Os princípios que regem Os princípios que regem o Direito Ambientalo Direito Ambiental

Direito AmbientalDireito AmbientalProf. Luiz Gustavo Assad RuppProf. Luiz Gustavo Assad Rupp

Bibliografia:Bibliografia:

ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2000.FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Princípios do Processo Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2004.MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente: doutrina, prática, jurisprudência, glossário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. MUKAI, Toshio. Direito Ambiental Sistematizado. 3a Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.

Política Global e Política Nacional Política Global e Política Nacional do Meio Ambiente do Meio Ambiente

POLÍTICA NACIONALPOLÍTICA NACIONAL

Lei 6938/81

Constituição Federal de 1988

POLÍTICA GLOBALPOLÍTICA GLOBAL

Declaração de Estocolmo, 1972

Declaração do Rio, 1992.

FIORILLO, p. 23.

PrincípiosPrincípios

Estado Constitucional de DireitoEstado Constitucional de Direito: : caráter normativo das Constituições.caráter normativo das Constituições.

ConstituiçõesConstituições: estabeleceram linhas de : estabeleceram linhas de princípios vinculantes e indisponíveis para princípios vinculantes e indisponíveis para todos os poderes do Estado. todos os poderes do Estado.

O Estado Constitucional passa a ser entendido como o conjunto, não somente de normas de cunho geral e individual, mas também também de princípios.

Norma JurídicaNorma JurídicaRegras e PrincípiosRegras e Princípios

uma definição de Robert Alexyuma definição de Robert Alexy

REGRAS:REGRAS: podem ser cumpridas ou seja, podem ser cumpridas ou seja, se uma regra é válida deve-se cumprir se uma regra é válida deve-se cumprir exatamente o que ela exige. exatamente o que ela exige.

PRINCÍPIOS:PRINCÍPIOS: determinam que alguma determinam que alguma coisa seja realizada na maior medida coisa seja realizada na maior medida possível, dentro das possibilidades reais e possível, dentro das possibilidades reais e jurídicas existentes jurídicas existentes

Três Princípios Fundamentais Três Princípios Fundamentais segundo a Doutrina Européia:segundo a Doutrina Européia:

Princípio da prevenção;Princípio da prevenção;

Princípio do poluidor-pagador ou princípio Princípio do poluidor-pagador ou princípio da responsabilização;da responsabilização;

Princípio da cooperação ou da Princípio da cooperação ou da participação.participação.

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MUKAI, p. 34.MUKAI, p. 34.

Princípios de Direito AmbientalPrincípios de Direito AmbientalPaulo de Bessa AntunesPaulo de Bessa Antunes

Direito Humano Fundamental;Direito Humano Fundamental;

Princípio Democrático;Princípio Democrático;

Princípio da Precaução;Princípio da Precaução;

Princípio da Prevenção;Princípio da Prevenção;

Princípio do Equilíbrio;Princípio do Equilíbrio;

Princípio do Limite;Princípio do Limite;

Princípio da Responsabilidade;Princípio da Responsabilidade;

Princípio do Poluidor Pagador.Princípio do Poluidor Pagador.

Princípios de Direito AmbientalPrincípios de Direito AmbientalÉdis MilaréÉdis Milaré

Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado como direito fundamental;fundamental;

Princípio da natureza pública da proteção ambiental;Princípio da natureza pública da proteção ambiental;

Princípio do controle do poluidor pelo Poder Público;Princípio do controle do poluidor pelo Poder Público;

Princípio da consideração da variável ambiental no processo Princípio da consideração da variável ambiental no processo decisório de políticas de desenvolvimento;decisório de políticas de desenvolvimento;

Princípio da participação comunitária;Princípio da participação comunitária;

Princípio do poluidor pagador;Princípio do poluidor pagador;

Princípio da prevenção;Princípio da prevenção;

Princípio da função sócio-ambiental da propriedade;Princípio da função sócio-ambiental da propriedade;

Princípio do usuário pagador; Princípio do usuário pagador;

Princípio da cooperação entre os povos.Princípio da cooperação entre os povos.

Princípios de Direito AmbientalPrincípios de Direito AmbientalCelso Antonio Pacheco FiorilloCelso Antonio Pacheco Fiorillo

Princípio do desenvolvimento sustentável;Princípio do desenvolvimento sustentável;

Princípio do poluidor pagador;Princípio do poluidor pagador;

Princípio da prevenção;Princípio da prevenção;

Princípio da participação;Princípio da participação;

Princípio da ubiqüidade.Princípio da ubiqüidade.

Princípios de Direito AmbientalPrincípios de Direito AmbientalPaulo Afonso Leme MachadoPaulo Afonso Leme Machado

Princípio do direito à sadia qualidade de vidaPrincípio do direito à sadia qualidade de vida;;

Princípio do acesso eqüitativo aos recursos naturais;Princípio do acesso eqüitativo aos recursos naturais;

Princípio do usuário pagador e poluidor pagador;Princípio do usuário pagador e poluidor pagador;

Princípio da precaução;Princípio da precaução;

Princípio da prevenção;Princípio da prevenção;

Princípio da reparação;Princípio da reparação;

Princípio da informação;Princípio da informação;

Princípio da participação;Princípio da participação;

Princípio da obrigatoriedade da internvenção do Poder Princípio da obrigatoriedade da internvenção do Poder Público.Público.

Princípio da PrecauçãoPrincípio da Precaução

““O princípio da precaução é aquele que O princípio da precaução é aquele que determina que não se produzam determina que não se produzam intervenções no meio ambiente antes de intervenções no meio ambiente antes de ter a certeza de que estas não serão ter a certeza de que estas não serão adversas para o meio ambiente”adversas para o meio ambiente”

(Antunes, p. 35)(Antunes, p. 35)

Presença do Princípio da Presença do Princípio da Precaução na ordem jurídica Precaução na ordem jurídica

interna e internacionalinterna e internacional

Declaração do Rio, 1992, princípio n. 15;Declaração do Rio, 1992, princípio n. 15;

CRFB, art. 170, VI;CRFB, art. 170, VI;

CRFB, art. 225, IV, V e VII.CRFB, art. 225, IV, V e VII.

Precaução e PrevençãoPrecaução e Prevenção

IMPACTOS AMBIENTAIS

DESCONHECIDOS

IMPACTOS AMBIENTAIS CONHECIDOS

Princípio do poluidor-pagadorPrincípio do poluidor-pagador

Busca evitar a ocorrência de danos Busca evitar a ocorrência de danos ambientais (caráter preventivo);ambientais (caráter preventivo);

Ocorrido o dano, visa sua reparação.Ocorrido o dano, visa sua reparação.(FIORILLO, p. 28)(FIORILLO, p. 28)

CRFB, art. 225, § 3º :Responsabilidade administrativa, civil e penal.Lei 6938/81, art. 13, § 1º (responsabilidade objetiva)

Princípio da CooperaçãoPrincípio da Cooperação

Estabelece a ação conjunta do Poder Estabelece a ação conjunta do Poder Público e da Sociedade Civil, nas Público e da Sociedade Civil, nas decisões administrativas e medidas decisões administrativas e medidas processuais em matéria ambiental.processuais em matéria ambiental.

- CRFB, art. 225, caput: dever de toda a coletividade e doPoder Público, atuar na defesa e proteção do meio ambiente.-Ação Popular;-Ação Civil Pública;-Órgãos colegiados na Administração Pública

O princípio da precaução, cujo centro de gravidade, como ressalta O princípio da precaução, cujo centro de gravidade, como ressalta Nicolao Dino De Castro e Costa Neto, é a aversão ao risco, Nicolao Dino De Castro e Costa Neto, é a aversão ao risco, recomenda que a incerteza quanto à ofensividade ou inofensividade recomenda que a incerteza quanto à ofensividade ou inofensividade ambiental de determinada atividade deve levar a tomada de ambiental de determinada atividade deve levar a tomada de cautelas. cautelas. A incerteza em relação ao risco ambiental da utilização de A incerteza em relação ao risco ambiental da utilização de equipamento de difusão de ondas ionizantes, assim, jamais poderia equipamento de difusão de ondas ionizantes, assim, jamais poderia autorizar que se permitisse a continuidade de tal empreendimento autorizar que se permitisse a continuidade de tal empreendimento até que futuros estudos comprovassem a existência de dano até que futuros estudos comprovassem a existência de dano concreto ao meio ambiente. Como ressaltado pela decisão concreto ao meio ambiente. Como ressaltado pela decisão agravada, não há estudos científicos comprovando a ausência de agravada, não há estudos científicos comprovando a ausência de prejuízos ao meio ambiente pela utilização do equipamento, prejuízos ao meio ambiente pela utilização do equipamento, estando suficientemente demonstrada a incerteza quanto a estando suficientemente demonstrada a incerteza quanto a ofensividade ambiental da atividade. Ausente a relevância na ofensividade ambiental da atividade. Ausente a relevância na fundamentação da parte agravante, merece prestígio, por seus fundamentação da parte agravante, merece prestígio, por seus próprios fundamentos, a decisão impugnada. próprios fundamentos, a decisão impugnada.

(TRF 4ª Reg. Quarta Turma. AI n. 2006.04.00.035870-0. Rel. (TRF 4ª Reg. Quarta Turma. AI n. 2006.04.00.035870-0. Rel. Márcio Antonio Rocha. J. 12.12.2006).Márcio Antonio Rocha. J. 12.12.2006).

ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA. ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA.

RECURSO DE APELAÇÃO. REGULARIDADE FORMAL. CERCEAMENTO DE RECURSO DE APELAÇÃO. REGULARIDADE FORMAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. DEFESA. CITAÇÃO DA UNIÃO. DESNECESSIDADE. PRESENÇA NO FEITO DA ANEEL. CITAÇÃO DA UNIÃO. DESNECESSIDADE. PRESENÇA NO FEITO DA ANEEL. LICENCIAMENTO AMBIENTAL: PREVISÃO LEGAL, NATUREZA E HIPÓTESES LICENCIAMENTO AMBIENTAL: PREVISÃO LEGAL, NATUREZA E HIPÓTESES DE CANCELAMENTO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI N° 6.938/81. DE CANCELAMENTO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI N° 6.938/81. RESOLUÇÕES CONAMA N.OS 001/86 E 237/97. CONCESSÃO DE LICENÇA RESOLUÇÕES CONAMA N.OS 001/86 E 237/97. CONCESSÃO DE LICENÇA CONDICIONADA À REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA CONDICIONADA À REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO NO ESTADO DO PARANÁ. NO ESTADO DO PARANÁ. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE COMO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE COMO OBJETIVO DA POLÍTICA ENERGÉTICA NACIONAL. LEGALIDADE DO ATO DE OBJETIVO DA POLÍTICA ENERGÉTICA NACIONAL. LEGALIDADE DO ATO DE CANCELAMENTO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO EXPEDIDA PELO INSTITUTO CANCELAMENTO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO EXPEDIDA PELO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. AMBIENTAL DO PARANÁ. Estando caracterizado que o empreendimento pertinente à central hidrelétrica Estando caracterizado que o empreendimento pertinente à central hidrelétrica discutida na demanda, cuja licença foi cancelada, oferece risco ao meio ambiente, discutida na demanda, cuja licença foi cancelada, oferece risco ao meio ambiente, no mínimo relativamente à incerteza quantos aos possíveis impactos ambientais no mínimo relativamente à incerteza quantos aos possíveis impactos ambientais decorrentes da central hidrelétrica, não há reparo a fazer no ato administrativo que decorrentes da central hidrelétrica, não há reparo a fazer no ato administrativo que cancelou a licença para o empreendimento. de Almeida. J. 26.09.2006).cancelou a licença para o empreendimento. de Almeida. J. 26.09.2006).(TRF 4ª Reg. Terceira Turma. AMS n. 2004.70.00.033268-5. Rel. Vânia Hack (TRF 4ª Reg. Terceira Turma. AMS n. 2004.70.00.033268-5. Rel. Vânia Hack