Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Título: Repensando os Recursos Hídricos a Partir do Uso do Google Earth em Ambiente Escolar

Autor: Jerri Augusto da Silva

Disciplina/Área: (ingresso no

PDE) Geografia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Escola Estadual São José - (43) 3254-7888

Rua Fortaleza, 366 - Vila Salomé Cambé - Paraná

1. Município da escola: Cambé

Núcleo Regional de Educação: Londrina

Professor Orientador: Profª. Drª. Patrícia Fernandes

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina – UEL

Relação Interdisciplinar:

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Geografia e todas as disciplinas que possuem afinidade com a temática ambiental e o Google Earth.

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

Devido ao fato da sociedade atual ser totalmente tecnológica, conclui-se que o conhecimento produzido e acumulado com relação ao potencial e dinâmica de utilização das tecnologias espaciais deve ser repassado para toda a sociedade. Desta forma, estes agentes tecnológicos podem ajudar a mitigar facetas socioambientais que atualmente afligem a raça humana e seu futuro. Assim, a utilização do software © 2013 Google Earth (2013) como um recurso didático para o ensino de Geografia aplicado a análise e reconhecimento de bacias hidrográficas irá permitir o surgimento de uma consciência crítica e ampliada em relação à formação da vegetação presente nestas e a qualidade da água encontrada nas bacias hidrográficas, enquanto recurso natural, podendo ser trabalhado as mais variadas escalas geográficas, além das categorias de análise, como a relação sociedade-natureza. Para tanto, a metodologia adotada será a apresentação do software aos alunos, objetivando eventual manipulação, em que os conceitos básicos de impacto ambiental, vegetação ripária e bacia hidrográfica serão trabalhados. Será demarcado um trabalho de

campo para reconhecimento da área e sua problemática. As informações colhidas serão manipuladas para a confecção de cartas temáticas, gráficos e tabelas. O resultado final será apresentado aos professores e alunos através de um workshop.

Público:

(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Esta produção didática pedagógica foi desenvolvida aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, consequentemente aos seus professores e toda a comunidade envolvida.

Produção Didático Pedagógica:

Unidade Didática

Palavras-chave:

(3 a 5 palavras) Geografia, meio ambiente, recursos hídricos, Google Earth.

TEMA DE ESTUDO

Tendências no ensino de Geografia; o papel da Geografia no século XXI.

JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO

Tendo em vista a necessidade de se trabalhar as diversas linguagens no

ensino de Geografia, optou-se por utilizar a linguagem tecnológica para

compreender melhor o espaço geográfico. Considerando que a Geografia é uma

ciência dinâmica e que boas partes dos alunos estão envolvidas nesse processo de

tecnificação é que se chegou à necessidade de utilizar o software © 2013 Google

Earth (2013) para se trabalhar com bacias hidrográficas e seus agentes

transformadores antrópicos ou não.

O software © 2013 Google Earth (2013) pode ser destacado como uma

ferramenta a mais a ser trabalhado no processo educacional, principalmente em

momentos que a temática ambiental se faz presente, pois, a partir deste software a

realidade vivenciada pelos alunos pode ser observada sobre vários ângulos. Além

do mais, é uma ferramenta tecnológica em que os alunos são estimulados a utilizá-

la.

Não obstante, a escola tem por função social formar cidadãos críticos e

atuantes na construção do espaço geográfico que o cerca. E o incremento do

processo educacional tendo por base a adição destas novas tecnologias faz com

que possamos ter como premissas um cidadão que se perceba como agente

integrante e transformador deste espaço, em que, durante as várias fases do

processo educacional, este aluno possa tornar-se mais qualificado para o convívio

social, profissional e ambiental.

Salientando o contexto exposto, é visto a necessidade da introdução da

tecnologia do sensoriamento remoto na escola, onde o incremento desta nova

ferramenta dará suporte aos professores no processo de ensino e aprendizagem,

tendo como base as atuais exigências de readequação da educação básica imposta

pelo panorama vivenciado por nossa sociedade em pleno século XXI, em que estes

alunos, informalmente ou não já estão, em sua maioria, integrados a este processo

tecnológico que permeia seu cotidiano.

OBJETIVO GERAL

- Utilizar o software © 2013 Google Earth (2013) como um recurso didático para o

ensino de Geografia, aplicado a análise e reconhecimento de bacias hidrográficas,

considerando sua dimensão socioeconômica presente na área, além do seu

diâmetro, cobertura vegetal e qualidade da água associada à cultura do entorno,

tornando o conhecimento mais didático e construtivo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Permitir o surgimento de uma consciência crítica e ampliada em relação à água

encontrada nas bacias hidrográficas, enquanto recurso natural.

- Relacionar as categorias da geografia (paisagem, região, território, lugar e

sociedade natureza) na análise da bacia hidrográfica.

- Trabalhar com o reconhecimento de bacias hidrográficas em diferentes escalas,

construindo com os estudantes a importância deste recurso no contexto global,

nacional, regional até chegar ao abastecimento local no município.

- Apresentar as novas tecnologias representadas pelo Google Earth, estimulando

dentro e fora da escola à utilização das ferramentas disponibilizadas por este.

- Identificar elementos naturais e socioeconômicos presentes na paisagem,

demonstrando a relação destes com os recursos hídricos.

- Apresentar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC‟s) como novas

possibilidades de reconhecer o espaço geográfico através de atividades educativas

formais ou informais.

PROCEDIMENTOS

Primeira Etapa

Tempo previsto: 01 aula

1. Apresentação do Projeto

Este projeto de cunho didático pedagógico será apresentado aos alunos,

demonstrando que a partir do empenho e dedicação de todos os envolvidos pode vir

a se tornar uma ferramenta construtiva para formar cidadãos mais críticos e atuantes

na edificação e transformação do espaço geográfico, em que a busca pela mitigação

de impactos ambientais deve ser constante, objetivando fraternidade, igualdade e

equilíbrio entre povos e culturas.

2. Aplicação do Questionário Diagnóstico

O objetivo deste é perceber se o aluno tem conhecimento prático quanto ao

software © 2013 Google Earth (2013) e o uso de suas ferramentas e aplicativos.

Moura (2010, p. 04) afirma que a linguagem cartográfica é universal, exigindo

pequena iniciação, onde “sua aprendizagem na escola deve ser gradativa,

respeitando a capacidade de abstração do aluno. É em decorrência do processo de

entendimento do abstrato que se fala em alfabetização cartográfica.” O mesmo autor

salienta que “relacionar o uso de mapas e Atlas ao uso das tecnologias de

informação e comunicação – TIC – parece ser uma alternativa para se potencializar

o uso da Cartografia como linguagem essencial ao ensino da Geografia” (MOURA,

2010, p. 05).

A possibilidade de se complementar a linguagem cartográfica com as TIC‟s

favorece e até mesmo beneficia o processo de ensino e aprendizagem podendo,

inclusive, provocar mudanças na relação professor-aluno, superando a postura

tradicional abordada com metodologias pouco criativas (MORAN, 2001, p. 15).

Cabe mencionar que com a intensificação do uso das ferramentas digitais é

possível à visualização de fenômenos geográficos de qualquer parte do mundo e a

qualquer momento. Eis a importância deste software, principalmente para o ensino

de Geografia, a partir do qual o conhecimento dos alunos para com o mesmo

apresentará estreita relação com sua abordagem no processo educacional. Para

tanto, é de vital importância a aplicação de um questionário diagnóstico objetivando

a percepção de tal realidade.

Quadro 01 - Questionário a ser entregue aos alunos:

QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

1. Você utiliza constantemente o computador em sua casa?

2. Você utiliza constantemente o computador na escola?

3. Você já conhece o software © 2013 Google Earth (2013)?

4. Em casa ou na escola, já utilizou o software © 2013 Google Earth (2013)?

5. Se utilizou, qual sua impressão sobre o software?

Organização: SILVA, J. A.

3. Análises dos Resultados do Diagnóstico

Ao serem analisados os dados de forma qualitativa e quantitativa, os

resultados da pesquisa serão discutidos com alunos. Desta forma as conclusões

obtidas a partir deste trabalho darão prosseguimento às estratégias descritas pelo

projeto, que visam promover uma intervenção didática delineada e prevista pelo

PDE.

Segunda Etapa

(Tempo previsto: 08 aulas)

1. Apresentação do Software

Agora chegou o momento de fazer uso dos dados coletados no questionário

aplicado no primeiro dia de aula para saber, com relação aos alunos, se possuem ou

não habilidades quanto ao uso do computador, da internet e principalmente, do

software © 2013 Google Earth (2013). Para não gerar transtornos na sala, será

pedida a compreensão daqueles alunos que já possuem habilidades quanto ao uso

destas ferramentas, utilizando os mesmos como monitores dos colegas. Neste

momento será entregue aos alunos um texto contendo o tutorial básico a respeito do

software © 2013 Google Earth (2013).

Quadro 02 - Texto a ser entregue aos alunos:

TUTORIAL - IMPRESSO COM NOÇÕES BÁSICAS DO SOFTWARE © 2013

GOOGLE EARTH (2013), QUE PODE SER ENCONTRADO NA PÁGINA:

http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/learn/

Organização: SILVA, J. A.

Este tutorial inicial é explicitado na figura 01, a seguir, em que cada aluno terá

uma cópia da explicação detalhada de cada item:

Figura 01 – Tutorial do Google Earth.

Fonte: software © 2013 Google Earth (2013) Organização: SILVA, J. A.

Com base no exposto, o laboratório de informática da escola será visitado, em

que cada item desta página será aberto, explorado e impresso, destacando que

cada aluno terá sua cópia.

Após passada a etapa de aprendizagem, uma atividade final irá ser mediada

objetivando a avaliação do processo de ensino e aprendizagem do temo proposto. A

partir da aplicação desta atividade, será verificada a qualidade e porcentagem de

fixação do conteúdo trabalhado.

Quadro 03 - Atividade proposta a ser repassada aos alunos:

Atividade de verificação e fixação de aprendizagem

Tendo por base o mapa a seguir (figura 02) e utilizando o software © 2013

Google Earth (2013), responda as seguintes questões:

Figura 02 – Rios da bacia hidrográfica do ribeirão Cafezal a serem destacados

pelos alunos utilizando o software © 2013 Google Earth (2013).

Fonte: software © 2013 Google Earth (2013) Organização: SILVA, J. A.

1. Quais as coordenadas geográficas das seguintes cidades e suas respectivas

altitudes?

2. Utilizando a ferramenta marcador, destaque as nascentes das bacias

hidrográficas que atravessam os três municípios.

3. Leia o enunciado a seguir:

- “A bacia hidrográfica do ribeirão Cafezal abrange parte dos municípios de Londrina,

Cambé e Rolândia, ao norte do Estado do Paraná, com uma área de aproximadamente 20 mil

hectares, sendo 12 mil até o ponto de captação de água da Sanepar (figura). Situa-se entre as

latitudes 23°16'30" e 23°22'30"S e as longitudes 51°11'40'' e 51°23'30''W.”

Agora, observe a figura: Figura 03 – Localização geográfica da bacia hidrográfica do ribeirão Cafezal

Adaptado de IBGE (1963) Desenho: SANTOS, M. M. Org.: SILVA, J. A.

Tendo por base o texto e as duas imagens de referência, no software © 2013

Google Earth (2013) destaque, traçando na cor azul, os rios da bacia hidrográfica do

ribeirão Cafezal.

Organização: SILVA, J. A.

Espera-se como resultado final uma boa, senão excelente fixação do

conteúdo e da temática proposta. Se alguma dúvida ou questionamento persistir,

todas serão sanadas, a fim de que possamos dar continuidade ao andamento do

projeto.

Terceira Etapa

(Tempo previsto: 04 aulas)

1. Conceituar Impacto Ambiental e Relacionar a Bacia Hidrográfica

Nesta etapa será apreendido e revisado o conceito de „impacto ambiental‟, em

que o mesmo será relacionado às bacias hidrográficas. Para tanto, o texto a seguir

será usado como base:

Quadro 04 - Texto para leitura a ser entregue aos alunos:

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A PROBLEMÁTICA DO USO DA ÁGUA: CONHEÇER PARA CUIDAR

Ana Maria Ferreira - SEED[1]

Yolanda Shizue Aoki - UEM[2]

Quando comparado com os 4,6 milhões de anos na história da Terra, pode se afirmar que a presença do homem no planeta é muito recente e durante essa breve vida, introduziu mudanças profundas nos ambientes. Inicialmente, eram nômades e viviam da caça, pesca coleta de frutos e raízes. Nesse período, as alterações ambientais eram pequenas e dispersas e os ambientes podiam se recuperar, quando as comunidades se deslocavam para outros locais, após esgotar os recursos da área onde estavam. A agricultura possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas, como o manejo do solo, a tração animal, manejo do solo, aproveitamento de energia, dentre outros. Este fato permitiu ao homem fixar-se numa área e utilizar-se de forma mais intensa os recursos naturais. Cabe ressaltar, no entanto, que estas sociedades mantiveram uma convivência harmoniosa com os elementos naturais, e a relação homem/natureza manteve-se em uma escala que uma não ameaçava a existência de outra. Um momento decisivo para alteração dessa situação foi o advento da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, no século XVIII, que permitiu um aumento na produtividade do trabalho humano e de bens materiais em proporções nunca vista antes, e a geração de riquezas proporcionadas por essa revolução, favoreceu o amadurecimento das relações capitalistas em sua plenitude. Como decorrência do grande crescimento da produção industrial e suas transformações, a partir século XIX, começou a se tornar visível as primeiras consequências da nova forma de relação entre homem e natureza. Essas transformações indicavam um processo de deterioração provocado no meio ambiente pelo homem. Esse processo, ocasionado pela expansão fabril, passou a deixar marcas de destruição no meio, além de determinar precárias condições de vida aos trabalhadores, sujeitos a intensa exploração. Na atualidade, após pouco mais de dois séculos, a grande expansão econômica,

impulsionada pelas forças produtivas capitalistas, resultou em uma grande quantidade de problemas ambientais, e as sociedades humanas atingiram um limite crítico na sua relação com o ambiente, ao comprometer não só a sobrevivência da natureza, como também a própria existência enquanto espécie. Desta forma, impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes por determinada ação ou até mesmo atividade desempenhada pelo homem. Estas alterações irão apresentar variações, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas. O impacto ambiental é analisado com o objetivo de avaliar as consequências, para que possa haver a prevenção/mitigação destes. Impactos dessas proporções ou piores podem acontecer em qualquer momento, em qualquer parte do mundo. Porém, o risco de tais acidentes é maior principalmente nos países mais pobres, que estão a mercê do poder econômico de grandes grupos internacionais, representados pelas multinacionais e que em seu país de origem tem a operação e o uso de determinados produtos que fabricam restringidos. Diante de tal quadro, que alerta para o comprometimento da própria existência humana, surgem diversos movimentos em favor da preservação ambiental no contexto internacional e nacional, onde a deterioração ambiental e sua relação com o modelo de crescimento econômico passam a ser objeto de estudo e preocupação em âmbito mundial, que gerou discussões e eventos internacionais e dentre eles destaca-se os que foram marcantes ao no tratamento e percepção do tema. Sob o impacto desse relatório, em 1972, foi organizado em Estocolmo, Suécia, com a presença de representantes de 113 países, a Primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente Humano, para a discussão dos problemas ambientais. Nessa conferência foi aprovada a Declaração sobre o Ambiente Humano, que visava estabelecer uma visão global e princípios comuns que serviriam de inspiração e orientação aos povos para a preservação e melhoria do ambiente humano e um Plano de Ação para o Meio Ambiente, com 109 recomendações relativas à avaliação do meio ambiente mundial. Na recomendação 96, reconhece a importância da implementação de um Programa de Educação Ambiental como estratégia fundamental de combate à crise ambiental e melhoria da qualidade de vida. Conforme afirma Naked (2001), a Conferência de Estocolmo foi o marco histórico do despertar da consciência ambiental e durante este evento ficou claro o confronto entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Os desenvolvidos, preocupados com os efeitos da degradação ambiental sobre a Terra e a preservação e conservação dos recursos naturais e energéticos do planeta, e os países em desenvolvimento, marcados pelos problemas sociais, como a miséria, falta de moradia, falta de saneamento básico e, principalmente, o da necessidade do crescimento econômico, como forma de melhorar as condições de vida de sua população. Dias (2004) afirma que a Conferência de Estocolmo foi decisiva para o surgimento de políticas de gerenciamento do ambiente, e além de chamar a atenção do mundo para os problemas ambientais também gerou controvérsias. Nessa discussão os representantes dos países em desenvolvimento acusaram os países industrializados de querer limitar seus programas de desenvolvimento industrial, ao usar a desculpa da poluição, como um meio de intimidar o crescimento dos países pobres e buscar, dessa forma, inibir a capacidade de competição dos países pobres. Desse evento resultou ainda, em 1973, a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) com o objetivo de promover o desenvolvimento

sustentável do ambiente em âmbito internacional. Esse programa tem como meta informar e capacitar as nações e povos a aumentar sua qualidade de vida sem o comprometimento das futuras gerações. Dentre tantos problemas ambientais com os quais se tem de conviver no mundo de hoje, os relativos ao manuseio da água são os que mais preocupam, pois ela é imprescindível e estratégica para a existência da vida em nosso planeta e seu gerenciamento sustentável tem sido levantada como uma das questões mais importantes no rol das preocupações do PNUMA. Essa preocupação torna-se cada vez maior em virtude da constante diminuição das fontes de água potável, que é causada principalmente pelo elevado aumento do crescimento populacional e também por outros tantos fatores tais como, o desenvolvimento industrial, a expansão da agricultura irrigada e a poluição. Em 1987, é publicado o Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, denominado „Relatório Brundtland‟, também conhecido como „Nosso Futuro Comum‟, no qual se defende a idéia de desenvolvimento sustentável. Essa publicação contou com o aval da ONU e teve o mérito de fazer com que todas as nações encarassem o problema ecológico como de extrema importância. Jacobi (2003) afirma que o „Relatório Brundtland‟, além de reforçar as necessárias relações entre economia, tecnologia, sociedade e política, também chama a atenção para a necessidade de uma nova postura ética em relação à preservação do meio ambiente, caracterizada pelo desafio de uma responsabilidade tanto entre as gerações quanto entre os integrantes da sociedade dos nossos tempos. Em 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, realiza-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou a „Cúpula da Terra‟, assim chamada por ter reunido mais de uma centena de chefes de Estado. Recebeu outras denominações como de „Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável‟ ou ainda „ECO-92‟. Essa conferência chamou a atenção do mundo para as questões ambientais globais e para o desafio do desenvolvimento sustentável. Em 1992, a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 22 de março como „Dia Mundial da Água‟, destinado à discussão sobre os mais variados temas relacionados a esse recurso. Nessa data foi publicado um importante documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água, que tinha como objetivo chamar a atenção de todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações para a questão da escassez da água e apresentar uma série de medidas, informações e sugestões. Dentre os principais pontos da referida declaração destaca-se que a água faz parte do patrimônio do planeta e é condição essencial de vida de todo o ser vegetal, animal ou humano. Alerta que os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados e que tal bem deve ser utilizado com racionalidade, precaução e parcimônia (PETERS, 2005). A água é um recurso natural, abundante na superfície terrestre, e mesmo presente em todas as partes do planeta. Nem sempre se apresenta de forma visível aos olhos, podendo ser encontrada no ar, nos rios, nos lençóis freáticos, nos vegetais, nas calotas polares e em todos os seres vivos. A ocorrência, circulação e distribuição da água em nosso planeta, bem como sua transformação natural para o estado sólido, líquido e gasoso, dependem exclusivamente da energia solar. A água é a substância que recobre 75% da superfície terrestre, sendo que apenas 25% correspondem às terras. O grande volume de água que cobre a Terra pode levar à conclusão falsa e perigosa de que se trata de um bem abundante e

inesgotável, o que não é, pelo menos quando se trata de água doce, própria para o consumo humano. Essa grande quantidade de água não esta em sua totalidade disponível para o consumo humano. De toda água existente no planeta Terra, 97% é salgada e imprópria para o consumo humano. Restam apenas 3% de água doce e, nem mesmo essa quantidade está disponível para o consumo, pois 2% estão nas geleiras e 1% nos rios. Ou seja, a parte que pode ser consumida pelo ser humano é muito pequena, uma vez que a água de fácil acesso, dos rios, lagos e represas representa muito pouco do total de água doce disponível, além de que nem sempre água doce significa água potável. Apesar desses contrastes, quando o assunto é água doce, o Brasil é um país privilegiado em relação ao resto do mundo, concentrando a maior abundância de recursos hídricos: 13% da água doce do Planeta esta em seu território, possui o maior rio do mundo, o Amazonas e parte do maior reservatório de água subterrânea do planeta - o Aqüífero Guarani.[6] Se em quantidade o país é privilegiado, o mesmo não se pode afirmar quanto à sua distribuição. Assim como no mundo, os recursos hídricos brasileiros estão irregularmente distribuídos entre as regiões. Apenas uma pequena parcela da água se encontra disponível para o consumo humano, e mesmo esta pequena parcela necessita, em muitos casos, ser tratada antes de ser consumida, uma vez que se encontra poluída. A água para abastecimento da população pode ser captada nos rios, lagos, ou ainda, nos lençóis freáticos. Até chegar às torneiras das residências passam por um ciclo artificial criado pelo homem. Encaminhada a uma estação de tratamento, é submetida a tratamento apropriado para reduzir a concentração de poluentes até o ponto em que não apresente riscos para a saúde. As várias etapas do tratamento são: coagulação e floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e correção. Em tempos passados a natureza foi considerada como uma fonte de recursos inesgotáveis, pela grande quantidade de recursos disponíveis que possuía e pela pequena população. Essa população tinha um padrão de vida cujas necessidades eram mínimas e seus dejetos naturalmente absorvidos. Na atualidade, com o aumento populacional e o crescimento das cidades, as necessidades criadas são cada vez maiores, e para atender a esta demanda, consume se cada vez mais recursos naturais, tornando as reservas cada vez menores e a quantidade de resíduos aumentou assustadoramente. Esse crescimento acelerado da população e das cidades impulsionou um aumento considerável de construções, impermeabilizando o solo e expondo as cidades às inundações decorrentes das chuvas. É muito comum ouvirmos, pelos meios de comunicação, notícias de enchentes onde os mais afetados são as pessoas pobres. Isso ocorre porque na maioria das vezes essas pessoas por necessidade e falta acesso a outros lugares ocupam áreas sujeitas à inundação. Diversos são os impactos das enchentes sobre a população, que além das perdas materiais e humanas, ainda passam a conviver com a contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera e por inundação de depósitos de material tóxico e estações de tratamentos. Além da degradação e contaminação das águas, também contribui para o agravamento dos problemas do uso da água, o desperdício, uma vez que ocorre todos os dias e das maneiras mais variadas, seja por falta de conscientização, de orientação e de informação. Para exemplificar, a agricultura é responsável por um desperdício que pode chegar a 60%, devido a falhas de planejamento, uso inadequado do solo e à monocultura extensiva. Vazamentos nas canalizações e

residências são responsáveis por outros 15% de desperdício dos sistemas de tratamento (TVCULTURA, 2008). A falta de cuidado com a água tem produzido crises de abastecimento e de qualidade, podendo num futuro próximo tornar-se insuficiente, e comprometer o desenvolvimento econômico-social e a qualidade da vida da população. É necessário lembrar, no entanto, que essas causas podem ser minimizadas se nos conscientizarmos da importância da água e as formas adequadas de sua utilização. [1] Professora da Rede Pública do Estado do Paraná [2] Professora orientadora do PDE * Texto adaptado de: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_ana_maria_ferreira.pdf>.

Organização: SILVA, J. A.

Espera-se que este texto possa elucidar dúvidas e elevar o nível de criticidade

dos alunos com relação a temática.

2. Mesa Redonda

Após a leitura individual do texto, o próximo passo será discuti-lo. Para tanto,

as carteiras serão dispostas em forma circular objetivando que a temática seja

debatida em uma mesa redonda, objetivando uma forma de avaliação deste tópico.

Os principais pontos do texto deverão ser debatidos sob a forma de

argumentação. Assim é visto que todos os alunos se sentirão mais envolvidos, em

que se espera que o debate conduza à reflexão e esta, à conscientização.

Quadro 05 - Atividade a ser avaliada nos alunos:

DEBATE SOBRE O TEXTO: Educação Ambiental e a problemática do uso da

água: conhecer para cuidar – Autores: FERREIRA, Ana Maria; AOKI, Yolanda S,

2008.

Organização: SILVA, J. A.

Neste momento será verificado em que proporção este texto elucidou dúvidas

e elevou o nível de criticidade dos alunos com relação à temática após sua leitura e

consequente discussão.

3. Pesquisa Objetivando a Construção de Texto

Após o final da mesa redonda, uma próxima atividade tem por intuito

consolidar os conceitos e categorias apreendidos e iniciá-los em uma argumentação

escrita. Desta forma, uma pesquisa científica relacionando estes as suas causas e

consequências é fundamental.

Após o referido debate, os alunos irão pesquisar (no Laboratório de

Informática da escola e/ou em casa) impactos ambientais ocorridos em bacias

hidrográficas. Esta pesquisa será efetivada a partir da construção de um texto por

aluno, enfocando as causas destes impactos ambientais e suas principais

consequências.

Quadro 06 - Atividade proposta a ser entregue aos alunos:

PESQUISA – INDIVIDUALMENTE, CADA ALUNO IRÁ PRODUZIR UM TEXTO

ENFOCANDO AS CAUSAS DESTES IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS

PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS, CONSIDERANDO A PERSPECTIVA DOS

CONCEITOS E CATEGORIAS GEOGRÁFICAS.

Organização: SILVA, J. A.

Esta atividade tem por objetivo verificar o nível de aprendizagem dos alunos

com relação ao conceito de impactos ambientais e suas principais causas e

consequências, momento este em que os alunos poderão relacioná-lo ao seu

empírico.

Vale destacar que será verificado, neste ponto do processo de ensino e

aprendizagem, se a maturidade dos alunos com relação à temática proposta já é

suficiente para que possa ocorrer à realização do tão aguardado trabalho de campo.

Quarta Etapa

(Tempo previsto: 19 aulas)

1. Trabalho de Campo

Após o assunto impacto ambiental (enfocando as causas destes impactos

ambientais e suas principais consequências) ser debatido em mesa redonda,

espera-se que os alunos possam se sentir mais envolvidos e conscientizados com

relação à problemática em questão.

Neste momento o trabalho de campo torna-se uma ferramenta fundamental

para a consolidação do processo de aprendizagem. Principalmente nas séries

iniciais é fundamental que ocorra a compreensão do espaço local, ou seja, o espaço

vivenciado pelo aluno em seu cotidiano (que envolve a casa, a escola, a rua, o

bairro, a cidade), pois, salientando Tomita (1999, p.13) “o ensino de Geografia

encorpado de um bom cabedal teórico, deve partir do conhecido para o

desconhecido, do concreto para o abstrato, do próximo para o mais distante”, onde o

ponto inicial será a realidade vivenciada pelo aluno, através do uso das categorias.

Ainda frisando a autora, o espaço organizado pela sociedade focado na relação

homem-natureza pode apresentar melhor compreensão quando há uma participação

ativa dos alunos na apreensão da realidade que o cerca.

Ao mencionar Callai (1998, p.80), vemos que “[...] conhecer a realidade vai

além de identificar o que existe. Supõe discutir as formas como se expressam, como

se apresenta a realidade, entender não apenas o produto, mas, basicamente, os

processos que os desencadeiam [...]”. Assim, destaca-se o trabalho de campo como

um procedimento de fundamental importância para o entendimento do espaço local,

em que sua realização, segundo Oliveira et al. (2010), traz à tona novos fragmentos

da realidade fragmentada, em que a reconstrução desses fragmentos se dá

intrinsecamente nos elementos e fenômenos que compõem a natureza.

Portanto, o trabalho de campo é um dos procedimentos metodológicos do

processo de ensino mais produtivo e fecundo, pois além de o aluno partir do

conhecimento concreto que o cerca em direção ao conhecimento abstrato, a ser

atingido, em que este vai compreender mais a fundo os processos que

desencadeiam a „construção‟ da realidade que o permeia. Devido a sua importância,

foi selecionado um roteiro específico para o trabalho de campo que englobará os

itens que nos propomos a diagnosticar.

Neste roteiro do trabalho de campo, estamos propondo a visitação a algumas

áreas e pontos específicos de paradas que contribuirão, sem sombra de dúvidas,

para se atingir os objetivos traçados neste projeto da melhor forma possível. A

seguir, tendo por base a figura 04, podemos observar o roteiro deste trabalho de

campo e as paradas que serão realizadas:

Figura 04 - Mapa mostrando o município de Cambé e o trajeto do trabalho de

campo

Fonte: software © 2013 Google Earth (2013)

Organização: SILVA, J. A.

Pode ser observado, conforme o mapa da figura 04, o roteiro a ser seguido no

trabalho de campo. Todos os cursos d‟água demarcados em azul fazem parte das

principais nascentes do ribeirão Cafezal, em que os círculos em vermelho serão os

pontos de paradas a serem realizadas. Cabe mencionar que todos estes cursos

d‟água – principalmente os pontos de parada – serão visitados, fotografados e

diagnosticados, onde os impactos ambientais encontrados estabelecerão as bases

para que possamos repensar os recursos hídricos a partir do uso do Google Earth

em ambiente escolar. Assim, o enunciado da atividade e o que se espera dos alunos

é descrito a seguir:

Quadro 07 – Atividade em que os alunos serão avaliados:

TRABALHO DE CAMPO – CADA ALUNO IRÁ ANOTAR AS COORDENADAS

GEOGRÁFICAS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E CURIOSIDADES

ENCONTRADAS, UTILIZANDO A FOTOGRAFIA COM MEIO DE FAZER ANÁLISE

DO MÁXIMO DE DETALHES POSSÍVEIS, E INSERINDO-AS NA IMAGEM DO

GOOGLE EARTH, DESCREVENDO PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA

ÁREA ESTUDADA.

Organização: SILVA, J. A.

Objetivando a localização precisa dos impactos ambientais, será utilizado um

GPS (Sistema de Posicionamento Global) e sobretudo, a partir de um bloco de

notas, serão anotadas as coordenadas geográficas destes impactos, em que os

mesmos também serão descritos e fotografados com o intuito de uma posterior

manipulação destes dados colhidos.

2. Manipulação dos Dados Coletados

Após a concretização do trabalho de campo, todas as informações e dados

coletados serão manipulados em ambiente apropriado. Ressalta-se aqui o

Laboratório de Informática da escola, onde esta manipulação ocorrerá tendo por

base o software © 2013 Google Earth (2013).

No software © 2013 Google Earth (2013) ocorrerá à verificação de todos os

pontos críticos em que forem encontrados impactos ambientais durante o trabalho

de campo. Para tanto, serão utilizadas as anotações realizadas durante o trabalho

de campo e contidas no bloco de notas. Estas informações serão tabuladas

objetivando melhor analise com relação a problemática. Desta forma, propomos a

seguinte divisão para efeitos de tabulação:

Tabela 01 - Forma predominante do impacto ambiental

Forma predominante do impacto ambiental

Impacto diverso Impacto urbano Impacto industrial Impacto rural

Organização: SILVA, J.A.

Objetivando um melhor esclarecimento, impacto diverso é aquele que engloba

mais de um ou até mesmo todos os impactos descritos ao mesmo tempo,

independente da frequência e magnitude com que este irá atuar. Impacto urbano

será aquele derivado exclusivamente das atividades urbanas. Impacto industrial

será aquele derivado exclusivamente das atividades industriais. E, fechando a

explicação, impacto rural será aquele que teve sua gênese exclusivamente das

atividades rurais.

Para tanto, a seguir (quadro 08) será apresentada aos alunos uma atividade

envolvendo a temática e a utilização do software © 2013 Google Earth (2013).

Quadro 08 - Atividade que será entregue aos alunos:

1º MOMENTO DA ATIVIDADE PÓS TRABALHO DE CAMPO:

- LOCALIZAR (A PARTIR DAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS) E VERIFICAR

TODOS OS PONTOS CRÍTICOS EM QUE FORAM ENCONTRADOS IMPACTOS

AMBIENTAIS DURANTE O TRABALHO DE CAMPO UTILIZANDO O SOFTWARE

© 2013 GOOGLE EARTH (2013), QUE COM USO DE SUAS FERRAMENTAS

SERÁ CRIADO LAYERS DENOMINANDO CADA PROBLEMÁTICA

IDENTIFICADA.

Organização: SILVA, J. A.

No Laboratório de Informática da escola esta atividade será realizada,

momento este em que algumas informações derivadas do trabalho de campo

passarão a ser utilizadas (coordenadas geográficas, descrições dos impactos e

curiosidades e as fotos, objetivando um comparativo inicial com as imagens

encontradas no Google Earth).

Passada esta fase de observação em tela, chega-se ao 2º momento da

atividade proposta aos alunos. Tão importantes quantas outras fases realizadas,

esta consiste na tabulação, que tem por objetivo básico o maior detalhamento e a

melhor classificação possível do impacto ambiental. Para tanto, destacamos o

quadro 09:

Quadro 09 - Atividade que será entregue aos alunos:

2º MOMENTO DA ATIVIDADE PÓS TRABALHO DE CAMPO:

- TABULAR OS DADOS OBJETIVANDO UMA ANÁLISE MAIS DETALHADA E

COERENTE À PROBLEMÁTICA. DESTA FORMA, PARA UMA CLASSIFICAÇÃO

MAIS EFICIENTE, PROPOMOS A DIVISÃO DESCRITA NA TABELA 01, ONDE O

ALUNO APRESENTARÁ QUAL É A FORMA PREDOMINANTE DO IMPACTO

AMBIENTAL, E A PARTIR DESSA ANÁLISE, QUE OS ALUNOS POSSAM

PENSAR EM SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS

IDENTIFICADOS.

Organização: SILVA, J. A.

Neste momento os alunos irão tabular os dados derivados do trabalho de

campo. Juntamente à tabulação, nesta fase ocorrerá a classificação da forma

predominante do impacto ambiental encontrado durante o percurso. Assim,

pautados na tabela 01, os alunos irão realizar a classificação destes impactos

ambientais evidenciados.

Cabe destacar que a metodologia de tabulação e a forma de classificação dos

impactos ambientais serão anteriormente a esta fase, trabalhados em sala de aula

de maneira que toda e qualquer dúvida e questionamento proveniente possa ser

extinta.

3. Utilização do Software © 2013 Google Earth (2013) para a Confecção de

Cartas Temáticas, Tabelas e Gráficos

Após ocorrer a manipulação dos dados coletados, chega-se ao objetivo

principal de nossa proposta pedagógica: - Utilizar o software © 2013 Google Earth

(2013) como um recurso didático para o ensino de Geografia, aplicado a análise e

reconhecimento de bacias hidrográficas. Ou seja, os dados coletados serão

transformados em cartas temáticas, tabelas e gráficos relacionados aos mais

diversos impactos ambientais que poderão ser encontrados na área de estudo,

sendo que o princípio norteador para este fato ocorrer será a utilização deste

software.

Durante o processo educacional, além do enriquecimento visual, o uso das

imagens também permite maior interação entre os estudantes, destacando o

aspecto social de aprendizagem. (PETRY et al., 2010); (SAMBRANA et al., 2012).

Salientando Sambrana et al. (2012, p. 551), “o programa Google Earth

permite navegar por imagens de satélite de todo o planeta, girar uma imagem,

marcar e salvar locais, medir distâncias entre dois pontos e ter uma visão

tridimensional de uma determinada localidade.”

Ao abrir o programa o usuário visualiza a janela principal padronizada: na

parte superior a barra de menu; na lateral esquerda há três painéis - pesquisar,

lugares e camadas; e a imagem tridimensional do planeta com os controles de

navegação. Abaixo da imagem, encontraremos informações como: coordenadas

geográficas, elevação e datas. A barra de menu apresenta as seguintes opções:

Arquivo, Editar, Visualizar, Ferramentas, Adicionar e Ajuda. Utilizando o mouse

pode-se aumentar ou diminuir o zoom da imagem do planeta bem como girá-lo em

qualquer sentido; destacamos que essas ações podem ser realizadas por meio dos

controles de navegação.

Assim, além do tutorial presente na figura 01, podemos enumerar ainda mais

funções para este software. Na figura 05, a seguir, são destacadas na barra de

ferramentas as mais usuais para o Google Earth:

Figura 05 - Barra de ferramentas do Google Earth e a função de cada item.

Fonte: software © 2013 Google Earth (2013) Organização: SILVA, J. A.

A partir da descriminação dos itens, podemos ver que:

1- Caixa de texto: o usuário digita que parte do globo terrestre quer

visualizar.

2- Ferramenta pesquisa: ao lado, tendo o usuário digitado que parte do

globo terrestre quer visualizar, tecla em pesquisar.

3- Ferramenta mostrar barra lateral: a partir da mesma o usuário tem

acesso a todas as classificações e subcategorias que já foram

descriminadas em seu mapa.

4- Ferramenta marcador: serve para marcar o que o usuário quer destacar.

5- Ferramenta polígono: serve para demarcar uma área ou objeto. Pode ser

pintado de outras cores.

6- Ferramenta adicionar caminho: o usuário pode usar esta tecla para

destacar um caminho que possa lhe interessar.

7- Ferramenta de superposição de imagem: a partir desta tecla o usuário

pode sobrepor imagens e temas diferenciados.

8- Ferramenta gravar passeio: esta funcionalidade dá ao usuário a opção de

gravar suas ações na tela.

9- Ferramenta mostrar imagens históricas: tem a função de dar ao usuário a

opção de escolher algumas datas específicas da mesma localização.

10- Ferramenta que mostra a luz do sol na paisagem: regulando, ao lado, o

horário que o usuário que ver na foto, a luminosidade vai alternando

conforme esta escolha.

11- Ferramenta para alternar Terra, Céu, Lua ou Marte. A partir destas

opções, o usuário escolhe o ambiente que quer visualizar.

12- Ferramenta régua: com ela, o usuário pode medir a distância entre dois

ou mais pontos.

13- Ferramenta e-mail: esta funcionalidade permite ao usuário capturar um

ponto na tela ou até mesmo a tela inteira e enviar via e-mail.

14- Ferramenta imprimir: este item dá ao usuário a opção de escolher um

ponto específico na tela para impressão ou até mesmo imprimir toda a

visualização da tela.

15- Ferramenta salvar imagem: com esta opção o usuário salva a imagem

que está na tela.

16- Ferramenta visualizar no Google Maps: esta função permite o usuário

considerar a mesma localização, agora no software Google Maps.

Um diferencial significativo que vale a pena mencionar quanto ao uso do

Google Earth é a sua tridimensionalidade - os lugares podem ser vistos de qualquer

ângulo. Esse recurso pode contribuir para uma aprendizagem significativa.

Conforme (Moreira, 2008, p. 05):

A aprendizagem é dita significativa quando uma nova informação (conceito, ideia, proposição) adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo, i.e., em conceitos, ideias, proposições já existentes em sua estrutura de conhecimentos (ou de significados) com determinado grau de clareza, estabilidade e diferenciação. Os alunos podem, por meio de observação de maneira tão real de paisagens distantes, fazer analogias com seu entorno, “ancorando” a nova paisagem àquelas que conhecem por vivência.

Desta forma o software © 2013 Google Earth (2013) pode conduzir os alunos

a uma aprendizagem significativa, em que o seu espaço, a sua paisagem de

vivência pode obter novos significados (atualizados e complementares), que podem

tornar o processo educacional mais abrangente e produtivo, relacionando a escala

local-global-local.

3.1 - Construção de Cartas Temáticas, Tabelas e Gráficos

Parafraseando a aprendizagem significativa em sua essência, neste momento

ocorrerá a interação do aluno com o software em questão. Assim, tem início a

construção das cartas temáticas, tabelas e gráficos.

A partir da utilização do Google Earth, inicialmente serão construídas as

cartas temáticas. Na tabela 02, a seguir, é demonstrado o processo de divisão dos

impactos e a forma como ocorrerá à construção dos respectivos títulos destas

cartas:

Tabela 02 - Classes e construção dos títulos das cartas temáticas

Cartas temáticas relativas aos impactos ambientais

Impacto diverso TÍTULO = Impacto diverso + descrição do impacto

Impacto urbano TÍTULO = Impacto urbano + descrição do impacto

Impacto industrial TÍTULO = Impacto industrial + descrição do impacto

Impacto rural TÍTULO = Impacto rural + descrição do impacto

Organização: SILVA, J.A.

É destacado que os impactos serão divididos em 04 classes, a saber:

- Impacto diverso, Impacto urbano, Impacto industrial e Impacto rural. Não

obstante, a construção do título será resultado da classe a que este impacto está

submetido e sua devida descrição.

Desta forma, serão construídas cartas temáticas da área em estudo

enfocando os impactos ambientais encontrados (demarcando os mesmos). Ocorrerá

a caracterização deste impacto (determinando a forma predominante do impacto

ambiental, conforme já descrito), sua localização geográfica (coordenadas

geográficas), a altitude em que se encontra, sendo também medida a distância e

determinada a correlação entre um impacto ambiental e outro.

Tendo por base a construção das cartas temáticas, serão elaborados gráficos

e tabelas objetivando detalhar e caracterizar ainda mais estes impactos ambientais e

sua ocorrência. Assim, serão construídos gráficos e tabelas derivadas das cartas

temáticas da área em estudo enfocando as características dos impactos ambientais

encontrados, que terão por finalidade a colaboração na distinção da caracterização

destes impactos (diferenciando a forma predominante do impacto ambiental,

conforme já descrito).

Com base no exposto, os alunos irão desempenhar duas tarefas a serem

descritas em dois momentos distintos, conforme pode ser observado nos quadros 10

e 11:

Quadro 10 - Enunciado de atividade a ser entregue aos alunos:

1º MOMENTO DA ATIVIDADE: CONSTRUIR CARTAS TEMÁTICAS DA

ÁREA EM ESTUDO ENFOCANDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS ENCONTRADOS

(DEMARCANDO OS MESMOS). CARACTERIZAR O(S) IMPACTO(S)

(DETERMINANDO A FORMA PREDOMINANTE DO IMPACTO AMBIENTAL,

CONFORME JÁ DESCRITO, UTILIZANDO A TABELA 02 COMO MODELO), SUA

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA (COORDENADAS GEOGRÁFICAS), A ALTITUDE

EM QUE SE ENCONTRA, ONDE SERÁ MEDIDA A DISTÂNCIA E DETERMINADA

A CORRELAÇÃO ENTRE UM IMPACTO AMBIENTAL E OUTRO, AMBAS A

PARTIR DO SOFTWARE © 2013 GOOGLE EARTH (2013).

Organização: SILVA, J. A.

Sem dúvida, esta é a fase mais importante do projeto. Neste momento os

alunos demonstrarão todo discernimento e amadurecimento com relação ao tema

trabalhado. Após a construção destas cartas temáticas, serão elaborados gráficos e

tabelas objetivando detalhar e caracterizar ainda mais estes impactos ambientais,

sua ocorrência e relação com outros agentes. É aí que verifica-se o segundo

momento da atividade a ser proposta, que tem por objetivo básico a melhor distinção

possível dos impactos ambientais que poderão vir a ser encontrados:

Quadro 11 - Enunciado de atividade a ser entregue aos alunos:

2º MOMENTO DA ATIVIDADE: A PARTIR DA TABULAÇÃO DE TODOS OS

DADOS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CONSTATADOS NA ÁREA, SERÁ

REALIZADA A CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS E TABELAS QUE TERÃO POR

FINALIDADE A COLABORAÇÃO NA DISTINÇÃO DA CARACTERIZAÇÃO

DESTES IMPACTOS.

Organização: SILVA, J. A.

É visto que os gráficos e tabelas derivados da tabulação dos dados referentes

aos impactos ambientais encontrados ajudarão ainda mais a descrever, catalogar e

até mesmo elucidar estes impactos ambientais.

3.2 - Apresentação dos Resultados

1º momento: Workshop

Como todo trabalho científico merece exposição e apreciação, neste trabalho

a mesma ocorrerá de forma especial: - Após a construção das cartas temáticas,

gráficos e tabelas, estes serão expostos, num primeiro momento, em um Workshop

com o intuito de que alunos, professores e funcionários da escola possam estar

participando do evento e interagindo com a temática proposta, a fim de que se

percebam como agentes atuantes e transformadores do espaço.

Quadro 12 - Enunciado de atividade proposta entregue aos alunos:

- ORGANIZAR UM WORKSHOP – OBJETIVO → EXPOSIÇÃO E

APRESENTAÇÃO DAS CARTAS TEMÁTICAS, GRÁFICOS E TABELAS.

Organização: SILVA, J. A.

Durante a fase do Workshop, espera-se uma grande participação e interação

de todos os integrantes da escola com a temática trabalhada ao longo deste projeto.

Sendo uma temática que envolve, direta ou indiretamente, todo o meio

político, econômico e social, é visto como de fundamental importância que as

autoridades envolvidas com a problemática também possam estar cientes e, a partir

daí, também envolvidos com o projeto.

2º momento: Autoridades envolvidas com a temática

Devido à abrangência e magnitude da temática proposta, percebemos a

viabilidade dos alunos estarem apresentando o resultado final deste trabalho às

autoridades competentes relacionadas com o tema em questão.

Assim, após a construção das cartas temáticas, gráficos e tabelas, em que

sua exposição, num primeiro momento, ocorrerá num Workshop envolvendo todo

corpo docente, corpo discente e funcionários da escola, num segundo momento este

trabalho será entregue as autoridades competentes, objetivando a interação destes

com a temática proposta e, principalmente, com a problemática analisada.

Quadro 13 - Enunciado de atividade proposta entregue aos alunos:

- APRESENTAÇÃO E ENTREGA DOS DOCUMENTOS REFERENTES AO

PROJETO AS AUTORIDADES COMPETENTES – OBJETIVO → INTERAÇÃO

DESTES COM A TEMÁTICA PROPOSTA E, PRINCIPALMENTE, COM A

PROBLEMÁTICA ANALISADA.

Organização: SILVA, J. A.

Assim, um projeto inicialmente de cunho didático pedagógico pode vir a se

tornar uma ferramenta construtiva para formar cidadãos mais críticos e atuantes na

edificação e transformação do espaço geográfico, em que a busca pela mitigação de

impactos ambientais deve ser constante, objetivando o equilíbrio econômico, social e

ambiental, em que a premissa básica deve ser a busca por um “mundo melhor para

todos”!

Este trabalho pode ser considerado mais uma „sementinha‟ cultivada no

vasto campo do saber, em que seus objetivos e resultados esperados são os mais

promissores e nobres possíveis. O mesmo, com certeza, não tem a pretensão de

mudar o mundo, sanando de uma só vez todos os problemas ambientais. Este tem a

humildade de entender que esta premissa virá focada nos encontros (e confrontos)

dos múltiplos saberes e centrada na diversidade de ideias e opiniões. Mas, sabe que

seu valor reside em seu significado na formação inicial do cidadão, podendo vir a ser

uma valiosa ferramenta no processo educacional como um todo.

DIRECIONAMENTOS, SUGESTÕES E OPINIÕES DESTINADAS AOS

PROFESSORES ENVOLVIDOS COM A TEMÁTICA.

AVALIAÇÃO

De acordo com a temática desenvolvida, propomos as seguintes formas de

avaliação descritas no decorrer do trabalho:

- Análise de imagens;

- Trabalho com mapas;

- Discussões em grupos;

- Questionários;

- Interpretação de textos informativos e jornalísticos;

- Produção de texto;

- Construção de Cartas temáticas;

- Construção de gráficos e tabelas e

- Workshop.

CONTEÚDOS DE ESTUDO

- Globalização e novas Tecnologias (TIC‟s);

- Softwares temáticos - © 2013 Google Earth (2013);

- Cartografia;

- Noções de orientação e localização (GPS);

- Escalas de análise;

- Categorias da Geografia (paisagem, região, território, lugar, sociedade e natureza);

- Conceito de bacia hidrográfica;

- Conceito de impacto ambiental;

- Classificação de impacto ambiental;

- Relação sociedade-natureza.

ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES (DO USO DA PDP AOS

PROFESSORES)

A principal ação que embasa esta proposta consiste em desenvolver

atividades voltadas para o planejamento, quanto ao uso do computador e da internet

como ferramentas de informação e comunicação da linguagem geográfica, em que o

software categorias da geografia (paisagem, região, território, lugar e sociedade

natureza) destaca-se como uma referência para as práticas voltadas ao ensino de

Geografia.

A inserção do software © 2013 Google Earth (2013) como metodologia

pedagógica se viabilizará a partir do olhar social e que se relacione com o ensino de

Geografia. Almeida (2010) relata que a cartografia escolar pode (e deve) se aplicada

na educação diferenciada: experiências com a formação de professores neste

sentido são válidas, em que sobressai o desafio de despertar nos alunos do ensino

fundamental o gosto pela pesquisa e leitura através da tecnologia proveniente do

meio informacional e gratuita.

Desta forma este material didático procura buscar novas metodologias e

abordagens que permitam aproximar o estudante, seja ele trabalhador ou não, aos

conhecimentos científicos e tecnológicos, dando a este um incentivo para concluir os

estudos e realizar sonhos, ampliando horizontes e descobrindo oportunidades. A

metodologia baseia-se na pedagogia dialógica na qual o educador parte da

problematização da realidade do aluno para a finalidade de intervenção na prática

social, em que este passa a notar-se como parte integrante e agente ativo na

construção e transformação do espaço geográfico.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO (DA PDP)

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem será formativa, diagnóstica,

contínua, permanente e cumulativa. No entanto a escola, ao construir seu Projeto

Político Pedagógico, deverá explicitar detalhadamente a concepção de avaliação

que orientará a prática dos professores envolvidos. Será necessário, então,

diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas

por meio de provas, o professor poderá usar técnicas e instrumentos que

possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes;

• apresentação e discussão de temas em seminários e workshops, dentre

outros.

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto

acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor, em

que PARANÁ (1999, p. 02), relata que “na avaliação do aproveitamento escolar,

deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, consideradas a

interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.”

Assim explicitamos o quanto é importante o ato de avaliar, tanto para o aluno

quanto para o professor, pois o resultado final sempre influenciará na qualidade do

processo de ensino e aprendizagem como um todo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a disseminação da abrangência e da magnitude dos impactos

ambientais nas mais variadas escalas de análise, faz-se necessário a utilização de

novas formas de mitigação. É este o marco norteador deste trabalho – a utilização

de novas tecnologias (software © 2013 Google Earth, 2013) aplicadas ao ensino da

disciplina de Geografia, em que seu aproveitamento pode contribuir na análise das

bacias hidrográficas em seu contexto e criando, assim, uma consciência mais crítica

e reflexiva em relação à temática.

É notório que o essencial com relação a este assunto reside na preparação

para a cartografia escolar e uso das TIC‟s, tanto pelo corpo docente quanto pelo

corpo discente, pois, podemos afirmar que as dificuldades técnicas ainda são

constantes e dificultam seu uso pelos professores. Essa lacuna apenas será

devidamente preenchida a partir da constância na capacitação e o incentivo ao uso.

Sendo estes melhores preparados, a motivação e o interesse se fará mais presente,

em que as tecnologias digitais geralmente têm um efeito positivo neste cenário,

fazendo com que os alunos percebam a cartografia escolar digital como um universo

a ser descoberto e explorado.

Os mapas digitais (principalmente os derivados do software © 2013 Google

Earth, 2013) mostram-se como uma possibilidade de articulação da linguagem

cartográfica e geográfica com as TIC‟s. Considera-se a tendência de a escola tornar-

se ambiente de uso rotineiro das TIC‟s, ainda mais a partir da implantação dos

laboratórios do Projeto Paraná Digital, em que o pensamento geográfico no

processo de ensino e aprendizagem da Educação Básica será amplamente

favorecido.

Baseados na utilização do software © 2013 Google Earth (2013) como

recurso didático para o ensino de Geografia, este projeto de intervenção pedagógica

terá por missão abordar e discutir temas relacionados a bacias hidrográficas,

aprofundando os estudos sobre a utilização da água enquanto recurso natural e

suas implicações sociais, econômicas e ambientais, despertando uma consciência

crítica e ampliada em relação a seu uso enquanto recurso natural. Pois, o caminho

que o desenvolvimento sustentável percorre tem seu início na escola.

Assim, o software © 2013 Google Earth (2013) utilizado enquanto uma

ferramenta no processo de ensino e aprendizagem pode contribuir, num momento

preliminar, para a mitigação dos impactos ambientais já existentes e, num momento

posterior, para a conscientização destes alunos e potenciais cidadãos permeados

por direitos e deveres. A partir deste fato poderão visualizar-se enquanto agentes

produtores e transformadores do espaço geográfico.

CRONOGRAMA

REGISTRO DAS AÇÕES PREVISTAS (Tantas quantas foram planejadas):

Nº Período Ação

01 Fevereiro (10 aulas)

Visita ao Laboratório de Informática e aprendizagem e manipulação do software © 2013 Google Earth (2013).

02 Março (02 aulas)

Formação do banco de imagens.

03 Abril (04 aulas)

Trabalhos de campo.

04 Maio (16 aulas)

Construção de mapas, cartas temáticas e exposição final (WORKSHOP).

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