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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: Leituras Contemporâneas de Machado de Assis

Autor: Jandira Lucia Kohl Carneiro

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual José de Anchieta

Município da escola: União da Vitória PR

Núcleo Regional de Educação: União da Vitória PR

Professor Orientador: Everton Grein

Instituição de Ensino Superior: UNESPAR campus União da Vitória

Relação Interdisciplinar: Arte, História, Filosofia e Sociologia

Resumo:

Este material didático pedagógico foi produzido para projeto de intervenção pedagógica, "Leituras Contemporâneas de Machado de Assis" que visa a partir de imagens, recortes de filmes e slides produzir uma leitura dinâmica das obras do autor. O objetivo é associar a imagem à leitura visando assim despertar maior interesse ao leitor. O projeto será desenvolvido em sala de aula.

Palavras-chave: Literatura; Machado de Assis; material didático.

Formato do Material Didático: Caderno Didático Pedagógico

Público:

Alunos do Ensino Médio.

1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE organizadora: Jandira Lucia Kohl Carneiro

Professor orientador: Ms Everton Grein

IES: FAFIUV

Objeto de estudo e intervenção: A recepção das obras canônicas. O uso das tecnologias no fomento à leitura literária.

Titulo: Leituras contemporâneas de Machado de Assis.

Metodologia: aulas dialogadas, aulas com livros de Machado de Assis, livros didáticos, textos, lousa, leituras, slides, recortes de filmes, produção de videos,

Escola de implementação: Colégio Estadual José de Anchieta

Público objeto de Implementação: 2ª série - Ensino Médio.

2- INTRODUÇÃO

O presente Caderno Pedagógico tem por objetivo cumprir a uma das atividades obrigatórias do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e ser um referencial para a melhoria do desempenho no ensino das aulas de literatura clássica no ensino médio. Por ser a aprendizagem da leitura uma atividade contínua, bem como um pré-requisito para a aquisição de outros conhecimentos o, é necessário que se busque sempre modos inovadores de entendê-la e trabalhá-la. A literatura é um meio eficaz para o desenvolvimento desta habilidade, principalmente quando se trata de uma leitura mais refinada como é o caso de Machado de Assis. Portanto, é necessário fazer com que esta seja melhor compreendida por parte dos alunos, envolvê-los na linguagem pensante do autor, sua temática, a análise e introspecção psicológica dos personagens, o herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas, seus conflitos, pensamentos, anseios, reflexões, desejos. Perceber a ironia e crítica na sua visão a respeito do ser humano. Buscar na personagem aquilo que é universal, isto é, comum a cada um de nós e que define a nossa condição humana. Para tanto, esta é uma pesquisa pedagógica que com o auxílio de tecnologias, apresenta novos métodos para se trabalhar a leitura e análise da obra de machadiana, para uma geração que nasceu e cresceu na era da imagem, habituou-se a viver num mundo de concretização e de imediatismo e encontra cada vez mais dificuldades nos processos mentais relacionados com a lógica, a análise e a abstração. Colocar a tecnologia à disposição dos estudantes a fim de

desenvolver o seu aprendizado e suas possibilidades individuais, tanto cognitivas quanto estéticas, através das suas múltiplas utilizações. Segundo o que prevê as DCEs (2008) este trabalho visa a elaboração de materiais a fim de que o aluno possa efetuar leituras compreensivas e críticas, bem como questionar essas leituras em relação ao seu próprio horizonte cultural. Atrair o educando para a beleza e a riqueza presentes nas obras de Machado de Assis, através da criação de metodologias e estratégias próprias para que o adolescente possa compreendê-la.

3- OBJETIVO GERAL Focalizar a questão da leitura da literatura machadiana na escola com o auxílio de tecnologias.

4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS . Auxiliar o educando a completar o Ensino Médio com a capacidade de ler e compreender textos nas mais diversas situações.

. Compreender a literatura não apenas como entretenimento, mas como uma forma de refletir a vida, o mundo e a si mesmo.

. Lançar mão de recursos tecnológicos ao trabalhar o texto literário, com o propósito de dinamizar as aulas, despertar a atenção e interesse dos alunos e facilitar a compreensão da leitura.

5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Literatura, já o disse de outra maneira Roland Barthes, não responde às perguntas, fechando-as, porque as amplia, multiplica suas respostas. Não pretende atingir nenhuma "verdade"; pretende abrir nossa mente para as inúmeras percepções de mundo, que existem nos universos mentais das pessoas. Mas do que precisamos, dizem os homens práticos, é de soluções, de respostas, de expedientes úteis, de resolver os problemas da cidade e do campo. Então por que literatura? Para levantar questões fundamentais, abrir nosso mundo pequenino, feito de minúsculos fatos do

dia a dia, ao grande painel da reflexão humana. (Guimarães, 1996).

É senso comum, dizer que o brasileiro lê pouco ou que não gosta de ler, como também é comum atribuir ao educando o mesmo conceito. Porém, se isso for verdade é paradoxal o aumento significativo na venda de livros a cada ano nas grandes feiras do país como a Bienal SP, por exemplo, que de acordo com o Jornal Folha de São Paulo (22/08/12), o aumento de vendas de livros em 2012, cresceu em relação à 2010. Mesmo nas escolas, é comum perceber a procura frequente de best sellers por parte dos adolescente sem estes tenham sido solicitados pelos professores. O que leva a crer então, que existe sim um aumento de leitores e leitura de livros, mesmo no contexto atual, onde as tecnologias estão por toda a parte. Então, o porquê das queixas dos professores de Língua Portuguesa de um modo geral na dificuldade que encontram no sentido de incentivar o aluno a ler? Independente da obra, a leitura em si é um fator positivo, porém, a escola deve ir além da literatura de consumo. Com a oferta cada vez maior desse tipo de livro, ocorre também mais resistência por parte do educando para a leitura da literatura

clássica, que apresenta uma linguagem mais complexa e erudita, escrita numa outra época, num outro contexto social. Porém é indispensável que a escola pública oportunize o aluno o acesso ao conhecimento das obras canônicas. De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Brasília - 2008), é necessário que se haja um equilíbrio no ensino da literatura, em que se deve valorizar a cultura popular, sem abrir mão do trabalho com autores indiscutivelmente canônicos como no caso de Machado de Assis.

Em nossa sociedade há fruição segundo as classes na medida em que um homem do povo está praticamente privado da possibilidade de conhecer e aproveitar a leitura de Machado de Assis ou Mário de Andrade. Para ele, ficam a literatura de massa, o folclore, a sabedoria espontânea, a canção popular, o provérbio. Estas modalidades são importantes e nobres, mas é grave considerá-las como suficientes para a grande maioria que, devido à pobreza e à ignorância é impedida de chegar às obras eruditas. (Cândido, 1995, pp. 256-257).

Ao longo dos anos tem-se observado a ineficácia de se trabalhar um autor tão complexo como Machado de Assis, adotando uma estratégia comum que é pedir para se ler um título específico e depois aplicar uma ficha de leitura ou um teste. Os poucos alunos que realmente o lêem, acabam fazendo de maneira forçada, somente para fazer a avaliação, o que acaba despertando o horror dos estudantes para esse tipo de leitura. A partir disso percebe-se que é necessário muito mais do que simplesmente mandar o educando ler um livro. Se o desejo do professor seja de que o leitor perceba a essência e a reflexão em relação à alma humana presente neste tipo de obra, e se quer que o aluno aprenda a gostar deste tipo de leitura e adquira o interesse em ler mais, é preciso trabalhar de modo diferente. Mas para que isso aconteça, em primeiro lugar o professor deve conhecer bem esta obra, se necessário, relê-la, mesmo que já a tenha lido, falar dela com entusiasmo e paixão, ler com eles trechos que chamaram a atenção e com as quais possam se identificar. Nesse sentido Machado (2008), diz que "como aquelas pessoas estão em outro contexto e são fictícias, nos permitem um distanciamento e acabam nos ajudando a entender melhor o sentido de nossas próprias experiências". Outro fator importante para se adquirir o gosto pela leitura é que a escolha dos títulos seja adequada à fase de desenvolvimento do aluno, que estão na faixa etária entre quinze e dezesseis anos.

O professor apresenta textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado, percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores

consagrados da literatura, de obras clássicas.( DCEs PR 2008, p.75). A aula quando é constantemente expositiva torna-se uma das piores situações de ensino, principalmente para uma turma inquieta, como esta que se encontra no Ensino Médio. A participação do aluno nos trabalhos dinamiza as aulas, portanto, é oportuno apropriar-se dos conhecimentos desta que é conhecida como "geração virtual", do domínio tecnológico que possui e solicitar que o adolescente, a partir de leitura da contos produza seus próprios vídeos e apresente-os aos demais colegas, que escreva seus textos e publique-os em blogs. Quando se tem o domínio da palavra lida, adquire-se maior habilidade com palavra escrita. Não se deve entender que o aprendizado da leitura, da escrita e da

literatura seja simplesmente para que se possa prestar uma prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ou um Vestibular ao concluir o ensino médio, mas esse fim também não pode ser ignorado. A leitura dos clássicos irá auxiliar o aluno como um forte instrumento para essas avaliações. A partir do momento em que se lê um texto mais complexo, vai-se desenvolver no aluno a capacidade de leitura também de outros textos. Nesse sentido, Moço (2008), afirma que "mesmo se houver um certo estranhamento e até um descontentamento com as leituras no começo, isso também é um fator positivo, pois um pouco de dificuldade ajuda a formar a capacidade leitora". Por ser universal a temática de Machado de Assis, que é o ciúme, o culto a aparência, a hipocrisia, a cobiça, o adultério, a inveja, o aluno pode facilmente se identificar com algum personagem. Nesta faixa etária é comum o adolescente estar vivenciando suas primeiras experiências amorosas, provavelmente ele também esteja passando por uma fase de desconfiança, de incerteza, ciúme, sentimento de posse, ou até mesmo traição. É um período de vida em que as emoções bem como a sensualidade estão mais afloradas, sendo assim oportuno refletir a respeito desses temas, já que os estão vivendo com intensidade. Também é oportuno que se trabalhe a fase de transição do Romantismo para o Realismo, visto que o adolescente está também passando por uma fase de transição em sua vida, talvez ainda veja a vida de modo romântico e sonhador e aos poucos vai despertando para a realidade e desse modo perceba mais o Realismo aguçado de Machado de Assis. Trabalhar textos curtos, ou recortes de romances, utilizando a multimídia torna-se um meio eficaz de despertar a atenção e interesse do aluno referente a determinada obra, de acordo com o previsto nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio, (apud. in: Cândido, 1993) salienta que,

Textos curtos, com densidade poética, são instrumentos poderosos para sensibilizar o aluno.[...] Contos e crônicas também devem ser cuidadosamente selecionados para não se desperdiçar o tempo precioso a eles dedicado em sala de aula." (Brasília, 2008,p.78)

. É necessário que o professor selecione textos que ampliem os horizontes culturais e de conhecimento dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que pode suscitar a busca de autores consagrados da literatura brasileira e das obras clássica. Machado de Assis, de acordo com os críticos literários, é um dos autores mais respeitados do mundo, um dos maiores que a humanidade já produziu. As perguntas sobre os grandes temas da vida humana se tecem em sua ficção.

Mas, para que o aluno chegue a essa análise e compreensão da literatura de Machado de Assis, as DCes Língua Portuguesa, requerem neste momento o envolvimento direto dos professores na construção de novas alternativas em relação às práticas de ensino. Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Que meios se devem utilizar para que o educando se aproprie do conhecimento no mundo moderno. Sancho (2001 p.73), afirma que "o método é de grande relevância para a compreensão dos fenômenos associados aos processos e ensino, principalmente quando envolvidos nestes são encontrados meios tão complexos como as atuais tecnologias de informação" De acordo com Sancho (2001), devemos considerar como ideal um ensino usando diversos meios, um ensino no qual todos os meios deveriam ter oportunida-

de, desde os mais modestos até os mais elaborados: desde o quadro, os mapas e as transparências de retroprojetores até as antenas para os satélites de televisão. Ali deveriam ter oportunidade também todas as linguagens: desde a palavra falada e escrita até as imagens e sons. Tudo em função dos conteúdos .

A educação com multimeios tem algumas vantagens suplementares, permite, então , adaptar-se às capacidades perceptivas e mentais dos diversos alunos, compensando os déficits derivados da aprendizagem com outros meios expressivos. Além disso, a abordagem de uma mesma realidade a partir de perspectivas diferentes e complementares enriquece o processo de aprendizagem. Quanto à informática educativa, Weiss e Cruz (2001), afirmam que o uso do computador só funciona efetivamente, como instrumento no processo de ensino- aprendizagem, se for inserido num contexto de atividades que desafiem os alunos a crescerem, construindo seu conhecimento na relação com o outro, o professor e os colegas, além de utilizar a máquina. O novo trabalho requer inovação, só atingimos a inovação com pesquisa, precisamos estar sempre aprendendo.

6- DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

6.1- Área de abrangência

A presente pesquisa desenvolver-se-á no Colégio Estadual José de Anchieta, região central da cidade de União da Vitória - PR.

6.2 - População e Amostra

A população investigada nesta pesquisa constituir-se-á da segunda série do Ensino médio matutino.

6.3 - Coleta de dados.

Serão utilizados recortes de dois filmes: Memórias Póstumas de Brás Cubas Roteiro: André Klotzel, baseado em livro de Machado de Assis, 1985, e trechos da

série Capitu, produzida pela Rede Globo,2008, Video documentário da biografia de Machado de Assis: TV Escola.

. Romances para a análise e propostas de atividades: MEMORIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, (Capítulo I - Óbito do autor, Capítulo XXIV - Curto mas alegre, Capítulo L - Virgília Casada, Capítulo LI - É minha, Capítulo XXXI - A borboleta preta). QUINCAS BORBA; (Capítulo VI - O Humanitismo). DOM CASMURRO; (Capítulo XXXII - Olhos de ressaca) ,( Capítulo CXXIII - Olhos de Ressaca).

. Inicialmente apresentar a biografia de Machado de Assis. Com a utilização de vídeos (TV Escola) , slides e palestras, abordar a vida do autor, o contexto histórico em que viveu, bem como a fase de transição literária do Romantismo para o Realismo. 6.4 - LIVRO MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS . Primeiramente trabalhar oralmente o resumo da obra.

. Em seguida, passar um vídeo, com textos e recortes do filme, para melhor memorizar a história. . Depois ler com toda a turma alguns capítulos do livro, através de slides. . Fazer a análise com questionamentos orais, reflexões sobre o tema e após, apresentar vídeos sobre os textos lidos anteriormente a partir de recortes do filme. . Em seguida, distribuir o texto com as questões escritas que deverão ser respondidas em casa, para debate na aula seguinte. http://www.youtube.com/watch?v=7JNnDWPgpm4

6.4.1 - CAPÍTULO I ÓBITO DO AUTOR Neste capítulo Brás Cubas narra seu enterro. ANÁLISE DO TEXTO Memórias póstumas de Brás Cubas tem a narração em primeira pessoa; o foco narrativo centraliza-se no personagem-narrador, tornando-se difícil, crer no que conta, pois, temos somente a sua visão dos fatos. Entretanto, uma das chaves para a leitura está justamente em desconfiarmos do narrador. Ao colocarmos em dúvida a veracidade do ato narrativo, começaremos a entender a estrutura do romance. Se de um lado é um defunto autor, que conta a história de sua vida do além-túmulo, e assim dá a impressão de máxima isenção, de uma imparcialidade absoluta. De outro lado, simultaneamente, vai espalhando pelo texto algumas pistas que denunciam suas mentiras e seus exageros. Este exemplo mostra que a pista que nos revela Brás Cubas como mentiroso já está colocada por ele mesmo nos primeiros capítulos. Ao leitor, resta, então, a tarefa de manter-se constantemente atento, percebendo os momentos em que a narração cai nos exageros, nas invenções e nas mentiras. Podemos surpreender o narrador, várias vezes, no difícil trabalho de encobrir uma verdade, uma fraqueza, que ele, sem querer, acabou revelando ao leitor. Quando fala de seu enterro, no capítulo I, ele diz ter sido acompanhado ao cemitério por onze amigos. Este é um féretro um tanto íntimo para quem, algumas linhas atrás, equiparou-se a Moisés. Parece que, ao notar que revelou sua falta de importância ao leitor, tenta escondê- la. Para justificar a ausência de mais amigos, inventa desculpas, não houve anúncios de morte e, ainda, chovia [ou garoava, como ele mesmo confessa durante o enterro. Temos então uma pessoa que se acha muito importante, mas ninguém fica sabendo de sua morte a não ser que seja avisado. http://www.youtube.com/watch?v=m3oFd_IzVwE

ATIVIDADES REFERENTE O TEXTO: 1 - Em que pessoa é narrado o texto? Quem é o autor? R- O texto é narrado em primeira pessoa. O narrador é o personagem que morreu. 2 - No primeiro parágrafo, o narrador manifesta nítida consciência da originalidade do texto de suas memórias. Em que consiste esta originalidade? R- O narrador começa suas memórias pela morte e não pelo nascimento. Ele altera a sequência cronológica da narrativa. 3-Qual a diferença que se pode estabelecer entre “autor defunto” e “defunto autor”?

R- No primeiro caso trata-se de um escritor que morreu.(autor defunto) No segundo caso trata-se de morto que escreve. (defunto autor) 4-O narrador diz que, quando morreu, tinha sessenta e quatro anos,” rijos” e “prósperos”. O que ele quis dizer com essa expressão? R - A idade não o fizera um ser decadente. 5- Ao dizer “Onze amigos!”, o narrador mostra que é pequeno o número de pessoas com que se pode realmente cotar. Isso revela uma certa atitude do narrador diante da amizade e das relações interpessoais. Que atitude é essa. R- Uma certa descrença. Como ele se revela e o que pode se perceber a respeito dele e que está implícito no texto logo na sua primeira fala? R - Se revela arrogante, considera-se muito importante, visto que se compara a Moisés. O que está implícito é que ele não é aquilo que tenta demonstrar ser, pois seu velório foi pouco marcante e com pouquíssimas pessoas.

Questões extraídas de: FIORIN José Luís, SAVIOLI Francisco Platão, Para Entender o Texto, p.367, 368, São Paulo: Ática, 1995.

6.4.2 - CAPÍTULO 24 - CURTO, MAS ALEGRE Neste capítulo, Brás Cubas faz uma reflexão das diferenças entre o estar vivo e o estar morto. ANÁLISE DO TEXTO No texto com uma série de metáforas, o autor apresenta uma oposição entre a atitude do homem vivo e a do homem morto. Essas metáforas, revelam o que as pessoas gostam de mostrar e o que elas procuram ocultar dos outros enquanto vivas. Esse texto nos remete ao tema das máscaras sociais usadas em nossa sociedade. Essas máscaras são usadas no terreno dos vivos porque existe uma "platéia" que nos observa e nos julga. http://www.youtube.com/watch?v=yVGJ9WSQWi4

ATIVIDADES REFERENTE O TEXTO: Num primeiro momento analisa-se o texto. Depois apresenta-se o trecho do filme , finaliza-se o trabalho com questionamentos referentes o texto com perguntas orais e escritas e também uma reflexão em torno da nossa realidade social utilizando exemplos das atitudes mencionadas no trecho. Há no texto, uma oposição entre a atitude do homem vivo e a do homem morto. O autor mostra essas atitudes com metáforas. Separe as metáforas que falam, respectivamente, da atitude dos vivos e a atitude dos mortos. R – Atitude dos vivos – “calar os trapos velhos”, “disfarçar os rasgões e remendos”, “embaçar os outros”.

Atitude dos mortos - “sacudir fora a capa”, “deitar ao fosso as lantejoulas”, “despregar-se” “despintar-se”, “desafeitar-se”.

2- Observe que as metáforas que definem a atitude dos vivos e dos mortos, são contrárias entre si. Por exemplo, “disfarçar os rasgões e remendos” é contrário de “deitar ao fosso as lantejoulas”. “Trapos velhos”,” rasgões” e “remendos significam coisas que as pessoas devem ocultar dos outros.

a-O que significam essas metáforas? O que as pessoas devem ocultar dos outros? R- São os defeitos. Tudo aquilo que pode depreciá-las aos olhos dos outros.

3-Se ”rasgões”, “remendos” e ”trapos velhos” são coisas a serem ocultadas, que significam capa e lantejoulas? R- A máscara que oculta e protege e a aparência brilhante que cada homem deve portar.

4- Observe os verbo que mostram a atitude dos vivos: calar, disfarçar, embaçar. Revelam um fazer. Os verbos que manifestam a atitude dos mortos indicam ação contrária: sacudir fora, deitar ao fosso, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se. Analisando o significado dos verbos e dos substantivos, aponte os dois temas opostos revelados pelo texto. R – O PARECER - as exterioridades que regem a vida. O SER – a essência está presente na morte.

5- Há uma metáfora no texto que mostra quem obriga a cada homem a calar e a disfarçar. Qual é ela e o que significa? R “Plateia” , que significa os outros, a opinião pública.

6- A oposição semântica básica do texto é a vida versus morte. Qual dos termos é valorizado positivamente no texto e qual é apresentado de maneira negativa? Justifique sua resposta. R O termo positivo é a morte. Nela a pessoa mostra sua verdadeira essência. Na vida, as pessoas vivem de maneira dissimulada.

7- Se a franqueza é a primeira virtude de um defunto qual é a primeira virtude de um vivo? R- Dissimulação

Questões extraídas de: FIORIN José Luís, SAVIOLI Francisco Platão, Para Entender o Texto. p.126 , São Paulo: Ática, 1995.

6.4.3 - CAPÍTULO 50 - VIRGÍLIA CASADA Neste capítulo, Brás Cubas relata seu reencontro com Virgília, sua antiga pretendente.

6.4.4 - CAPÍTULO 51 - É MINHA

Neste capítulo, Brás Cubas, reflete a lei da equivalência das janelas Em que faz uma boa ação para compensar um peso na consciência causado por uma ação anterior.

http://www.youtube.com/watch?v=AdbRkayDkCI

ANÁLISE DOS TEXTOS No capítulo 50 Virgília Casada, Brás Cubas coloca-se como vítima, pois sente-se roubado por Lobo Neves , porque este se casara com sua antiga pretendente. O contato com Virgília durante o baile desperta-lhe o desejo de possuí-la, como se tê-la significasse reaver um direito perdido. No reencontro do narrador com a antiga namorada, bonita e casada, algo se altera em relação ao sentimento deste.

Mas isso do ponto de vista moral não seria correto, portanto, pesa-lhe a consciência. Porém no capítulo seguinte, "É Minha", o gesto de Cubas de enviar a moeda ao chefe de polícia, cumpre o papel de desencargo de consciência, já que este tinha a consciência pesada em razão de seu interesse por Virgília. Brás Cubas sentia-se culpado, oprimido moralmente, mas, com seu gesto "nobre" compensou o sentimento de culpa que tinha. Isso seria "A lei da equivalência das janelas" já que, uma "janela fechada" equivale a um problema de consciência, algo que fazemos a outras pessoas e que nos deixa moralmente decaídos. E a "janela aberta" seria algo de bom que fazemos a outras pessoas e que melhora nosso julgamento sobre nós mesmos. Portanto a "equivalência das janelas" é o equilíbrio encontrado na compensação de se fazer algo de bom para aliviar a consciência.

ATIVIDADES REFERENTE OS TEXTOS 1- No segundo parágrafo do texto, ao dançar com Virgília, Brás Cubas diz ter a sensação de "homem roubado". Qual seria o motivo dessa sensação? R- Brás Cubas sente ter sido roubado por Lobo Neves, porque este se casara com Virgília. O contato com esta durante o baile desperta o desejo de possuí-la, como se tê-la significasse reaver um direito perdido.

2- Por que Brás Cubas, inverte os papéis com as imagens da posse e do roubo? R- Porque ele se coloca como vítima do roubo, que, na verdade tencionava praticar, já que não é casado com Virgília.

3- Ao chegar em casa e encontrar à porta uma moeda de ouro, Brás Cubas também diz: "É Minha". Essa coincidência de frases ditas por Cubas em diferentes situações cria um paralelo entre a moeda e Virgília.

a- Como você explica o gesto de Brás Cubas de enviar a moeda ao chefe de polícia? R- O gesto cumpre o papel de descargo de consciência pesada em razão de seu interesse por Virgília.

b- De acordo com essa lógica, qual deveria ser a atitude coerente e Brás Cubas em relação a Virgília?

R- Deveria abandonar os pensamentos adúlteros.

4- Releia o trecho do texto: "Mandei a carta e almocei tranquilo, posso até dizer que jubiloso. Minha consciência valsara tanto na véspera que chegou a ficar sufocada, sem respiração. mas a restituição da meia dobra foi um a janela que se abriu para outro lado da moral; entrou uma onda de ar puro, e a pobre dama respirou à larga. Ventilai as consciências! Não digo mais nada".

a- A quem se refere Brás Cubas com a expressão " a pobre dama"? R A consciência . b- Considerando o dilema moral da personagem, interprete a frase: " a restituição da meia dobra foi uma janela que se abriu para o outro lado da moral".

R - Brás Cubas sentia-se culpado, oprimido moralmente, mas, com seu gesto "nobre", compensou o sentimento de culpa que tinha. 5- Interprete a "lei da equivalência das janelas":

a- A que equivale uma "janela fechada"? R- Equivale a um problema de consciência, algo que fazemos a outras pessoas e que nos deixa moralmente decaídos.

b- E a "janela aberta"? R- Algo de bom que fazemos a outras pessoas e que melhora nosso julgamento sobre nós mesmos..

c- Explique o que é então a equivalência dessa lei. R- É o equilíbrio encontrado na compensação de se fazer algo de bom para aliviar a consciência.

d- Na sociedade em que vivemos, que atividades ou comportamentos humanos você citaria para exemplificar a atualidade dessa lei hoje? R Resposta pessoal. Estimular a darem exemplos de situações similares na política, nas relações com o meio ambiente, nas ações assistenciais, etc.

6- O texto lido é um pequeno exemplo da ironia fina e da crítica cortante que caracterizam a ficção de Machado de Assis. Conclua: Que visão tem o autor a respeito do ser humano, de seu caráter e de suas ações? R Machado de Assis expressa uma visão pessimista a respeito do ser humano, considerado por ele como competitivo, falso, cheio de interesses e desonesto até consigo mesmo.

Questões extraídas de: CEREJA, W. Roberto; MAGALHÃES T. Cochar , Português Linguagens, São Paulo: 2005, Saraiva CAPÍTULO 31 - A BORBOLETA PRETA

Neste capítulo, Brás Cubas relata um caso em que ele, por superstição, mata uma borboleta preta que entrou no seu quarto. ANÁLISE DO TEXTO No capitulo “A Borboleta Preta”, o autor desloca o foco de interesse do romance. Não trata diretamente da vida social ou da descrição das paisagens, mas 15 da forma como seus personagens vêem as circunstancias em que vivem. O escritor concentra sua narrativa na visão de mundo de seus personagens, expondo suas contradições. Fica claro o medo à superstição. Depois de ser espantada duas vezes, a borboleta “foi parar em cima de um velho retrato de meu pai. Era negra como a noite.” Se já não bastasse, batia as asas devagar com ar de escárnio. A solução foi matá-la com uma toalha. No segundo parágrafo, acentua-se o medo quando o narrador diz: “Também por que diabo, não era ela azul?” Não enxergamos este capítulo somente pelo lado da superstição. Está claro que ela é relevante, afinal serviu para mostrar que até mesmo aqueles que se julgam filósofos, podem apresentar sensações que vão além do real, em algum momento da vida. Mas, observamos também um certo tom crítico negativo ao sistema vigente da época e à liberdade, esta última caracterizada pelo momento em que o narrador diz que o céu é sempre azul para todas as asas. A palavra “asas” nos remeteu à idéia de liberdade (que fosse a de expressão) contrária ao sistema vigente, que já começava a decair. O narrador também se apresenta como um ser superior “Este é provavelmente o inventor das borboletas”. A idéia subjugou-a, aterrou-a, ficando até mesmo arrependido de ser assim, pois mostra que se o indivíduo e a borboleta fossem iguais, ele não a teria matado. Este capítulo evidencia como um ser que se sente superior pode agir contra um outro que “parece estar incomodando”.

http://www.youtube.com/watch?v=qni9uuWSd5s

ATIVIDADES REFERENTE O TEXTO

1- No segundo parágrafo, constrói-se um sentido de contradição do narrador em relação às suas ações manifestadas no primeiro. Escolha três expressões verbais que justifiquem essa contradição e as analise no contexto da passagem. (2) R- A contradição pode ser constatada nas expressões “Apiedei-me”, “tomei-a na palma da mão”, “Fiquei um pouco aborrecido, incomodado” relativamente ao comportamento e às atitudes do narrador no primeiro parágrafo, no qual ele interpreta a presença da borboleta preta como uma afronta e, a partir daí, toma de uma toalha para matá-la.

4- Com a frase: “Uma das mais profundas reflexões que se têm feito desde a invenção das borboletas”, a personagem quer: A - Ironizar a própria reflexão. B- Enfatizar o valor do argumento. C- Mostrar a importância da reflexão D- Mostrar a importância da ação.

6.5 - LIVRO QUINCAS BORBA

6.5.1 CAPÍTULO 06 TEORIA DO HUMANITISMO TEORIA DO HUMANITISMO

" Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência de outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria e ousadia da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas." [Síntese do Humanitismo feita por Quincas a Rubião] ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 648-649.)

ANÁLISE DO TEXTO Para os críticos, o "Humanitismo" constitui-se da ideia "do império da lei do mais forte, do mais rico e do mais esperto". Antonio Candido escreveu que a essência do pensamento machadiano é "a transformação do homem em objeto do homem, que é uma das maldições ligadas à falta de liberdade verdadeira, econômica e espiritual." O Humanitismo, é revelador do posicionamento crítico de Machado de Assis, uma sátira aos muitos “ismos” surgidos no século XIX: positivismo, determinismo, Iluminismo, evolucionismo, teoria de Charles Darwin acerca da seleção natural. Desta forma, a teoria do "ao vencedor, as batatas" seria uma paródia da ciência da época de Machado e sua divulgação, uma forma de desnudar ironicamente o caráter desumano e anti-ético da "lei do mais forte". O "Humanitismo", enxerga a guerra como forma da seleção dos mais aptos. “Ao vencedor, as batatas.” Além da densa investigação das contradições do ser e do caráter relativo da verdade e da moral, num ângulo mais sociológico, outras questões que este texto de Machado colocam são: · a transformação do homem em objeto do homem; · a submissão econômica e espiritual; · o egoísmo e o sadismo de uns massacrando a fragilidade de outros; · a falta de liberdade verdadeira.

A teoria do “Humanitismo”, elaborada, no romance Quincas Borba, pelo filósofo Joaquim Borba dos Santos, doido e, por isso mesmo, machadianamente lúcido.

http://www.youtube.com/watch?v=MI7SRhtLFRE

ATIVIDADES REFERENTE AO TEXTO 1-Com base nas palavras de Quincas Borba, considere as afirmativas a seguir: I. As duas tribos existem separadamente uma da outra.II. A necessidade de alimentação determina os termos do relacionamento entre as duas tribos.

III. O relacionamento entre as duas tribos pode ser amistoso (“dividem entre si as batatas”) ou competitivo (“uma das tribos extermina a outra”).

IV. O campo de batatas determina a vitória ou a derrota de cada uma das tribos. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e IV. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 2-O Humanitismo, filosofia criada por Quincas Borba, é revelador: a) Do posicionamento crítico de Machado de Assis aos muitos “ismos” surgidos no século XIX: darwinismo, positivismo, evolucionismo. b) Da admiração de Machado de Assis pelos muitos “ismos” surgidos no início do século XX: futurismo, impressionismo, dadaísmo. c) Da capacidade de Machado de Assis em antever os muitos “ismos” que surgiriam no século XIX: darwinismo, positivismo, evolucionismo. d) Da preocupação de Machado de Assis com a transmissão de conhecimentos filosóficos consolidados na época. e) Da competência de Machado de Assis em prever as guerras que aconteceriam no século XX. 3-Ao definir a paz como “destruição” e a guerra como “conservação”, o autor: a) Serve-se de um recurso argumentativo incompatível com a realidade a que se refere. b) Critica aqueles que sentem repugnância ou pedem misericórdia para os povos derrotados na guerra. c) Baseia-se em uma forma de raciocínio relacionada a uma situação hipotética específica. d) Procura comprovar que, embora pareça ser uma solução, a guerra traz grandes prejuízos à humanidade. e) Refere-se à guerra para destacar as diferenças entre o funcionamento da economia nas sociedades primitiva e moderna. 4. (UFLA) Com relação à leitura da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, no trecho em que o filósofo diz que Humanitas é o princípio, entende-se que:

a) o homem está fadado a fracassar sempre no fim de sua existência. b) viver é sobreviver a qualquer custo (Lei do mais forte). c) deve-se viver sem solidariedade, porque "o homem é o lobo do próprio homem." d) os homens podem viver em harmonia, sendo a guerra, portanto, dispensável. e) o amor do cão pelo seu dono é o único amor desinteressado.

6- Por que o narrador afirma que, rigorosamente, não existe morte?

R - Porque a morte de uma expansão implica a sobrevivência de outra. 7- Na oposição guerra e paz, explique por meio do exemplo a ideia de paz como destruição e a de guerra como conservação. R- Como as batatas não são suficientes para nutrir as duas tribos, a paz leva ambas à destruição. Se, por outro lado, há guerra, as batatas garantem a sobrevivência da tribo vitoriosa; logo, a guerra é a conservação da espécie.

8- Considerando que a vitória de uma tribo sobre outra exemplificaria a teoria do humanitismo, qual é, portanto o princípio básico dessa teoria? R - É de que somente os mais fortes sobrevivem; esse é o princípio regulador da existência humana.

9- Explique o fundo de ironia que existe na frase " ao vencedor, as batatas" R- No contexto, as batatas significam a sobrevivência. porém, com a frase, o autor ironiza a condição humana: em vez de troféus, o vencedor ganha as batatas.

10- Relacione a teoria do Humanitismo à teoria de Charles Darwin. R- A teoria do Humanitismo apresenta alguns dos conceitos da seleção natural de Darwin.

Questões extraídas de: CEREJA, W. Roberto; MAGALHÃES T. Cochar, Português Linguagens, São Paulo 2005: Saraiva www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues disponível em 20/08/13

6.6 - LIVRO DOM CASMURRO . Primeiramente fazer um relato do livro, o enredo, os personagens, o narrador, o motivo do narrador personagem relatar a sua vida. . Fazer a leitura do texto. . Apresentar trecho do filme. . Por meio de questões, fazer uma análise psicológica dos personagens. . Abordar a temática do ciúme, desconfiança, sentimento de posse, sentimentos esses que levam pessoas a atitudes extremas e doentias

http://www.youtube.com/watch?v=04PGVBRQ7_s

6.6.1 - CAPÍTULO 32 - OLHOS DE RESSACA Neste capítulo, Bento Santiago, revela o poder de atração que tinha os olhos de Capitu sobre ele, quando eram adolescentes.

6.6.2 - CAPÍTULO 33 - O PENTEADO Neste capítulo, Bento Santiago, relata quando ao pentear os cabelos de Capitu, é surpreendido por um beijo dela. 6.6.3 - CAPÍTULO 34 - SOU HOMEM! Neste capítulo, Bento Santiago revela o sentimento causado pelo primeiro beijo entre ele e Capitu.

http://www.youtube.com/watch?v=p300BYIrrqY

ATIVIDADES REFERENTE OS TEXTOS 1- Segundo o crítico literário Antonio Candido, o narrador Dom Casmurro simultaneamente opõe ao ângulo da reconstituição do passado o ângulo do próprio momento da evocação, dando ao leitor uma dupla visão dos fatos, ou seja, ao mesmo tempo que os expõe, analisa-os. Indique no texto um trecho em que o narrador expõe um fato acontecido no passado e ao mesmo tempo o analisa, permitindo que o leitor veja sob duplo enfoque.

R O narrador interrompe a narrativa e comenta sobre os olhos de Capitu: "Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acodem imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram". 2- Por que o narrador caracteriza os olhos de Capitu como "olhos de ressaca"? R- Por causa do poder de atração que eles exercem sobre Bentinho.

3- Caracterize psicologicamente Capitu com base no comentário de José Dias a respeito dos olhos dela, no diálogo que Capitu mantém com Bentinho e na narração de Bentinho. R- Capitu é esperta, hábil, doce e misteriosa. Sabe se sair bem das situações e sabe o que quer.

4- Os caracteres de Bentinho contrastam nitidamente. Qual dos dois tem caráter mais forte? Retire do texto um trecho que justifique sua resposta. R- Capitu. Por exemplo, ao receber respostas evasivas de Bentinho sobre se José Dias havia intercedido junto à mãe em favor dele, Capitu explode: "É um inferno isto, você teime com ele, Bentinho"

5- Releia o trecho seguinte, dando especial atenção aos verbos creio, imaginou e atribuo: " A demora da contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento. imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que..." . Você acha que o narrador-personagem tem uma visão onisciente dos fatos? Justifique. R- Não, ele tem uma visão parcial dos fatos. Por exemplo, quando se demora na contemplação dos olhos de Capitu, ele interpreta o pensamento dela imaginando que a garota podia estar supondo que aquele gesto era um pretexto para mirar de perto seus olhos.

6- Este capítulo relata o início do envolvimento amoroso de Bentinho com a vizinha e amiga Capitu. Na ocasião, estudava num seminário, preparando-se para ser padre, o que torna o romance proibido. Tendo em vista os textos lidos, que momento pode ser interpretado como clímax da narrativa? R- O beijo entre Capitu e Bentinho.

7- Os textos machadianos são marcados por interpolações (comentários que aparecem no texto, geralmente entre parênteses), muitas vezes em tom irônico, sarcástico. Identifique uma interpolação presente no texto e comente: porque podemos chamá-la de irônica? Transcreva elementos do texto que comprovem sua resposta. R- (perdoai a barateza) mostrava a condição social de Capitu. (espelhinho de Pataca, moldura tosca, argolinha de latão, etc.)

8 - "Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada". Qual a insinuação presente nesse julgamento de José Dias? R - De que Capitu é falsa

09- Qual a semelhança entre a metáfora de José Dias ( olhos de cigana oblíqua e dissimulada) a respeito dos olhos de Capitu e a comparação criada por Bentinho (olhos de ressaca) ao referir-se a eles? Justifique. R Que os olhos de cigana oblíqua e dissimulada atraem perigosamente. Como uma ressaca do mar.

10 - Ao apresentar o perfil de Capitu, Machado de Assis revela traços da psicologia feminina: a arte de dissimular e a capacidade que tem a mulher para sair-se bem de situações embaraçosas, como, aliás, se pode ver em outras obras machadianas. É certo afirmar que Capitu tinha tendências a mentira? Justifique. R Capitu disfarçou rapidamente o embaraço causado pelo beijo.

11- A sedução de Capitu aparece causando intensa emoção a Bentinho. Você acha que Bentinho realmente não terá um futuro brilhante por não conseguir segurar suas emoções? Justifique. R- Resposta pessoal. ( Espera-se que o aluno entenda que na vida as pessoas precisam saber equilibrar razão e emoção. E que é necessário ter o domínio destas para se possa raciocinar com lucidez).

12- Aqui o autor torna explícita a beleza de Capitu e o encanto de Bentinho, desde moleque pela moça. Você concorda com Bentinho quanto a beleza da moça ou há outros motivos para mostrá-la assim? Justifique. Resposta pessoal ( Espera-se que o aluno entenda que o magnetismo de Capitu não esteja em seus atributos físicos e sim em sua personalidade misteriosa e envolvente).

13- A imagem poética central do texto em questão recorre a elemento da natureza (ressaca do mar) para caracterizar o olhar da protagonista na narrativa. O que o autor sugere com estas metáforas?

R- Como a ressaca do mar atrai, submerge o indivíduo para dentro de si, o olhar de Capitu fazia o mesmo em relação a Bentinho.

Questões extraídas de: miriamfajardo.blogspot.com.br/2010/10/d-casmurro-olhos-de-ressaca.html CEREJA, W. Roberto; MAGALHÃES T. Cochar, Português Linguagens, São Paulo: Saraiva, 2005. AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino; Novas Palavras: São Paulo, FTD, 2010.

6.6.4 - CAPÍTULO 123 - OLHOS DE RESSACA Neste capítulo, Bento Santiago, relata o comportamento de Capitu durante o velório de seu amigo Escobar. ANÁLISE DO TEXTO O romance Dom Casmurro é narrado em primeira pessoa. Bentinho, depois de velho, tenta reconstituir a história de sua vida. O foco narrativo em primeira pessoa, compromete a objetividade da história, pois os fatos chegam até nós exclusivamente através de Bentinho. Por isso, a ambiguidade marca todo o texto e, acabada a leitura, não temos certeza se Capitu traiu ou não o marido. O enterro de Escobar, foi o momento crucial para a vida do narrador-personagem Bentinho. Quando este percebe uma lágrima no rosto de Capitu no momento do sepultamento do amigo Escobar, cria-se a partir daí um conflito que estende-se por toda a sua vida. A dúvida, alimentada por um ciúme doentio que acaba por destruir não só a sua própria vida, que acaba solitário, casmurro, mas também a vida do filho e da mulher. http://www.youtube.com/watch?v=XyqkipXu4vE

ATIVIDADE COM A CLASSE Trabalha-se o texto e o video, recorte do filme Capitu. Trabalhar a questão dos relacionamentos, abordar a temática do ciúme, desconfiança, sentimento de posse, que muitas vezes levam pessoas a atitudes extremas e doentias. Citar exemplos da vida real. ATIVIDADES REFERENTE O TEXTO

Com base no texto e seus conhecimentos sobre a obra, assinale a resposta correta nas questões de 1 e 2. 1- De acordo com o texto, é correto afirmar: A) Diante do trecho acima transcrito, compete ao leitor acreditar ou não nas palavras do narrador uma vez que apenas suas palavras fazem-se presentes. B) Capitu, embora seja vista apenas pelo narrador, apresenta um comportamento ambíguo, pois não quer que as pessoas notem seu amor por Escobar. C) O comportamento dissimulado caracteriza Capitu, como deixam claras as palavras do narrador, seu marido, efetivadas logo após o enterro do amigo. D) Diante das palavras seguras do narrador, ex-seminarista e advogado, resta ao leitor a segurança de que Capitu era uma mulher adúltera.

E) As palavras do ex-seminarista e advogado competente são a garantia da veracidade da cena descrita na qual Capitu fixa apaixonadamente o cadáver do amigo. 2- A denominação do capítulo, “Olhos de ressaca”, é resultante da leitura que o narrador faz: A) Do mal-estar de Sancha diante do corpo inerte do marido. B) Da agressividade incontida do olhar de Bentinho em direção a Capitu. C) Do desejo detectado no olhar de Capitu de apossar-se de Escobar. D) Da força e do ímpeto presentes nos olhos de Capitu dirigidos ao marido. E) Do mal-estar de Capitu provocado pela noite passada em claro. 3- O trecho acima, do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, autoriza o narrador a caracterizar os olhos da personagem, do ponto de vista metafórico, como: A) olhos de viúva oblíqua e dissimulada, apaixonados pelo nadador da manhã. B) olhos de ressaca, pela força que arrasta para dentro. C) olhos de bacante fria, pela irrecusável sensualidade e sedução que provocam. D) olhos de primavera, pela cor que emanam e doçura que exalam. E) olhos oceânicos, pelo fluido misterioso e enérgico que envolvem. 4- No trecho, o narrador caracteriza os olhos de Capitu pelo poder que têm de atrair, de arrastar para dentro como o mar em ressaca, o que se evidencia na passagem: “(...) como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã”. Sobre o texto e sobre a obra machadiana de onde ele foi retirado, analise as seguintes afirmações. 1) O capítulo 123 é de capital importância para o romance em questão, pois relata o momento em que, para Bento Santiago, Capitu deixou claros indícios de que o traía com Escobar. 2) “Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencesse a si mesma”. Esse trecho indica que Capitu, ao contrário dos outros que estavam no velório, não sentia tristeza. 3) “Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala”. Ao se referir ao gesto furtivo de Capitu para enxugar as lágrimas, o narrador chama a atenção para a timidez e o recato da esposa, característica indicada em outros momentos do romance.

Está(ão) correta(s): A) 2 e 3 apenas C) 1 apenas E) 1, 2 e 3 B) 3 apenas D) 1 e 2 apenas

5- O personagem-narrador do romance "Dom Casmurro" encontra-se, no capítulo transcrito, angustiado pela dúvida: o possível adultério de sua esposa, Capitu, com seu melhor amigo, cujo velório ora se narra. O título "Olhos de Ressaca" pode ser justificado pela seguinte passagem:

a) "Capitu olhou alguns instantes para o cadáver" b) "olhando a furto para a gente que estava na sala." c) "Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la;" d) "como se quisesse tragar também o nadador da manhã." 6- Por que essa passagem do velório de Escobar é importante no desenvolvimento do romance de Machado de Assis? R- Por que marca o momento em que Bentinho começa a desconfiar que Capitu o traiu com o amigo. (ao ver a lágrima em seus olhos)

7- Que reação o olhar de Capitu provoca em Bentinho? R - Ele para de chorar e observa a esposa.

08 - Explique a conotação da frase: "... grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã". R - O olhar de Capitu parecia querer reter, engolir a imagem do defunto.

09- Em algumas passagens do texto, o narrador - Bentinho - insinua que Capitu dissimulava seus sentimentos. Cite duas passagens. R - Parecia vencer-se a si mesma. Capitu enxugou-os depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala.

10- A referência aos olhos de Capitu, "grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã", permite afirmar que eram:

a) olhos de primavera. b) olhos de espanto. c) olhos de desespero. d) olhos de contemplação. e) olhos de ressaca.

Questões extraídas de: Ohttp://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues/dom_casmurro/ FARRACO E MOURA - Língua e Literatura- São Paulo : Ática,1991. Anglo vestibulares Português, Literatura: Funvest/Unicamp 2007, São Paulo: Anglo 2007. 6.7 - ATIVIDADES COM CONTOS . Depois de lido os textos, assistido aos vídeos, feita a análise e atividades referente os recortes dos romances dos livros acima citados, serão desenvolvidos trabalhos em grupos com os alunos a partir dos seguintes contos de Machado de Assis: O Espelho, O Caso da Vara, Pai contra mãe, A Cartomante, A Carteira, Capítulo XXI de Memórias Póstumas de Brás Cubas - O Almocreve. . Em grupos de quatro a cinco alunos, distribuir os seis contos, para que cada grupo leia um e apresente aos demais colegas. Será solicitado que seja feita uma análise do conto, com abordagens como: o porquê do título, o enredo, personagens e suas características psicológicas, ambiente, e o tema abordado a partir daquele

enredo. Citar exemplos de situações que atualmente estão de acordo com o devido tema. . Após leitura e análise dos contos, os grupos deverão apresentar, utilizando méto dos audiovisuais, (slides, video clip, produção de filmes) os contos aos demais colegas, bem como as reflexões feitas nos grupos a partir daquela leitura. 6.8 - PRODUÇÃO TEXTUAL . Após a apresentação dos grupos, fazer a leitura dramatizada com a turma toda do conto UM APÓLOGO. Após a discussão, análise e exercícios referente o conto,

solicitar uma produção textual, escrever um apólogo.

6.8.1 UM APÓLOGO Neste conto, ocorre um diálogo entre uma agulha e uma linha e uma reflexão referente o papel que cada um representa na sociedade.

6.9 CRIAR UM BLOG . Criar um blog e postar as produções dos alunos. 7.0 CRONOGRAMA DE AÇÕES

01/04/14 a 30/04/14 - 16 aulas - leitura, exercícios, análise dos textos e apresentação dos vídeos 01/05/14 a 10/05/14 - 4 aulas - leitura dos contos em grupos 11/05/14 a 25/05/14 - 6 aulas - apresentação dos contos 26/05/14 a 31/05/14 - 4 aulas - leitura e produção

8.0 REFERÊNCIAS

AMARAL, E.; FERREIRA, M.; LEITE, R.; ANTÔNIO, S. Novas Palavras. São Paulo:

FTD, 2010.

ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Abril

Cultural, 1978.

ASSIS, M. de. Para Gostar de Ler. Volume 9, Contos". Editora Ática - São

Paulo, 1984.

CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e cultura. São Paulo:

USP,1972.

CÂNDIDO, A. O direito à literatura. Ciência e Cultura. São Paulo: Duas

Cidades, 1995.

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES T. C. Português Linguagens. São Paulo:

Saraiva, 2005

COUTINHO, A. A literatura no Brasil. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de

Janeiro, 2003.

FARRACO C. E.; MOURA F. M. Língua e Literatura. São Paulo: Ática,

1991.

FIORIN J. L.; SAVIOLI F. P., Para Entender o Texto. São Paulo: Ática,

1995.

FREDERICO, E.Y,; OSAKABE, H. PCNEM - Literatura. Análise crítica. In: MEC/SEB/

Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino

Médio. Brasília: 2004.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua

Portuguesa. 2008.

MOÇO, A. Machado, um clássico para todos. In: Revista Nova Escola, n. 215, São

Paulo: Editora Abril, Setembro 2008.

SÁ, O. de. Introdução. In: GUIMARÃES, R. de. Contos de cidadezinha. São Paulo:

Donato,1996.

SANCHO J. M. Para uma Tecnologia Educacional. São Paulo: Artemed,

2001.

VERÍSSIMO, J. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Jose

Olympo, 1954.

WEISS, A.M.L. CRUZ, M.L.R.M, A Informática e os Problemas Escolares de

Aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

REFERÊNCIAS ON-LINE

Anglo vestibulares Português, Literatura: Funvest/Unicamp 2007, São Paulo: Anglo

2007.

http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/08/uma-breve-analise-redacional-de-

um.html

http://miriamfajardo.blogspot.com.br/2010/10/d-casmurro-olhos-de-ressaca.html

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/banco_de_questoes/portugues/dom_ca

smurro/

http://www.youtube.com/watch?v=7JNnDWPgpm4

http://www.youtube.com/watch?v=m3oFd_IzVwE

http://www.youtube.com/watch?v=yVGJ9WSQWi4

http://www.youtube.com/watch?v=AdbRkayDkCI

http://www.youtube.com/watch?v=qni9uuWSd5s

http://www.youtube.com/watch?v=p300BYIrrqY

http://www.youtube.com/watch?v=XyqkipXu4vE

http://www.youtube.com/watch?v=MI7SRhtLFRE

http://www.youtube.com/watch?v=04PGVBRQ7_s

Filme : Memórias Póstumas de Brás Cubas. Duração 100 minutos Roteiro: André

Klotzel, baseado em livro de Machado de Assis, 1985 Globo Filmes.