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OS 7 HÁBITOS E O 8º HÁBITO DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES Stephen R. Covey Hábito 1 - SEJA PROATIVO Princípios da Visão Pessoal No princípio deste capítulo o autor nos incentiva a tentar sair de nós mesmos projetando nossa consciência para o alto e tentando nos ver, com a visão da mente, lendo este livro. Ele pergunta se somos capazes de identificar o nosso estado de espírito e se fossemos, como o descreveríamos. Também pede para pensarmos no modo como a nossa mente trabalha. Se ela está viva e alerta? Se estivermos divididos entre este exercício mental e o porquê de fazê-lo? Segundo o autor, considerando o modo como a nossa mente trabalha se está viva e alerta, essa habilidade denomina-se autoconsciência, pois é uma capacidade unicamente humana, isto é, a habilidade para pensar a respeito do próprio processo de pensamento. Ela nos permite avaliar e aprender com as experiências próprias e alheias, pois se não fizéssemos uma análise a distancia, não seríamos capazes de compreender como os outros se sentem a vêem a si mesmos e ao mundo. A partir da autoconsciência podemos examinar nossos modelos e ver se estes estão fundamentados em realidades ou princípios decorrentes do condicionamento e conjuntura social.

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OS 7 HÁBITOS E O 8º HÁBITO DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES

Stephen R. Covey

Hábito 1 - SEJA PROATIVO 

Princípios da Visão PessoalNo princípio deste capítulo o autor nos incentiva a tentar sair de

nós mesmos projetando nossa consciência para o alto e tentando nos ver, com a visão da mente, lendo este livro. Ele pergunta se somos capazes de identificar o nosso estado de espírito e se fossemos, como o descreveríamos. Também pede para pensarmos no modo como a nossa mente trabalha. Se ela está viva e alerta? Se estivermos divididos entre este exercício mental e o porquê de fazê-lo? Segundo o autor, considerando o modo como a nossa mente trabalha se está viva e alerta, essa habilidade denomina-se autoconsciência, pois é uma capacidade unicamente humana, isto é, a habilidade para pensar a respeito do próprio processo de pensamento. Ela nos permite avaliar e aprender com as experiências próprias e alheias, pois se não fizéssemos uma análise a distancia, não seríamos capazes de compreender como os outros se sentem a vêem a si mesmos e ao mundo. 

A partir da autoconsciência podemos examinar nossos modelos e ver se estes estão fundamentados em realidades ou princípios decorrentes do condicionamento e conjuntura social. 

Se a única visão que temos de nós mesmos é a que vem do espelho social, ou seja, a visão do pensamento das pessoas que estão à nossa volta, nossa noção de personalidade equivale ao que se vê num espelho mágico. Abaixo alguns exemplos:“Você chega sempre atrasado”; “Mas isso é tão simples. Como você não entende?”; Estas visões são mais projeções do que reflexões.  

Existem três teorias de mapas sociais: O determinismo genético no qual a culpa é dos seus avós. Você é tão mal-humorado, porque eles eram rabugentos. Isto está no DNA. O determinismo psíquico no qual a culpa é dos seus pais. Sua educação na infância é que formaram sua personalidade e a estrutura do seu caráter. O

determinismo ambiental no qual a culpa é do seu chefe, da sua mulher, da situação econômica, etc. Alguém ou alguma coisa é responsável pela sua situação. 

Para responder às perguntas surgidas pelos questionamentos aos mapas acima descritos, o autor relatou a história catalítica de Victor Frankl. Ele era psiquiatra e determinista. Julgava que os eventos da infância é que moldavam uma pessoa. De origem judaica, viveu como prisioneiro nos campos de extermínio da Alemanha nazista. Diante da incerteza de sua sobrevivência, após haver restado vivo de sua família somente uma irmã, um dia nu e sozinho em seu quarto ele se deu conta da sua autoconsciência, isto é, de como ele poderia decidir, dentro de si, como aquilo tudo iria afetá-lo. Projetava, com os olhos da mente, diversas situações de quando fosse libertado, como por exemplo: dar aula para os seus alunos. Ele tornou-se uma fonte de inspiração aos que estavam com ele, até mesmo para alguns guardas, ajudando os outros a encontrar sentido para seu sofrimento e dignidade em sua vida na prisão, pois no meio das circunstancias mais degradantes ele descobriu um princípio fundamental da natureza humana: Entre o estímulo e a resposta encontra-se a liberdade de escolha do ser humano. 

Esta liberdade de escolha nos torna distintos dos animais (experimento de Pavlov com cachorros), pois além da autoconsciência temos a imaginação, que é a capacidade de criarmos em nossas mentes imagens que transcendem a realidade presente. Também temos a capacidade de escolha entre o certo e o errado, diferentemente dos animais que podem ser treinados, mas que não podem interferir, tornando assim sua capacidade limitada e a dos humanos, ilimitada. 

Ao descobrir este princípio básico da natureza humana, Frankl desenhou um mapa dentro de si e desenvolveu o hábito principal e básico para alguém ser supereficaz em qualquer lugar, o hábito da proatividade. Temos, por isso, a capacidade de submeter (subordinar) os sentimentos aos valores, fazer com que as coisas aconteçam. Pessoas superproativas são pessoas responsáveis, isto é, não colocam a culpa pelo seu comportamento em circunstâncias, condições ou condicionamentos. Seu comportamento é, portanto,

produto da sua própria escolha consciente baseada em valores e não baseada em sentimentos.

Definição de Proatividade O hábito da Proatividade é o desenvolvimento do hábito principal e básico de uma pessoa supereficaz em qualquer ambiente. Proatividade é muito mais do que tomar iniciativa. No que diz respeito a pessoas trata-se de responsabilidade de sua própria vida. Na relação ao comportamento resulta das decisões tomadas da própria vida. Ao comportamento resulta das decisões tomadas, capacidades de subordinar os sentimentos aos valores.

Modelo Proativo Diferenciar o perfil das pessoas proativas e das pessoas reativas baseia-se nas condições sociais, emocionais e ambientais de cada um. As pessoas proativas são independentes das condições que possam interferir no seu estado emocional, sejam estes sociais, físicos ou psicológicos, não deixando que estes fatores controlem sua mente, sendo guiados por seus valores, cuidadosamente pensados, selecionados e interiorizados. As pessoas reativas mudam sua atitude, seus valores dependendo do ambiente favorável ou não, do comportamento dos outros, dos sentimentos e circunstâncias, fazendo com que essas condições dominem sua mente, permitindo que a fraqueza alheia as controle. Um bom exemplo de pessoas proativas são aquelas com doenças terminais, onde mesmo nessa situação conseguem manter uma força emocional admirável, superando o sofrimento com muita coragem, tornando-se fonte de inspiração para muitas pessoas que não conseguem superar seus problemas.

Tomando a Iniciativa A pessoa que possui iniciativa faz com que as coisas aconteçam com mais facilidade do que aquelas pessoas que esperam que algo aconteça, ou que alguém tome conta delas. Tomar a iniciativa é uma característica da pessoa proativa. Essas pessoas representam soluções para os problemas, ao invés de gerarem problemas, aproveitam a iniciativa para fazer tudo que é preciso, seja no trabalho, em casa ou na família.

Exige-se a iniciativa para criar o equilíbrio eficaz na vida de alguém, para desenvolver hábitos, ter pensamentos positivos e encarar a realidade das circunstâncias atuais e das projeções para o futuro e perspectivas. O crescimento e as oportunidades estão reservados para as pessoas ativas, que possuem a habilidade de conquistar metas e valores.

Ser Ativo ou Passivo Ativo – fazer com que as coisas aconteçam. “Proativo”. Passivo – esperar que os outros façam por você. “Reativo” Empresas, grupos comunitários, organizações de todo o tipo – inclusive famílias -, podem ser proativas. Elas podem unir a criatividade e a engenhosidade de indivíduos proativos para criar uma cultura proativa dentro da organização. A instituição não precisa ficar à mercê do ambiente, pode assumir a iniciativa de conquistar as metas e valores compartilhados pelos indivíduos envolvidos.

Ouvindo Nossa Linguagem Atitudes e comportamentos derivam dos nossos paradigmas, a linguagem é um dos indicadores da medida com que vemos nós mesmos como pessoas proativas ou reativas.

- Linguagem Reativa: “Não há nada que eu possa fazer...”; “Ela me deixa louco...”; “Não posso...”; “Ah, se eu pudesse...”; “Tenho de fazer isso...”.

- Linguagem Proativa: “Vamos procurar alternativas...”; “Posso controlar meus sentimentos...”; “Preciso achar a resposta certa...”; “Eu vou fazer...”; “Posso tomar outra atitude...”.

Está linguagem deriva de paradigmas básicos do determinismo. Um dos problemas sérios da linguagem reativa reside no fato de ela se voltar contra si mesmo. As pessoas se convencem do paradigma determinista, e fornecem provas para confirmar suas crenças. Sentem cada vez mais que são vítimas, não controlam suas vidas nem seu destino. Colocam a culpa em forças externas – outras pessoas, circunstâncias, ou mesmo nos astros – por sua condição.

Exemplo: “Eu não a amo mais”

Amar é um verbo e não um sentimento. Amar: ser bom, sacrificar pelo outro, ouvir os problemas do outro, dividir, gostar, comparecer. Ser proativo é utilizar “amar” como um verbo não como um sentimento”.

Círculo de Preocupação/ Círculo de Influência Devemos separar as preocupações (saúde, filhos, problemas profissionais, dívida, guerra,...), podemos então montar dois círculos: - Círculo de Preocupação e Círculo de Influência, um dentro do outro sendo o círculo de influência o centro com as coisas as quais podem interferir na sua vida. Feito isto, identificasse em qual dos círculos concentramos maior parte do tempo e energia, para ver qual o nosso grau de proatividade.

Ser proativo é concentrar seus esforços no círculo de influência, mexendo com as coisas que podem ser modificadas. Por outro lado as pessoas reativas concentram seus esforços no círculo de preocupação, seu foco recaí na fraqueza dos outros, nos problemas do meio ambiente, nas circunstâncias que fogem a seu controle. A energia negativa gerada por esta postura, somada à negligência com relação aos setores em que poderiam atuar, provoca o encolhimento do Círculo de Influência. Apenas quando começamos a trabalhar dentro do Círculo de Influência focalizando nossos próprios paradigmas e que geramos energia positiva que vai modificar nosso modo ser.

Controle Direto, Indireto e Inexistente.Enfrentamos problemas de três tipos:

- Controle Direto Quando envolvem nosso próprio comportamento. Podendo ser resolvido trabalhando-se em nossos hábitos. (chamada “Vitórias Particulares”)

- Indireto Quando se trata do comportamento dos outros. Sendo resolvido com a simples alteração nos métodos de influência (chamada “Vitórias Públicas”).

- Inexistente

Quando nós não podemos interferir, como o passado. Este talvez seja o único em que a solução não está diretamente em nossas mãos, a aceitação é a melhor saída. Diz o autor que esta é uma das verdades passada na oração dos Alcoólicos Anônimos: “Senhor, dai-me a coragem para mudar as coisas que podem ser mudadas, a serenidade para aceitar as coisas que não podem ser mudadas, e a sabedoria para distinguir umas das outras”. O autor faz uma narrativa de uma organização na qual trabalhou. Que tinha um chefe que, segundo ele, era um verdadeiro líder, mas tinha um ponto negativo que o tornava autoritário em suas ações. Mas junto a ele havia um grupo de executivos que se sentiam acuados com esse tipo de relação. Certo dia o um dos executivos tomou uma atitude pro ativa e resolveu trabalhar nos pontos em que o líder pecava com a relação interpessoal. Mostrou que aumentando seu circulo de influencia poderia manter um canal de ligação entre o Líder e seus liderados, além trazer dados, informações, analises e relatórios que muito interessava o presidente. Com esta atitude, o executivo começou a se destacar. Não sendo mais um entre tantos que ali ficavam reprimidos pela ditadura imposta pelo presidente. Após um tempo as reuniões que normalmente seriam para designar as tarefas a serem realizadas apenas um executivo foi questionado: Qual sua opinião?

As pessoas proativas não são exigentes demais. Elas são tranqüilas, agem conforme seus valores percebem a realidade e sabem o que é preciso fazer.

O “Ter” e o “Ser” Enquanto o circulo de preocupação destina-se ao TER, onde visa a aparência o “status”. Já o circulo de influencia fala sobre o SER, nos faz refletir sobre o caráter do individuo.

Mas existe uma coisa na qual o circulo de influencia não consegue controlar, o tempo. Mas sendo proativos podemos aceitar o que não pode ser alterado e concentrar no que podemos mudar.

A outra ponta da vara Antes de focalizarmos o Círculo de Influência em nossa vida, teremos que levar em conta e refletir duas coisas, em nosso Círculo de Preocupação, conseqüências e enganos.

Apesar de livres para escolher nossas ações, não somos livres para determinar as suas conseqüências, que por sua vez são governadas pelas leis naturais. Elas estão fora do Círculo de Preocupação. Podemos decidir pela desonestidade nos negócios. Nosso comportamento é governado por princípios. Quando pegamos uma vara por uma ponta, pegamos também a outra, há momentos em nossas vidas nos quais pegamos o que mais tarde se revela como sendo a ponta errada da vara. Nossas escolhas podem trazer conseqüências perfeitamente dispensáveis. Chamamos a estas escolhas enganos. Para as pessoas oprimidas pelo arrependimento, o exercício de proatividade mais proveitoso é compreender que os erros do passado encontram-se também no Círculo de Preocupação. Não podemos desfazê-los nem controlar as conseqüências que surgiram em função deles. A atitude proativa em relação a um erro consiste em reconhecê-lo instantaneamente, corrigi-lo e aprender com ele. Isso transforma literalmente o fracasso em sucesso. Deixar de reconhecer o engano, de corrigi-lo e aprender a lição nele contida, entretanto, é um erro de outro tipo. Esta atitude geralmente leva a pessoa ao caminho da autocomplacência, das desculpas que freqüentemente incluem a racionalização (mentiras racionais), para si e para os outros. Nossa reação a qualquer erro afeta a qualidade dos momentos seguintes. É importante admitir e corrigir imediatamente nossos erros, de forma que eles não ganhem a força para influenciar os momentos posteriores, e possamos retomar o controle.

Assumindo e mantendo compromissos Bem no centro de nosso Círculo de Influência encontra-se nossa capacidade de fazer e manter compromissos e promessas. Os compromissos que assumimos conosco e com outros, e manutenção destes compromissos, são a essência e a manifestação mais clara da proatividade. Depois, conforme utilizamos nossa imaginação e nossa vontade soberana para agir, a partir da consciência, fazemos promessas, estabelecemos metas e permanecemos fiéis a eles, construindo um caráter firme, que torna possível todas as coisas positivas em nossas vidas. Ao fazermos e cumprirmos as promessas para nós mesmos e para os outros, pouco a pouco a honra torna-se mais forte do que o estado de espírito. O poder para fazer e manter compromissos

internos forma o alicerce para o desenvolvimento de hábitos básicos de eficácia.

Proatividade: o Teste do Trigésimo Dia Para adquirir a capacidade de identificar e desenvolver nossa própria proatividade, podemos desenvolver nos eventos cotidianos mais singelos, a capacidade proatividade para lidar com as pressões extraordinárias da vida. A questão é como lidamos com as promessas e compromissos assumidos, como vemos os problemas e onde concentramos as energias. Para testarmos o princípio da proatividade durante trinta dias, trabalhe somente com seu Círculo de Influência. Seja um guia, não um juiz. Seja um modelo, não um crítico. Seja parte da solução, não parte do problema. Observe as fraquezas alheias com compaixão, não com acusações. Se começar a pensar que o problema está “lá fora”, pare. Esta maneira de pensar é o problema. As pessoas que exercitam sua liberdade embrionária dia após dia conseguem, pouco a pouco, expandir esta liberdade. Saber que somos responsáveis – capazes de responder – é fundamental para a sua eficácia e para todos os hábitos eficazes.

Sugestões de Aplicação Escolha um problema de seu trabalho, ou de sua vida pessoal, que seja frustrante. Determine se é um problema direto, indireto ou fora de controle. Identifique o primeiro passo que você pode dar no Círculo de Influência para resolvê-lo, e dê este passo. Tente o teste de proatividade de trinta dias. Tome consciência da mudança no seu Círculo de Influência.

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Hábito 2 - COMEÇAR COM O OBJETIVO NA MENTE

O que significa “Começar com o objetivo na mente”Cada momento de nossas vidas pode ser analisado dentro do

contexto geral daquilo que realmente é mais importante para nós. Ao manter este objetivo claro na mente, podemos ficar certo de que qualquer coisa feita em um dia determinado não viola o critério que definimos como tendo importância suprema, e de que cada dia de

nossas vidas contribuiu de modo significativo para a visão que temos de nossas vidas como um todo.

Começar com um objetivo em mente significa começarmos tendo uma compreensão clara do destino. Significa saber para onde estamos seguindo, de modo a compreendermos melhor onde estamos agora, e darmos passos sempre na direção correta.

Todas as coisas são criadas duas vezesComece com o objetivo em mente se baseia no princípio de que

as coisas são criadas duas vezes. Há uma criação mental ou inicial, e uma criação física, ou segunda criação, em todas as coisas.

Primeiramente você pensa, fica imaginando e, depois, põe em prática esse sonho. Assim você criou duas vezes, por isso à medida que compreendermos o princípio das duas criações aceitamos a responsabilidade por ambas. Se não operarmos em harmonia com este princípio, nem assumirmos o controle da primeira criação não realizaremos com sucesso nossos objetivos.

Por Planejamento ou NegligênciaA forma mais eficaz para começar com o objetivo em mente é

desenvolver uma missão pessoal, filosofia ou credo. Ele se encontra naquilo que a pessoa deseja ser (caráter) e fazer (contribuições e conquistas), e nos valores ou princípios nos quais o ser e o fazer estão fundados.

Para escrever uma missão pessoal, precisamos começar pelo centro no qual residem nossos paradigmas mais básicos, a maneira que usamos para observar o mundo. O que estiver no centro de nossa vida será a fonte de nossa segurança, orientação, sabedoria e poder.

Liderança e Administração - as duas criaçõesA Administração é uma visão dos métodos fala sobre a melhor

forma de conseguir as coisas e a Liderança lida com os objetivos que diz, quais são as coisas que desejo conseguir. Uma liderança proativa forte precisa monitorar constantemente a mudança no meio social, particularmente dos hábitos de compra e impulsos dos consumidores, fornecendo a energia necessária para organizar os recursos. Nenhum sucesso da Administração consegue compensar o fracasso da liderança. A liderança faz falta ainda em nossas vidas pessoais, estamos nos dedicando a administrar com eficácia, a estabelecer a atingir metas antes de ter esclarecido quais nossos valores.

Reescrevendo os papéis: Torne-se seu próprio criador inicial

Torne-se seu próprio criador inicial. Os outros dons exclusivamente humanos adicionais, que permitem a expansão da proatividade e o exercício da liderança pessoal em nossas vidas são a imaginação e a consciência. Através da imaginação conseguimos visualizar os mundos potencialmente existentes dentro de nós. Uma vez que já vivemos dentro de diversos papéis que foram passados para nós, o processo de escrever nosso próprio papel é na verdade, muito mais um processo de reescrever, ou de mudança de paradigma. Assim quando os desafios chegarem eu posso tomar minhas decisões baseado nestes valores.

Declaração de missão pessoalÉ a constituição da pessoa, suas crenças, valores e princípios.

Serve como início para tomar decisões que podem mudar sua vida, a partir de seu caráter, dando a essa pessoa força em todas as mudanças em sua vida.

No centroPara escrever uma missão pessoal, precisamos começar pelo

centro no qual residem nossos paradigmas mais básicos, as lentes que usamos para observar o mundo. É neste centro que lidamos com nossa visão e nossos valores. Aqui utilizamos o dom da autoconsciência, como meio de nos ajudar a detectar nossos próprios talentos especiais e áreas onde podemos dar nossa contribuição, é onde criamos mentalmente nossos objetivos.O que estiver no centro de nossa vida será a fonte de nossa segurança, orientação, sabedoria e poder.

Segurança: representa o senso de valor, a identidade, a estabilidade emocional, o amor próprio, a forca pessoal básica ou a falta dela.

Orientação: representa a fonte do rumo na vida. Interpreta para você o que acontece no mundo. São padrões, princípios ou critérios implícitos que governam a tomada cotidiana de decisões e atitudes.

Sabedoria: e sua perspectiva de vida, o senso de equilíbrio, a compreensão de como varias partes e princípios se aplicam e

relacionam com outros. Ela envolve o julgamento, o discernimento, a compreensão. E um gesto, ou integridade, um todo integrado.

Poder: capacidade para agir, a força e a potencia para conquistar algo. E a energia vital para se fazer escolhas e tomar decisões. Ele também inclui a capacidade para superar hábitos profundamente arraigados e cultivar outros mais nobres, mais eficazes.

Centros alternativosCada um de nós tem seu centro, apesar de costumeiramente

não os reconhecermos como tais. Tampouco aceitamos os efeitos abrangentes deste centro em todos os aspectos da vida.

Centrado no conjugue – o casamento pode ser a mais intima, satisfatória, duradoura e estável das relações humanas. Pode parecer natural ou apropriado centrar a vida em um marido ou esposa. Se nosso senso de valor emocional deriva do casamento, existe um alto, grau de dependência deste relacionamento. Nós nos tornamos vulneráveis aos humores e sentimentos, ao comportamento e ao tratamento dispensado pelo conjugue, ou a qualquer outro evento externo que possa ameaçar o relacionamento – o nascimento de um filho, os sogros, as dificuldades econômicas, os sucessos sociais e assim por diante.

Quando surgem problemas e a responsabilidade cresce tentamos retornar os papéis que nos deram quando crescíamos e o conjugue tende a fazer o mesmo, então a diferença de criação começa a fazer que um casamento que parecia ser perfeito começa a desmoronar. O resultado é que, a pessoa que depende do conjugue, pode sentir-se insegura, ou impotente, causando um problema para seu “centro”.

Centrado na família – As pessoas que se centram na família obtêm seu senso de segurança ou o amor-próprio da tradição, cultura, ou reputação familiar. Sendo assim, tornam-se sensíveis a quaisquer mudanças nesta tradição, cultura, ou a influencias que possam afetar a reputação.

Centrado no dinheiro – as pessoas centradas no dinheiro, muitas vezes, esquecem de se divertir, de dar a devida importância para a

família, amigos, e até o conjugue. Causando assim problemas de relacionamento.

Centrado no trabalho – como ocorre quando a pessoa é centrada no dinheiro quando ela é centrada no trabalho acontece praticamente a mesma coisa, ao invés, de ser com o dinheiro ele tem uma preocupação muito grande com o trabalho, vindo a tornar-se um “workaholic” e não dando importância para mais nada.

Centrado no prazer – as pessoas centradas no prazer vivem em um mundo onde a satisfação imediata esta disponível e é estimulada.

Assim como estes exemplos, ainda temos as pessoas centradas nos amigos/ inimigos, as pessoas centradas na igreja e as pessoas centradas no eu.

Identificando o seu centroTalvez a melhor forma de identificar seu próprio centro seja olhar

detidamente os fatores de sustentação de sua vida.Muito comumente o centro de uma pessoa é uma combinação

destes e/ou outros centros. Grande parte dos indivíduos é resultado de influências variadas que regem suas vidas. Dependendo das condições externas ou internas, um centro específico pode ser ativado, até que as necessidades existentes sejam satisfeitas. Então um outro centro torna-se a força que impulsiona.

Os Princípios no centroNossa segurança vem do conhecimento de que, ao contrário dos

outros centros, baseados nas pessoas ou coisas sujeitos à mudança freqüente e constante, os princípios corretos não mudam. Nós podemos confiar neles.

Somos limitados, mas podemos ampliar as fronteiras das nossas limitações. A compreensão do principio do amadurecimento nos permite sair em busca dos princípios corretos, com certeza de que, ao aprender mais, conseguimos focalizar com maior clareza as lentes através das quais vemos o mundo.

O poder pessoal que vem com a vida centrada nos princípios é o poder presente em um indivíduo possuidor de autoconsciência, da compreensão, que não se limita em função das atitudes,

comportamentos e reações dos outros, ou pelas diversas circunstâncias e influências do meio que restringem outras pessoas.

Os princípios têm conseqüências naturais vinculadas a eles. Há conseqüências positivas, quando vivemos em harmonia com eles. Há conseqüências negativas, quando os ignoramos. Entretanto, como se aplicam a todos, quer as pessoas tenham ou não consciência deles, esta limitação é universal.

Você consegue ver como os centros nos afetam profundamente? Até em nossas motivações, decisões diárias (ou, em muitos casos, nossas reações), nossa interpretação dos fatos. Por este motivo, a compreensão do seu próprio centro é importante. E se o centro não o torna uma pessoa proativa, torna-se fundamental, para sua eficácia, realizar as mudanças de paradigmas necessárias para criar um centro que o faça.

Mas existem diversas diferenças importantes quando se parte de um paradigma centrado nos princípios. Você sabe que a sua decisão é a mais eficaz, porque se baseia em princípios, com resultados a longo prazo previsíveis.

Como possui um grau mais elevado de segurança, orientação, sabedoria e poder, que fluem de um centro mais sólido e imutável, você conta com a base de uma vida altamente proativa e eficaz.

Redigindo e usando uma declaração de missão pessoalAs declarações de missão também são vitais para uma vida

bem-sucedida. E para alcançar a eficácia, a declaração precisa vir da base da pessoa. São os valores usados como critério para medir resultados durante toda a vida, analisando profundamente as decisões tomadas para isso.

Usando todo o seu cérebroA autoconsciência nos leva a examinar nossos próprios

pensamentos. As descobertas indicam basicamente que cada um dos hemisférios do cérebro esquerdo ou direito mostra tendência de especialização e controle de diversas funções, o hemisfério esquerdo é mais lógico, verbal, lida com análise que significa desmontar e com o tempo, o hemisfério direito é intuitivo, criativo, imaginativo, significa reunir e intemporal. As pessoas usam os dois lados mais sempre um lado predomina. Conforme tomamos consciência destas capacidades diferentes, podemos utilizar conscientemente a mente para atender as necessidades específicas de maneira mais eficaz.

Duas maneiras de controlar o cérebro direitoAs duas maneiras de controlar o cérebro direito; criativo - quando

somos capazes de aproveitar a criatividade, melhor visualizaremos o tempo e as circunstâncias presentes, expandindo a perspectiva e a valorização e afirmação.

Expandindo a perspectivaNo momento que a pessoa consegue saber o que é importante

para sua vida, pensam de maneira mais ampla sobre os acontecimentos, visualizando o que desejam e como atingir seus objetivos.

Valorização e afirmaçãoUm dos maiores problemas que surgem quando as pessoas

lutam para se tornar eficazes na vida é o fato de não pensar de modo suficientemente abrangente.

O modo como fazemos a primeira criação depende do uso do cérebro direito, a parte criativa. Através dele, temos qualidade e percepção total do que desejamos fazer na vida. Quando conseguimos visualizar os acontecimentos de maneira correta, somos capazes de gerar resultados satisfatórios para a vida.

Identificando papéis e metasO cérebro esquerdo é lógico ele é importante quando se tenta

capturar as imagens, sensações e cenas do cérebro direito. Cada um de nós possui uma quantidade de papéis diferentes para desempenhar na vida. Áreas ou setores nos quais temos responsabilidades.

É preciso ter claro o que tem valor para a pessoa em sua vida e traçar sua missão, revendo sempre e usando o cérebro direito para idéias e consciência de suas metas e objetivos.

Declarações de missão familiarEla cria condições para a continuidade e a unidade família, bem

para uma boa orientação. Quando os valores individuais se harmonizam com os da família, os membros trabalham juntos para atingir propósitos comuns, que são sentidos profundamente.  

Declarações de missão organizacionalAs declarações de missão organizacional são vitais para as

organizações bem sucedidas. Um dos eixos mais importantes de trabalho com organizações reside na assistência para que desenvolvam declarações de missão eficazes. Um dos problemas fundamentais das organizações, incluindo as famílias é que as pessoas não se comprometem com as determinações que outras pessoas fazem para as suas vidas.

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Hábito 3 - PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE.

Depois do hábito dois, a criação mental, é necessária a realização do hábito três, que trata de tornar real aquilo que mentalizamos.

Para colocarmos em prática o hábito três é necessário praticarmos o gerenciamento pessoal eficaz. O gerenciamento pessoal é diferente da liderança pessoal, primeiro precisamos de disciplina, segundo de energia, pois o gerenciamento realiza primeiro o mais importante, já a liderança resolve o que é mais importante.

A capacidade para tomarmos decisões e fazermos escolhas agindo de acordo com elas, são características do quarto dom humano: A vontade soberana. Vamos obter sucesso se aprendermos a usar este dom em nosso dia-a-dia e não apenas em situações dramáticas e eventuais.

Estudos com pessoas bem sucedidas demonstram que além de trabalho, sorte e relacionamentos, elas priorizam o que é mais importante. Elas costumam fazer o que as pessoas sem sucesso não gostam, por estarem focadas em uma direção com valores claros. Isso aliado à vontade independente gera a primeira criação pró-ativa.

Quatro gerações de administração do tempoNa área da administração do tempo, cada geração se apóia na

geração anterior. A primeira geração caracteriza-se por bilhetes e listas. Seus gerenciadores não são eficazes, seus estímulos de vida não ajudam na sua capacidade de produção. A segunda geração é caracterizada pelos calendários e agendas, podendo assim, ter um controle um pouco maior, pois fazem planos e projetos antecipados, apesar de não darem muita importância para as prioridades. A terceira geração reflete na administração do tempo atual, ou seja, primeiro o mais importante, não tomando providências para administrar os papéis

de um modo equilibrado. Já a quarta geração é emergente, seu desafio é administrar a pessoa e não o tempo.

O foco da quarta geração pode ser identificado na Matriz de gerenciamento do tempo, como fator que define uma atividade: o urgente e o importante. O urgente exige atenção imediata. O Importante tem a ver com resultados, exige iniciativa e pró-atividade.

Passamos o tempo de quatro maneiras:

Quadrante I: Urgente. Crises e problemas. Noventa por cento do tempo das pessoas encontra-se neste quadrante.

Quadrante II: Está no centro do gerenciamento pessoal eficaz. Lida com coisas que não são urgentes, mas importantes.

Quadrante III: Urgentes, porém menos importantes.

Quadrante IV: Coisas urgentes ou não, que não são importantes.As pessoas eficazes não vivem voltadas para os problemas, elas

vivem voltadas para as oportunidades, permanecendo afastadas dos quadrantes III e IV.

Para que não haja sobrecarga de atividades, às vezes é necessário dizermos não para algumas tarefas.

O que é preciso para dizer nãoPara dizer não, é preciso estabelecer prioridades, ter coragem,

ter um modo educado, mas sem se desculpar, para dizer não as coisas com menos importância. A melhor forma para dizer não, é ter um imenso sim dentro de si. Somente quando tiver a consciência para examinar as suas tarefas, além da imaginação e da consciência para criar uma tarefa única, centrada nos princípios ao qual possa dizer sim, só então possuirá uma vontade independente o suficiente para dizer não às coisas menos importantes com um sorriso verdadeiro nos lábios.

Ferramenta do quadrante IIO quadrante II tem como objetivo conduzir a vida com eficácia,

com foco no que realmente é importante e urgente.Existem seis critérios importantes que auxiliam nesta condução:

1. Coerência: Indica que existe harmonia, unidade e integridade.2. Equilíbrio: É fundamental manter o equilíbrio, sem ser negligente

com as áreas importantes.3. Foco do quadrante II: Focalizar a energia fundamental na

organização em uma base semanal.4. Uma dimensão “humana”: Usar um instrumento que lide com

pessoas, não apenas com planos.5. Flexibilidade: Ser maleável conforme a situação.6. Portátil: Ter um instrumento que possa carregá-lo a maior parte

do tempo.

A organização do quadrante II envolve também, quatro atividades chave:

1. Identificar papéis: Anotar papéis principais da sua vida, quais você deseja investir tempo e energia nos próximos sete dias.2. Estabelecer metas: Pensar em dois ou três resultados que pretende conseguir em cada um dos papéis.3. Planejar: Reservar tempo na semana para atingir suas metas.4. Adaptar-se diariamente: Priorizar atividades e responder a eventos inesperados.

Vivenciando o processo – Avanços da quarta geraçãoComo já vimos anteriormente, a quarta geração lida com a

administração de pessoas, onde devemos ter mais atenção ao planejamento. O planejamento tem como função verificar o potencial da equipe para um eficiente funcionamento da programação, usando com isso, o potencial de cada pessoa de forma hábil para atingir metas previstas. A transferência de responsabilidade para pessoas treinadas e capacitadas nos ajuda a organizar o dia, mas não podemos esquecer que devemos pensar em eficácia em relação a pessoas, e em eficiência em relação a coisas.

A chave para o gerenciamento eficaz é a delegação de poderes. Existem basicamente dois tipos de delegação: A delegação restrita e a delegação administrativa. A delegação restrita é a supervisão passo a passo dos métodos, tornando-se muito melhor e mais eficaz de delegar poderes a outras pessoas. Já na delegação administrativa, o foco está nos resultados e não nos métodos, tornando-se aplicável a qualquer tipo de pessoa ou situação, pressupondo compreensão e comprometimento mútuo com referência em cinco áreas:

1. Resultados desejados: Focalizam resultados, não métodos.

2. Orientação: Estabelece os parâmetros dentro dos quais as pessoas devem agir. Estes devem ser no menor número possível.

3. Recursos: Identificar os recursos humanos, financeiros, técnicos ou organizacionais para atingir os resultados.

4. Acompanhamento: Estabelece os padrões de desempenho e o momento específico que tudo deve ser feito.

5. Conseqüência: especificar o que vai acontecer de bom ou ruim como resultado da avaliação.

Paradigma do quadrante IIPortanto o quadrante II nos possibilita ver através das lentes da

importância e não da urgência, aumentando a capacidade de nos organizarmos e vivermos cada semana da nossa vida em torno de nossas principais prioridades.

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Hábito 4 - PENSE em GANHA/GANHA

Paradigmas da interação humana: São seis os paradigmas da interação humana: Ganha/Ganha; Ganha/Perde; Perde/Ganha; Perde/Perde; Ganha; Ganha/Ganha ou Nada Feito;

Ganha/Ganha:É uma filosofia que busca o benefício mútuo, todas as partes se

sintam satisfeitas. Ganha/ Ganha vê a vida como uma cooperativa e não como um local de competição.

Ganha/Perde:Esta abordagem é autoritária, enquanto uma das partes ganha a

outra perde. As pessoas que seguem o Ganha/Perde são propensas a usar a posição, poder, cargo, coisas ou personalidades para avançar. Muita gente foi criada dentro desta mentalidade desde o nascimento. A força inicial e mais importante em ação é a família.

Exemplo disso: quando um filho é comparado a outro, a compreensão ou amor são dados ou negados com base em comparações. Existem outros grupos poderosos que reforçam esta tendência: o círculo de amizades, a vida acadêmica, nos esporte.

Outro agente é a lei. Vivemos em uma sociedade litigiosa. A primeira coisa que as pessoas pensam quando estão com problemas é em processar alguém, levar a pessoa aos tribunais “vencer” à custa do outro. Mas as mentes defensivas não são criativas nem capazes de cooperar.

Certamente precisamos das leis, do contrário a sociedade se deterioraria. Ela garante a sobrevivência, mas não cria sinergia. Há espaço para o pensamento Ganha/Perde em situações verdadeiramente competitivas e de pouca confiança mútua. Mas a maior parte da vida não é competitiva.

A maior parte da vida se desenrola em um contexto interdependente. Muitos resultados desejados dependem da cooperação entre você e os outros. E a mentalidade Ganha/Perde é uma disfunção da cooperação.

Perde/Ganha:Pessoas que pensam em Perde/Ganha normalmente preferem

ceder e concordar. Elas buscam suas forças na popularidade ou na aceitação, tendo pouca coragem para expressar seus sentimentos e opiniões, pois se preocupam muito com a opinião alheia.

Em termos de negociação o Perde/Ganha é denominado como capitulação (ceder, desistir), tendo como característica pessoal o ato de permissividade ou indulgência, traduzindo, para o Perde/Ganha o “importante é ser bonzinho, mesmo que os bonzinhos cheguem por último”.

O maior problema para pessoas que adotam o estilo Perde/Ganha, é ocultar muitos sentimentos, reprimindo-os, o que futuramente acarretará uma série de problemas, tais como doenças psicossomáticas, dificuldades de relacionamentos com outras pessoas, etc. A posição Perde/Ganha é considerada então uma posição de fraqueza, baseada na insegurança pessoal.

Perde/Perde:Perde/Perde é o resultado de quando duas pessoas

Ganha/Perde se encontram. É o resultado do egoísmo, em que a pessoa prefere perder, a chegar a um consenso para que todos saiam ganhando. É a filosofia a guerra, do conflito.

Perde/Perde é a filosofia de uma pessoa dependente, que está mal e pensa que todos também devem ficar assim. É uma pessoa que

está tão centrada no inimigo, que prejudicar o outro virá prioridade, mesmo que isso signifique prejuízo para elas.

Ganha:Pessoas que somente pensam em garantir o que desejam. Não

pensam em prejudicar os outros, apenas em garantir seus objetivos sem pensar nos outros.

Qual é a melhor opção?Na verdade para se escolher uma opção deve-se primeiro

analisar a situação e verificar qual a melhor escolha. Não há uma alternativa melhor e sim uma boa escolha e análise.

“A melhor escolha depende da realidade o desafio é saber entender a realidade e aplicar a alternativa correta”.

Ganha/Ganha ou Nada Feito:O paradigma do ganha/ganha ou nada feito representa os

indivíduos que querem ganhar, mas querem que o outro também ganhe, senão nada feito. A decisão tem que ser satisfatória para ambos, caso contrário não se fechará negócio.

Cinco dimensões do Ganha/Ganha:O princípio Ganha/Ganha é fundamental para o sucesso de

todas as nossas interações, e abrange cinco dimensões interdependentes da vida. Ele começa pelo caráter, passando para os relacionamentos, dos quais derivam os acordos. Ele se alimenta de um meio onde a estrutura e os sistemas se baseiam em Ganha/ Ganha, incluindo um processo.

1°) CaráterO Caráter é a base do Ganha/Ganha, e todo o resto se apóia

nesta base. Há três traços essenciais do caráter para o paradigma Ganha/ Ganha: Integridade, Maturidade e Mentalidade de Abundância.

Integridade:A Integridade é um valor que damos a nós mesmos. Conforme

identificamos nossos valores, organizamos nossa vida e agimos proativamente a partir deles, no dia-a-dia, desenvolvemos a autoconsciência e a vontade independente, ao fazermos e honrarmos as promessas e compromissos importantes.

Maturidade:Dentro da posição Ganha/Ganha, a maturidade representa o

equilíbrio entre a coragem e a consideração. Uma pessoa que consegue expressar seus sentimentos e opiniões com coragem equilibrada, respeitando os sentimentos e opiniões dos outros, é considerada uma pessoa madura.

A base para o Ganha/Ganha é a maturidade, se você possui um alto grau de coragem e um alto grau de consideração, você será capaz de ouvir atentamente, escutar empaticamente, e poderá também discordar corajosamente.

Mentalidade de Abundância:A mentalidade de abundância é o paradigma que diz haver o

bastante para todos. Muitas pessoas alimentam a idéia de que apenas um pode chegar em primeiro lugar, que “ganhar” significa apenas “derrotar”. São pessoas que são denominadas pelo autor como pessoas que possuem a mentalidade de escassez.

Essas pessoas estão sempre comparando, competindo, que, apesar de expressarem verbalmente contentamento pelo sucesso alheio, no seu íntimo morrem de inveja. Normalmente se cercam de pessoas que não as desafiam, mais fracas do que elas.

Já a mentalidade de abundância deriva de um senso profundo de valor e segurança pessoais. Seu paradigma indica que existe bastante para ser repartido entre todos. Esta atitude resulta em compartilhar prestígio, reconhecimento, lucros e a tomada de decisões, reconhecendo a individualidade, a força interior e a natureza proativa dos outros.

2°) RelacionamentosO relacionamento se constrói e se mantém a partir da base do

caráter. A confiança é a essência do Ganha/Ganha e sem ela faltam elementos essenciais como a credibilidade, comunicação e a criatividade.

Quando há confiança entre as pessoas existe uma relação aberta, de respeito e de comprometimento com o outro. Um relacionamento com o Ganha/Ganha de ambas as partes é positivo e elimina as energias negativas que existe nas diferenças de personalidade e de posição. Nem sempre as relações envolvem pessoas que pensam com o Ganha/Ganha.

Quando isso ocorre é preciso investir e convencer a outra pessoa de que a verdadeira intenção é que todos saiam ganhando. Quanto mais comprometimento com o Ganha/Ganha maior é o poder de influência sobre a outra pessoa. Caso isso não ocorra e a relação continuar difícil a alternativa que deve ser tomada é o Nada Feito.

3°) AcordosA partir dos relacionamentos surgem os acordos que dão a

definição e o rumo para o Ganha/Ganha. Por vezes são chamados de acordos de desempenhos ou acordos de sociedade, mudando o paradigma da interação produtiva da horizontal para vertical, da supervisão autoritária para supervisão autônoma, do distanciamento para a parceria no sucesso.

Em um acordo Ganha/Ganha os elementos ficam definidos:Resultados desejados (e não métodos) identificam o que deve

ser feito e quando. A orientação especifica nos princípios, políticas dentro dos quais os resultados devem ser obtidos. Os recursos identificam o suporte humano, financeiro, técnico e organizacional disponível para ajudar a atingir os resultados.

A Administração define os padrões de desempenho e o tempo de avaliação. As conseqüências: boas e más, naturais e lógicas especificam o que acontecerá como resultado da avaliação.

Um acordo e uma compreensão mútua clara nestas áreas, cria um padrão pelo qual as pessoas podem medir seu próprio sucesso. É mais nobre para o espírito humano permitir que as pessoas julguem a si mesmas do que julgá-las. E, em um ambiente de alta confiança, dá muito mais certo.

Treinamento Gerencial Ganha/GanhaÉ um acordo que dá vantagens para ambas as partes. Com

motivação, uma das partes se esforça para atingir os objetivos muito mais rápidos, o que traz benefícios também para a outra parte.

4°) SistemasO Ganha/Ganha só pode sobreviver em uma organização

quando os sistemas sustentam essa atitude. Se o pensamento é Ganha/Ganha, mas as recompensas são Ganha/ Perde, temos nas mãos um programa destinado ao fracasso. Se o objetivo é atingir certas metas e espelhar os valores constantes em sua declaração de

missão, então é preciso alimentar o sistema de recompensas com metas e valores.

5°) ProcessosPara atingir as metas do Ganha/Ganha são necessários

processos de Ganha/ Ganha. A essência da negociação baseada em princípios é separar a pessoa do problema, focalizando interesses e não posições, inventando opções que ofereçam vantagens mútuas e insistência nos critérios objetivos – algum princípio ou padrão externo que ambas as partes possam aceitar.

O processo do Ganha/Ganha é descrito em quatro fases distintas:

1. ver o problema do ponto de vista do outro;2. identificar as questões-chave e as preocupações envolvidas;3. determinar quais resultados seria uma solução totalmente

aceitável;4. identificar as novas opções possíveis para atingir estes

resultados.Ganha/Ganha é um paradigma total de interação humana.

Deriva de um caráter íntegro, da maturidade e da mentalidade de Abundância. Alimenta-se dos relacionamentos com alto nível de confiança. Pode ser identificado nos acordos que eficazmente esclarecem e administram as expectativas, bem como os resultados.

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Hábito 5 - PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO.

Temos uma tendência forte de atropelar os sentimentos das pessoas, de correr para resolver as coisas através de conselhos.

Mas com freqüência deixamos de preservar algum tempo para o diagnóstico, para tentar compreender verdadeiramente e profundamente o problema antes de mais nada.

Para resumir em uma frase o princípio isolado mais importante que aprendemos no campo das relações interpessoais diria o seguinte: “Procure primeiro compreender, depois ser compreendido”.

Caráter e ComunicaçãoLer e escrever são formas de comunicação, assim como falar e

ouvir, na verdade esses são os 4 tipos básicos de comunicação.

Se você deseja interagir eficazmente comigo, influenciar meus pensamentos – ou os pensamentos da sua esposa, filhos, vizinho, chefe, colega ou amigo, primeiro precisa compreender. E não pode ser apenas com base na técnica

Então, se você deseja realmente ser eficaz no hábito da comunicação interpessoal, não pode tentar fazer isso contando somente com a técnica. Precisa desenvolver a capacidade de ouvir empaticamente, com base num caráter que inspire verdade e disponibilidade.

Ouvir com empatiaComo no dicionário Empatia significa: tendência para sentir o

mesmo que outra pessoa. Este capítulo explica “Procure primeiro compreender, depois ser compreendido”, o que vem da natureza humana é tipicamente querer que as pessoas nos compreendam. A maior parte delas não procura escutar com intenção de compreender, porém ouvem com intenção de retrucar.

Assim podemos observar algumas formas na qual se insere o contexto acima como, por exemplo, a escuta seletiva na qual se utiliza ouvindo apenas algumas partes da conversa, de outra forma a escuta concentrada são mais precisa quando se refere a prestar bem atenção e concentrar a energia nas palavras, porem poucos praticam a escuta empática que veremos abaixo.

A escuta empática tem um diferencial possui a finalidade de compreender, na escuta empática você escuta com os ouvidos, mas também, o mais importante ouve com os olhos e o coração. Você vai viver a projeção daquilo que está sendo falado, esperando o falante concluir sua conversa sem que haja interrupção, é como se fosse um jogo de quebra – cabeças em que você verá o resultado depois de finalizado.

Portanto é difícil procurar primeiro compreender, diagnosticar antes de receitar, de certo modo porque você precisa se dispor a ser

influenciado para poder influenciar. Isto significa que você deve realmente entender.

Diagnostique antes de prescreverÉ muito difícil e arriscado procurar compreender antes de

prescrever algo, porém esta é a marca registrada de todos os profissionais de verdade. Você não terá confiança no tratamento recomendado por seu médico a não ser que se tenha confiança no diagnóstico e, sem confiança no diagnóstico não há confiança na prescrição.

É importante saber a real necessidade das pessoas, entendê-las. Diagnosticar antes de prescrever é um princípio genérico na área das relações interpessoais, um princípio correto em todas as áreas da vida.

Quatro respostas autobiográficasComo ouvimos autobiograficamente temos a tendência de

responder autobiograficamente conforme estes quatro modos. Nós avaliamos aprovamos ou desaprovamos; nós investigamos fazemos perguntas a partir de nosso próprio quadro de referências; nós aconselhamos damos conselhos a partir de nossa própria experiência; nós interpretamos tentamos ter uma idéia das pessoas, explicar seus próprios motivos, seus comportamentos, a partir de nossos próprios motivos e comportamentos.

Vivemos a partir de modelos propostos por elas o tempo inteiro, ou seja, vivemos profundamente influenciados por este tipo de respostas que nem percebemos quando utilizamos.

O autor faz referência a um seminário realizado onde envolvia pessoas que representavam situações de escuta empática, começavam a escutar suas próprias respostas típicas. Mas ao começarem a ver como normalmente respondem e a aprender ouvir com empatia, elas começam a perceber os resultados dramáticos na comunicação.

Exemplo:Como vai indo, filho? - Tudo bem.- E aí, o que você tem feito ultimamente? - Nada.- Tem alguma coisa acontecendo na escola?

- Mais ou menos.- E quais são seus planos para o fim de semana? - Eu não sei.

Depois procure ser compreendidoPrimeiramente devemos procurar compreender as pessoas

para sermos compreendidos. Para procurar compreender é necessária consideração e para isso requer coragem.

Os antigos gregos acreditavam quer três palavras abrigavam a essência de procurar primeiro compreender para conseguir a eficácia no desenvolvimento e apresentação das idéias. Essas palavras são: Etos que seria nossa credibilidade pessoal, Patos o lado do nosso sentimento e Logos a lógica, a parte pensada da comunicação.

Quando conseguimos expor nossas idéias com clareza, objetividade, dentro de um contexto, aumenta a credibilidade de nossas próprias idéias.

Um a umO Hábito 5 está no meio de nosso Círculo de Influência. Muitos

desses fatores estão no nosso Círculo de Preocupação, mas devemos sempre compreendê-los.

O nosso Círculo de Influência nos permite entender a fundo as outras pessoas, e, ser influenciável é a chave para influenciar os outros. Quando entendemos as pessoas mais gostamos delas e maior respeito sentimos por elas.

Como este Hábito aprendemos a lidar com as pessoas, a perceber o que se passa com elas e compreende-las.Tudo isso funciona com nossa família,com nossos negócios e com nossos amigos. Com nossa família não precisamos esperar para convidar nossa esposa (o) para sair para jantar ou ir ao cinema quando tivermos vontade. Devemos fazer isso sempre que possível isso nos aproxima e nos ajuda a entender uns aos outros. Com relação aos nossos negócios devemos entender nossos funcionários, aprender a ouvir e aplicar suas idéias isso nos ajuda no nosso crescimento e de nossa empresa.

Ouvir significa aprender, ouvindo os outros trocamos idéias e isso nos ajuda a compreender melhor as pessoas e nós mesmos.

Quando temos um problema antes de nos apavoramos, desistimos temos que ficar calmos e tentar compreende-lo para então resolvê-lo, este é um hábito poderoso e eficaz o qual pode nos ajudar no decorrer de nossas vidas.

Quando procuramos compreender real e profundamente os outros seres humanos, abrimos as portas para soluções criativas, terceiras alternativas e nossos esforços não formam obstáculos, só nos ajuda em nosso progresso.

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Hábito 6 - CRIE SINERGIA

O exercício de todos outros hábitos nos prepara para o hábito da sinergia.

Ao abranger o verdadeiro sentido da sinergia, ela nos direciona efetivamente para uma vida enérgica que nos proporciona a um verdadeiro teste da manifestação dos outros hábitos. A projeção da sinergia concentra-se nos quatro dons exclusivamente humanos, na motivação Ganha/Ganha e nas habilidades da comunicação empática.

A sinergia se constitui na liderança baseada em princípios. Ela integra, unifica e libera os poderes existentes dentro das pessoas. Também podemos definir que o todo é maior do que a soma das partes, e que este todo, torna-se a parte principal. Para isto, a pessoa deve contar com uma grande segurança no seu interior. Para isto se deve ter espírito de aventura e criatividade. Com isto, você pode se tornar um pioneiro, um descobridor. Abrir novas possibilidades, para que outras pessoas possam segui-lo.

A sinergia está em toda parte. Mesmo na natureza você pode aprender agir sinergicamente. A própria maneira como um homem uma mulher trazem ao mundo uma criança é sinérgica. O desafio está em efetivar os princípios de cooperação criativa, aprendidos na natureza, em nossas relações sociais.

Comunicação sinérgica Ao comunicar-se sinergicamente, você sem dúvida tem a sensação de avivar, de ser uma pessoa segura e aventureira. Há uma troca de desenvolvimento com as partes envolvidas e o resultado é o aprendizado e o amadurecimento.

A sinergia quebra o paradigma das relações sociais, no qual foram treinadas para comunica-se defensivamente e protecionista para crer que a vida e os outros não são dignos de confiança, isto faz com que as pessoas desperdicem um potencial enorme de interação.

As pessoas se tornam, algumas vezes, sinérgicas somente em situações de energia na sua vida pessoal ou também n prática de esportes coletivos. Mas a sinergia ela pode ser contínua na sua vida. Ela está em toda parte, na natureza. O desafio está em aplicar os princípios de cooperação criativa, aprendidos na natureza, em nossas relações sociais. A própria maneira como um homem e uma mulher trazem ao mundo uma criança é sinérgica.

A essência da sinergia é valorizar as diferenças, respeitá-las, investir nos pontos fortes, compensar as fraquezas.

A comunicação sinérgica pode ser produzida regulamente, com solidez, quase que diariamente na vida das pessoas, desde que haja uma grande dose de segurança pessoal e disponibilidade, bem como um espírito aventureiro.

Sinergia e ComunicaçãoA sinergia é excitante. A criatividade é excitante. É fenomenal o

que a mente aberta e a comunicação conseguem realizar. As possibilidades de um ganho realmente significativo, de um avanço significativo, são tão reais que vale a pena correr os riscos que esta condição apresenta.

A explicação a seguir mostra o quanto à confiança está vinculado aos diferentes níveis de comunicação.

O nível mais baixo da comunicação deriva de situações de desconfiança. Esta forma de comunicação produz apenas Ganha/Perde ou Perde/Perde. Ela não é eficaz – não existe equilíbrio entre P e CP – e cria novas razões para a defesa e proteção.

A posição intermediária é a comunicação respeitosa onde pessoas relativamente maduras interagem comunicando-se de forma polida, mas não enfaticamente. Opera em situações independentes, e até mesmo nas interdependentes, mas as possibilidades criativas não se concretizam. O compromisso significa que os dois lados cedem, a comunicação não é criativa ou sinérgica, produzindo uma forma menor de Ganha/Ganha.

A posição sinérgica de alta confiança produz soluções melhores do que as propostas originalmente, e todas as partes sabem disso.

Uma minicultura forma-se para criar satisfação, e, mesmo tendo pouca duração, o equilíbrio P/CP está presente. Em algumas circunstâncias a sinergia pode não ser atingida, mas mesmo assim o espírito das tentativas sinceras costuma resultar em um compromisso mais eficaz.

Em busca da terceira alternativaPara termos uma idéia melhor de como nosso nível de

comunicação afeta a eficácia interdependente, pensem no seguinte cenário:

Chegaram as férias, e o marido deseja levar a família para a beira de um lago, onde podem acampar e pescar. Isso é importante para ele, faz um ano que planeja a viagem. Já reservou um chalé perto do lago e alugou um barco. Seus filhos estão superexcitados com a idéia.

Sua esposa, contudo, quer usar as férias para visitar a mãe doente, a 400 quilômetros de distância. Como não tem chance de vê-la com freqüência, isso é muito importante para ela.Estas diferenças podem dar origem a uma experiência altamente negativa. Conforme eles discutem, podem se aproximar de algum tipo de compromisso e qualquer que seja a solução que encontrem pode ficar registrada para os anos futuros como um momento de insensibilidade, negligencia ou decisão sobre prioridades erradas de ambas as partes. Pode se tornar uma fonte de desentendimentos por anos a fio, talvez levando à polarização da família.

O marido e a esposa vêem a situação de modo diferente e isso pode separá-los ou então pode aproximá-los em um nível mais elevado. Se eles cultivarem os hábitos interdependência eficaz, eles abordam as diferenças a partir de um paradigma inteiramente diferente, sua comunicação se dá em um nível superior.

Uma vez que possuem uma Conta Bancária Emocional, eles contam com a confiança e a comunicação tranqüila em seu casamento. Como pensam Ganha/Ganha, acreditam em uma terceira alternativa, uma solução que seja mutuamente benéfica e melhor do que as propostas originais de cada um. E a combinação de uma Conta Bancária Emocional, o pensamento Ganha/Ganha e a procura da compreensão em primeiro lugar cria o ambiente ideal parta à sinergia.

Segundo Stephen Covey, a sinergia também pode estar presente dentro da sala de aula e este espírito de cooperação entre as

partes pode ser mais ou menos desenvolvido, em consonância com o nível de maturidade e abertura do professor e dos alunos.

No início, a cautela predomina em um ambiente seguro, porém onde as pessoas têm liberdade para poder se abrir, aprender e escutar as idéias dos outros. Depois dessa fase vem o “brainstorming” e a classe toda se envolve com um novo desafio, uma nova idéia ou uma nova direção. De acordo com Covey, “a sinergia é quase um acordo coletivo de um grupo para deixar de lado os antigos roteiros e escrever um novo”.

Conforme Covey, em um grupo onde a sinergia se faz presente, o espírito de confiança e segurança estimula as pessoas a debaterem, se abrirem e existe no ambiente uma noção de maturidade, de estabilidade e da substância que transcende muito a estrutura e os planos anteriores. Nessa fase, as pessoas trabalham muito mais do que na antiga estrutura em função de motivos completamente diferentes.

Contudo, os momentos de sinergia não são precedidos ou sucedidos somente de momentos felizes e descobertas positivas. A sinergia vem precedida de momentos de coragem, de ruptura com padrões, de enfrentamento com as verdades sobre os indivíduos, as organizações e as famílias. Para alguns, o caos; para outros, o passo seguinte é a autenticidade nas relações, a abertura e a honestidade, levando ao processo de comunicação sinérgica e a criatividade antes impensável.

E, com autenticidade e simplicidade o processo sinérgico também acontece no mundo dos negócios. Com a abertura necessária, um grupo de executivos pode “baixar a guarda” e evitar batalhas de personalidade defensivas, quando as pessoas se tornam previsíveis, são pouco criativas e chatas e passar por um processo sinérgico transformador, quando há grande liberação de energia criativa. Isso ocorre porque as pessoas devem estar preparadas mais para ouvir do que para falar e mais preparadas para criar e “sinergizar” do que para defender e proteger suas noções.

Assim, uma vez que as pessoas experimentam a sinergia real, elas nunca mais são as mesmas novamente. Elas descobrem a

possibilidade de ter outras aventuras no futuro, capazes de abrir suas mentes. E, como diz a filosofia oriental: “não buscamos imitar os mestres, procuramos o que eles procuravam”.

Análise das forças em campoA sinergia é poderosa quando se lida com as forças negativas

que trabalham conta o crescimento e a mudança.Kurt Lewin, no modelo de “Análise das Forças em Campo”,

considera qualquer nível corrente de desempenho ou existência como um estado de equilíbrio entre as forças dinâmicas que encorajam o movimento para cima e as forças restritivas que o desencorajam.

As forças restritivas são na maioria das vezes: negativas, emocionais, ilógicas, inconscientes e social-psicológicas. As forças dinâmicas são quase sempre: positivas, razoáveis, lógicas, conscientes e econômicas. Ao se lidar com a mudança ambos os conjuntos de forças devem ser levados em conta.

Ao enfrentar um problema em família, por exemplo, quando se tem um nível de interação positiva ou negativa, de segurança ou insegurança para expressar sentimentos ou falar de problemas, podemos usar as forças dinâmicas para aumentar o nível de respeito e criar um clima mais positivo.

Ao mesmo tempo os esforços são contrabalançados pelas forças restritivas – pelo espírito competitivo entre os filhos, pelos hábitos desenvolvidos na família, pelo seu trabalho.Se as forças restritivas estiverem em ação, aumentar as forças dinâmicas pode trazer resultado somente por algum tempo. Então, a sinergia é introduzida, é usada a motivação do Hábito 4, a compreensão do Hábito 5 e a interação do Hábito 6 para trabalhar diretamente sobre as forças restritivas. Uma atmosfera segura é criada, aonde é possível falar sobre essas forças. Podem-se transformar as forças restritivas em forças dinâmicas. Ao incluir as pessoas no problema, faz com que elas se dediquem a ele, assim elas podem ser parte importante da solução, pois sentem que o problema é delas também.

Assim, como resultado, essas novas metas compartilhadas são criadas, tudo dá certo como ninguém imaginava ser possível. As pessoas trabalham juntas com as outras e ganham força para pensamentos novos, inéditos, capazes de criar novas alternativas e oportunidades,

Toda natureza é sinérgicaVocê não encontrará o poder real dos sete hábitos se não os

relacionar, pois a maximização dos poderes criativos se dá no relacionamento.

O poder de criar uma cultura sinérgica dentro da família ou da organização também está incluído no relacionamento entre as partes. A participação, quanto mais sincera e voluntária, maior será a criatividade individual.

A sinergia é a eficácia de uma realidade interdependente, ou seja, é o trabalho em equipe, criar em conjunto, é o desenvolvimento da unidade junto ao grupo.

Grande parte da sinergia é encontrada dentro do nosso Círculo de Influência, a sinergia interna é toda encontrada dentro dele.

Valorize as diferenças e as use para catalisar criatividade. Comece sedo sinérgico com você mesmo, mesmo que esteja em

um ambiente hostil. Não há necessidade de considerar pessoais os insultos. Desvie a energia negativa. Tente buscar o que há de bom nos outros e utilize esse lado bom para melhorar seu ponto de vista e aumentar sua perspectiva.

Para ser aberto, expressar seus sentimentos, idéias e experiências, exerça a coragem em situações interdependentes de maneira que encoraje os outros à também o fazerem.

Você pode e deve reconhecer as diferenças nas outras pessoas, você não precisa concordar com as outras pessoas, simplesmente reconheça.

Se você vê só duas alternativas, a sua e a “errada”, procure uma terceira sinérgica, você conseguirá normalmente encontrar uma solução que será melhor para todos os envolvidos.

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Hábito 7 - AFINE SEU INSTRUMENTO

Quatro Dimensões da Renovação

1) A Dimensão FísicaCuidar eficazmente do nosso corpo, através de alimentação

adequada, exercícios, descanso.Ter resistência e força, através dos exercícios. Flexibilidade,

através de alongamentos.

A maioria das pessoas pensa que não tem tempo suficiente para fazer exercícios. Na realidade bastam de três a seis horas por semana – um mínimo de trinta minutos diários, dia sim, dia não. Não é um tempo absurdo, se considerarmos os benefícios em termos de impacto nas outras 162 - 165 horas por semana.

2) Dimensão EspiritualRenovar a dimensão espiritual acrescenta liderança na sua vida.

Trata-se de seu centro, seu íntimo, seu comprometimento com o sistema de valores.

A idéia básica desse princípio é que, ao passarmos algum tempo refletindo sobre o centro da liderança em nossas vidas, sobre o que é a vida em última análise, o resultado se abre como um guarda-chuva por cima de todo o resto. Ele nos renova e revigora, particularmente se estamos comprometidos com ele.

3) Dimensão MentalLer sobre os mais diversos temas, inclusive que estão fora do

nosso campo de ação. Literatura especializada pode expandir seus paradigmas afinar o instrumento que é a mente. Ampliar permanentemente as perspectivas é um modo de renovação mental. Escrever é outro hábito salutar. Pode-se começar praticando com um diário, com cartas, etc.

Organizar e planejar também se encaixam nesta dimensão. Significa começar com um objetivo em mente, e organizar a vida de modo a atingir esse objetivo.

4) Dimensão Social/EmocionalEssa dimensão está centrada nos princípios de liderança

interpessoal, comunicação empática e cooperação criativa. Renovar-se social/emocionalmente não exige tempo, mas requer treinamento. Requer colocar outros hábitos em prática, como perceber que os outros vêem as situações de modo diferente de como nós próprios vemos. Escutar antes de agir. Trabalhar com o colega para chegar a um meio-termo.

Devemos ter confiança em nós mesmos, que surge através do conhecimento e da sabedoria. Há segurança em saber que você compreender profundamente um outro ser humano, ou quando você

interage cooperativamente com outras pessoas, e realmente vive os hábitos interdependentes.

Influenciando os outrosNos dias atuais, as pessoas precisam de opiniões e sugestões

para tomar decisões, tanto na vida social como na vida profissional. Isso não quer dizer que as pessoas não são capazes de agir por si próprio, mas às vezes, a pessoa que esta de fora, tem uma visão mais ampla e idéias para solucionar problemas, tornando o resultado positivo e ao mesmo tempo interagindo com essas pessoas que necessitam de ajuda, para que futuramente possam ser proativas nas suas decisões.

Em alguns momentos, nós mesmos, não sabemos da capacidade que temos de influenciar, e com isso dar um novo rumo na vida de quem acredita na nossa determinação, fazendo com que a pessoa se sinta encorajada a ser proativa. Pessoas têm que estar sempre em sintonia com a realidade, para que não aconteça, da pessoa passar uma visão distorcida de seus conhecimentos. Lemos e ouvimos histórias de pessoas que querem ajudar indivíduos a mudar de vida.

No inicio, é difícil aceitar as mudanças, pois a pessoa acha que não é capaz de mudar, mas pouco a pouco começa aceitar e ouvir conselhos para melhorar. Então ela começa a mudar, tornando-se proativa e confiante, e com isso ela já pode pensar em ajudar a quem necessitar ajuda.

Para sermos totalmente capazes temos que interagir com pessoas, buscando resultados e traçando metas em nossas vidas, sermos proativos e determinados. Quanto mais podermos ver as pessoas como elas são, mais poderemos usar a imaginação e vê-los de forma diferente, mais independentes, seguras e capazes de conduzir relações profundas, ricas, satisfatórias e produtivas. O que refletimos para os outros, é o que faz de nós pessoas altamente capazes de mudar a história da vida.

Equilíbrio na RenovaçãoA renovação é o princípio e o processo que nos dá a força

necessária para nos movermos em uma espiral ascendente de crescimento e mudança, de melhoria contínua. No entanto o processo de auto-renovação precisa incluir a renovação equilibrada em todas as quatro dimensões de nossa natureza: física, espiritual, mental e

social/emocional. Apesar da renovação em cada uma das dimensões serem importante, ela somente será eficaz por completo quando lidarmos com todas as dimensões de um modo sábio e equilibrado. Na organização, a dimensão física dos indivíduos se expressa em termos econômicos. A mental ou psicológica lida com o reconhecimento, o desenvolvimento e o uso do talento. A dimensão social/emocional tem a ver com as relações humanas, o modo como as pessoas são tratadas. E a dimensão espiritual lida com a descoberta do propósito, através do objetivo ou contribuição da organização, bem como de sua integridade.

Quando uma organização negligencia uma ou mais destas áreas, há um impacto negativo em toda empresa. A eficácia empresarial, bem como a individual, requer o rápido desenvolvimento e a renovação em todas as quatro dimensões, de um modo sábio e equilibrado. Qualquer dimensão negligenciada criará um campo negativo de resistência, que se coloca no caminho da eficácia e do crescimento. Organizações e indivíduos que reconhecem a importância de cada uma destas quatro dimensões em sua missão fornecem um poderoso quadro de referência para a renovação equilibrada.

Novamente de Dentro para ForaSerá que, realmente, conhecemos a razão de nossos medos,

manias, etc.Para iniciar este assunto optei por fazer essa pergunta por que

penso que nós não nos conhecemos de verdade ou nunca paramos para pensar sobre isso. Para complementar os sete hábitos e termos uma vida eficaz precisamos nos conhecer intimamente enfrentando nossos medos e frustrações para depois exteriorizar nossa vivência.

O autor apresenta uma mudança em sua rotina diária incluindo um relacionamento mais próximo de sua esposa; onde naqueles momentos eles falavam sobre hábitos que os incomodavam fazendo com que fosse reconhecido o problema e encarado.

Atualmente, estamos cada dia mais atarefados, mas este não é um motivo plausível para tanto descaso em nossos sentimentos e relacionamentos. Quantas vezes você deixou falar sobre seus sentimentos por que estava muito ocupado? Reserve um momento para conversar com alguém de sua confiança, sobre os verdadeiros valores e prioridades da vida.

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Hábito 8

1) A dorHoje em dia as pessoas se sentem esgotadas, como se a vida

não houvesse sentido, estressadas, com a vida aprisionada na rotina, sem capacidade de mudar as coisas. Elas não têm clareza sobre o rumo da organização ou suas prioridades.

Essas pessoas são trabalhadores, pais, gerentes, fornecedores e executivos de todo o mundo que estão lutando para terem uma nova realidade.

Há pessoas que estão empenhadas, participando e energizando seu trabalho, mas são muito poucas. As pessoas estão sendo pressionadas para produzir mais com menos, e não lhes é permitido utilizar uma parte significativa de seu talento e inteligência. A maioria sente que não pode mudar muita coisa, e o custo pessoal e organizacional dessa incapacidade é muito alto.

Por que o 8° Hábito?Esse 8° Hábito é Encontre a sua Voz Interior e Inspire os Outros

a Encontrar a Deles. Ele representa o caminho para o grande lado promissor da realidade dos dias de hoje. É a voz do espírito humano, cheia de esperança e inteligência. Quando nos engajamos num trabalho que usa nosso talento e alimenta nossa paixão, é ali que está nossa voz, nossa vocação, e há um anseio profundo, inato dentro cada um de nós para encontrar a própria voz da vida e também de inspirar os outros a encontrar a sua.

2) O ProblemaPodemos separar a evolução da história da humanidade em

cinco Eras da Voz da Civilização, que são: a Era do Caçador e Coletor; a Era Agrícola; a Era Industrial; a Era da Informação/do Trabalhador do Conhecimento e a emergente Era da Sabedoria.

Os principais ativos e impulsionadores da prosperidade econômica da Era Industrial eram as máquinas e o capital – coisas. Quando tudo o que se quer de uma pessoa é o corpo e não se está interessado em sua mente, seu coração, a pessoa é reduzida a uma coisa.

Vivemos na Era do Trabalhador do Conhecimento, mas operamos nossas organizações segundo um modelo controlador da Era Industrial, que suprime totalmente o desabrochar do potencial humano. Muitas de nossas modernas práticas gerenciais provêm da Era Industrial. Ela nos fez acreditar que é possível controlar e gerenciar pessoas, como se elas fossem coisas. Os gerentes de hoje não vendo o verdadeiro valor e o potencial de seu pessoal, os impede de tirar proveito das motivações, dos talentos e do gênio dessas pessoas.

A espiral descendente da co-dependênciaAo gerenciar pessoas como se fossem coisas, elas deixam de

acreditar que a liderança pode ser uma escolha e pensam que somente quem está em posição de autoridade devem decidir o que deve ser feito. Mesmo quando percebem uma necessidade, elas não tomam a iniciativa de agir. E quanto mais o gerente controla, mais ele determina comportamentos que requerem maior controle. E esse ciclo rapidamente se transforma em co-dependência. A cultura co-dependente que se desenvolve acaba por se institucionalizar até o ponto em que ninguém mais assume responsabilidades. Ninguém exerce uma liderança, porque todos acreditam que a liderança é função de uma posição.

O paradigma da pessoa integralHá uma razão simples pela qual tantas pessoas permanecem

insatisfeitas com seu trabalho. É a falta de um paradigma completo de quem somos – nossa visão fundamental da natureza humana.

A realidade é que os seres humanos não são coisas que precisam ser motivadas e controladas. São seres com quatro dimensões – corpo (viver, sobrevivência), mente (aprender, crescimento e desenvolvimento), coração (amar, relacionamentos) e espírito (deixar um legado, significado e contribuição), que são as quatro necessidades e motivações básicas de todas as pessoas.

As pessoas têm escolhasConscientemente ou inconscientemente as pessoas decidem o

quanto de si mesmas dedicarão ao trabalho de acordo com a forma como são tratadas e as oportunidades de usar todas as quatro partes da natureza.

Se elas têm uma remuneração injusta, não são respeitadas, seu trabalho não tem sentido para elas, quando sua opinião não faz diferença, quando se negligencia qualquer das quatro partes da natureza humana, se transforma a pessoa em uma coisa que tem que ser controlada, fazendo com que essa pessoa escolha a rebeldia ou a resistência no seu ambiente de trabalho.

Mas, na Era da Informação, somente quem é respeitado como uma pessoa integral num emprego completo e tem a oportunidade de atender as suas necessidades humanas, com princípios, faz escolhas como a dedicação e empolgação criativa.

3) A Solução - Encontre a sua voz interiorMuitas das grandes mudanças culturais dentro das empresas

começaram com a escolha de uma pessoa. Às vezes, essa pessoa foi o líder formal, mas, muitas vezes, começaram com outra pessoa – um profissional, um gerente de linha, etc. Qualquer que fosse sua posição, essas pessoas primeiro mudaram de dentro para fora.

Seu caráter, sua iniciativa, sua autoridade moral inspiraram e moveram outras pessoas. Elas tinham um profundo senso de identidade, descobriram sua força e talentos, usaram-no para atender necessidades e obtiveram resultados. E isso foi notado. O pessoal do topo quis conhecer suas idéias. A cultura foi atraída para a visão delas e para elas.

Essas pessoas perceberam que não podem esperar que o chefe ou a organização mude. Para tanto foi preciso que elas encontrassem e usassem a sua voz. Elas servem e inspiram outras pessoas. Elas aplicam princípios que governam o crescimento e a prosperidade dos seres humanos – mente, corpo, coração e espírito. Elas também influenciam e inspiram outros a achar a própria voz através dos mesmos princípios.

Todos nós podemos escolher dois caminhos na vida: o caminho para a mediocridade e o caminho da grandeza e significado. O primeiro inibe o potencial humano, vivenciam o software cultural do ego, da mesquinharia, da competição e da vitimização. Já o segundo libera e concretiza o potencial humano, se elevam acima das influências culturais negativas e optam por se tornar a força criativa de suas vidas.

Inspire os outros a encontrar a deles

À medida que reconhecemos, respeitamos e criamos formas para que os outros dêem vez às quatro partes de sua natureza, o talento e a motivação desabrocham. As organizações que tiverem e equipes que expressam toda a sua voz alcançarão um novo patamar no avanço da produtividade, na inovação e na liderança do mercado e da sociedade.

4) Presentes de Nascença Não-AbertosA força para descobrir a voz interior decorre do potencial que nos

coube ao nascer. Recebemos magníficos dons de nascença que podem ficar em grande parte dormente, a menos que tomemos decisões e façamos esforços. Vejamos nossos três dons mais importantes:

- liberdade de escolha: a essência do ser humano é a capacidade de dirigir a própria vida. A consciência de nossa liberdade e capacidade de escolha é afirmativa porque pode estimular nosso senso de possibilidade e de potencial. Pode também ser ameaçadora, até aterrorizante, porque de repente nos tornamos responsáveis;

- as leis naturais ou princípios: os princípios são universais, isto é, eles transcendem a cultura e a geografia. São também atemporais, nunca mudam – são princípios como justiça, bondade, honestidade, integridade;

- as quatro inteligências/capacidades de nossa natureza: são inteligência mental, inteligência física, inteligência emocional e inteligência espiritual.

5) Expresse a sua voz interior – Visão, Disciplina, Paixão e Consciência.

Quando estudamos a vida de todos os grandes realizadores, encontramos um padrão. Com esforço persistente e luta interior, ampliaram grandemente suas quatro inteligências. As manifestações mais elevadas dessas quatro inteligências são: visão para a mental; disciplina para a física; paixão para a emocional e consciência para a espiritual.

Essas manifestações também representam nossos mais elevados meios de expressar nossa voz.

Visão: é ver com os olhos da mente o que é possível nas pessoas, nos projeto, nos empreendimentos, nas causas. Quando as pessoas não têm visão, quando negligenciam a capacidade mental de criar, elas ficam presas à tendência humana da vitimização;

Disciplina: é lidar com os fatos difíceis, brutais da realidade e fazer o necessário para que as coisas aconteçam;

Paixão: é o desejo, o impulso que sustenta a disciplina para realizar a visão. Manifesta-se como otimismo, empolgação e determinação.

Consciência: é o sentido moral interior do certo e do errado. É o impulso para buscar sentido e contribuir.

6) O Desafio da Liderança - Inspire os outros a encontrar as vozes deles.

A maneira de fazer com que os outros encontrem a sua própria “voz” é confiar neles, ver a capacidade do outro de realizar, delegar, unir as pessoas numa única visão de trabalho. Esse é o verdadeiro líder.

Liderar é comunicar às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão clara que elas acabem por vê-los em si mesmas.

Gerenciamento e/ou liderança?Gerência e liderança são vitais e qualquer delas sem a outra é

insuficiente. Não podemos liderar coisas como estoques. Temos que gerenciá-los, pois as coisas não têm capacidade e liberdade para escolher. Só as pessoas têm. Portanto, lideramos (damos poder) as pessoas e gerenciamos e controlamos as coisas.

7) A Voz da Influência – Ser um Compensador - Foco – modelar e descobrir caminhos

A atitude de influência O hábito de reagir ao desejo interior de fazer uma diferença, de

importar, de estender nossa influência às pessoas e causas que mais valorizamos tudo isso começa por uma postura mental ou atitude, uma

escolha – a escolha de usar a voz da influência. Todas as pessoas têm a capacidade de usar os dons recebidos ao nascer para se tornar a força criativa de suas próprias vidas e escolher uma abordagem que aumente sua influência na organização e podendo se tornar os líderes de seus chefes.

Um compensadorCompensador é um pequeno dispositivo que altera o rumo de

um barco ou avião.Há numerosos compensadores potenciais em qualquer

organização, que podem mostrar e espalhar sua influência, qualquer que seja a posição que ocupem. O líder compensador toma iniciativas dentro do seu círculo de influências, por menos que seja.

Os líderes compensadores aplicam sua visão, disciplina, paixão e consciência. Tomar iniciativa é uma forma de conferir poder a nós mesmos.

8) A voz da confiabilidade – Modelando Caráter e Competência

A confiança é a chave de todos os relacionamentos, ela é a cola que une as organizações. Confiança é o fruto da confiabilidade das pessoas e das organizações. Essa é a essência da transformação de uma pessoa em líder de seu chefe.

Confiabilidade pessoalSempre que nos deparamos com confiança permanente,

encontramos confiabilidade. E tal como a confiança decorre da confiabilidade, esta decorre do caráter e da competência. Quando desenvolvemos caráter e competência, o fruto é a sabedoria e o juízo – fundamentos de todas as realizações grandes e duradouras e também da confiança.

9) A Voz e a rapidez da confiançaQuando procuramos expandir nossa influência e inspirar os

outros a encontrar as próprias vozes, entramos no mundo dos relacionamentos. Mas como haver comunicação se não há confiança?

A falta de confiança é a própria definição de um mau relacionamento.

A rapidez da confiançaQuando há confiança a comunicação é fácil, sem esforços,

instantânea. Numa situação em que há grande confiança, os erros têm pouca importância. A confiança é rápida, pois quando a confiança está presente, os erros são perdoados e esquecidos.

A confiança não é só fruto da confiabilidade, é também a mais alta forma de motivação. Algo que fazemos, amamos ou servimos os outros, confiamos neles, vemos seu valor e seu potencial e lhes damos oportunidades, condições e encorajamento. Se eles não estiverem à altura dessa confiança, ela se deteriorará e eles não serão inspirados a ver seu valor e potencial.

10) Combinando vozes – A Busca da terceira alternativaUm dos problemas mais difíceis e desafiadores da vida é saber

lidar com o conflito, com as diferenças humanas. Temos que ter habilidade para resolver de modo sinérgico as diferenças e encontrar soluções melhores do que as apresentadas.

É a terceira alternativa, que não é a minha, não é a sua – é a nossa. Não é uma conciliação entre a minha e a sua solução, é melhor do que um acordo. É o caminho do meio, que é melhor que qualquer uma das outras duas.

Para chegar à terceira alternativa, a pessoa tem que pensar em ganha-ganha – a atitude mental da busca pela terceira alternativa. É a idéia ou princípio do respeito e do benefício mútuo.

11) Uma voz – Descobrir caminhos para chegar a Visão, Valores e Estratégias compartilhadas.

Aqui trataremos do desafio de unir, numa única voz, um grande propósito, de pessoas que diferem em suas forças e na maneira de ver o mundo. É o papel de descobrir caminhos para a visão, os valores e as prioridades estratégicas compartilhadas.

Para descobrir caminhos é preciso envolver de modo razoável as pessoas no processo de desenvolvimento da visão, missão e estratégia, reconhecer que, se tiver sido gerada uma cultura de confiança suficientemente forte e se o líder for confiável, o poder de

identificação é igual ao de desenvolvimento. Tão logo as pessoas envolvidas concordam quanto ao que se importa do ponto de vista organizacional, elas compartilham critérios que conduzirão todas as decisões.

A visão se traduz em descobrir caminhos num ambiente organizacional. Enquanto podemos nos identificar individualmente com o que consideramos significativo, agora o desafio e a função são criar uma visão compartilhada do que é relevante. Para determinar o que é mais importante para a organização, é preciso estar atento à realidade que enfrentamos. Uma vez entendida, é preciso trabalhar até que uma visão e um sistema de valores compartilhados possam ser sintetizados numa declaração de missão e num plano estratégico.

As pessoas muitas vezes recorrem à analogia da sintonia para descrever o que ocorre quando há uma visão e valores compartilhados. É uma ótima analogia, pois sugere que o que mais importa é a harmonia das diferentes freqüências de onda.

Quando compartilho alguma coisa com alguém, estou dando o que tenho para essa pessoa. Se ela se identifica comigo, acredita no que faço e confia em mim, então posso simplesmente compartilhar com ela minha visão. E ela pode aceitar ainda mais essa visão do que se a tivesse formulado ela mesma. Se não há sintonia, se a pessoa não se alinhou emocionalmente quanto às questões estratégicas da organização, nada será compartilhado.

12) A Voz e a disciplina da execução – Alinhar e fortalecer os Objetivos e os Sistemas para a obtenção de resultados

Para haver o alinhamento da liderança há a necessidade de usar a autoridade moral e formal para criar sistemas que formalizem ou institucionalizem nossa estratégia, criar objetivos escalonados para toda a organização alinhados com essa visão, valores compartilhados e prioridades estratégias e ajustar-nos e alinhar-nos ao feedback que recebemos regularmente do mercado e da organização quanto ao atendimento de necessidades. Se dizemos que valorizamos a cooperação, recompensamos a cooperação, não a concorrência. Adubamos aquilo que queremos que frutifique.

Modelar uma vida e uma liderança centradas em princípios gera e inspira confiança. A descoberta de caminhos cria uma visão e uma ordem compartilhadas sem exigi-las.

Confiabilidade organizacionalQuando pessoas confiáveis trabalham em estruturas e sistemas

que não estão alinhados com os valores da organização, predominam sempre os sistemas não-confiáveis. Simplesmente a confiança não existe.

Muitas pessoas honestas são incompetentes ao projetar sistemas organizacionais. E algumas pessoas competentes são desonestas e falsas. Mas a confiabilidade organizacional exige tanto caráter quanto competência organizacional. Dito de forma simples, o alinhamento é confiabilidade organizacional. Isso quer dizer que os princípios que regem os sistemas de valores pessoais são a base do projeto das estruturas, dos sistemas e processos.

Alcançar o equilíbrio entre a obtenção de resultados e o desenvolvimento da capacidade

A chave do principio do alinhamento é começar sempre pelos resultados. Precisamos observar e examinar os resultados dos grupos de interessados (feedback) e então examinar o hiato entre esses resultados e nossa estratégia. As pessoas envolvidas, que serão avaliadas, precisam participar da formulação do critério de avaliação, do desempenho que reflita os critérios incorporados à missão, aos valores e à estratégia da organização, para que possam estar constantemente alinhadas com o processo, responsabilizando-se e sendo cobradas.

13) A voz fortalecedora – Liberação do Talento e da PaixãoA primeira alternativa para o papel de fortalecimento

desempenhado pelos líderes é tentar obter resultados controlando as pessoas.

A segunda alternativa seria deixá-las soltas, abandoná-las, pregar o fortalecimento quando de fato estamos abdicando e ignorando a cobrança.

A terceira é mais dura e simultaneamente mais bondosa; é uma autonomia direcionada mediante acordos ganha-ganha, em torno de objetivos que se desdobram na linha de visão e na cobrança de resultados.

Nas organizações, às vezes as pessoas acreditam no potencial dos outros, mas não no seu valor, de modo que não são pacientes, persistentes e dispostas a se sacrificar. A menos que as pessoas

tenham uma noção de seu próprio valor pessoal, elas não serão capazes de comunicar coerentemente o valor de outras pessoas.

O fortalecimento do trabalhador do conhecimentoVivemos na Era do Trabalhador do Conhecimento, em que o

capital intelectual reina supremo. Hoje em dia, liderança é o tópico mais destacado. A nova economia está embasada no trabalho do conhecimento e este é uma outra denominação para as pessoas.

O trabalho do conhecimento de qualidade é tão valioso que liberar seu potencial oferece às organizações uma extraordinária oportunidade de criação de valor.

E assim é absolutamente fundamental que o fortalecimento das pessoas seja visto como o fruto da modelagem, do alinhamento e da descoberta de caminhos. De outro modo, há organizações que alardeiam o fortalecimento, mas são incapazes de praticar o que pregam. Não tem uma visão comum, uma disciplina, nem qualquer paixão.

O fortalecimento bem sucedido depende de uma dedicação ao trabalho dos integrantes da equipe por meio de “acordos ganha-ganha”. Nas organizações, “ganha-ganha” significa que há uma superposição explícita das quatro necessidades da organização (saúde financeira, crescimento, relações sinérgicas com os principais envolvidos e significado/participação) com as quatro necessidades da pessoa (físico-econômica, mental-crescimento, social-emocional-relacionamentos, e espiritual-significado-participação).

14) O 8° Hábito e o ponto crítico - A era da sabedoriaO 8° Hábito nos traz uma atitude mental e um conjunto de

habilidades constantemente voltadas ao potencial das pessoas. É o tipo de liderança que comunica às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão clara que elas mesmas passam a enxergá-los. Para isso é necessário ouvir as pessoas. Precisamos envolvê-las a afirmá-las por meio de nossas palavras.

O ponto críticoO 8° hábito é o caminho para a grandeza, que está em encontrar

a sua voz interior e inspirar os outros a encontrar a deles.

O que poderíamos chamar de ponto crítico é quando as organizações se regem e disciplinam a si mesmas por essas três grandezas:

- pessoal: é encontrada quando descobrimos os três dons recebidos ao nascer – a escolha, os princípios e as quatro inteligências;

- liderança: é alcançada por pessoas que, qualquer que seja sua posição, escolhem inspirar os outros a encontrar a própria voz;

- organizacional: é alcançada quando a organização ataca o desafio de traduzir seu papel de liderança e trabalho (incluindo missão, visão e valores) em princípios como clareza, dedicação, tradução, capacitação e cobrança de responsabilidades, sinergia.

15) Usar nossas vozes com sabedoria para servir os outrosO grande propósito para encontrar a sua voz interior e inspirar os

outros a encontrar a deles é atender as necessidades humanas. Sem ir além e atender as necessidades humanas, nós não expandimos nem desenvolvemos realmente nossa liberdade de escolha como poderíamos. Crescemos mais quando nos doamos aos outros.

A Era da SabedoriaCom certeza esse milênio se tornará a Era da Sabedoria. Isso

acontecerá seja pela força das circunstâncias que tornem humildes as pessoas, seja pela força da consciência - ou talvez pelas duas.

Sabedoria é o uso benéfico do conhecimento; sabedoria é informação e conhecimento impregnados de propósitos e princípios mais elevados. A sabedoria nos ensina a respeitar todas as pessoas, a celebrar suas diferenças, a ser conduzidos por uma única ética. O tipo de liderança que inspira seguidores só surge quando pomos o servir acima do eu.

As organizações, tanto públicas quanto privadas, verificam que só são sustentáveis quando atendem necessidades humanas. Esse é o verdadeiro DNA do sucesso.