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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Contribuições do gênero crônica para o aprimoramento das
estratégias de leitura
Autora: Fabiana Lecheta Adorno
Disciplina/Área (ingresso no PDE): Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco – EFM
Município da escola: Mandirituba
Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul
Professor Orientador: Margareth de Souza Freitas Thomopoulos
Instituição de Ensino Superior: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Relação Interdisciplinar:
Literatura/Língua Portuguesa
Resumo:
A aprendizagem da leitura é essencial para a
inserção social do indivíduo no seu contexto
socioeconômico e cultural e para a formação
da cidadania. O indivíduo que não tem as
habilidades de leitura está fadado ao fracasso
escolar, tem sua comunicação limitada e é
excluído de várias situações sociais que
requerem esse domínio. A presente produção
didática visa contribuir para minimizar os
problemas que os alunos têm de interpretar e
compreender, ampliando seus conhecimentos
de linguagem e suas possibilidades de
participação social. O trabalho se dará por
meio da abordagem do gênero crônica, a
partir de uma sequência didática, que
objetiva explorar as estratégias de leitura. O
gênero foi escolhido por tomar
acontecimentos do quotidiano, dando-lhes
perspectiva e transformando-os em fatos
singulares a partir da subjetividade do autor,
que pode, inclusive, dar a eles um tratamento
humorístico. Acredita-se que essas
características podem contribuir para
despertar o interesse dos alunos pela leitura,
motivando-os a se aproximarem desse rico
universo, transformando-os, assim, em
leitores em potencial, mais críticos, reflexivos,
questionadores e atuantes na sociedade.
Palavras-chave:
(3 a 5 palavras)
gêneros textuais; estratégias de leitura, crônicas; sociedade.
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público alvo:
Estudantes do 8º e 9º ano de Língua Portuguesa
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FABIANA LECHETA ADORNO
CONTRIBUIÇÕES DO GÊNERO CRÔNICA PARA O APRIMORAMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA
CURITIBA - PR
2014
FABIANA LECHETA ADORNO
CONTRIBUIÇÕES DO GÊNERO CRÔNICA PARA O APRIMORAMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Unidade didática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob a orientação da Profª Drª Margareth de Souza Freitas Thomopoulos, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Câmpus Curitiba
CURITIBA
2014
Apresentação
A presente produção didático-pedagógica consiste na elaboração de
material didático buscando alternativas de superação do problema relacionado
ao processo de ensino/aprendizagem percebidos pela autora em suas práticas
pedagógicas ao longo de sua carreira e apresentado no Projeto de Intervenção
Pedagógica. O material didático produzido foi baseado na seguinte
pergunta/problema: Como contribuir para minimizar as dificuldades de leitura
no que tange ao desenvolvimento de estratégias eficazes para a abordagem
dos variados gêneros textuais?
Trata-se de uma unidade didática, que traz a apresentação do material,
uma sequência de atividades articuladas entre si e voltadas aos alunos dos
oitavos e nonos anos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Joaquim de
Oliveira Franco, seguidas das referências bibliográficas consultadas. A unidade
terá a duração de 32 aulas, das quais serão trabalhadas 2 ou 3 aulas semanais
de fevereiro a junho. As atividades apresentam momentos de reflexão,
questionamentos orais, contextualização das atividades, exercícios individuais
e em grupo, propiciando uma maior integração e participação dos alunos nas
tarefas propostas.
Este trabalho constitui material didático planejado e aplicado como
subsídio a professores e alunos dos oitavos e nonos anos do Ensino
Fundamental, visando ajudar o professor a melhorar sua prática pedagógica e
contribuir para o desenvolvimento das aulas de Língua Portuguesa utilizando
estratégias significativas de leitura.
Como suporte para o desenvolvimento das atividades serão utilizados
recursos didáticos diversos, como textos impressos, vídeos, áudios, livros da
biblioteca para consulta, dicionários, televisão/pendrive, bem como o material
da Olimpíada de Língua Portuguesa (Caderno da Olimpíada, Coletânea e CD-
ROM de crônicas).
Durante o desenvolvimento das atividades, os alunos serão avaliados
nos seguintes quesitos: participação oral individual/coletiva, leituras, pesquisas,
atividades em sala de aula, produções escritas/reescritas e tarefas propostas
durante o percurso.
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Língua Portuguesa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (2008),
considera-se o discurso como prática social e, nesse discurso, serão
contempladas as práticas de leitura, da oralidade e da escrita, essenciais para
o desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem, principalmente por
meio do gênero crônica.
A leitura, processo cognitivo complexo de produção de sentido, é uma
ferramenta imprescindível na formação do ser humano; é a ponte que o leva à
aquisição de conhecimentos que ampliam sua visão de mundo, promovendo
seu desenvolvimento pessoal e social, capacitando-o a interagir no mundo de
maneira mais crítica e consciente. Ler é, portanto, compreender melhor o
mundo em que se vive, é adquirir e ampliar conhecimentos. Nesse contexto, é
fundamental que ocorra a compreensão, interação e produção de sentidos a
partir do texto lido. Para isso, no ensino/aprendizagem da leitura é de suma
importância os critérios utilizados para a escolha de textos a serem
trabalhados, bem como o uso de estratégias de leitura.
Este material didático servirá como apoio para a intervenção pedagógica
PDE/2014. O critério utilizado para a definição das estratégias de leitura, bem
como das crônicas selecionadas para a montagem das atividades propostas na
unidade didática, deu-se por meio de uma divisão dos elementos constitutivos
do gênero, subdividindo-os em características gerais, específicas e de estilo. O
trabalho tem como objetivo geral contribuir para o desenvolvimento da
habilidade de leitura dos alunos, por meio do aprimoramento das estratégias de
leitura demarcadas pelo gênero crônica, aguçando sua capacidade crítica e
sua sensibilidade para as temáticas contempladas pelo gênero.
Sabe-se da dificuldade que a escola e principalmente o professor de
Língua Portuguesa tem enfrentado em relação ao ensino de leitura, em tornar o
aluno um leitor de variados gêneros textuais. Sabe-se também que muitas
lacunas são deixadas ao longo da trajetória da vida escolar dos alunos e que
precisam ser preenchidas por meio de estratégias de leitura que lhes permitam
um crescimento intelectual significativo.
Diante disso, faz-se necessário buscar metodologias e estratégias que
mudem essa situação. Assim, visando contribuir para minimizar as dificuldades
que os alunos têm de interpretar e compreender o que estão lendo e,
principalmente, de posicionar-se criticamente diante do texto e da sociedade, a
presente Produção Didático-Pedagógica explora o gênero crônica.
A escolha do gênero para o desenvolvimento da proposta se deve ao
fato de as crônicas abordarem temáticas sociais e do cotidiano, por serem
textos curtos e acessíveis, próximos do contexto social e cultural dos alunos.
Elas relatam fatos de forma leve, agradável, simples e descontraída, o que as
leva a se aproximarem do universo do aluno, propiciando maior interação e
diminuindo as distâncias entre ele e a leitura. Por todos esses motivos,
acredita-se que o trabalho de leitura por meio da crônica é uma estratégia para
tornar as aulas mais dinâmicas, bem como uma maneira de despertar o
interesse e motivar o desenvolvimento do hábito de leitura nos alunos,
transformando-os, assim, em leitores em potencial, mais críticos e
participativos na sociedade.
Desta forma, espera-se contribuir para o ensino da Língua Portuguesa
no que tange à aquisição da língua padrão, para uma melhor eficiência no
exercício da cidadania e para que a escola passe a trabalhar a leitura como um
meio de construção de significados, além do espaço escolar.
Fabiana Lecheta Adorno
Professora PDE
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Contribuir para o desenvolvimento da habilidade de leitura dos
alunos, por meio do aprimoramento das estratégias de leitura
demarcadas pelo gênero crônica, instigando-os a atribuir sentido a
suas leituras e a desenvolver atitudes críticas e responsivas diante
delas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Montar uma sequência didática1 para o gênero crônica, com foco
nos textos de humor;
Desenvolver com os alunos a sequência planejada, levando-os a
identificar os elementos constitutivos do gênero, a partir de sua
conceituação e exemplificação;
Explorar os recursos literários, linguísticos e de estilo presentes nas
crônicas;
Aprimorar, por meio da leitura compartilhada das crônicas, a
capacidade crítica dos alunos, sua sensibilidade para as temáticas
contempladas, bem como suas estratégias de aproximação do
gênero;
Ampliar o horizonte de expectativas2 de leitura dos alunos e levá-los
a reconhecer a leitura como fonte essencial para produzir textos;
Trabalhar com os alunos a produção de textos de acordo com o
gênero estudado;
Realizar leituras de crônicas de diferentes estilos, a fim de que os
estudantes possam distinguir o tom de lirismo, ironia, humor ou
reflexão que as caracteriza.
1 Conforme proposto por Schneuw ly & Dolz, 2004.
² Última etapa do Método Recepc ional, em que as leituras oferecidas ao aluno e o trabalho
efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças
e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. Método elaborado pelas
professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, o qual é sugerido nas DCEs,
como encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.
Unidade didática
Atividade 1: A importância da leitura
Vivemos em um mundo dominado por códigos e imagens, e saber ler torna-se
uma exigência da sociedade contemporânea e um elemento essencial para a
inserção social da pessoa e para a formação da sua cidadania. É por meio da
leitura que ela terá acesso a uma enorme gama de informações e novos
conhecimentos que serão de fundamental importância para a sua vida e para
que possa interagir de forma consciente na sociedade. Assistindo aos vídeos
apresentados a seguir, você perceberá quão importante é a leitura em nossas
vidas. O primeiro apresentará 8 bons motivos para se apostar na leitura, e o
segundo contará a história de Nina, uma menina que odiava livros, mas, ao
deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.
Sugestão de vídeos: “A importância da leitura na vida das pessoas” e “A
menina que odiava livros”, disponíveis, respectivamente, pelos seguintes links:
http://www.youtube.com/watch?v=NnUAktM7eFY,
http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q, acesso em: 13 out 2014.
Dicas para o professor: O objetivo dessa primeira atividade é “preparar o
terreno” para, nas próximas atividades, trabalhar com as estratégias de
leitura. Propõe-se, então, motivar o aluno para o trabalho com a leitura,
levando-o a perceber o quanto ela é importante na vida das pessoas. Para a
realização da atividade 1, você pode iniciar com os vídeos abaixo,
encontrados no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=NnUAktM7eFY,
http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q, acesso em: 13 out 2014.
Eles provocarão uma reflexão sobre a importância da leitura em nossas
vidas. Nesse primeiro momento, você poderá fazer alguns questionamentos
orais sobre o que os alunos entendem por leitura e quais são suas
experiências como leitores. Após a exibição dos vídeos e da discussão oral,
sugere-se instigar os alunos a elaborarem um texto escrito, do gênero
memorial, em que apresentem essa reflexão.
A partir dos vídeos, podemos fazer algumas reflexões acerca do nosso
histórico como leitores e da importância da leitura em nossas vidas. Vamos a
elas:
a) Você se lembra como foi o seu primeiro contato com o livro? Você
mesmo fez a leitura ou alguém leu para você?
b) Qual era o título do livro e que assunto ele abordava?
c) O que significa a leitura para você e de que tipo de leitura você mais
gosta?
d) O primeiro vídeo apresenta 8 motivos que reforçam a importância da
leitura em nossas vidas. Desses motivos, quais você considera mais
relevantes? Indique ao menos 3 deles e explique o motivo da escolha.
e) A animação do segundo vídeo conta a história de Nina, uma menina que
não gostava de ler. Por que isso acontecia? O que Nina descobre ao
deparar com o rico universo da leitura e como ela se sente a partir desse
momento?
Atividade 2 - Introdução ao gênero e seus elementos constitutivos
Reflexão oral:
a) Você sabe o que são crônicas e onde elas são publicadas?
b) Você costuma ler crônicas publicadas em jornal, revista, livros ou blogs
da internet?
c) Você já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão?
d) De que assuntos tratam essas crônicas?
e) Você se lembra de alguma crônica que já leu? Qual era o título e quem
era o autor?
f) Você conhece algum escritor brasileiro que produz crônicas?
g) Para que público leitor esse gênero é destinado?
h) Como é conhecida a pessoa que produz crônicas?
Para reforçar e complementar o que foi lido no texto “Questão de gênero: O
gênero textual crônica”, da Olimpíada de Língua Portuguesa, segue uma
listagem com as principais características do gênero:
são geralmente textos curtos e tratam de problemas do cotidiano;
Dicas para o professor: O objetivo da segunda atividade é investigar o que
os alunos sabem sobre crônicas e ajudá-los a complementar seus
conhecimentos. Propõe-se que, em vez de simplesmente ler ou ouvir a
definição de crônica que está no dicionário, os alunos pensem e digam o
que acham que é esse gênero discursivo. Promova uma discussão oral por
meio das questões propostas. Após esse momento, sugere-se acessar o
site
https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php?option=com_content&view=
article&id=186:o-genero-textual-cronica&catid=23:colecao&Itemid=33,
acesso em: 13 out 2014, em que será apresentado um pouco da história das
crônicas (origem e evolução), os elementos constitutivos do gênero, sua
função social e sua esfera de circulação.
são narrativas informais, familiares, intimistas, em primeira ou terceira
pessoa;
mesclam aspectos linguísticos da escrita com outros da oralidade, com
uma linguagem muitas vezes coloquial. Geralmente, a crônica
apresenta linguagem simples, espontânea, acessível e
descompromissada;
mostram a sensibilidade do escritor no contato com a realidade. O
escritor dialoga com o leitor;
dizem coisas sérias por meio de uma aparente “conversa fiada”;
partem de um fato atual como meio ou pretexto para o artista exercer
seu estilo e criatividade;
estão sujeitas à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna;
são publicadas, em geral, em jornais e revistas; as literárias, em
coletâneas;
apresentam uma visão pessoal do escritor sobre o assunto escolhido;
promovem, na maioria das vezes, uma reflexão crítica sobre o assunto;
possuem normalmente uma crítica indireta;
podem ser narradas em tom humorístico (algumas vezes o texto é
irônico), poético ou aproximarem-se de um ensaio ou de um comentário,
utilizando um tom sério. Podem ainda analisar fatos políticos, sociais ou
econômicos de grande importância cultural;
apresentam elementos básicos da narrativa: fatos, personagens, tempo
e lugar. O tempo e o espaço são normalmente limitados e o fato ocorre
em um tempo breve. Há poucas personagens; narra acontecimentos
envolvendo pessoas comuns, anônimas ou com nomes genéricos. As
personagens não têm aprofundamento psicológico, são apresentadas
em traços rápidos;
têm como objetivo envolver, emocionar o leitor e mostrar a
grandiosidade e a singularidade dos acontecimentos miúdos do
cotidiano.
Agora, que você já conhece um pouco sobre a história, a origem e as principais
características da crônica, é hora de por em prática o seu conhecimento. Para
isso, junte-se com um ou dois colegas e responda por escrito às questões
apresentadas a seguir.
a) A origem da crônica está ligada a quais línguas? Qual é o significado da
palavra crônica nesses idiomas?
b) A crônica é um gênero textual muito antigo? O que as primeiras crônicas
narravam?
c) A qual fato marcante da história a crônica contemporânea está
associada? O que mudou na escrita da crônica a partir desse momento?
d) O que caracteriza a vida curta da crônica?
e) Qual a importância da crônica em nossa sociedade? Qual é a finalidade
e a intencionalidade desse tipo de texto?
f) Que tipo de linguagem é empregada em uma crônica?
g) Quais outros gêneros discursivos possuem semelhança com a crônica?
h) Aponte e comente três características do gênero em estudo.
i) As crônicas têm estilos diferentes e basicamente são divididas em três
grupos. Quais são eles e a qual o tom que se associa a cada grupo?
Dicas para o professor: outra sugestão de trabalho nesse momento,
referendada no caderno da Olimpíada de Língua Portuguesa, é dividir a
classe em grupos, entregar-lhes um jornal, uma revista semanal ou um livro
que contenha crônicas. Outra opção é levá-los à biblioteca da escola e
mostrar-lhes algumas coletâneas (muitos livros do Programa Nacional de
Biblioteca na Escola – PNBE – trazem crônicas) ou até mesmo à sala de
informática para que pesquisem e leiam outras crônicas.
A atividade do grupo será buscar nesses materiais uma crônica para
apresentar aos colegas, retomando os elementos constitutivos estudados
até agora. Você pode encerrar essa etapa lembrando-lhes as situações em
que as crônicas costumam ser produzidas: com que finalidade, para quem,
onde circulam e em que suportes são encontradas, bem como observar o
contexto de produção (autor, data de publicação, local, editora).
Atividade 3: O primeiro contato com o gênero
Vamos conversar um pouco sobre o título do texto?
a) Esse título chama a atenção do leitor? Por quê?
b) O que ele sugere?
c) Pelo título, dá para imaginar o assunto da crônica?
d) Que situação vocês acham que essa crônica vai retratar?
e) O título insinua de que personagens o texto irá tratar? Qual o cenário?
f) Qual será o conflito – o problema ou a questão da crônica?
g) Como poderia ser o desfecho de uma crônica como essa?
Dicas para o professor: A finalidade da terceira etapa é aproximar os
alunos do gênero crônica, promover uma reflexão crítica do texto, levá-los à
percepção da carga emotiva que há nele, como também observar os
elementos narrativos básicos e a presença da visão pessoal do autor,
características já relacionadas anteriormente.
A melhor forma de aprender a fazer alguma coisa é observar um mestre no
assunto em ação. Por isso, nessa atividade e ao longo dessa unidade, os
alunos vão ler crônicas de grandes escritores brasileiros. O primeiro a ser
contemplado é Fernando Sabino, com a crônica “A última crônica”. Você
pode começar trazendo algumas informações sobre a vida e a obra do
autor, acessando a página, http://fernandosabino.com.br/, acesso em: 20 out
2014 e, na sequência, explorar oralmente, em linhas gerais, o título do texto
– isso vai ajudar os alunos a reconhecerem as peculiaridades e a
importância de um bom título, para posteriormente criá-lo para a sua
crônica. Sugere-se um roteiro para trabalhar o título do texto (encontrado no
caderno da OLP), que você poderá seguir, a cada nova crônica
apresentada. Após a reflexão, apresenta-se a crônica aos alunos. Para a
realização desta atividade, você poderá utilizar dicionários para sanar as
dificuldades de vocabulário do texto e o material da Olimpíada de Língua
Portuguesa: exemplares da coletânea para a leitura da crônica em grupo e o
CD para a audição do texto.
Depois de ouvirmos e acompanharmos a leitura da crônica de Fernando
Sabino é hora de sabermos o que a crônica provocou em você. Vamos
debater, baseado-nos nas questões que se referem à temática:
a) O que você achou da crônica? Há algo que ficou difícil de entender?
b) Em nossa sociedade, há pessoas que comemoram seus aniversários de
forma pomposa, saem nos jornais, providenciam roupas caras, festas
majestosas. Outras, entretanto, nem se lembram da data em que
nasceram. E você, comemora o seu aniversário? De que maneira?
c) Seus pais sempre se lembram de seu aniversário? Já aconteceu de eles
se esquecerem?
d) Se você fizesse uma festa de aniversário, quem não poderia faltar?
e) O que você escolheria em seu aniversário? O que é mais importante:
uma festa ou um presente? Por quê?
f) O que você mais gosta em uma festa de aniversário?
g) Você já comemorou um aniversário de forma estranha (sem
o tradicional bolo com velinhas etc.)? Como foi?
h) Para finalizar (em pequenos grupos de três ou quatro alunos), leia
novamente o texto e escolha um parágrafo em que o cronista conseguiu
mexer com sua emoção para apresentar aos colegas.
Depois do áudio e da leitura, veremos agora uma nova forma de apresentação
do texto: um curta-metragem baseado na crônica estudada, disponível em:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=176
70, acesso em: 20 out 2014, para que se realize uma relação/comparação
entre o texto original e a adaptação cinematográfica.
Na crônica “A última crônica”, de Fernando Sabino, o autor consegue, num
relato poético, mostrar como se faz uma crônica, retratar a vida de certos tipos
humanos e estabelecer a dimensão desse acontecimento, aprofundando-o a
uma crítica social. No texto, o narrador-personagem procura algo do cotidiano
para escrever a sua última crônica e depara com uma comemoração de
aniversário de uma menininha de três anos em um lugar um pouco improvável
para o “ritual”. Acompanhe a grande sensibilidade do autor ao relatar esse fato.
Sugestão de vídeo: curta-metragem baseado em uma crônica do autor
Fernando Sabino, chamada “A Última Crônica”, disponível em:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=176
70, acesso em: 20 out 2014.
A partir da crônica e do vídeo sugeridos, responda em seu caderno às
questões propostas.
a) Quais são as semelhanças e as diferenças entre os fatos narrados
na crônica e na adaptação?
b) Tanto no texto quanto na adaptação, há uma passagem que mostra
o desprezo do dono do botequim para com a família? Que parte é
essa?
c) A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano. Que
fatos estão enfatizados nessa crônica?
d) Podemos dizer que esse texto leva o leitor a refletir criticamente
sobre a vida e o comportamento humanos? Que ações descritas na
crônica apresentam essas características?
e) No curta-metragem, o diretor e/ou o roteirista optou por um final
diferente. Você achou interessante esse final? Crie um novo final
para essa crônica.
Atividade 4: Aproximação do gênero e distinção dos tons das crônicas
As frases a seguir explicam as características de alguns dos tons veiculados
pelo gênero crônica. Relacione os tons apresentados a seguir com as suas
características:
a) Tom reflexivo ( ) Esse tipo de tom expressa os sentimentos de um
sujeito poético, o Eu-lírico.
b) Tom lírico ( ) Esse tom pode ser apresentado sob a forma de
um comentário ou de uma avaliação que são
sustentados por argumentos positivos ou negativos.
Dicas para o professor: O próximo exercício é uma adaptação do caderno
de atividades da OLP, e a intenção desse momento é dar subsídios para
que os alunos possam diferenciar os tipos de crônicas e levá-los a perceber
que a crônica pode divertir, sensibilizar, humanizar e permitir uma
convivência muito próxima com a palavra.
Para iniciar essa atividade, a proposta é relacionar os tons presentes no
gênero com as suas características e posteriormente dividir a classe em
pequenos grupos para a leitura de três crônicas que vão auxiliar na distinção
dos tons da crônica: lírico, irônico, humorístico e reflexivo. O tom lírico já foi
contemplado na crônica “A última crônica”, de Fernando Sabino, e será
utilizado para exemplificação. Sugestões: “Inferno Nacional”, de Stanislaw
Ponte Preta, “Chegou o verão” e “O homem trocado”, de Luis Fernando
Veríssimo. Você poderá encontrá-las respectivamente nos seguintes
endereços: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4415868,
http://pensador.uol.com.br/frase/NTQ1NzA3/
http://pensador.uol.com.br/frase/MjMxNDk5/, acesso em: 25 out 2014.
Após a leitura, convida-se cada grupo a retomar o seu texto e preencher o
quadro abaixo, procurando identificar o(s) personagem(s), assunto/tema, o
cenário, a situação do cotidiano retratada, o estilo da crônica, o foco
narrativo e o desfecho. Depois dessa atividade, pode-se organizar uma roda
de discussão para que cada grupo apresente um item da análise do texto e
todos os grupos completem o quadro.
c) Tom humorístico ( ) Esse tipo de tom é apresentado na forma de
uma reflexão subjetiva a respeito de fatos,
acontecimentos e ações que envolvem a condição
humana.
d) Tom crítico ( ) Esse tom é manifesto de uma forma irônica
e divertida, muitas vezes sarcástica, levando o leitor
à reflexão despretensiosa.
(BARDINI, Vanessa Severino; BARROS, Eliana Merlin D. de. A construção de
sequências didáticas para o ensino da língua: uma proposta didática mediada pelo
gênero “crônica humorística”. Entretextos, Londrina, v. 12, n. 2, jul./dez. 2012).
Junto com o seu grupo, retome a crônica e complete o quadro com base no
exemplo, lembrando-se de que cenário significa local, desfecho é o final da
narrativa e que toda crônica parte de uma situação do cotidiano para retratar
um fato. Analise também o foco narrativo (narrador-personagem: “eu falei, eu
senti”, ou narrador-observador: “ele falou, eles sentiram”) e o jeito de narrar que
o cronista utilizou para captar o momento: usou um tom lírico, como no texto de
Fernando Sabino, cheio de comparações e metáforas poéticas, ou foi sério,
engraçado, irônico (insinuando por meio do contexto e da entonação o
contrário do que disse).
Título e autor Assunto/tema
e cenário
Personagem(s)
e situação do
cotidiano
retratada
Tom do
texto e foco
narrativo
Desfecho
“A última crônica”
Fernando Sabino
Amor
(cidade – bar)
Pai e mãe
comemoram
aniversário da
filha no bar
Lírico
Narrador-
personagem
Cantam os
“parabéns” e
a menina
come o bolo
(CENPEC. A ocasião faz o escritor. Caderno do professor: orientações para produção
de textos. Equipe de produção: Maria Aparecida Laginestra e Maria Imaculada Pereira.
São Paulo: Cenpec, 2010. Coleção da Olimpíada).
Atividade 5: A escrita da primeira crônica
.
Agora é a sua vez, mãos à obra! Com base nas leituras dos textos e dos
comentários sobre o gênero crônica, produza um texto baseado em uma cena
do cotidiano que tenha chamado a sua atenção. É a partir dessa simples
observação/lembrança que você escreverá a sua crônica. Abaixo, segue uma
listagem da OLP de alguns elementos importantes para a escrita de uma boa
crônica e que você deverá contemplar em seu texto:
a) Título sugestivo (que pode ser criado depois do texto);
b) Cenário (local) curioso;
c) Uma ou várias personagens, inventadas ou não (o autor pode ser uma
delas);
d) Foco narrativo: primeira pessoa (narrador-personagem) ou terceira
pessoa (narrador-observador);
e) Enredo, ou seja, narra o fato do cotidiano observado/lembrado por você;
f) Tom, que pode ser poético, humorístico, irônico ou reflexivo;
g) Linguagem coloquial (uma “conversa” com o leitor);
h) Um bom desfecho (conclusão).
Dicas para o professor: O objetivo da atividade 6 é produzir a primeira
escrita de uma crônica e fazer um diagnóstico dos conhecimentos e das
dificuldades de cada aluno para planejar as intervenções necessárias para
saná-las. A ideia é você recolher as produções para posteriormente devolvê-
las com apontamentos para melhorar o texto e compará-las com a produção
final para verificar a evolução na caminhada.
Atividade 6: Mestres do humor
Baseados nas crônicas lidas de Luis Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte
Preta, considerados cronistas do humor, responda às questões propostas a
seguir.
a) Ambas as crônicas abordam a mesma temática? Qual?
b) Por que é fácil identificar um passageiro de primeira viagem?
c) Na crônica “Emergência”, a aeromoça ou comissária de bordo ofereceu
ao passageiro um jornal. Qual foi a resposta do passageiro? O que o
motivou a responder assim?
d) Ainda de acordo com o texto de Luis Fernando Veríssimo, o passageiro
entrou na aeronave muito nervoso. Que fatos aconteceram que o
deixaram ainda mais nervoso e confuso?
e) Todo texto possui uma finalidade, uma intencionalidade discursiva. Nas
crônicas lidas, pode-se dizer que esses dois aspectos estão presentes.
Coloque (F) para falso e (V) para verdadeiro, conforme os dois aspectos
afirmados:
Dicas para o professor: O objetivo desta fase da proposta é trabalhar
especificamente com as crônicas de humor. Para isso, estudaremos duas
crônicas humorísticas de dois dos principais cronistas do humor: Luis
Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte Preta. Analisaremos as crônicas
“Emergência” e “A estranha passageira”. Ambas abordarão a mesma
temática: o comportamento de um passageiro de primeira viagem em um
avião. Propõe-se apresentar a biografia dos autores que poderá ser
encontrada em: http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp,
http://www.releituras.com/spontepreta_bio.asp, acesso em: 31 out 2014 e os
textos, acessando-os por meio das páginas
http://varaldeleitura.blogspot.com.br/2013/07/cronicas-de-luis-fernando-
verissimo.html, http://saladeleituraencantada.blogspot.com.br/2012/07/a-
estranha-passageira-stanislaw-ponte.html, acesso em: 31 out 2014, para
posteriormente trabalhar as questões sugeridas a seguir.
( ) criticar o atendimento das comissárias de bordo
( ) divertir o leitor com um assunto do cotidiano
( ) mostrar por meio de um fato cômico o medo que apavora as pessoas
( ) passar informações básicas sobre o que é despressurização
( ) cativar o leitor para uma leitura lúdica por meio da linguagem
simples
f) Você considera que o comportamento das personagens nos textos é
comum de se encontrar? Explique.
g) Você já presenciou um fato em que a pessoa tem medo de viajar em
um determinado meio de transporte? Escreva-o para contar aos
colegas.
h) Os autores Luís Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte Preta são
considerados cronistas de humor. Em que fatos estão as marcas do
humor nas crônicas estudadas?
i) Pesquise para a próxima aula e anote no caderno o significado de
“despressurização”.
Dicas para o professor: Para finalizar esta atividade proponha o
vídeo/entrevista “Um papo com Luis Fernando Veríssimo” em que autor
procura definir o que é uma crônica e fala um pouco da história de vida e da
profissão de escritor/cronista. Vale lembrar que a entrevista também é um
gênero (oral). Para assisti-la, acesse a página
http://www.youtube.com/watch?v=hxedNyidyew, acesso em 31 out 2014.
Atividade 7: O cotidiano e o futebol
Como você sabe, a maioria dos brasileiros adora futebol, tanto que o
nosso país é conhecido como o país do futebol. Muitos cronistas, como
Armando Nogueira, trabalham o tema futebol. Para entender uma crônica sobre
esse assunto, dominar o chamado jargão futebolístico (gírias usadas por
profissionais da área) é fundamental. Com o auxílio do dicionário e em
pequenos grupos, encontre o sentido denotativo (real, comum) e o sentido
conotativo (figurado, simbólico) do título da crônica “Peladas”. Na sequência ,
transcreva do texto mais três expressões que contenham esses dois
significados, o do dia a dia e o do futebol, anotando-os no caderno. Acompanhe
o exemplo abaixo:
Dicas para o professor: O intuito dessa atividade é explorar e reforçar
alguns elementos constitutivos da crônica e os recursos literários utilizados
pelo autor para realçar uma ideia. A proposta é apresentar primeiramente a
biografia do jornalista e cronista Armando Nogueira, que segundo a OLP é
um cronista que tem futebol nas veias, disponível em:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/CadernoCronica.pdf, acesso
em: 06 nov 2014.
Antes de trabalhar o texto você poderá trabalhar oralmente as questões
sugeridas na atividade 3, referentes ao título do texto. Sugere-se na
sequência apresentar a crônica “Peladas” que pode ser encontrada no CD,
na coletânea e no caderno de atividades da OLP. Depois de ler e ouvir a
crônica sobre o futebol e resolver em pequenos grupos (o interessante é
colocar um aluno que goste e entenda de futebol em cada grupo) os
exercícios sugeridos, propõe-se uma pesquisa de outros materiais sobre
esse assunto do mesmo autor ou de outros que trabalhem com crônicas
futebolísticas, como Luis Fernando Veríssimo. Uma sugestão para a
pesquisa é a crônica de Veríssimo, intitulada “Futebol de rua”.
GOMO (sentido denotativo/comum): Rebento dos vegetais, que se transforma
em ramo ou folha. Cada uma das divisões naturais de certos frutos, como a
laranja.
GOMO (sentido conotativo/figurado): cada uma das partes com que é feita a
parte de fora da bola.
Agora, respondam às questões abaixo baseadas na crônica de Armando
Nogueira:
a) Qual é o personagem principal? Que recursos linguísticos o autor usou
para lhe dar destaque?
b) Qual é o cenário da história? Copie do texto uma frase que comprove
sua resposta.
c) Na crônica de Armando Nogueira, assim como em muitas crônicas,
existe um conflito (momento de tensão do texto, quebra da harmonia da
narrativa). Qual é esse momento?
d) Uma das características da crônica é utilização da linguagem coloquial.
Que expressões do dia a dia o autor usou ao longo do texto?
e) Qual foi o desfecho do texto feito pelo cronista? Se você pudesse mudá-
lo, como ficaria? Escreva outra conclusão para a crônica.
Dicas para o professor: uma nova sugestão para esta atividade é
aproveitar esta crônica que é rica em figuras de linguagem para estudá-las.
Você poderá acessar a página do caderno da OLP que traz as principais
figuras de linguagem, disponível em:
http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/CadernoCronica.pdf, acesso
em: 17 nov 2014, e em seguida pedir para os alunos relacionarem algumas
frases do texto com as figuras, que são recursos utilizados pelo autor para
realçar uma ideia. Exemplos: “a bola começa a sangrar” (prosopopéia), “em
cada gomo o coração de uma criança” (metáfora), “parece um bichinho”
(comparação), entre outras expressões que ficam a seu critério.
Atividade 8: Analisando os recursos discursivos e linguísticos da crônica
Como você já sabe, a crônica retrata fatos que envolvem pessoas
comuns. Em “O homem nu”, Fernando Sabino mostra o desespero, o estado
emocional de um personagem diante de uma situação embaraçosa. Para
analisarmos a ordem dos acontecimentos, forme um grupo de três ou quatro
alunos e encontre a sequência correta do texto. Faça a leitura e, depois da
correção, cole-a no caderno.
Agora, individualmente, faça os exercícios propostos a seguir.
I- Numere as ações, mostrando a sequência dos acontecimentos.
a) A porta do apartamento se fecha, deixando o homem para fora. ( )
b) O marido pega o embrulho do pão. ( )
c) O marido põe a água para esquentar. ( )
d) O marido entra no elevador e aperta o botão de emergência. ( )
e) A mulher vai para o banho. ( )
f) A mulher abre a porta. ( )
Dicas para o professor: A ideia dessa atividade é analisar alguns recursos
discursivos e linguísticos utilizados pelo cronista Fernando Sabino, bem
como o estilo humorístico e a sequência do texto. Antes da leitura, sugere-
se trabalhar primeiramente a sequência do texto por meio de duas
atividades, a primeira em grupo e a segunda individual. Para a realização da
primeira, você poderá acessar o texto na página
http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp, acesso em: 06 nov 2014,
recortá-lo em 5 ou 6 partes para que os alunos montem a crônica, façam a
leitura e, depois da correção, colem-na no caderno. Após esse momento,
propõe-se utilizar as questões referentes aos recursos discursivos e
linguísticos da crônica e finalizar com uma animação do texto, disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=mml918C069I, acesso em: 06 nov
2014.
g) O homem e a mulher decidem fingir que não estão em casa. ( )
h) A mulher desliga o chuveiro. ( )
i) O elevador começa a subir. ( )
j) O marido tira a roupa para tomar banho. ( )
k) O marido toca a campainha do apartamento. ( )
l) O cobrador da televisão bate à porta. ( )
m) O marido grita e esmurra a porta, alertando os vizinhos. ( )
II- Com base na crônica lida, de Fernando Sabino, responda às
questões propostas.
a) Que acordo a personagem principal faz com a sua mulher?
b) Que acontecimento deu um tom humorístico à crônica?
c) Assinale a alternativa que expressa o fato que gerou o conflito da
história:
( ) O marido quer tomar banho, mas a mulher já se trancou no banheiro.
( ) O cobrador vem receber a prestação, mas o devedor está sem
dinheiro.
( ) O homem nu está do lado de fora do apartamento e não consegue
entrar em casa.
( ) O elevador começa a subir e o homem nu pensa que é o cobrador.
d) No final da história, o homem teve de encarar o cobrador da televisão.
Escreva uma possível desculpa que ele poderia dar para não pagar a
prestação.
e) Sugira um outro título ao texto.
f) O texto foi escrito no início da década de 1960. Que fatos ou situações
nos permitem concluir que a história não se passa nos dias de hoje?
g) Retire do texto duas palavras ou expressões que marcam o tempo na
narrativa.
h) Qual a forma de discurso empregada no texto: o discurso direto ou o
indireto? Transcreva do texto uma fala que comprove sua resposta.
i) Em sua maioria, os verbos da crônica estão flexionados na primeira ou
terceira pessoa? Justifique com exemplos do texto.
III- Sabemos que a linguagem oferece muitos recursos para
expressar o que pretendemos. Assim, pode-se dizer que há vários
modos de dizer a mesma coisa. Explorando esses recursos,
elabore três paráfrases do enunciado abaixo, seguindo, para cada
versão, as indicações dadas em um dos itens a seguir, sem
alterar o sentido original.
a) Substituir as expressões: “como estivesse”, “para um lado e para outro”,
“arriscar-se”;
b) Mudar a ordem dos constituintes;
c) Mudar a estrutura passiva “o embrulhinho deixado pelo padeiro” por uma
estrutura na voz ativa.
“Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para
outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo
padeiro sobre o mármore do parapeito.”
IV- Explicite o sentido da expressão “um balé grotesco e mal
ensaiado”, utilizada pelo autor para qualificar o pânico do
protagonista em um determinado momento da sua aventura.
V- De acordo com seu conhecimento das classes de palavras do
português brasileiro e com sua compreensão do texto, explique
gramaticalmente e discursivamente o uso da palavra “infeliz” em:
“a esposa do infeliz”.
VI-
Referência:
http://atividadeslinguaportuguesamarcia.blogspot.com.br/2013/02/estudo-da-
cronica-o-homem-nu.html, acesso em: 17 nov 2015.
Dicas para o professor: Na maioria das atividades aqui sugeridas, verifica-
se a necessidade do uso do dicionário, pois algumas crônicas são de outras
épocas e o não entendimento do vocabulário pode atrapalhar a
compreensão. Nesta, em especial, há algumas palavras e expressões que
podem ser desconhecidas, como, por exemplo:
Pesadelo de Kafka: Referência ao escritor checo Franz Kafka, que criou
histórias fantásticas com toques de terror e situações incomuns. Muitas
vezes, seus personagens se sentiam assustados e em agonia, como se
vivessem um pesadelo.
Regime do Terror: Referência ao período da Revolução Francesa,
compreendido entre 31 de maio de 1793 e 27 de julho de 1794, em que
milhares de pessoas foram executadas na guilhotina por se oporem ao
governo e às ideias de Maximilien de Robespierre.
Radiopatrulha: Veículo da polícia, equipado com rádio.
Vigarice: Ato de trapaça; fraude.
Lanço: Parte de uma escada entre dois patamares sucessivos; o mesmo
que lance.
Grotesco: Ridículo, extravagante.
Encetar: Iniciar, começar.
Em pelo: Nu, pelado.
Atividade 9: Dos gêneros jornalísticos à crônica
Nesta atividade, estudaremos um novo cronista “Moacyr Scliar” e sua maneira
peculiar de escrever crônicas: muitas delas são escritas a partir de notícias e
reportagens. O principal objetivo desses gêneros textuais, diferentemente das
crônicas, é relatar o fato ocorrido de maneira clara e objetiva. Antes de lermos
a crônica “Tormento não tem idade”, de Moacyr Scliar, veremos que ela foi
criada a partir de uma reportagem. Leia um trecho que serviu de inspiração
para o autor.
Dormir fora de casa pode ser tormento
A euforia de dormir na casa do amigo é tão comum entre algumas
crianças quanto o pavor de outras de passar uma noite longe dos pais. E, ao
contrário do que as famílias costumam imaginar, ter medo de dormir fora de
casa não tem nada a ver com a idade. Assim como há crianças de três anos
Dicas para o professor: Esta atividade tem como finalidade reconhecer as
diferenças entre os gêneros “notícia/reportagem” e “crônica” para que nas
próximas atividades o aluno possa escrever uma crônica baseada em um
desses gêneros. Para isso estudaremos um novo cronista “Moacyr Scliar” e
sua maneira de peculiar de escrever crônicas: muitas delas são escritas a
partir de notícias e reportagens. Primeiramente sugere-se apresentar a
biografia do autor que pode ser encontrada em:
http://www.releituras.com/mscliar_bio.asp, acesso em: 31 out 2014 e na
sequência a reportagem que gerou a crônica e a crônica “Tormento não tem
idade” disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0309200106.htm, acesso em: 17
nov 2014. Outra sugestão de crônica baseada em notícia é o texto
interessantíssimo de Moacyr Scliar chamado “O rádio apaixonado” que pode
ser encontrada no seguinte endereço
http://cronicasbrasil.blogspot.com.br/2008/04/o-rdio-apaixonado-moacyr-
scliar.html, acesso em: 17 nov 2014.
que tiram essas situações de letra, há pré-adolescentes que chegam a passar
mal só de pensar na ideia de dormir fora, embora tenham vontade.
Os especialistas dizem que esse medo é comum. A diferença é que
algumas crianças têm mais dificuldade para lidar com ele. “Para o adulto,
dormir fora de casa pode parecer algo muito simples, mas, para a criança não
é, porque ela tem muitos rituais, sua vida é toda organizada, ela precisa sentir
que tem controle da situação”, explica o psicanalista infantil Bernardo Tanis, do
Instituto Sedes Sapientiae. Dormir em outra casa significa deparar com outra
realidade, outros costumes. “É um desafio para a criança, e novas situações
geram ansiedade e angústia”, afirma. [...]
(FEITOSA, Mirna. Dormir fora de casa pode ser tormento. Folha de S.
Paulo,30/08/2001)
Agora, identifique se os textos lidos (a crônica e a notícia) apresentam
características semelhantes:
Crônica Notícia
O texto é curto e
veiculado geralmente no
jornal?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
Além do jornal, esse
texto pode ser publicado
em outros suportes?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
O texto é um registro de
fatos e acontecimentos
diários?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
O texto prima pela
objetividade, clareza e
imparcialidade?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
O texto apresenta uma
variedade linguística
mais informal, próxima
do coloquial?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
A variedade linguística ( ) sim ( ) sim
predominante é mais
formal e respeita a
norma culta da língua?
( ) não ( ) não
Os emissores do texto
são repórteres, agências
de notícias, ou
assessores de
imprensa?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
Os emissores do texto
são escritores/cronistas?
( ) sim
( ) não
( ) sim
( ) não
(BARDINI, Vanessa Severino; BARROS, Eliana Merlin D. de. A construção de
sequências didáticas para o ensino da língua: uma proposta didática mediada pelo
gênero “crônica humorística”. Entretextos, Londrina, v. 12, n. 2, jul./dez. 2012).
Atividade 10: Exercitando a escrita e a criatividade
Vamos exercitar um pouco mais a escrita? A ideia é dar continuidade a
uma das crônicas apresentadas a seguir. Ambas são de Moacyr Scliar, cronista
estudado na atividade anterior. Escolha o início de um dos textos, se coloquem
no lugar do cronista e completem, de forma coerente, o texto iniciado por ele.
Os terroristas – Moacyr Scliar
Era um professor duro, exigente e implacável. As provas eram feitas
sem aviso prévio. Todos os trabalhos valiam nota e eram corrigidos segundo os
critérios mais rigorosos. Resultado: no fim do ano quase todos os alunos
estavam à beira da reprovação. As notas, que ele anotava cuidadosamente ao
livro de chamada, eram as mais baixas possíveis.
Dicas para o professor: O objetivo desse momento é exercitar a escrita
dos alunos por meio da continuação do início de algumas crônicas, bem
como dar oportunidade para que exercitem a criatividade, com base nas
características do gênero. A ideia é dar continuidade ao texto de um cronista
consagrado e estudado na atividade anterior. Pode-se apresentar aos
alunos apenas o começo das duas crônicas sugeridas de Moacyr Scliar e
pedir-lhes que escolham e continuem coerentemente um dos textos. Depois
que eles finalizarem a escrita, você poderá apresentar os textos na íntegra,
disponíveis em http://livroscinema.blogspot.com.br/2012/08/colecao-de-
cronicas-os-terroristas.html,
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/produc
oes_pde/2012/2012_uel_port_pdp_aparecida_vieira_remes.pdf, acesso em
17 nov 2014, e retomar as elementos constitutivos da crônica, bem como os
recursos linguísticos utilizados pelo autor. Uma proposta para concluir essa
atividade, que também é proposta da OLP, é pedir que façam uma tabela no
caderno e a completem com as semelhanças e diferenças entre o que eles
escreveram e o texto original e que alguns apresentem a sua versão para o
restante da turma.
O que fazer? Reuniam-se todos os dias em frente ao colégio para
discutir a situação, mas nada lhes ocorria. Até que um deles teve uma ideia
brilhante. (SCLIAR, 1995)
O Amigo Secreto – Moacyr Scliar
Amigo Secreto, que grande ideia. Permite que a eventual modéstia do
presente que se dá ou recebe fique oculta pelo piedoso véu do anonimato. (...)
Há um pequeno problema com o presente que se recebe do amigo
secreto. É que não dá para trocar. Se é um livro que já temos, ou uma gravata
medonha, ou um cinto que dá duas voltas a volta à nossa cintura, não importa:
é nosso, teremos de ficar com o presente. – “Pessoal quem me deu essa coisa
horrorosa? Forneça-me a nota, por favor, que eu quero trocar”. É possível?
Não, não é possível. Cara de pau tem limite, mesmo – e, sobretudo – nas
festas natalinas. Ficamos, sim, com o presente. Amigo é pra essas coisas.
Sobretudo amigo secreto.
Existe uma alternativa, porém. É passar a coisa adiante. O que já gerou
mais de uma história curiosa. (SCLIAR,1995)
Atividade 11: Estudando o foco narrativo de uma crônica
Leia os trechos de duas crônicas de autores estudados anteriormente. Neles
alguém narra um fato.
1. “(...) Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs,
naquela época, estavam reservadas às turmas femininas). Um dia
cheguei para a aula, coloquei meus livros na carteira e ali estava, bem
no fundo, um papel cuidadosamente dobrado. Era uma carta; dirigida
não a mim, mas "ao colega da tarde". E era uma carta de amor. De
amor não; de paixão. Paixão fogosa, incontida, transbordante, a carta de
uma alma sequiosa de afeto. À qual o jovem escritor não teve a menor
dificuldade de responder (...)”.
(SCLIAR, Moacyr. Cartas de amor. In: Minha mãe não dorme enquanto eu não
chegar. LPM – Porto Alegre, 1996.)
2. “(...) Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada,
lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao
redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia
executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se
aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador,
apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada
passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada.
Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do
pão (...)”.
(SABINO, Fernando. O homem nu. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960.)
Dicas para o professor: A finalidade dessa atividade é fazer com que os
alunos percebam a importância de definir o foco narrativo em seus textos,
observando o emprego dos pronomes e verbos, bem como identificar os
tipos diferentes de narrador que compõem a sequência narrativa. Sugere-se
apresentar dois trechos de crônicas: uma de Fernando Sabino e outra de
Moacyr Scliar para então trabalhar os exercícios propostos, adaptados do
caderno de atividades da OLP.
Agora, com base nos textos anteriores, responda às questões abaixo:
a) Qual a função do narrador em um texto narrativo?
b) Para você, o que é um narrador personagem? E um narrador
observador?
c) Observe as palavras (verbos e pronomes) destacadas do primeiro
texto e respondam:
Em que pessoa estão empregadas as formas verbais e os
pronomes?
O autor participa da história como personagem?
d) Analise, no segundo texto, os verbos e pronomes empregados pelo
autor:
Em que pessoas estão as formas verbais e os pronomes em
negrito?
O autor participa dos fatos? Ele também é personagem da
crônica?
e) Agora, reescreva o texto abaixo (sugestão do caderno de atividades
da OLP) transformando o narrador-personagem em narrador-
observador.
“(...) Fazia um dia lindo. O ar ao longo da praia era desses de lavar a
alma. O meu fusca deslizava dócil e macio no asfalto, eu ia para a
cidade feliz da vida. Tomara o meu banho, fizera a barba e, metido
além do mais num terno novo, saíra para enfrentar com otimismo a
única perspectiva sombria naquela manhã de cristal: a da hora
marcada do dentista (...)”.
(Fernando Sabino. O enviado de Deus, in: Elenco de cronistas modernos.
21ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.)
Atividade 12: A escrita final
Agora é a hora, estamos na reta final do projeto, e chegou o momento de
produzir a crônica final. Você tem duas opções: fazê-la a partir de uma notícia
(como vimos nas crônicas de Moacyr Scliar) ou baseado em uma situação
retratada em uma foto. Escolha uma opção, siga os passos sugeridos na
atividade 5 (produção da primeira crônica) e redija o seu texto:
1. Escolha uma notícia curiosa que circula nos jornais impressos e virtuais
que poderia render uma boa crônica e a partir dela reflita sobre: os
lugares expostos; as pessoas retratadas; os assuntos expressos; algo
que lhe tenha chamado à atenção e a transforme em uma crônica.
Pense antes de escrever: como essa notícia pode ser transformada em
uma crônica?
2. Selecione uma foto instigante que contenha cenas da cidade, imagens
que retratam a vida dos moradores, fatos do cotidiano, situações
inusitadas que serão o ponto de partida para a escrita da crônica.
Reflita antes de escrever: como trazer a situação retratada na foto para
a crônica?
Dicas para o professor: O objetivo da penúltima atividade da Unidade
didática é dar subsídios para a produção final de uma crônica que, depois de
revista e aprimorada, poderá ser exposta por meio de banners na escola,
publicadas no site ou no blog da escola, no jornal da cidade ou do bairro, ou
reunidas num livro que ficará na biblioteca da escola para apreciação de
todos. A ideia para a produção final da crônica é que os alunos escolham
uma das opções sugeridas para o desenvolvimento de seus textos. A
primeira sugestão é a escrita de uma crônica a partir de uma notícia e a
segunda, é a produção a partir de uma situação retratada em uma foto
(proposta do caderno de atividades da OLP).
Unidade 13: Aprimoramento e reescrita do texto
Chegamos à última atividade. Nessa primeira etapa, nosso desafio é
pensarmos juntos em como melhorar o texto selecionado. Aspectos que
deverão ser observados:
Elementos estruturais da narrativa
Ortografia
Coesão e coerência
Pontuação
Acentuação
Que sugestão você daria a quem o escreveu? O que fazer para que fique mais
interessante? Depois de reescrita coletiva você deverá copiar em seu caderno
o texto reestruturado para que este sirva de modelo para a sua autocorreção.
Dicas para o professor: O objetivo da última atividade é fazer a revisão
textual para burilar e reescrever o texto final fazendo as alterações e as
melhorias necessárias. A proposta é primeiramente fazer o aprimoramento
coletivo para avançar, então, para a reescrita individual. Como sugestão e
para evitar constrangimentos, se possível, você poderá utilizar o texto de
turmas diferentes para reestruturar coletivamente (selecionar o texto do
nono ano “A” para trabalhar na turma B ou vice-versa) ou como indica o
caderno da OLP, depois da análise de todos os textos, escolha alguns
trechos que precisam ser revisados e reescritos e fragmentos de várias
produções que apresentam o mesmo tipo de problema e faça atividades de
reflexão sobre a língua portuguesa. A reconstrução deverá ser realizada
junto com o aluno e copiada nos cadernos. Já a segunda etapa é a reescrita
individual. Como proposta, siga o roteiro a seguir, adaptado do caderno da
OLP. Nesta revisão, cada aluno se apropriará do seu próprio texto para
reestruturá-lo.
A segunda etapa compreende a reescrita individual. Volte ao seu texto, leia e
olhe agora com olhar crítico. O roteiro a seguir, sugerido pela OLP, poderá
orientá-lo na revisão e aprimoramento. Outra sugestão é usar marcador de
texto, lápis de outra cor ou caneta de cor diferente para destacar tudo o que
pretende alterar. Você poderá acrescentar ideias, corrigir palavras, mudar a
pontuação, verificar acentos e até trocar alguma palavra por outra que faça
mais sentido. O seu texto reescrito e aperfeiçoado deverá ser entregue ao
professor para ser exposto no final do projeto.
Roteiro para a revisão da crônica
O cenário da crônica é interessante?
Ela cumpre o objetivo a que se propõe: emocionar, divertir, provocar
reflexão, enredar o leitor?
E o episódio escolhido, como é tratado pelo autor?
Há um modo peculiar de dizer?
Organiza a narrativa em primeira ou terceira pessoa?
As marcas de tempo e lugar que revelam fatos cotidianos estão
presentes?
Que tom o autor usa ao escrever: irônico, humorístico, lírico, crítico?
Utiliza uma linguagem simples, espontânea, quase uma conversa
informal com o leitor?
O enredo da crônica está bem desenvolvido, coerente?
Há uma unidade de ação?
No desenrolar do texto, as características da narrativa (personagem,
cenário, tempo, elemento surpresa ou conflito e desfecho) estão
presentes?
Faz uso de verbos de dizer?
Os diálogos das personagens são pontuados corretamente?
Há alguma palavra que não está escrita corretamente, frases
incompletas, erros gramaticais, ortográficos?
E a pontuação está correta?
O título mobiliza o leitor para leitura?
(CENPEC. A ocasião faz o escritor. Caderno do professor: orientações para
produção de textos. Equipe de produção: Maria Aparecida Laginestra e Maria
Imaculada Pereira. São Paulo: Cenpec, 2010. Coleção da Olimpíada).
Referências
AMARAL, Heloísa. O gênero textual crônica. In: MADI, Sonia (Coord.) Na
ponta do lápis. Olimpíada de língua portuguesa: escrevendo o futuro. CENPEC,
Ano IV, n. 10, dez. 2008.
BARDINI, Vanessa Severino; BARROS, Eliana Merlin D. de. A construção de
sequências didáticas para o ensino da língua: uma proposta didática
mediada pelo gênero “crônica humorística”. Entretextos, Londrina, v. 12, n.
2, p. 80-112, jul./dez. 2012.
CENPEC. A ocasião faz o escritor. Caderno do professor: orientações para
produção de textos. Equipe de produção: Maria Aparecida Laginestra e Maria
Imaculada Pereira. São Paulo: Cenpec, 2010. Coleção da Olimpíada.
Curta-metragem baseado na crônica “A Última Crônica”. Disponível em:
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