocorreram emdias em que os professores tinham semanalmente a hora-atividade. O estudo se justifica peladificuldade dos professores de Física em escolher quais conteúdos trabalhar levando-se emconsideração o tempo reduzido de duas horas aula por semana destinada para trabalhar uma gamaextensa de conteúdo no primeiro ano do ensino médio. Outro problema é a formação do professorque em raras exceções são formados em Física. O resultado dos estudos foi disponibilizado para osprofessores colocarem em prática em sala de aula para posteriores discussões com seus pares
Palavras-chave: Currículo. Conteúdos. Ensino Médio. Física.
1. INTRODUÇÃO
Nossa proposta de estudar quais conteúdos de Física deveriam ser
ministrados na primeira série do Ensino Médio tem por base a dificuldade pessoal de
em eleger quais conteúdos deveria ser trabalhada, dificuldade também
compartilhada por colegas da mesma disciplina. Percebemos com o passar do
tempo ao longo de nossa carreira docente, que a quantidade de conteúdos
destinada a ser trabalhada no primeiro ano do ensino médio na disciplina de Física,
era incompatível com o número de aulas disponível para a mesma. Dessa forma
somos obrigados a eleger quais conteúdos serão privilegiados em detrimento de
outros. Essa escolha é aflitiva, pois o professor, em geral, sempre acha que tudo é
importante e necessita ser abordado. Frente às dificuldades de conciliar tempo e
quantidade de conteúdos, outra questão largamente discutida é a necessidade da
1 Professora de Física e Matemática, técnica pedagógica do Núcleo Regional de educação de Maringá, Mestranda do Programa Educação para a Ciência e a Matemática – UEM, [email protected]
2 Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
inserção da Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio (Ostermann 1999).
Nas discussões com professores da rede pública de ensino, do Núcleo Regional de
Maringá (NRE), percebe-se essa angustia e também a vontade de fazer a escolha
mais acertada, daí a importância de se discutir o tema e assim contribuir com o
trabalho dos professores. Esse estudo e discussão ocorreu por meio do Grupo de
Trabalho em Rede (GTR) e por um curso de extensão promovido para a
implementação do projeto PDE. No GTR participaram professores de diferentes
localidades do Estado enquanto que no curso de extensão participaram somente
professores do NRE de Maringá. Em ambos os casos os professores discutiram e
fizeram suas colocações quanto aos conteúdos considerados por eles mais
adequados.
Frente à dificuldade de conciliar tempo e quantidade de conteúdos surge
ainda a questão sobre a necessidade da inserção da Física Moderna e
Contemporânea no ensino médio, agravada pelo fato de a maioria dos docentes de
Física neste nível de ensino, não possuírem a formação em Física, não constando,
portanto, em seus históricos profissionais, o conhecimento específico na área.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A necessidade de um currículo mínimo como também a unificação de alguns
conteúdos já é discutida há algum tempo, a necessidade de unificarem conteúdos já
foi discutida, até mesmo para não prejudicar os alunos quanto das transferências de
uma escola para outra Krasilchik (1987). As instituições mantenedoras das escolas
têm se esforçado para isso, haja vista a elaboração dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) em 1995, porém, esses não deixavam claros quais conteúdos
deveriam ser trabalhados em cada série ou ano Bonamino (2002), na tentativa de
suprir essa carência, em 1998, foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Básica. O estado do Paraná também se preocupou em definir um
currículo para as escolas da rede pública, então, ele criou e, em 2008 publicou as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Apesar dos documentos existentes os
professores ainda sentem dificuldades em selecionar os conteúdos a serem
desenvolvidos em cada ano ou série, pois esses documentos não levam em
consideração alguns fatores comuns nas salas de aula, como por exemplo, o tempo
escasso para o desenvolvimento dos conteúdos.
“a decisão de cada professor sobre que conteúdo enfatizar ou omitir sebaseia, em parte, no tempo à disposição. Quando um professor pula umconceito, unidade ou capítulo no livro didático, ele está dizendo: Tudo omais é constante, eu prefiro gastar meu tempo limitado de aula me focandoem outros tópicos e habilidades que eu julgo serem mais importantes”(RUSSELL, 2014, p.68).
O tempo é um recurso limitado e é um fator muito importante quando se vai
planejar um curso ou preparar uma aula, por isso, uma escolha adequada de
conteúdos é primordial e muito importante para que se possa obter um resultado
positivo no ensino de Física.
A inclusão da Física Moderna e Contemporânea bem como a História das
Ciências, nos conteúdos de Física tem sido outro tópico em discussão há algum
tempo. Essa tendência se justifica pela necessidade de preparar cientificamente os
cidadãos, tendo em vista o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia nas últimas
décadas. Para formar novos alunos para o campo científicos ou da pesquisa, torna-
se necessário eleger um currículo que traga em seu bojo os avanços ocorridos no
campo da Ciência e da Tecnologia, como forma de atraí-los (Ostermann 1999) para
um campo de conhecimentos que na prática, já esta cada aprendiz vivencia em seu
cotidiano.
Para Arroyo (2011) devemos lembrar que não é fácil nos desvencilharmos de
conteúdos que estamos acostumados a cultuar, também não é nada fácil à crítica a
esses conteúdos, pois, isso requer conhecimento atualizado. O docente também
precisa se desapegar de conteúdos já sacralizados e, para isso, ele precisa recriar,
reorganizar e sustentar isso, investindo sua vontade e tempo. Nesse sentido os
currículos devem ser elaborados de maneira a se considerar estratégias de ação
que corroborem com os objetivos que se esperam para o ensino de Física no Ensino
Médio (CARVALHO, 2010). Assim há uma necessidade de mudança nos currículos,
para que os mesmos possam atender todas essas demandas.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
As atividades foram desenvolvidas com professores do Ensino Médio da rede
pública do Estado do Paraná.
3.1 GTR: curso online
A primeira atividade desenvolvida foi o GTR. Neste espaço os professores
puderam expor suas ideias e experiências quando perguntados sobre a pertinência
de uma renovação curricular na disciplina de Física. Muitos se mostraram favoráveis
e pensam ser necessário, porém, consideram a tarefa bastante difícil. O professor
01 coloca “O tema é delicado, pois, trata da mudança de algo ha muito tempo
utilizado, ou seja, o currículo tradicional”, nesse sentido, a professora 02 também
coloca que, “ainda nos deparamos com colegas que se recusam as mudanças, pois
querem continuar a ensinar da mesma forma que aprenderam”. “Considerando a
necessidade de mudanças a professora 03 entende que:” é imprescindível que o
estudante do Ensino Médio conheça os fundamentos da tecnologia atual, já que atua
diretamente em sua vida e certamente definirá o seu futuro profissional. A professora
04, expressa seu pensamento da seguinte forma: “penso que a construção de um
novo currículo (planejamento) não é fácil, é preciso que haja a discussão da nova
proposta pelos professores, sujeito ativo nesse processo, devendo levar em
consideração conhecimentos e sociedade, buscando alcançar uma alfabetização
cientifica, proporcionando assim uma maior compreensão aos alunos”.
O professor 05 diz que - “a discussão do currículo é sempre algo interessante
e desafiador de se fazer. Em se tratando da disciplina de Física a definição de temas
a serem trabalhados diante de uma gama de possibilidades, contraditória à carga
horária e a capacitação necessária para muitos professores, torna o desafio ainda
maior. Sendo assim começo dizendo que não se trata de ser algo viável ou não, mas
extrema necessidade”. O professor 01 elegeu os conteúdos e seus respectivos
bimestres, como mostra o quadro a seguir.
Quadro 01: Divisão de conteúdos por bimestre.
BIMESTRE CONTEÚDOprimeiro História da Ciência, Grandezas pertinentes ao
Movimento e Quantidade de movimento.Segundo Leis de Newton, Trabalho Mecânico, Energias e
suas conservações.Terceiro Equilíbrio Estático, Dinâmico e Hidrostático.Quarto Sistema Solar e suas considerações.
Observando as discussões e colocações dos cursistas percebe-se que de
maneira geral, a maioria concorda que uma mudança se faz necessária, porém,
essa mudança não será fácil, por isso, precisam-se promover grandes discussões
para que se viabilize possibilidade de mudanças curriculares. Também, torna-se
imprescindível a formação continuada de professores para que lacunas da formação
inicial sejam preenchidas e possibilite discussões embasadas na melhoria da
formação profissional e em consequência do ensino e aprendizagem.
Outra questão colocada no GTR foi sobre a seleção dos conteúdos de Física
que são considerados mais adequados para comporem o currículo da primeira série
do Ensino Médio.
3.2 Encontros: curso de Extensão
O curso de extensão foi aberto para a participação de professores de Física
do Núcleo Regional de Ensino de Maringá e realizado nas dependências do Colégio
Estadual Dr. Gastão Vidigal, nos dias de hora-atividade dos professores, com
duração de 40 horas, adotando-se o sistema presencial. Nesse curso os
professores, puderam trocar informações, estudar e analisar documentos, discutir e
elaborar conjuntamente, um rol de conteúdos de Física para o Ensino Médio.
O curso foi composto por tópicos e trabalhado tópico por encontro:
Primeiro encontro
Houve a apresentação do projeto, bem como discutir a programação do curso
para os demais encontros. Também, apresentou-se aos professores um questionário
em forma de pré-teste e que após estudos e discussões ao longo do curso seriam
retomados e discutidos novamente. As questões propostas são as que seguem.
a) Qual a sua dificuldade em selecionar conteúdos a serem trabalhados na primeira
série do Ensino Médio na disciplina de Física?
b) Quais conteúdos geralmente deixam de ser trabalhados no primeiro ano do
Ensino Médio?
c) Quais motivos o levam a não trabalhar determinados conteúdos no primeiro ano
do Ensino Médio?
d) Quais conteúdos você não trabalha, mas considera importante para esta série?
e) Você trabalha algum (uns) conceito (s) de Física Moderna e Contemporânea
nessa série? Se a resposta for afirmativa, indique qual (ais)?
f) Em sua opinião, é possível trabalhar todos os conteúdos previstos para o primeiro
ano do Ensino Médio, considerando a carga horária atual para essa disciplina?
Justifique sua resposta.
g) Com que frequência você faz uso de experimentos para ilustrar os conteúdos
trabalhados?
h) Você discute com colegas da disciplina de Física, como e quais conteúdos
trabalhar nessa série? Por quê?
Ainda nesse encontro realizou-se a análise de currículos, no que se refere a
conteúdos, dos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito Federal, São Paulo bem
como análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares
Orientadoras do Ensino Médio de Paraná. Está análise teve como objetivo localizar
as orientações quanto à aplicação dos conteúdos de Física para o primeiro ano do
ensino médio.
Segundo Hunsche (2012) um dos itens a ser considerado na elaboração de
um currículo é a relação entre conhecimento e sociedade. Portanto, neste encontro
ao analisar os currículos de Física, dos Estados e Distrito Federal acima citado,
assim como, a análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais e Diretrizes
Curriculares Orientadoras do Ensino Médio de Paraná, teve em Hunsche (2012) um
dos aliados teoricamente, usando também, como subsídios os Caderno de
Expectativas de Aprendizagem (PARANÁ, 2012). Essa análise teve como foco
principal, localizar as orientações quanto à aplicação dos conteúdos de Física para a
primeira série do Ensino Médio.
Segundo encontro
Procedeu-se a análise dos textos mencionados no quadro de ações, com o objetivo
de subsidiar e fomentar as discussões sobre a renovação curricular bem como a
inclusão de Física Moderna e Contemporânea, visto que os estudos apontam que
isso se faz necessário, porém, não apontam como se deve fazê-lo sem afetar outros
conteúdos já presentes no currículo. Para Lopes (2011), precisa-se entender a
organização curricular, para que se possa entender a organização do conhecimento
mediado pedagogicamente.
Também nesse encontro fez-se a análise do livro didático adotado nas escolas em
que os professores participantes do curso atuam a fim de identificar se esses
conteúdos são contemplados por eles.
Quadro02: Ações.
TEMÁTICA AÇÕES
Currículo e conteú-dos da educaçãobásica: investiga-ção
• Apresentação do Projeto de intervenção pedagógica na escola. Produçãoprofessora PDE.• Questionário inicial contendo 10 questões, em anexo.• Discussão de alguns currículos de outros estados de São Paulo, Rio gran-de do Sul e Distrito federal, Parâmetros Curriculares Nacionais e DiretrizesCurriculares Orientadoras do Ensino Médio do Estado do Paraná.
Renovação Curricu-lar: Por quê? Parte1
• Análise e discussão de textos sobre a inclusão de tópicos de Física Mo-derna e Contemporânea no currículo de Física.• Atualização do Currículo de Física na Escola de Nível Médio: um estudodessa problemática na perspectiva de uma experiência em sala de aula eda formação inicial de professores - Fernanda Ostermann, Marco AntonioMoreira - Instituto de Física – UFRGS Porto Alegre RS https://jour-nal.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/6676/6144 25/11/13 11:38.• Física Moderna e Contemporânea: com a palavra professores do ensinomédio. Aline D’Agostin em http://www.ppge.ufpr.br/teses/M08_dagostin.pdf
27/11/13 07h30min.• Políticas curriculares: continuidade ou mudança de rumos? Alice CasimiroLopes - Revista Brasileira de Educaçãohttp://www.scielo.br/pdf/rbedu/n26/n26a08.pdf 27/11/13 08h00min.Análise de livro didático adotado nas escolas participantes do curso.
Renovação Curricu-lar: Por quê? Parte2
• Continuação da atividade do encontro anterior.
Palestra • Apresentação de palestra de um professor da IES sobre a inclusão de Fí-sica Moderna e Contemporânea nos Currículos do Ensino Médio.
Conteúdos: esco-lhas e justificativas
• Discutir e selecionar os conteúdos considerados mais relevantes para o 1ºano do Ensino Médio e suas respectivas justificativas.
Componente Curri-cular Física: parte 1 • Elaboração de quadro contendo os conteúdos estruturantes básicos e es-
pecíficos considerado mais relevantes pelo grupo de professores.
Componente Curri-cular Física: parte 2
• Elaboração de quadro contendo os conteúdos estruturantes básicos e es-pecíficos considerado mais relevantes pelo grupo de professores.
Avaliação• Discussão do questionário inicial: novas respostas e novos argumentos?Produção de uma síntese contendo impressões e argumentos dos profes-sores com relação à mudança proposta.
No terceiro encontro
Deu-se continuidade e conclusão das análises iniciadas no encontro anterior.
Quarto encontro
Este encontro foi destinado à apresentação de uma palestra proferida por uma
professora doutora em Física da IES (UEM), abordando ou tomando como foco a
importância da renovação curricular com ênfase na inserção dos conteúdos de
Física Moderna e Contemporânea nos currículos de Física do Ensino Médio.
Quinto encontro
Foi direcionado à discussão e seleção de conteúdos considerados mais relevantes
para a 1ª série do Ensino Médio e suas respectivas justificativas, sendo que estas
realizadas com embasamento teórico sustentável. O elenco selecionado serviu de
base para os trabalhos desenvolvidos nos encontros seguintes.
Sexto encontro
Iniciou-se a elaboração de quadro contendo os conteúdos estruturantes básicos e
específicos considerados mais relevantes pelo grupo de professores participantes do
curso. Este quadro foi desenvolvido levando-se em conta conteúdos e tempo para
ministrá-los, levando-se em conta também algumas variações possíveis para
atender situações reais e ideais.
Sétimo encontro
Deu-se continuidade as atividades do encontro anterior, tendo em vista a
necessidade maior de tempo para que o grupo de professores pudessem
desenvolver todas as ações propostas.
Oitavo encontro
Retomou-se o questionário inicial, rediscutindo as respostas, verificando se houve
mudanças e justificando as mudanças ocorridas, apontando a causa, registrando por
escrito as falas dos participantes sem a necessidade de identificação por parte dos
professores. Foi solicitado ainda que os professores fizessem uma síntese das
mudanças propostas pelo grupo e também decidissem sobre a possibilidade de
colocá-la em prática em sua sala de aula.
No decorrer do curso, com o avanço dos estudos os professores elaboraram uma
sequência de conteúdos e seus respectivos objetivos, para o primeiro ano do Ensino
Médio, porém, nessa sequência ainda não foi possível incluir a Física Moderna e
Contemporânea de forma clara. O quadro abaixo mostra a sequência proposta pelo
grupo para os três trimestres do ano letivo:
Quadro 03: Conteúdos e Objetivos
1º TRIMESTREConteúdos Objetivos
Ramos da Física - Compreender a Física como parte integrante da cultura
contemporânea, identificando a sua presença e aplicações em
diversos âmbitos e setores.Noções básicas de:
Referencial, intervalo de
tempo, deslocamento,
velocidade média,
aceleração e MRU
- Reconhecer que repouso e movimento dependem do referencial
adotado;
- Identificar diferentes movimentos que se realizam no cotidiano e
as grandezas relevantes para sua observação (distância, percurso,
velocidade, tempo e aceleração), buscando características comuns
e formas de sistematizá-los.Noções de força e Leis de
Newton
- Identificar as diferentes forças (atrito, normal, peso, centrípetas
etc.) atuando sobre um ou mais objetos em condições dinâmicas ou
estáticas.
- Identificar as grandezas físicas que envolvem o conceito de força.
- Determinar a força resultante de duas ou mais forças que atuam
sobre um corpo e caracterizá-la vetorialmente;
- Estabelecer as condições de equilíbrio estático e dinâmico de um
corpo;
- Enunciar o princípio da inércia e relacionar seus conceitos com o
cotidiano;
-Relacionar a aceleração com força ao interpretar movimentos reais
em situações cotidianas, demonstrando conhecimento da segunda
lei de Newton.
Identificar os movimentos cotidianos como o ato de caminhar,
explicando-os através do Princípio (Lei) da Ação e Reação.
-Compreender a concepção de referencial inercial, no qual são
válidas as leis de Newton.
-Identificar os pares de forças de ação e reação como resultadas da
interação entre objetos, na interpretação de movimentos reais em
situações cotidianasImpulso e quantidade demovimento
-Compreender a quantidade de movimento como uma medida domovimento de um corpo e a massa inercial como uma grandezaque tem a propriedade física de resistir à mudança do estado demovimento, isto é, uma medida da resistência do corpo àaceleração.-Compreender as grandezas físicas que determinam a quantidadede movimento de um corpo (massa e velocidade), bem como suasunidades de medidas e desenvolver a capacidade em realizarcálculos da quantidade de movimento de um corpo.-Compreender a força como uma interação entre corpos capaz dealterar a quantidade de movimento destes, ou seja, uma ação queproduz aceleração em relação a um referencial inercial.-Compreender a massa, do ponto de vista clássico, como umaresistência à variação da quantidade de movimento de um corpo. -Calcular impulso de uma força constante e representá-lovetorialmente.- Associar a variação da quantidade de movimento (Impulso) de umcorpo à força externa que age sobre ele e ao intervalo de tempogasto nessa variação, identificando as grandezas físicas envolvidas,bem como suas unidades de medidas e a capacidade de efetuarcálculos envolvendo essas grandezas (Força, Impulso e Intervalode tempo).
2° TRIMESTREConservação da quantidadede movimento
Definir impulso e quantidade de movimento, estabelecendo relaçãocom o Princípio Fundamental da Dinâmica.-Calcular a variação da quantidade de movimento de um corpo.-Aplicar a lei de conservação da quantidade de movimento numainteração em sistema isolado.-Obter a quantidade de movimento de um sistema pela somavetorial das quantidades de movimento dos corpos do sistema.
Energia mecânica (cinética epotencial), conservação daenergia mecânica e trabalho
-Compreender o conceito de trabalho realizado por uma força.-Associar os conceitos de trabalho e potência aos processos detransformação de energia.-Associar o movimento de um corpo à sua energia cinética.-Compreender a relação entre trabalho e variação da energiacinética.-Compreender os conceitos de energia potencial gravitacional eelástica.-Associar a energia potencial gravitacional e elástica aos trabalhosdas forças peso e elástica.-Determinar energia potencial gravitacional e elástica em situaçõesproblema.-Conceituar energia mecânica.-Identificar situações em que a energia mecânica se conserva(sistemas conservativos).-Relacionar os sistemas em que a energia mecânica não seconserva (dissipativos) com o trabalho realizado por forçasdissipativas.-Aplicar o princípio da conservação da energia mecânica naresolução de problemas.
3° TRIMESTRE
Máquinas simples –Alavancas e roldanas
-Compreender que a roldana fixa pode modificar a direção e osentido da força aplicada;-Verificar que a roldana móvel modifica o módulo da força aplicada,podendo também alterar sua direção e o seu sentido;-Determinar a vantagem mecânica das máquinas simples;-Resolver problemas envolvendo alavancas e roldanas móveis efixas.
Hidrostática -Definir: pressão de uma força; densidade de um corpo;-Compreender o conceito de fluído e o conceito de pressão numlíquido ou num gás, aplicando esses conceitos a outras situaçõescotidianas reais.-Quantificar a pressão atmosférica em regiões diferentes da Terra.-Compreender o experimento de Torricelli para a determinação dapressão atmosférica.-Calcular a pressão no interior de líquidos.-Aplicar o princípio de Pascal na resolução de problemas.-Compreender o conceito de empuxo e o Princípio de Arquimedes.-Determinar a intensidade do empuxo em um corpo mergulhado (ouflutuando) em um líquido.
Gravitação: Leis de Kepler -Contextualizar historicamente fatores que influenciaram aelaboração da Teoria da Gravitação Universal;-Compreender os modelos de sistemas planetários (geocêntrico eheliocêntrico).- Representar as três Leis de Kepler para movimento planetário.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estar inserido no programa PDE foi uma oportunidade ímpar de retomar
estudos, reflexões e o debate e troca de ideias com os pares do Ensino Médio e com
os de Ensino Superior. O mais importante é a conscientização que não podemos
estacionar no tempo, mas devemos estar sempre buscando aprimorar nossa
qualificação profissional.
Nossa proposta de estudar e analisar currículos de Física propostos para o
Ensino Médio deu-nos oportunidade de trabalhar com grupo de professores e assim
trocar experiências com colegas da área e verificar quão difícil é se elaborar um
currículo que contemple o avanço da Ciência e da Tecnologia nos dias atuais. As
interferências que atrapalham não termos um currículo mais eficiente podem ser
assim listadas: deficiências na formação inicial do professor, levando-se em conta
que a maioria dos docentes que lecionam Física não tem formação na área; carga
horária diminuta, 2 aulas por semana por série; indisponibilidade docente para
investir no aprimoramento de sua qualificação por falta de tempo ou outros fatores.
Estes fatores não contribuem para um currículo mais atualizado com a realidade da
Ciência hoje.
Ao longo do curso de extensão, pudemos perceber que os professores de
Física se sentem inseguros quanto a nova proposta e mesmo em optar por um
determinado conteúdo em detrimento de outro, e por isso os mesmos acham que
quando se reúnem e discutem essas questões isso ajuda a minimizar essa
dificuldade.
Com os estudos realizados durante o PDE percebe-se que reelaborar o
currículo de Física para o Ensino Médio é uma grande necessidade, haja visto a
dificuldade dos alunos em aprender Física. Nas falas dos professores durante o
curso de extensão, manifestam a necessidade de melhorar a proposta curricular
bem como novas formas de como ensinar Física oportunizando ao aluno um
aprendizado mais reflexivo e crítico.
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