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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

ROSYMAR PIRES DE OLIVEIRA

CADERNO PEDAGÓGICO: ―23 HISTÓRIAS DE UM VIAJANTE: PROPOSTA INTERDISCURSIVA COMO

PRÁTICA DE LEITURA”

LONDRINA - PR 2014

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional

ROSYMAR PIRES DE OLIVEIRA

―23 HISTÓRIAS DE UM VIAJANTE: PROPOSTA INTERDISCURSIVA COMO PRÁTICA DE LEITURA”

Material didático pedagógico como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, na área de Língua Portuguesa, com o tema ―23 Histórias de um Viajante: proposta interdiscursiva como prática de leitura‖ sob orientação Profª Drª Maria Carolina de Godoy

LONDRINA- PR

2014

1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Título: 23 HISTÓRIAS DE UM VIAJANTE: PROPOSTA INTERDISCURSIVA COMO PRÁTICA DE LEITURA”

Autora Professora Rosymar Pires de Oliveira

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Professor Anésio Alves de Azevedo de Arapongas - Paraná

Município da escola Arapongas - Paraná

Núcleo Regional de Educação

Apucarana - Paraná

Professor Orientador ProfªDrª Maria Carolina de Godoy

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Londrina

Resumo

Pretende-se com este caderno pedagógico organizar as atividades práticas relacionadas ao tema proposto no projeto de intervenção pedagógica: A intertextualidade presente na obra “23 Histórias de um Viajante” de Marina Colasanti como proposta pedagógica de Língua Portuguesa, bem como a investigação que faremos a respeito da problemática: As leituras dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da rede pública são suficientes para a compreensão e interpretação dos contos colasantianos? Queremos oportunizar aos alunos do 9º ano do Colégio Estadual Professor Anésio Alves de Azevedo a participação em oficinas de leitura dos contos que integram a obra de Marina Colasanti: ―23 histórias de um viajante‖: Com sua grandíssima fome; Conto Moldura; Com certeza tenho amor; A cidade dos cinco ciprestes; De torre em torre; Do seu coração partido; Poça de Sangue em campo de neve e São os cabelos das mulheres. Utilizando-se de atividades com base nas teorias da intertextualidade dos autores Bentes, Cavalcante e Koch (2008) em sua obra Intertextualidade: Diálogos Possíveis que tem por objetivo principal analisar com o auxílio de muitos exemplos a intertextualidade presente naquilo que lemos , ouvimos, falamos ou escrevemos. Numa linguagem acessível para nós professores, esses autores nos auxiliam a compreender que é possível realizar um trabalho diferenciado com nossos alunos no que se refere a leitura, compreensão e interpretação de texto. Bem como a estética da recepção proposta nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Língua Portuguesa (2008), ao relatar com clareza a importância

da relação do leitor com a obra e do seu papel de destaque no processo de leitura, sendo que o precursor dessa teoria é Hans Robert Jauss, que na década de 60 questiona os estudos relacionados a história da literatura (Jauss,1994 p. 58) Em nossa produção didático-pedagógica elegemos a obra Literatura e formação do leitor: alternativas metodológicas de Aguiar e Bordini (1993) que explica como aplicar o método recepcional proposto pelo teórico Hans Robert Jauss, toda fundamentação teórica que o embasa e passo a passo como utilizá-lo em sala de aula nas atividades práticas que gostaríamos de desenvolver. Dessa forma, utilizaremos como alicerce prático em nossas atividades esses autores principais citados acima, com o objetivo de verificar se os alunos reconhecem os intertextos presentes nas narrativas propostas: João e Maria; As mil e uma noites; O Corvo; Barba Azul; Rapunzel; Cinderela e a história bíblica Sansão e Dalila. As seções serão interativas, oferecendo ao aluno o aperfeiçoamento e melhoramento dos níveis de oralidade, leitura e escrita, por meio de filmes, material impresso, vídeos, pesquisa no laboratório de informática, revistas, sobre o tema desse projeto: A intertextualidade presente na obra 23 Histórias de um Viajante de Marina Colasanti como proposta pedagógica de Língua Portuguesa. Com a implementação desta produção didático pedagógica, espera-se que o aluno do 9º ano torne-se leitor das obras de Marina Colasanti, de outros contos e autores, que seja capaz de ler as entrelinhas, os intertextos presentes, desenvolver o gosto pela leitura utilizando-a em situações de interpretação, mas, sobretudo que vivencie, nas aulas de língua portuguesa participações que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas, reconhecendo o papel do homem na sociedade, e a importância essencial da leitura de um texto num nível mais profundo, fator essencial para a assimilação do conhecimento, ampliação do seu horizonte de expectativas e construção da cidadania.

Palavras-chave Língua portuguesa, aluno/leitor, obra literária, leitura, escrita.

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 06

UNIDADE DIDÁTICA 1 ............................................................................................. 08

5 etapas do Método Recepcional .............................................................................. 08

Memória literária: do gênero conto ao fazer poético de Poe ..................................... 08

Seção 1: Objetivos .................................................................................................. 08

Atividade 1: projeto de intervenção pedagógica na escola ....................................... 09

Atividade 2: aplicação do método recepcional .......................................................... 10

Atividade 3: trabalho em grupos ................................................................................ 11

Atividade 4: questionário individual ao aluno............................................................. 13

Seção 2: Dialogando com os contos de fadas ..................................................... 14

Atividade 1: pesquisa em sites acadêmicos .............................................................. 15

Atividade 2: leitura e identificação de elementos pesquisados: tempo, lugar, etc. .... 16

Atividade 3: exibição do filme João e Maria, caçadores de bruxas ........................... 17

Seção 3: Contos de Marina Colasanti e a obra 23 histórias de um viajante ...... 18

Atividade 1: trecho do vídeo, os quatro primeiros minutos do poema: O corvo de Edgar Alan Poe ......................................................................................................... 19

Atividade 2: leitura em grupo dos contos e exposição sobre o texto lido. ................. 21

Atividade 3: pesquisa na biblioteca sobre os autores Charles Perrault, Irmãos Grimm, Hans Cristhian Andersen e Edgar Alan Poe ............................................................. 23

UNIDADE DIDÁTICA 2: Uma viagem pelo universo literário de Marina Colasanti ... 24

Seção 1: um pouco sobre Marina Colasanti ......................................................... 26

Atividade 1: entrevista da escritora Marina Colasanti ao jornalista Luiz Lobo ........... 26

Atividade 2: pesquisa sobre a vida e a obra da autora .............................................. 26

Atividade 3: confecção de cartaz sobre a pesquisa realizada ................................... 26

Seção 2: 23 Histórias de um Viajante .................................................................... 27

Atividade 1: trabalho com estrofe da letra da música O viajante da banda Forfun.... 27

Atividade 2: vídeo com parte do texto ....................................................................... 28

Atividade 3: associação com o título da obra e discussão de qual a proposição desta viagem ....................................................................................................................... 28

Atividade 4: entrega dos 23 contos para leitura e discussão .................................... 28

Seção 3: Hora do conto com Marina Colasanti .................................................... 30

Atividade 1: leitura e interpretação dos contos colasantianos ................................... 30

Seção 4: Os contos colasantianos: ponte para o jovem leitor entre o sonho e a realidade................................................................................................................... 35

Atividade 1: atividades de oralidade, leitura, escrita e interpretação dos contos....... 35

Atividade 1: atividades de oralidade, leitura, escrita e interpretação dos contos....... 35

Seção 5: De leitor ao produtor de um conto ......................................................... 42

Atividade 1: prática de produção didática da obra 23 histórias de um viajante ......... 42

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44

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APRESENTAÇÃO

O presente material didático-pedagógico é parte integrante do projeto do

Plano de Trabalho do Programa de Desenvolvimento Educacional–PDE, da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, intitulado como caderno pedagógico,

dividido em duas unidades com uma carga horária de 32h aulas.

Pretende-se com este caderno pedagógico organizar as atividades práticas

relacionadas ao tema proposto no projeto de intervenção pedagógica: A

intertextualidade presente na obra ―23 Histórias de um Viajante", de Marina

Colasanti como proposta pedagógica de Língua Portuguesa‖, bem como a

investigação que faremos a respeito da problemática: as leituras dos alunos do 9º

ano do Ensino Fundamental da rede pública são suficientes para a compreensão e

interpretação dos contos colasantianos?

Porém, antes de iniciarmos as análises e as propostas de atividades,

gostaríamos de convidá-los a realizar essa viagem pelo universo literário de Marina

Colasanti, seja no imaginário, seja na descoberta de novos saberes, na construção

do raciocínio, da leitura, da escrita, mas, sobretudo consciente do seu valor

enquanto educador, formador de opinião, e consequentemente de alunos/leitores

que necessitam do ensino de leitura como um valioso instrumento de acesso ao seu

lugar no mundo, requisito primeiro para o exercício pleno como ser humano e como

cidadão.

Diante dos desafios crescentes no que se refere à formação de leitores,

temos nos debatido com a dificuldade de trabalhar a leitura de todos os gêneros

textuais na escola, especificamente os textos literários por exigirem um leitor mais

atento, crítico e observador. Mas o que temos notado no trabalho em sala de aula é

que tem ocorrido um distanciamento aluno/leitor do objeto livro. BRANDÃO,

EVANGELISTA, MACHADO, (2003, p.10), ressaltam que inúmeros são os motivos

Prezados Professores e Professoras

7

que determinam esse lamentável desinteresse pela leitura, ―o uso excessivo e

ineficaz da tecnologia para fins pedagógicos, o desestímulo por parte do próprio

aluno, falta de incentivo familiar, escassez de material adequado, entre outros‖.

Pensando nisso, escolhemos o gênero conto, por ser uma narrativa curta, como

afirma Gotlib (2003, p.18) ―e ter como características justamente a possibilidade de

ser fluido, móvel, de ser entendido por todos.‖

Dentro desse contexto elegemos a obra ―23 histórias de um viajante”, (2005)

de Marina Colasanti por conter temas atuais e intensos do mundo contemporâneo

em que o aluno/leitor está inserido como o medo, a angústia, solidão, insensatez, a

cobiça, a velhice, a infelicidade, a morte, a injustiça, que precisam ser abordados,

pois, assim ressalta Candido em sua obra Literatura e Sociedade (1985, p. 20) ”a

obra produz sobre o indivíduo um efeito prático modificando sua conduta e sua

concepção de mundo, reforçando neles os sentimentos de valores sociais‖. Valores

que precisam ser resgatados e incutidos no âmbito escolar, muitas vezes o único

local possível de acesso ao conhecimento científico e humano, visto que nessa fase

há um debate interno de vozes, que diz respeito à identidade e à função do sujeito

ou eu. Segundo Culler (1999, p. 107) ―O que é esse ―eu‖ que sou, pessoa, agente ou

ator? Indivíduo que ainda está construindo opiniões de diferentes assuntos‖. Por isso

cada conto atinge o aluno/leitor de maneira surpreendente, com uma roupagem

nova Colasanti encanta pelo cuidado com as palavras, cujo narrador ora explícito ora

implícito envolve o leitor do início ao fim.

Nas atividades práticas de oralidade, leitura e escrita das seções,

aplicaremos as teorias da intertextualidade estudadas de acordo com os autores

Bentes, Cavalcante, Koch (2000) e da estética da recepção Aguiar e Bordini (1993,),

conforme explicitado no projeto de intervenção pedagógica, e na apresentação

dessa produção didático pedagógica. Optamos pelos contos: Com sua grandíssima

fome; Com certeza tenho amor; A cidade dos cinco ciprestes; De torre em torre; Do

seu coração partido; Poça de sangue em campo de neve; São os cabelos das

mulheres e o Conto Moldura. Tais contos apresentam os temas já mencionados e

estabelecem intertextualidade com outras histórias já conhecidas por grande parte

dos leitores, sendo elas: João e Maria; Sherazade e as mil e uma noites; Rapunzel;

Barba Azul; A Bela Adormecida; Cinderela; Sansão e Dalila e O Corvo.

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SEÇÃO 1

OBJETIVOS:

Apresentar o projeto aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do

Colégio Estadual Professor Anésio Alves de Azevedo;

estimular a participação nas seções que serão realizadas no Colégio;

determinar o horizonte de expectativas dos alunos no que se refere às

sua preferências e conhecimentos de leituras;

assistir a um vídeo sobre a importância da leitura de obras literárias;

promover uma dinâmica em grupos com as ações centradas nas

narrativas dos 7 contos elencados para as atividades práticas, retirados da obra 23

histórias de um viajante;

realizar atividades orais para que possamos identificar o que os alunos

sabem sobre o gênero conto;

Professor nessa unidade aplicaremos as 5

etapas do Método Recepcional!

Memória literária: do gênero conto ao

fazer poético de Poe

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MODELO 1

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

TÍTULO: 23 HISTÓRIAS DE UM VIAJANTE: PROPOSTA

INTERDISCURSIVA COMO PRÁTICA DE LEITURA

Professor PDE: Rosymar Pires de Oliveira

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Apucarana

Professora Orientadora IES Profª Drª Maria Carolina de Godoy

IES vinculada: UEL – Universidade Estadual de Londrina

Escola de Implementação: Colégio Estadual Professor Anésio Alves de

Azevedo de Arapongas

Público objeto de intervenção: Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

Com base em estudos e atividades de oralidade, leitura e escrita, com

perspectivas de promover a melhoria do ensino de língua portuguesa na escola

pública, proporcionando a formação do aluno/leitor como sujeito capaz de ler e

interpretar um texto, associar ideias, instigar a busca do conhecimento é que

organizaremos as estratégias de ação com a obra literária 23 histórias de um

viajante, da autora Marina Colasanti e as atividades práticas que serão em forma de

seções previstas para 4h aulas, perfazendo um total de 32h aulas. Trabalharemos

com músicas, vídeos, atividades em grupos, filmes, leituras de textos e no final a

produção de um conto.

Professor entregaremos ao aluno uma folha impressa como o

modelo abaixo para que os mesmos colem no caderno e conheçam o projeto

de intervenção !!!)

ATIVIDADE 1

10

Conforme citado no Projeto de Intervenção Pedagógica e agora no

Caderno Pedagógico, iniciaremos nessa atividade a aplicação do método

recepcional. Sabemos que o método recepcional é estranho à escola brasileira

como nos afirma as autoras Aguiar e Bordini em sua obra: Literatura e formação do

leitor: alternativas metodológicas (1993, p. 82 ), nessa obra ressaltam que o

método baseia-se nas teorias do alemão Hans Robert Jauss que destaca o papel

do leitor como fator essencial para a concretização da leitura de um texto e na

recepção que este realiza quando o lê.

É notório que por muito tempo houve uma preocupação apenas com o

autor ou com o texto em nossas escolas e nas aulas de Língua Portuguesa, mas

que os estudos modernos trazem ao centro da questão a atitude receptiva do leitor.

Chegou-se à conclusão através da teoria da estética da recepção que o leitor

possui horizontes de expectativas antes, durante e até mesmo depois do processo

de leitura, e que é possível utilizar esses horizontes para a construção do

conhecimento. A experiência estética consiste em que o leitor sinta e saiba que

―seu horizonte individual, moldado à luz da sociedade de seu tempo, mede-se com

o horizonte da obra e que, desse encontro, lhe advém maior conhecimento do

mundo e de si próprio‖. (COSTA apud AGUIAR, 2011, p.6). A experiência estética,

portanto, concebe prazer e conhecimento; e, por meio do diálogo entre leitor e

texto, a criação literária age sobre um público oferecendo modelos de

comportamento e, ao mesmo tempo, emancipando-o.

O método abrange cinco etapas: a) determinação do horizonte de

expectativas; b) atendimento do horizonte de expectativas; c) ruptura do horizonte

de expectativas; d) questionamento do horizonte de expectativas; e) ampliação do

horizonte de expectativas. O primeiro passo será o de efetuar a determinação do

horizonte de expectativas da classe (AGUIAR, BORDINI, 1993, p.88) preconceitos

de ordem moral, crenças, modismos, observação direta do comportamento,

interesses da área de leitura, debates, respostas orais às atividades propostas.

Portanto, na atividade 1, iniciamos a primeira etapa do método recepcional e

damos sequência nas atividades 2, 3 e 4.

ATIVIDADE 2

11

Nessa atividade 1, passaremos uma parte do vídeo Os fantásticos livros

voadores do Senhor Morris Lessmore em que se discutirá com os alunos o

momento em que os livros voam, andam, transmitem emoções e sentimentos.

Promoveremos um amplo debate para ouvir as impressões dos alunos sobre o que

pensam sobre isso, quais suas preferências leitoras, o que leem na escola ou em

casa, se frequentam a biblioteca, se consideram importante a leitura de um livro e

como a tecnologia consegue auxiliar nesse processo.

Após a discussão sobre o vídeo, assistido juntamente com os alunos, e o

amplo debate realizado sobre a importância da leitura em suas vidas, seus gostos e

preferências iremos para a atividade 3 sobre a qual discorreremos a seguir.

Professor, na unidade dois dessa produção didático-pedagógica

trabalharemos com sete contos elencados da obra 23 histórias de um viajante,

(2005), pensamos em antecipar uma atividade que fizesse relação com os temas

propostos nesses contos, mas que permeasse fatos do cotidiano de nossos alunos,

para que quando chegarem à leitura dos mesmos possam fazer associações diretas

a eles. Elaboramos, portanto, uma atividade muito interessante baseada nesses

contos, para isso dividiremos a sala em sete grupos e solicitaremos que retirem de

uma caixa um papel no qual está uma das cenas já descritas abaixo em que o grupo

deverá ler, discutir e depois expor para a sala.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Caro professor caso queira assistir ao vídeo

acesse:https://www.youtube.com/watch?v=LjkdEvMM5xs

ATIVIDADE 3

12

O objetivo dessa atividade ainda é a determinação do horizonte de

expectativas dos alunos. Construímos situações da realidade cotidiana dos

adolescentes com o intuito de que eles leiam e expressem suas opiniões.

Situação um: com base no conto Com sua grandíssima fome

Numa noite de tempestade, uma menina bate à porta de sua casa com um

cachorrinho no colo, pedindo comida e abrigo. O que você e sua família farão?

Situação dois: com base no conto: Com certeza tenho amor

Seu irmão mais velho ou sua irmã apaixona-se e resolve namorar uma

pessoa proibida por seus pais, eles decidem namorar escondido e depois de um

tempo resolvem fugir. Pedem sua ajuda. O que você fará?

Situação três: com base no conto: A cidade do cinco ciprestes

Você recebe a notícia de que herdou uma herança, um tesouro, deverá ir a

outra cidade para buscar. O que fará com todo o dinheiro que recebeu?

Situação quatro: com base no conto: De torre em torre

Mora na sua cidade um homem temido por todos, em que suas esposas

desaparecem misteriosamente. Você fica intrigado com esse mistério e decide

investigar. Por onde decide começar?

Situação cinco: com base no conto: Do seu coração partido

Seu melhor amigo (a), conta-lhe que tem um amor secreto e pede-lhe ajuda

para declarar-se a pessoa amada. Como ajudá-lo (a)?

Situação seis: com base no conto: Poça de sangue em campo de neve

Um amigo na sua sala de aula apresenta uma dificuldade, seja na parte

física, seja na aprendizagem e ele precisa da sua ajuda. Qual é sua atitude em

relação ao seu colega?

Situação sete: com base no conto: São os cabelos das mulheres

Você e seus amigos estão na saída da escola e presenciam uma cena de

violência. Colegas unem-se e com uma tesoura cortam o cabelo de uma garota. Qual

sua postura diante da cena?

13

MODELO 2

Aluno:________________________________________________nº___9____

Perguntas que serão feitas aos alunos:

1. Quando criança é comum nossos pais ou responsáveis contar histórias.Você lembra-se de alguma história que tenha ouvido na infância? Qual?

2. Desde os seus primeiros anos na escola ouviu muitas histórias, inclusive contos de fada. Poderia citar um conto de fada que tenha ouvido e escrevê-lo com suas palavras.

3. Dos contos abaixo assinale qual ou quais você conhece:

João e Maria ( )

Sherazade e as mil e uma noites ( )

Rapunzel ( )

Barba Azul ( )

A Bela Adormecida ( )

Cinderela ( )

O Corvo ( )

14

SEÇÃO 2

15

É importante lembrar que ainda na seção 2, além de determinar o horizonte

de expectativas dos alunos (AGUIAR, BORDINI, 1993, p.88) conforme já citado

anteriormente, oportunizaremos à classe experiências com textos literários que

satisfaçam as suas necessidades em dois sentidos: primeiro com textos escolhidos

que correspondam ao esperado e segundo quanto às estratégias a partir de

procedimentos que serão do seu agrado, como o trecho do filme João e Maria:

Caçadores de bruxas associado ao conto João e Maria que será aplicado em sala.

Objetivos

Estudar o gênero conto e os seus elementos;

ler os contos: João e Maria, Sherazade e as mil e uma noites,

Rapunzel e Barba Azul

identificar alguns elementos como: personagens, fatos, tempo, lugar e

conflito que constituem o gênero conto nos textos lidos;

assistir a um trecho do filme: João e Maria: caçadores de bruxas;

promover um diálogo entre as semelhanças e diferenças com relação

ao conto e ao trecho do filme.

Abordaremos o gênero conto e suas especificidades, para isso levaremos os

alunos ao laboratório de informática para a realização de uma pesquisa em sites

acadêmicos que expliquem o que é conto. Em seguida retornaremos a sala e

pediremos aos alunos que leiam suas anotações.

16

Entregaremos aos alunos os contos abaixo impressos para a leitura e em

seguida pediremos que identifiquem nos contos os elementos pesquisados como

tempo, lugar, personagens e conflito.

João e Maria

―Perto de uma grande floresta, vivia um pobre lenhador com sua mulher e dois filhos. O menininho chamava-se João e a menina chamava-se Maria. Nunca havia muito que comer na casa deles, e, durante um período de fome, o lenhador não conseguiu levar mais pão para casa. À noite ele ficava na cama aflito, remexendo-se em seu desespero.‖ (TATAR Maria, 2013, p 62)

As mil e uma noites (Esposas infiéis)

―Dizem as crônicas dos Sassânidas, antigos soberanos da Pérsia, ter existido ali

um rei que, graças a sua sabedoria, foi muito amado por seus vassalos e, graças a sua coragem, temido pelos vizinhos.

Esse rei tinha dois filhos, sendo Shariar, o primogênito , e Shazenan, o mais jovem.

Após longo e glorioso reinado, o rei morreu, e Shariar subiu ao trono. Shazenan, posto numa situação de inferioridade, nem por isso invejou a sorte do irmão, dispondo–se a tudo fazer para agradá-lo.‖

ATIVIDADE 2

Professor para ler o conto na integra consulte TATAR,

2013, p.62

Professor para ler o conto na íntegra consulte GULLAR,

2010, p 7-157

17

Rapunzel

―Era uma vez um homem e uma mulher que desejava um filho havia muitos anos, mas sem sucesso. Um dia a mulher pressentiu que Deus ia satisfazer seu desejo. Nos fundos da casa em que moravam havia uma janelinha que dava para um esplêndido jardim, cheio de lindas flores e verduras. Era cercado por um muro alto, e ninguém ousava entrar ali porque pertencia a uma poderosa feiticeira temida por todos nas redondezas.‖ (TATAR, 2013, p. 123)

Barba Azul

―Era uma vez um homem que possuía casas magníficas, tanto na cidade quanto

no campo. Suas baixelas eram de ouro e prata, as cadeiras, estofadas com tapeçarias, as carruagens, recobertas de couro. Mas por desgraça, esse homem tinha também a barba azul. A barba o tornava tão feio e terrível que mulheres e moças fugiam quando batiam os olhos nele.‖ (TATAR Maria, 2013, p. 162)

Assistiremos a um trecho do filme: João e Maria Caçadores de bruxas,

juntamente com os alunos. O trecho selecionado para ser trabalhado em sala foram

os seis primeiros minutos, onde realizaremos uma discussão entre o conto lido João

e Maria e o trecho assistido, semelhanças e diferenças. Caro Professor para assistir

ao filme todo acesse https://www.youtube.com/watch?v=xyOORLAV-Gk

ATIVIDADE 3

18

SEÇÃO 3

Professor, até o momento aplicamos as duas etapas do método recepcional:

determinação do horizonte de expectativas e atendimento ao horizonte de

expectativas. Nessa última seção, segundo Aguiar e Bordini (1993, p.84) ―a atividade

recepcional se inicia com uma aproximação entre texto e leitor, em que toda

historicidade de ambos vem à tona. Se a obra corrobora o sistema de valores e

normas do leitor, o horizonte de expectativas permanece inalterado e sua posição

psicológica é de conforto‖. Sendo assim, os textos que serão apresentados são

conhecidos da maior parte do público leitor, porém a poesia O Corvo de Edgar Alan

Poe não é de conhecimento de todos os alunos o que ocasionará uma ruptura do

seu horizonte de expectativas (3ª etapa do método recepcional) como afirma Aguiar

e Bordini (1993, p.89) ―pela introdução de textos e atividades de leitura que abalem

as certezas e costumes dos alunos, seja por utilizarem técnicas compositivas mais

complexas ou por apresentarem maiores exigências dos alunos.‖

Essa ruptura levará à 4ª etapa do método recepcional: ao questionamento

do horizonte de expectativas. O leitor fará comparações entre o que sabe e o que

está descobrindo em termos de leitura, sentidos possíveis que trouxeram um grau

maior ou não de satisfação, perspectivas sobre aspectos que oferecem dificuldades

(AGUIAR, BORDINI, 1993, p.90).

Resultante dessa reflexão sobre as relações entre leitura e vida, o que o

aluno sabe e o que está descobrindo, acontecerá na última etapa do método

recepcional: a ampliação do horizonte de expectativas.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Professor, estamos trabalhando nessa produção didático-pedagógica para a leitura dos contos de fadas com a obra: TATAR, Maria. Contos de Fadas. Rio de Janeiro: Zahar, 2013 .

Indicamos com a mesma qualidade e de leitura muito agradável a mesma obra, porém com apresentação de Ana Maria Machado.

Com relação ao filme não o aconselhamos para outras séries e achamos conveniente apenas o início por fazer intertextualidade com o conto.

19

Objetivos

Atender o horizonte de expectativas dos alunos;

abordar gêneros textuais diferentes: conto, poesia, narrativa;

conhecer brevemente os autores dos contos clássicos, da narrativa

bíblica e da poesia;

romper com o horizonte de expectativas dos alunos;

ampliar o horizonte de expectativas dos alunos;

assistir um trecho do poema : O Corvo

ler o poema O corvo; o conto O corvo, Cinderela, Bela Adormecida, e a

narrativa bíblica Sansão e Dalila.

Nessa atividade, assistiremos a um trecho do vídeo, os quatro primeiros

minutos do poema: O corvo de Edgar Alan Poe.

Professor para assistir ao poema na íntegra acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=YhVeNJc7IZ0

Entregaremos, em seguida, o poema impresso aos alunos para ler, discutir e

explanar sobre o vídeo e o texto escrito. Depois passaremos ao conto O corvo de

autoria dos irmãos Grimm, também para leitura e discussão de ideias.

Professor essa última etapa do método

recepcional terá continuidade com a introdução

dos contos de Marina Colasanti e a obra 23

histórias de um viajante na Unidade dois dessa

produção didática pedagógica juntamente com a

teoria da intertextualidade

ATIVIDADE 1

20

O Corvo (Poema)

(Tradução de Fernando Pessoa, 1924)

Numa meia noite agreste, quando eu lia, lento e triste,

Vagos curiosos tomos de ciências ancestrais,

E já que adormecia, ouvi o que parecia

O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.

―Uma visita‖, eu me disse , ―está batendo a meus umbrais.

É só isso, e nada mais‖.

Ah, que bem disso me lembro ! Era no frio dezembro,

E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.

Como eu queria a madrugada , toda a noite aos livros dada

Pra esquecer ( em vão !) a amada, hoje entre hostes celestiais-

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

Mas sem nome aqui jamais!

Professor consideramos importante abordar com os alunos as

diferenças entre conto e poesia!

Professor, há outras traduções

maravilhosas nessa obra,

consulte as referências

21

O Corvo (Conto)

Era uma vez uma rainha que tinha uma menina ainda de colo. Um dia a criança

estava muito excitada e não queria ficar quieta, por muito que sua mãe lhe pedisse.

Ela ficou impaciente e, como havia corvos voando em cima do castelo, abriu a

janela e disse:

___ Eu gostaria que fosses um corvo, para que pudesses voar para longe, e

assim me deixar em paz.

Mal dissera tais palavras, a menina se transformou em corvo e saiu voando pela

janela. Voou diretamente para o bosque escuro, e seus pais não souberam que fim ela

levara.

Professor para essa atividade dividiremos a sala em três grupos, para cada

grupo entregaremos um texto impresso: Modelo 1: Conto: A Bela Adormecida;

Modelo 2: Conto: Cinderela; Modelo 3: Sansão e Dalila.

Após a leitura cada grupo irá expor brevemente sobre o texto lido.

ATIVIDADE 2

Professor lembramos que o tema proposto nessa

unidade é um olhar sobre outras linguagens, pois trabalhamos

com gêneros textuais diferentes!

22

MODELO 1

CINDERELA

Era uma vez um fidalgo que se casou em segundas núpcias com a mulher mais

soberba e mais orgulhos que já se viu. Ela tinha duas filhas de temperamento igual ao seu,

sem tirar nem pôr. O marido, por seu lado tinha uma filha que era a doçura em pessoa e

de uma bondade sem par. Nisso saíra à mãe, que tinha sido a melhor criatura do mundo.

(TATAR, 2013, p.47)

MODELO 2

A BELA ADORMECIDA

Há muitos e muitos anos viviam um rei e uma rainha. Dia após dia eles diziam um

para o outro: ―Oh, se pelo menos pudéssemos ter um filho!‖ Mas nada acontecia. Um dia,

quando a rainha estava se banhando, uma rã saiu da água, rastejou para a borda e lhe

disse: ―Seu desejo será realizado. Antes que se passe um ano, dará à luz uma filha.‖

(TATAR, 2013, p.112)

23

MODELO 3

SANSÃO E DALILA

Depois disso, enamorou-se de uma mulher que habitava no vale de Sorec,

chamada Dalila. Os príncipes dos filisteus foram ter com ela e disseram-lhe: ―Procura

seduzi-lo e vê se descobres de onde lhe vem sua força e como o poderemos vencer, a fim

de o amarrarmos para dominá-lo. Se fizeres isto, dar-te-emos cada um de nós mil e cem

moedas de prata.‖

Professor, agendamos antecipadamente uma pesquisa na biblioteca e

solicitamos que os alunos aprofundem um pouco mais seus conhecimentos sobre os

autores estudados nessa unidade 1: Charles Perrault, Irmãos Grimm, Hans Cristhian

Andersen e Edgar Alan Poe.

Professor é importante situar os alunos na história bíblica de

Sansão, ela encontra-se na Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria. 129ª edição.1999. Livro de Juízes do capítulo 13 versículos 1 ao 24.

ATIVIDADE 3

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Professor, optamos pelo trabalho com o vídeo do poema O corvo, mas sugerimos também o filme ou parte dele se achar adequado a sua turma.

Com relação ao poema O Corvo, fica ao seu critério trabalhar com questões de compreensão e interpretação, não o fizemos por uma questão

de tempo.

24

Professor, nessa unidade propomos a ampliação do horizonte de

expectativas dos alunos, última etapa do método recepcional, ―os alunos nessa fase

tomam consciência das alterações e aquisições obtidas através da experiência com

a literatura. O aluno torna-se agente da aprendizagem, determinando ele mesmo a

continuidade do processo, num constante enriquecimento cultural e social‖.

(AGUIAR, BORDINI, 1993, p.90-91). Contribuindo com esse enriquecimento cultural

e social iniciaremos também a teoria da intertextualidade, colocando-a em prática

nas atividades com os contos colasantianos extraídos da obra 23 histórias de um

viajante (2005): Com sua grandíssima fome Com certeza tenho amor, A cidade dos

cinco Ciprestes, De torre em torre, Do seu coração partido, Poça de sangue em

campo de neve e o conto moldura.

UMA VIAGEM PELO UNIVERSO LITERÁRIO

DE MARINA COLASANTI

Queremos lembrar que estes contos fazem

intertextualidade com os contos já trabalhados

na Unidade 1

25

Segundo Bentes, Cavalcante e Kock (2008, p.16) ―todo texto é, portanto um

objeto heterogêneo que revela uma relação radical de seu interior com seu exterior e

dele fazem parte outros textos que lhe dão origem, que o predeterminam, com os

quais dialoga, que ele retoma, a que alude ou aos quais se opõe.‖

Portanto nossas atividades visam criar uma ponte entre a unidade 1, os

contos e textos já trabalhados com os alunos e os contos colasantianos que iremos

introduzir nessa fase.

OBJETIVOS

Ampliar o horizonte de expectativas dos alunos;

trabalhar a teoria da intertextualidade nos contos colasantianos: Com

sua grandíssima fome; Com certeza tenho amor; A cidade dos cinco Ciprestes; De

torre em torre; Do seu coração partido; Poça de sangue em campo de neve e o

conto moldura;

conhecer a vida e a obra de Marina Colasanti;

introduzir a obra ’23 histórias de um viajante’ (2005);

realizar atividades de oralidade, leitura e escrita com os contos já

citados;

propor aos alunos a produção de um conto com um dos temas

abordados nos contos trabalhados em sala.

26

Assistiremos juntamente com os alunos a uma entrevista da escritora Marina

Colasanti concedida ao jornalista Luiz Lobo. Para ter acesso à entrevista consulte o

link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=6g0Lr1ma63M

Após a apresentação da entrevista, os alunos irão para o laboratório de

informática onde farão uma pesquisa mais detalhada sobre a vida e a obra da

autora.

Na sala de aula os alunos confeccionarão um cartaz onde irão expor a

pesquisa realizada.

SEÇÃO 1

UM POUCO SOBRE MARINA COLASANTI

Duração 4h aula

ATIVIDADE 1

ATIVIDADE 2

ATIVIDADE 3

27

Para introduzir a obra 23 histórias de um viajante (2005) vamos trabalhar

com uma estrofe da letra da música O viajante da banda Forfun. Entregaremos uma

folha impressa aos alunos.com a estrofe selecionada para leitura, discussão e

debate de ideias.

MODELO 1

O Viajante

Forfun

Compositor: Danilo Cutrim/Vitor Isensse/Nicolas Cesar/Rodrigo Costa

Perdi minhas contas viajei e cai no mundão

Vou ver o mundo tendo o mundo como anfitrião

Florestas, rios, cidades e litorais,

Pessoas, sentimentos, tradições, e rituais

Colocarei meus pés em trilhas, pedras, manguezais,

Fazendo o elo entre meus filhos, e meus ancestrais

Serei sincero com o meu verdadeiro ser

Quero servir, quero ensinar, eu vim pra aprender.

SEÇÃO 2

23 HISTÓRIAS DE UM VIAJANTE

DURAÇÃO 4H AULA

ATIVIDADE 1

28

Passaremos também o vídeo que mostra a parte do texto que iremos

trabalhar:

https://www.youtube.com/watch?v=bK0fAEC5ieg

Após ouvirem a música e lerem a parte do texto, faremos uma associação

com o título da obra, discutindo sobre o que ambos nos propõe nessa viagem. Tanto

o viajante de Marina Colasanti como o da banda Forfun, oferece o mundo a ser

descoberto cheio de mistérios desconhecidos, é um convite estimulante ao jovem

leitor. Apresentaremos o livro e explicaremos que o mesmo contém 23 histórias que

infelizmente pela impossibilidade do tempo não teremos acesso a todas, mas que

elencamos 7 contos maravilhosos para realizar nossa viagem e que, ao final, fica o

convite para que eles continuem a viagem nos contos restantes.

Entregaremos aos alunos os títulos das 23 histórias, cada aluno receberá

um título conforme citamos abaixo:

A morte e o rei;

No aconchego de um turbante;

São os cabelos das mulheres;

Como cantam as pedras;

Com certeza tenho amor;

Rosas na cabeceira;

Na sua justa medida;

Quem me deu foi a manhã;

A cidade dos cinco ciprestes;

ATIVIDADE 2

ATIVIDADE 3

ATIVIDADE 4

29

Entre eles água e mágoa;

Na neve, os caçadores;

Como se fosse;

Antes que chegue a manhã;

De muito procurar;

De torre em torre;

Quase tão leve;

Do seu coração partido;

Um homem frente e verso;

O riso acima da porta;

Poça de sangue em campo de neve;

Vermelho, entre os troncos;

Com sua grandíssima fome;

No caminho inexistente.

Solicitaremos então que os alunos, que receberam os contos: Com sua

grandíssima fome, Com certeza tenho amor, A cidade dos cinco Ciprestes, De torre

em torre, Do seu coração partido; Poça de sangue em campo de neve, levantem-se

e um a um digam-nos: o que inferem sobre o título que receberam, o que imaginam,

de que tratará o conto?. Em seguida pediremos ao restante da sala que façam o

mesmo, escrevam brevemente no caderno suas inferências sobre os contos que

serão trabalhados posteriormente

Nosso intuito é que os alunos sejam motivados a posteriormente lerem outros contos maravilhosos dessa obra encantadora!!!!

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Professor, para nossa produção didática escolhemos os

contos acima, porém você poderá trabalhar em suas aulas com

qualquer um dos contos da obra 23 histórias de um viajante (2005), e

realizará atividades excelentes de leitura, compreensão e

interpretação, com alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

30

Professor, os contos colasantianos que trabalharemos nas seções 3 e 4,

trazem os intertextos que foram lidos pelos alunos na unidade 1. É o que Bentes,

Cavalcante e Koch (2008, p.30-31) denominam de intertextualidade implícita, ―o

produtor espera que o leitor/ouvinte seja capaz de reconhecer a presença do

intertexto pela ativação do texto-fonte em sua memória discursiva, visto que, se tal

não ocorrer, estará prejudicada a construção do sentido, mais particularmente, é

claro no caso da subversão. Termo que Sant’Ana (2008) explicita como apropriação

parodística, subversão original de um texto já escrito, valendo-se dos contos

tradicionais Marina Colasanti inova e estabelece uma relação entre o tempo

contemporâneo e o mito.

Cada aluno receberá o material impresso com os exercícios abaixo:

SEÇÃO 3

HORA DO CONTO COM MARINA COLASANTI

Duração 4h aula

Professor, as atividades de leitura e interpretação de texto

nos contos colasantianos exigirão um pouco mais dos nossos alunos,

pois foram elaborados minuciosamente com o objetivo principal de

observar se reconhecem os intertextos presentes em cada um dos

contos que já foram trabalhados na unidade 1. Acompanharemos e

orientaremos nossos alunos em todas as atividades.

ATIVIDADE 1

31

Vamos ler atentamente o trecho dos contos abaixo para a leitura e resolução das atividades!!!

MODELO 1

Com sua grandíssima fome

―...Toc, toc, toc, bateram à porta da cabana em uma noite de tempestade. Abriu-se no escuro a única pálpebra, abriu–se a bocarra sobre o único

dente. Que comida seria essa que vinha se oferecer em meio ao sono? E abriram a porta. À luz dos relâmpagos, uma moça branca de chuva e de cansaço, com um cachorrinho no colo, pedia guarida. — Só até o dia raiar — acrescentou quase desculpando-se.

— Ora, querida, não há pressa — disse melíflua uma das irmãs, fazendo–lhe gesto para entrar.

— Esteja à vontade — acrescentou a outra, ladina, afastando-se para deixá-la passar....‖ (COLASANTI, 2005, p.199).

O que nos sugere o título do conto baseando-nos no trecho lido?

Que figura podemos traçar da personagem que mora na cabana após a leitura desse trecho?

O estudo dos significados das palavras ladina e melíflua nos remete a alguma personagem já lida anteriormente em algum conto de fadas? Qual?

Professor pediremos que os alunos pesquisem o significado das palavras grifadas

no dicionário

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MODELO 2

Com certeza tenho amor

―... O mais jovem era o mais forte, teria ele que sustentar os demais. Pernas abertas e firmes, cravou-se no chão bem debaixo da janela dela. O segundo irmão subiu para os seus ombros, estendeu a mão e o terceiro subiu. O quarto escalou os outros até subir nos ombros do terceiro. E, um por cima do outro foram se construindo como uma torre. Até que o último subiu ao topo.

O último chegou ao topo, e o topo não chegou à altura da janela da moça. De cima a baixo os irmãos passaram-se a palavra. Os onze pareceram ondejar por um instante. Então o mais jovem e mais forte saiu debaixo dos pés do seu irmão deixando-o suspenso no ar, e tomando a mão que este lhe estendeu subiu rapidamente por ele, galgando seus irmãos um a um.

No alto, a janela se abriu.‖ (COLASANTI, 2005, p.55)

1. O 1º parágrafo do trecho acima nos relata uma ação. Que ação é essa?

2. Os onze irmãos tinham um propósito claro, que era o de auxiliar o irmão mais jovem a realizar uma ação movida pelo amor. Qual frase comprova isso?

3. Dê um final interessante ao trecho do conto lido.

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MODELO 3

A cidade dos cinco ciprestes

“Não era um homem rico. Nem era um homem pobre. Era um homem, apenas. E esse homem teve um sonho.

Sonhou que um pássaro pousava em sua janela e lhe dizia: ―Há um tesouro esperando por você na cidade dos cinco ciprestes‖. Mas quando o homem quis abrir a boca para perguntar onde ficava a cidade, abriram-se os olhos, e o pássaro levantou vôo levando o sonho no bico.

Vendeu sua casa e com o dinheiro comprou um cavalo, vendeu sua horta e com o dinheiro comprou os arreios, vendeu seus poucos bens e colocou as moedas numa sacola de couro que pendurou no pescoço.

Já podia partir. Galopou, galopou, galopou. Bebeu água de regatos, bebeu água de rios,

debruçou-se sobre um lago para beber e viu seu rosto esgotado. Mas cada vez tornou a montar, porque um tesouro esperava por ele.― (COLASANTI, 2005, p.85-86)

1. De que trata o trecho lido?

2. ―Vendeu casa, vendeu sua horta, vendeu seus poucos bens....‖ o personagem do conto vendeu tudo o que tinha para ir atrás de um tesouro, baseando-se apenas em um sonho. Qual sua opinião sobre isso?

3. Qual o sentimento que moveu o coração do homem após o sonho e as palavras do pássaro? Se você estivesse no lugar do personagem qual seria sua atitude?

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MODELO 4

De torre em Torre

“Tudo era veludo, ouro e farfalhar de sedas naquele casamento. A noiva, tão jovem! Depois os esposos sentados à mesa do banquete.

Porém partidos os convivas, apagadas as muitas velas, que tão escuro o castelo!

Ao marido, mais que traje de caça ou as roupas de casa, cabia a couraça. Que dentro de poucos dias vestiu, partindo para defender terras alheias.

Quanto demoraria não disse. E a jovem esposa começou a esperar. Passou-se um ano. Que ela contou, por ser o primeiro. O tempo que passou

depois, passou sem conta Afinal abriu-se a grande porta do castelo, e seu dono entrou no pátio, a

cavalo. A esposa detinha-se um momento no quarto, enfeitando-se para que ele a

visse bonita, e já a velha ama se acercava daquele que havia criado, e murmurava-lhe coisas ao ouvido. O que disse não se sabe. Talvez que a esposa havia brincado de pegar com amigos. O que se sabe é que seu rosto fez-se escuro como seu castelo.

Quando a esposa chegou, antes que sequer o abraçasse , ordenou que fosse presa em seus aposentos. Depois mandou erguer uma torre isolada, em cujo quarto mais alto ela haveria de permanecer trancada para sempre.

Sozinho um homem não pode ficar. Houve outras esposas. E havia tantas torres naquela cidade quantos troncos, quando o senhor

partiu para uma guerra além-mar.‖ (COLASANTI, 2005, p.139-141)

1. Justifique o título do conto

2. A atitude do protagonista do conto foi motivada pelas palavras da ama de sua esposa. Quais foram essas palavras?

3. De acordo com o comportamento vingativo de nosso personagem que nome lhe seria adequado? Por quê?

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Professor, para Bentes, Cavalcante e Koch (2008, apud, BAKTHIN, 1986,

p.162) ―o texto só ganha vida em contato com outro texto (com contexto). Só neste

ponto de contato entre textos que uma luz brilha, iluminando tanto o posterior como

o anterior, juntando dado texto a um diálogo.‖ Por isso é importante salientar que

todos os contos aqui trabalhados fazem intertextos com os contos da unidade 1 e

durante as atividades todas as anotações e observações estão sendo feitas acerca

da problemática levantada: Será que os alunos do 9º ano do ensino fundamental tem

leituras suficientes para interpretar os contos colasantianos?

ATIVIDADE 1 Os alunos receberão as folhas impressas com os trechos dos contos para

leitura e análise das atividades.

SEÇÃO 4

OS CONTOS COLASANTIANOS: UMA PONTE PARA O JOVEM

LEITOR ENTRE O SONHO E A REALIDADE!

Duração 4h aula

Professor nessa seção damos continuidade às atividades de

oralidade, leitura, escrita e interpretação com os contos elencados

para a prática dessa produção didático –pedagógica

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MODELO 5

Do seu coração partido

―Sentada junto à sacada para que com a luz lhe chegasse a vida da rua, a jovem costurava o longo traje de seda cor de jade que alguma dama iria vestir.

Essa seda agora muda - pensava a costureira enquanto agulha que retinha nos dedos ia e vinha — haveria de farfalhar sobre mármores, ondeando a cada passo da dama, exibindo e ocultando nos poços das pregas seu suave verde. O traje luziria nobre como uma jóia. E dos pontos, dos pontos todos, pequenos e incontáveis que ela, aplicada, tecia dia após dia, ninguém saberia.

Assim ia pensando a moça, quando uma gota de sangue caiu sobre o tecido. De onde vinha esse sangue? Perguntou-se em assombro, afastando a seda e olhando as próprias mãos limpas.‖ (COLASANTI, 2005, p.157)

O que podemos inferir a partir do título ―do seu coração partido‖?

Na sua opinião de onde vinha esse sangue?

Que sentimento ou sentimentos depreendemos desse trecho do conto?

Retire palavras ou expressões que confirmem sua resposta.

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MODELO 6

Poça de sangue em campo de neve

―Eis que uma tarde, o nobre senhor daquela comarca regressava ao castelo após uma caçada quando, sobre uma ponte, seu cavalo assustado pelo atravessar de um esquilo empinou-se, derrubando-o. Lá se foi o Senhor, pernas para o alto, para dentro do rio, para dentro da água em espumas que, prontamente, o carregou. Gritam do alto da ponte os cavaleiros do séquito. Da água, ninguém responde.

Inconsciente, mole como um trapo, o Senhor foi carregado rio abaixo. E teria certamente se afogado se não fossem garras de urso arrancá-lo dos rodamoinhos.

Deitado sobre a grama, envolto em seus veludos encharcados e na névoa do seu desmaio, o Senhor ouviu uma voz dulcíssima que o chamava e, lentamente para não quebrar o encantamento, abriu os olhos.

A seu lado, ajoelhada uma jovem lhe dirigia cantando algumas palavras. O Senhor teve apenas o tempo de ver através dela a escura ameaça de um urso, e já os seus cavaleiros chegavam num estrépito de cascos e vozes, para reconduzi-lo ao castelo.

Aquela noite, em sua cama, o Senhor demorou a encontrar o sono. Que moça era aquela que cantava como os outros falam? Vinda da lembrança uma voz chamava. E era mel.

Uma ordem a mais nada significava para o Senhor. Que se encontrasse a moça! Queria tê-la para si.‖ (COLASANTI, 2008, p.183 )

1. No trecho do conto lido o nobre Senhor encanta-se por uma das qualidades da moça. Que adjetivo é utilizado para descrever tal qualidade? E o que isso significa?

2. Uma ordem foi dada no castelo pelo nobre Senhor para que se encontrasse a moça. Que estratégias os cavaleiros do castelo iriam utilizar para localizá-la?

3. O Senhor apaixonou-se pela jovem sem ao menos conhecê-la pessoalmente, conversar com ela. Isso é realmente possível ou acontece só em histórias. Justifique sua resposta.

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MODELO 7

São os cabelos das mulheres

―Naquela aldeia de montanha perdida entre neblinas, a chuva havia começado há mais tempo do que era possível lembrar. Só água vinha do céu, em fios tão cerrados que as nuvens pareciam cerzidas ao chão. As plantações haviam se transformado em charcos, as roupas já não secavam junto aos fogos fumacentos, e pouco ou nada restava para comer.

Reuniram-se os velhos sábios em busca de uma resposta, e longamente deliberaram estudando as antigas tradições.

___ São os cabelos das mulheres — disseram por fim. E obedecendo aos pergaminhos, ordenaram que fossem cortados.

Na praça da aldeia, desfeitas tranças e coques, soltos todos os grampos, os longos fios que chegavam à cintura foram decepados rente à raiz, e entregues à chuva. Todos os viram descer na correnteza, ondulantes e negros. Todos se encheram de esperança, enquanto as mulheres abaixavam a cabeça deixando a água escorrer em filetes sobre a pele nua.‖ (COLASATI, 2005, p.35-36) 1. Descreva a aldeia e seus moradores baseando-se no 1º parágrafo do trecho acima.

2. ___ ―São os cabelos das mulheres‖ – disseram por fim. Há no trecho lido algum argumento que justifique a decisão tomada pelos velhos sábios da aldeia? O que poderiam ter interpretado acerca das tradições e dos pergaminhos?

3. Expresse uma opinião crítica sobre a frase: ―...enquanto as mulheres abaixavam a cabeça deixando a água escorrer em filetes sobre a pele nua.‖

CONTO MOLDURA

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MODELO 8

―Tão altas as muralhas ao redor daquelas terras. Altas como despenhadeiros, escuras como rochas. Quem mora atrás daquelas muralhas? Um moço príncipe e sua pequena corte. Por que tão altas, se é pouca a gente? Porque o moço tem medo.

Viu seu avô voltar ensangüentado da batalha. Viu seu pai ser abatido em torneio. Viu feridas abertas nos corpos dos seus tios. A história da sua coroa foi escrita mais com a espada que com a pena. E a espada plantou o medo em seu coração.

E então numa dessas manhã, o destino parou diante da muralha. Vinha a cavalo, trazia um escudo pendurado na sela, arma nenhuma. Uma pele de bicho lhe rodeava os ombros, na fresta das pálpebras apertadas seu olhar brilhava cor de âmbar.

A passo, o cavaleiro começou a percorrer a muralha, buscando um ponto de entrada. E o príncipe logo soube, um estrangeiro bordejava suas defesas.

— Quem bate? — perguntaram. — Sou um viajante — respondeu. E era verdade, vinha de longe, e longe

ia. — O que deseja? — Passagem por essas terras. — E que mais? — Nada mais. Os mensageiros partiram rumo ao castelo. Está desarmado e só quer

passagem, foi dito ao príncipe. A palavra abriu caminho na atenção do príncipe, e era cheia de portas.

Um viajante, disse seu pensamento, um homem que anda pelo mundo, um homem para quem o mundo é um leque que se pode abrir.

E ordenou que se deixasse entrar o estranho, ele pernoitaria no castelo. Que repousasse, lhe foi dito, pois à noite jantaria com o príncipe.

Professor, chegamos ao último conto de nossas atividades

práticas, explicaremos aos alunos que esse conto permeia

toda obra ’23 histórias de um viajante’ e traz à luz da

consciência que a felicidade verdadeira está entre o sonho e a

realidade e que a ponte entre esses dois mundos é o

conhecimento! Essa é a grande oportunidade para motivarmos

nossos alunos a lerem a obra toda, a analisarmos tudo o que a

leitura nos trouxe de importante e os meios que utilizamos

para ampliar nosso conhecimento e o viajante é aquele que se

dispõe a ir além das muralhas sem medo do desconhecido.

40

E na quietude que começava a tomar a sala naquele final de jantar, como se soubesse o que ia no coração do príncipe, o viajante contou.

A história pareceu pairar sobre os comensais, dissolvendo-se lentamente. Todos os olhares voltaram – se para o príncipe.

— Irei consigo até nossa fronteira para visitar minhas terras. E haverá tempo para que me conte outras histórias.‖ (COLASANTI, 2005, p.7-21)

1. Esse é um trecho do conto moldura que integra a obra ―23 histórias de um viajante‖. (2005) com um personagem cavaleiro viajante que se aproxima de um castelo pedindo passagem. Porém depara-se com altas muralhas. Qual o motivo da existência dessas muralhas? Justifique com expressões do texto.

2. O que levou o príncipe a permitir a passagem do cavaleiro viajante por suas terras?

3. Das 23 histórias narradas pelo cavaleiro viajante ao príncipe você conheceu 7, e anteriormente em uma de nossas atividades foi solicitado que inferisse sobre o título apresentado. Após a leitura e as atividades realizadas, o que mais o surpreendeu sobre o que você imaginou e o que posteriormente leu?

4. Você indicaria em uma rede social as leituras dos contos de Marina Colasanti? Por quê?

41

5. Escolha um título pertinente ao conto moldura.

SEÇÃO 5

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Todas as questões de compreensão e interpretação foram

elaboradas por nós. Porém caro professor, você pode elaborar

outras que achar pertinente a sua turma.

42

Professor, chegamos à última atividade prática de nossa produção didática.

Pediremos aos alunos que produzam um conto escolhendo um dos temas

abordados em um dos contos elencados da obra ―23 histórias de um viajante‖

(2005), porque segundo Kato (2005, p.7):

―a função da escola na área da linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, tornando-a um cidadão funcionalmente letrado, isto é, um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender às várias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de linguagem como um dos instrumentos de comunicação.‖

E acreditamos que nossos alunos enquanto sujeitos que interagiram em

nossas atividades práticas de oralidade, leitura e escrita estão preparados para

narrar uma história com os elementos introduzidos em nossas aulas.

SEÇÃO 5

DE LEITOR AO PRODUTOR DE UM CONTO

Duração 4h aula

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MODELO 9

ATIVIDADE 1

PRODUÇÃO DE TEXTO Aluno: _____________________________________________________ nº___

Leia atentamente o comando abaixo:

Durante a aplicação do nosso projeto de intervenção pedagógica aprendemos sobre o gênero conto e os elemento que o compõe: personagem, tempo, lugar, tipo de narrador e conflito. Discutimos também sobre os temas centrais dos contos de Marina Colasanti: o medo, a angústia, o amor, a ganância, o preconceito contra a mulher, o amor proibido, a violência, a morte, a importância da leitura, o abandono e a fome. Produza um conto com no mínimo 20 linhas e no máximo 25, com um dos temas acima. Não esqueça de colocar o título.

44

REFERÊNCIAS

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leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

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Intertextualidade: Em torno de Bakhtin. São Paulo: Editora da Universidade de

São Paulo, 2003.

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COLASANTI, Marina. 23 histórias de um viajante. São Paulo: Global, 2005.

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João Alexandre Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2004.

GALLAND, Antoine. As mil e uma noites: contos árabe / tradução Ferreira Gullar.

Rio de Janeiro : Revan, Revan 5ª edição, setembro de 2010.

GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 9ed. São Paulo: Ática, 1994.

GOTLIB, Nádia Battella. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 2006.

JAUSS, H.R. A história da literatura como provocação a teoria literária.São

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KATO, A Mary. No mundo da escrita. Uma perspectiva psicolingüística. 7ª ed.

Série fundamentos. Biblioteca do professor.Governo do Paraná.ABDR 2005

KOCH, Ingedore G. Villaça; BENTES, Anna Cristina, CAVALCANTE, Mônica

Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. 2ed. São Paulo: Cortez, 2008.

LIVRO, Círculo do. Clássicos da Infância, contos de Andersen, Grimm e

Perrault. Trad. Nair Lacerda. São Paulo, Cultrix, 1992.

45

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São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

POE, Edgar Allan 1809 – 1849. O Corvo e suas traduções/ Edgar Allan Poe;

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ROCHA, Vanessa de Bello Lins da. O Conto Contemporâneo de Marina

Colassanti: Estilhaços do maravilhoso na 23 histórias. Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo. PUC. São Paulo, 2010.

SANT’ANA, Affonso Romano de. Paródia, paráfrase &Cia. 8 ed. São Paulo: Ática,

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TATAR, Maria. Contos de Fadas. 2 ed., Editora Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 2013.

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SITES

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http://omundodemarinacolasanti.blogspot.com.br/2008/09/biografia_25.html

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http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11049