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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · História, educação física, arte ... linguagens em confronto, ... seja, antes da leitura” (GOODMAN, 1987, p.15)

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2013

Título: Estratégias de leitura - Anúncio Publicitário

Autor Maria Elena da Silva

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Duque de Caxias. Rua Mascarenhas de Moraes, nº 925, bairro Jardim Alvorada.

Município da escola Maringá

Núcleo Regional de Educação

Maringá

Professor Orientador Luciane Braz Perez Mincoff

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Maringá

Relação Interdisciplinar

História, educação física, arte

Resumo Esta Produção Didático-Pedagógica justifica-se por ser o meio pelo qual ofereceremos atividades para trabalhar a leitura sob a perspectiva das estratégias. Compreendendo que a publicidade, na maioria das vezes, é voltada ao público jovem, pretendemos, através das estratégias de leitura, ampliar os horizontes de compreensão e de interpretação do gênero Anúncio Publicitário; além de ressaltar a importância das estratégias de leitura e apresentar algumas estratégias. A metodologia direcionará à confecção de uma unidade didática. Na implementação, levantaremos um diagnóstico sobre o conhecimento dos alunos a respeito do gênero e apresentaremos alguns anúncios para trabalhar as condições de produção, circulação e características do gênero.

Palavras-chave estratégias; leitura; anúncio publicitário

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental

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1. APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática apresenta algumas atividades de leitura através do gênero

anúncio publicitário. Para produzir tais atividades escritas e/ou orais, buscamos trabalhar as

estratégias de leitura, com anúncios antigos e outros recentes.

Escolhemos, em especial, a esfera publicitária, especificamente o gênero anúncio;

visto que, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que aluno consiga compreender o texto,

fazendo relações dialógicas, de causa e consequência e posicionar-se diante do texto lido

(DCEs, 2008).

As possibilidades dar-se-ão através das estratégias de leitura como: predição,

seleção, inferência, entre outras; as quais poderão dar norte ao aluno para que desenvolva seu

potencial intelectual, exercendo sua cidadania através do ato de ler, sendo a leitura um

direito de todo cidadão. Para confirmar esta afirmação, Bamberger diz que “O ‘direito de ler’

significa igualmente o de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, o de

aprender e progredir” (BAMBERGER, 1988, p. 09).

Também justifica-se pelos dados observados nas avaliações institucionais, pois o

índice de compreensão nas provas de língua portuguesa vem diminuindo. Embora saibamos

que muitos são os fatores que influenciam nesses resultados, não podemos deixar de refletir

sobre nossa prática pedagógica no ensino-aprendizagem de leitura, para que possamos

contribuir com o avanço de compreensão dos textos lidos.

Nosso objetivo com esta Unidade Didática é identificar as principais características

do anúncio publicitário, por meio das estratégias de leitura; tornando a interação texto-leitor

mais profunda, sem se tornar difícil, enfadonha.

Portanto, a produção didático-pedagógica será aplicada numa turma do 9º ano,

porque, além de ser um conteúdo indicado para essa série, queremos contribuir na

proficiência e ampliação da leitura crítica dos alunos; tornar a interação texto-leitor mais

produtiva e prazerosa, ressaltar a importância das estratégias de leitura na compreensão dos

textos publicitários.

2. MATERIAL DIDÁTICO

2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.1. O Ensino de Língua Portuguesa

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A partir da década de 70, sentiu-se a necessidade de discutir a qualidade do ensino de

Língua Portuguesa no Brasil, visto que houve aumento no acesso à escola, porém, os altos

índices de repetência e evasão apontavam questionamento a serem sanados (PCNs, 1998).

Mas o que ensinar, quem é que ensina, para quem se ensina e de que maneira se

ensina? São questionamentos que perfazem até hoje a prática pedagógica dos professores de

língua portuguesa no anseio de entenderem melhor seu trabalho.

De acordo com o Currículo Básico (1990) para a Escola Pública do Estado do Paraná

ensina-se a realidade da linguagem. Compreende-se a linguagem como uma realidade cheia

de elementos sociais e históricos, os quais lhe conferem um caráter dialógico, interacional.

Também por meio da linguagem nos constituímos sujeitos. Para comprovar isso, o Currículo

Básico traz a seguinte afirmação “É por meio dela que nos constituímos sujeitos no mundo, é

a linguagem que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade, que nos diferencia dos

animais” (CURRÍCULO BÁSICO, 1990, p. 50).

Quanto a quem ensina, temos, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de

Língua Portuguesa (PCNs, 1998), o papel fundamental do professor, que ao longo de todos

esses anos, foi formado por diversas pedagogias e teorias de ensino. Além disso, esse papel,

nos PCNs, é visto como mediador no processo de interlocução.

Vamos ao questionamento de que maneira se ensina. Também contemplado no

Currículo Básico (1990) encontramos duas correntes do pensamento linguístico: a que

garante o domínio da língua oral e escrita por meio de uma teoria gramatical e outra que

trabalha com as estruturas isoladas da língua. Diante dessas considerações do Currículo

Básico, pensamos em definir uma estratégia de trabalho no ensino de língua portuguesa em

que a prática pedagógica possa favorecer o ensino-aprendizagem da língua. Ainda, segundo

o Currículo Básico (1990), o professor deve criar situações de contato com a realidade, por

meio do texto, para que o educando processe seu conhecimento de forma interacionista.

Tendo, no ensino da leitura e da escrita, o texto como o centro e a gramática numa

perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais. Para reafirmar este

pensamento, o Currículo Básico diz que:

Metodologicamente, é importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto literário, informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. (CURRÍCULO BÁSICO, 1990, p. 53)

Analisando também o Currículo (1990), sob o ponto de vista do questionamento para

quem se ensina, vemos que o aluno é participante neste processo de ensino e que o papel do

professor é torná-lo consciente de que a linguagem é uma forma de atuação uns sobre os

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outros, seja para convencer, intervir, influenciar; e criar situações concretas para que ele se

aproprie da linguagem oral e escrita. Para confirmar esta questão, os PCNs afirmam que:

Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos os alunos o acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania. (PCNs, 1998, p.19)

De acordo, também com os PCNs (1998), o aluno é sujeito de sua própria formação

e, no terceiro e quarto ciclo, sendo este último o qual contemplaremos neste Projeto de

intervenção, são adolescentes, entre 11 e 15 anos. Período da vida que compreende a

adolescência, o qual é marcado por transformações corporais, afetivas, cognitivas,

socioculturais, emocionais, que devem ser consideradas no processo de ensino.

Segundo os PCNs (1998), a partir dos anos 80, quando estudos possibilitaram

avanços na área da educação e psicologia da aprendizagem, surgiu um quadro que sintetizou

a finalidade e os conteúdos do ensino da língua materna e neste período órgãos

governamentais estabeleceram novos currículos e cursos de formação e aperfeiçoamento de

professores.

A partir daí, novas palavras se incorporaram aos documentos, como: Letramento e

Gênero textual.

O Ensino de Leitura

Como vimos anteriormente, a respeito do ensino de Língua Portuguesa, ensina-se a

linguagem, ou seja, ensina-se a ler e a escrever a linguagem. Cabe, neste estudo, darmos

mais ênfase à leitura, visto que é nosso objeto de estudo. Assim, não nos aprofundaremos no

que diz respeito à escrita.

Dessa forma, apresentaremos o que nos dizem as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (DCEs) de Língua Portuguesa quanto à prática de leitura.

Antes, porém, vejamos alguns conceitos de leitura.

Para Bamberger (1988), a leitura é um processo de percepção durante o qual se

reconhecem símbolos.

Já para Goodman (1987), a leitura é um processo dinâmico, ativo e composta por

ciclos: ótico, perceptual, gramatical e de significado.

Kato (1995) também apresenta algumas concepções de leitura tais como: leitura

como decodificação (linguística estruturalista); leitura linear e indutiva (modelo de

processamento de dados); leitura como léxico visual (leitura sem mediação sonora); leitura,

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através das estratégias ascendente (bottom-up) e descendente (top-down), vendo o leitor

como aquele que antecipa o elemento textual que lerá (modelo de análise pela síntese);

leitura como formação de hipóteses (o modelo das múltiplas hipóteses), leitura vista como

estrutura cognitiva, na qual contam a visão de mundo e experiência do leitor (modelo

construtivista); leitura como interação entre o leitor e o autor (modelo reconstrutor).

Vemos, então, que ler vai além da decodificação, é uma interação entre o texto e o

leitor. Mas a ação de ler não é tão simples assim. Implica em condições de produção de um

texto, bem como o conceito e visão de mundo do leitor ao lê-lo.

Voltemos aos documentos. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua

Portuguesa dizem que é necessário que a escola seja um lugar que promova o letramento do

aluno e que esse letramento vai além da alfabetização.

Segundo Soares (2009), o indivíduo letrado torna-se diferente por ter outra condição

social e cultural. Através da leitura e da escrita passa a ter acesso aos bens culturais, a viver

de maneira diferente na sociedade e sentir que tem seu lugar nessa sociedade. Para

confirmar esta afirmação, Bakhtin diz:

Ao considerar o conceito de letramento, também é necessário ampliar o conceito textual, o qual envolve não apenas a formalização do discurso social verbal ou não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de produção e elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. Todo texto é, assim, articulação de discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso mesmo, não é compreendido apenas em seus limites formais (BAKHTIN, 1999, apud PARANÁ, 2008, p. 51)

Também encontramos nos PCNs (1998) que é de reponsabilidade da escola ampliar

os níveis de conhecimento prévio do aluno para que interprete diferentes textos que circulam

na sociedade.

De acordo com Aebli (1982), a interpretação deve ser feita a partir do que está escrito

no texto, porém é uma tarefa árdua, já que toda interpretação também é realizada com o

auxílio da experiência e sensibilidade do leitor. Para reforçar esta afirmação, Goodman diz

que “Toda leitura é interpretação, e o que o leitor é capaz de compreender e de aprender

através da leitura depende fortemente daquilo que o leitor conhece e acredita a priori, ou

seja, antes da leitura” (GOODMAN, 1987, p.15).

Também Geraldi (1984) acredita que a interpretação depende de leituras anteriores e,

principalmente, das qualidades dessas leituras. Para confirmar esta afirmação, Geraldi diz

que “a qualidade (profundidade) do mergulho de um leitor num texto depende de seus

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mergulhos anteriores, mergulhos estes não só nas obras que leu, mas também na leitura que

faz de sua vida” (GERALDI, 1984, p. 100).

Começamos aqui a nos deparar com uma das dificuldades do ato de ler: a

interpretação. Por que será que surgem tantas dificuldades em compreender um texto que foi

escrito na língua materna do leitor? Muitas são as razões. Citaremos apenas uma para

exemplificarmos a complexibilidade do assunto e o porquê de muitos estudos a respeito do

ensino de leitura. Para confirmar estas questões, Zandwais afirma que “desta forma, não

somente os significados literais pertencem ao componente linguístico, mas também aqueles

significados não-literais, cujos valores estão inscritos no próprio léxico.” (ZANDWAIS,

1990, p. 22)

Ou seja, aquilo que chamamos de ler nas entrelinhas, muitas vezes, é o que dificulta a

compreensão de um texto. Como dissemos acima, o leitor deve lançar mão de suas

experiências para realizar a interpretação. E se não possui ainda um nível mais apurado de

leitura, pode ter dificuldades ao ler os significados não-literais contidos em um texto.

Como conseguir um nível mais apurado de leitura? Buscamos na bibliografia os

processos que têm norteado o ensino de leitura e como eles explicam a mesma.

Segundo Sole (1998), há modelos hierárquicos como o ascendente (bottom up) e o

descendente (top down). No modelo ascendente, o leitor inicia a leitura pelas letras, depois

palavras, frases, e assim por diante. Nesse modelo, o texto e a decodificação são

considerados muito importantes, porque acredita-se que o leitor compreende o texto porque

sabe decodificá-lo.

E no modelo descendente, de acordo com Sole (1998), dá-se o inverso. O leitor

utiliza seu conhecimento prévio para antecipar o conteúdo e verifica suas antecipações para

chegar a uma interpretação. Nesse modelo, o mais importante é o reconhecimento global de

palavras, ou seja, a ênfase maior é no leitor.

Já no modelo interativo, conforme Sole (1998), tanto o texto quanto o leitor são

importantes. Nesse modelo, o fundamental é saber processar o texto e seus elementos e

elaborar as estratégias necessárias que tornarão o texto compreensível.

Também, de acordo com Sole (1998), quando se compreende a leitura como processo

de interação, há que se ressaltar os objetivos para o ato de ler. Alguns leem para realizar uma

tarefa; outros para obterem informações sobre um assunto qualquer e tantas outras

finalidades, mas certo é que todos os leitores possuem um objetivo ao ler.

Segundo Goodman (1987), mesmo o leitor tendo um ou outro objetivo para leitura ou

variados tipos de textos, há somente um único processo de leitura. Este inicia-se por um

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texto, o qual deve ser produzido como linguagem e termina através da elaboração do

significado.

De acordo com Sole (1998), no início da aprendizagem de leitura é importante que se

leia o texto para a criança, para que esta se familiarize com a estrutura e a linguagem do

texto escrito, pois as características de formalidade e a falta de contexto diferem da

oralidade, tornando mais difícil a compreensão.

Para melhor compreender um texto, é necessário que conheçamos o seu contexto, ou

seja, as condições em que foi produzido.

Segundo Koch (2011), o texto é organizado em partes que formam uma unidade de

sentido e o contexto é o que permite o leitor relacionar-se com a situação. De acordo com a

autora, se o leitor não compreende o sentido global do texto é porque faltou o distanciamento

necessário para a leitura. Para Koch, o leitor deve conhecer as condições de produção do

texto para que seja capaz de prever, antecipar; pois, para a autora a leitura acontece quando

aquele que lê interage com aquele que escreveu o texto.

Porém, Geraldi (1984) ressalta que além das condições de produção específicas de

um texto, há que se levar em conta as condições de produção de leitura, pois elas também

são importantes para dar sentido ao texto. Para confirmar esta afirmação, Geraldi salienta

que:

A multiplicidade de leituras que um mesmo texto pode ter não nos parece ser resultado do próprio texto em si, produzido em condições de produção específicas, mas sim resultado dos múltiplos sentidos que se produzem nas diferentes condições de produção de leitura. Em cada leitura, mudadas as condições de sua produção, temos novas leituras e novos sentidos por elas produzidos (GERALDI, 1984, p. 96).

Koch e Elias (2012) chamam as condições de produção de leitura de circunstâncias

de leitura ou contexto de uso, que segundo as autoras pode interferir na produção de sentido.

Dessa forma, vemos que tanto uma quanto outra condição é importante para que o leitor

possa compreender o texto.

Diante dessas considerações, vemos que a leitura é concebida como forma de

interação. Antunes (2009) compara leitura à uma porta de entrada, que tem acesso à palavra

que se tornou pública, saindo do domínio privado e ultrapassando o mundo da interação.

Para a autora, a leitura é uma partilha, um encontro com o diferente, no qual ocorre a

verdadeira afirmação do eu.

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Nesse processo interativo de leitura, o leitor, como citamos acima, também possui um

papel importante. Sole (1998) chama esse leitor de leitor ativo porque processa e atribui

significado àquilo que lê.

Também Kleiman (1989) define a leitura como sendo uma atividade de interação

entre leitor e autor por meio do texto. Para ela, o leitor constrói um sentido global para o

texto, procurando e antecipando pistas, formulando e reformulando hipóteses e aceitando ou

rejeitando conclusões. Para confirmar esta afirmação, Antunes diz:

Falo de uma leitura que, a partir de hipóteses, de predições inicialmente

levantadas, vai além da superfície do texto, além do que está explícito, do que está declarado. De uma leitura que mobiliza um sentido plural, portanto: que está no texto, que está no leitor, que está no contexto (ANTUNES, 2009, p. 204).

Koch (2011) diz que a partir destas pistas, o autor e o leitor, os quais a autora chama

de produtor e interpretador, têm uma participação ativa na construção de sentido e os chama

de estrategistas porque mobilizam uma série de estratégias de ordem sociocognitiva,

interacional e textual para produzirem o sentido do texto.

Assim chegamos às estratégias de leitura, as quais são de suma importância para a

interpretação de um texto.

Segundo os PCNs (1998), a leitura é uma atividade que requer estratégias de seleção,

antecipação, inferência, verificação e não somente uma busca de informação através da

decodificação. O documento afirma que, através das estratégias, o leitor pode controlar a

leitura, tomando decisões diante das dificuldades de compreensão, buscando explicações ou

validando suas suposições.

Goodman (1987) define estratégia como sendo um amplo esquema que obtém, avalia

e utiliza uma informação. Segundo o autor, para compreender o texto, o leitor desenvolve

estratégias que podem ou não se modificar durante a leitura. Entretanto, enfatiza que não há

outro jeito de desenvolvê-las a não ser por meio do ato de ler. Para ele, o leitor pode predizer

o final de uma história, pode selecionar informações com base em suas predições, pode

inferir o que não está subentendido no texto ou informações que se farão entendidas à

medida que a leitura avança. Para confirmar isso, Goodman afirma que:

Como a seleção, as predições e as inferências são estratégias básicas de leitura, os leitores estão constantemente controlando sua própria leitura para assegurar-se de que tenha sentido. (...) Há riscos envolvidos na seleção, nas predições e nas inferências. Às vezes fazemos predições que pareciam corretas, mas que logo se mostram falsas, ou descobrimos que fizemos predições carentes de fundamento. Por isso o leitor lança mão de

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estratégias para confirmar ou rejeitar suas predições prévias (GOODMAN, 1987, p. 17).

Kleiman (1989) afirma que a formulação de hipóteses, a partir do conhecimento

prévio, a verificação de hipóteses, para refutação ou confirmação de informações, a predição,

para ativar o conhecimento prévio, e a testagem de hipóteses são estratégias próprias da

leitura, que levarão o leitor a compreender o texto.

Respondendo ao questionamento, feito anteriormente, a respeito de como se

conseguir um nível mais apurado de leitura, pensamos que um dos caminhos seja o uso e a

aplicação das estratégias de leitura.

Segundo Serra e Oller (2003), quando se usa as estratégias com autonomia pode-se

tirar o sentido do texto, de forma global ou dos diferentes itens incluídos nele; pode-se

reconduzir a leitura, indo avante ou voltando ao texto, adequando o ritmo para ler de maneira

certa e podem-se incorporar os novos conceitos aos conhecimentos prévios.

2.1.2. Ensino de Estratégias

De acordo com Menegassi (2005), há necessidade de ensinar procedimentos que

formem um leitor competente, principalmente, em sala de aula para que de fato ocorra a

apropriação dos conteúdos. Segundo o autor, há quatro estratégias que são fundamentais para

a compreensão de textos: seleção, antecipação, inferência e verificação.

Vamos às definições.

Estratégia de seleção:

Para Menegassi (2005) a estratégia de seleção são ações que permitem a quem lê

restringir o que é útil para compreender o texto, deixando de lado as informações que não

considera importante.

Estratégia de antecipação:

Segundo o mesmo autor, antecipação é o ato de predizer, ou seja, o leitor levanta

suposições sobre os significados a partir das informações que estejam nas linhas ou

entrelinhas do texto. Podendo essas antecipações ser confirmadas ou rejeitadas durante a

leitura. O que permite ao leitor, rever suas estratégias.

Estratégia de Inferência:

De acordo com Menegassi (2005), essa estratégia permite ao leitor unir o

conhecimento que está nas entrelinhas do texto com aquele que sabe sobre o assunto. O autor

chama de “ponte de sentido que o leitor cria com o texto lido” (Menegassi, 2005, p.81). Esse

ato faz com que os conhecimentos prévios do leitor sejam ativados e possam dar significado

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ao que lê. Porém, durante a leitura essas inferências podem ou não estar corretas, por isso o

leitor pode comprová-las ou descartá-las.

Estratégia de Verificação:

Segundo Menegassi (2005) essa estratégia é que dá segurança ao leitor, ou seja, pode

confirmar ou rejeitar aquilo que supôs ou inferiu sobre o que leu. E através da verificação, há

a possibilidade de retomada de outros procedimentos para compreender o texto.

2.1.3. Gênero textual

Conforme Gonçalves (2011), a interação pode ocasionar transformações tanto no

sujeito quanto no destinatário, porque, segundo o autor, agimos sobre as outras pessoas e

elas sobre nós. De acordo com Gonçalves, não há como separar a linguagem do indivíduo e

aprender uma língua é criar situações sociais semelhantes às reais, usando ferramentas como

os gêneros. Afirmamos anteriormente que novas palavras haviam se incorporado aos

documentos e uma delas é Gênero. Mas o que são gêneros?

Segundo Gonçalves (2011), a palavra gênero vem do indo-europeu e significa gerar,

produzir, porém ela aparece nas línguas latina e grega. Segundo o autor, no Brasil ficou

popularizada após os PCNs.

Bakhtin (2003) diz que gênero é todo enunciado produzido de forma isolada ou

individualizada, podendo ser oral ou escrito, que surge das esferas da atividade humana.

Já Bronckart (apud Gonçalves, 2011, p. 29) denomina gênero como Gênero de texto,

o qual define como “unidade de produção de linguagem situada, acabada e autossuficiente”.

Segundo Gonçalves (2011), todo texto é inscrito em outro aglomerado de texto ou em

um gênero, ficando, por este motivo, com a denominação de gênero textual.

Koch (2011) diz que na escola o gênero passa de ferramenta de comunicação a objeto

de ensino/aprendizagem. A autora ainda afirma que a escolha de um gênero para ser

trabalhado no ambiente escolar é uma decisão didática com objetivos claros de

aprendizagem. Uma dessas metas é que o aluno domine, conheça e aprecie o gênero, para

que possa compreendê-lo ou produzi-lo dentro ou fora do contexto escolar. Para confirmar

esta afirmação, a autora diz:

O contato com os textos da vida quotidiana, como anúncios, avisos de toda ordem, artigos de jornais, catálogos, receitas médicas, prospectos, guias turísticos, literatura de apoio à manipulação de máquinas etc. exercita a nossa capacidade metatextual para a construção e intelecção de textos (KOCH, 2011, p. 53).

2.1.3.1. Gênero Anúncio Publicitário

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Dos gêneros citados por Koch, daremos destaque ao anúncio publicitário, que é o

gênero escolhido para ser trabalhado neste projeto.

Segundo Cerezo (2003), é necessário que os jovens constituam um conceito completo

sobre os conteúdos e objetivos das mensagens publicitárias e dos efeitos que elas produzem

na sociedade, para que vejam o enfoque consumista que elas contêm. De acordo com o autor,

o questionamento a respeito do discurso publicitário permite a exploração dos códigos

verbais e não-verbais nos processos de comunicação social, bem como observar

procedimentos estéticos, literários, retóricos e narrativos. O autor considera os textos

publicitários, sob a ótica discursiva e textual como:

[...] um formato comunicativo socialmente instituído e vinculado diretamente à atividade econômica, mediante os processos de distribuição de mercadorias e criação de necessidades no mercado nacional e internacional (CEREZO In TEBEROSKY, 2003, p. 156).

Para Cerezo (2003), a linguagem publicitária é interessante dentro da área da

linguagem porque possui características comunicativas e pragmáticas. Segundo ele, o texto

publicitário tem um objetivo direto e sua função é a de prometer sensações de conforto,

felicidade a um destinatário específico. Para tal, usa elementos da nossa cultura como

códigos verbais, gestuais, simbólicos e outros; e é veiculada através dos meios de

comunicação, os quais o autor chama de “publimídia”, por ser a demanda da publicidade que

sustenta e condiciona os meios de comunicação.

Sabemos que o anúncio publicitário atinge desde o idoso à criança; para tanto, deve-

se ter um olhar crítico, pois a linguagem publicitária é feita para convencer o público ao

consumo de produtos, que, às vezes, podem ser supérfluos.

Conforme Cerezo (2003), a publicidade deseja convencer por meio de recursos

afetivos, o que anula e atenua o raciocínio crítico, pretendendo superar a resistência do

consumidor para não comprar o produto anunciado. Segundo o autor, a linguagem

publicitária usa imagens para “atrair a atenção, o interesse e o desejo de posse de seus

destinatários”. Além disso, o autor afirma que as mensagens fazem com que os produtos

sejam situados em mundos de sonhos e fantasias e estimulam o consumo exagerado.

Através de uma proposta didática, Cerezo (2003) apresenta alguns elementos para

análise de mensagens publicitárias, como, por exemplo, dados da mensagem, tipo de

campanha, ideia, marca, produto, grau de integração entre marca e produto. Podem também

ser considerados na análise, segundo o autor, os aspectos semióticos, elementos textuais,

dimensões pragmáticas e a leitura crítica estando atento à valoração ética e global da

mensagem, manipulação textual, aspectos legais, axiologia ativada (modelo de sociedade e

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de pessoa), repercussões ecológicas, capacidade de impor atitudes, normas ou valores e

elementos estéticos.

De acordo com Carvalho (apud Silva, 2005, p.30), o texto publicitário é dividido em

três planos: identificação do gênero, as informações presentes no texto verbal e não-verbal e

a afirmação das qualidades.

Segundo Silva (2005), é necessário saber o suporte em que será veiculada a

mensagem publicitária. Segundo a autora, o outdoor e o anúncio são mais destacados na

mensagem publicitária porque se baseiam na linguagem escrita. Mas, de acordo com a

autora, “distinguem-se em relação à técnica, exercendo a função de direcionar o sentido da

imagem que é empregada, dependendo do veículo em que é divulgada” (SILVA, 2005,

p.30). Silva ainda ressalta que, no veículo revista, o que deve ser levado em conta é o papel

porque favorece impressões mais elaboradas, com riqueza de detalhes e porque possui um

público específico.

De acordo com Silva (2005), o slogan da mensagem publicitária pode ser um meio

significativo porque pode despertar lembranças, recorrendo assim à memória individual e

coletiva.

Para Carvalho (apud Silva, 2005, p.31) o que a mensagem está dizendo no ato de sua

produção é somado a outros discursos feitos anteriormente. O que vai acionando a memória

e desperta o interesse pelo novo.

Maingueneau (apud Silva, 2005, p.32) diz que o gênero publicitário tem uma

cenografia, ou seja, uma cena de enunciação. Segundo o autor, os anúncios, além de

transmitir ideias, tentam conferir autenticidade e autoridade para aquilo que anunciam.

Segundo Silva (2005), para convencer o público a que se destina a mensagem, o

discurso publicitário pode lançar mão de diversas cenografias. Também ressalta que um

gênero de discurso possui duas condições: de ordem de comunicação e de estatuto. A

primeira refere-se à destinação a um dado ritual a que todo texto é levado, ou seja, pode ser

cantado, lido ou acompanhado por um instrumento de música. A segunda, ‘que estatuto o

enunciador genérico deve assumir e qual estatuto deve conferir a seu co-enunciador para

tornar-se sujeito de seu discurso’ (MAINGUENEAU, 1997, p.36 apud SILVA, 2005, p.33).

Segundo Silva (2005) para o discurso ser autorizado, deve ser reconhecido pelo seu

público e, além disso, necessita de determinadas condições: pessoa legitimada para

pronunciar o discurso, situação legítima, destinatários específicos, obediência à regras, forma

sintática, fonética e outros recursos linguísticos.

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Para Hila (2009), o anúncio publicitário faz parte dos gêneros textuais secundários.

Segundo a autora, esse tipo de gênero precisa ser ensinado, porque é produzido em situação

de comunicação mais complexa e decorre de sistemas ideológicos constituídos.

De acordo com a autora, para ler um anúncio publicitário é necessário mais do que

saber uma tipologia textual, é preciso que a noção de letramento seja expandida e que o

leitor possa participar efetivamente de um mundo multissemiótico, dando sentido àquilo que

lê e não apenas decodificando o texto.

De acordo com Hila (2009), quando se diz respeito de prática de leitura, a escola

deve assumir o papel de formadora de leitores críticos. Para confirmar esta afirmação a

autora diz que:

[...] a escola precisa formar leitores críticos que consigam construir significados para além da superfície do texto, observando as funções sociais da leitura e escrita nos mais variados contextos, a fim de levá-los a participar plena e criticamente de práticas sócias que envolvem o uso da escrita e da oralidade (HILA, 2009, p. 157).

Dessa maneira, cabe à escola, ao professor e ao aluno melhorar a prática de leitura

para que cumpramos nosso papel social, a de formar cidadãos críticos e humanizados.

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2.2. UNIDADE DIDÁTICA

Caros estudantes,

Ao folhearmos uma revista, ao assistirmos algum programa de televisão, ao ouvirmos

programas de rádio ou ao andarmos pelas ruas e avenidas de nossa cidade somos

surpreendidos por anúncios publicitários que nos encantam e, muitas vezes, nos seduzem a

comprar um produto anunciado.

Essa sedução vem através de uma linguagem verbal ou não verbal cheia de

encantamentos e ideologias. Tudo muito bonito, cores, imagens, sons numa harmonia que

convida a experimentar, a provar ou a comprar o produto anunciado. Tanto que o ditado “tal

produto é meu sonho de consumo!”, está incorporado ao nosso cotidiano, incentivando o

consumo de bens ou serviços. E que, em algumas situações, não é utilizado para referir-se a

produtos, mas a relações humanas, onde pessoas são vistas como objetos de consumo.

O texto publicitário traz implícitas intenções e incentiva o consumismo. Para

compreendermos e analisarmos com mais criticidade esse gênero textual Anúncio

Publicitário é que pensamos esse projeto. De que forma vamos analisar esse gênero? Através

da leitura e, mais especificamente, das estratégias de leitura. As quais falaremos no decorrer

da implementação dessa unidade didática. Veremos que a intertextualidade, a linguagem

conotativa e outros recursos linguísticos estão presentes nos anúncios e que estes vêm

carregados de efeito de sentido.

Maria Elena da Silva

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Primeira Oficina: Anúncio da Empresa Aérea Azul

1ª etapa: Identificando o conhecimento prévio dos alunos a respeito de anúncios

publicitários.

Sugestão de atividades orais: Nesse momento, o professor pode conversar com os alunos sobre o gênero anúncio publicitário.

1- Cite algum anúncio que chamou sua atenção ou que gostou muito. 2- Qual era o assunto desse anúncio? 3- Você sabe qual a finalidade dos anúncios publicitários?

Assistindo vídeos:

www.youtube.com/watch?v=BUeu650J1tw (vídeo sobre Consumismo e anúncios da década de 60 e 70 - Parte I - Shênia Martins - 3 minutos e 27 segundos - acesso em 06/09/13, às 16h50).

Conversando sobre o vídeo:

1- Sobre o que fala o vídeo? 2- O vídeo foi produzido para qual público? 3- Em que lugar se passa o vídeo? Justifique.

Sugestão de atividades escritas: Nesse momento, o professor pode fazer alguns questionamentos orais ou escritos sobre os vídeos assistidos, usando a estratégia de antecipação.

4- No vídeo aparecem pessoas pegando alguns produtos da prateleira e pondo-os em seus carrinhos. De acordo com o vídeo, enumere as frases de acordo com os personagens: (1) Casal, (2) Mulher, (3) Homem ou (4) dois jovens: ( ) O mundo está cada vez mais complicado. ( ) Único. ( ) No limits! ( ) Ágil. ( ) Amar é chique! ( ) Macio. ( ) Pense desiludidamente! ( ) Resistente. ( ) Chique é ser inteligente! ( ) Use e abuse!

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( ) Você faz e acontece! ( ) Você é demais! ( ) Ninguém embrulha você! ( ) Você é a única pessoa no mundo que faz o que você faz! ( ) Escolha sua dívida. ( ) Seja você mesmo. 5- Que palavra é repetida várias vezes nas frases do exercício anterior? Por que isso ocorre? 6- Durante a execução do vídeo há uma frase que dita repetidamente. Marque um x na opção que corresponde a essa frase. ( ) Você precisa correr! ( ) Onde você quer ir hoje? ( ) Acredita em muitas coisas. 7- Das frases mostradas no vídeo, qual lhe chamou mais a atenção? Por quê? 8- Assinale com um x as situações nas quais encontramos frases como essas? ( ) Notícias de jornal ( ) Anúncios publicitários e propagandas ( ) Poemas 9- Você compra produtos porque realmente precisa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes 10- Como são chamados os produtos que compramos sem necessidade? 11- Quem era o rapaz de branco que aparece ao final do vídeo?

Assistindo vídeos: www.youtube.com/watch?v=gf3ZKiCBY7s (vídeo sobre Consumismo e anúncios da década de 60 e 70- Parte III - Shênia Martins - 9 minutos e 33 segundos - acesso em 06/09/13, às 17h00) 1- O que há de diferente nos anúncios antigos com os atuais? 2- A maioria dos anúncios mostrados eram direcionados para... ( ) Mulheres ( ) Homens ( ) Crianças

Um pouco sobre a história publicitária:

Segundo MUNIZ (2004), a publicidade iniciou-se na Antiguidade Clássica. Existiam

anúncios de combates de gladiadores e de casas de banhos. Também as pessoas anunciavam

oralmente a venda de gados, escravos e outros produtos. Depois, na Idade Média, era difícil

localizar casas e ruas porque não havia números nelas, então os comerciantes usavam

símbolos para identificarem seus comércios. Esses símbolos evoluíram tornando-se

posteriormente os emblemas das marcas e logotipos.

Em 1625 surgiu o primeiro anúncio publicitário de um livro, no periódico inglês

Mercurius Britannicus.

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De acordo com Muniz (2004), a palavra publicidade veio do latim publicus e

significava público, o que originou o termo em francês publicité. Porém, o termo publicité

era relativo a assuntos de ordem jurídica. No século XIX o termo publicité adquiriu um

significado mais comercial.

Segundo Malanga (1979), publicidade é “conjunto de técnicas de ação coletiva no

sentido de promover o lucro de uma atividade comercial conquistando, aumentando e

mantendo clientes (MALANGA,1979, apud MUNIZ, 2004) ” .

Conforme Muniz (2004) há vários tipos de publicidade: de produto, de serviço, de

varejo, comparativa, cooperativa, industrial e de promoção.

Vamos nos ater a duas classificações, que são de interesse nessa unidade didática:

Publicidade de produto: Segundo Muniz (2004) tem a finalidade de divulgar o produto para

torná-lo conhecido e comercializado. O fabricante é responsável pela sua divulgação.

Publicidade de promoção: Segundo a mesma autora, utiliza os meios de comunicação de

massa como rádio, televisão, revista, outdoor, cinema, jornal para apoiar as promoções de

venda.

Sugestão de atividades orais: O professor pode fazer alguns questionamentos antes de passar o vídeo, como por exemplo:

1- Quais recursos são usados nos anúncios para atrair a atenção do consumidor? 2- Alguma vez, você já se sentiu vontade de comprar algum produto que viu ou leu num anúncio publicitário? Qual e por quê?

Assistindo vídeos:

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https://www.youtube.com/watch?v=JkeVaAoHk0A (vídeo sobre as características do anúncio publicitário - Tatyane Lauriane – 4 minutos e 07 segundos - acesso em 06/09/13, às 17h03)

Sugestão de atividades orais: Ao corrigir o preenchimento das lacunas, o professor pode esclarecer mais cada uma das características destacadas no exercício.

1- Assista aos vídeos e preencha as lacunas: A - O texto publicitário é um tipo de discurso que objetiva ________ reações no ___________ fazendo com que este se ___________ e __________ seu comportamento. B - O desejo é de ______________ e ou/ __________ uma ____________, ____________ ou _____________. C - Nesse sentido ___________significa levar alguém a ___________, ____________ ou a ____________ sobre algo. D - Os anúncios publicitários são em geral, compostos, por texto ________ e _______ verbal, ou seja, __________ e texto __________ atuam lado a lado.

Assistindo vídeos:

www.youtube.com/watch?v=g8oRoYZvDw (vídeo sobre Linguagens no Enem – Interpretar anúncio publicitário/ propaganda – GeekieBr - 6 minutos e 26 segundos – acesso em 06/09/13, às 16h59.)

A - O texto publicitário é diretamente influenciado pelo seu ____________. Que, nesse caso, é influenciar um __________ específico.

B - Uma publicidade não é _________ ou desprovida de ______________.

C - O texto não-verbal tem a função de ___________ e apreender o leitor, dando _________ à propaganda.

D - A leitura de um anúncio publicitário exige: refletir sobre o _____________ no qual ele foi ____________. Sobre o próprio texto ali escrito e relacionar a __________ com o texto.

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2ª etapa: Trabalhando o contexto de produção sobre o anúncio da Linha Aérea Azul

Sugestão de atividades orais: antes de trabalhar propriamente com o anúncio, trabalhar alguns aspectos que aparecerão no anúncio e que contribuem para o contexto de produção. O qual é de suma importância na leitura. Primeira conversa sobre o anúncio da Azul.

1- Você se lembra de algum fato importante ocorrido em 2010, no que se refere a futebol? 2- Que fato é esse? Onde ocorreu? Que lembranças tem dele?

3- Vamos relembrar um pouco sobre a Copa do Mundo de Futebol de 2010, Encontre no caça-palavras abaixo os nomes dos jogadores e do técnico da Seleção Brasileira de Futebol de 2010.

N I L M A R I N G J

A J E G B C D A I U

M L I R F L F U L L

R N N A E E R J B I

A O A F L H O E E O

M C D I I C B L R C

I I O T P I I A T E

R A I E E M N N O S

E M C V K J H O H A

S L U I S A O P D R

J U L I O Z K S D Z

T H I A G O D A U O

K L E B E R S O N E

L U I S S E M O G T

G I L B E R T O A G

Para cada frase abaixo, marque um X na alternativa correta. 4- A Copa de 2010 foi realizada ... ( ) na Holanda ( ) no Brasil ( ) na Espanha ( ) na África do Sul ( ) na Inglaterra

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5- O período de realização da Copa foi ... ( ) 11 de setembro a 11 de outubro ( ) 11 de maio a 11 de Junho ( ) 11 de junho a 11 de julho

6- O mascote da Copa de 2010 foi ... ( ) um leão e uma bola falante ( Goleo) ( ) leopardo (Zakumi) ( ) tatu-bola ( Fuleco)

7- As cidades em que o Brasil jogou foram... ( ) Pretória, Johannesburgo e Cidade do Cabo ( ) Johannesburgo, Porto Elizabeth e Pretória ( ) Johannesburgo, Porto Elizabeth e Durban

8- Coloque (V) para verdadeiro e (F) para Falso, de acordo com os resultados da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010:

( ) Brasil 2 x 1 Coreia do Norte ( ) Brasil 3 x 1 Costa do Marfim ( ) Brasil 0 x 0 Portugal ( ) Brasil 3 x 0 Chile ( ) Brasil 2 x 1 Holanda

9- Marque um X na opção correta, de acordo com a classificação final da Copa do Mundo de Futebol de 2010, na seguinte ordem: primeiro, segundo e terceiro lugar.

( ) Itália, Holanda e Alemanha ( ) Holanda, Alemanha e Brasil ( ) Holanda, Argentina e Espanha ( ) Espanha, Holanda e Alemanha

10- Faça sua previsão para os campeões da Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil. Será que você vai acertar????

Sugestão de atividade escrita: Também, antes de dar o anúncio, é interessante comentar sobre as regras gerais de uma partida de futebol e pedir que os alunos escrevam no caderno as regras que conhecem.

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Sugestão de atividades orais: Depois de ter relembrado sobre a copa e as regras principais de uma partida de futebol de campo, mostrar parte do anúncio e pedir aos alunos para dizerem qual é o assunto a ser tratado. Pode anotar no quadro as respostas dadas.

Considere a seguinte frase:

1- Que gênero textual pode conter essa frase? (Pergunta de antecipação)

Sugestão de atividades orais: O professor pode fazer slides primeiro e após trabalhar na atividade pedagógica. Pode mostrar mais um pouco do anúncio e pedir o que eles acham do período completo.

2- E agora, após ser dado o período completo, você continua com a mesma opinião ou pode ser outro gênero textual? (Pergunta de verificação) 3- Sobre o que você acha que falará o texto? (Pergunta de predição) 4- O que o Brasil precisa ganhar para que você também ganhe? Justifique sua resposta. (Pergunta de inferência) 5- Imagine o que você poderá ganhar? (Pergunta de predição)

Principais regras do jogo de futebol: O campo de jogo, a bola, o número de jogadores, o equipamento dos jogadores, o árbitro, os árbitros assistentes, a duração da partida, o início e reinício do jogo, o tiro penal (pênalti), o arremesso lateral, o tiro de meta, o tiro de canto (escanteio), tiros livres, a bola em jogo ou fora do jogo, o gol marcado, o impedimento, faltas e conduta antiesportiva.

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Sugestão de atividades orais: Mostrar a frase “Ganhe até R$ 400,00 em créditos”. Após, mostrar o segundo período do anúncio, omitindo as palavras “para voar”. Faça algumas perguntas e depois apresente o período completo.

6- Leia a frase seguinte:

A- E agora, o prêmio foi o que você imaginou? (Pergunta de verificação) Se sim, diga como chegou a essa conclusão. B- Você considerou as palavras “em créditos”? Isso muda a forma do prêmio? C- Que tipo de empresa oferece créditos?

7- Vamos continuar com mais um período do anúncio.

A- Qual palavra causa estranheza, se o prêmio são créditos? (Pergunta de seleção) 8- Que tipo de empresas vendem passagens? (Pergunta de seleção) 9- Dessas empresas, qual se encaixa mais nesse anúncio? Por quê? (Pergunta de predição) 10- Agora leia o período abaixo, as palavras acrescentadas confirmam ou negam aquilo que você achou? Justifique sua resposta. (Pergunta de verificação)

Sugestão de atividades orais: Apresentar todo o anúncio e verificar se as predições feitas foram confirmadas ou negadas.

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Figura 1. Anúncio da Linha Aérea Azul. Fonte: Revista Veja, ano 43, n.26, edição 2171, p. 55, jun. 2010.

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3ª Etapa: Aprendendo algumas características do Anúncio Publicitário

O anúncio Publicitário apresenta algumas características: Imagem, título, logotipo, slogan, mensagem. Mensagem: fonte, meio, lugar, dia, hora, tamanho, formato. Tipo de campanha: de expectativa, de lançamento, de reforço. Vendem uma ideia, marca, produto ou serviço. Grau de integração entre a marca e o produto.

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Tipo de consumidor: idade, sexo, classe social... Imagem: enquadramento, planos, cenas, sequências, encadeamentos, ritmo, ângulo, iluminação, cores. Elementos sonoros e musicais. Logotipo: elementos icônicos e verbais. Linguagem: figuras sintáticas, semânticas e pragmáticas. Intertextualidade: citações, alusões, cópias, tópicos, ironias, paródias, imitações de obras literárias ou artísticas.

Sugestão de atividades escritas: Nesse momento, já foi apresentado o anúncio das Linhas Aéreas Azul. Então, o professor pode fazer algumas atividades de fixação das características do anúncio. 1- Leia o anúncio publicitário das Linhas Aéreas Azul e responda as seguintes perguntas: A- Que gênero textual se enquadra esse texto? B- Em qual meio de comunicação podemos encontrar esse Gênero textual? C- Quando você acha que foi veiculado esse anúncio? Por quê? D- O que está sendo vendido nesse anúncio? E- Quem é a empresa responsável pelo anúncio? E a agência publicitária que o produziu? F- Qual é o slogan do anúncio? G- Qual é o título? H- Como é o logotipo? Ele é formado por figuras, palavras ou figuras e palavras? I- Há imagens no anúncio? Como elas são? Elas têm relação com a linguagem verbal do anúncio? Justifique. J- Quais são as cores utilizadas no anúncio? Por que você acha que foram utilizadas essas cores e não outras? K- Quem seria o possível leitor desse anúncio? L- O anúncio atenderia e ou despertaria a atenção de que tipo de consumidor? M- Leia as frases abaixo e comente que efeito de sentido tem a palavra azul com letra maiúscula. E se fosse com letra minúscula, teria o mesmo sentido? “Agora você tem opção. Agora é tudo novo, tudo Azul.”

Sugestão: Nesse momento é interessante falar um pouco sobre a empresa, o porquê do uso do adjetivo novo e onde e quando circulou esse anúncio. É interessante comentar também sobre a Revista Veja e seu público.

Esse anúncio foi circulado na Revista Veja, Editora Abril, edição 2171, ano 43, nº 26, no dia 30 de junho de 2010. Vamos conhecer um pouco sobre a empresa Azul?

Assistindo vídeos:

http://www.voeazul.com.br/sobre-azul acesso aos 10/09/13 às 16:44 http://www.youtube.com/watch?v=0a3eiPcNxn8 (vídeo sobre a empresa Azul - Breno Graciano – 3 minutos e 37 segundos - acesso em 25/09/13, às 07h46). http://www.youtube.com/watch?v=EqvLuXBents (vídeo sobre voo em Maringá aos 11/11/11 - Roberto Caifa - 8 minutos e 59 segundos - acesso em 25/09/13, às 08h14). Um pouco sobre a Revista Veja:

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http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/5528 (Dissertação de Mestrado - Universidade do Rio Grande do Sul - que analisou 22 reportagens de comportamento da Revista Veja - acesso em 09/09/13, às 11h30).

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4ª Etapa: Apresentando algumas marcas linguísticas contidas no anúncio

Sugestão: O professor poderá destacar alguns elementos linguísticos que queira trabalhar. Aqui, abordaremos a sequência injuntiva e comentaremos sobre a preposição “até”, substantivo próprio, adjetivo e ambiguidade de sentido. 1- Que palavra expressa sugestão nesta frase: “Ganhe até R$400,00 em créditos”? 2- E nos períodos abaixo, as palavras grifadas expressam o mesmo sentido? A- “Compre uma passagem até 30 de junho para voar até 31 de julho e ganhe R$ 100,00 em créditos a cada vitória do Brasil. Para participar, acesse www.voeazul.com.br/azulnacopa.” B- “Agora você tem opção.

Agora é tudo novo, tudo Azul. www.voeazul.com.br Consulte seu agente de viagens ou ligue 4003-1118.”

Sugestão de atividades escritas: Nesse momento é interessante conceituar a sequência injuntiva. Se necessário, fazer outras atividades com essa marca linguística.

3- Qual o efeito de sentido da palavra até na frase: “Ganhe até R$400,00 em créditos” 4- Quais são as condições para o consumidor ganhar os créditos? 5- Se o Brasil perdesse todos os jogos, o que ganharia o consumidor? 6- Há um período de duração dessa promoção? 7- Qual a diferença de sentido da palavra azul nas frases abaixo: A- Tudo é azul como o céu. B- Tudo azul com você? C- Agora é tudo novo, tudo Azul.

Sequência injuntiva é uma sequência de frases iniciadas por verbos que expressam conselho, ordem ou sugestão. Essa sequência tem como objetivo direcionar o leitor do texto a executar uma tarefa específica. Mostra como deve ser realizada a ação, para obter o que se deseja. É muito comum encontrar a sequência injuntiva nas receitas. Ex. Coloque todos os ingredientes no liquidificador. Bata por dois minutos. Misture o fermento em pó...

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8- Quais os sentidos que podemos obter, em relação à expressão “tudo Azul”, na frase “Agora é tudo novo, tudo Azul.” Sugestão de atividades de leitura silenciosa e de escuta: Apresentar partes das músicas: Sem pecado e sem juízo – Baby Consuelo – Anos 80 - http://www.kboing.com.br/musica-e-letra/baby-do-brasil/43677-sem-pecado-e-sem-juizo/, acesso em 10/09/13, às 16h33. É uma partida de futebol - Skank- https://www.youtube.com/watch?v=hibZVX_Q18M/ acesso em 08/10/13, às 17h20.

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Segunda Oficina: Anúncio da Empresa automobilística Peugeot

5ª Etapa: Trabalhando o contexto de produção sobre o anúncio da Peugeot.

Sugestão de atividades orais e de escuta: novamente, sugerimos que antes de trabalhar o anúncio, devem ser trabalhados alguns aspectos que aparecerão no anúncio, através de perguntas ou outra atividade de contexto de produção.

A- Qual o conceito de bom aluno para você? B- Você se considera um bom aluno de história? Por quê? C- Você já ouviu falar, leu ou estudou sobre a Revolução Francesa? Marque um X na opção em que achar correta. Depois, assista aos vídeos e confira suas respostas: 1- No período antecedente à Revolução, a forma de governo era:

( ) socialista ( ) democrático ( ) monárquico 2- Que regime político queriam os revolucionários?

( ) socialista ( ) democrático ( ) comunista 3- O nome do líder da Revolução Francesa era:

( ) Luís XIV ( ) Luís XVI ( ) Robispierre 4- Qual alimento faltava para o povo francês na época da revolução?

( ) Pizza ( ) Arroz ( ) Feijão ( ) Pão 5- A Revolução Francesa foi inspirada por ideias:

( ) conservacionistas ( ) iluministas

Expressão “tudo azul” significava na década de 80 “tudo legal”, “tudo joia”, “tudo bem”. Sugerimos o site recanto das letras como fonte de leitura sobre a expressão dada. http://www.recantodasletras.com.br/discursos/1429502 - acesso em 10/09/13, às 16h39.

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6- Sobre a Revolução Industrial, coloque nos parênteses (V) para verdadeiro e (F) para falso: ( ) A Revolução Industrial foi um conjunto de transformações na economia e nas técnicas de produção ocorridas na Inglaterra em meados do século XVIII. ( ) A Revolução industrial não causou êxodo rural. ( ) Os principais fatores da Revolução Industrial foram o desenvolvimento de um sistema bancário, abundância de mão-de-obra, muita matéria-prima e capital para investimento. ( ) A principal invenção mecânica foi a máquina a vapor. ( ) Na 1ª fase da revolução destacam-se ferro, carvão e vapor; na 2ª fase, aço, petróleo e eletricidade. ( ) Não houve progresso científico durante a revolução industrial. Sugestão de atividade oral: Conversar com os alunos sobre a importância das revoluções para a humanidade e as consequências que trouxeram como avanço na igualdade de direitos humanos, mas também o nascimento do capitalismo, onde a mão-de-obra do trabalhador começou a ser explorada. Após, sugiro o vídeo Documentário sobre a Revolução Francesa Parte I. Depois, o professor poderá complementar o vídeo com textos ou outros recursos didáticos.

Assistindo vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=dZ2kN10umkU (Documentário sobre a Revolução Francesa e Revolução Industrial - Vitor Lambertucci - Revolução Francesa parte I - 9 minutos e 45 segundos - acesso em 25/09/13, às 18h00). http://www.youtube.com/watch?v=_BursLshivs (Documentário sobre a revolução industrial - Otacílio neto - 06 minutos e 47 segundos - acesso em 26/09/13, às 10h59).

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6ª Etapa: Continuação do contexto de produção: a evolução histórica dos carros

Sugestão de atividade oral: Nesse momento, o professor poderá fazer alguns questionamentos orais para introduzir a história do automóvel. 1- Com a revolução industrial, surgiram os carros. Vocês conhecem a história do automóvel? 2- Quem construiu o primeiro carro? Em que ano isso aconteceu?

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3- Será que o carro era da forma como conhecemos hoje? 4- Qual a importância do carro para você? 5- Você considera o carro como “um artigo de luxo” ou “um bem de consumo”?

Assistindo vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=xOmF6QoXjlo (Vídeo sobre a história do automóvel - Primeiro carro a ser construído no mundo – Programa Vrum – 2 minutos e 51 segundos – acesso em 26/09/13, às 16h40). http://www.youtube.com/watch?v=R9U5T6TA99M (Vídeo sobre a história dos automóveis – 01a - wmv – Bruno Barbosa Ferreira – 9 minutos e 13 segundos - acesso em 26/09/13, às 17h12). https://www.youtube.com/watch?v=OeIKq6MhA24 (Vídeo sobre a história dos automóveis – 02a - wmv – Bruno Barbosa Ferreira – 8 minutos e 53 segundos - acesso em 26/09/13, às 17h12). Sugestão de atividade oral e de escrita: Ressaltar a importância do conhecimento como bem cultural, que foi construído ao longo da história da humanidade. Fazer exercícios escritos para fixação do conteúdo dos vídeos. Sugerir que acessem a continuação dos vídeos para obterem mais informações sobre a história dos carros. 1- De acordo com os vídeos, marque um X nas respostas corretas: O inventor do carro moderno foi: ( ) Karls Benz ( ) Boris Fieldman O nome do primeiro carro moderno e ano de sua invenção foram: ( ) Wolkswagen – 1986 ( ) motor-wagen - 1886 2- Preencha a Cruzadinha abaixo, completando o sentido das frases, de acordo com as informações dadas nos vídeos: 1- Nome de uma fábrica de carros francesa do ano de 1883, que atualmente tem uma filial instalada no Paraná. 2- Termo em português, surgido em 1910, para designar carro. 3- Como eram chamados os carros que antecederam aos carrinhos de corda. 4- Surgiu há mais de 6.000 mil anos, na Suméria, região da Ásia e foi o que impulsionou a tecnologia. 5- Foi o primeiro poeta grego a usar a palavra “auto” para idealizar um veículo de rodas de ouro para visitar os deuses. 6- O britânico George Stevenson foi o inventor da primeira... 7- Em 1600 na Holanda foi criado o... à vela, que não obteve sucesso. 8- Em 1771 foi criado o primeiro... a vapor. 9- Pintor do século XV que desenhou as primeiras máquinas de voar e os primeiros carros de quatro rodas. 10- Carro que tem o nome da filha de um inventor austríaco.

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1 A

2 U

3 T

4 O

5 M

6 O

7 B

8 I

9 L

10 E

Sugestão de atividade oral: Nesse momento, o professor pode fazer um breve levantamento com os alunos sobre as corridas brasileiras ou internacionais, só para introduzir o conteúdo do desenho animado “Corrida Maluca”.

1- Você assiste a corridas de kart, Fórmula Indy, Fórmula Um ou Fórmula Truck? 2- Sabe o nome de algum piloto? 3- E do Paraná, conhece algum piloto de corrida?

Sugestão de atividade de escuta: Agora é a vez de apresentar aos alunos o desenho animado sobre a corrida maluca. Depois, pedir que eles façam alguns exercícios de fixação sobre os personagens do desenho.

Assistindo vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=Exkrph0-Pmg (FilmeS429 - Corrida Maluca Episódio 19 - 11 minutos e 44 segundos - acesso em 09/10/13, às 18h45)

Vimos no vídeo que, com a invenção do carro, surgiram os clubes de carros e, a partir de 1894, foram disputadas as primeiras corridas amistosas de resistência de carros. Nos dias atuais, a corrida de carro é considerada um esporte. Ela não é mais calma, sem pretensão e com paradas para fazer um lanche e apreciar a natureza. Pelo contrário, primam pela velocidade, agilidade dos pilotos e resistência dos carros. Tem como objetivo ganhar campeonatos, os quais são fontes de lucro para as grandes marcas de carros de corridas.

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Você recorda os nomes dos pilotos e dos carros da Corrida Maluca?? Vamos verificar fazendo o próximo exercício. 1- Ligue os nomes dos pilotos a seus veículos.

Dick Vigarista Carro 10: Carro-Tronco Irmãos Rocha Carro 04: Lata Voadora Irmãos Pavor (medonão/medinho) Carro 08: Carroça a Vapor Professor Aéreo Carro 06: Carro Tanque Barão Vermelho Carro09: Carrão Aerodinâmico Penélope Charmosa Carro 03: Carro Cheio-de-Truques Quadrilha de Morte Carro 02: Cupê Mal-Assombrado Tio Tomás Carro 00: Máquina do Mal Pedro Perfeito Carro 01: Carro de Pedra Rufus Lenhador Carro 07: Carro-à-Prova de Balas Sargento Bombarda Carro 05: Gatinha Manhosa

2- Agora faça o mesmo ligando dos pilotos a seus companheiros:

Dick Vigarista (Dentes-de-Serra) Quadrilha de Morte (Soldado Meekley) Tio Tomás (Dragão, serpente, fantasmas, bruxa) Rufus Lenhador (Muttley) Sargento Bombarda (Chorão) Irmãos Pavor (Clyde, Dum Dum, Pockets, Zippy,

Snoozy, Softy e Yak Yak).

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Wacky Races (Corrida Maluca no Brasil) foi um desenho animado produzido pela empresa Hanna-Barbera, fundada pelos criadores do desenho William Hanna e Joseph Barbera e lançado pela CBS. O formato era de série de desenho animado, no gênero comédia, com duração de 12 minutos, com idioma original inglês, pois seus criadores eram americanos. Foi ao ar de 14/09/1968 a 05/09/1970, somando 34 episódios, numa única temporada. Os competidores buscavam o título mundial de “Corredor Mais Louco do Mundo”. http://pt.wikipedia.org/wiki/Wacky_Races - Acesso em 07/08/13, às 20h46.

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7ª Etapa: Trabalhando as atividades de leitura com o anúncio do Novo Peugeot 208,

publicado na Revista Veja.

Sugestão de atividade Oral: Nesse momento, o professor apresenta o anúncio da Peugeot aos alunos. Se o professor desejar, poderá fazê-lo em partes como no anúncio da Azul.

1- Considere o seguinte anúncio publicitário:

Figura 2. Anúncio da Peugeot. Fonte: Revista Veja, ano 46, n.17, edição 2318, p. 4-5, abr. 2013.

1- Que tipo de texto é esse? 2- Onde foi veiculado esse texto? 3- Com que objetivo lemos esse tipo de texto? 4- Esse anúncio quer vender uma ideia, uma marca ou um produto? Justifique. 5- Observando as imagens, a mensagem e demais elementos presentes no anúncio, para que tipo de consumidor esse anúncio foi feito? Qual a possível idade, sexo ou classe social? 6- Como você chegou à conclusão da resposta anterior? 7- Marque um X na sequência que tem os elementos obrigatórios de um anúncio publicitário: ( ) Imagem, título, logotipo, slogan, mensagem; ( ) Imagem, preço, logotipo, reportagem, mensagem; ( ) Imagem, editora, logotipo, slogan, manchete; 8- Observe a mensagem do anúncio. Qual o sentido do termo revolução de acordo com as imagens?

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9- Observe que a primeira frase da mensagem. Caso o interlocutor não tenha estudado a disciplina de História, conseguiria compreender a que revolução o texto se refere? O anúncio teria o mesmo sentido? 10- Quem é o locutor desse anúncio? 11- Você conhece os desenhos apresentados no anúncio? 12- No anúncio da revista não há sons, nem movimento. Como são indicados os sons que aparecem no anúncio. 13- Que efeito de sentido tem os desenhos no anúncio? 14- Localize no anúncio: A- Imagem: B- Título: C- Logotipo: D- Slogan: E- Mensagem: 15- Quais partes do produto são ressaltadas como novidades? 16- Na frase: “Novo Peugeot 208. Dentro dele é outro mundo.” Que mundo seria esse? Por que foi utilizada essa expressão? O que indica a palavra novo na frase?

Conceituando:

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8ª Etapa: Trabalhando as atividades de leitura com o anúncio do Novo Peugeot 208,

veiculado na televisão e internet.

Sugestão de atividades orais e de escuta: Nesse momento, o professor pode apresentar o anúncio da Peugeot que foi veiculado na televisão e internet. Comentar com os alunos a questão do suporte e os diferentes efeitos provocados no interlocutor.

Assistindo vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=GwrqMbwEM_w - (vídeo publicitário do Peugeot 208 – Peugeotbrasil – 1minuto e 30 segundos – acesso em 15/10/2013, às 15h30).

1- Assinale com um x as frases que aparecem no vídeo: ( ) Luzes diurnas de led ( ) Volante SportDrive ( ) Central multimídia touchscreen ( ) Teto de vidro panorâmico

2- Todas as frases do exercício anterior aparecem no mesmo anúncio veiculado na Revista Veja? 3- Por que será que não houve modificações?

O que são onomatopeias? Vimos no anúncio da Peugeot que para indicar o som dos motores dos carros apareceu a seguinte expressão “VRRRRRN”. Esse recurso é uma figura de linguagem chamada Onomatopeia. Ela tem a função de representar o som de algum objeto, animal ou sons emitidos pelo ser humano.

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4- Comparando o anúncio circulado na internet e na televisão com o anúncio da Revista Veja, coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso: ( ) Os dois possuem a mesma mensagem. ( ) Os dois possuem Slogan e título. ( ) Só o anúncio publicado na Revista Veja possui logotipo. ( ) Os dois indicam que há versões do produto, com peças e preços diferentes. ( ) Só o anúncio da internet possui a frase “Respeite os limites de velocidade”. ( ) As imagens são iguais nos dois anúncios. 5- Justifique sua opinião para as frases em que colocou falso, no exercício anterior. 6- No vídeo aparecem personagens parodiando o desenho da Corrida Maluca. Você conseguiu identificá-los? 7- O carro da Peugeot seria qual dos carros da Corrida Maluca? Justifique sua resposta. 8- Assinale com um x os elementos que indicam uma competição automobilística no vídeo:

( ) bandeira de largada ( ) pista de corrida ( ) sinal verde ( ) carros enfileirados ( ) Pitstop ( ) ronco dos motores ( ) a faixa de pedestre ( ) faixa de largada ( ) há um vencedor 9- Quem vence a corrida no comercial? 10- Uma das características do desenho Corrida Maluca é a risada do cãozinho Muttley. O motivo da risada do Muttley no anúncio é o mesmo do desenho da Corrida Maluca? Justifique sua resposta. 11- O anúncio publicitário tem o objetivo de convencer o consumidor a adquirir um produto, promover uma marca ou vender uma ideia ou um serviço. Para tanto, usa uma linguagem criativa, cheia de imagens, de recursos poéticos ou gráficos que possam atrair a atenção, o interesse e o desejo de obter aquele produto anunciado. Cite alguns elementos que fazem o Peugeot 208 ser um carro atraente ao consumidor, fazendo um paralelo entre o anúncio veiculado na Revista Veja e o anúncio veiculado na televisão e internet. Anúncio da Revista Anúncio da TV/Internet

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12- Analise as respostas do exercício anterior, e diga, na sua opinião, qual veículo de comunicação tornou o produto mais atraente aos olhos do consumidor? Justifique sua resposta. 13- Se você fosse um adulto e precisasse comprar um carro. Você compraria o carro anunciado? Por quê? 14- Qual é a forma de pagamento do carro anunciado? 15- A maioria das pessoas pode adquirir um carro nessa forma de pagamento? Por quê? 16- O que quer dizer “motion & emotion” ? 17- Qual é a ideia principal do anúncio? 18- Indique com um X qual o sentido da palavra “novo” na frase: “Novo Peugeot 208. Dentro dele é outro mundo”. ( ) Dizer que o carro é novo. ( ) Dizer que é uma nova versão do carro. 19- Em qual das frases abaixo, a palavra “novo” tem o mesmo sentido encontrado na frase “Novo Peugeot 208. Dentro dele é outro mundo”. ( ) Ganhei de papai um vestido novo.

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( ) Comprei um terno novo para o casamento. ( ) O novo garoto propaganda é muito elegante. ( ) Novo pronunciamento presidencial causa espanto.

Sugestão: Nesse momento pode falar um pouco sobre a empresa, onde e quando circulou esse anúncio.

Esse anúncio foi circulado na Revista Veja, Editora Abril, edição 2318, ano 46, nº 17, no dia 24 de abril de 2013. Vamos conhecer um pouco sobre a empresa Peugeot?

Assistindo vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=pC6LEEw6nsM (vídeo sobre os bastidores da filmagem do comercial Peugeot 208 – Peugeotbrasil - 4 minutos e 30 segundos - acesso em 17/10/13, às 17h59) https://www.youtube.com/watch?v=QXDUUDx9c-A (vídeo sobre a evolução dos modelos dos carros da Peugeot – Visionmotor - 07 minutos e 47 segundos - acesso em18/10/13, às 10h06)

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Para familiarizar o consumidor, o anúncio da Peugeot recorre à memória emocional, usando um desenho da década de 70. Segundo Santos (2013), esse recurso faz com que a pessoa produza referências de sua infância ou adolescência através de sua memória emocional. Leia mais sobre esse assunto no link http://portalintercom.org.br/anais/nordeste2013/resumos/R37-1082-1.pdf - acesso em 07/08/13, às 19h45.

Se quiser conhecer um pouco mais sobre a história da empresa Peugeot, poderá conferir o site: http://carros.peugeot.com.br/historia acesso em 11/07/13, às 10h53.

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Sugestão de atividade avaliativa: Como a ênfase dessa proposta pedagógica é a leitura, escolhi, para fechar a unidade didática, a forma oral. Porém, fica a critério de cada professor a utilização de outras formas avaliativas.

Para finalizar a unidade, vocês formarão grupos de quatro alunos e farão o seguinte:

A- Pesquisarão um anúncio veiculado em jornais, revistas, televisão... Será um anúncio por equipe, de preferência, semelhante aos trabalhados nessa unidade, ou seja, sobre meios de transporte: carro, caminhão, ônibus, linhas aéreas... Após isso, farão a leitura desse anúncio pesquisado, levando em consideração as características de um anúncio publicitário.

B- Depois da pesquisa e da leitura, farão uma apresentação oral sobre o anúncio encontrado pela equipe. Poderão utilizar cartazes ou outros recursos para auxiliar na explanação oral.

3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Caros (as) colegas professores (as),

Pensando na praticidade, optamos por orientar metodologicamente esta unidade

didática no próprio corpo da unidade. As orientações vêm destacadas em amarelo. Porém, as

sugestões dadas aqui não se esgotam em si mesmas. Você pode ir além e melhorá-las ainda

mais.

A partir das atividades aqui registradas, você poderá propor outras com diferentes

focos de aprendizagem. Por exemplo, a partir de temas ou anúncios direcionados aos

adolescentes.

Quanto aos recursos metodológicos, pode-se utilizar a tv pendrive, o Datashow, o

laboratório de informática, entre outros que a sua escola dispõe.

Desejamos que este material seja útil para você, porque foi elaborado com carinho.

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4. REFERÊNCIAS

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CARVALHO, Nelly. Publicidade: a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996. In: SILVA, Juliana Orsini da. O gênero publicitário em manuais didáticos de língua portuguesa. Monografia de Pós-Graduação- Especialização em Língua Portuguesa. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2005 (mimeo). CEREZO, Manuel. Persuasores ocultos: os textos publicitários. In: TEBEROSKY, Ana (Org.)... et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Porto Alegre: Artmed, 2003. Páginas 155-165. GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula: Leitura & Produção. 2. ed. Cascavel: Assoeste. Editora Educativa, 1984.

GONÇALVES, Adair Vieira. Gêneros textuais na escola: da compreensão à produção. Dourados: Ed. da UFGD, 2011. GOODMAN, K. S. O processo de Leitura: considerações a respeito das línguas e do desenvolvimento. In FERREIRO, E. ; PALACIO, M. G.(Org.). Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. Páginas 11- 22.

HILA, Cláudia Valéria Doná. Ressignificando a aula de leitura a partir dos gêneros textuais. In: NASCIMENTO, E. L. (Org.). Gêneros textuais: da didática das línguas aos objetos de ensino. 1. ed. São Carlos: Claraluz, 2009.

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KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 5. ed. São Paulo: Ática, 1995.

KLEIMAN, Angela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. 2. ed. Campinas: Pontes, 1989. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

______, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2012.

MAINGUENEAU, D. Novas tendências em análise do discurso. Campinas, SP: Pontes: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 3. ed., 1997. In: SILVA, Juliana Orsini da. O gênero publicitário em manuais didáticos de língua portuguesa. Monografia de Pós-Graduação- Especialização em Língua Portuguesa. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2005 (mimeo). MALANGA, E. Publicidade: uma introdução. IN: MUNIZ, Eloá. Publicidade e propaganda origens históricas. Publicado no Caderno Universitário, nº148, Canoas, Ed. ULBRA, 2004. Eloamuniz.com.br/arquivos/1188171156.pdf. Acesso em: 06 set. 2013. MENEGASSI, Renilson José. (Org.). Leitura e ensino: formação de professores EAD, n.19. Maringá: EDUEM, 2005. MUNIZ, Eloá. Publicidade e propaganda origens históricas. Publicado no Caderno Universitário, nº148, Canoas, Ed. ULBRA, 2004. Eloamuniz.com.br/arquivos/1188171156.pdf. Acesso em: 06 set. 2013. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Português para a Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. SANTOS, Nilo Thiago Soares. Retromania: As motivações e tendências sociais à cultura nostálgica na publicidade, cinema, música e internet. Trabalho apresentado no XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. Mossoró: 2013. Disponível em <http://portalintercom.org.br/anais/nordeste2013/resumos/R37-1082-1.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2013. SERRA, Joan; OLLER, Carlos. Estratégias de leitura e compreensão de texto no Ensino Fundamental e Médio. In: TEBEROSKY, Ana (Org.)... et al. Compreensão de leitura: a língua como procedimento. Porto Alegre: Artmed, 2003. SILVA, Juliana Orsini da. O gênero publicitário em manuais didáticos de língua portuguesa. Monografia de Pós-Graduação - Especialização em Língua Portuguesa. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2005 (mimeo).

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