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Os progressos da psicanálise Certas funções da introjeção e da projeção no início da infância – Paula Heimann

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Os progressos da psicanálise

Certas funções da introjeção e da projeção no início da infância – Paula Heimann

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Estrutura da mente

Id: é o reservatória das pulsões (instintos), a fonte de energia para todas as atividades mentais.

Dele se originam o ego e o superego. Portanto, eles são partes componentes do id.

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Ego: é o intérprete e intermediário entre as partes da mente e o mundo externo.

Superego: é o representante internalizado dos mais importantes objetos (os pais) da pessoa. É o sistema de toda a moralidade, consciente e inconsciente.

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O papel dos mecanismos de introjeção e projeção na formação de um indivíduo (organismo). A) o ego.

Cabe a ele julgar os objetos e acontecimentos do mundo exterior de modo que se verifique a viabilidade de realização do id através desses objetos.

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O ego é a parte superficial do id cujo principal mecanismo de reconhecimento do mundo exterior e interior é a percepção.

A percepção do ego: não é um sistema passivo. O ego percebe e aceita ou rejeita um objeto do mundo exterior.Ao entrar em contato com o objeto, o ego cede algo de si, qual seja, o interesse e a curiosidade.

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Percepção (aceitação)

Recepção de estímulos: ao se interessar por um objeto o ego o armazena na memória para melhor conhecê-lo. Daí em diante, o ego processo o objeto para relacioná-lo com o espaço, tempo e sua estrutura lógica.

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Percepção (rejeição)

Rejeição dos estímulos: o ego reconhece que se tal objeto for interiorizado isso lhe causará mal. Segundo Freud, a “linguagem” mais elementar desse processo é a oral: comer e cuspir.

“Algo pode fazer parte de mim (ser introduzido) ou ser mantido fora de mim” (p.138).

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Introjeção: ocorre, portanto, quando o ego faz com que um objeto faça parte do indivíduo (do seu mundo interior). Tal objeto pode ser uma coisa, uma sensação, uma pessoa, uma situação, um sentimento, e assim por diante.

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Projeção: ocorre uma “introjeção de ensaio” na qual o ego julga a nocividade e ameaça do objeto. Essa primeira atuação da projeção, portanto, consiste em se expulsar aquilo que é ruim.

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Tensão (aumento de estímulos): o ego não projeta somente o que é ruim. Com a aumento da tensão (psíquica) a projeção atua como um meio para “descarregar” todo excesso de energia que permanece interiorizado. Assim, a exteriorização é a projeção do que é bom e do que é ruim, é o reflexo de duas pulsões opostas: pulsão de vida e pulsão de morte.

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Introjeção e projeção como elementos constitutivos da formação do ego.

A percepção é o instrumento do ego que liga a introjeção e a projeção. Ela é o núcleo do ego e não pode ser separada da relação objetal.

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Modos de percepção

Início de formação da vida psíquica :experiência subjetiva = sensação corporal.

Mãe nutriente: é a primeira fonte de estímulos. Mamar é a primeira sensação corporal (subjetiva). 1ª Percepção.

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“A introjeção e a projeção ocorrem durante a vida toda, mas, tal como todos os outros processos, também estão sujeitas a evolução e desenvolvimento e são influenciadas pelas cada vez mais amplas funções do ego”(p. 144).

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b) O superego

A introjeção: todo o progresso mental é efetuado pela cada vez maior introjeção , por parte da criança, de tudo que a cerca (p.145).

O instinto moral (introjetado): transformá-se em superego. É a natureza superior, o ego ideal, aquele que conhecidos nos pais quando se é criança.

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A formação do superego ocorre a partir do “declínio” do complexo de Édipo. A medida que a criança se emancipa do complexo de Édipo (deixa de ver nos pais as únicas fontes de realizações), ela estabelece os pais dentro dela. Constrói a natureza superior em si mesma.

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Melancolia (perda)

Melancolia: é a experiência (de caráter patológico) que reage ao processo de se perder o objeto amado. Nela, o ego abando o objeto no mundo real, mas introjeta esse objeto dentro de si.

O superego resulta, com isso, de se renunciar aos pais como objetos sexuais. Os pais internalizados substitui todo o universo edípico.

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Parte 2Primeiras relações com o objeto

Conceito de objetos primitivos: a relação com os objetos, num primeiro momento, é determinada pelas necessidades físicas, pelos seus impulsos e fantasias.

A experiência sensorial constitui, assim, a matriz das fantasias inconscientes e das percepções conscientes.

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1ª fase das relações objetais infantis: são fluidas e oscilam entre extremos.

A criança reage de forma maciça: ora tudo no objeto é bom, ora tudo é ruim.

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b) auto-erotismo, narcisismo e primitiva relação com objetos

Auto-erotismo: são as fantasias em relação ao bom seio materno que é interiorizado.

Com a perda, tal objeto gratificador passa a ser projetado no próprio corpo da criança.

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Narcisismo: nessa fase a percepção é mais avançada e o princípio de realidade é mais ativo. Aqui o superego se encontra mais desenvolvido e indica ao individuo o que pode ou não ser concretizado na realidade exterior.

Quando não se pode concretizar algo na realidade exterior, o narcisismo entra em ação (através da fantasia) para que se concretize algo no mundo interior.

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“O auto-erotismo e o narcisismo são modos empregados para enfrentar as frustrações” (p. 169). Esses mecanismos criam a relação entre objeto e fantasia.

Na fase primitiva, o auto-erotismo é a projeção de um “objeto parcial”. Nas fases mais maduras, o narcisismo projeta “objetos totais”.

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Mundo interior e mundo exterior

O mundo interior nasce com a introjeção de objetos parciais ou objetos totais. Portanto, partes de pessoas ou pessoas, dentro do seu corpo (da criança).

Tudo isso, através da fantasia inconsciente, torná-se uma replica do mundo real; contudo, uma réplica com um universo próprio de significados.

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O mundo exterior permanece sendo a referência para o mundo exterior, pode ser a fonte de satisfação ou de frustração. Ele é a fonte de alimentação do indivíduo, que permanecendo fechado em seu próprio mundo interior, tende a se auto-consumir.