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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICATURMA – PDE/2013

Título: Linguagem e Legislação: Organizadoras das Ações Cotidianas do Professor Pedagogo da Escola Pública Paranaense

Autora Maria Francisca Cavalcante de Melo Destro

Disciplina/Área Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Doutor Osvaldo Cruz – Ensino Fundamental e Médio – Campo Mourão - Paraná

Município da escola Campo Mourão

Núcleo Regional de Educação Campo Mourão

Professora Orientadora Helena Izaura Ferreira

Instituição de Ensino Superior UNESPAR – Campus Campo Mourão

Resumo Focando as dificuldades e desinteresses, da atribuição pedagógica de conhecer, entender, identificar e aplicar as leis educacionais, o presente projeto propõe refletir, discutir e analisar o contexto escolar, apontando possíveis causas e indicando possibilidades de superação. Para conhecimento e uso da linguagem e da legislação educacional, pelos pedagogos e professores, na organização do trabalho pedagógico da escola pública, utilizaremos o método de abordagem à luz da psicologia histórico-cultural de Vygotsky, da pedagogia histórico-crítica de Saviani e da didática de Gasparin. Encaminharemos momentos de leituras, reflexões, discussões e análises de autores como Bakhtin, Tuleski, Possari e Neder, Martins, Libâneo, Galuch e Sforni, Picoli e Carvalho. Assim, pretendemos desenvolver por meio da linguagem enquanto produtora dos signos sociais, estudos sobre a legislação educacional, a fim de identificá-la direta ou indiretamente, em nossas práticas diárias. Ciente dos obstáculos que encontraremos nessa tarefa, nossa expectativa é que o ler se torne hábito na busca dos respaldos legais das ações burocráticas e aproxime as práticas escolares do campo teórico.

Palavras-chave Linguagem. Legislação Educacional. Pedagogos. Educação Básica.

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Pedagogos e Professores

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APRESENTAÇÃO

Com o resultado dos estudos desenvolvidos através do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, oportunizado na formação continuada do

Governo do Estado do Paraná, apresentamos este material didático no formato

de Caderno Pedagógico, para ser operacionalizado na escola, através da

implementação.

Esta proposta será realizada com o objetivo de refletir a questão da linguagem

e legislação educacional, enquanto organizadoras das ações cotidianas dos

pedagogos e professores da escola pública paranaense. Tal reflexão visa

fornecer apoio teórico na condução do trabalho pedagógico e didático dos

mesmos.

Para tanto, identificaremos as características da linguagem enquanto verbal e

não verbal, promovendo o gosto de ler e escrever em todos os sentidos, com

foco na legislação educacional. Para início de conversa, levantaremos o que os

pedagogos e professores conhecem da legislação educacional, que regem

nossas escolas atualmente e assim, analisaremos os indicativos legais que

requerem aprofundamento, para obtenção de conhecimento teórico.

Acolheremos sugestões de ações didáticas e pedagógicas, que intervenham

nas ocorrências diárias da escola, para melhora do processo de ensinar e de

aprender, com respaldo na linguagem legislativa.

O aprofundamento teórico, as discussões, as reflexões, as análises e as

sínteses, proporcionadas nos encontros dos grupos de estudos, serão para

contribuir nas atuações práticas do campo pedagógico e didático, com

intenções de modificações do comportamento do pedagogo e do professor da

educação pública.

Pretende-se a partir deste enfoque contribuir para que pedagogos e

professores, aproximem a teoria histórico-crítica da práxis pedagógica.

Momentos como esses, previstos para fundamentação da organização

pedagógica do espaço escolar e da prática diária do processo de ensinar e de

aprender, com possibilidades de superação, modificação e melhora das

mesmas, serão o foco do nosso trabalho.

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INTRODUÇÃO

A melhoria do processo de ensino e de aprendizado é algo que todos os

educadores desejam, porém, algumas limitações se apresentam e dificultam o

alcance desse alvo. Na Educação Básica, especificamente nos Anos Finais do

Ensino Fundamental e no Ensino Médio, entre os membros que compõe a

Equipe Pedagógica das escolas, existem alguns, com considerável

desconhecimento dos documentos legais que regulamentam o sistema de

ensino. Olhando a prática do pedagogo, percebe-se a existência de ações

isoladas que buscam localizar, ler, compreender e absorver maior

conhecimento dos documentos legais para orientar e intervir na organização do

trabalho pedagógico, mas a falta de conhecimento do pedagogo e dos

professores sobre a linguagem enquanto produtora, organizadora e reveladora

das ideias e pensamentos produzida na interlocução, é que levantamos

questionamentos como: Qual a importância da linguagem para um melhor

entendimento sobre a legislação educacional? Por que o Pedagogo e o

Professor se desinteressam pela leitura de alguns documentos que historicizam

a escola onde atua? Será que um aprofundamento teórico e metodológico

sobre linguagem abriria portas para o interesse de leituras diferenciadas como

documentos legais e outros?

Conhecendo os fatores internos e externos à escola que caracterizam o

pedagogo e o professor, que distanciam e impactam a organização

pedagógica, o ensino dos professores e a aprendizagem dos alunos, propomos

o primeiro passo para dimensionar esses obstáculos e criar alternativas

possíveis para seu enfrentamento, conhecer a linguagem produzida nas

relações humanas, na compreensão Vygotskyana e a concepção de linguistas

e semioticistas de linguagem verbal (a fala, a leitura e a escrita) objetivada e

destacada na função escolar. Identificaremos também, a linguagem não-verbal

do espaço escolar, pouco aproveitada no seu cotidiano e focaremos o estudo

da linguagem, para compreender os documentos legais da escola.

Promoveremos a revisão dos documentos principais da escola (LDB 9394/96,

PPP, DCE e Regimento Escolar), para releitura e nova representação no

interior da escola, com linguagem adequada à compreensão de todos que dela

fizerem uso.

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Os textos apresentados neste Caderno Pedagógico apontam esclarecimentos

que atuam como determinantes para o sucesso didático-pedagógico,

especialmente dos pedagogos e professores, destacando a atuação do

pedagogo para interpretar os documentos legais escolares e aproveitá-los no

encaminhamento da organização pedagógica, tendo na linguagem verbal e

não-verbal os argumentos de colaboração para entender os fatos que ocorrem

no cotidiano da escola, de modo propor ao coletivo, novas alternativas de

organizar o trabalho pedagógico.

MATERIAL DIDÁTICO

GRUPO I

OBJETIVO

Estudar sobre a Linguagem produzida nas relações humanas, pela

compreensão de autores da Psicologia Histórico-Cultural e analisá-la para

propor o seu aproveitamento, na colaboração da organização do trabalho

pedagógico ao encaminhar momentos de conhecimento e uso dos documentos

legais da escola.

FUNDAMENTANDO A LINGUAGEM

TEXTO 1 – “O papel da linguagem na formação das funções psicológicas

superiores”

Texto localizado em: TULESKI, Silvana Calvo. O papel da linguagem na

formação das funções psicológicas superiores. In: TULESKI, Silvana Calvo. A

relação entre texto e contexto na obra de Luria: apontamentos para uma leitura

marxista. Maringá: Eduem, p. 202 – 222, 2011.TEXTO 2 – “Sobre o processo funcional linguagem”

Texto encontrado em: MARTINS. Lígia Márcia. Sobre o processo funcional

linguagem. In: MARTINS. Lígia Márcia. O desenvolvimento do psiquismo e

a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da

pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP : Autores Associados, p. 167 – 190,

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2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Partindo do conhecimento que os participantes possuem sobre linguagem,

faremos a provocação inicial.

TEXTO 1:

O QUE É LINGUAGEM?

PARA QUE SERVE A LINGUAGEM?

TEMOS LINGUAGEM QUANDO NASCEMOS?

COMO A LINGUAGEM É ADQUIRIDA PELOS HOMENS?

QUAL O PAPEL DA LINGUAGEM NA VIDA HUMANA?

COMO E O QUE APERFEIÇOA A LINGUAGEM DOS HOMENS?

TEXTO 2:

QUAIS OS TRAÇOS ESSENCIAIS DA LINGUAGEM?

QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS GERAIS QUE REGEM O DESENVOLVIMENTO

DA LINGUAGEM?

QUAIS RELAÇÕES SE ESTABELECEM ENTRE A LINGUAGEM E A

EDUCAÇÃO ESCOLA?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________Mediados pelos questionamentos será oportunizado espaço a todos e

solicitado que expressem livremente tudo que sabem de linguagem, para em

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seguida, anunciarem as produções ao grupo e anexarem em espaço definido

como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

Ao se aproximar do espaço escolar notaremos suas características físicas

comuns como, muro alto, grandes construções de alvenaria e telhado de zinco

de quadra esportiva. Ouviremos diversos sons, indicando a presença de

pessoas se relacionando umas com as outras, como falas, gritos, assovios,

músicas e aplausos. Todos perfeitamente necessários, pois, destinam-se a

colaborar com as relações desenvolvidas nos diversos setores do ambiente

escolar. Percebidos como elementos da linguagem humana e necessários para

formação do comportamento humano.

Sobre o desenvolvimento do comportamento humano propomos ressaltar a

compreensão trazida nos esclarecimentos do pensador russo Vygotsky e Luria,

que colocam a linguagem como elemento de base para dinamizar o seu

alcance. Pois, compreendido como processo que se desenvolve em constante

movimento, chamado pelos autores de dialético, altera-se e se faz pela

mediação das relações que estabelece com o outro, especialmente pela

linguagem.

A Linguagem

Desde os primeiros indícios de vida humana na terra, o homem necessitou da

comunicação para conviver e conduzir as situações sociais. Diversas

pesquisas ampliam essa ideia. Ivan Ivic (2010, s/p) em seus estudos sobre a

teoria de Vygotsky, afirma ser natural do humano o convívio com outros, ou

seja, ele se identifica e cresce respaldado pelo grupo social ao qual pertença.

Destaca inclusive que no isolamento social não consegue se desenvolver e se

torna incompleto, impedido de ser humano pensante e atuante sobre seu meio.

Precisando estar sempre se relacionando com o outro para existir por

completo.

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Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades

mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde a mais remota

civilização humana, a comunicação estabelecida entre os seres humanos se

faz para atender seus interesses e necessidades. Criou os mais simples e

evoluídos instrumentos de comunicação, que vão das pinturas em cavernas,

passam pela fala, pela escrita e chegam ao mundo tecnológico.

Toda essa evolução objetiva apoiar a vida em comunidade. Nas relações

humanas, incentiva seguir em busca de mais instrumentos, que auxiliem e

facilitem a vida em sociedade.

Se fazendo no estabelecimento da linguagem verbal e não-verbal, as ideias,

quando antecipadas pela reflexão, visam amenizar os problemas humanos e

encaminhar o todo globalizado.

Tudo isso passa pela escola. Que conduzindo sua função de “formação cultural

e científica”, conforme Libâneo (2012) destaca a condição social dos homens e

o desenvolve em suas funções psíquicas, se reconhecendo como condutor de

sua história. Enquanto segmento social acolhe todos e todas, para oferecer o

conhecimento científico e historicamente acumulado. Apresentado para ser

tomado, como meio de superação das limitações impostas, principalmente

àqueles que estão à margem da sociedade, os filhos dos trabalhadores e

excluídos da dignidade humana.

A surpresa está em existir na instituição escola um movimento acelerado de se

fazer tudo no imediato da situação, seja o que for, gerando práticas

impensadas e nunca respaldas nas teorias da educação. E o ritmo normal

consome toda e qualquer intenção de ação destaque, ficando o todo, distante

da proposta da pedagogia histórico-crítica.

Afinal onde consta esta teoria nos documentos legais da escola pública

paranaense?

Busca que muitas vezes é neutralizada pelo ritmo do cotidiano escolar, ficando

no silêncio dos documentos burocráticos, por limites quase que naturais do

pouco convívio com os mesmos, por pouca divulgação e ainda, por

compreensão superficial e insuficiente.

Neste sentido acreditamos que a não compreensão da linguagem que

exercitamos em nosso contexto escolar, possa ser uma das amarrações que

distanciam o encaminhamento pedagógico dos documentos legais

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educacionais, principalmente do PPP, das Diretrizes Curriculares e do

Regimento Escolar. Assim, vemos na linguagem a possibilidade de

empreender estudos que levem a superação de hábitos guiados somente no

senso comum, pois, de imediato a linguagem estabelecida em nossas relações,

é fundamento dos nossos pensamentos, reflexões, análises e ações.

Para conhecer o enfoque da linguagem humana na condução do pensamento e

do comportamento, propomos o apoio teórico no texto: “O papel da linguagem

na formação das funções psicológicas superiores”, do livro: “A relação entre

texto e contexto na obra de Luria: apontamentos para uma leitura marxista”, da

Professora Doutora Silvana Calvo Tuleski, da UEM/Paraná. Para conhecer o

desenvolvimento cultural da linguagem, teremos o apoio do texto: “Sobre o

processo funcional linguagem”, de Lígia Márcia.Martins, encontrado na obra: “O

desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da

psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica”, da mesma autora,

Campinas, SP : Autores Associados, p. 167 – 190, 2013.

A leitura dos textos serão propostas, anterior ao encontro presencial, via

contato on-line. Faremos a leitura dirigida dos textos, procurando anotar os

pontos que merecem esclarecimentos ou destaques e possibilidades de

respostas aos questionamentos iniciais. Com base nos estudos prévios e nas

indagações do Provocando os Estudos, introduziremos as discussões no

coletivo sobre os apontamentos que necessitam de clareza, pois, no

conhecimento dos membros do grupo, as dúvidas possíveis precisam ser

ampliadas no entendimento, para promoção da superação dos problemas

levantados.

Este é um momento nobre para crescimento teórico do grupo. Vamos a ele

objetivando obter compreensão do tema, mediando o estudo pelos seguintes

apontamentos:

1. Pensando em atingir a mensagem principal do texto 1, procure

analisando o título: “O papel da Linguagem na formação das Funções

Psicológicas Superiores”, localizar as passagens que enfatizam a

Linguagem como colaboradora da construção do Pensamento, que

regula o comportamento humano e conduz ao aprendizado.

2. Verifique no texto 2 os traços essenciais que caracterizam a linguagem e

os princípios gerais que regem o desenvolvimento da linguagem, para

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em seguida estabelecer as relações entre o processo funcional

linguagem e a Educação Escolar.

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio da aula expositiva dialogada1 onde a exposição do conteúdo ocorrerá

com a participação ativa dos participantes, cujo conhecimento prévio será

considerado e tomado como ponto de partida. O texto do objeto de estudo

poderá ser questionado, interpretado e discutido a partir do reconhecimento e

do confronto com a realidade. Assim se oportunizará a análise crítica e novos

conhecimentos poderão ser produzidos no grupo. Com o auxílio do

PowerPoint, o grupo reconhecerá as informações mais significantes do texto,

que colaboram com a aquisição do conhecimento.

Durante as explanações se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social, vídeos, para ampliar o estudo sobre a linguagem,

como orientadora constante das ações escolares.

http://www.youtube.com/watch?v=cYJoXsfgenQ&feature=player_detailpage

Documentário as origens da linguagem, 52:09, interessante pois, trás

pesquisas antigas e chega ao agora, 100mil anos surge o humanóide com

toda fala, há outros dizendo ser já, o homem de 300mil anos atrás, o

niandertau, que já falava, o que para muitos é inconcebível. Acesso em: 30 set

2013.

http://www.educacao.video.pr.gov.br/?video=13130. O vídeo intitulado

“Vigotsky e a construção da linguagem”, apresenta uma pequena biografia de

1 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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Vigotsky, bem como de suas ideias, aprofundando-se na construção da

linguagem pelas crianças. Acesso em: 30 set 2013.

http://www.youtube.com/watch?v=I1Zusz__3e8 Vídeo o que é a linguagem,

UNIVESPtv, parte 1, com 10:25, embasado no texto, Linguagem, Educação e

Formação de Professores de Maria de Fátima Abdala. Acesso em 30 set 2013.

http://www.youtube.com/watch?v=4qr3CGs1Upg&feature=player_detailpage

Sequência do vídeo o que é a linguagem, UNIVESPtv, parte 2, com 9:26 min.

Acesso em 30 set 2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

É hora do grupo anunciar o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

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SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando melhor e maior entendimento dos fatos analisados e

relacionados à linguagem, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

conscientes, evitando os possíveis erros, já cometidos provavelmente, devido

ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO II

FUNDAMENTANDO A LINGUAGEM VERBAL ESCOLAR (LEITURA/FALA E

ESCRITA)

OBJETIVO

Destacar a Linguagem verbal de leitura e escrita, como conhecimento mediado

pelo outro e essencial ao desenvolvimento humano, para colaborar com a

prática de busca, identificação e conhecimento dos documentos legais da

escola, nas atividades do dia a dia.

TEXTO 1 – “Linguagem”

Utilizaremos também para o 2º encontro o texto Linguagem que encontramos em:

POSSARI, L. L. H. V. e NEDER, M. L. C. Linguagem. Cuiabá: UFMT, 2001.

Fascículo 1, para caracterizar a linguagem humana.

PROVOCANDO O ESTUDO

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Conhecendo a linguagem como meio de comunicação e de expressão do

pensamento humano, estudaremos as outras linguagens, chamadas de verbal

e não-verbal. A primeira se refere à linguagem formal da fala (palavra), da

leitura e da escrita e a segunda, enfatiza as expressões que incluem o campo

da visão, audição, gestos e em geral as sensações. Vejamos inicialmente o

que já sabemos sobre a Linguagem Verbal.

O QUE É LINGUAGEM VERBAL?

ONDE A ENCONTRAMOS?

PARA QUE SERVE A LINGUAGEM VERBAL?

COMO ADQUIRIMOS A LINGUAGEM VERBAL?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________Instigados pelos questionamentos todos deverão expressar livremente tudo

que sabem da linguagem verbal, para em seguida, anunciarem as produções

ao grupo e anexarem em espaço definido como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

A Linguagem Verbal

A escola se fazendo pela linguagem verbal e tendo por princípio iniciar o aluno

no mundo das letras, segue conduzindo a “formação cultural e científica”,

quase que unicamente pela leitura e escrita. Tudo muito correto, afinal este é o

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espaço socialmente organizado para a transmissão do conhecimento

historicamente acumulado pelos homens.

Hoje, com o mundo globalizado e o homem antenado para o acesso as

diversas mídias, esse legado inicial da escola requer reflexões e até mesmo

modificações urgentes.

Vivemos acompanhando os índices de avaliação escolar que comprovam a

falência do processo ensino e aprendizagem, promovido na Educação Básica

da escola pública.

Professores se esforçam para ensinar, mas alunos pouco se interessam para

aprender. Isso preocupa a todos direta ou indiretamente, pois, a sociedade

recebe alunos incompletos na formação acadêmica, para atuarem no mundo

do trabalho e ainda, profissionais do magistério público, são disponibilizados

para oferecer conhecimento sistematizado e historicamente acumulado, aos

filhos da classe trabalhadora, no entanto, a intenção é frustrada, porque o

direito de um é negado, mediante o não cumprimento do dever do outro.

Para agir no quadro anunciado precisamos de ações que repensem a situação.

Mesmo estando os profissionais da educação revendo, planejando e atuando

com dedicação constante, ainda temos o desinteresse dos alunos pelos

estudos.

Olhando para o encaminhamento das atividades escolares observaremos o

domínio da linguagem verbal (fala/palavra, leitura e escrita), na condução de

quase todas as propostas educativas. Concordamos que o verbal é próprio da

escola, porém não único. O que estudaremos na sequência dos nossos

encontros.

Essa propriedade da escola de transmitir a experiência de gerações em

gerações é comentado por Tuleski (2011, p. 205) quando diz que “é a palavra

que, ao duplicar o mundo, assegura a possibilidade de transmissão da

experiência de indivíduo a indivíduo e assimila experiências de gerações

anteriores”.

Para aprofundar este conhecimento iremos focar a leitura do texto proposto

anterior ao encontro presencial, via contato on-line. Faremos a leitura

conduzida por questionamentos que julgamos necessários e a seguir

solicitaremos a anotação dos pontos que requerem esclarecimentos ou

destaques. Já sinalizaremos as possibilidades de respostas aos

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questionamentos iniciais. Com base nos estudos prévios, introduziremos as

discussões no coletivo sobre os apontamentos que necessitam de clareza,

pois, no conhecimento dos membros do grupo, as possíveis dúvidas precisam

ser colocadas, para superação dos problemas levantados no início dos

estudos.

Para crescimento teórico do grupo mediaremos a compreensão do tema, com

os seguintes apontamentos:

1. Propondo conceituar a Linguagem, as autoras afirmam estar em sua

“origem a predisposição humana, universal, histórica e social para a

interação. Somos ontologicamente predispostos à linguagem”.

(POSSARI e NEDER, 2001, p. 7). Quais compreensões podemos

emitir sobre esta colocação?

2. O texto apresenta a concepção semiótica de Linguagem. Analise a

ideia, comente sua compreensão e compare esta linguagem com a

utilizada em suas atividades escolares.

3. Com base no texto identifique os conceitos sobre a Linguagem e se

posicione frente a esses conceitos, referindo-se a sua prática

pedagógica.

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio do estudo de texto2, o grupo fará a exploração das ideias das autoras

para reconhecer as informações mais significantes e que colaboraram com a

aquisição do conhecimento da linguagem verbal.

Com as leituras se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

O estudo do texto se constituirá em momentos de contextualização, onde a

data, o tipo de texto e os dados das autoras serão observados: de análise

2 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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textual, quando se fazer o esquema do texto, verificar seu vocabulário, fatos,

autores citados e busca da visão de conjunto. Far-se-á uma análise temática,

com a compreensão da mensagem das autoras, localizando o tema, problema,

tese, linha de raciocínio, ideia central e secundária, seguimos com a análise

interpretativa em que se levantará discussões dos problemas relacionados à

mensagem, buscando a interpretação do texto, via corrente filosófica,

influências, pressupostos, associação de ideias e críticas e por fim chegamos à

síntese com a reedição da mensagem.

Propomos explorar o meio de instrumento social vídeo, para

ampliar o estudo sobre a linguagem verbal, como

orientadora constante das ações escolares.

Para colaborar propomos o vídeo linguagem verbal e não-verbal de 4:45, que

embora simples esclarece conceitos e colabora no conhecimento. Disponível

em: http://www.youtube.com/watch?v=1R8oj5UkaSk&feature=player_detailpage

Acesso em 10 jul 2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anunciará o que realmente aprendeu.

Para sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

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conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando melhor e maior entendimento dos fatos analisados e

relacionados à linguagem, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

conscientes, evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido

ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO III

FUNDAMENTANDO A LINGUAGEM NÃO-VERBAL DA ESCOLA

OBJETIVO

Identificar a Linguagem Não-Verbal veiculada ao espaço escolar e aproveitar

sua variedade para apropriação do conhecimento dos documentos

educacionais.

TEXTO – “LINGUAGEM”

O texto de apoio para o 3º encontro estará ainda em: POSSARI, L. L. H. V. e NEDER,

M. L. C. Linguagem. Cuiabá: UFMT, 2001. Fascículo 1, que mostrará a importância

de se vivenciar na escola a linguagem não-verbal.

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PROVOCANDO O ESTUDO

Partindo do conhecimento que os participantes possuem sobre linguagem,

faremos inicialmente a seguintes provocações:

O QUE É LINGUAGEM NÃO-VERBAL?

ONDE ENCONTRAMOS LINGUAGEM NÃO-VERBAL?

PARA QUE SERVE A LINGUAGEM NÃO-VERBAL?

COMO ADQUIRIMOS A LINGUAGEM NÃO-VERBAL?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

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Mediados pelos questionamentos será oportunizado espaço a todos e

solicitado que expressem livremente tudo que sabem de linguagem, para em

seguida, anunciarem as produções ao grupo e anexarem em espaço definido

como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

A Linguagem Não-Verbal

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Utilizando a linguagem nos identificamos como seres humanos. Pela linguagem

estabelecemos os diálogos e interagimos com todos que nos rodeiam. Ela nos

remete aos sentidos e nos faz agir, expressar, aprender e principalmente, viver

em sociedade.

A linguagem, comentada por Martinez, no Projeto Folhas: “Comunicação entre

os homens”, “serve para interação das pessoas umas com as outras,

constituindo-se em um processo de diálogo/dialogia, de interação, de

comunicação com o outro”.

Na comunicação humana temos os interlocutores que participam, interagem e

dialogam entre si. A interação com o outro acontece por diversas maneiras, por

meio da escrita, da fala, dos gestos, da pintura, da dança, da música, dos

códigos estabelecidos socialmente, do desenho, dos noticiários, dos livros e

outros.

Quando utilizamos a palavra falada ou escrita, dizemos que a linguagem

utilizada é verbal. Porém, se utilizamos os sons, a dança, uma imagem,

dizemos que a linguagem é não-verbal.

Vivendo socialmente, desenvolvemos em nossas relações com os outros, as

interações por meio da linguagem verbal ou não verbal, ou até mesmo fazendo

uso das duas juntas.

A escrita, a fala, a palavra, a imagem e outras formas de comunicação,

constituem nossa linguagem e nos auxiliam a viver em sociedade. Quando as

utilizamos, além de estabelecer relações com o outro, nós também

desenvolvemos em nós mesmos, pois, através dela ampliamos nossas

capacidades cerebrais.

Logo, ao representar os objetos e fenômenos por meio da palavra, o homem deu o primeiro e mais decisivo passo em direção à sua libertação do campo sensorial imediato, isto é, em direção ao desenvolvimento de sua capacidade para pensar. A palavra é, fundamentalmente, uma forma socialmente elaborada de representação e para que os indivíduos se apropriem dela é requerida a mediação de outros. Sua função generalizadora radica na vida social, nos intercâmbios entre os homens e os objetos pela mediação de outros homens. (MARTINS, 2013, p. 168)

Podemos reconhecer esses apontamentos nas colocações de Tulesk (2011, p.

202-222), ao relatar os estudos lurianos para mostrar como a linguagem

reorganiza as funções psicológicas superiores.

Assim, para interagirmos uns com os outros, necessitamos da linguagem.

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A escrita e a fala são muito usadas e quando associadas com imagens, há um

reforço da intenção desejada. Vemos no mundo, diversos enunciados contendo

a linguagem verbal e não-verbal.

A fala e a escrita são importantes meios de comunicação, nos acompanham

em quase todos os momentos, inclusive neste que vamos promover agora. Na

leitura proposta observamos a presença da linguagem não-verbal em situações

variadas. Para reconhecer sua existência basta usar “o olhar, o soar, o

gesticular, o sorrir, etc.”

Buscando entender o valor da linguagem não-verbal e aproveitá-la na atividade

escolar, faremos alguns questionamentos sobre o texto.

1. As autoras questionam a exclusividade da linguagem verbal da

oralidade e escrita na transmissão do saber escolar,

argumentando que “no momento histórico em que estamos

vivendo, ignorar outras linguagens, as não-verbais, é excluir-se do

processo comunicativo atual”. (POSSARI e NEDER, 2001, p. 9).

Como você percebe esse processo? Como ele é absorvido em

seus encaminhamentos metodológicos? Quais vantagens de

ampliar a linguagem para verbal e não-verbal na transmissão do

saber escolar? Existem desvantagens na condução dessas

linguagens?

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio do estudo de texto3, o grupo fará a exploração das ideias do texto

para reconhecer as informações mais significantes e que colaboraram com a

aquisição do conhecimento da linguagem verbal.

Com as leituras se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

3 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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O estudo do texto se constituirá em momentos de contextualização, onde a

data, o tipo de texto e os dados das autoras serão observados, de análise

textual, quando se fazer o esquema do texto, verificar seu vocabulário, fatos,

autores citados e a busca da visão de conjunto. Far-se-á uma análise temática,

com a compreensão da mensagem das autoras, localizando o tema, problema,

tese, linha de raciocínio e ideia central e secundária, seguimos com a análise

interpretativa em que se levantará discussões dos problemas relacionados à

mensagem, buscando a interpretação do texto, via corrente filosófica,

influências, pressupostos, associação de ideias e críticas e por fim, a síntese,

com a reedição da mensagem.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social, vídeo, para ampliar o estudo sobre a linguagem,

como orientadora constante das ações escolares.

http://www.youtube.com/watch?v=EbKhjelBYOM (vídeo aula: A relação entre a

linguagem não-verbal e verbal. Prof Carreira/Positivo para Enem, boa aula

enfatizando a não-verbal com duração de 38:14)

http://www.youtube.com/watch?v=VrOt53xb1SE (vídeo Comunicação não-verbal – O

Negociador pedaço do filme 2:23 mostra que o investigador policial lê os gestos –

interessante)

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anunciará o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

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MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando melhor e maior entendimento dos fatos analisados e

relacionados à linguagem, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

conscientes, evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido

ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO IV

REVENDO OS DOCUMENTOS LEGAIS DA ESCOLA COM AUXÍLIO DA

LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL

OBJETIVO

Compreender a maneira de existir dos documentos que regulamentam a

educação, mediante análise das Políticas Públicas da década de 1990 e

localizar, para divulgar os documentos legais da escola, diante de novas

compreensões.

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TEXTO 1: “A ESCOLA BRASILEIRA EM FACE DE UM DUALISMO

PERVERSO: ESCOLA DO CONHECIMENTO PARA OS RICOS, ESCOLA DO

ACOLHIMENTO SOCIAL PARA OS POBRES”.

Nesse momento reconheceremos as ideias apresentadas no texto a seguir:

LIBÂNEO. José Carlos. A escola brasileira em face de um dualismo

perverso: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social

para os pobres. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, nº 1, p. 13 - 28,

2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n1/aop323.pdf> Acesso em:

29 maio 2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Introduzindo os participantes nos estudos que seguirão faremos indagações

que os remetam às análises e reflexões sobre os documentos legais

educacionais.

O QUE SABEMOS DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS?

O QUE AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS INFLUENCIAM NOSSA PRÁTICA

PEDAGÓGICA?

O QUE SABEMOS SOBRE A LDB 9394/96?

O QUE SABEMOS DA DCE DO PARANÁ?

O QUE SABEMOS SOBRE O REGIMENTO ESCOLAR?

ONDE ENCONTRAMOS ESTES DOCUMENTOS?

PARA QUE SERVEM ESTES DOCUMENTOS NA ESCOLA?

PARA QUEM SERVE ESTES DOCUMENTOS ESCOLARES?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

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______________________________Mediados por perguntas, o grupo apontará tudo que sabem sobre os três

grandes documentos da escola, PPP, Diretrizes Curriculares e Regimento

Escolar. Em seguida, as produções serão anunciadas e anexadas em espaço

visualizável e definido como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

Para entender a escola brasileira atual, precisamos compreender

parte das leis que regulam a sociedade dos países em desenvolvimento,

estabelecidas na década de 1990. Preocupados os organismos internacionais,

com o grau elevado da pobreza desses países em crescimento, podendo

incomodar os grandes países desenvolvidos é pensado amenizar essa ameaça

com foco nas políticas educacionais. Propondo encaminhamentos para as

práticas escolares, em conformidade com as orientações da Declaração de

Jomtien e demais conferências internacionais.

A Conferência, que produziu um documento histórico denominado Declaração Mundial da Conferência de Jomtien, foi a primeira dentre outras conferências realizadas nos anos seguintes em Salamanca, Nova Delhi, Dakar etc., convocadas, organizadas e patrocinadas pelo Banco Mundial. No Brasil, o primeiro documento oficial resultante da referida Declaração e das demais conferências foi o Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003), elaborado no Governo Itamar Franco. Em seguida, seu conteúdo esteve presente nas políticas e diretrizes para a educação do Governo FHC (1995-1998; 1999-2002) e do Governo Lula (2003-2006; 2007-2010), tais como: universalização do acesso escolar, financiamento e repasse de recursos financeiros, descentralização da gestão, Parâmetros Curriculares Nacionais, ensino à distância, sistema nacional de avaliação, políticas do livro didático, Lei de Diretrizes e Bases (Lei no 9.394/96), entre outras. (LIBÂNEO, 2012, p.15)

Logo que surgiu a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, de 1990,

foram proposta ações de cunho democrático da escola para todos. Passando

por avaliações e revisões em diversos encontros e adequando-se à visão

economicista do Banco Mundial, o convocador e patrocinador das

Conferências, a proposta ficou assim:

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Desse modo, a visão ampliada de educação converteu-se em visão encolhida, ou seja: a) de educação para todos para educação dos mais pobres; b) de necessidades básicas para necessidades mínimas; c) da atenção à aprendizagem para a melhoria e avaliação dos resultados do rendimento escolar; d) da melhoria das condições de aprendizagem para a melhoria das condições internas da instituição escolar (organização escolar). (TORRES, p. 29, In: LIBÂNEO, 2012, p. 18)

Os fatos contam que, em 1990 o neoliberalismo chegando ao Brasil e se

apresentando nas reformas da educação brasileira, surgiu o Plano Decenal

Educação. Para Todos proposto para década de 1993 a 2003, trazendo tudo

em conformidade com os princípios e estratégias da Declaração de Jomtiem.

Libâneo (2012, p. 21) busca no próprio documento esta confirmação dizendo:

Eis o que registra o Plano Decenal em relação aos objetivos da educação básica:A – Objetivos gerais de desenvolvimento da Educação Básica:1 - Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem das crianças, jovens e adultos, provendo-lhes as competências fundamentais requeridas para plena participação na vida econômica, social, política e cultural do País, especialmente as necessidades do mundo do trabalho:

a) definindo padrões de aprendizagem a serem alcançados nos vários ciclos, etapas e/ou séries da educação básica e garantindo oportunidades a todos de aquisição de conteúdos e competências básicas:- no domínio cognitivo: incluindo habilidades de comunicação e expressão oral e escrita, de cálculo e raciocínio lógico, estimulando a criatividade, a capacidade decisória, habilidade na identificação e solução de problemas e, em especial, de saber como aprender;- no domínio da sociabilidade: pelo desenvolvimento de atitudes responsáveis, de autodeterminação, de senso de respeito ao próximo e de domínio ético nas relações interpessoais e grupais. (BRASIL, 1993, apud LIBÂNEO, 2012)

Libâneo (2012, p. 21) atribui à proposta economicista e tecnicista do Plano

Decenal, a definição do papel da escola como atendimento de necessidades

“mínimas” de aprendizagem e de espaço de convivência e acolhimento social.

Deixa claro um novo modelo de escola, de professor e de aluno. Antes

estruturado no modelo da escola tradicional centrada no conhecimento, no

domínio dos conteúdos e na formação das capacidades cognitivas. Agora o

modelo precisa ser outro.

Diz Libâneo (2012, p. 17) “escola que valorizará as relações humanas,

propondo organizações que valorizam a integração social, a convivência entre

diferentes, o compartilhamento de culturas, o encontro e a solidariedade entre

as pessoas”.

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Com tantas intenções humanistas, é preciso fixar as interpretações dos

documentos que irão organizar as ações educacionais, no contexto em que são

criados, para entendê-los como realmente são, pois, corremos o risco de

compreendê-los como adequados, necessários e até naturais.

O novo paradigma supõe, também, um novo papel do professor, ou seja, da mesma forma que, para os alunos, oferece-se um kit de habilidades para sobrevivência, oferece-se ao professor um kit de sobrevivência docente (treinamento em métodos e técnicas, uso de livro didático, formação pela EaD). A posição do Banco Mundial é pela formação aligeirada de um professor tarefeiro, visando baixar os custos do pacote formação/capacitação/salário. (LIBÂNEO, 2012, p. 20)

Para pautar nossas compreensões precisamos ressaltar a concepção de

escola, de ensino e de aprendizagem da teoria histórico-cultural, em Vygotky,

que defendemos nas orientações curriculares do estado do Paraná.

Diferentemente dessa concepção de escola e de aprendizagem, a teoria histórico-cultural, a partir das contribuições de Vygotsky e de seus seguidores, postula que o papel da escola é prover aos alunos a apropriação da cultura e da ciência acumuladas historicamente, como condição para seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral, e torná-los aptos à reorganização crítica de tal cultura. Nessa condição, escola é uma das mais importantes instâncias de democratização social e de promoção da inclusão social, desde que atenda à sua tarefa básica: a atividade de aprendizagem dos alunos. Tal aprendizagem não é algo natural que funciona independentemente do ensino e da pedagogia. As mudanças no modo de ser e de agir decorrentes de aprendizagem dependem de mediação do outro pela linguagem, formando dispositivos internos orientadores da personalidade. Tal como expressa Vygotsky, trata-se de uma reconstrução individual da cultura num processo de interação com outros indivíduos: o que inicialmente são processos interpsíquicos converte-se em processos intrapsíquicos. Sendo assim, a intervenção pedagógica por meio do ensino é imprescindível para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral. Pelo ensino, opera-se a mediação das relações do aluno com os objetos de conhecimento, criando condições para a formação de capacidades cognitivas por meio do processo mental do conhecimento presente nos conteúdos escolares, em associação com formas de interação social nos processos de aprendizagem lastreados no contexto sociocultural (LIBÂNEO, 2009, In: LIBÂNEO, 2012, p. 25-26).

Assim é claro que para a escola ideal, onde a formação pelo conhecimento

científico e historicamente acumulado, repassado de geração em geração, e

por direito, oferecida a todos e todas, com respeito às especificidades e

diferenças, precisamos ter o foco no conteúdo instigante, que mediado pela

linguagem do outro que já o conhece, oportuniza aos homens e mulheres

conhecimento cultural que os elevem a categoria de seres humanos pensantes,

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falantes, participantes e determinantes de conquistas favoráveis à vivência em

comunidade evoluída e igualitária.

Portanto, vejamos o todo e o tudo dos documentos educacionais, propondo os

enfrentamentos necessários para chegar à função social da escola que

defendemos, democrática, dos conteúdos, justa e necessária ao

desenvolvimento das funções psíquicas superiores.

Para mediação da compreensão do texto “A escola brasileira em face de um

dualismo perverso: escola do conhecimento para os ricos, escola do

acolhimento social para os pobres”, de José Carlos Libâneo propomos os

questionamentos a seguir:

1) A preocupação do autor de questionar os objetivos e funções da escola,

entendidos como decorrentes dos documentos de organismos

internacionais, ocorre por considerar a definição dos objetivos para a

escola, como item primordial de uma política educacional. Definido os

objetivos, definiu-se o currículo, a formação de professores, a

organização da escola, as práticas de avaliação, os recursos financeiros,

enfim, o todo da escola.

a) Pontue as ideias do autor que proporcionam a análise da diversidade

e antagonismo dos objetivos e funções da escola brasileira

atualmente;

b) Indique as colocações do autor que colaboram com a compreensão

de desvendar nas políticas oficiais as funções da escola, segundo as

políticas do Banco Mundial.

2) O texto depois de caracterizar o dualismo da escola brasileira, aponta

possíveis superações para o alcance de um consenso mínimo da

sociedade sobre objetivos e funções da escola pública.

a) Após localizar e refletir sobre essas possíveis saídas, verifique a

possibilidade de compreender estes conceitos em sua prática

pedagógica.

GARIMPANDO O ESTUDO

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Por meio do estudo de texto4, o grupo fará a exploração das ideias do autor

estudado, para reconhecer as informações mais significantes, que colaboraram

com a aquisição do conhecimento das políticas educacionais e dos

documentos legais da escola.

Com as leituras se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

O estudo do texto consiste momento de contextualização, onde a data, o tipo

de texto e os dados das autoras serão observados pela análise textual, pois,

quando se faz o esquema do texto, verifica seu vocabulário, fatos, autores

citados e busca a visão de conjunto, depois é a vez da análise temática, com a

compreensão da mensagem do texto, localizando o tema, problema, tese, linha

de raciocínio, ideia central e secundária, na análise interpretativa se levanta e

discute os problemas relacionados à mensagem do texto, buscando a sua

interpretação, via corrente filosófica, influências, pressupostos, associação de

ideias e críticas e com a síntese, a reedição da mensagem.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social, vídeo, para ampliar o estudo sobre a linguagem,

como orientadora constante das ações escolares.

Buscando recordar propomos ver : http://www.youtube.com/watch?v=VoTX8_pPrQE

Vídeo Linha do Tempo da História da Educação no Brasil, 10:34, parte de 1500 e

chega em 1964. Acesso em: 12 out 2013.

Vídeo A Política Educacional Brasileira após a Ditadura Militar até os dias atuais, da

UNICAMP, de 37:44 com Demerval Saviani, http://www.youtube.com/watch?

v=KDlydJpnhv8 Acesso em: 12 out 2013.

Para relembrar parte da história da LDB no Brasil sugerimos o vídeo de 5:40

localizado em: http://www.youtube.com/watch?v=BYll-keo9E4 Acesso em: 12 out

4 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anunciará o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando melhor e maior entendimento dos fatos

analisados e relacionados à linguagem, os membros deverão atuar sobre suas

práticas mais conscientes, evitando os possíveis erros, já cometidos

provavelmente, devido ao distanciamento e desconhecimento teórico,

apontando encaminhamentos modificados e adequados para o espaço de

ensinar e aprender.

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Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO V

REVENDO A LDB Nº 9394/96 COM AUXÍLIO DA LINGUAGEM VERBAL E

NÃO-VERBAL

OBJETIVOS

Revisar o documento da LDB nº 9394/96 para releitura e nova representação

no interior da escola, com linguagem adequada à compreensão de todos que

dela fizerem uso e ainda, identificar e compreender os encaminhamentos da

educação gerados com a LDB.

TEXTO: “INTERFACES ENTRE POLÍTICAS EDUCACIONAIS, PRÁTICA

PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO HUMANA”.

Nesse momento aprofundaremos as ideias apresentadas no texto a seguir:

GALUCH. M T B e SFORNI. M S de F. Interfaces entre políticas

educacionais, prática pedagógica e formação humana. In: Práxis

Educativa, Ponta Grossa, v. 6, nº 1, p. 55 – 66, jan – jun, 2011. Disponível em:

<http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/1862/1999>

Acesso em: 15 maio 2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Introduzindo os estudos faremos algumas indagações para conhecer o que

sabem sobre o assunto a ser analisado. Vejamos:

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O QUE SABEMOS SOBRE O CONTEXTO HISTÓRICO EM QUE SURGIU A

LDB 9394/96?

DO QUE TRATA A NOVA LDB?

QUE INTERESSES POLÍTICOS ATENDE A NOVA LDB?

QUEM A PRODUZIU?

COM QUE INTENÇÃO A NOVA LDB FOI PRODUZIDA?

QUE INFLUÊNCIA TEVE ESSA LEI PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

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Mediados pelos questionamentos será oportunizado espaço a todos e

solicitado que expressem livremente tudo que sabem da LDB nº 9394/96,

anunciando as produções ao grupo e anexando-as em espaço definido como

“EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

Entendendo que a escola está sendo dirigida segundo os interesses das

políticas neoliberais, compreendemos o que está acontecendo no seu interior.

Vejamos os argumentos das autoras do nosso texto:

Dentre as críticas, a principal delas consiste no fato de os Parâmetros Curriculares Nacionais resultarem de uma política educacional marcadamente neoliberal, voltada a atender às necessidades do mercado de trabalho, tanto no que se refere à qualificação profissional como à formação de valores e atitudes concernentes à

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manutenção da ordem social capitalista, fundamentada na troca desigual. (GALUCH e SFORNI, 2011, p. 56)

Assim em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº

9394/96), documento base da educação brasileira, que trata dos níveis e

modalidades, é sancionada e passa a definir a Educação Básica e o Ensino

Superior.

O projeto dessa lei surge logo após a Constituição de 1988 e foi muito discutido

até 1993, mas em 1994 um novo projeto se apresenta e em dois anos é

aprovado.

A LDB nº 9394/96, ficou enxuta demais em alguns assuntos, pois, não é clara

em suas definições, ao ponto que precisou ser alterada e complementada em

vários itens que exigiram melhorias. Reconhecida como uma lei que oferece

“liberdade” na área educacional, como a possibilidade do ensino regular ser à

distância, do ensino médio ser diversificado, estabelecendo assim novas

alternativas de formação de professores.

Com relação à organização curricular da Educação Básica, a nova LDB

assegura uma base nacional comum nos diferentes níveis de ensino e permite

aos Estados e Municípios elaborar suas propostas pedagógicas.

Notamos na inspiração dessa lei as orientações dos documentos do Relatório

para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI

– conhecido como Relatório Jacques Delors – para os países em

desenvolvimento.

O relatório explicita que esta perspectiva de formação deve inspirar e orientar as reformas educativas, tanto na elaboração de programa como na definição de políticas pedagógicas. Foi o que aconteceu com as políticas educacionais brasileiras a partir da década de 1990. Tanto na elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) – (Lei 9394/1996) -, como na organização dos Parâmetros Curriculares Nacionais essas concepções foram incorporadas como norteadoras da organização do ensino. (GALUCH e SFORNI, 2011, p. 60)

Temos um novo panorama teórico-metodológico para orientar os conteúdos

escolares do processo de ensino e aprendizagem. Evidencia-se a educação

para desenvolver nos alunos sentimentos de solidariedade, de convivência

grupal e de respeito às diferenças, formando o cidadão completo, ou seja, que

saiba lidar com o individualismo da competição do mercado de trabalho, mas

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que também entenda que não há lugar para todos e portanto, precisa ser

solidário com os que ficarem à margem do sistema econômico.

O desafio é grande e exige a compreensão da relação existente entre escola e

sociedade. Para Galuch e Sforni (2011, p. 56) a organização do processo de

produção é a chave do entendimento da formação que se espera que a escola

ofereça. Assim, acreditamos que, compreendendo as leis da sociedade

capitalista, entenderemos a estrutura e o funcionamento da escola atual

Preocupado com o processo de manutenção do sistema econômico vigente, o

Relatório Jacques Delors requer ações que intervenham na estabilidade social,

onde pobres vivam em harmonia com ricos. Conta com a escola para formar

tanto o trabalhador como o cidadão, que saibam viver juntos, mesmo diante da

desigualdade social.

Para o alcance desse objetivo, propõe-se a organização do ensino pautado em quatro pilares: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; e aprender a ser. Se o desenvolvimento das forças produtivas exige um trabalhador flexível, é preciso que a escola o ensine a aprender a conhecer e continuar aprendendo ao longo de toda a vida; se a produção flexível exige capacidades e habilidades para resolver problemas e trabalhar em grupo, a escola deve incluir entre as suas aprendizagens não a formação profissional em si, mas o “aprender a fazer” de modo que os estudantes estejam aptos a qualquer tipo de trabalho; se o mundo do trabalho não resolve ou até acentua as “rupturas dos laços sociais”, é necessário que na escola se aprenda a viver juntos, de modo a serem minimizados os conflitos sociais; se é necessário que os sujeitos tenham mais autonomia e se responsabilizem por si mesmos, a escola deve influenciar no desenvolvimento da personalidade dos sujeitos, de modo que eles aprendam a ser sujeitos autônomos e responsáveis e, sobretudo, que acreditem nessa possibilidade. (GALUCH e SFORNI, 2011, p. 59)

Toda esta organização proposta no Relatório Jacques Delors inspirou a LDB nº

9394/1996 e em seu Art 2º afirma:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996)

Temos um documento que coloca para a escola a responsabilidade de formar o

trabalhador cidadão. Que não irá lutar contra as desigualdades, mas irá

respeitá-la e entender a diversidade. Os vocabulários são alterados e termos

propostos para a escola do conhecimento e de base teórica, são trocados por

escola dos saberes, onde todo saber tem o mesmo valor, a desigualdade que

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

exigia transformação e mudado para diversidade, entendida como respeito às

diferenças.

De acordo com as pontuações anteriores, podemos dizer que a escola se

distancia do seu valor maior e tira o espaço de muitos filhos de trabalhadores,

obterem o acesso ao saber historicamente acumulado, ao domínio de formas

complexas do pensamento, que o eleva a categoria de ser pensante, que

conscientemente supera e modifica situações do seu dia a dia. A escola

precisa ser lugar de garantia do acesso ao conhecimento científico. Lugar de

análises, discussões, reflexões e encaminhamentos que garantam a sua

correta função social. Enfrentar os determinantes sociais contrários a esta

certeza é algo que precisa ser constantemente lembrado e cobrado de todos

que a tornam da maneira como deve ser.

Buscando pela leitura do texto “Interfaces entre políticas educacionais, prática

pedagógica e formação humana” das autoras Maria Teresinha B Galuch e

Marta Sueli de F Sforni, compreender a construção dos documentos legais que

orientam a Educação Básica, sugerimos fixar as ideias significantes apoiadas

nas indagações sugeridas.

1) Introduzindo o texto pela compreensão dos Parâmetros Curriculares

Nacionais e reforçando sua definição pela LDB, as autoras buscam

esclarecer a organização do processo de produção do mundo do

trabalho atual, para entender o que se espera que a escola ofereça à

sociedade.

a) Identifique as características dos alunos que devem ser formados

para atender a demanda do mercado de trabalho atual.

b) As políticas internacionais bancadas pelo Banco Mundial, criam o

Relatório Jacques Delors, na década de 1990, que define

claramente o papel da educação para uma sociedade de classes,

a do rico e a do pobre, como a nossa, de contribuir para o

desenvolvimento do querer viver juntos, mesmo sendo diferentes.

Indique os objetivos deste relatório que reforçam esta afirmação.

c) As autoras destacam no texto conteúdos dos livros didáticos que

reforçam os objetivos de práticas pedagógicas que nos enganam

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

por parecer superar as atitudes conteudistas do campo

tradicional, pois incluem novas aprendizagens e respeitam a

diversidade cultural. Qual o alerta que nos é anunciado com

relação a estes encaminhamentos?

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio do estudo de texto5, o grupo fará a exploração das ideias das autoras

do texto analisado, para reconhecer as informações mais significantes e que

colaboram com a aquisição do conhecimento da LDB nº 9394/96.

Nas leituras se observará a expressão do olhar, a concentração, o interesse

em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos de

demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

O estudo do texto se constituirá em momentos de contextualização, onde a

data, o tipo de texto e os dados do texto serão observados. A análise textual,

ocorrerá ao fazer o esquema do texto, quando verificar seu vocabulário, fatos,

autores citados no texto e busca da visão de conjunto. A análise temática,

acontecerá com a compreensão da mensagem, localizando o tema, problema,

tese, linha de raciocínio, ideia central e secundárias. A análise interpretativa em

que se levantará discusões dos problemas relacionados à mensagem,

buscando a interpretação do texto, via corrente filosófica, influências,

pressupostos, associação de ideias e críticas e a síntese com a reedição da

mensagem.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social vídeo, para ampliar o estudo.

O Programa “Nós da Educação” aborda a Gestão das Políticas Educacionais

no Estado do Paraná, tendo como convidada a professora Yvelise Freitas de

Souza Arco Verde, dividido em três partes, a parte 1 é a do nosso interesse,

estando disponível em:

5 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=462

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=463

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=464

Acesso em: 18 jul 2013.

O programa “Nós da Educação” aborda as questões sobre as Políticas

Públicas na Educação, tendo como convidado o professor Gaudêncio Frigotto,

dividido em três partes, sugerimos a parte 2 localizada no segundo endereço

eletrônico, para ver mais sobre a LDB e demais para entender o

encaminhamento da Educação Brasileira. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=516

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=517

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=518

Acesso em: 22 jul 2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anunciará o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando entendimento dos fatos analisados e relacionados à linguagem

e legislação, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais conscientes,

evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido ao

distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO VI

REVENDO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) DA ESCOLA COM

AUXÍLIO DA LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL

OBJETIVOS

Revisar o Projeto Político-Pedagógico para releitura e nova representação no

interior da escola, com linguagem adequada à compreensão de todos que dela

fizerem uso. Identificar e compreender os encaminhamentos práticos do

proposto no Marco Conceitual e no Marco Operacional.

TEXTO: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA CONSTRUÇÃO

“COLETIVA”?

Estudaremos a seguir o texto: PICOLI, Elaine Sinhorini Arneiro e CARVALHO,

Elma Júlia Gonçalves de. Projeto Político-Pedagógico: Uma Construção

“Coletiva”? In: Caderno Organização do trabalho pedagógico / Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão

Escolar. – Curitiba : SEED – Pr., 2010, p. 39 – 58. Disponível em:

Page 38: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/cad

erno_tematico_otp.pdf Acesso em: 17 out 2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Partindo do que se conhece sobre o assunto anunciado, faremos alguns

questionamentos, para introduzir os estudos. Vejamos:

O QUE VOCÊ SABE SOBRE O PPP DA SUA ESCOLA?

QUEM É O AUTOR DO PPP DA SUA ESCOLA?

PARA QUEM E PARA QUE SE PROPÕEM AS INTENÇÕES DO PPP?

O QUE VOCÊ CONHECE DO SURGIMENTO DO PPP?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________

Mediados pelos questionamentos todos se expressarão livremente sobre o que

sabem, para em seguida, anunciarem as produções ao grupo e anexarem em

espaço definido como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

O texto “Projeto Político-Pedagógico: uma construção “coletiva”?” está

estruturado com uma breve introdução, onde as autoras Picoli e Carvalho,

Page 39: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

justificam o interesse em destacar o trabalho coletivo dentro das escolas, já

que notam uma construção quase que individual do PPP. Entendendo a

coletividade como fundamental para garantia da gestão democrática, ressaltam

o tópico da importância do trabalho coletivo para a formação da instituição

escolar, pois, participando ativamente da escola, todos irão se comprometer

com o projeto da escola, propondo ações (teoria-prática) em acordo com as

propostas do PPP. Encontramos o item currículo: a essência do Projeto

Político-Pedagógico, para apontá-lo como documento base dos trabalhos

escolares, onde esclarece:

Ele precisa ser conhecido, discutido, reformulado, sempre em consonância com as políticas públicas educacionais vigentes, o período histórico vivido, as manifestações culturais presentes na comunidade, e principalmente os conhecimentos científicos historicamente produzidos pela humanidade, sem perder de vista a análise crítica da realidade que se manifesta a nível micro – na instituição escolar, mas que é reflexo da realidade globalizada. (PICOLI e CARVALHO, 2010, p. 41-42)

Discutem os conceitos de projeto, de político e de pedagógico, apontando o

sentido de projeto, ser a redação preliminar das intenções da escola, de político

ser princípio de ação que promove a concentração de pessoas ao redor de

ideias e de pedagógico, como sendo referência que possibilita a efetivação do

ato de ensinar e de aprender. Conceitua a gestão democrática onde todos são

gestores na instância que o representa.

Nos fundamentos revêem os documentos legais que encaminham a exigência

do Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas públicas, temos em 1988, a

Constituição Federal que garante a gestão democrática para o ensino público e

em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96,

que reafirma o princípio democrático da Constituição para a construção do PPP

de cada instituição educacional.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, menciona em

seu Art. 14, inciso I, a participação dos profissionais da educação na

elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.

Oportunizando construção coletiva do PPP, o estado do Paraná cria a

Deliberação nº 014/99 – CEE e orienta para que todas as escolas elaborem,

com efetiva participação dos segmentos escolares, esse documento.

Entendido como documento organizador do trabalho pedagógico, o PPP

objetiva ações planejadas que garantam o processo de ensinar e de aprender,

Page 40: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

bem como, a vivência de relações estabelecidas coletivamente, onde todos

exerçam seus direitos e cumpram seus deveres. Para tanto deve envolver um

número grande de pessoas que colaborem com o cumprimento da função

social da escola.

Um breve histórico da organização e gestão educacional brasileira, pontua

modelos conservadores ou tradicionais e gerencial ou empresarial, que

encaminharam a nossa educação por muito tempo e que colocaram a proposta

do modelo democrático como quase que utópica. Destaca algumas

participações na gestão da escola pública do Brasil e cita que de 1931 à 1935,

no Distrito Federal, alunos secundarista, participam por meio de Conselhos,

das tomadas de decisões quanto as atividades curriculares e extracurriculares.

Em 1976, no Espírito Santo, ocorreram as primeiras eleições para diretores e

na década de 80, a administração passou a ser pensada em termos

democráticos ou participativos. Em 1988 a Constituição Federal assegura a

gestão democrática do ensino público e em 1996, com a nova LDB nº 9394 o

princípio democrático é reafirmado no campo educacional.

Picoli e Carvalho comentam a construção do projeto da escola, dizendo que a

construção/reformulação/avaliação do PPP exige a participação do coletivo da

escola, devendo ser previsto momentos específicos. Lembra que não há

modelo a ser seguido e sim orientações das redes de ensino. Que cada escola

terá o seu PPP, que deverá ser constantemente avaliado e implementado, pois,

nunca estará finalizado, já que somos seres que se relacionam e se modificam

constantemente. Acentua ainda, que o PPP descreve os princípios norteadores

da LDB nº 9394/96, Art. 3º.

No Paraná em 2005, surge um parâmetro norteador para as escolas

apresentarem elementos importantes no PPP. Ressaltam as autoras, Picoli e

Carvalho, que as bases legais que sustentam a educação precisam ser

observadas na construção do PPP, com destaque para as Diretrizes

Curriculares e a Indicação nº 004/99 do Conselho Estadual de Educação, que

apresenta os elementos indispensáveis ao PPP.

Concluindo Elaine Sinhorini Arneiro Picoli e Elma Júlia Gonçalves de

Carvalho, reforçam que:

Projeto Político-Pedagógico, construído e reconstruído coletivamente, é um dos elementos mais importantes para a gestão democrática. Considerado como o eixo central da organização do trabalho na

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escola, ele deve articular os aspectos administrativos (plano de ação do diretor/escola e regimento escolar) aos aspectos pedagógicos (currículo, métodos, avaliação, formação continuada) e ao objetivo da escola, assegurando a unidade teórica e metodológica no trabalho didático e pedagógico, a unidade na organização do trabalho escolar e a coerência entre o planejado e o executado nas práticas escolares. (PICOLI e CARVALHO, 2010, p. 56)

Compreendido sua fundamentação e esclarecido suas intenções, o Projeto

Político-Pedagógico terá consistência na construção coletiva e atuará no

espaço escolar, como intenções pensadas e projetadas para o alcance do

processo de ensino e aprendizagem do conteúdo historicamente acumulado.

Para aproveitamento do momento de estudo verifique:

1) Diante da leitura, análise, discussão e reflexão feita sobre o texto Projeto

Político-Pedagógico: Uma Construção “Coletiva”?, pontue o que o texto

expõe que fortalece a construção coletiva do PPP no interior da escola.

2) De posse do PPP da escola e analisando-o sob a compreensão do texto,

o que se verifica nele que é do coletivo da escola? Como foi e como

continua sendo a participação do coletivo da escola na construção e

reconstrução do PPP?

3) Onde o PPP da escola atende os objetivos das políticas internacionais?

4) Você reconhece as propostas do PPP da escola em suas práticas

pedagógicas?

5) Como hoje o PPP da escola é compreendido pelo coletivo dela? E como

você o compreende?

NAVEGUE E CONHEÇA MAIS

http://pedagogia.dmd2.webfactional.com/media/gt/VEIGA-ILMA-PASSOS-PPP-

UMA-CONSTRUCAO-COLETIVA.pdf Nesse endereço encontramos o texto:

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: UMA CONSTRUÇÃO

COLETIVA, extraído sob licença da autora e da editora do livro: VEIGA, Ilma

Passos Alencastro. (org) Projeto político-pedagógico da escola: uma

construção possível. 14ª edição. Campinas: Papirus, 2002. Acesso em: 17 out

2013.

Ainda é possível conhecer mais sobre Projeto Político-Pedagógico acessando:

Page 42: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/2pppumaconstrucaocoletiv

a.pdf Texto: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO - UMA CONSTRUÇÃO

COLETIVA. Acesso em: 22 out 2013.

GARIMPANDO O ESTUDO

A aula expositiva dialogada6 onde a exposição do conteúdo ocorrerá com a

participação ativa, o conhecimento prévio sobre PPP será considerado e

tomado como ponto de partida. O texto do objeto de estudo poderá ser

questionado, interpretado e discutido a partir do reconhecimento e do confronto

com a realidade. Oportunizado a análise crítica, novos conhecimentos serão

produzidos no grupo. Com o auxílio do PowerPoint, o grupo reconhecerá as

informações mais significantes do texto.

Durante as explanações se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social, vídeo, para ampliar o estudo sobre a linguagem,

como orientadora constante das ações escolares.

http://www.youtube.com/watch?v=Pxoyx6ciqYA Vídeo sobre Projeto Político-

Pedagógico da TV UNIVESP de 15:25 com depoimentos de professores da

UNICAMP, USP.

MANIFESTANDO O ESTUDO

É hora do grupo anunciar o que realmente aprendeu.

6 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs) . Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

Page 43: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

O grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando entendimento dos fatos analisados e relacionados à linguagem

e à legislação, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

conscientes, evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido

ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO VII

Page 44: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

REVENDO A DIRETRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ (DCE) COM AUXÍLIO DA LINGUAGEM VERBAL E

NÃO-VERBAL

OBJETIVO

Rever nas diretrizes curriculares do Estado do Paraná o conhecimento da

Pedagogia Histórico-Crítica que, embasa teoricamente a condução da

organização do trabalho pedagógico e principalmente do trabalho docente.

TEXTO: A EDUCAÇÃO BÁSICA E A OPÇÃO PELO CURRÍCULO

DISCIPLINAR

O texto proposto para esse momento de estudo encontramos em: PARANÁ,

Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica Língua Portuguesa. Departamento de Educação Básica. Curitiba:

SEED, 2008, p. 13 – 35. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=1 Acesso em: 23 out 2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Mostrando o que conhecem sobre o assunto a ser analisado, os participantes

refletirão sobre os questionamentos que seguem:

O QUE SÃO AS DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA?

QUE ITENS COMPÕEM A DIRETRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ?

QUANDO E COMO VOCÊ USA A DIRETRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO

BÁSICA DA SUA DISCIPLINA?

QUAL TENDÊNCIA PEDAGÓGICA NORTEIA AS DIRETRIZES

CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ?

O QUE CARACTERIZA A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA?

QUAIS AUTORES IDENTIFICAM A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA?

Page 45: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

QUAL PROPOSTA PEDAGÓGICA É EFETIVADA NA PRÁTICA

EDUCACIONAL DAS ESCOLAS?

VOCÊ IDENTIFICA NA CONDUÇÃO DOS SEUS AFAZERES DIDÁTICOS A

METODOLOGIA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA? RELACIONE ESSAS

AÇÕES.

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

______________________________________________________________________________

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______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________

Mediados pelas indagações será oportunizado espaço a todos para que se

expressem livremente, sobre tudo que sabem do conteúdo proposto, para em

seguida, anunciarem as produções ao grupo e anexarem em espaço definido

como “EU INICIANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

Introduzindo os cadernos das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Estado do Paraná, chamada DCEs, iremos refletir as formas históricas de

organização curricular.

Olhando para os sujeitos da Educação Básica notaremos um número

significativo de alunos das classes populares, que acolhidos na perspectiva das

teorias críticas da educação, terão condições de participar da construção da

sociedade mais justa para todos, condição esta oportunizada pelo

conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos

conteúdos das disciplinas escolares.

Page 46: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

A organização curricular por meio das disciplinas se justifica ao entender o que

destaca a introdução das DCEs:

Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte. (PARANÁ, 2008, p. 14)

A escola tratará os conteúdos disciplinares de modo contextualizado, para

colaborar com a crítica enquanto limite e possibilidades, às contradições

sociais, políticas e econômicas da sociedade atual. Propondo a prática

pedagógica fundamentada com diferentes metodologias que valorizem o

ensino, a aprendizagem e ainda, usem a avaliação para mover ações de

superação dos problemas surgidos no processo.

Nesse sentido a escola deve entender e atender igualmente todos os sujeitos

da Educação Básica, independente da condição social, econômica, étnica,

cultural e as possíveis necessidades especiais. Garante seu aspecto formal e

promove os conhecimentos historicamente sistematizados.

Na definição de currículo encontramos apontamentos que ignoram seu caráter

político, considerando-o como documento que relaciona objetivos, métodos e

conteúdos, mas na análise ampla e crítica desse documento, há posturas

políticas que encaminham um projeto político-pedagógico vinculado a um

projeto social.

Reconhecendo as três matrizes curriculares, do currículo vinculado ao

academicismo e ao cientificismo, do currículo vinculado às subjetividades e

experiências vividas pelo aluno e a do currículo como configurador da prática

às teorias críticas, iremos identificar a proposta curricular do ensino do Paraná,

com base na proposta da teoria histórico-crítica.

A Matriz Curricular vinculada ao academicismo e ao cientificismo visa a

transmissão do saber especializado e acumulado pela humanidade e foca seus

ensinamentos na simples reprodução dos conteúdos conceituais. Desconsidera

o ser humano pensante e atuante sobre suas práticas sociais.

Embora remeta-se ao saber produzido e acumulado pela humanidade como fonte dos saberes escolares, podendo-se inferir o direito dos estudantes da Educação Básica ao acesso a esses conhecimentos, uma das principais críticas ao currículo definido pelo cientificismo/academicismo é que ele trata a disciplina escolar como ramificação do saber especializado, tornando-a refém da fragmentação

Page 47: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Dito isso percebemos que o homem desenvolveu por suas capacidades mentais superiores, diversos artifícios de comunicação. Desde

do conhecimento. A consequência disso são disciplinas que não dialogam e, por isso mesmo, fechadas em seus redutos, perdem a dimensão da totalidade. (PARANÁ, 2008, p. 17)

O currículo vinculado às subjetividades e experiências vividas pelo aluno

marcam a educação brasileira nos teóricos da Escola Nova e no projeto

neoliberal de educação. Organiza as atividades escolares com base nos

interesses individuais do aprendiz. O conhecimento histórico e socialmente

construído pela humanidade e organizado nas disciplinas escolares é posto em

segundo plano e proposto pela sua utilidade.

As críticas a esse tipo de currículo referem-se a uma concepção curricular que se fundamenta nas necessidades de desenvolvimento pessoal do indivíduo, em prejuízo da aprendizagem dos conhecimentos histórica e socialmente construídos pela humanidade. Além disso, a perspectiva experiencial reduz a escola ao papel de instituição socializadora, ressaltando os processos psicológicos dos alunos e secundarizando os interesses sociais e os conhecimentos específicos das disciplinas. Essa perspectiva considera que o ensino dos saberes acadêmicos é apenas um aspecto, de importância relativa, a ser alcançado. Uma vez que esta concepção de currículo não define o papel das disciplinas escolares na organização do trabalho pedagógico com a experiência, o utilitarismo surge como um jeito de resolver esse problema, aproximando os conteúdos das disciplinas das aplicações sociais possíveis do conhecimento. (PARANÁ, 2008, p. 18)

O currículo escolar como configurador da prática, se fazendo com a

participação dos sujeitos da educação, embasado nas teorias críticas e

organizado em disciplinas é o proposto nas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Paraná.

A atual matriz da proposta de ensino-aprendizagem se fundamenta na teoria do

materialismo histórico dialético, onde se vincula com o campo das teorias

críticas da educação, com as metodologias que priorizam diferentes formas de

ensinar, de aprender e de avaliar.

Os fatores externos do público escolar (sócio-político, religião, família, trabalho,

cultural) e os fatores internos do sistema escolar, como níveis de ensino, são

os determinantes da seleção de conhecimentos que serão tratados nas

disciplinas.

Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade. Assim, o fato de se identificarem condicionamentos históricos e culturais, presentes no formato disciplinar de nosso sistema

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educativo, não impede a perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também, como concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao formato disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado, difundido e apropriado em áreas que dialogam mas que constituem-se em suas especificidades. (PARANÁ, 2008, p. 20)

É proposta do currículo da Educação Básica do Estado do Paraná oferecer ao

estudante a formação necessária para o enfrentamento com vistas à

transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo e com

base nas dimensões científica, artística e filosófica do conhecimento possibilita

um trabalho pedagógico que aponte na direção da sua totalidade e da sua

relação com o cotidiano. Assim o conhecimento escolar se constituirá na

dinâmica da dialética, onde o sistematizado dialoga com o popular e se faz em

sua complexidade.

A história mostra que até o período renascentista o conhecimento científico se

aproximava do pensamento filosófico e explicava o mundo e os fenômenos

naturais e sociais pelo campo racional. Com o Renascimento e o surgimento do

sistema de produção mercantilista o conhecimento pensado e estruturado na

mente humana explica os acontecimentos empíricos e surgem as ciências

naturais. Temas que eram da filosofia passaram a ser explicados com o

conhecimento científico produzido pelo homem.

A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o desenvolvimento da razão científica. Ambas caminharam no século XX, quando se observou a emergência de métodos próprios para as ciências humanas, que se emanciparam das ciências naturais. Assim, as dimensões, filosófica e científica transformaram a concepção de ciência ao incluírem o elemento da interpretação ou significação que os sujeitos dão às suas ações – o homem torna-se, ao mesmo tempo, objeto e sujeito do conhecimento.Além disso, as ciências humanas desenvolveram a análise da formação, consolidação e superação das estruturas objetivas do humano na sua subjetividade e nas relações sociais. Essas transformações, que se deram devido à expansão da vida urbana, à consolidação do padrão de vida burguesa e à formação de uma classe trabalhadora consciente de si, exigem investigações sobre a constituição do sujeito e do processo social. São as dimensões, filosófica e humana do conhecimento que possibilitam aos cientistas perguntarem sobre as implicações de suas produções científicas. Assim, pensamento científico e filosófico, constituem dimensões do conhecimento que não se confundem, mas não se devem separar. (PARANÁ, 2008, p. 22)

O conhecimento artístico é muito importante enquanto linguagem corporal e se

caracteriza como arte, que é criação, pois contribui significativamente para a

humanização dos sentidos.

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Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. (PARANÁ, 2008, p. 23).

Portanto, a dimensão artística do conhecimento é fruto de uma relação

específica do ser humano com o mundo e o conhecimento, que se materializa

pela e na obra de arte e é constituída pela razão, pelos sentidos e pela

transcendência da própria condição humana e sua emancipação plena passa,

necessariamente, pelo resgate dos sentidos e do pensamento.

Nas Diretrizes Curriculares, os conteúdos disciplinares são destacados e ao

professor cabe a autoria de seu plano de ensino e precisa conhecer os

métodos, a história das disciplinas escolares e as teorias da aprendizagem

para fundamentar-se em discussões curriculares e alteração de sua prática

pedagógica.

Assim, fundamentados organizarão o trabalho pedagógico a partir dos

conteúdos estruturantes de sua disciplina.

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, conceitos, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo/ensino. Esses conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência (quando for o caso) e da disciplina escolar, sendo trazidos para a escola para serem socializados, apropriados pelos alunos, por meio das metodologias críticas de ensino-aprendizagem. (PARANÁ, 2008, p. 25)

Os conteúdos estruturantes carregam a marca histórica e política, por ser

produto herdado da cultura e acumulado deve ser dominado e usado pelo

estudante

A natureza dinâmica e processual desse currículo lembra que é histórico e não

é pronto, pode incorporar e atualizar conteúdos decorrentes do debate de

questões políticas e filosóficas emergentes. Conteúdos da diversidade étnico-

cultural e dos problemas sociais contemporâneos serão abordados nas

disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada

Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos. A serem trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento histórico e das atuais relações sociais. (PARANÁ, 2008, p. 26)

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As disciplinas, organizando o currículo da nossa diretriz, promove o

conhecimento escolar, identificado nos conteúdos estruturantes e nos seus

respectivos conceitos. Devem dialogar numa perspectiva interdisciplinar.

Desta perspectiva, estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a uma readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado, pela pedagogia dos projetos. A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo. (PARANÁ, 2008, p. 27)

Sendo as disciplinas por si só limitadas e insuficientes em suas abordagens, a

interdisciplinaridade acaba colaborando com a compreensão dos conceitos

específicos de cada disciplina e do objeto de estudo do conteúdo escolar.

Desse modo, explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento. (PARANÁ, 2008, p. 27)

Com a preocupação de valorizar o conhecimento escolar pelo currículo

disciplinar, jamais pela vivência do aluno, esta diretriz esclarece o princípio da

contextualização.

Com isso, é preciso ter claro que esse processo de ensino fundamenta-se em uma cognição situada, ou seja, as ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas do contexto de suas experiências e de seus valores culturais, devem ser reestruturadas e sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as disciplinas de referência. (PARANÁ, 2008, p. 29)

Entendido o seu princípio vejamos o conceito de contextualização para as

teorias críticas que fundamentam estas diretrizes.

Para as teorias críticas, nas quais estas diretrizes se fundamentam, o conceito de contextualização propicia a formação de sujeitos históricos – alunos e professores – que, ao se apropriarem do conhecimento, compreendem que as estruturas sociais são históricas, contraditórias e abertas. É na abordagem dos conteúdos e na escolha dos métodos de ensino advindo das disciplinas curriculares que as inconsistências e as contradições presentes nas estruturas sociais são compreendidas. Essa compreensão se dá num processo de luta política em que estes sujeitos constroem sentidos múltiplos em relação a um objeto, a um acontecimento, a um significado ou a um fenômeno. Assim, podem fazer escolhas e agir em favor de mudanças nas estruturas sociais. (PARANÁ, 2008, p. 30)

Os conteúdos disciplinares, encaminhados metodologicamente pela dialética

do materialismo histórico, partirão do contexto sócio-histórico pertencente aos

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sujeitos históricos – alunos e professores, para dialogar com os objetos do

conhecimento.

A contextualização na linguagem é um elemento constitutivo da contextualização sócio-histórica e, nestas diretrizes, vem marcada por uma concepção teórica fundamentada em Mikail Bakhtin. Para ele, o contexto sócio-histórico estrutura o interior do diálogo da corrente comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do conhecimento. Trata-se de um dialogismo que se articula à construção dos acontecimentos e das estruturas sociais, construindo a linguagem de uma comunidade historicamente situada. Nesse sentido, as ações dos sujeitos históricos produzem linguagens que podem levar à compreensão dos confrontos entre conceitos e valores de uma sociedade. (PARANÁ, 2008, p. 30)

Nesse movimento dialético as disciplinas dialogam em torno do objeto de

estudo para torná-lo produto significante do conhecimento

Assim, para o currículo da Educação Básica, contexto não é apenas o entorno contemporâneo e espacial de um objeto ou fato, mas é um elemento fundamental das estruturas sócio-históricas, marcadas por métodos que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados à abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. (PARANÁ, 2008, p. 30)

O processo avaliativo encaminhado pelo professor verifica tanto a

aprendizagem do aluno, quanto seu ensino, fazendo parte da rotina escolar, se

estabelece no proposto do Projeto Político-Pedagógico, da Proposta

Pedagógica Curricular e do Plano de Trabalho Docente, respaldados

teoricamente nas Diretrizes Curriculares.

Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos. (PARANÁ, 2008, p. 31)

Lembrando que se propomos um currículo que visa formar sujeitos que se

apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas

contradições e conflitos, a ação de sala de aula colabora com essa formação.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de

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expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. (PARANÁ, 2008, p. 33)

Nesta compreensão a avaliação escolar é intencional e deve ensinar e

aprender. A avaliação deve ser proposta por diferentes instrumentos,

oferecendo diagnósticos, que refletidos oportunizarão a intervenção necessária

ao serviço da ação pedagógica, visando à aprendizagem do aluno, a

qualificação do professor e da escola.

Façamos algumas reflexões sobre os questionamentos a seguir:

1) Mediante os conhecimentos adquiridos até aqui identificamos o currículo

como elemento carregado de intenções econômicas, políticas, sociais e

ideológicas. Como podemos compreender a Diretriz Curricular da

Educação Básica do Estado do Paraná perante a nova ordem

estabelecida em nossa sociedade?

2) Quais resultados serão encaminhados na educação embasada na

Diretriz Curricular do Paraná?

3) A postura do trabalho com os conteúdos é definida nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica como necessário para desenvolver a

função social da escola, de promover o conhecimento sistematizado

que eleva o comportamento humano ao patamar de compreensão dos

fenômenos para além do que parecem ser.

Suas propostas pedagógicas estão condizentes com essas intenções?

Comente e exemplifique.

4) Os princípios da Interdisciplinaridade e Contextualização são destacados

nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Como devemos

compreendê-los mediante conhecimento das políticas públicas

internacionais que influenciam os documentos da educação brasileira?

5) Sabemos que a avaliação escolar exige amadurecimento das partes

envolvidas, professor e aluno, pelo fato de propor apreciação tanto do

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que se aprende, quanto do que se ensina. Quais motivos impedem a

análise dessa intenção?

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio da aula expositiva dialogada7, a exposição do conteúdo ocorrerá com

a participação ativa, cujo conhecimento prévio será considerado e tomado

como ponto de partida. O texto do objeto de estudo poderá ser questionado,

interpretado e discutido a partir do reconhecimento e do confronto com a

realidade. Assim, se oportuniza a análise crítica e novos conhecimentos serão

produzidos no grupo. Com o auxílio do PowerPoint, o grupo reconhecerá as

informações mais significantes do texto, colaborando com a aquisição do

conhecimento.

Durante as participações se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

Estudando o texto introdutório das Diretrizes Curriculares da Educação Básica

do Estado do Paraná, o grupo reconhecerá as informações da fundamentação

teórica do documento orientador das práticas escolares.

Nesse momento propomos explorar por meio do instrumento

social, vídeo, a ampliação do estudo sobre a diretriz, como

orientadora teórica das ações escolares.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=15204

Programa Hora Atividade – Organização do Trabalho Pedagógico – Ciências

Humanas – parte 1 de 3. Aborda a temática da Organização do Trabalho

Pedagógico das Ciências Humanas a partir das Diretrizes Curriculares

7 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs). Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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Estaduais de 14mine45s. Acesso em: 26 out 2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anunciará o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de trabalho,

necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, no momento da turma se manifestar, em seguida, registrará

através da linguagem escolhida pelo representante e registrador do grupo, os

tópicos que se destacaram e merecem divulgação no interior da comunidade

escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando entendimento dos fatos analisados e relacionados à linguagem

e à legislação, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

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conscientes, evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido

ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

GRUPO VIII

REVENDO O REGIMENTO ESCOLAR COM AUXÍLIO DA LINGUAGEM

VERBAL E NÃO-VERBAL

OBJETIVOS

Revisar o Regimento Escolar para identificar e compreender os

encaminhamentos do espaço escolar. OBJETIVOS

TEXTO: SUBSÍDIOS PARA ELABORAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR DA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Indicamos para estudo o seguinte material: PARANÁ, Secretaria de Estado da

Educação do. Subsídios para elaboração do regimento escolar.

Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão Escolar. –

Curitiba: SEED – Pr., 2010, p. 10 – 18. Disponível em:

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/regimento_escolar.pdf

Acesso em 01 out 2013.

PROVOCANDO O ESTUDO

Partindo do que os participantes conhecem sobre o Regimento Escolar,

faremos os seguintes questionamentos:

QUE TIPO DE DOCUMENTO É O REGIMENTO ESCOLAR?

VOCÊ SABE A FINALIDADE DE EXISTIR ESSE DOCUMENTO NA SUA

ESCOLA?

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COMO É PRODUZIDO UM REGIMENTO ESCOLAR?

VOCÊ SABE O CONTEÚDO DESSE DOCUMENTO?

QUAL A LIGAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR COM O PPP DA SUA

ESCOLA?

QUE RELEVÂNCIA TEM ESSE DOCUMENTO NO GRUPO DE ESTUDO?

Reflita e faça anotações mostrando o que sabe sobre o assunto indagado.

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________

Mediados pelos questionamentos, será solicitado a todos que expressem

livremente tudo que sabem de Regimento Escolar para o grupo. Em seguida,

as produções serão anexadas em espaço definido como “EU ENTRANTE”

FOCANDO O ESTUDO NA INDICAÇÃO

Exigido pela Lei n° 5.692/71, em pleno período militar, o Regimento Escolar

surge com intenção de controle e disciplinamento do comportamento e das

relações na e da escola. Contraditoriamente, por meio do regimento, oficializa-

se a criação de instâncias coletivas para tratamento dos assuntos didático-

pedagógicos, como o Conselho de Classe.

No Paraná o histórico do Regimento Escolar inicia com a Deliberação n° 27/72,

do Conselho Estadual de Educação, que normatiza pela primeira vez a

elaboração do Regimento dos estabelecimentos de ensino de 1° e 2° graus.

Em 1974 com o Parecer n° 124, se define um modelo de regimento para as

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escolas. Depois a efetivação do “Modelo de Regimento Escolar para

Estabelecimentos Estaduais de Ensino”, anexo à Resolução Secretarial n°

2.585, surge em 1981. E os apontamentos mostram o quanto se fez para

propor um regimento de intenções democráticas.

Em 1985, a Resolução Secretarial n° 323, publica que os regimentos das

escolas são autoritários e precisam ser adequados à uma escola mais

democrática e corrige alguns dispositivos da Resolução anterior,

democratizando as relações na escola, pois, dilui o poder do diretor escolar,

inclusive de cancelar matrículas, em órgãos cooperados, Em 1991, a

Secretaria de Estado da Educação, estabelece por meio da Resolução n°

2.000, o Regimento Escolar Único para os estabelecimentos de ensino da rede

pública estadual. Apesar da postura antidemocrática, há avanços

democráticos, ao criar o Conselho Escolar, regido por princípios da

representatividade e da gestão colegiada. No mesmo ano, o Conselho

Estadual, estabelece na Deliberação n° 020/91, que a elaboração do

Regimento Escolar é atribuição específica da cada estabelecimento de ensino

e impede a elaboração de regimentos únicos para um conjunto de

estabelecimentos até o presente momento. A referida Deliberação coloca a

representatividade como critério para a composição da direção da escola e a sua

autonomia como unidade coletiva de trabalho. Em 1993, a Resolução Secretarial n°

6.280 continua a considerar o Regimento Escolar comum da Resolução

anterior. Somente em 1994, a Resolução Secretarial n° 4.839, revoga a

determinação de elaboração de regimentos únicos para os estabelecimentos

de ensino, considerando, portanto, a Deliberação 020/91 do CEE. Em 1996, a

Deliberação de n° 002, do Conselho Estadual de Educação, veda a exclusão

ou transferência compulsória como sanção ao aluno.

No que se refere especificamente aos Regimentos Escolares, a Deliberação do

Conselho Estadual de Educação que se encontra em vigor é a de n° 016/99,

que conserva a profunda reflexão teórica, de marcado avanço democrático,

expressa na Deliberação n° 020/91 e Indicação n° 001/91, a ela anexa, e

respeita a retificação realizada pela Deliberação n° 002/96.

Vemos os poderes se enfrentando para objetivar o maior bem educacional: a

democratização, que ressaltando a união e participação de todos em prol do

processo de formação humana significa a função social de existir escola, em

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que o grande número existente, participe e conduza a sua própria existência,

via aquisição do saber sistematizado, enquanto histórico é repassado de

geração em geração e absorvido com consciência, para modificação dos

comportamentos ingênuos e alheios ao encaminhamento social de todas as

vivências humanas.

A elaboração do Regimento Escolar foca a totalidade social que a escola

pertence e argumenta a necessidade de existir um documento oficial para

regulamentar as ações escolares.

A escola está inserida em uma totalidade social que se constitui historicamente com formas de organização, valores, normas e regras. Neste contexto, e por se tratar de uma instituição que tem como função social a apropriação do conhecimento de forma a tornar possível a compreensão da realidade e a atuação consciente sobre ela pelos cidadãos que a compõem, é que se faz necessária a construção de um Regimento Escolar. (PARANÁ, 2010, p. 11)

O Regimento Escolar identifica a escola e apresenta seus princípios filosóficos,

descrevendo sua organização didático-pedagógica, administrativa e disciplinar.

É o Regimento Escolar que estrutura, define, regula e normatiza as ações do coletivo escolar, haja vista ser a escola um espaço em que as relações sociais, com suas especificidades, se concretizam. Integrante de um Sistema de Ensino, em uma sociedade, a escola tem, no Regimento Escolar, a sua expressão política, pedagógica, administrativa e disciplinar e deve regular, no seu âmbito, a concepção de educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas específicas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do Paraná. (PARANÁ, 2010, p. 11)

Embora seja decorrente do Projeto Político-Pedagógico da escola, o

Regimento Escolar confere uma base legal desde a Constituição Federal, a

Estadual até os pareceres normativos dos Conselhos Estaduais de Educação e

torna essencial, uma vez que representa a concretude da legislação em vigor,

regulando de forma particular cada estabelecimento de ensino e deve ser

entendido como a “lei” da escola. Neste aspecto, sua importância está em

estabelecer as regras gerais orientadoras rumo ao alcance dos objetivos

estabelecidos pelo Projeto Político-Pedagógico.

O Regimento Escolar, por fim, deve assegurar a gestão democrática da escola,

possibilitar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar

a comunidade escolar, através dos colegiados e, efetivamente, fazer cumprir as

ações educativas estabelecidas no Projeto Político-Pedagógico da escola.

Diante dos apontamentos entendemos o Regimento Escolar como parte de um

todo que é a escola. Para aprofundar o assunto questionamos:

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1) Qual a relação do Regimento Escolar com o PPP da escola?

2) O Regimento Escolar atende atualmente o princípio democrático que

lhe é proposto? Comente.

3) Como o Regimento Escolar colabora com a organização do trabalho

pedagógico da escola?

4) As normas estabelecidas no Regimento Escolar demonstram

comprometimento com as políticas públicas internacionais?

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/216-4.pdf Texto:

Regimento Escolar de Escolas Públicas: Para além do registro de normas.

Mariangela Tantin Wolf, PDE-2007. Acesso em: 22 out 2013.

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/3_ed_Regimento_c

om_ISBN.pdf Subsídios para Elaboração do Regimento Escolar Secretaria de

Estado da Educação. Superintendência da Educação. Coordenação de Gestão

Escolar. Curitiba : SEED – Pr., 2010. - 102 p. Acesso em 19 set 2013.

GARIMPANDO O ESTUDO

Por meio da aula expositiva dialogada8 em que a exposição do conteúdo

ocorrerá com a participação ativa dos educadores, cujo conhecimento prévio

será considerado e tomado como ponto de partida. O texto objeto de estudo

poderá ser questionado, interpretado e discutido a partir do reconhecimento e

do confronto com a realidade. Assim, a análise crítica e novos conhecimentos

serão produzidos no grupo. Com o auxílio do PowerPoint, o grupo reconhecerá

as informações mais significantes do texto.

Durante as atuações se observará a expressão do olhar, a concentração, o

interesse em ouvir e a necessidade de falar dos participantes, como elementos

de demonstração do momento de instrumentalização, isto é, de aquisição do

conhecimento historicamente acumulado.

Nesse momento propomos explorar o meio de instrumento

social, vídeo, para ampliar o estudo sobre a linguagem,

como orientadora constante das ações escolares.

8 Essa estratégia de ensino é parte do livro Processos de Ensinagem na Universidade que traz várias estratégias de ensino, de autoria de ANASTASIOU, L. G. C.e ALVES, L. P. (orgs). Disponível em: http://www.slideshare.net/familiaestagio/estratgias-de-ensinagem-lea-anastasiou Acesso em 16 out 2013.

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http://www.youtube.com/watch?v=LUeFWyyjLoY disponibiliza Vídeo Regimento

Escolar, 25:55, com Professor Carlos A Rodrigues Alves – IESDE. Acesso em: 30 out

2013

http://www.youtube.com/watch?v=fM2S-fw9-VM Video da análise dos documentos de

planejamento de uma escola do Rio Grande do Sul: PP e Regimento Escolar, 6:32.

Acesso em: 30 out 2013.

MANIFESTANDO O ESTUDO

O grupo anuncia o que realmente aprendeu.

Para a sistematização do resultado das discussões no grupo, necessitaremos

da indicação de um(a) relator(a) para os registros possíveis.

De imediato, o grupo conhecerá toda a produção construída via colocações das

participações, em seguida, registrará através da linguagem escolhida pelo

representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e merecem

divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizam o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da realização e do

tema do encontro.

MANIFESTE SUA OPINIÃO

• Comente focando a realização do encontro de estudo: como foi o tempo

disponível para leitura, discussão, participação, apresentação do

conteúdo, alcance dos objetivos e conclusão do tema estudado.

• Sugira onde pode ser melhorada a realização do nosso encontro.

• Com relação ao tema estudado comente o que há de positivo, o que há

de negativo, o que deixou a desejar, se há uma conclusão sobre o

mesmo e se você gostou ou não e por quê?

SOCIALIZANDO O ESTUDO

Demonstrando melhor e maior entendimento dos fatos analisados e

relacionados à linguagem, os membros deverão atuar sobre suas práticas mais

conscientes, evitando os possíveis erros já cometidos provavelmente, devido

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ao distanciamento e desconhecimento teórico, apontando encaminhamentos

modificados e adequados para o espaço de ensinar e aprender.

Em seguida, o grupo definirá um formato de apresentar ao coletivo da escola o

conhecimento acrescentado. Podendo escolher algo como mural, informativo,

palestra e outros. Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O grupo de estudo será realizado em oito encontros presenciais de quatro

horas no período vespertino, num total de trinta e duas horas e mais oito horas,

para estudos prévios dos textos selecionados, somando quarenta horas. Cada

encontro será organizado numa sequência de seis encaminhamentos,

conforme se apresenta.

O primeiro encaminhamento propõe provocar o estudo do conteúdo anunciado.

Por meio da leitura prévia do texto selecionado via contatos on-line, indagações

serão feitas sobre o que já sabem do assunto e anunciadas, de maneira ampla

todas as colocações serão observadas, anotadas e reservadas para posterior

comparação. Ouviremos todos e tudo. Inclusive levantaremos as dúvidas e os

questionamentos que possam ter surgido quando do primeiro contato com o

assunto estudado.

O segundo momento focará o estudo na indicação bibliográfica. A leitura oral

do texto será conduzida para que todos se familiarizem com as ideias do texto,

destacando as principais, tirando as dúvidas e anotando tudo que se julgue

significativo para o instante de anunciar os novos conhecimentos adquiridos.

O momento seguinte visa garimpar o estudo, oportunizando a troca de

experiências e conhecimentos, por meio da participação e uso de materiais

didáticos e o grupo apresentará as ideias principais do texto estudado, para

após discutidas e analisadas, verificar a aplicabilidade ou pertinência das

mesmas para a realidade escolar.

Prosseguindo a busca do conhecimento ocorrerá a manifestação do que se

estudou. Para a sistematização do resultado das discussões no grupo de

trabalho, necessitaremos da indicação de um(a) relator(a) para os registros

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possíveis. Assim, o grupo conhecerá a produção construída via colocações das

participações, no momento da turma se manifestar.

Em seguida, registrará, utilizando a linguagem verbal ou não-verbal, escolhida

pelo representante e registrador do grupo, os tópicos que se destacaram e

merecem divulgação no interior da comunidade escolar.

As manifestações caracterizarão o momento da avaliação de cada encontro,

com questões dirigidas ao grupo e/ou individuais, a respeito da estratégia de

realização do encontro e dos temas abordados.

Concluindo o encaminhamento e mostrando real entendimento dos fatos,

analisados e relacionados aos temas estudados, os membros do grupo

definirão um formato de apresentar ao coletivo da escola o conhecimento

acrescentado, podendo escolher algo como mural, informativo, palestra e

outros.

Essa produção será reconhecida como o “EU SAINTE”, entendida como

produção do grupo de estudo e deverá apresentar possibilidades de

compromissos com o avanço do processo de ensinar e aprender da escola

pública paranaense.

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WWW.diaadia.pr.gov.br

Imagens desse material didático disponível em:

https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/57178930051

64995633?banner=pwa Acesso em 26 out 2013.