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Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões Consílio dos deuses Est. 19 - 1ª parte do episódio do Consílio dos Deuses: “Já no largo Oceano navegavam…” Início da Narração “in media res” segundo as regras de uma epopeia. As caravelas vão navegando com bons ventos no Oceano Índico, já perto do seu objetivo.- Plano da Viagem - plano narrativo central Reparar na aliteração (v.3 e 4), na personificação (vv. 2 e 3) e no uso da Perífrase verbal (v.6) Est. 20 – início da 2ª parte - intervenção dos Deuses: “Quando os Deuses no Olimpo luminoso,” – Plano da Mitologia – plano narrativo secundário. As referências temporais dadas (“já” e “quando”) indicam que os dois planos narrativos se desenrolam ao mesmo tempo. O objetivo desta reunião é deliberar “Sobre as cousas futuras do Oriente”, ou seja, decidir se vão ajudar ou não os Portugueses a chegar à Índia. Nesta sessão do Consílio, Júpiter pretende dar a conhecer uma decisão e ouvir a opinião dos participantes. Chegada dos Deuses chamados por Mercúrio, o deus mensageiro, por ordem de Júpiter. Perífrase – “pelo neto gentil do velho Atlante” = Mercúrio Os deuses deixam o governo dos sete planetas para se reunirem em Consílio. Est. 22 - Caracterização de Júpiter Sublime, digno, rosto severo, soberano, imponente na atitude. Símbolos do poder: coroa, cetro mais brilhante do que o diamante e os raios de Vulcano Est. 23 - Organização do Consílio

Os Lusíadas- Consílio Dos Deuses

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Os Lusíadas- Consílio dos Deuses

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Os Lusadas, de Lus Vaz de CamesConslio dos deusesEst. 19 - 1 parte do episdio do Conslio dos Deuses: J no largo Oceano navegavam Incio da Narrao in media res segundo as regras de uma epopeia. As caravelas vo navegando com bons ventos no Oceano ndico, j perto do seu objetivo.- Plano da Viagem - plano narrativo centralReparar na aliterao (v.3 e 4), na personificao (vv. 2 e 3) e no uso da Perfrase verbal (v.6)

Est. 20 incio da 2 parte - interveno dos Deuses: Quando os Deuses no Olimpo luminoso, Plano da Mitologia plano narrativo secundrio. As referncias temporais dadas (j e quando) indicam que os dois planos narrativos se desenrolam ao mesmo tempo. O objetivo desta reunio deliberar Sobre as cousas futuras do Oriente, ou seja, decidir se vo ajudar ou no os Portugueses a chegar ndia. Nesta sesso do Conslio, Jpiter pretende dar a conhecer uma deciso e ouvir a opinio dos participantes. Chegada dos Deuses chamados por Mercrio, o deus mensageiro, por ordem de Jpiter. Perfrase pelo neto gentil do velho Atlante = Mercrio Os deuses deixam o governo dos sete planetas para se reunirem em Conslio.

Est. 22 - Caracterizao de JpiterSublime, digno, rosto severo, soberano, imponente na atitude. Smbolos do poder: coroa, cetro mais brilhante do que o diamante e os raios de Vulcano

Est. 23 - Organizao do ConslioOs deuses sentam-se de acordo com a sua hierarquia. Jpiter preside Assembleia e inicia a discusso num tom de voz que causa respeito e mostra quem detm o poder.

Est. 24 a 29 - Discurso de Jpiter Finalidade do discurso: informar e convencer.Jpiter apresenta aos deuses as razes pelas quais os Portugueses devem ser protegidos na costa africana como amigos, de modo a recuperarem foras e a prosseguirem viagem: Est. 24 Mostra o valor de um Povo predestinado fama que ultrapassar a dos heris da Antiguidade Clssica; Est. 25 e 26 Evidencia o que fizeram no passado: com pouca gente venceram os Romanos e, mais tarde, os Mouros e os Castelhanos; Est. 27 Rumo a novas conquistas querem continuar a glria dos seus antepassados, conquistando terras em frica e chegando, por via martima, ao Oriente, o que revela a coragem e ousadia do povo portugus Est. 28 - Deciso de Jpiter Jpiter intercede a favor dos Portugueses porque os considera merecedores de serem tratados como amigos, pela sua persistncia, apesar do tempo j decorrido, das dificuldades da viagem, do inverno, dos perigos, do cansao.

Est. 30 35 - Interveno dos outros deusesPequena introduo do Poeta s intervenes dos outros deuses, que iro assumir posies opostas, que procuraro justificar na tentativa de convencerem a Assembleia: uns opem-se a Jpiter, outros consideram que uma posio vlida. Interveno de Baco (deus do vinho, conquistador da ndia e adorado no Oriente). Este deus discorda da posio favorvel de Jpiter. Os Portugueses subjugaro a ndia, faro esquecer a sua fama. Baco o primeiro a intervir porque considera que o mais lesado. Interveno de Vnus (deusa do amor e da beleza) -Vnus assume a defesa dos Portugueses porque estes lhe fazem lembrar o povo Romano, pela valentia que demonstraram no Norte de frica, e pela lngua que semelhante latina. Vnus sabe que o seu nome e o culto do Amor que ela simboliza sero sempre celebrados pelos Portugueses, onde quer que estes cheguem.

O Poeta faz o ponto da situao: Baco teme perder a influncia na ndia; Vnus ambiciona ser honrada pelos Portugueses. Comparao entre o modo tumultuoso como decorre a discusso e um ciclone provocado pelos ventos na floresta e na montanha.

Est. 36 40 - Interveno de Marte (deus da guerra)

descrio da figura imponente de Marte feita pelo Poeta: decidido, enrgico, seguro de si. Hiprbole Para fazer realar a violncia furiosa dada com o basto o cu tremeu e at o sol empalideceu. Discurso de Marte (est. 38 a 40): Lembra a Jpiter a sua autoridade; mostra que Baco s fala contra os Portugueses por inveja; faz Jpiter ver que no lhe fica bem voltar atrs na sua deciso; diz que Mercrio deve ir mostrar o caminho aos navegantes portugueses para que estes possam alcanar o seu objetivo.

Est. 41 - Deliberao finalDeciso final de Jpiter que aceita a opinio de Marte. Terminada a reunio, os Deuses regressam aos seus aposentos. Depois desta estncia, retomada a Narrao da Viagem.