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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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OS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA DO MUNICÍPIO DE UBIRATÃ-PR

Irene Massaranduba de Freitas¹

Áurea de Andrade Viana Andrade²

RESUMO: A pesquisa, intitulada “O impacto dos agrotóxicos na agricultura do município de Ubiratã-PR” aborda sobre o conhecimento acerca da modernização da agricultura e os principais impactos provocados pelo uso dos agrotóxicos, decorrentes do avanço do capital no campo, particularmente a partir da década de 1970. Com a pesquisa, aprofundamos sobre esse processo de modernização no campo, com o propósito de discutir com os estudantes da comunidade escolar inseridos no contexto agrícola do município. Outro objetivo, não menos importante, abordado na pesquisa foi orientação para redução dos impactos causados pelo uso excessivo e abusivo das tecnologias modernas, especialmente os agrotóxicos, que vem ocasionando a contaminação do solo, água, ar e consequentemente do homem. O processo de modernização da agricultura foi muito rápido e os impactos começam a surgir e a legislação, surge, somente, no final da década de 1980, porém sem muito efeito. O regulamento dos agrotóxicos perpassa por três Ministérios: Agricultura, Saúde e Meio Ambiente e qualquer negligência apresenta vulnerabilidade ao transgressor de modo direto e à população direta ou indiretamente. Contudo, a pesquisa aponta que os cuidados são direcionados para o lucro, porém, com a própria vida, ainda apresenta fragilidades. Palavras-chave: Modernização, Agricultura, Agrotóxicos, Contaminação.

_____________________________________

¹ Professora Ingressa no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná na área de Geografia pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Goioerê. ² Professora orientadora doutora do Curso de Graduação de Geografia da UNESPAR – Campus de Campo Mourão.

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INTRODUÇÃO

O Brasil está entre os maiores produtores de grãos do mundo, em

contrapartida apresenta elevado consumo de agrotóxicos (ANVISA, 2005).

O uso intensivo de agrotóxicos, especialmente na agricultura implica em uma

série de problemas, no meio ambiente e na saúde humana, a curto, médio e longo

prazo. Nesse sentido, buscamos realizar uma pesquisa que teve como objeto de

estudo o uso de agrotóxicos na agricultura do município de Ubiratã, pois a principal

atividade econômica local é a agricultura e a produção de grãos, particularmente da

soja e do milho, em outras palavras: a agricultura capitalista é o que move a

economia do município.

O desenvolvimento das relações sociais e os meios de produção no contexto

do conhecimento científico no que diz respeito ao uso dos agrotóxicos, fruto da

Revolução Verde também conhecido como processo de Modernização da Agricultura

favoreceu o aumento da produção de grãos em grande escala, em detrimento à

produção de subsistência que provocou desestrutura econômica familiar e o

fenômeno êxodo rural dos pequenos produtores. Evidenciando uma contradição: se

por um lado os agrotóxicos trouxeram elevada produtividade agrícola, em

contrapartida causaram efeitos negativos à população além da migração

involuntária, os desequilíbrios ambientais. Onde os recursos hídricos, solo e culturas

alimentícias, bem como os trabalhadores rurais se tornaram vítimas desse processo,

ou seja, a contaminação pelo uso intensivo e pelo manejo indevido. Dessa forma, é

importante para a comunidade escolar, ter acesso ao conhecimento sobre os

impactos desses agrotóxicos, uma vez que está diretamente inserida no contexto

agrícola no município de Ubiratã.

A pesquisa se fez necessário também em razão dos estudos preliminares

indicarem que aproximadamente 30% (trinta por cento) dos estudantes, são filhos de

agricultores ou que possuem alguma ligação com atividades agrícolas. Desse modo,

partimos de um projeto que visava atuar em um problema encontrado na questão

ambiental relativo aos descuidos em relação aos agrotóxicos, em função do modelo

agrícola adotado no município de Ubiratã. Para efetivação da pesquisa

selecionamos alunos do 7º Ano do Ensino fundamental, que participaram desse

processo pedagógico. Para o desenvolvimento de ações elaboramos um

questionário para ser aplicado aos pais dos estudantes. Também participaram

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professores pelo GTR (Grupo de Trabalho em Rede), onde a pesquisa foi

socializada, os mesmos acompanharam ativamente cada uma das ações propostas

na Unidade Didática.

Os estudantes, filhos dos agricultores, conhecem todo o processo pelo qual o

alimento chega até a mesa, contudo o conhecimento científico da agricultura

brasileira, especialmente a modernização da agricultura deve ser ensinado na

escola, uma vez que, esses processos, conduziram ao uso dos agrotóxicos e suas

consequências para natureza e o homem.

1. IMPACTOS DA MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA NO MUNICÍPIO DE

UBIRATÃ

Com a chegada da industrialização no campo, a agricultura passa de

tradicional para agricultura comercial, ou seja, produção em grande escala com a

finalidade de exportação. Fato que apresenta grandes modificações no campo.

No Paraná a Modernização da agricultura historicamente se revela por meio

de dados estatísticos, “O estado do Paraná, que participava em 1950 com 7,1% da

área de lavouras do país, aumentou sua participação para 12,0% em 1960 e 13,9%

em 1970” [...] adicionando 3.360 hectares de área plantada (SILVA, 1996, p.17).

Nesse período, o capital internacional é injetado no setor agrícola por meio de

grandes empresas com expressividade política e com a capacidade de concretizar

seus interesses econômicos, comercializam produtos desse setor, levando à

conclusão de que as tecnologias agrícolas foram introduzidas no Brasil e no Paraná

de modo impositivo com a exigência de “produtos padronizados e em larga escala”

(FLEISCHFRESSER, 1988, p.15).

Segundo Hespanhol, (1990, p.25 e 26), no início da década de 1970 ocorre a

ampliação do cultivo da soja, e meados da mesma década emerge o “binômio

soja/trigo”, (duas culturas, que popularmente se dizia: “tira o trigo, planta a soja, tira

a soja e planta o trigo”) fundamentada nas tecnologias modernas, em Ubiratã e

região. Especialmente a cultura da soja se expande rapidamente, apoiada pelo

Estado que destinou recursos financeiros às lavouras mecanizadas e para as

cooperativas, agroindústrias, dentre outros.

Dentre as infraestruturas na região, pode-se destacar a pavimentação da BR-

369 que é concluída em 1976, expande-se a rede telefônica e instala-se o Sistema

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DDD em 1974, implanta-se a Cooperativa Agropecuária União (COAGRU) em 1975,

instalam-se agências bancárias e filiais de empresas distribuidoras de insumos e

máquinas agrícolas. Para a economia da região a modernização da agricultura foi

positiva. Contudo, para a maior parte da população foi extremamente negativo, visto

que os pequenos produtores rurais (arrendatários, pequenos agricultores) foram

praticamente “expulsos” do campo, obrigados a procurar novos rumos, muitos se

mudaram para as cidades ou foram para outros estados brasileiros. Em pouco

tempo, o espaço geográfico foi reorganizado para atender aos “interesses dos

grandes grupos econômicos que atuam direta ou indiretamente na região.”

Em menos de trinta anos, Ubiratã foi constituída como município Figura 1, e

passou por todas essas transformações, agregando população de diversas regiões.

Figura 1- Localização do Município de Ubiratã na Mesorregião Centro Ocidental Paranaense.

Ainda conforme Hespanhol (1990), a expansão do binômio soja/trigo com

bases técnicas modernas, no município, associada à melhoria do sistema de

comunicações, levaram à maior integração e consequentemente redução das

diferenças socioculturais existentes entre as regiões paranaenses.

A agricultura depende do solo, da água e do ar. E através das técnicas

modernas aperfeiçoaram o cultivo elevando os resultados na colheita. Porém, o uso

intensivo de produtos químicos, traz efeitos colaterais, a curto, médio e longo prazo.

Anos depois, dificulta, ou inviabiliza diagnosticar de modo acertado algumas

doenças causadas pelo uso dos agrotóxicos.

Os principais problemas são devidos à falta de rigor, na fabricação, comércio

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e despreparo dos manipuladores dos produtos. De acordo com RÜEGG et all.(1991

p. 43),“vários inseticidas organoclorados, com pressão vapor relativamente elevada,

passam progressivamente do solo para a atmosfera.” Desse modo, entra na

circulação do ar, atingindo áreas distantes. A natureza possui dinâmica própria como

circulação das massas de ar e (RÜEGG et all.(1991 p. 43) afirma que, “Aplicações

aéreas de pesticidas, efetuadas sem cuidados necessários, poluem gravemente o ar

e afetam as populações de pequenas cidades próximas e às culturas tratadas”,

prejudicando a saúde do homem e o meio ambiente.

Outro aspecto instigante deve-se ao fato de que, geralmente os aplicadores

desses produtos químicos, são pessoas que possuem pouca escolaridade e pela

falta de compreensão, podem não se preocupar com as instruções básicas das

embalagens dos agrotóxicos e receituário agronômico, por não assimilar, que é o

mínimo de cuidado, que se deve ter de acordo com a legislação, a fim de minimizar

seus efeitos e evitar maior contaminação, do solo da água e seres vivos; entre eles,

o próprio homem. Nesse sentido intriga o fato de que, ano após ano, brasileiros

adoecem e entram em óbito, devido a tumores malignos, extremamente agressivos.

Há incidência dessas doenças entre os habitantes do município de Ubiratã,

conduzindo a refletir de que poderia estar relacionada ao uso de veneno, razão

essa, que instigou a disciplina de Geografia, procurar junto à comunidade escolar,

que em grande parte, possui vínculos com a atividade agrícola, desenvolver um

estudo e reflexão, em relação ao uso de agrotóxicos. Ensinando para os estudantes,

os riscos e cuidados básicos que se deve ter, para que, possam auxiliar seus

familiares, e como futuros empreendedores, a desenvolver práticas agrícolas, com

atitudes de preservação e cuidados básicos, de modo mais consciente e

responsável. Uma vez que toda tecnologia que o homem adquiriu ainda continua

dependente da natureza e dos processos biológicos, para produzir.

As intoxicações crônicas ocorrem em pequenas doses por anos. Outro

agravante é a venda livre, que pode ser inclusive utilizada em ambiente doméstico

por qualquer pessoa, mesmo sem experiência.

A comunidade escolar tem laços de proximidade com o setor agrícola, isso

motivou a presente pesquisa de intervenção pedagógica, para instruir os estudantes

do Colégio Estadual Cecília Meireles, atingindo diretamente os que vivem das

atividades do setor agrícola. Uma vez, que as tecnologias utilizadas na agricultura

local são modernas e essas são basicamente químicas, notadamente os insumos

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que contribuíram para o crescimento da produção, tanto que o município tem na

agricultura sua maior fonte de riqueza e parte do mérito se dá com a modernização.

Porém, vale ressaltar mais uma vez que as relações capitalistas apresentam

contradições e, nesse caso o excesso de produtos químicos, que não são apenas os

agrotóxicos, apresentam riscos para a saúde do homem e para a natureza.

O fato de a comunidade escolar possuir parte dos estudantes que colaboram

no trabalho agrícola, a pesquisa contemplou o uso dos agrotóxicos visto que,

também pertencem aos grupos expostos aos produtos.

Assim procuramos colaborar para a formação de indivíduos que tenham pleno

domínio dos seus atos e que saibam das consequências do mau uso dos

agrotóxicos. E para alcançar essa atitude, antes de qualquer coisa, é necessário ter

domínio do conhecimento com clareza, objetividade e de modo crítico.

1.1 Insumos Agrícolas, agrotoxicos e a contaminaçao

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, na década de 1950, com a

Revolução Verde o processo de produção agrícola passa por profundas

transformações, devido aos novos conhecimentos científicos e tecnológicos

conduzem a produção extensiva: agricultura comercial (commodities). Esse novo

modo de produção o uso de tecnologias basicamente químicas: os insumos

agrícolas (fertilizantes e defensivos agrícolas).

De acordo com a Lei Federal 7.802/1989 são considerados agrotóxicos:

[...] produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes e estimuladores e inibidores de crescimento. (BRASIL, 1989).

Ainda de acordo com a Lei 7.802/89 cabe ao Ministério do Meio Ambiente

avaliar os riscos ambientais, porém delegou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, essa função. De acordo com o

IBAMA/2009, esses produtos são de fundamental importância para a produtividade

agrícola, no entanto, por possuírem ingredientes ativos, ou seja, agentes químicos

(substâncias tóxicas) provocam impactos ambientais e sociais, sendo motivo de

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vigilância e cuidado.

Etimologicamente, segundo Sega (2013, p.3) o radical originado do latim

“Cida” significa “que mata”, atualmente se diz “controle”, conforme citado.

A classificação ambiental envolve várias áreas do conhecimento. Ao IBAMA,

foi delegada a avaliação do potencial de periculosidade de cada produto, essas

comunicações chegam até o consumidor através do rótulo e bula do agrotóxico. São

atribuídas 19 características individuais que resulta em quatro classes, quanto

menor a classe, maior o perigo. A classificação ambiental aparece na coluna central

do rótulo e da bula. O IBAMA e Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA são órgãos

federais que fazem as normas e avaliam o registro dos agrotóxicos.

“Os agrotóxicos são classificados pela ANVISA, órgão de controle do

Ministério da Saúde, em quatro classes de perigo para saúde humana cada classe é

representada por uma cor no rótulo e na bula do produto”. Extremamente tóxicos -

Faixa Vermelha, Altamente tóxicos – Faixa Amarela, Medianamente tóxicos – Faixa

Azul e Pouco tóxicos – Faixa Verde (ANVISA, 2013).

Isso não quer dizer que a cor verde não apresente perigo. Pode provocar

doenças também, embora não apresentando efeito imediato. Pois a contaminação

ocorre através da respiração (inalação), boca (via oral), contaminação prolongada

quando surgem problemas de saúde de maior gravidade.

De acordo com as classes e uso mais comercializados no ano de 2009

segundo o IBAMA: Herbicidas – reduzem, evitam ou eliminam ervas daninhas;

Inseticidas – provocam a morte dos insetos – é o que mais causa intoxicações;

Fungicidas – matadores de fungo e; Acaricidas – matam ácaros (IBAMA, 2009)

Alguns agrotóxicos são produzidos com princípios ativos à base de cobre e

mercúrio, tornando-os potencialmente prejudiciais ao meio ambiente. E como o

homem mantém sua vida com os recursos naturais, pode ser afetado direto ou

indiretamente.

Para o sistema econômico de desenvolvimento os agrotóxicos são muito

importantes. O Brasil está entre os maiores produtores de grãos do mundo, em

contrapartida apresenta elevado consumo de agrotóxicos de acordo com a ANVISA

(2005):

Dados da AGEITEC/EMBRAPA constatam que, nos últimos quarenta anos o

consumo de agrotóxicos no Brasil, elevou-se em 700%, no entanto a área de cultivo

aumentou 78% e ainda, esse consumo é diferenciado em cada região do país.

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Sendo que o norte apresenta um consumo pequeno (pouco mais de 1%) - o

nordeste (6%), a região Centro-Oeste houve gradativa elevação devido à ocupação

das terras do bioma cerrado para cultivo agrícola, com aumento de área plantada

com lavouras de soja e algodão na região. Alguns estados brasileiros destacam-se

como mostra o quadro a seguir:

Tabela 1 - Porcentagem de consumo de agrotóxicos por estado brasileiro

Estado Consumo (%) Estado Consumo (%),

São Paulo 25% Mato Grosso 9% Paraná 16% Goiás 8% Minas Gerais 12% Mato Grosso do Sul 5%

Fonte: Embrapa, 1998 – Organização: Freitas, I. M. de. 2013.

Em relação aos ingredientes ativos, as culturas agrícolas que mais consomem

agrotóxico são as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar.

Tabela 2 – Consumo de agrotóxicos em algumas culturas agrícolas no Brasil, em quantidade de ingredientes ativos 1998.

Fonte: SINDAG apud, Embrapa, 1998 – Organização: Freitas, I. M. de. 2013.

Convém ressaltar que essas culturas ocupam extensas áreas do Brasil, como

a soja, o milho e a cana-de-açúcar, isso significa que apresenta fonte potencial de

contaminação em grandes áreas. Nesse contexto o município de Ubiratã está

inserido, visto que é município paranaense e tem como base agrícola a produção de

grãos, especialmente, a soja e o milho.

O uso de agrotóxico leva ao surgimento de pragas mais resistentes. O

pesquisador da EMBRAPA (notícia 23/05/2013) alerta a criação de resistência de

plantas daninhas que está acontecendo devido ao uso contínuo do Glifosato, de

ação herbicida, usado na dessecação para o plantio direto.

Como já se sabe e confirma-se por meio de mapas de solo, o município de

Ubiratã é essencialmente agrícola e grande produtor de grãos, especialmente da

soja e milho, em outras palavras: a agricultura capitalista é o que move a economia

do município, contudo este modelo de agricultura predominante, em Ubiratã tem um

uso intensivo de agrotóxicos.

Na Geografia, as redes são consideradas um conjunto de pontos situados no

Cultura Agrícola Quantidade (toneladas) Participação (%)

soja 42.015 32,6 milho 15.253 11,8

Cana-de-açúcar 9.817 7,6

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espaço geográfico, que estão interligados entre si. Vários são os exemplos de redes:

rede urbana, rede transportes, comunicação, redes de supermercados, rede energia

elétrica, redes de bancos, dentre outras.

As redes são bem estruturadas, especialmente nas relações empresariais

porque garantem o fortalecimento na economia, rápido acesso às informações,

vantagens para empresa e consumidores, reduzindo custos. As redes podem

abranger o espaço geográfico em diferentes escalas, local, regional, nacional e

internacional (HOFFMANN et all, 2005).

Nesse sentido, os laboratórios que produzem os agrotóxicos são grandes

empresas, espalhadas por regiões e pelo mundo, formando redes. Não produzem

apenas agrotóxicos, fabricam outros produtos. A tabela a seguir apresenta alguns

exemplos.

Tabela 3 - Laboratórios, país de origem e principais produtos:

Laboratório País de origem Principais produtos

BASF Alemanha Agricultura, nutrição e saúde BAYER Alemanha Agricultura, saúde e materiais

inovadores MONSANTO Estados Unidos Sementes, frutas e hortaliças,

herbicidas SYNGENTA Reino Unido Proteção de cultivos, controle

de pragas urbanas e de jardins, sementes

BÜNGE Holanda Consumo, panificação, confeitaria e Indústria

Fonte: Sites BASF; BAYER; MONSANTO; SYNGENTA e BÜNGE – Organização Freitas, I. M. 2013.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, qualquer que seja o modo de

aplicação, o agrotóxico potencialmente pode contaminar a natureza: solo, água, ar

ao ser transportado pelo vento, água das chuvas ao cair nas plantas tratadas,

escorrendo pelo solo pela lixiviação e erosão.

Alguns agrotóxicos são mais perigosos que outros, conforme abordamos.

Nesse sentido, Rüegg et all (1991), assegura que:

Os inseticidas clorados orgânicos (por exemplo: DDT, BHC, aldrin, clordano, heptacloro e mirex) permanecem no solo por períodos longos que variam de alguns anos (...). Gradativamente são transferidos do solo para as culturas seguintes, passando também para as pastagens que ocupam posteriormente esses solos. Deste modo, os resíduos passam para a carne bovina e para o leite de vaca, através da alimentação. Os herbicidas

podem também permanecer ativos no solo, por período de vários meses até mais de um ano, interferindo diretamente e mesmo impedindo o desenvolvimento de novas culturas. O comportamento dos pesticidas no solo depende de vários fatores, tais como: sua estrutura química, tipo de solo (RÜEGG et all,1991, p.48 - grifo nosso).

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Após sua aplicação esses agentes químicos podem ser transportados pelo

solo e atingir os lençóis freáticos, e ainda a lavagem das máquinas de modo

indevido pode gerar consequentes danos à natureza a ao ser humano. Segundo

RÜEGG et all (1991), o modo mais evidente de contaminação é a mortalidade dos

peixes, visto que é comum no Brasil peixes mortos, flutuando nos rios. A mortalidade

desses peixes, em muitos casos, se dá em razão da poluição das águas por

inseticidas altamente tóxicos.

O vento é o meio de transporte natural, para todo e qualquer material em

suspensão. Com os agrotóxicos isso também ocorre particularmente com alguns

herbicidas, provocando contaminação além de outros efeitos indesejáveis.

No município de Ubiratã isso ocorre com frequência. Munícipes reclamando

que, por exemplo, o pé de mamão estava carregado de frutos e de repente murchou.

Provavelmente foi o uso indevido do agroquímico mencionado.

Geralmente os aplicadores desses produtos químicos, são pessoas que

possuem pouca escolaridade e pela falta de compreensão, podem não se preocupar

com as instruções básicas das embalagens dos agrotóxicos e receituário

agronômico, por não assimilar, que é o mínimo de cuidado, que obrigatoriamente, de

acordo com a legislação deve-se ter, a fim de minimizar seus efeitos e evitar maior

contaminação, do solo da água e seres vivos; entre eles, o próprio homem. Nesse

sentido intriga o fato de que, ano após ano, brasileiros adoecem e entram em óbito,

devido a tumores malignos, extremamente agressivos.

Nas últimas décadas, de acordo com ANVISA (2005), o Brasil apresenta

elevado número de doentes cancerígenos, porém suas causas não estão

esclarecidas para a população. Indicativos apontam que parte, pode estar

relacionada aos problemas causados pelos agrotóxicos, especialmente na

agricultura, sobre as origens da doença, o Instituto Nacional do Câncer - INCA,

(2005).

Atualmente, observa-se o aumento de doenças especialmente de pessoas

cancerígenas em todo o país, bem como no município de Ubiratã. As intoxicações

crônicas ocorrem em pequenas doses durante anos. Outro agravante é a venda

livre, que pode ser inclusive utilizada em ambiente doméstico por qualquer pessoa,

mesmo sem experiência.

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2. RESULTADOS OBTIDOS

Ao apresentar o projeto de pesquisa para a direção e equipe pedagógica,

constatamos a necessidade que a comunidade escolar tem de aprender mais sobre

o tema, como já tinha sido verificado através de sondagem com essa equipe.

A segunda ação aconteceu diretamente com os alunos participantes da

implementação da Proposta Pedagógica, onde eles conheceram o material didático

produzido para eles, ficaram entusiasmados com a diversidade de atividades,

imagens e com o tema, logo que este assunto está presente em seu cotidiano.

Essa ação se deu ao longo da implementação com o uso de materiais

audiovisuais, como documentários e reportagens de jornais: A história dos

agrotóxicos na agricultura; ANVISA determina retirada do mercado brasileiro

agrotóxicos altamente tóxicos; Brasil é considerado o maior consumidor de

agrotóxicos do mundo; Exagero no Uso de agrotóxicos; Modernização da

agricultura; O impacto da tecnologia na agricultura; Revolução Verde; Trabalho legal

– Riscos dos agrotóxicos; Uso correto e seguro dos Agrotóxicos; Uso correto dos

EPIs na aplicação dos agrotóxicos; Normas sobre o uso de agrotóxicos. Música “o

ouro no ano passado” de Roberto e Erasmo Carlos; Lei Municipal sobre 2,4-

D:“Súmula: Dispõe sobre o uso do herbicida hormonal” Cartilha da ANVISA sobre

Agrotóxicos, utilizados como instrumentos que abordam a contaminação do solo ar,

água e do homem por agrotóxicos. A canção retrata o contexto da modernização e

agressão ambiental. As atividades relacionadas a esses recursos foram produções

de texto, questões dissertativas, ilustrações que demonstraram o aprofundamento

do conhecimento que o aluno foi construindo ao longo da implementação.

Na quarta ação pelo pouco tempo disponível para implementação, e pelas

dificuldades apresentadas no uso do laboratório de informática, os dados coletados

foram trabalhados em sala de aula. Através de um gráfico foi apresentado os

principais agrotóxicos comercializados no estado do Paraná (IBAMA 2009), o qual

possibilitou aos alunos identificarem os produtos utilizados na atividade agrícola da

família. Nesse momento, o aluno compreendeu o processo da globalização que está

inserido na agricultura comercial, fortaleceu também conceitos de escalas, do local

ao global.

Essa ação foi realizada no sentido de conhecer melhor a comunidade escolar

e certificar o número de alunos que moram no campo ou que residem na cidade,

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mas que os pais trabalham no campo, ou seja, que os alunos têm contato direto ou

indireto com a atividade agrícola e o uso dos agrotóxicos.

Tabela 4 - Alunos matriculados 2014 no Colégio Estadual Cecília Meireles.

Colégio Estadual Cecília Meireles – Ano letivo 2014

Período Matutino 233 alunos Período Vespertino 100 alunos Total de matrículas 233 Fonte: Informação da Secretaria do Colégio – Organização Freitas, I. M. 2014

O resultado foi de que dos 333 alunos matriculados, 233 estudam no período

da manhã e destes, 28 moram na zona rural e 38 moram na zona urbana e os pais

trabalham na zona rural. No período vespertino dos 100 alunos matriculados, 14

moram na zona rural e 16 moram na zona urbana, mas, seus pais trabalham na

zona rural, totalizando 96 pais de alunos que vivem da agricultura, ou seja, 29% do

total da comunidade escolar.

Tabela 5 - Alunos que moram na zona rural, urbana e os pais trabalham na zona rural.

Período Matutino Período Vespertino

Alunos moram na zona rural 28 14 Alunos moram na zona urbana e os pais trabalham na zona rural?

38 16

Total 66 30 Fonte: Dados coletados por aclamação pelos professores – Organização Freitas, I. M. 2014.

Com o resultado dessa pesquisa fortaleceu a convicção da necessidade da

mesma e prática desse conteúdo que está diretamente relacionado com 29% alunos

e indiretamente com toda comunidade escolar. Dando a oportunidade dos alunos

serem agentes transformadores nas relações ambientais, econômicas e sociais

através do conhecimento.

Outra ação realizada foi junto à Secretaria Municipal de Saúde, dados da

tabela 7, sobre óbitos e internações do município de Ubiratã, região da CONCAM

(Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão) e do Brasil. Essa

pesquisa reforça os dados do INCA, (2005, p.15) que adverte sobre a periculosidade

dos agrotóxicos e as possíveis ocorrências do câncer relacionadas à exposição dos

produtos químicos como fatores que o INCA alerta. Esses dados foram utilizados em

sala de aula no sentido de informar aos alunos sobre a gravidade dessa doença e da

correlação da mesma com os produtos químicos e o quanto são agressivos ao meio

ambiente e ao homem, e por essa razão seu uso deve ser feito com cuidado e

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precaução. São comuns relatos feitos pelos estudantes de graves doenças dos avôs

que se atribuem aos descuidos pessoais em relação à aplicação e manuseio desses

produtos.

Tabela 6 – Cancerígenos Ubiratã, região da COMCAM, Paraná e do Brasil

Internações e óbitos de Cancerígenos no município de Ubiratã-PR- anos 2009 a janeiro/ agosto de 2014

Ubiratã-PR 2009 2010 2011 2012 2013 2014 internações 88 87 79 106 152 88 óbitos 17 27 15 19 25 15

Internações e Óbitos de Cancerígenos região na COMCAM COMCAM 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Internações 1.548 1.755 1.874 2.093 2.191 1.648 Óbitos 387 368 396 381 397 204

Óbitos de Cancerígenos no Paraná Paraná 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Óbitos 11.162 11.935 12.161 12.512 12.792 7.186

Internações de Cancerígenos no Brasil Brasil 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Internações 575.371 604.809 624.035 659.788 691.543 459.116

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde – Posto de Saúde Central de Ubiratã – Organização Freitas, I. M. 2014.

Vale ressaltar que os dados são do DATASUS as internações via plano de

saúde não aparecem nesses números, por essa razão e também devido ao curto

espaço de tempo e a complexidade do tema não aprofundamos esse estudo.

Elaboramos um questionário com 34 questões para sondar a conduta do

agricultor quanto ao uso dos agrotóxicos.

Pela legislação em vigor os cuidados mínimos são obrigatórios para evitar

acidentes e contaminações. Dos dados coletados quanto à prescrição da receita do

agrônomo ao adquirir o produto 87,5% dos entrevistados sempre recebem, contudo,

6,25% recebem na maioria das vezes e 6,25% nunca recebem. É característica da

legislação brasileira a prescrição antes da venda do produto. Esses dados podem

indicar fragilidade, isto é, indicaria produto sem registro nacional de origem

duvidosa. A cidade de Ubiratã está situada nas proximidades da fronteira

internacional.

Quanto à leitura obrigatória da receita, apenas 37,5% sempre lêem, isso

denota não cumprimento da legislação, uma vez que a aplicação sem a prévia

leitura pode ocasionar aplicação incorreta. Quanto ao entendimento das informações

56,25%, entende as informações, os demais 37,5% na maioria das vezes, 6,25%

nunca entendem. Lembrando que a leitura é obrigatória.

Quanto à orientar-se pela receita 62,5% sempre o fazem, 25% na maioria das

vezes e 12,5% raramente. É preocupante esse comportamento do agricultor que não

acessa a informação nos rótulos, mesmo que a maioria o faça.

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Figura 3. Sobre o recebimento da Receita do Agrônomo pelos agricultores do município de Ubiratã-PR, 2014.

Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

Quanto às Instruções e orientações dos rótulos, apenas 25% sempre lêem,

43,75% na maioria das vezes, 18,75% raramente e 12,5% não compreendem.

Quanto às informações 50% sempre entendem, 31,25% na maioria das vezes,

12,5% raramente e 6,25% parcialmente. Atenção as tarjas – 56,25% sempre 31,25%

na maioria das vezes e 12,5% parcialmente. 56,25% são sempre atentos aos

desenhos, 31,25% na maioria das vezes e 12,5% raramente. 50% sempre entendem

o codificado nas tarjas, 37,5% na maioria das vezes, 6,25% raramente e 6,25%

totalmente. 43,75% sempre entendem os desenhos, 37,5% na maioria das vezes,

12,5% raramente e 6,25% parcialmente.

Figura 4. Entendimento do rótulo dos agrotóxicos agricultores. Ubiratã, PR, 2014.

Fonte: Questionário dos agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

62,50% 56,25%

37,50%

87,50%

25% 37,50%

18,75%

6,25% 12,50%

18,75%

6,25%

6,25%

12,50%

6,25% 6,25%

orienta-se pela receita entende as informações faz leitura da receita ao adquirir o produto rebebe receita

Receita do Agrônomo

sempre na maioria das vezes raramente parcialmente nunca não lê

43,75% 50%

56,25% 56,25% 62,50%

50%

25%

37,50%

37,50% 31,25%

31,25% 25%

31,25%

43,75%

12,50%

12,50% 12,50%

12,50%

18,75%

6,25%

6,25% 12,50%

6,25% 6,25% 12,50%

entende desenhos

entende tarjas

atenção aos desenhos

atenção as tarjas

orienta-se pelas

instruções

entende as informações

faz leitura dos rótulos

Instruções e orientaçãoes dos rótulos

sempre na maioria das vezes raramente parcialmente

não observa totalmente não compreende

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As orientações dos rótulos e bulas são essenciais para evitar contaminações,

apenas 25% sempre faz a leitura dos rótulos. Essa condição é essencial, não é

subjetiva e dispensável pela própria vontade.

O uso dos equipamentos está prescrito na receita do agrônomo, são

obrigatórios, é exigência da legislação em vigor podendo acarretar multa para o

patrão e demissão por justa causa para o empregado. O não uso fragiliza o

aplicador que pode contaminar-se pela boca, nariz, olhos e pele. Uma vez que a

legislação existe, devido à alta periculosidade dos produtos e o reconhecimento dos

órgãos oficiais da importância para o modelo agrícola brasileiro: agroexportador -

25% sempre usam viseira, 18,75% na maioria das vezes, 6,25% raramente, 6,25%

parcialmente, 6,25% nunca, 37,5% não usam. 18,75% sempre usam avental, 12,5%

raramente, 6,25% parcialmente, 25% nunca, 37,5% não usam. 75% sempre usam

boné que é o equipamento mais utilizado. 25% sempre usam jaleco e calça, 25% na

maioria das vezes, 12,5% raramente, 6,25% parcialmente, 6,25% nunca e 25% não

usam. Luvas – 18,75% sempre usam 43,75% na maioria das vezes, 12,5%

raramente, 6,25% parcialmente, 18,75% não usam. Uso de máscaras - 56,25%

sempre, 18,75% na maioria das vezes, 6,25% nunca e 18,75% não usam. Uso de

botas - 31,25% sempre, 25% na maioria das vezes, 12,5% raramente, 6,25% nunca

e 25% não usam. Observamos que há subjetividade quanto ao uso dos

equipamentos. Os mais utilizados são boné - 75% e máscara – 56,25%, uma vez

que a exposição indevida do aplicador coloca-o em risco, tornando-o vulnerável à

acidentes.

Figura 5 - Uso de equipamento de proteção pelos agricultores. Ubiratã, PR, 2014.

Fonte: Questionário dos Agricultores - Organização Freitas, I. M. 2014.

25% 18,75%

75%

25% 18,75%

56,25%

31,25%

18,75%

6,25%

25% 43,75%

18,75%

25% 6,25%

12,50%

12,50%

12,50%

12,50%

12,50%

6,25%

6%

6,25%

6,25%

6,25%

25%

6,25

6,25%

6,25%

37,50% 37,50%

6,25%

25% 18,75% 18,75%

25%

uso de viseira uso de avental

uso de boné uso de jaleco e calça

uso de luvas uso de máscaras

uso de botas

Uso de Equipamentos

sempre na maioria das vezes raramente parcialmente nunca não usa

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O horário de aplicação, regulagem dos equipamentos são essenciais para

evitar perda do produto e conseqüente contaminação do ar, água, solo e do homem.

Evaporação se o ar está aquecido, lavagem das folhas e lixiviação em caso de

chuva eminente. Na regulagem dos equipamentos em unanimidade todos o fazem

atingindo 100%, isso demonstra que quando o lucro está em jogo o cuidado é

observado, ou seja, se o equipamento estiver desregulado é perda sentida no bolso.

Horário de aplicação 75% sempre observa 18,75% às vezes e 6,25% omitiram

resposta. Em relação às condições atmosféricas 93,75% sempre observam e 6,25%

às vezes. Indica margem de contaminações.

Figura 6. Observação do horário, condições do tempo para aplicação dos agrotóxicos e regulagem dos equipamentos pelos agricultores. Ubiratã, PR, 2014.

Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

O transporte e armazenamento adequado estão contidos na lei e é preciso

obedecer. 87,5% utilizam adequada sinalização, 12,5% não. 93,75% manuseiam o

produto e preparam a calda longe de crianças e 6,25% não. Indicação em

porcentagem mínima de infrações, contudo preocupa. 100% longe de alimentos,

100% longe de fonte de água, nesses dois itens estão bem conscientizados, 93,75%

armazena em local fechado e 6,25% não respondeu.

Figura 7. Segurança quanto ao armazenamento dos produtos. Ubiratã-PR.

100%

75%

93,75%

18,75%

6,25% 6,25%

equipamento regulado

observa horário para aplicar

observa condições do tempo

Observa horário, condições do tempo para aplicar e regula equipamentos

sempre as vezes nunca não respondeu

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Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

No cuidado com os equipamentos e embalagens 68,75% dos agricultores

entrevistados sempre lavam os EPIs, 12,5% na maioria das vezes 6,25% às vezes,

6,25% nunca lavam o que não pode acontecer e 6,25% não respondeu a questão. A

higiene pessoal 100% o fazem, lavagem das embalagens 75% sempre, 18,75% na

maioria das vezes e 6,25% às vezes.

Figura 8. Cuidados relacionados a lavagem das embalagens, higiene pessoal e lavagem dos EPIs. Ubiratã-PR, 2014.

Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

A tríplice lavagem das embalagens deve ser imediata sendo condição para

que não fiquem resíduos que certamente provocará contaminações posteriores. 50%

93,75%

100% 100%

93,75%

87,50%

6,25%

12,50%

6,25%

o local é fechado longe de fonte de água

longe de alimentos longe de crianças adequada sinalização

Quanto ao armazenamento dos produtos

sim não não respondeu

75%

100%

68,75%

18,75%

12,50%

6,25%

6,25%

6,25%

6,25%

lava as embalagens higiene pessoal lavagem Epis

Lavagem das embalagens

sempre na maioria das vezes as vezes raramente nunca não respondeu

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o fazem sempre, 25% na maioria das vezes, 6,25% às vezes, 12,5% responderam

que sim e 6,25% não respondeu. O local de devolução deve constar na Nota Fiscal

do produto, 81,25 responderam sempre e 18,75% sim, esse é bom indicador. A

efetivação da devolução em outra questão 87,5% respondeu que sempre devolvem

6,25% na maioria das vezes e 6,25% responderam que sim.

Figura 9. Devolução das embalagens vazias, conhecimento sobre descarte e tríplice lavagem pelos agricultores. Ubiratã, PR, 2014

Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

A compra dos produtos deve ser feita em distribuidora de confiança, caso

contrário, em caso de acidentes fica difícil tomar providências acertadas, além de

outras implicações. 68,75% dos entrevistados sabem distinguir produto com registro

do contrabandeado, 18,75% responderam que sim, mas tem dificuldades e 12,5%

não sabem distinguir. Quanto ao conhecimento de produtos contrabandeados 75%

conhecem 12,5% sim, mas tem dificuldade e 12,5% não conhecem. Os produtos

registrados passaram por critérios rigorosos de avaliação pelos Ministérios da

Agricultura, Saúde e Meio Ambiente. Os produtos sem registro acarretam maior

risco, pois em caso de contaminação não se sabe como proceder de modo

adequado para atenuar as consequências nocivas.

Figura 10. Apresenta domínio sobre o registro dos agrotóxicos pelos agricultores. Ubiratã, PR, 2014.

87,50% 81,25%

50%

6,25%

25%

6,25%

6,25%

18,75% 12,50%

6,25%

devolução de embalagens vazias

sabe onde devolver tríplice lavagem

Devolução das Embalagens

sempre na maioria das vezes as vezes raramente nunca sim não respondeu

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Fonte: Questionário agricultores – Organização Freitas, I. M. 2014.

Os levantamentos das respostas dos agricultores nos trouxeram informações

que demonstram riscos durante o uso e aplicação dos agrotóxicos em quase todas

as formas de contaminação. Acreditamos que algumas formas de contaminar-se e

contaminação da natureza são desconhecidas pelos agricultores, como se o solo, o

ar e a água pudesse se restabelecer de todos os produtos químicos aí lançados de

modo quase mágico e se não fosse conectado uns aos outros. A legislação é

recente especialmente em conjunto com o Ministério de Saúde (1976) e Meio

Ambiente (década de 90 com a Conferência Rio/92) e nota-se que algumas práticas

incorretas estão enraizadas. Alguns agricultores só acreditam nas consequências

nocivas se vivenciá-las de antemão, mas mesmo assim essas práticas permanecem

devido ao modo de produção agrícola e ao capital. Em virtude da degradação dos

recursos naturais serem provocada pelas atividades econômicas modernas e vem

acontecendo em todas as regiões do mundo resultante do encaminhamento

histórico, social e econômico. Para Müller (1989, p.42), “[...] politização sustenta-se

no fato de o Estado planejar a agricultura para o lucro” sendo o comando do capital,

o lucro torna essencial para o sistema em detrimento dos recursos do qual provém.

Mesmo antes da tabulação dos dados os alunos relataram casos de

descuidos, algumas crianças já ajudaram os pais nesse trabalho, mesmo relato da

presença de crianças no preparo da calda. O que conduz a refletir que o ser humano

Traz em si a tendência a reproduzir o que foi aprendido, uma vez que o primeiro

agrotóxico utilizado no país, o DDT os agricultores foram orientados a preparar a

calda sem nenhuma proteção e dissolvê-lo utilizando a mão espalmada (os efeitos

nocivos vieram anos depois). Mesmo com a legislação atual e as orientações não

estão convictos da periculosidade de tais produtos, reproduzem a conduta de tratá-lo

75% 68,75%

12,50% 18,75%

12,50% 12,50%

conhece produtos contrabandeados distingue agrotóxico contrabandeados do produto com registro

Distingue os agrotóxicos com registro do contrabandeado

Sim tem dificuldade não

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como material orgânico, quase inofensivo, seria porque estão habituados pela

cultura construída? Com o surgimento dos organofosforados, ao usar a mesma

técnica os efeitos nocivos eram imediatos. Uma vez que o Ministério da Agricultura

reconhece que esses ingredientes ativos são fundamentais para a agroexportação,

foram estabelecidas normas mínimas de segurança que é a Legislação Federal em

vigor.

Essa ação consistiu em uma palestra realizada com os alunos do 7º A

proferida pelo Engenheiro Agrônomo da Divisão do Meio Ambiente do município de

Ubiratã, que teve como tema: “Defensivos agrícolas”. A abordagem do palestrante

que estava dentro da temática do projeto foi muito bem conduzida e desenvolvida

pelo mesmo. Durante a fala os alunos se mostraram interessados e perceberam a

relação com os conteúdos estudados no material didático, permitindo o

aprofundamento do conhecimento através de uma aula diferenciada (DCE, 2008,

p.28) “o que contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno, de

forma que aquilo que parece sem sentido seja problematizado e aprendido” e ao

término participaram com perguntas que foram sanadas pelo palestrante. Como

atividade de fixação do conteúdo da palestra foi proposto uma produção de texto a

partir da pergunta e da resposta do agrônomo durante a palestra.

Foto 1. Palestra Engenheiro Agrônomo da Divisão do Meio Ambiente Município de Ubiratã-PR

Fonte: Turma 7º A - Acervo particular. 2014.

Na finalização da implementação didática foi construída individualmente pelos

alunos uma cartilha informativa sobre o uso correto dos agrotóxicos dividida em 3

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temas; modernização da agricultura, as redes dos laboratórios fabricantes até o uso

dos agricultores em Ubiratã e os impactos dos agrotóxicos com os cuidados de uso.

Vários recursos foram utilizados na construção da cartilha: desenhos, textos,

colagens e questionários. O tema é o mesmo, mas a construção foi diferente de

acordo com a aprendizagem e o conhecimento que cada aluno adquiriu durante as

aulas. Constata-se através desse material que a temática veio de encontro com uma

deficiência em relação ao meio ambiente e ao modo de produção agrícola que

repercute no espaço geográfico, também se verifica que os alunos adquiriram

conceitos básicos do conteúdo estudado, conseguiram estabelecer relações entre o

homem, meio ambiente e agricultura. Como foi trabalhado com toda a turma e a

mesma é heterogênea, percebe-se que a aprendizagem é diferenciada e tem níveis

diferentes. Alunos que realizaram todas as atividades propostas com muita facilidade

e outros que não conseguiram finalizar algumas atividades.

Foto 2. Cartilhas Informativas produzidas pelos

estudantes do 7º Ano.

Fonte: Produções dos alunos do 7º A – Organização Freitas, I. M. 2014.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo norteador da pesquisa revela que há fragilidades impactantes que

atingem o ar, água, solo e consequentemente, o homem que está essencialmente

ligado à biosfera da qual depende para sua existência. Os dados coletados

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demonstram ainda que a legislação federal em vigor fundamenta-se em critérios de

segurança tóxica que perpassam três Ministérios: Agricultura, Saúde e Meio

Ambiente, porém observamos que as normas não são cumpridas pelos agricultores

por acharem que é desnecessária.

Na contagem dos alunos que trabalham na agricultura foi confirmada a

necessidade dessa pesquisa e prática, uma vez que está diretamente relacionada

com 29% dos alunos e indiretamente com todos, oportunizando atuar de modo

consciente e crítico nas ações que transformam o ambiente.

No decorrer do processo de Implementação da pesquisa percebemos que os

alunos conseguiam entender de modo contextualizado que estão inseridos no

passado, no presente e no futuro (historicamente) por meio das transformações

ocorridas na infraestrutura do município, pela política do Estado e do governo,

decisões de cada grupo econômico ou familiar. Pelas atividades aplicadas

demonstraram compreensão dos conceitos básicos de segurança para o trabalhador

e o meio ambiente no uso seguro dos agrotóxicos, o modo como ocorrem as

contaminações e como evitar maiores impactos com o uso dos agrotóxicos no

município de Ubiratã. Dessa forma acreditamos que a escola está contribuindo ao

disponibilizar o conhecimento científico sobre o processo Modernização da

Agricultura, o uso dos agrotóxicos e suas implicações sociais, econômicas e

ambientais. Porque a legislação é o fundamento mínimo de segurança (risco de

acidentes sempre existe), portanto, as normas precisam ser cumpridas.

Na averiguação das formas de contaminação pelo trabalhador em contato e

manuseio dos agrotóxicos, os dados tabulados revelam que a compreensão de

periculosidade desses produtos é por vezes subjetiva e parcial, ou por postura

individualista que o próprio sistema econômico propaga, o lucro é mais importante

que as condições vitais, desconsiderando o compromisso social com a natureza e

posteridade. Contudo mesmo o lucro está ameaçado com os abusos no Jornal

Tribuna do Interior de 08.12.2013 Ano 44 nº 8.681 divulga lançamento de campanha

“Plante seu futuro” para redução de agrotóxicos e conservação de solos, Segundo

Guimarães, gerente regional da EMATER [...] “dados apontam que tanto o pequeno

quanto o grande produtor estão tendo mais risco a cada ano e menos lucro” a

campanha mostra que existem outros modos de manejo que permitem reduzir a

aplicação de insumos. Campanha que foi lançada em quatro macrorregiões do

Estado do Paraná, isso significa que não é um fato isolado.

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Outro aspecto abordado foi o número de pessoas cancerígenas

hospitalizadas e o número de óbitos nos últimos cinco anos do município de Ubiratã,

da Região da COMCAM; do Paraná o número de óbitos e do Brasil conseguimos o

número de internações, os registros se referem ao DATASUS, portanto o

atendimento particular e plano de saúde não estão contabilizados. Devido à

complexidade e o pouco tempo para pesquisa, não aprofundamos o tema.

4. REFERÊNCIAS

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