Os Essênios

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texto compilação de www.vegetarianismo.com.br sobre os essênios

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    Os essnios http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=278&Itemid=96 A Doutrina do Deserto Eles respeitavam a vida acima de tudo, escreveram os mais antigos textos bblicos e influenciaram o cristianismo. Com vocs, os essnios. Em 1923, o hngaro Edmond Szekely obteve permisso para pesquisar os arquivos secretos do Vaticano. Estava procura de livros que teriam influenciado So Francisco de Assis. Curioso e encantado, vagou pelos mais de 40 quilmetros de estantes com pergaminhos e papiros milenares. Viu evangelhos nunca publicados e manuscritos originais de muitos santos e apstolos, condenados a permanecer escondidos para sempre. De todas essas raridades, uma obra em especial lhe chamou a ateno. Era o Evangelho Essnio da Paz. O livro teria sido escrito pelo apstolo Joo e narrava passagens desconhecidas da vida de Jesus Cristo, apresentado ali como o principal lder de uma seita judaica at ento pouco comentada - os essnios. Szekely no perdeu tempo. Traduziu o texto e o publicou em quatro volumes. Sentindo-se trada pelo pesquisador, a Igreja o excomungou. No foi uma punio to grave. Considere o que aconteceu com o reverendo ingls Gideon Ouseley. Em 1880, ele achou um manuscrito chamado O Evangelho dos Doze Santos em um monastrio budista na ndia. O texto em aramaico - a lngua que Jesus falava - teria sido levado para o Oriente por essnios refugiados. Manuscrito achado no Vaticano afirma que Jesus era essnio e vegetariano Ouseley ficou eufrico e saiu espalhando que tinha descoberto o verdadeiro Novo Testamento. Afirmava que a Bblia estava incorreta, pois Cristo era um essnio que defendia a reencarnao e o vegetarianismo. Se hoje essa tese soa estranha, dizer isso na Inglaterra vitoriana do sculo XIX era blasfmia da pior espcie. Resultado: os conservadores atearam fogo na casa de Ouseley e o original foi destrudo. O mistrio que envolve esses dois textos e o tom mstico que os descobridores deram aos seus achados acabaram manchando seu crdito diante dos historiadores. Alm do mais, teorias exticas sobre Jesus o que no falta. Em 1970, o pesquisador ingls John Allegro, que j havia estudado os essnios, tentou provar que Jesus nunca havia existido e que teria sido uma alucinao coletiva causada pela ingesto de cogumelos. Por motivos bvios, essa teoria no foi muito bem aceita pelos seus colegas cientistas. Segundo eles, Allegro entendia mais de cogumelos do que de Cristo. Para os historiadores, os essnios seriam at hoje uma note de rodap na Histria se, em 1947, dois pastores bedunos no tivessem por acidente levado a uma das maiores descobertas arqueolgicas do sculo. Escondidos em cavernas prximas ao Mar Morto, em Israel, 813 manuscritos redigidos pelos essnios entre 225 a.C.

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    E o ano 68 da nossa era guardavam as mais antigas cpias do Antigo Testamento, calendrios e textos da Bblia. Perto das cavernas, em Qumran, estavam as runas de um monastrio essnio e um cemitrio com cerca de 1200 esqueletos, quase todos masculinos. O achado deu incio a um longo e rduo esforo de traduo dos manuscritos por telogos e cientistas de vrias universidades no mundo. Milhares deles estavam em pedaos minsculos, menores do que uma unha. "Hoje, 90% dos textos j foram transcritos", diz o telogo Geza Vermes, da Universidade de Oxford, que pesquisa os manuscritos. O que j suficiente para moldar uma imagem mais precisa da histria, da doutrina, da crena e dos hbitos essnios, que ficaram sculos a fio esquecidos nas runas daquele monastrio. O surgimento da doutrina essnia aconteceu em tempos conturbados. Os judeus viveram sob dominao de diversos povos estrangeiros desde 587 a.C., quando Jerusalm foi devastada pelos babilnios, habitantes da atual regio do Iraque. Por volta do sculo II a.C., o domnio era exercido pelos selucidas, um povo grego que habitava a Sria. A cultura helenista proliferava e a tradio hebraica sofria fortes ameaas. Para recuperar o judasmo, os israelitas acreditavam na vinda do Messias que chegaria ao final dos tempos para exterminar os infiis e salvar os seguidores da Bblia. A chegada do Salvador poderia se dar a qualquer instante. Os mais ortodoxos seguiam to risca os preceitos religiosos e buscavam a ascese e a pureza com tal fervor que ficavam chocados com os hbitos mundanos dos gregos e a presena de leprosos, cegos, surdos e cachorros passeando pela cidade e pelos templos. Entre eles estavam os essnios. Um dia boa parte deles, liderados por um sacerdote, partiu para o Deserto da Judia (atual Israel) para orar, meditar e estudar as leis sagradas. Longe, bem longe, de tudo o que eles consideravam impuro. Surgia assim o monastrio de Qumran, uma das primeiras comunidades monsticas do Ocidente. A regio escolhida para a construo do monastrio a de menor altitude no planeta -400 metros abaixo do nvel do mar. As chuvas so raras e o mar to salgado que impossvel mergulhar nele, pois a enorme densidade da gua mantm o banhista na superfcie. Para prosperar, os bens individuais e as tarefas foram divididos entre toda a comunidade e regras de disciplina e de hierarquia foram institudas. A presena de mulheres em Qumran, por exemplo, era proibida. Transgresses eram duramente punidas. A interpretao das leis e profecias cabia amestre da justia, o mesmo sacerdote que teria guiado os essnios at Qumran. Ele era respeitado e cultuado por todos e logo virou uma entidade mtica. O guardio, por sua vez, presidia as refeies e decidia as questes a respeito da doutrina, justia e pureza. Essa figura inspirou a formao da palavra grega "epis copus" (aquele que olha de cima), que foi a origem de "bispo".

    Os monges do deserto tinham obsesso pela pureza e pela disciplina possvel conhecer o dia-a-dia dos essnios a partir do legado do historiador judeu Flvio Josefo (37-100). Aos 16 anos Josefo recebeu lies de um mestre essnio, com quem viveu durante trs anos. Os membros da seita acordavam antes do nascer do sol. Permaneciam em

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    silencio e faziam suas preces at o momento em que um mestre dividia as tarefas entre eles de acordo com a aptido de cada um. Trabalhavam durante 5 horas em atividades como o cultivo de vegetais ou o estudo das Escrituras. Terminadas as tarefas, banhavam-se em gua fria e vestiam tnicas brancas. Comiam uma refeio em absoluto silncio, s quebrado pelas oraes recitadas pelo sacerdote no incio e no fim. Retiravam ento a tnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho at o pr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimnia. Os essnios tinham com o solo uma relao de devoo. Josefo conta que um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centmetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar. Diferentemente dos demais judeus, a comunidade usava um calendrio solar de 364 dias, inspirado no egpcio. O primeiro dia do ano e de cada ms caa sempre um uma quarta-feira, porque de acordo com o Gnesis, o Sol e a Lua foram criados no quarto dia. O calendrio diferente trouxe vrios problemas para os essnios. Outros judeus poderiam atacar o monastrio no shabbath o dia sagrado reservado ao descanso, no qual era proibido qualquer esforo, inclusive o de se defender. A correta observao das regras garantiria a salvao dos essnios quando chegasse o apocalipse, que seria a vitria dos puros filhos da luz contra os filhos das trevas. No mundo essnio, alis, tudo era dividido segundo uma viso maniquesta que tornava possvel at mesmo determinar quantas pores de luz e de escurido cada um possua. Um sectrio de dedos rechonchudos, coxas grossas e cheias de plos teria oito pores na casa das trevas para uma de claridade. No mesmo manuscrito, um outro membro obteve um placar mais favorvel. Por ter olhos negros e brilhantes, voz suave, dentes alinhados, dedos longos e canelas lisas seu esprito foi condecorado com oito partes de luz para uma de trevas. Para os essnios, a beleza do corpo tambm era sinal de pureza espiritual. Graas a essa organizao toda, Qumran produzia tudo de que precisava. A dieta era vegetariana. Os essnios tinham um enorme respeito pela natureza. Nenhum homem poderia sujar-se comendo qualquer criatura viva. A regra permitia uma nica exceo. Eles podiam comer peixe, desde que fosse aberto vivo e tivesse seu sangue retirado. As refeies eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tmaras e, principalmente, um tipo muito rstico de po, que quase no levava fermento. Eles possuam pomares e hortos irrigados pela gua da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e servia como bebida. Alm dela, as bebidas essnias se resumiam ao suco de frutas' e "vinho novo", um extrato de uva levemente fermentado. No shabbath, os sectrios deveriam passar o dia inteiro em jejum. Os hbitos alimentares frugais e a vida metdica dos essnios garantiam-lhes uma vida saudvel. Segundo Josefo, muitos deles teriam atingido idade extraordinariamente avanada.

    A gua tambm era canalizada para os banhos rituais, que eles tomavam duas vezes ao dia para se redimir dos pecados e das impurezas do corpo. O ritual consistia em relatar todas as faltas e ento submergir. "Essa prtica influenciou o batismo e a

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    confisso dos catlicos", diz a historiadora Ruth Lespel, da Universidade de So Paulo. Outro ponto em comum entre os essnios e o catolicismo seria a figura de So Joo Batista, o profeta que batizou Jesus Cristo. O santo promovia batismos no Rio Jordo numa regio prxima a Qumran. Sua postura messinica era muito prxima dos essnios. H quem acredite que, quando foi batizado, Jesus teria visitado o monastrio e sido influenciado por sua doutrina. H outras relaes entre essnios e cristos. "Existem passagens dos Manuscritos do Mar Morto, aqueles encontrados em 1947 nas cavernas de Qumran, que soam como as do evangelho cristo", afirma James Vanderkam, da Universidade de Notre Dame, Estados Unidos. Traos da doutrina dos primeiros seguidores de Jesus - como o elogio de uma vida humilde, a proibio do divrcio e a invocao a Deus como um pai - tm ressonncia na f de Qumran. " possvel que essnios e cristos tenham entrado em contato", diz o cnego Celso Pedro da Silva, do Mosteiro da Luz, em So Paulo. Quanto a Jesus Cristo, apesar das descobertas e polmicas levantadas por Ouseley e Szekely, no h nos manuscritos encontrados nas cavernas do Mar Morto uma nica meno a ele. por isso que o maioria dos pesquisadores duvida da teoria de que Jesus tenha se aproximado dos essnios. "No existe nenhuma evidncia concreta disso", diz o historiador Nachman Falbel, da USP Para o exegeta Valmor da Silva, da Pontifcia Universidade Catlica de Campinas, Jesus pode ter recebido influncia das mais diversas correntes do judasmo, inclusive deles. "Mas no d para garantir que ele tenha freqentado uma de suas comunidades".

    Afirmar que Jesus se alimentava apenas de vegetais ainda mais complicado. "Eu duvido muito que Cristo tenha sido vegetariano, pois ele celebrou a pscoa judaica, que envolve alimentos como ovo, patas de cordeiro e frango", diz Vanderkam. Fernando Travi, lder da pequena igreja essnia do Brasil, tem um ponto de vista oposto ao de Vanderkam. "Cristo pregava o amor a todos os seres vivos e no matava animais para aliviar a sua fome", afirma. Assim como ele, os seguidores de Szekely e Ouseley duvidam da veracidade das passagens do Novo Testamento em que Jesus se alimenta de carne. Eles acreditam que essas histrias no passam de invenes criadas pelo apstolo Paulo, j na segunda metade do sculo I. A doutrina do vegetarianismo no seria bem recebida pelos judeus, acostumados a fazer sacrifcios e a comer carne, e Paulo teria modificado os evangelhos para tornar o cristianismo mais popular. Um exemplo dessas alteraes estaria na passagem do Novo Testamento em que Jesus multiplica pes e peixes para alimentar uma multido. O Evangelho dos Doze Santos, encontrado por Ouseley traz uma outra verso desse milagre, na qual os peixes so substitudos por uvas. No ano de 68 o monastrio de Qumran foi aniquilado numa devastadora investida do exrcito romano que arrasou a Judia e destruiu Jerusalm. O ataque era dirigido principalmente aos judeus zelotes, que se insurgiram contra o domnio romano. Qumran, que no era nenhuma fortaleza, foi presa fcil para as legies do Csar. Mas nem todos os essnios morreram a. Alguns fugiram para Massada onde, a sim, no ano de 73, descobriram o que um final trgico. O esconderijo, uma fortaleza zelote ao sul de Qumran, localizada no alto de uma colina, parecia impenetrvel. Mas 15000 romanos fizeram um cerco que durou dois anos e

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    metodicamente construram uma rampa de terra e areia para alcanar o topo da fortaleza. Quando os soldados finalmente invadiram Massada tiveram uma surpresa: todos os 1000 rebeldes estavam mortos. Em um sorteio, os zelotes haviam escolhido um grupo de soldados para assassinar todos os habitantes da fortaleza e, em seguida, cometer suicdio. Eles preferiram morrer entre os judeus a se tomar escravos dos romanos. Sobraram para contar a histria apenas duas mulheres e cinco crianas, que haviam se escondido nos reservatrios de gua. O episdio foi relatado por Josefo e provou ser verdadeiro em 1965, quando arquelogos pesquisaram a regio. Eles acharam as marcas dos oito acampamentos romanos e peaos de cermica com inscries dos nomes dos zelotes, utilizados no dramtico sorteio.

    Segundo Josefo, os essnios existiam em grande nmero em diversas cidades da Judia. Mas algumas variaes da seita podem ter ocupado regies ainda mais distantes. Uma comunidade egpcia do sculo 1, os terapeutas, possua um modo de vida semelhante ao da seita de Qumran e a mesma diviso entre luz e trevas. Tambm possvel que ebionitas e nazarenos, duas das primeiras seitas crists, sejam descendentes dos essnios. H quem acredite que os nazarenos formaram uma grande comunidade em Monte Carmel, no norte da Israel atual, que seguia os ensinamentos de Qumran, mas com algumas diferenas. As regras seriam muito prximas daquelas encontradas nos escritos de Szekely e Ouseley. Ao contrrio de Qumran, eles no praticavam o celibato e at mesmo formavam famlias. Fanticos pelo princpio de amar todos os seres vivos, eram muito mais rigorosos em relao ao vegetarianismo: no comiam peixes nem matavam os vegetais para comer (comiam folhas de alface, por exemplo, sem arrancar o p!). Para os essnios, as refeies devem ser uma Comunho com Deus Eles viviam em tendas, que mudavam Del lugar freqentemente, pois construes permanentes matariam a relva, afirma Fernando Travi. Ele acredita que Jesus, apesar de ter passado por Qumran, viveu muito mais tempo em Monte Carmel. A regio em que teria existido essa comunidade est prxima ao local em que Jesus nasceu e realizou muitos de

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    seus milagres. Afirma tambm que Cristo no era conhecido como Jesus de Nazar, mas sim como Jesus, o Nazareno. Algumas dessas comunidades essnias existem, de certa forma, at hoje.

    Flavio Josefo

    Historiador judeu do sculo I, maior referncia sobre os essnios at a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto. A Filosofia Essnia Szekely pesquisou o pensamento dos essnios durante toda a vida. Uma de suas principais obras a traduo de um manuscrito encontrado em 1785 pelo historiador francs Constantine Volney em viagens pelo Egito e pela Sria. um dilogo entre Josefo e o mestre essnio Banus a respeito das leis da natureza. Eis alguns trechos: Bem - Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como "o cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a sabedoria de um professor". Mal - O que causa a morte, como a matana de animais. Por esse motivo, o sacrifcio de bichos, mesmo que para a alimentao, condenvel. Justia - O homem deve ser justo porque na lei da natureza as penalidades so proporcionais s infraes. Deve ser pacfico, tolerante e caridoso com todos, "para ensinar aos homens como se tornarem melhores e mais felizes".

    Temperana - Sobriedade e moderao das paixes so virtudes, pois os vcios trazem muitos prejuzos sade. Coragem - Ela essencial para "rejeitar a opresso, defender a vida e a liberdade". Higiene - Uma outra virtude essencial dos essnios a limpeza, "para renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a mente alegria". Perdo - No caso de as leis no serem cumpridas, a penitncia simples. Banus afirma que, para se obter perdo, deve-se "fazer um bem proporcional ao mal causado". Na regio sul do Iraque e do Ir, cerca de 38000 pessoas, os mandeans, mantm uma tradio muito semelhante doutrina essnia. Eles afirmam ser seguidores de Joo Batista e praticam o batismo. Sua origem, no entanto, ainda no de todo compreendida. No Ocidente, o essenismo surgiu com a divulgao dos escritos de Szekely e Ouseley. Na sua poca, Szekely quase abandonou seus planos de difundir a doutrina quando a traduo rigorosa e detalhada que fez do segundo volume do Evangelho Essnio da Paz no contou com a aprovao de um amigo seu, o escritor Aldous Huxley, autor de Admirvel Mundo Novo. "Isto est muito, muito ruim", disse-lhe Huxley, " at pior do que o mais chato dos tratados enfadonhos dos escolsticos, que ningum l hoje em dia". Szekely ficou sem fala. Huxley continuou: "Faa-a literria, legvel e atraente para os leitores do sculo XX. Tenho

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    certeza de que os essnios no falavam uns com os outros em notas de p de pgina". A critica abalou Szekely e ele ps de lado o trabalho durante muito tempo. Mas, anos mais tarde, seguiu o conselho do amigo e reescreveu o manuscrito inteiro em linguagem contempornea, mais coloquial. Foi um sucesso. O livro, publicado em 1928, j foi traduzido para dezenas de lnguas e vendeu milhes de exemplares em todo o mundo. Com o respaldo editorial, Szekely construiu em 1940 um spa no Mxico onde praticava tratamentos com base nas prticas essnias. Cerca de 350.000 pessoas j se hospedaram no chamado Rancho La Puerta nos seus sessenta anos de existncia. At hoje, muitas pessoas vo ao lugar em busca de um estilo de vida baseado nos ensinamentos de Szekely, que inclui exerccios, meditao e, principalmente, dieta vegetariana. A alimentao possui um papel central na doutrina encontrada nos evangelhos de Szekely e Ouseley. Ao afirmarem que Jesus era frugvero, ou seja, que ingeria apenas alimentos que no significavam a morte de nenhum ser vivo, como folhas e frutos, eles pregam que as refeies devem ser um momento de compaixo e comunho com Deus. O contato com a natureza essencial. Tanto que os novos essnios (veja o quadro nesta pgina) possuem uma planta em todos os cmodos da casa. Os essnios permanecem como um assunto vivo. Os pergaminhos e evangelhos que eles deixaram so exaustivamente estudados por cientistas e religiosos do mundo inteiro. Seus ensinamentos recrutam milhares de fiis e, qualquer que seja a relao que mantiveram com Cristo, deixaram, sem dvida, sua influncia impressa no corao e na mente do cristianismo.

    Desde ento, Abba (o nome significa "pai" em aramaico) tem professado sua teoria e recrutado muitos seguidores. Seus adeptos vivem hoje de acordo com os ensinamentos contidos nas obras de Szekely e Ouseley. Diferentemente dos antigos habitantes da Judia, os fiis de hoje no habitam monastrios, mas, assim como os que os precederam, estudam com rigor as escrituras sagradas e reservam o shabbath ao descanso e s oraes. Os novos essnios so despojados. Vestem-se de branco, usam barba longa e cabelos que em alguns casos tocam o cho. Pregam uma vida saudvel que passa por uma dieta absolutamente vegetariana e por exerccios espirituais. Fazem relaxamentos, meditaes e preces. O reverendo Abba Nazariah foi treinado em vrias tcnicas de Yga, com especial nfase no que considera a mais holstica e compreensvel de todas, a ioga essnia - uma unio de dezesseis modalidades da prtica indiana. "A sade depende do amor por todos os seres. Inclusive pelos animais", diz o lder dos essnios americanos. Segundo a Igreja Essnia de Cristo, depois de dez anos de constante aperfeioamento, os fis se tornam aptos a receber a visita de Jesus. Eles tambm acreditam em reencarnao. Para o psiclogo paulista Fernando Travi, lder da igreja essnia no Brasil, "todas as pessoas iniciadas esto aptas a conhecer suas vidas passadas".

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    As atividades no Brasil so mais modestas. Elas se resumem a reunies semanais para discutir a doutrina essnia e formas de melhorar a sade de acordo com os evangelhos de Ouseley e Szekely. "Os essnios ensinam a nos relacionarmos melhor com a natureza e com o Cosmo", afirma Travi.

    Artigo retirado da revista Super Interessante / agosto de 2000

    Aquele que se ocupa em tratar dos corpos v sempre

    Abrirem-se as portas das almas. - Chemins De Ce Temps-L

    Atitude Interior Se dedico agora todo um captulo atitude do terapeuta, seja ela interior ou exterior, porque essa atitude vai ter um papel de grande importncia na execuo do tratamento. fcil entender que tratamentos voltados para os corpos sutis exigem de quem os dispensa o alinhamento de seus atos, pensamentos e palavras, a fim de que, como sucede com um vaso de cristal, as energias que o atravessam no sejam limitadas e at mesmo obstrudas por escrias que s fariam retardar a passagem da luz. A qualidade do tratamento dispensado vai depender da nossa qualidade enquanto seres no momento da nossa ao, pois ningum pode atuar como terapeuta se no tentou trabalhar a si mesmo e purificar-se das prprias escrias. Isso no significa, de modo algum, que preciso ser perfeito para poder dispensar esse tipo de tratamento. Seria muita pretenso de minha parte julgar ter resolvido todos os meus "problemas", mas certo que, de vida em vida, um dos meus objetivos foi sempre o de conseguir que meus diferentes corpos estivessem suficientemente sintonizados entre si para servirem de canal s energias de luz que sempre presidem qualquer tratamento. Embora antes da poca dos essnios eu j tivesse conhecimento dos tratamentos, refiro-me aos de dois mil anos atrs porque os ensinamentos dessa poca so de grande preciso e Jesus, um dos meus maiores professores. Jesus fazia uma grande diferena entre os mgicos e os enamorados do Amor. Os "milagres" realizados por estes e por aqueles pareciam idnticos, mas nos planos sutis a diferena era grande, pois a compreenso da Vida estabelecia-lhes a qualidade. Ele nos dizia, com relao materializao de objetos, basicamente o seguinte: "Existem duas maneiras de realizar os fatos a que nos referimos... Para a maioria dos seres, a diferena nula, pois seus olhos de carne no captam seno os efeitos... Os mgicos projetam os raios de sua alma at o objeto de sua avidez, fazem-no sofrer uma transformao e trazem-no para o lugar onde se encontram... Eu porm dos digo: aquele que cria o faz por amor, aquele que se apropria do j criado opera pelo desejo. "O desejo vos destruir se no estiverdes atentos. Ele vos fora a tomar sem dar nada em troca. As leis do Sem Nome so inversas s que vs estabelecestes sobre a Terra, meus Irmos; aquele que colhe sem nada distribuir no pode seno empobrecer-se inexoravelmente... Assim, eu no vos proponho o poder, mas a compreenso. Compreender amar. "

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    Se fao meno a essas palavras no captulo das atitudes para que se entenda melhor o que pode ser o "desejo" do terapeuta e para que no sejamos mgicos-terapeutas, mas orientadores amorosos.

    O Desejo Freqentemente, e de forma sutil, infiltra-se em ns o desejo de aplicar um tratamento, e est a muitas vezes a pedra de tropeo em nosso caminho. Todos ns desejamos que a pessoa que nos procura se cure e, mais ainda, que "ns" possamos cur-la, proporcionar-lhe o alvio que ela veio buscar junto de "ns". Isso parece de uma lgica absolutamente inevitvel. Entretanto... Um ser que sofre no sofre por acaso. Atravs da provao por que passa, ele aprende e cresce, pois as provaes so, freqentemente, "presentes" que damos a ns mesmos, para irmos mais longe em ns e para alm de ns. O sofrimento no uma fatalidade, e certos mundos no o conhecem mais. Um acidente ou uma doena so sinais para nos fazer entender que uma parte de ns est em desacordo com a outra. So encontros impostos pela nossa vida supraconsciente que se tornaro trampolins assim que os tenhamos compreendido e resolvido. Pode acontecer, claro, que um grande sofrimento nos faa fechar-nos como um tatu-bola sobre ns mesmos e torne mais lento o nosso caminhar. Conheo perfeitamente isso, por experincia prpria, mas sei tambm que h sempre uma "luz no fim do tnel", mesmo que este parea terrivelmente escuro no momento em que o atravessamos. No quero dizer com isso que o terapeuta no possa fazer nada. Pelo contrrio, ele pode nos levar a considerar o n do "problema" que nos coube de uma perspectiva mais elevada; pode igualmente trazer os tijolos e o cimento que vo nos permitir reconstruir-nos; mas ele no poder jamais construir no nosso lugar, percorrer o nosso caminho, porque isso somente ns podemos fazer. Para o terapeuta, o desejo de curar freqentemente est ligado ao fato de querer ser indispensvel. Saber que sem ns uma pessoa no pode sair da situao em que se encontra, ou antes que ns podemos tir-la dessa situao, uma questo de orgulho. Queremos ser, nesta terra, indispensveis, teis, ou seja, valorizados, e se achamos que no temos capacidade para tal, preferimos tornar-nos marginais, no sentido relativo do termo, que para mim significa, neste caso, ser contra a sociedade, porque no encontramos nela o nosso lugar. Eu, particularmente, defendo uma outra forma de marginalidade, principalmente interior, e que nos deixa a possibilidade de dizer "sim" ou "no" por genuna escolha. Pelo "desejo" ns existimos, mas no "somos". Sejamos ns mesmos no mais profundo do nosso ser, e estejamos bem certos de que ningum cura ningum. Essa afirmao pode parecer a voc ousada ou fora de lugar, mas vidas e vidas passadas tratando das pessoas permitiram-me compreender isso tudo profundamente. Podemos aliviar, ajudar, trazer elementos que contribuem para a cura, mas a Cura propriamente dita, a Vida e a Morte no dependem de ns. Certos doentes no querem se curar; desejam-no, claro, superficialmente, mas a doena apresenta-se a eles como uma proteo e, embora ilusria, parece dar sentido existncia.

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    Outros no vem como sair do "impasse", que nunca existe de fato, e no mais profundo de si mesmos, muitas vezes inconscientemente, preferem morrer. So muito numerosos tambm os que partem curados para outros mundos, pois o n que existia neles dissolveu-se afinal. No temos dados suficientes para saber o que bom ou justo neste ou naquele caso e, se desejarmos dar o melhor de ns mesmos a quem pede a nossa ajuda, isso nos levar a uma grande humildade. A luz que passa atravs de ns no momento dos tratamentos, a qualidade do amor que vamos poder dar, esse o nosso "trabalho". O "desejo" toma muitas vezes a aparncia de amor, da mesma forma que se confunde freqentemente a emoo, que parte do terceiro chakra, com o amor, que parte do quarto; confunde-se tambm afeio com amor. Evidentemente, pode haver diferentes formas de amor e algumas podem ser coloridas por outros sentimentos, mas o Amor com A maisculo no tem famlia nem fronteiras, nem obrigaes nem colorao. Ele E, e freqentemente quem o pratica nem mesmo sabe que o pratica porque est mergulhado nele; ele Amor. Isso exigido de ns como algo fundamental. O Julgamento Esse amor total no pode admitir julgamento. Neste ponto, tambm a fronteira sutil entre julgamento e opinio. Emitir uma opinio, dar um parecer sobre alguma coisa ou sobre algum uma atitude neutra e est mais prximo de unia constatao. Emitir um julgamento implicar-se pessoalmente na opinio, tomar partido segundo a nossa experincia, sem nos colocarmos na pele do outro. A neutralidade uma qualidade indispensvel, mas neutralidade no significar jamais indiferena ou frieza. Ns trabalhamos o amorterapeuta e devemos fazer florescer a confiana e a paz nos seres sofredores que nos procuram. Numa aldeia dos ndios hurons, li esta frase que ficou gravada em minha mente: "Grande Manitu, no me deixes criticar o meu vizinho por tempo muito prolongado, da mesma forma que eu no usaria seus mocassins durante uma lua inteira. " Isso nos leva a uma outra qualidade que devemos desenvolver como terapeutas. A Compaixo a chave indispensvel que abrir todas as portas, mas tambm a chave que temos de procurar, pois a perdemos h muito tempo! Por ocasio da minha aprendizagem, na poca essnia, os Irmos ensinaram-me como respirar no ritmo do ser que sofre. Eu sabia que poderia, dessa forma, pouco a pouco, identificar-me com ele e, sem adquirir o seu mal, viv-lo interiormente. Essa etapa indispensvel, pois vai permitir captar a fonte do mal, depois desvi-la para o nosso corpo de luz antes de transmut-la com toda a fora do nosso corao e da nossa vontade. Ter compaixo no significa naufragar com o outro, mas am-lo suficientemente para saber o que ele sente. E compreender o que ele sem julg-lo; sentir o que ele sente sem a emoo que o invade. Cada um de ns pode encontrar mltiplas definies para a palavra "compaixo". Na verdade pouco importa sua definio, desde que se saiba durante alguns minutos ser Ele, esse outro eu que sofre e nos chama.

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    "Aquece o teu corao, faz brilhar as tuas mos e no haver nem dor que possa desenvolver a sua espiral, nem mal que continue a tecer a sua teia...", ensinavam ao pequeno Simon os irmos do Krmel. A Transmutao "No se destri o mal... " Diante da doena existe uma lei universal que aprendi na poca de Jesus e que ponho sempre em prtica: no se destri o mal. nossa alma que permite a sua existncia por causa das suas prprias fraquezas; devemos, ento, no aniquil-lo ou afast-lo, mas substitu-lo pela luz que, ao tomar o seu lugar, transmutar a sombra. Essa noo deve estar sempre presente quando praticamos, pois, ao utilizar o tipo de mtodo ensinado aqui, nosso estado de esprito assemelha-se quele do alquimista que vai transformar o chumbo em ouro. Nosso intuito no destruir, arrancar, retirar o que quer que seja; operamos no amor e por amor, e a luz que o compe que dever, pouco a pouco, substituir as zonas de sombra que deixamos instalarem-se em ns. Pode acontecer de certos terapeutas, e mesmo certos doentes, odiarem o mal que carregam ou que pensam que devem combater. Trata-se de um erro grosseiro, mesmo que compreensvel, humanamente falando. Tambm neste caso preciso impregnar-se das leis csmicas que, invariavelmente, continuam sua trajetria para alm de nossa compreenso. Quanto mais enviarmos pensamentos de dio, de clera, de rancor a quem nos machuca, tanto mais reforamos a ao dessa pessoa e enfraquecemos a nossa. Lembrando o itinerrio de viagem das formas-pensamento, fica mais fcil compreender como um pensamento de dio vai atrair para ns outros pensamentos do mesmo tipo e nos embrutecer consideravelmente, obscurecendo por um momento a luz com que poderamos nos reconstruir interiormente. Alm disso, essa forma-pensamento vai alimentar e entreter o mal contra o qual lutamos muitas vezes sem muita habilidade. Lembro-me da poca da guerra do Golfo. Os pensamentos de dio disparavam na direo de Saddam Hussein e, nessa ocasio, as pessoas com quem costumamos trabalhar nos diziam: "Se vocs envolverem esse ser em dio, esses pensamentos reforaro a ao dele no sentido da maldade. Se vocs lhe enviarem pensamentos de paz, a ao dele ser por eles enfraquecida, pois no encontrar mais o alimento que a compe... " Cabe a ns, portanto, saber o que queremos; e se nem sempre podemos, num primeiro: momento, agradecer doena pelo caminho que nos obriga a percorrer, evitemos ao menos aliment-la. Atitude Exterior "Boa vontade no basta... " Considero difcil estabelecer uma separao entre atitude interior e atitude exterior. As duas esto estritamente ligadas e se sustentam, mas necessrio abordar o lado mais tcnico, ao menos para quem est comeando. A tcnica no , na verdade, seno um suporte para alguma coisa que est alm de ns e que aos poucos h de instalar-se em ns. Entretanto, vi muito freqentemente pessoas animadas de enorme boa vontade fazerem qualquer coisa a pretexto de ouvir o corao. Somos feitos de diversos elementos e no devemos negligenciar um deles em proveito de outro. O estado psicolgico est a nosso servio, nossa vontade tambm est e ns devemos utiliz-los como tais.

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    "De boas intenes o inferno est cheio" - um ditado popular de muito bom senso. Aqui tambm reforo o meu alerta: para tornar-se um bom terapeuta, boa vontade no basta! Mesmo que todo o Amor do mundo esteja latente em voc, preciso ainda faz-lo florescer e aceitar humildemente a aprendizagem necessria e os conhecimentos dos mundos sutis que impossibilitam virmos a transgredir certas leis sem sofrer ou provocar conseqncias. Atualmente, os habitantes da Terra, em sua grande maioria, funcionam no nvel do terceiro chakra. Isso significa que muitas vezes o nosso modo de amor humano demais e perpassado de emotividade. Esse amor, por mais vlido que seja, no nos vai proporcionar o necessrio distanciamento, a ponto de nos isentar de aprender. Da mesma forma que um excelente pianista pode improvisar com sucesso, se quiser, porque antes estudou suas escalas, assim tambm cada terapeuta poder ir alm das tcnicas para proclamar o que sente profundamente, desde que tenha algo a ultrapassar, isto , desde que tenha, ele tambm, "estudado suas escalas". sempre muito curioso ouvir pessoas que pensam que podem fazer qualquer coisa a pretexto de alcanar planos mais sutis do que aqueles nos quais costumamos "trabalhar". Buscar o "sutil" no significa caminhar ao acaso, ou agir conforme o humor ou a disposio do momento. Temos em ns todas as capacidades e podemos despert-las, mas o "abandonar-se" algo que se aprende, a "neutralidade" tambm, assim como a "compaixo". Certamente no aprendemos a desenvolver isso tudo da mesma forma que aprendemos matemtica ou histria. As lies so sempre muito prticas e a vida se encarrega de coloc-las no nosso caminho at que tenhamos compreendido o que tnhamos para aprender... Mas trata-se sempre de um aprendizado e no podemos deixar de consider-lo; da mesma forma que, para aprender a ler e a escrever, precisaremos de um pouco de tempo e de perseverana, mesmo fazendo dessa atividade algo agradvel, o que o ideal. Depois desse alerta, passo a lhe propor alguns "pontos de referncia" no tocante posio a assumir por ocasio dos tratamentos. Particularmente, prefiro, hoje em dia, realizar o tratamento usando um colchonete colocado diretamente sobre o cho; mas algumas pessoas, terapeutas ou pacientes, podem ter dificuldade para se movimentar nessa posio. Nesse caso, uma mesa de tratamento dar conta plenamente da tarefa. O paciente dever estar em trajes ntimos, ou pelo menos vestindo roupas de algodo para evitar interferncias, e no deve cruzar pernas ou braos a fim de no cortar os circuitos de energia. Deve tambm, pelas mesmas razes, tirar relgio e jias. No h nisso nada de excepcional ou esotrico; fcil compreender que o cruzamento das pernas pode dificultar a circulao do sangue, acontecendo o mesmo com relao s energias nos planos mais sutis. Quem administra o tratamento deve estar de p junto do paciente, se este estiver deitado em um leito ' ou mesa de tratamento, e sentado na posio de ltus ou de joelhos, se o paciente estiver deitado sobre um colchonete apoiado diretamente no cho. A coluna vertebral do terapeuta dever estar o mais reta possvel para que as energias com que trabalha circulem mais facilmente. Depois de ter-se deixado envolver pela calma e pela neutralidade, o terapeuta, pode e deve dirigir-se ao paciente para que este se sinta confiante e invadido por uma benfazeja

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    serenidade. A beleza e a simplicidade do lugar podero sem dvida contribuir para que se instale esse oportuno bem-estar. A partir desse instante preciso, tem incio a verdadeira preparao para os tratamentos, de que falarei detalhadamente a seguir.