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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013

Título: O cinema na sala de aula como apoio ao ensino de Língua Portuguesa

Autor: Leandro Aparecido dos Santos

Disciplina/Área: (ingresso no PDE)

Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Professor Paulo Mozart Machado - EFM

Município da escola: Uraí - PR

Núcleo Regional de Educação: Cornélio Procópio - PR

Professor Orientador: Dra. Diná Tereza de Brito

Instituição de Ensino Superior: UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus de Cornélio Procópio - PR

Relação Interdisciplinar: (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Resumo: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

O presente trabalho está embasado na possibilidade de utilizar o cinema como apoio às aulas de língua portuguesa, compreendendo-o como uma arte que tem sua própria linguagem, mas que dialoga com as outras áreas do conhecimento, visto que o cinema constitui-se em um dos variados modos de expressão cultural da sociedade contemporânea. Esta produção em forma de unidade didática será desenvolvida observando a aprendizagem dos alunos durante as aulas, fundamentada nos estudos sobre o uso do cinema na sala de aula, apoiados nos trabalhos de Napolitano (2003), Duarte (2009), Xavier (2008), Jullier e Marie (2009), Metz (1980), e estruturada na perspectiva do Método Recepcional de Bordini e Aguiar (1993), tendo como proposta a abordagem de um tema pré-estabelecido que, para esta unidade, ficou sendo o “Carpe Diem”. A intenção é desenvolver e criar através do tema proposto, tendo o gênero fílmico como fio condutor, situações em que os alunos tenham

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oportunidade de refletir sobre as suas leituras numa perspectiva intertextual como forma de ampliar os conhecimentos lingüísticos, pois o cinema, como prática educativa, permite aguçar os alunos a desenvolver novas formas de compreender temas, assuntos e/ou conteúdos tratados em sala de aula. A necessidade de explorar o cinema transforma o educador em mediador, assim a contextualização do conteúdo abordado nas obras audiovisuais fornece um sentido didático e possibilita o aprimoramento do aprendizado.

Palavras-chave: (3 a 5 palavras)

Cinema; Leitura; Língua Portuguesa; Gênero

Formato do Material Didático: Unidade didática Público: (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do 9º ano, período matutino, do Colégio Estadual Professor Paulo Mozart Machado - EFM

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Leandro Aparecido dos Santos

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Cornélio Procópio

Professor Orientador IES: Dra. Diná Tereza de Brito

IES Vinculada: UENP – Campus Cornélio Procópio

Escola de Implementação: Colégio Estadual Prof. Paulo Mozart Machado - EFM

Público objeto da intervenção: alunos do 9º ano.

TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

- Cinema e ensino de Língua Portuguesa

TÍTULO

- O cinema na sala de aula como apoio ao ensino de Língua Portuguesa

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1. INTRODUÇÃO

O momento histórico atual tem-nos proporcionado a convivência cada vez

mais integrada com as novas tecnologias, as quais influenciam principalmente

nossos discentes, e ao que parece, eles necessitam de estímulos audiovisuais para

manter o foco, ou seja, não dispersar sua atenção. E, nesse aspecto, é importante

para o docente trazer práticas motivadoras (e inovadoras) para a sala de aula, a fim

de obter mais êxito em suas proposições, mantendo assim o aluno com a atenção

sempre voltada aos temas trabalhados em sala de aula.

Como podemos perceber, à luz dos conhecimentos atuais não se concebe

mais que o ensino de língua e, especialmente, o trabalho de leitura ocorram apenas

a partir de textos expressos no papel. É preciso buscar novos caminhos, novas

propostas. Para isso, é fundamental que a escola estabeleça uma relação de

mediação entre leitura e sujeito, bem como entre professor e estudantes.

O que se tem observado, ao longo da história, especialmente acerca do

ensino da leitura em sala de aula, é que a escola, que ainda é muito conservadora,

parece ter medo de mudar a escolha do objeto, ou seja, buscar e permitir novas

ferramentas que sirvam como suporte para os ensinos de língua e de leitura. Outro

aspecto é concentrar a atenção não exclusivamente no objeto, mas

preferencialmente no sujeito-leitor. Se não houver propostas claras, com objetivos

bem definidos, o estudante não se sentirá motivado para ler.

Além disso, ao observarmos a contemporaneidade, é necessário

lembrarmos que o intenso contato com meios de comunicação de massa,

principalmente a TV e a internet, influenciam na formação do leitor atual, tornando-o,

de certa forma, dependente de estímulos audiovisuais e de uma linguagem dinâmica

para manter sua atenção focada em determinado programa ou propaganda.

Ademais, o leitor contemporâneo é muito condicionado a essa linguagem sincrética,

ou seja, a que mescla som, imagem em movimento e melodia.

Desse modo, constata-se que um leitor competente é alguém que, pela sua

habilidade multigenérica, sabe selecionar dentre os gêneros que circulam

socialmente, aqueles que possam atender às suas necessidades comunicativas.

Este tipo de leitor é capaz de: eleger as estratégias adequadas para abordar tais

textos; de ler as entrelinhas, identificando os implícitos; de estabelecer relações

entre o texto e outros já lidos.

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Com esse pressuposto objetivamos nesta proposta indicar a utilização do

gênero filme como instrumento motivador nas aulas de língua portuguesa com

atenção à leitura em sala de aula, a fim de despertar o interesse e o aprendizado do

aluno.

Trabalhar com o cinema na sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados numa mesma obra de arte. (NAPOLITANO, 2003, p.11-12)

Esta unidade didática será desenvolvida observando a aprendizagem dos

alunos durante as aulas, baseada nos estudos sobre o uso do cinema na sala de

aula, apoiados nos trabalhos de Napolitano (2003), Duarte (2009), Xavier (2008),

Jullier e Marie (2009), Metz (1980), estruturado na perspectiva do Método

Recepcional de Bordini e Aguiar (1993), tendo como proposta a abordagem de um

tema pré-estabelecido que, para esta unidade, ficou sendo o “Carpe Diem”.

Carpe diem é a expressão de origem latina que significa “aproveite o dia”. Desde Horácio, poeta latino, o tema tem sido recorrente ao longo dos séculos. Apareceu no renascentismo francês, no barroco inglês e no arcadismo brasileiro, citando alguns exemplos. (SCHMITT, 2004)

“Carpe Diem”, recorrendo ainda a Schmitt (2004), está presente também na

cultura oriental e, por incrível que pareça, até na poesia asteca pré-colombiana.

Embora os astecas não tivessem conhecimento de Horácio e muito menos de

“Carpe Diem” ou de “Tempus fugit”, já sabiam que tempo é arte. De Horácio a Júdice

muita coisa mudou culturalmente pelo mundo: permanente ainda é o desejo de

aproveitar a vida ao máximo, especialmente na época contemporânea. Mas tem

suas consequências, às vezes, devastadoras, como exemplificaremos ao longo das

aulas.

Neste trabalho a intenção é desenvolver e criar através do tema “Carpe

Diem”, tendo o gênero fílmico como fio condutor, situações em que os alunos

tenham oportunidade de refletir sobre as suas leituras por meio dos variados textos

que leem, escrevem, falam/ discutem, e/ou ouvem, intuindo de forma

contextualizada, acreditando que o trabalho efetivo nas aulas de língua portuguesa

deve buscar a interação entre leitor e texto.

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2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos gerais

Ampliar horizontes e diversificar conhecimentos, através da leitura de

diferentes gêneros discursivos, tendo como fio condutor o uso do cinema

na sala de aula.

Levar os alunos ao entendimento da expressão “Carpe Diem” baseado

nos estudos sobre o uso do cinema na sala de aula, estruturado na teoria

do método recepcional.

Respeitar a autonomia do trabalho no processo de leitura e produção,

entendendo dúvidas, erros e acertos como etapas de um processo de

maturação e sedimentação do trabalho;

2.2 Objetivos específicos

Conhecer a linguagem cinematográfica e o gênero fílmico como elemento

auxiliar aos estudos de língua materna.

Incorporar a arte do cinema ao repertório cultural dos alunos, ampliando,

assim, suas potencialidades no exercício de uma postura crítica e

reflexiva.

Promover a leitura do gênero fílmico de outros gêneros textuais na

perspectiva intertextual como forma de ampliar os conhecimentos

linguísticos dos alunos.

Identificar aspectos relevantes nos filmes e nos textos de forma coerente,

a partir de textos oriundos de diferentes fontes.

Tomar conhecimento de dados históricos, espaço-tempo, acerca do tema

“Carpe Diem”.

Conhecer e realizar análises dos textos em questão, fazendo análises da

linguagem, reflexões metalinguísticas, tipos de diálogos, estilística, clichês,

potencial semântico dos vocábulos, entre outros.

Compreender a utilização de obras audiovisuais, como o cinema, como

instrumento educacional dialógico importantíssimo à aprendizagem de

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língua.

Reconhecer a língua e suas variantes como forma de expressão e

identidade dos grupos sociais e da época em foco.

Desenvolver nos estudantes, através das atividades sugeridas, o interesse

e a necessidade da leitura.

Oferecer um espaço no qual a criação e a imaginação perpassem pela

leitura e pelos textos a serem produzidos.

Formular hipóteses a respeito dos conteúdos dos textos antes de sua

leitura.

Estabelecer relações – intertextualidade, contextualização – entre os

diferentes textos nos diversos suportes apresentados.

Aprimorar a oralidade na exposição de ideias por meio de discussões

dirigidas e debates.

Confrontar as ideias contidas nos textos apresentados.

Atribuir significados que extrapolem os textos lidos/produzidos.

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3. MÓDULOS DIDÁTICOS

Os módulos didáticos desta unidade serão desenvolvidos seguindo os

passos descritos no Método Recepcional elaborado por Bordini e Aguiar (1993).

Neste método fica a cargo do professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma

das fases. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa essas

etapas podem ser resumidas assim:

A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O professor precisa tomar conhecimento da realidade sociocultural dos educandos, observando o dia-a-dia da sala de aula. Informalmente, podem-se analisar os interesses e o nível de leitura, a partir de discussões de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc. Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionados obras que tenham um senso estético aguçado [...]. Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera, suas certezas podem ser abaladas. [...] Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que ajudou a ampliar seus horizontes. A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitaram uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. (PARANÁ, 2008, p. 74-75, grifos no original).

3.1 Determinação do horizonte de expectativa

(Nesta etapa serão 2 encontros de 2 aulas)

Professor, neste primeiro momento será perguntado aos alunos o que eles gostam de fazer para aproveitar o dia.

a) O que é aproveitar o dia para você?

b) O que você faz para aproveitar bem o seu dia?

As respostas serão organizadas em um painel feito com papel Kraft.

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Na sequência serão apresentados para a sala diversos materiais para

contextualização do tema proposto.

De início será exibido o videoclipe da canção “Semana que vem” da cantora

Pitty que faz parte do CD “Admirável Chip Novo”, e serão entregues cópias da letra

da canção aos alunos, com destaque para o refrão, visto que é uma música em que

aparece o conceito de “Carpe Diem”, que pode ser observado tanto na própria letra

da composição, bem como nas imagens do vídeo, carregadas de simbologia.

Professor, propomos as seguintes questões para os alunos refletirem:

a) Se observarmos o refrão da canção ele estabelece uma relação de

contradição com as outras partes da música. Por que a letrista usou deste

expediente em sua composição? Observe atentamente o videoclipe e dê sua

opinião.

b) Segundo a canção, a vida é breve e, por isso, não devemos adiar o que

temos que fazer, é preciso sim, aproveitar cada momento da vida. Mas como

aproveitar bem os momentos da vida, de qualquer forma, irresponsavelmente, ou

sensatamente, com responsabilidade?

Serão exibidos também, para serem confrontados, os videoclipes das

canções “Epitáfio” do grupo Titãs, e “Die young” da cantora Ke$ha (esta com

tradução simultânea).

Semana que vem (Pitty)

Amanhã eu vou revelar Depois eu penso em aprender Daqui a uns dias eu vou dizer O que me faz querer gritar (...) Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar Não deixe nada pra semana que vem Porque semana que vem pode nem chegar Disponível em: http://www.vagalume.com.br/pitty/semana-que-vem.html#ixzz2kjOQPC8s

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Epitáfio (Titãs)

Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais e até errado mais Ter feito o que eu queria fazer Queria ter aceitado as pessoas como elas são Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração Disponível em: http://www.vagalume.com.br/titas/epitafio.html#ixzz2kjWdaZaX

Die young

(Ke$ha)

I hear your heart beat to the beat of the drums Oh what a shame that you came here with someone So while you're here in my arms Let's make the most of the night Like we're gonna die young We're gonna die young We're gonna die young

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/kesha/die-young.html#ixzz2kjY85fDd

A partir da exibição do videoclipe da canção “Epitáfio” do grupo Titãs, será

abordado o significado desta expressão título da música e o porquê da relação com

o “Carpe Diem”.

Epitáfio significa “sobre o túmulo” e vem do grego epitáfios. Este termo se refere às frases que são escritas, geralmente em placas de mármore ou de metal e colocadas sobre o túmulo, ou mausoléus nos cemitérios, com o fim de homenagear seus mortos queridos sepultados naquele local. Estas placas são chamadas de lápides.

Muitas pessoas, principalmente, escritores famosos, celebridades diversas comentam que frase gostariam que fosse escrita em suas lápides. Porém, nem sempre a família cumpre o desejo do falecido por não considerarem apropriada.

Os epitáfios no passado procuravam narrar os atos heróicos do nobre, rei ou um membro proeminente da corte. Com o passar dos tempos começou a ser usado por toda população para lembrar as qualidades daquele ente querido que partiu deixando muita saudade. Em função dos altos custos pagos nos enterros de seus familiares estas informações adicionais não estão sendo muito utilizadas.

Disponível em: http://br.significado.de/epit%C3%A1fio

a) A canção “Epitáfio” tem relação com a canção “Semana que vem”? Aponte

as possíveis semelhanças e/ou diferenças.

b) Você conhece pessoas que só se lamentam, pessimistas, que vivem

reclamando de tudo? Esse tipo de pessoa sabe aproveitar os momentos bons da

vida?

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Será exibido na sequência o videoclipe com tradução simultânea da canção

“Die Young”, que significa “morrer jovem”, sendo questionado junto aos alunos se há

relação entre esta canção e a música “Epitáfio”, e se elas correspondem de alguma

forma ao que eles apreenderam até aqui sobre aproveitar o dia, a vida, quais as

formas de fazê-lo. Serão entregues cópias das canções aos alunos.

a) Você acredita que haja alguém que deseje morrer jovem?

b) Será que existe alguma vantagem em se morrer jovem? Isso não seria

apenas uma forma de escapar da realidade?

c) Aproveitar o momento significa abreviar a vida ou viver mais e procurar

ser mais feliz?

Será apresentado o poema “Carpe Diem” de Lina Passos, solicitando a

leitura a algum aluno, depois o professor fará a contextualização, observação dos

elementos intertextuais entre as canções até aqui apresentadas e o poema que vem

a seguir.

Após a leitura do poema será apresentado aos alunos um trecho1 do filme

“Feitiço do tempo” (1993), que narra a história de um repórter de televisão, mal-

humorado e arrogante, que faz previsões de meteorologia e vai a uma pequena

cidade com sua equipe, composta por um cinegrafista e uma produtora, para fazer

uma matéria especial sobre o início inverno, o “Dia da Marmota”. Querendo ir

1 Recorte do filme “Feitiço do Tempo”: de 57’34’’ a 1h15’10’’.

Carpe diem (Lina Passos)

Colha o dia Como quem Amanhece com as flores Goze com o sabor do vento E ria dos seus temores Diante das curvas do caminho (...) Disponível em: http://sitedepoesias.com/poesias/34278

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embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo,

sendo condenado a repetir sempre os eventos daquele dia. A princípio aproveita-se

da situação, mas depois se apercebe que está condenado a passar o resto da sua

vida no mesmo lugar, vendo as mesmas pessoas e fazendo o mesmo todos os dias.

Após se deixar levar pelos prazeres momentâneos que lhe foram propiciados, pois

ele sabe tudo o que acontecerá durante aquele dia, mas só daquele dia, ele começa

a reavaliar sua vida e prioridades.

Professor, o filme sugerido nesta etapa, permite fazer uma análise bastante reflexiva sobre o tema, lançando importantes questionamentos e trazendo algumas interessantes ponderações acerca dos assuntos tratados até aqui, com ênfase no “Carpe Diem”. Conforme aponta Almeida (2013), o filme “Feitiço do tempo” nos permite, enquanto leitores-espectadores, pensar a respeito da maneira como temos nos relacionado com o tempo, isto é, será que não estamos desperdiçando com atividades fúteis? E as nossas famílias, temos dedicado atenção a elas? Os amigos, temos valorizado nossas amizades? Temos oportunidades de nos divertir? Estamos conseguindo aprofundar os estudos? Ou temos reclamado constantemente da falta de tempo para tudo isso e mais um pouco? E com as pessoas, que consideração temos em relação a nossos colegas? E a qualidade de nossos relacionamentos, é das melhores ou tem deixado a desejar?

Observados os comentários dos alunos, o professor irá propor uma

discussão informal sobre os temas abordados nos materiais apresentados.

Após a conversa, o professor orientará os alunos para que eles identifiquem

qual a temática que é comum nos textos (poema, canções, filme), e que será o mote

para a sequência das aulas.

A partir da identificação do tema “Carpe Diem”, o professor questionará o

porquê deste tema ser tão antigo (pois, perpassa vários períodos históricos) e

mesmo assim permanecer tão atual, já que parece que tomou conta do pensamento

contemporâneo, especialmente da juventude.

Também será solicitado aos alunos que façam uma pesquisa sobre o que há

de “Carpe Diem” no cotidiano deles.

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3.2 Atendimento do horizonte de expectativa

(Nesta etapa serão 3 encontros de 2 aulas)

No intuito de atender os interesses dos alunos será apresentada a definição

de “Carpe Diem” segundo a Wikipedia e em seguida será tocada a canção “Deixa a

vida me levar” de Zeca Pagodinho. Os alunos serão motivados a refletir sobre o

significado tido como ideal de “Carpe Diem” e se a canção de Zeca Pagodinho se

aproxima desse significado ou abre para outros entendimentos. Leia a definição abaixo sobre o significado de “Carpe Diem” encontrada na Wikipedia:

Carpe diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carpe_diem

a) Podemos aplicar o conceito do “Carpe Diem” à canção de Zeca

Pagodinho?

b) Identifique na canção “Deixa vida me levar” termos que se aproximam do

conceito do “Carpe Diem”.

Agora, ouça a canção “Deixa a vida me levar” de Zeca Pagodinho e acompanhe a letra da música.

Deixa a vida me levar (Zeca Pagodinho)

Eu já passei por quase tudo nessa vida Em matéria de guarida espero ainda minha vez Confesso que sou de origem pobre Mas meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez

E deixa a vida me levar (vida leva eu) Deixa a vida me levar (vida leva eu) Deixa a vida me levar (vida leva eu) Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu (...) Disponível em: http://www.vagalume.com.br/zeca-pagodinho/deixa-a-vida-me-levar.html

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Na sequência será solicitada a leitura de alguns poemas de autores de

épocas diferentes que fazem referência ao “Carpe Diem”, expondo a

intertextualidade com produções contemporâneas abordando os diversos gêneros

discursivos, além de canções, filmes, propagandas, etc.

- Contextualização, ex. poemas:

Ah! não, minha Marília, Aproveite-se o tempo, antes que faça O estrago de roubar ao corpo as forças, E ao semblante a graça! (GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret. 2009. p. 48.)

Gozai, gozai da flor da formosura, Antes que o frio da madura idade Tronco deixe despido, o que é verdura. (MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1976. p. 320.)

Amanhã! — o que val’, se hoje existes! Folga e ri de prazer e de amor; Hoje o dia nos cabe e nos toca, De amanhã Deus somente é Senhor! (DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. p. 444.)

Fogem as neves frias

Porque, enfim, tudo passa, não sabe o tempo ter firmeza em nada; e nossa vida escassa foge tão apressada que, quando se começa, é acabada. (CAMÕES, Luis Vaz de. A celebração da poesia. Rio de Janeiro, Cátedra/INL, 1983.)

Mensagem

Fernando Pessoa Segundo - O das Quinas Os Deuses vendem quando dão. Compra-se a glória com desgraça. Ai dos felizes, porque são Só o que passa! Baste a quem baste o que Ihe basta O bastante de lhe bastar! A vida é breve, a alma é vasta: Ter é tardar. Foi com desgraça e com vileza Que Deus ao Cristo definiu: Assim o opôs à Natureza E Filho o ungiu. Disponível em: http://literaturareal.blogspot.com/2009/05/ mensagem-fernando-pessoa.html

O tempo

Mário Quintana A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. Disponível em:http://pensador.uol.com.br/frase/MTc0MDg/

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a) Qual a relação entre esses poemas?

b) Mesmo com títulos diferentes podemos dizer que os poemas tratam do

mesmo assunto? Justifique.

- Contextualização, ex. propaganda do perfume Carpe Diem:

Carpe Diem Woman Des. Colônia, 100ml

A juventude é um estado breve, passageiro. É um momento da vida em que o coração está cheio de expectativas, de energia e vontade de realizar. Viva intensamente, aproveite cada momento! Cada dia é precioso. Um dia é tempo suficiente... para escrever um poema, preparar uma festa, ler um livro, fazer um amigo, se apaixonar. Carpe Diem do latim: "Aproveite o dia"

Disponível em: http://www.donnabonita.com/products/O-Botic%C3%A1rio-Carpe-Diem-Woman-Des.-Col%C3%B4nia-100ml.html

a) O que leva uma empresa a produzir um produto, no caso um perfume, com

este nome?

b) Qual seria o público-alvo deste produto? Por quê?

Serão apresentados também dois trechos do filme “Gênio indomável”, que

conta a história Will Hunting, um jovem problemático e extremamente inteligente,

que consegue responder uma questão matemática de nível avançado e termina

caindo nas graças de um brilhante professor, que descobre que o garoto se tratava

do zelador da universidade em que trabalha. Diversos problemas com brigas

levaram o rapaz a correr o risco de ser preso, mas Lambeau, o referido professor, se

responsabiliza por ele na frente do juiz, evitando sua prisão, mas, como parte do

acordo, o jovem iria fazer terapia regularmente. Depois de ser atendido por vários

terapeutas renomados, o psicólogol que aceitará atendê-lo é Sean, um amigo de

infância de Labeau, que viveu no mesmo bairro do rapaz, e que também tem uma

história de vida de sofrimento, assim como Will.

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- O primeiro recorte2 do filme a ser destacado será a emblemática cena em

que Will e Sean conversam à beira do lago e o psicólogo demonstra ao rapaz que os

momentos e as experiências vivenciadas é que fazem a diferença na vida de cada

um.

- O segundo trecho3 selecionado do filme corresponde a uma das sessões a

que Will se submete, em que Sean vai lhe contar sobre o momento mais importante

de sua vida, que para ele é insubstituível, apesar de que naquele mesmo instante

ocorria um fato espetacular, mas nada seria melhor do que ter encontrado o amor de

sua vida.

Professor, neste momento propõe-se a divisão da turma em dois grupos para a realização de trabalho coletivo. Um grupo defenderá o ponto de vista de Will, a partir do que os alunos entenderam das cenas exibidas. O outro grupo fará a defesa de Sean, a partir do que o psicólogo acredita ser o momento ideal e mais importante de sua vida.

Finalizado o debate será feita a sistematização dos conhecimentos a

respeito do tema “Carpe Diem” junto com os alunos.

3.3 Ruptura do horizonte de expectativa

(Nesta etapa serão 4 encontros de 2 aulas)

Daqui em diante será aprofundado o conceito de “Carpe Diem”, a partir do

filme “Sociedade dos poetas mortos”, que retrata a situação de uma sociedade

moldada no autoritarismo do capital, como bem evidencia a cena inicial do filme que

abre com uma palestra para os estudantes, na qual o diretor fala sobre os quatro

pilares da escola: tradição, honra, disciplina e excelência. Além disso, enfatiza que a

escola recebe os filhos das famílias abastadas e bem-sucedidas e que almejam que

seus herdeiros sigam os mesmos, ou semelhantes, passos dos pais, cujas

profissões são médicos, engenheiros, advogados, políticos.

2 Primeiro recorte do filme “Gênio Indomável”: de 46’00’’ a 51’08’’. 3 Segundo recorte do filme “Gênio Indomável”: de 1h03’03’’ a 1h06’13’’.

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Por meio das observações e das constatações possíveis, os alunos poderão

realizar uma contextualização mais ampla, através da intertextualidade dos vários

textos e suportes que serão estudados, que terão os seguintes encaminhamentos:

Apresentação do longa-metragem “Sociedade dos Poetas Mortos” que conta

a história do carismático professor John Keating (Robin Williams), que chega com

seus modernos métodos de ensino a um colégio conservador, e acaba despertando

em seus alunos um novo questionamento, uma nova forma de vida a partir do

“Carpe Diem”. Em seguida será feita uma contextualização mais abrangente da

obra. Também será realizada uma leitura mais aprofundada explorando os

elementos constitutivos da linguagem cinematográfica com suas peculiaridades.

Primeiramente será entregue aos alunos uma sinopse do filme.

Sociedade dos Poetas Mortos

“Sociedade dos Poetas Mortos” conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating, em uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais e conservadores. Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência.

Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias.

O filme mostra também que em certa altura da vida, as pessoas, em especial os jovens, deveriam opor-se, contestar, gritar e sobretudo ser "livres pensadores", e não deixar que ninguém condicione a sua maneira de pensar, mas também ensina esses mesmos jovens a usarem o bom-senso.

A Sociedade dos Poetas Mortos é formada por Todd A Anderson, Neil Perry, Steven K. C. Meeks Jr., Charlie Dalton, Knox T. Overstreet, Richard S. Cameron e Gerard J. Pitts.

Repleta de citações de grandes nomes da literatura de língua inglesa, como Henry David Thoreau, Walt Whitman e Byron, e de belas imagens metafóricas, “Sociedade dos poetas mortos” deixa uma profunda mensagem de vida sintetizada na expressão latina Carpe diem (aproveite o dia), cujo sentido é: aproveite, goze a vida, ela dura pouco, é muito breve. Uma das fontes originais do roteiro é certamente “O Despertar da Primavera” de Frank Wedekind, que enfoca jovens vivendo numa escola alemã no final do século XIX.

No entanto, ainda que tentando seguir a máxima latina de Carpe Diem, uma tragédia acaba por se abater sobre todos eles. Metaforicamente, um dos personagens principais, Neil Perry, é constantemente impedido de fazer o que deseja da sua vida (representar numa peça de teatro ou escrever num jornal, por exemplo) devido aos projetos que o seu pai tem para ele. Ele então se suicida. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dead_Poets_Society

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Professor, após os alunos assistirem ao filme é importante que eles façam uma leitura mais aprofundada da obra, visto que o longa-metragem é repleto de elementos simbólicos, que num primeiro momento eles dificilmente perceberão, necessitando de mais informações que serão complementadas pelo docente.

a) Ao contrário do cinema atual que não exige olhar atento e conhecimento

prévio para compreender seu contexto, “Sociedade dos Poetas Mortos” é marcada

por imagens expressivas. O início do filme já dá mostras disso, pois logo na primeira

cena há diversos símbolos que nos ajudam a compreender melhor o desenrolar da

história. Identifique-os e comente-os.

b) Outra passagem que evidencia a simbologia do filme é o momento em

que o professor Keating cita o poema de Walt Whitman. Por que o professor cita

esse poema e quem é o Capitão a que ele se referia?

c) Explique a cena em que o professor Keating pede aos alunos para

subirem na carteira.

d) Os jovens influenciados por esse novo conceito, “Carpe Diem”, e

empolgados com a ideia de liberdade, buscam o anuário do professor para saber

mais sobre ele, e encontram uma referência à “Sociedade dos Poetas Mortos”. O

que é essa sociedade? Onde e como eles se reuniam? O que faziam nas reuniões?

e) Na cena final os alunos sobem cada um em suas carteiras e falam “Oh,

Capitão!, meu Capitão!”, enquanto o Sr. Keating está se retirando da sala de aula,

após recolher seus pertences. Qual significado desta cena?

No segundo momento retomaremos a exibição da primeira aula do professor

Keating, quando ele convida os alunos a tratarem-no por “Oh Capitão, meu

Capitão!”, pedindo-lhes para segui-lo até o corredor onde observam fotografias de

antigas turmas de Welton. Nessa altura, declara a sua exuberante concepção de

vida, pedindo aos alunos que se aproximem e que escutem o conselho dos seus

antecessores. Os estudantes habituados a obedecer, aproximam-se. Keating

murmura: “Carpe Diem, estão ouvindo? Carpe... Carpe Diem... Aproveitem o dia,

meus amigos... tornem as suas vidas extraordinárias...”.

Serão apresentados à turma alguns dos textos que são lidos durante o filme

pelo professor Keating e por seus alunos, fazendo a contextualização e falando

sobre os autores citados como Walt Whitman, Henry David Thoreau, etc.

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- Leiam os poemas abaixo acompanhando a apresentação na TV e identifique as semelhanças e diferenças entre eles e a canção “Dias melhores” que verão a seguir:

“Apanha os botões de rosa enquanto podes O tempo voa. E esta flor que hoje sorri Amanhã estará moribunda.”

(Walt Whitman) Disponível em: www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/.../poetasmortos.pdf

“Fui para os bosques para viver livremente, para sugar o tutano da vida, para aniquilar tudo o que não era vida, e para, quando morrer, não descobrir que não vivi.”

(H. D. Thoreau ) Disponível em: www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/.../poetasmortos.pdf

Na sequência será exibido também o videoclipe “Vivemos esperando” do

Jota Quest, para que os alunos percebam as semelhanças e diferenças presentes

no filme, nos poemas e na canção acerca da temática.

a) A letra da música “Dias melhores” fala sobre a busca por bons momentos,

sobre paz, amor, dias que realmente não devem ser esquecidos. No entanto, o

termo “vivemos esperando” deixa claro que, muitas vezes, as pessoas não têm

iniciativa quanto a procurar por esses tais dias melhores, mostrando com isso a

passividade com que esperam o surgimento desse futuro melhor. Que relação há

entre esta canção e os dois trechos dos poemas extraídos do filme “Sociedade dos

Poetas Mortos”?

Dias melhores (Jota Quest)

Vivemos esperando Dias melhores Dias de paz Dias a mais Dias que não deixaremos para trás Vivemos esperando O dia em que seremos melhores Melhores no amor Melhores na dor Melhores em tudo Disponível em: http://www.vagalume.com.br/jota-quest/dias-melhores.html

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b) Você acredita que poderíamos parar de apenas pensar e esperar os dias

melhores se fôssemos realmente à busca e ao encontro desses momentos felizes

para nossas vidas?

c) No filme os jovens são instigados a buscar esses dias e momentos

melhores, felizes. Eles têm êxito nessa busca?

3.4 Questionamento do horizonte de expectativas (Nesta etapa serão 3 encontros de 2 aulas)

O “Carpe Diem” pode ser considerado, inclusive, como um estilo de vida,

que é bastante difundido pela mídia e, geralmente, ligado a valores como o

consumismo e materialismo, como meio de obtenção do prazer. Muitos jovens são

seduzidos por essa ideologia, e acabam pensando mais no presente e não no futuro,

o que é algo muito controverso, pois nos dias atuais a incerteza e a instabilidade são

constantes.

Justamente pelo fato de os alunos estarem na fase da adolescência, em que

as instabilidades são mais recorrentes, serão levantadas algumas hipóteses junto a

eles, indagando-lhes quais são suas certezas e incertezas, suas expectativas, seus

medos e vontades quanto ao presente e quanto ao futuro.

Será utilizado como material o curta-metragem “Aquarela”, filme que retrata

a canção homônima de Toquinho, e que tem forte apelo emocional devido à ótima

edição que juntou música/ melodia às imagens, proporcionando um belo momento

poético. A canção “Aquarela” trata da questão da efemeridade humana de forma

lúdica, e possibilitará que os alunos reflitam sobre como eles estão praticando (se é

que estão) o “Carpe Diem”.

AQUARELA (Toquinho)

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva, E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/toquinho/aquarela-original.html#ixzz2l3SjiNg0

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Será deixada a seguinte ponderação:

Quando criança, o mundo é cheio de fantasias e imaginações, mas conforme o tempo vai passando, deixamos de ser criança e no deparamos com tantas responsabilidades e dificuldades, que esse mundo tão bonito deixa de existir, se descolore, não temos mais tempo para imaginá-lo. Nos preocupamos em controlar o nosso futuro, com medo do que nos espera, só temos certeza que a morte é certa. Mas antes que ela chegue podemos fazer muitas coisas incríveis e maravilhosas! Disponível em: http://analisedeletras.com.br/toquinho/aquarela/ (com adaptações). Na sequência o professor retomará, de forma condensada, os assuntos

abordados, com ênfase na temática principal, confrontando as características

análogas e diferentes, nos variados textos trabalhados até o momento.

Professor, a partir das discussões que serão desenvolvidas será proposta uma atividade escrita em que os alunos deverão construir uma lista projetando o que eles desejam, sonham, aspiram em conquistar ou ter para suas vidas daqui a 20 ou 25 anos.

Para auxiliar os alunos na tarefa será exibido o trecho4 inicial do filme “Up –

altas aventuras”, e também serão apresentados os videoclipes das canções

“Caminhos” de Raul Seixas, “Carpe Diem” do grupo Catedral, fechando com a

canção “A lista” de Oswaldo Montenegro.

Canções:

Caminhos (Raul Seixas)

Você me pergunta aonde eu quero chegar Se há tantos caminhos na vida E pouca esperança no ar e até a gaivota que voa Já tem o seu caminho no ar O caminho do fogo é a água, o caminho do barco é o porto, o do sangue é o chicote, o caminho do reto é o torto.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/raul-seixas/caminhos.html

Carpe diem (Catedral)

Quem chegou a liberdade da razão. Se sente como um andarilho, mas isso não esta perdido. Toda convicção é crença de estar Em algum ponto do conhecimento, da posse da verdade incondicionada.

Não se entra duas vezes no mesmo rio. Estamos ainda no tempo dos indivíduos, só depois de deixarmos a cidade.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/catedral/carpe-diem-aproveite-o-dia.html

4 Recorte do filme “Up – Altas Aventuras”: de 00’01’’ a 11’41’’.

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Resenha:

UP – ALTAS AVENTURAS

“Up – Altas Aventuras”, vem repleto de temas profundos, como, por exemplo, o amor. O personagem principal, Carl Fredricksen, é motivado pelo amor e faz de tudo para honrar a memória de sua esposa, Ellie. Ao folhear o livro de aventuras de sua esposa (um caderno, na verdade), Carl se depara com um desenho infantil feito por Ellie em que há uma casa à beira do Paraíso das Cachoeiras. Então, é isso que Fredricksen decide fazer: levar sua casa para a América do Sul. E que melhor maneira de fazer isso senão por meio de milhares de balões para alçar vôo? Para onde Carl vai? Para o alto, é claro. É apenas mais tarde que ele folheia o restante do caderno e encontra uma celebração da vida e do amor que dividiu com Ellie por tantos anos. Fredricksen vê fotos de sua alegre festa de casamento e outras cenas felizes de sua vida. “Obrigado pela aventura”, Ellie escreveu na última folha. “Agora, vá ter uma nova! Amor, Ellie”. (VELARDE, 2011, p. 159).

a) Que semelhanças são possíveis apontar entre o trecho exibido do filme “Up

– altas aventuras” e o curta-metragem da canção “Aquarela”?

Leia este texto e responda a questão na sequência:

Carl e Ellie

(...) Muitas vezes nos concentramos muito nos efeitos do amor, que são realmente admiráveis e alegres, mas não conseguimos olhar para o amor em termos mais amplos. Além disso, a compreensão da cultura popular contemporânea do amor é muitas vezes superficial, já que não vai além dos efeitos que o amor desperta em nós. Imitando nossa cultura voltada para o consumismo, começamos a lidar com nossas relações da mesma forma com que lidamos com os modismos: elas nos interessam por algum tempo, mas logo passamos para outra coisa e as eliminamos quando não são mais convenientes. Essa

A lista (Oswaldo Montenegro)

Faça uma lista de grandes amigos Quem você mais via há dez anos atrás Quantos você ainda vê todo dia Quantos você já não encontra mais Faça uma lista dos sonhos que tinha Quantos você desistiu de sonhar! Disponível em: http://www.vagalume.com.br/oswaldo-montenegro/a-lista.html

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abordagem, no entanto, distorce o amor, tornando-o trivial em vez de tentar compreendê-lo em níveis mais profundos.

Compare essa rasa abordagem orientada ao consumidor com o alegre amor maduro que pode crescer ao longo de uma vida, como aquele retratado por Carl e Ellie em “Up – altas aventuras”. Carl e Ellie vivem juntos os altos e baixos da vida: desafios financeiros, a impossibilidade de ter filhos, as esperanças e os sonhos não realizados. Apesar de tudo isso, eles têm um ao outro. Entretanto algo acontece. O tempo alcança a todos e, no caso de Carl e Ellie, ela é pega primeiro. O que Carl fará sem sua amada? (VELARDE, 2011, p. 164-165)

b) Afinal, como lidamos com nossas perdas? Será que as pessoas

conseguem seguir em frente, apesar das ausências que o tempo lhes impõe?

c) Se há tantos caminhos na vida, existem melhores ou piores a se trilhar?

d) Diante de tudo o que vimos até aqui, o que você entende por “Carpe

Diem”?

3.5 Ampliação do horizonte de expectativas (Nesta etapa serão 4 encontros de 2 aulas)

As discussões feitas anteriormente devem provocar possíveis conclusões a

respeito da temática abordada:

- O “Carpe Diem” se basta no significado original de “aproveite o momento”,

termo que se tornou conhecido através do poema de Horácio.

- Se a expressão ganha outros contornos no decorrer do tempo, ao ser

utilizada, entre outras, para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis

ou como uma justificativa para o prazer sem ter medo do futuro, pois para alguns

defensores do “Carpe Diem” o termo significa que as pessoas devem aproveitar as

oportunidades que a vida lhes oferece no momento em que elas se apresentam e

não ficar apenas pensando no futuro, viver o hoje e não se preocupar com o

amanhã.

- E ainda, o “Carpe Diem” é um tópico bastante explorado pela mídia,

infelizmente de modo pejorativo, pois os meios de comunicação, especialmente a

TV, costumam ligar o tema à superficialidade, ao consumismo desenfreado, aos

modismos, ao prazer imediato, e por isso influenciaria negativamente os jovens.

Após as discussões e considerações será realizada a leitura do conto “Doce

de Teresa” de Flávia Savary, procurando fazer um contraste entre o olhar

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adolescente dos alunos e a perspectiva criada a partir do conto, cuja personagem

central é uma idosa que ama a vida apesar de todas as adversidades.

Num momento seguinte será apresentado um trecho do filme “Chocolate”,

que conta a história de Vianne Rocher, uma jovem mãe solteira, e sua filha de seis

anos que, no final da década de 1950 e início da década de 1960, resolvem se

mudar para uma cidade rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates

que funciona todos os dias da semana, bem em frente à igreja local, o que atrai a

certeza da população de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos

poucos Vianne consegue persuadir os moradores da cidade em que agora vive a

desfrutar seus deliciosos chocolates, transformando o ceticismo inicial em uma

calorosa recepção.

Será extraída e exibida do filme5 a cena do banquete, passagem da história

em que celebram a vida, pedindo aos alunos que analisem e procurem os pontos de

convergência e intertextualidade com o conto “Doce de Teresa”, e que produzam um

texto-síntese sobre as duas obras.

a) As personagens Teresa (conto) e Armande (filme) são mulheres que

vivem sozinhas, que foram abandonadas pelos entes familiares, mas mesmo assim,

são fortes e independentes. Quais elementos que comprovam esta afirmação?

b) A personagem Teresa (conto) também se aproxima das características da

personagem Vianne (filme). Ambas amam a vida, amam fazer doces para alegrar

outras pessoas, ambas são independentes e pouco se importam sobre o que os 5 Recorte do filme “Chocolate”: de 1h11’44’’ a 1h35’25’’.

DOCE DE TERESA

Flávia Savary

Teresa, não. As outras, não sei, mas ela, com certeza, não. Nunca reclama. Parece um doce que não desanda. Sentada na varanda de sua casinha modesta, mas limpinha, casinha branca de janelas azuis, tão de brinquedo que parece uma pintura. Florezinhas plantadas em latas de óleo vazias, um gato malhado que dorme no primeiro degrau. Borboletas voando que estalam as asas, feito quem diz: “Ai, que bom viver! Ai, que delícia!”. Ali não é um lugar, é uma lembrança de infância. (...)

Disponível em: http://www.flaviasavary.com/pdf/docedeteresa.pdf

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outros dizem delas, pois para elas o mais importante é a liberdade. Essa liberdade

tem um preço para Teresa e Vianne. Qual é o “preço” que elas pagam por

quebrarem os paradigmas estabelecidos?

c) Teresa conta com 96 anos, mora sozinha, já que foi abandonada há

muitos anos pelo marido e acabou criando seus sete filhos com o suor de seu

trabalho, por meio da produção e venda de doces. Os filhos nunca a visitavam, nem

nos momentos e datas especiais, o que provocava a revolta das pessoas em geral,

mas não em Teresa. Apesar dessa vida de tristeza Teresa recorre sempre a dois

recursos para não sofrer. Quais seriam? Você pode identificá-los?

d) É possível perceber que Teresa não se mostra arraigada aos seus

familiares. Mesmo sem a presença do marido foi capaz de criar seus sete filhos com

seus doces e, na velhice, aos 96 anos, está apta a sobreviver sozinha e ainda

abastecer seu fogão à lenha, pois é nele que faz mais doces. E é justamente

durante uma visita dos filhos, no Natal, que Teresa vai à procura do sonho mais

profundo. Acontece algo semelhante com Armande no filme “Chocolate”. Qual é

esse desejo e por que ambas buscam alcançar esse sonho tão “terrível”?

e) Há o “Carpe Diem” na vida dessas três personagens: Teresa (conto),

Armande e Vianne (filme)?

Ao final das etapas, as atividades realizadas pelos alunos durante as aulas serão expostas num mural a partir do qual eles irão falar à comunidade escolar sobre o “Carpe Diem” e também relatar sobre todos os textos por eles lidos, assistidos, debatidos, ouvidos, discutidos, etc.

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