OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia a dia e que apresentam

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: Uma Proposta da Leitura Semiótica a partir das obras de Cândido Portinari

Autor: Sueli Maria Mori Pavani

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf

Rua Arlindo Marquezini, 885

Município da escola: Maringá

Núcleo Regional de Educação: Maringá

Professor Orientador: Luciane Braz Perez Mincoff

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá

Relação Interdisciplinar:

O trabalho busca a interdisciplinaridade entre a Língua Portuguesa e Arte, porém perpassam pelos encaminhamentos propostos as demais disciplinas do currículo para a modalidade de ensino proposta.

Resumo:

Partindo de uma proposta de intertextualidade entre a Língua Portuguesa e Arte, esta produção didático-pedagógica se justifica pela necessidade de instrumentalizar os professores no encaminhamento dos trabalhos, visando o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita.

Palavras-chave: Leitura, releitura, compreensão, produção.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público:

Professores de Língua Portuguesa, Arte e alunos do 8º ano do Ensino Fundamental

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

SUELI MARIA MORI PAVANI

UMA PROPOSTA DE LEITURA SEMIÓTICA A PARTIR DAS OBRAS DE

CÂNDIDO PORTINARI

Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). NRE – Maringá

MARINGÁ – PR 2014

APRESENTAÇÃO

Caro professor, esta Produção Didático-Pedagógica apresenta o material didático com encaminhamento didático-metodológico para os professores e com as atividades a serem desenvolvidas com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. A presente proposta será implementada no Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf - Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Maringá.

Por meio das atividades propostas nesta produção Didático-Pedagógica será trabalhada a leitura/releitura de obras de Cândido Portinari partindo da análise, reflexão, discussão, debate, compreensão, interpretação à produção textual escrita, visando despertar no aluno a imaginação, o senso crítico e cultural, bem como o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para o domínio e uso social da oralidade, leitura e escrita. Este material propõe o trabalho com as disciplinas de Língua Portuguesa e Arte, relacionando-se de forma interdisciplinar com as demais disciplinas da modalidade de ensino do público a ser atendido.

Propõe-se o trabalho de intertextualidade entre os gêneros textuais da linguagem verbal e não verbal fazendo uso da semiótica. A intertextualidade será garantida por meio de exercícios orais e escritos, objetivando promover o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a formação do sujeito crítico, capaz de fazer, efetivamente, a leitura de mundo para exercer da cidadania.

O trabalho com a diversidade de gêneros textuais envolverá a intertextualidade entre crônica, caricatura, obras de arte, vídeos, textos informativos, letra de música dentre outros, possibilitando a análise da estrutura textual característica de cada gênero textual. O trabalho de leitura e releitura dos diferentes gêneros que circulam no meio social tem por objetivo subsidiar o aluno na produção de texto escrito do gênero escolhido. Este material didático de intervenção pedagógica será desenvolvido no 8º ano do Ensino Fundamental no primeiro semestre de 2015, na cidade de Maringá, Estado do Paraná e com os professores do GTR (Grupo de Estudos em Rede) por meio do trabalho coletivo. Conhecer as obras do artista, sua diversidade cultural, a problemática social, entre outros, será uma estratégia de aproximação entre obra/artista, com o propósito de incentivar o desenvolvimento da oralidade dos alunos através da contação de histórias partindo da análise e reflexão das obras observadas. Assim, um dos objetivos deste trabalho é contribuir para que o aluno possa transpor o olhar em palavras, ampliando sua compreensão estética, promovendo a geração de uma infinidade de leituras e instrumentalizando o aluno partindo de uma nova dinâmica de trato com a produção textual escrita. Dentre os objetivos deste trabalho podemos elencar a possibilidade de promover momentos de reflexão que possam contribuir para criação de estratégias e métodos de leitura semiológica que contribuam para a aproximação do aluno em relação a obra/autor, levando-os a compreensão e interpretação do texto não verbal e a percepção da intertextualidade entre este e o texto escrito, desenvolvendo no aluno habilidades e competências do domínio das técnicas da oralidade, leitura e práticas de escrita. A proposta Didático-Pedagógica busca instrumentalizar o professor na ação

como docente, contribuindo para o desenvolvimento de uma proposta que envolva a participação ativa dos estudantes no processo educacional de modo que estes compreendam que por meio do estudo das diferentes linguagens e gêneros textuais é possível ampliar o entendimento das relações dialógicas.

Espera-se que o público alvo da pesquisa sinta-se motivado a participar efetivamente das atividades propostas e que, por meio do desenvolvimento desta proposta, seja capaz de perceber os elementos da linguagem verbal e não verbal transpondo-os às suas produções textuais. O trabalho com obras de arte é de fundamental importância para o desenvolvimento integral do aluno, pois contribui para a reflexão e a identificação de elementos que possibilitam o desenvolvimento da sensibilidade e do senso crítico, isso porque a arte tem o poder de dar significado e essência ao mundo das ideias. A leitura, análise e reflexão das obras de arte tira o aluno do mundo das ideias e leva-o ao mundo dos sentimentos, das emoções. Assim, a arte possibilita a ligação entre o mundo da ideia e do sentimento contribuindo para a construção de um novo saber.

Para concretizar esta proposta serão utilizadas as obras de Cândido Portinari “Meninos Soltando Pipas”; “O Lavrador de Café” e “Café”; a música: “Bola de Meia, Bola de Gude”, de Milton Nascimento e Fernando Brant; “O Cio da Terra” de Milton Nascimento e Chico Buarque; “Obrigado ao Homem do Campo”, de Dom e Ravel; o vídeo: “Retratos da Infância”, de Cria Mineira disponível http://www.youtube.com/watch?v=UFUW-U0pC70 e textos informativos abordando o assunto/ tema “Trabalho”.

TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL

Compreender a diferença entre Tipologia e Gênero Textual é importante

para direcionar o trabalho do professor de Língua Portuguesa no trabalho com a oralidade, leitura, compreensão, interpretação e produção textual.

Para Marcuschi (2002), Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Para Marcuschi (2002), o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição relativa aos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas dentre outros.

Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia a dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.

O trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus mais diversos usos autênticos no dia a dia, pois a aquisição do conhecimento da funcionalidade dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos (MARCUSCHI, 2002).

http://www.youtube.com/watch?v=UFUW-U0pC70

O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor de Língua Materna hoje, não mais visto apenas como um especialista em textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e concretizado pela adoção de algumas estratégias como as apresentadas nesta Produção Didático-Pedagógica. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores das produções. A avaliação dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literários ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é aquele que apresenta, ou só apresenta características literárias, mas aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.

Abordando os gêneros, a escola possibilita ao aluno a oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia a dia da interação humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua constituição como sujeito, contribuindo para o exercício da interação humana, da participação social dentro de uma sociedade letrada.

DEFINIÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL: CRÔNICA

Segundo Amaral (2008), crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego “chronos” que significa “tempo”. Perfazendo-se de poucos personagens ou isentos dos mesmos tem como tema fatos corriqueiros inerentes ao cotidiano social, político ou cultural. Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. A crônica é um texto essencialmente veiculado por jornais e revistas, razão pela qual oscila entre o jornalismo e literatura pelo fato de que o emissor parte da observação dos fatos reais, embora os relate de forma predominantemente subjetiva. Entretanto, este lado poético cede lugar a um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada como forma de protesto em função de um fato polêmico. Atribui-se a este caso o que denominamos de crônica argumentativa. A crônica argumentativa consiste em um tipo mais moderno de crônica, no qual o cronista expressa o seu ponto de vista em relação a uma problemática da sociedade. Tal posicionamento materializa-se por meio da argumentação e da exemplificação. Neste caso, a ironia e o sarcasmo são usados como instrumento para transmitir uma opinião e abordar um determinado assunto (AMARAL, 2008).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CRÔNICA

A CRÔNICA é um texto narrativo que em geral:

Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns do dia a dia.

Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes

genéricos.

As personagens não têm aprofundamento psicológico; são apresentadas em

traços rápidos.

É organizado em torno de um único núcleo; um único problema.

Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.

Texto curto.

PROFESSOR, após apresentar as características que devem estar presentes nas crônicas para que os alunos percebam que a crônica, ao partir de um fato do cotidiano aparentemente banal, alcança a atenção e emociona o leitor por meio do olhar do cronista, apresente e leia com os alunos a crônica “A Bola”, de Luis Fernando Veríssimo disponível em:

http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2013/06/a-bola-luis-fernando-verissimo.html



Após a discussão oral solicite a interpretação escrita do texto perguntando:

1) Quem são os personagens?

2) Qual o nome dos personagens?

3) Qual o fato narrado?

4) A crônica se baseia em fatos do cotidiano?

5) Por que o garoto não se interessou pela bola?

O fato de o menino procurar um manual de instrução para a bola é um aspecto irônico/humorístico do texto, pois critica o modo como às crianças se relacionam com os brinquedos na atualidade. Mostra que muitas vezes a crônica serve para fazer uma crítica social.

COMPREENDENDO MELHOR A ARTE

De acordo com Oliveira e Garcez (2004), desde a pré-história o homem

sempre procurou representar, por meio de imagens, a realidade em que vive, registrando por meio de símbolos, ícones, desenhos, imagens e gravuras a representação das pessoas, animais, objetos e elementos da natureza e os seres (divindades) que imagina. Os primeiros registros da arte na civilização são as pinturas rupestres encontradas nas paredes das cavernas.

Fiorin (2006) destaca que a Arte é uma forma do ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. Por meio da arte o homem é capaz de criar e transmitir suas ideias, sensações, culturas e sentimentos utilizando diferentes formas de comunicação.

Fischer (2002) ressalta que a arte desenvolve no ser humano a sensibilidade, a imaginação e a percepção, além de propiciar conhecimento artístico, apreciação e reflexão sobre diferentes culturas, podendo ser: visuais, musicais, simbólicas, teatro, dança, etc.

O campo artístico nos revela os valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte se esforça na tarefa de relacionar estes vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir dessa ação, a arte passa a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que o artista disse através da obra.

Através da arte o indivíduo pode se libertar da racionalidade, construir formas, descobrir a si próprio, criar, sonhar. Pela arte é possível conseguir concretizar sentimentos e experiências, ela nos põe em contato ainda com

realidades que de outra forma não teríamos acesso por estarem mais distantes do nosso cotidiano, despertando em nós sentimentos perante essas situações não vividas. (BARBOSA, 1999).

PROFESSOR, após a leitura, compreensão e interpretação da crônica “A Bola”, de Luis Fernando Veríssimo, apresente aos alunos o VÍDEO “Retratos de Infância”, de Cria Mineira disponível em:


Após discussão oral solicite a interpretação escrita do VÍDEO perguntando:

1) Quais as brincadeiras que o vídeo mostra?

2) Você conhece alguma dessas imagens?

3) O vídeo desperta em você sensações boas ou ruins? Justifique.

DEFINIÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL: BIOGRAFIA E AUTOBIOGRAFIA

Para Schneuwly (1994), podemos considerar gêneros textuais como as diversidades de textos que encontramos em múltiplos ambientes de discurso na sociedade, eles podem ser considerados como instrumentos que possibilitam a comunicação.

O gênero de texto que conta a história da vida de alguém se chama biografia (“bio”, vida e “grafia”, escrita). É um gênero de narrativa não ficcional na qual os fatos podem ser contados em ordem cronológica, ou seja, do nascimento à morte.

A biografia é composta por elementos e fatos da trajetória da própria vida de uma pessoa é um documento escrito que conta a vida de uma determinada personalidade, respeitando a ordem cronológica. Na biografia devem constar datas, lugares, pessoas, acontecimentos marcantes da vida dessa personalidade.

A biografia é redigida na terceira pessoa e pode apresentar-se, quer como um relato meramente informativo quer como uma narrativa em que se evidenciem e valorizem aspectos marcantes do percurso do biografado. (BORN, 2011).

Com relação à autobiografia é a biografia escrita pela pessoa de quem a narrativa fala, portanto, é redigida na primeira pessoa, sendo o resultado do levantamento da própria existência do autor.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA BIOGRAFIA

A BIOGRAFIA é um texto narrativo que em geral:

Preza pela veracidade dos fatos.

Deve evitar julgamento de valor, expressões adjetivas que indiquem a opinião

do autor a respeito das informações que apresenta.

Os acontecimentos devem estar ordenados em sequência temporal, ou seja,

do mais antigo para o mais recente.

Deve haver um trabalho prévio de seleção das informações, que possam ser

consideradas relevantes para o leitor.

PROFESSOR, após a interpretação escrita do vídeo “Retratos de Infância”, de Cria Mineira, apresente a BIOGRAFIA com foto e/o AUTORRETRATO, de Cândido Portinari disponível em:

http://www.terra.com.br/diversao/portinari/biografia.htm

https://www.google.com.br/search?q=biografia+e+foto+de+candido+portinari&espv=2&biw=911&bih=445&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=0ZlWV

Após leitura e discussão oral da biografia do autor, visando à identificação dos elementos que caracterizam o gênero textual em estudo, solicite aos alunos que:

1) Faça uma produção textual do gênero autobiografia.




PALAVRA E IMAGEM: LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

Conforme Kato (1995, p. 12), “o homem tem inerentemente uma

necessidade individual de se expressar e uma necessidade social de se comunicar”, e para efetivar esta comunicação, o homem expressa seu pensamento por meio de um conjunto de letras ou sons de uma língua, ou ainda, por meio de imagens, desenhos, ilustrações e gestos.

O homem utiliza em seu processo de comunicação tanto o sistema pictográfico (palavra) do qual resulta o texto verbal, quanto o desenho (imagem) do qual resulta o texto não verbal, desse modo, dizemos que quando o homem faz uso da palavra, quer seja oral, quer seja escrita, este está fazendo uso da linguagem verbal no qual o código usado para expressar a língua é um conjunto de sons ou letras de um determinado código linguístico.

A linguagem não verbal é aquela que faz o uso de imagens e ícones como meio de comunicação, ou seja, a linguagem não verbal não utiliza o código escrito da língua para explicar a mensagem desejada (KATO, 1995).

DEFINIÇÃO DE CARICATURA

De acordo com Lopes (1999), historicamente, a palavra caricatura é

oriunda do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção). Na caricatura, o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa. A caricatura é um desenho de pessoas, personagens da vida real, tais como políticos e artistas. Enfatiza e exagera as características da pessoa de forma humorística. Em algumas situações salienta gestos, vícios e hábitos particulares de cada indivíduo.

É uma arte onde são comuns a distorção e o uso de poucos traços. Relata-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa por meio do jogo com as formas. É comum o uso da caricatura nas sátiras políticas. (LOPES, 1999).

PROFESSOR, após produção textual do gênero autobiografia, trabalhe a definição do gênero textual caricatura, enfatizando as características desse tipo de produção, você pode apresentar o vídeo que demonstra a diferença entre caricatura e autorretrato disponível no link abaixo e incentivá-los a produção da caricatura de Cândido Portinari, partindo das imagens do autorretrato do artista.

http://www.youtube.com/watch?v=GENlS_JnVXI


Após a produção textual do gênero autobiografia. Solicite aos alunos que façam a reprodução do retrato do artista: 1) Faça uma caricatura a partir do retrato de Cândido Portinari.

DEFINIÇÃO DE PINTURA

Segundo Azevedo Júnior (2007), a pintura é uma técnica que utiliza pigmentos em forma líquida para colorir uma superfície, atribuindo tons e texturas, esta superfície pode ser tela, papel ou parede. A estrutura fundamental de uma obra é composta pela relação entre as massas coloridas, sendo a cor o elemento essencial da pintura, esta se diferencia do desenho pelo uso de pigmentos líquidos e do constante uso da cor, por muitos, sendo considerada por diversos pesquisadores como uma das mais importantes formas de expressão artística tradicional.

Azevedo Júnior (2007, p. 24) enfatiza que “enquanto técnica, a pintura envolve um determinado meio de manifestação (a superfície onde ela será produzida) e um material para lidar com os pigmentos (os vários tipos de pincéis e tintas)”.

Existem vários tipos de pintura, como: - Afresco: uma técnica tradicional de uso mais generalizado que consiste na

aplicação de pigmentos de cores diferentes, diluídos em água, sobre argamassa ainda úmida.

- Pintura a óleo: uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou papoula, cuja massa espessa apresenta a consistência da manteiga, e já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas é diluído em óleo ou terebintina (solventes).

- Pintura mural (muralismo ou parietal): executada ou aplicada sobre uma parede ou num painel montado numa exposição permanente.

- Pintura acrílica: técnica que consiste no uso de uma tinta sintética que pode ser dissolvida em água e pode ser usada em camadas espessas ou finas. Por meio deste tipo de pintura, o artista pode combinar as técnicas da pintura a óleo e da aquarela. A tinta guache misturada com cola resulta em tinta acrílica.

- Aquarela: esta é uma técnica de pintura em que os pigmentos são suspensos ou dissolvidos em água. O suporte mais comum para esse tipo de pintura é o papel com elevada gramatura (espessura do papel), porém, outros suportes como o papiro, a casca de árvore, o plástico, o couro, o tecido, a madeira e a tela também são utilizados.

- Guache: técnica do tipo de aquarela opaca, na qual o grau de opacidade depende da quantidade de pigmento branco adicionado à cor, normalmente, usa-

se uma quantidade suficiente para evitar que a textura do papel fique aparente através da pintura, com isso, o efeito da luminosidade das aquarelas transparentes não se forma neste tipo de pintura.

- Mosaico: uma técnica convencional de artes visuais na qual diferentes materiais (jornal, papéis e tecidos de todo tipo, madeira, vidros coloridos, pedras, cerâmica e objetos diversos) são aplicados (colados) em diferentes suportes criando, assim, um efeito diferente e interessante. “[...] a colagem passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura.” (AZEVEDO JÚNIOR, 2007, p. 26-27).

As obras de arte, bem como a pintura é uma forma de expressão artística carregada de ideias, ideais, sentimentos, pensamentos, emoções, conceitos, crenças, valores e concepções de mundo, sociedade, homem, etc., vinculados a um determinado tempo histórico.

PROFESSOR, peça aos alunos que observem a obra “Meninos Soltando Pipas”, de Cândido Portinari. As cores, a imagem, o ambiente retratado para que possam refletir sobre a obra que se encontra disponível em:

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=294&evento=1

Após a observação da obra “Meninos Soltando Pipas”, de Cândido Portinari, solicite que os alunos registrem as respostas das questões abaixo.

OBRAS DE CÂNDIDO PORTINARI


1) O quadro retrata uma brincadeira antiga e fascinante. Qual?

2) De que material ela é feita?

3) Relate o que você está vendo na obra. As cores, imagens, etc.

4) Que local é aquele onde a cena é representada?

5) Qual a maneira mais adequada, materiais e locais que não ofereçam perigos e causem acidentes dessa brincadeira?

6) Do que você mais brinca?

7) Quais sensações e sentimentos essa obra de arte desperta em você?

PROFESSOR, após observar e refletir sobre a obra “Meninos Soltando Pipas”, de Cândido Portinari, apresente para os alunos a letra/música: “Bola de Meia, Bola de Gude”, de Milton Nascimento e Fernando Brant para poderem perceber a intertextualidade entre a música e a obra, a letra da música que se encontra disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=vG1QVZDuP1o

http://letras.mus.br/milton-nascimento/102443/

Após apreciação solicite que os alunos registrem as respostas das questões abaixo.

1) A composição retrata que fase da vida humana?

2) Quem é esse menino/moleque que mora no coração do poeta?

3) O poema está dividido em três partes. Relacione as duas colunas e indique a ideia principal de cada parte.

A) A criança dá força ao adulto 1ª parte B) A criança está sempre presente em sua vida 2ª parte C) A criança lhe dá bons conselhos 3ª parte

4) O que o poeta lembra quando o menino lhe dá a mão?

5) Quais são as coisas boas que não deixarão de existir de acordo com o menino?

6) Explique o porquê do título “bola de meia, bola de gude”.

7) A música fala da infância de todos ou da do poeta? Explique.

8) O que tem de semelhante entre a obra “Meninos soltando pipas” e a música “Bola de meia, bola de gude”?



PROFESSOR, após a discussão oral e escrita das questões envolvendo os gêneros textuais em estudo, incentive os alunos a fazerem a releitura da obra “Meninos Soltando Pipas”, de Cândido Portinari.

Solicite aos alunos que se organizem em duplas ou equipes, e façam uma releitura artística da obra “Meninos Soltando Pipas”. Para desenvolver a atividade, os alunos podem usar técnicas variadas com tinta guache, colagem, tecido, etc. Se precisar, peça ajuda para o professor de Arte.

VAMOS FAZER ARTE!!!!!

Vamos trocar o pelo ? Ao se familiarizarem com as características do gênero crônica, com a leitura da crônica “A Bola”, com a letra da canção e com a leitura e releitura da obra “Meninos Soltando Pipas”, solicite que os alunos façam uma produção textual do gênero crônica. Durante a atividade, os alunos devem ser lembrados das características da crônica.

PROFESSOR, após a produção textual escrita do gênero crônica, apresente aos alunos as obras “Café” e “O Lavrador de Café”, de Cândido Portinari para análise, reflexão e resolução de atividades. As obras encontram-se disponíveis em:

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fportaldoprofessor.mec.gov.br%2Fstorage%2Fdiscovirtual%2Faulas%2F1377%2Fimagens%2Fportinari2.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fportaldoprofessor.mec.gov.br%2FfichaTecnicaAula.html%3Faula%3D1377&h=492&w=755&tbnid=JBNuFWmjTIFuJM%3A&zoom=1&docid=vVDMcIRYCST9XM&ei=yjdcVMn-Bc3fsASFxILgCA&tbm=isch&ved=0CBwQMygBMAE&iact=rc&uact=3&dur=252&page=1&start=0&ndsp=16 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fgaleriadefotos.universia.com.br%2Fuploads%2F2012_01_20_17_49_451.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fnoticias.universia.com.br%2Fdestaque%2Fnoticia%2F2012%2F01%2F23%2F906429%2Fconheca-lavrador-cafe-candido-portinari.html&h=1273&w=1008&tbnid=HL5ft14Wl0uLVM%3A&zoom=1&docid=bkXCjLK2exhkZM&ei=zjVcVIj0FMKHsQSbhYKQBQ&tbm=isch&ved=0CB0QMygAMAA&iact=rc&uact=3&dur=2464&page=1&start=0&ndsp=18

Solicite aos alunos que resolvam as atividades abaixo, partindo da análise da obra “Café”:

1) O que você vê nessa pintura? 2) Qual o tema retratado nessa pintura ? 3) Em que tipo de colheita estas pessoas estão trabalhando?

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fportaldoprofessor.mec.gov.br%2Fstorage%2Fdiscovirtual%2Faulas%2F1377%2Fimagens%2Fportinari2.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fportaldoprofessor.mec.gov.br%2FfichaTecnicaAula.html%3Faula%3D1377&h=492&w=755&tbnid=JBNuFWmjTIFuJM%3A&zoom=1&docid=vVDMcIRYCST9XM&ei=yjdcVMn-Bc3fsASFxILgCA&tbm=isch&ved=0CBwQMygBMAE&iact=rc&uact=3&dur=252&page=1&start=0&ndsp=16







http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fgaleriadefotos.universia.com.br%2Fuploads%2F2012_01_20_17_49_451.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fnoticias.universia.com.br%2Fdestaque%2Fnoticia%2F2012%2F01%2F23%2F906429%2Fconheca-lavrador-cafe-candido-portinari.html&h=1273&w=1008&tbnid=HL5ft14Wl0uLVM%3A&zoom=1&docid=bkXCjLK2exhkZM&ei=zjVcVIj0FMKHsQSbhYKQBQ&tbm=isch&ved=0CB0QMygAMAA&iact=rc&uact=3&dur=2464&page=1&start=0&ndsp=18







4) Nesta obra Portinari visualizava:

a) ( ) o desemprego c) ( ) a força do trabalho

b) ( ) o racismo d) ( ) a fraqueza das pessoas

5) Ao observar a obra você consegue relacionar no:

a) 1º plano ( ) a colheita

b) 2º plano ( ) homens carregando sacas

c) 3º plano ( ) um capataz exercendo sua autoridade

6) Dê um outro título a essa obra de arte.

7) A obra retrata uma cena urbana ou rural? Justifique.

8) Faça uma relação dessa pintura com o trabalho no campo nos dias atuais.

PROFESSOR, após realizar o debate para correção coletiva das atividades relacionadas à obra “Café”, incentive os alunos a realizarem as atividades propostas para o trabalho com a obra “O Lavrador de Café”.

Solicite aos alunos que resolvam as atividades abaixo, partindo da análise da obra “O Lavrador de Café”:

1) O que você vê na obra “O Lavrador de Café” em primeiro plano?

2) Descreva o quadro “O lavrador de Café”.

3) Coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso em relação ao quadro “O lavrador de Café”.

a) ( ) Representa a importância do trabalhador brasileiro

b) ( ) A enxada não é um instrumento utilizado por esse trabalhador

c) ( ) A árvore cortada representa o desmatamento

d) ( ) Seus pés e mãos não estão expressos de maneira exagerada

e) ( ) Seus pés e mãos são exagerados para representar a força.

4) Como é a expressão do rosto deste trabalhador?

5) Que partes do corpo do personagem desta obra mais chamaram a sua atenção? Por que você acha que foram retratadas dessa forma?

6) Que sentimento esta pintura lhe transmite?

7) Quais as cores que aparecem nestes quadros?

Quadro 1 ______________________________________________________

Quadro 2 ______________________________________________________

PROFESSOR, após realizar o debate para correção coletiva das atividades relacionadas à obra “O Lavrador de Café”, apresente para os alunos a letra da música “Cio da Terra”, composição de Milton Nascimento e Chico Buarque, importantes nomes da música popular brasileira disponível em:


Após ouvir a letra da música, solicite que registrem a interpretação da música respondendo as questões abaixo:


PROFESSOR, é importante que os alunos tentem explicar da forma que sabem, se necessário, auxilie-os.

Responda: 1) Quantos versos e quantas estrofes têm o poema (música) lido? 2) Explique o que é uma rima e retire do poema um exemplo de rima. 3) No poema, algumas palavras se repetem. Copie-as.

VAMOS RELEMBRAR!!!!!

Cada linha métrica do poema é um verso.

Cada conjunto de versos é uma estrofe.

Este poema possui rimas.

Rima é a repetição de sons no final dos versos de um poema

4) Retire da letra da canção “Cio da Terra”, todos os verbos que estão no

infinitivo que representam as ações em cada estrofe.

VAMOS RELEMBRAR!!!!!

Os verbos possuem formas nominais, isto é, que não expressam com

exatidão o tempo ou modo em que se dá o fato. Uma dessas formas é o

infinitivo. Ele aparece com a terminação: ar – er – ir e, às vezes, or.

5) Explique o título da música “Cio da Terra”. 6) Leia a última estrofe da música e explique o que você entendeu. 7) Assinale a alternativa que retrata o tema na letra dessa canção. a) ( ) a fertilidade da terra.

b) ( ) a importância do trabalho do campo.

c) ( ) o descaso com a plantação.

c) ( ) a prosperidade do homem do campo.

8) Encontre no caça-palavras as palavras abaixo que estão presentes na música

“Cio da Terra”.

BAGO - TRIGO – CANA – GARAPA – TERRA – MEL – CIO – PÃO – MILAGRE

B G D P C A O M U A

A E S G I I L I E P

G R E A U F O L I L

O T R R T R H A O O

N U T A R O N G L L

V I A P E G B R M T

T O B A C I O E N E

K P N O A R U E B R

P A M I R T E R G R

C O A A S D F G H A

9) Reescreva as frases substituindo as palavras grifadas pelo seu significado:

a) Recolher cada bago do trigo.

b) Forjar no trigo o milagre do pão.

c) Decepar a cana.

PROFESSOR, após a realização das atividades sobre a letra da música “Cio da Terra”, composição de Milton Nascimento e Chico Buarque, apresente para os alunos a música “Obrigado ao Homem do Campo”, de Dom e Ravel disponível em:

http://letras.mus.br/dom-ravel/487572/

Após ouvir a letra da música, solicite que registrem a interpretação da música respondendo as questões abaixo. Se precisar, retome o que já foi estudado para responder as questões abaixo:

1) Retire do poema 3 pares de rimas

__________________/_________________

__________________/_________________

__________________/_________________

2) Quantos versos e quantas estrofes aparecem no poema?

________ versos e ________ estrofes

3) A quem é feito o agradecimento da música? 4) Que agradecimento o eu-poético faz?

5) Explique o que você entende pelos versos:

“Deus abençoe os braços que fazem o cultivo do chão”

6) O homem que trabalha no campo é mais importante que o homem que trabalha na cidade? Por quê?


7) Para você que diferença existe entre a vida do campo e a vida da cidade?

8) Qual a importância do trabalho realizado no campo?

9) Quais as dificuldades do trabalho no campo?

10) Por que as pessoas saem do campo para viver nas cidades?

11) Você gostaria de morar no campo? Justifique.

12) Complete a cruzadinha abaixo com palavras que representam:

vantagem (sossego ar puro - tranquilidade) e, desvantagem (trânsito - poluição - criminalidade) de morar no campo.

P A

S O S S E G O R

L *

U P

I C U

C R R

T R A N S I T O

R O M

A I

N N

Q A

U L

I I

L D

I A

D D

A E

D

E

PROFESSOR, o texto abaixo aborda o tema sobre o homem do campo e suas dificuldades. Leia com seus alunos e instigue-os a responderem as atividades.

O DURO TRABALHO DE QUEM TRABALHA NO CAMPO

Certas pessoas imaginam que viver no campo é estar no paraíso; tranquilidade, paz e pouco trabalho. Mas as coisas não são bem assim. Lá também as pessoas trabalham, e muito, para produzir os alimentos que consumimos nas cidades.

O trabalho no campo não se desenvolve de maneira homogênea, existem diversas formas de relação. Desse modo, são classificadas em:

• Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam terras do governo com a finalidade de desenvolver a agropecuária.

• Parceiros: São parcerias fixadas entre o dono de terras e um trabalhador rural. Dessa forma, um disponibiliza o espaço agrário e outro a força de trabalho. Ao fim do processo, toda a produção é dividida conforme acordo pré-estabelecido, para determinar o percentual que cabe para cada uma das partes.

• Pequenos proprietários: São pequenos produtores rurais que atuam em sua terra, geralmente com mão-de-obra familiar. A produção gerada na propriedade é destinada ao abastecimento da própria família e o excedente é comercializado no mercado local.

• Arrendatários: Agricultores que não possuem terras, mas que dispõem de equipamentos agrícolas. Desse modo, para produzir, alugam ou arrendam a terra de terceiros. O pagamento do aluguel é realizado em moeda corrente ou com parte da produção.

• Assalariados permanentes: Trabalho com certa estabilidade. Isso quer dizer que o serviço não tem um prazo determinado para terminar, ou seja, é fixo.

• Assalariados temporários: Trabalhadores rurais que desempenham atividades por um período determinado. Essa relação de trabalho pode acontecer por dia, empreitadas, períodos de colheitas. Isso é comum no corte de cana; os bóias-frias trabalham por alguns meses do ano.

• Não-remunerados: Corresponde ao trabalho realizado muitas vezes pelo grupo familiar (filhos, esposas, etc.), sem que haja o pagamento de salários. Existe outra forma de trabalho não-remunerado: o trabalho escravo, que ainda tem sido praticado em algumas fazendas do Brasil.

Após a leitura e discussão oral do texto, solicite que respondam as questões abaixo:

1. Explique com as suas palavras o que você entende pelo termo bóia-fria.

2. Como é a vida dos trabalhadores rurais, segundo o texto?

3. De acordo com o texto o trabalhador rural está mudando para a cidade por quê?

4. O que está causando o desemprego no campo?

5. Você sabe ou já leu alguma coisa sobre a Reforma Agrária? Escreva sobre o que você sabe.

6. Preencha os espaços abaixo e complete a cruzadinha:

a) Os trabalhadores rurais que viajam em caminhão aberto não têm _________

b) Os lavradores podem ser chamados de _________________.

c) As pessoas do ____________ podem ser divididas em proprietários de terra e trabalhadores rurais.

d) Todas as famílias rurais deveriam ter um lugar onde ___________ e colher seus alimentos.

Devido à falta de empregos, causada pela mecanização da agricultura e também dos baixos salários, o homem rural está se mudando para as cidades em busca de uma vida melhor. Nas cidades, como também não encontram trabalho, vão morar nas favelas ou cortiços, e acabam vivendo pior do que antes.

Os defensores da reforma agrária acreditam que essa situação só vai mudar quando houver melhor distribuição da propriedade da terra, permitindo que todas as famílias rurais tenham um lugar onde plantar e colher alimentos para seu próprio consumo e para vender nas feiras e nos mercados.

Atualmente, no Brasil, é o Estatuto da Terra que contém as leis que regulam a organização do trabalho no campo.

Fonte: Adaptado de Eduardo de Freitas http://www.alunosonline.com.br/geografia/formas-trabalho-rural-brasil.html

e) O _____________ rural está se mudando para a cidade em busca de uma vida melhor.

a) S E G U R A N C A

b) B O I A S - F R I A S

c) C A M P O

d) P L A N T A R

e) H O M E M

Professor, o texto abaixo, assim como o anterior, também aborda o tema sobre o homem do campo e suas dificuldades. Leia com seus alunos e motive-os a responderem as atividades.

A mudança

A gente veio para a cidade e trouxe tudo o que tinha: latas de plantas, umas cinco galinhas num baú, um banco, camas, guarda-roupa sem porta. Pusemos tudo num caminhão. Um menino meu veio segurando o cachorrinho. O papagaio também veio. Tinham contado lá na roça que a cidade tem de tudo: trabalho, oficina, hospital, escola, ônibus. Lá onde a gente vivia não dava mais para ficar. Era só capinar, colher, trabalhar para os fazendeiros ganhando uma miséria. Então resolvemos mudar. Aqui a vida não é fácil. Arranjei trabalho na fábrica e controlo as máquinas. Faço todo dia a mesma coisa, o dia inteiro. Cansa mexer nas maquinas sempre do mesmo jeito, e, se a gente se distrair, fica sem os dedos. Ganho pouco e tenho de morar onde o aluguel é barato. A casa e bem simples e tem um pedaço de terra onde a gente plantou umas ervas de chá, couve, cheiro-verde. O dinheiro não dá para comprar muita coisa; até os meninos pequenos trabalham. Às vezes penso em voltar para a roça. Mas aqui meus filhos podem estudar, tem um muito esforçado que trabalha no supermercado e já está na oitava série. Na roça a vida é sossegada, tem muita natureza, não tem perigo de assalto. Mas a vida só é boa para quem é dono da terra.Lá a nossa vida não tem esperança nenhuma.Parece que ninguém liga para o povo da roça. RODRIGUES, Rosicler Martins; Cidades. Brasileiras. São Paulo. Ed. Moderna – 1992. http://geojp.blogspot.com.br/

Após a leitura e discussão oral do texto solicite que respondam as questões abaixo:

1. Segundo o texto porque as pessoas deixaram o campo e foram para a cidade? 2. Por que não dava mais para ficar no campo? 3. Em que o personagem do texto passou a trabalhar na cidade?

a) O que ele faz lá?

b) Ele gosta do que faz? Por quê?

4. De acordo com o texto o personagem não volta para a roça por quê? 5. Mesmo morando na cidade ele realiza atividades do homem da roça. O que ele faz? 6. Como é a vida na roça segundo o personagem do texto? 7. Explique as frases: a) “ A vida só é boa para quem é dono da terra”. b) “Parece que ninguém liga para o povo da roça."

Novamente, você vai usar de toda sua criatividade, imaginação e fazer uma releitura da obra “O Lavrador de Café” e “Café”. Use a técnica que quiser. Seja criativo!

VAMOS FAZER ARTE!!!!!

Professor, os alunos, após terem feito a interpretação das obras, das músicas, dos textos e a releitura das obras de arte, deverão fazer uma produção textual sobre “O Homem do Campo e suas Dificuldades”.

REFERÊNCIAS

ADAM, J. M. (1990). Élements de linguistique textuelle. Theorie et pratique de

l’analyse. Liège, Mardaga.

AMARAL, Heloisa. Na ponta do lápis. Ano IV. Nº 10. Dez. 2008. Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/viewFile/1217/pdf

http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/viewFile/1217/pdf

AZEVEDO JUNIOR, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1999.

BORN, Claudia. Gênero, trajetória de vida e biografia: desafios metodológicos e resultados em píricos. Sociologias [online]. 2001, n.5, pp. 240-265.

BRONCKART, J.P. Atividades de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: Editora da PUC/SP, 1999.

FIORIN, Jose Luiz. Para Entender o Texto. São Paulo: Ática, 2006.

FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 5ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1995.

LOPES, Myriam Bahia. Corpos ultrajados: quando a medicina e a caricatura se encontram. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]. 1999, vol.6, n.2, pp. 257-275. ISSN 0104-5970. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701999000300002.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

RODRIGUES, Rosicler Martins; Cidades. Brasileiras. São Paulo. Ed. Moderna – 1992.

SCHNEUWLY, B. Genres et types de discours : Considérations psychologiques et ontogénétiques. In: REUTER, Y. (Org). Les interactions lecture écriture. Berna: Peter Lang, 1994. p. 155-173.

SWALES, J. M. Genre analysis. English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press. 1990.






http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59701999000300002
















http://www.alunosonline.com.br/geografia/formas-trabalho-rural-brasil.html

http://geojp.blogspot.com.br/





















http://www.alunosonline.com.br/geografia/formas-trabalho-rural-brasil.html

http://geojp.blogspot.com.br/

Documents

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia a dia e que apresentam