35
Oskar Schindler Oskar Schindler (Svitavy, Morávia 28 de abril de 1908 – Hildesheim, 9 de outubro de 1974) Documento: A Lista de Schindler (1.ª página). Oskar Schindler foi um alemão sudeto, espião e membro do Partido Nazi, que terá salvo da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas atuais Polónia e República Checa, respetivamente. Schindler é a personagem principal do romance de Thomas Keneally de 1982, Schindler's Ark, e do filme de 1993, Schindler's List (A Lista de Schindler), que mostra a sua vida como um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus. Com a invasão da Polónia em 1939, os bens dos judeus polacos, incluindo lojas comerciais, empresas, fábricas e as suas casas,

Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

  • Upload
    hadien

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Oskar Schindler

Oskar Schindler (Svitavy, Morávia 28 de abril de 1908 – Hildesheim, 9 de outubro de 1974)

Documento: A Lista de Schindler (1.ª página).

Oskar Schindler foi um alemão sudeto, espião e membro do Partido Nazi, que terá salvo da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas atuais Polónia e República Checa, respetivamente. Schindler é a personagem principal do romance de Thomas Keneally de 1982, Schindler's Ark, e do filme de 1993, Schindler's List (A Lista de Schindler), que mostra a sua vida como um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus.

Com a invasão da Polónia em 1939, os bens dos judeus polacos, incluindo lojas comerciais, empresas, fábricas e as suas casas,

Page 2: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

(Polónia, 1901 – Tel Aviv, Israel, 1969) com

foram-lhes apreendidos pelos alemães e os cidadãos judeus viram os seus direitos civis e humanos retirados. Em novembro de 1939 Schindler conheceu Itzhak Stern, um contabilista do seu amigo e agente da Abwehr, Josef "Sepp" Aue, que tinha tomado o lugar de Stern na administração de uma empresa. Itzak Stern, juntamente com Abraham Bankier e Mietek Pemper viriam a ajudá-lo a gerir as fábricas que a partir de 1939 passou a adquirir ou a arrendar. Foi Stern que o convenceu a contratar mão de obra judaica, muito mais barata do que a mão de obra polaca, salvando assim da morte todos quantos estavam em maior perigo, elaborando a lista com Banker e Pemper, e chegando a falsificar documentos para alterar as profissões, passando intelectuais e professores por operários e maquinistas. No seu auge, em 1944, empregava 1750 trabalhadores, dos quais mil eram judeus. As relações de Schindler com a Abwehr, os seus contactos nas Wehrmacht e as suas inspeções ao armamento, permitiram-lhe obter contratos para produzir esmalte para material de cozinha e para o exército. Estas ligações também o ajudariam a proteger os trabalhadores judeus da deportação e da morte.

Foram os judeus de Schindler que o salvaram no final da II Guerra Mundial e o apoiaram financeiramente o resto da vida, depois de entrar várias vezes em falência por má gestão. Ao falecer em 1974, foi sepultado no Monte Sião, em Jerusalém, e considerado Justo entre as Nações pelo Estado de Israel.

Page 3: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

, nascido em Thomas Michael Keneally

Sidney, Austrália em 1935, é um romancista, dramaturgo e autor de não-ficção, mais conhecido por ter escrito o livro Schindler's Ark, vencedor do Booker Prize de 1982, e que foi inspirado nos relatos de Poldek Pfefferberg, um sobrevivente do Holocausto.

O romance “Schindler’s Ark” foi adaptado para o filme de 1993, A Lista de Schindler por Steven Spielberg, que adquiriu os direitos em 1983. No filme, a personagem de Itzhak Stern é desempenhada por Ben Kingsley e é uma mistura de Itzak Stern, Abraham Bankier, e Mietek Pemper. O ator Liam Neeson foi nomeado para Melhor Ator pelo seu papel como Schindler no filme, que ganhou ao todo sete Óscares, incluindo Melhor Filme. Fonte: Wikipédia.org

Classificado para Maiores de 12 anos, o filme contém cenas violentas, pelo que a BE o recomenda apenas para os alunos d0 9.º ano.

Page 4: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Władysław Szpilman

(Sosnowiec, 5 de Dezembro de 1911 — Varsóvia,

6 de Julho de 2000)

Nascido numa família judaica, trabalhou em Varsóvia como pianista para a rádio polaca onde conheceu diversas personalidades, entre elas, uma cantora e o marido ator, até à invasão da Polónia pela Alemanha em 1939. Com o estabelecimento do gueto de Varsóvia, ele foi forçado a instalar-se ali com a família, tal como todos os que eram de ascendência judaica. Continuou a trabalhar ali, como pianista, num restaurante. Permaneceu no gueto até a população judaica do mesmo ser conduzida aos campos de concentração, refugiando-se junto da cantora e do seu marido.

Page 5: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Foi para dois outros esconderijos após o local ter sido descoberto. Após o amenizar da guerra, residiu em prédios abandonados. Em 1945, pouco depois do fim da guerra, escreveu um relato da sua sobrevivência em Varsóvia. O livro foi publicado na Polónia, com o título Śmierć Miasta, «Morte de uma Cidade». O livro foi fortemente censurado pelas autoridades comunistas, descontentes com a sua perspectiva da guerra, e o número de cópias impressas foi reduzido. As memórias de Szpilman não foram reimpressas senão cinquenta anos depois, em 1998, ano em que foram publicadas em inglês (e muitas outras línguas) com o título O Pianista, obtendo repercussão mundial. Em 2002 foi produzido um filme baseado na mesma obra, também de nome O Pianista, pelo realizador polaco Roman Polanski, com Adrien Brody a interpretar Szpilman. O filme obteve dois prémios BAFTA, seis Césars, a Palma de Ouro e três Óscares para Melhor Argumento, Melhor Realizador e Melhor Ator Principal. Após a guerra, Szpilman prosseguiu a sua carreira musical, tornando-se um dos mais produtivos compositores polacos.

Fonte: Wikipédia.org

O Pianista é um filme para Maiores de 12 anos. No entanto, pela violência de algumas cenas, a BE recomenda-o para os alunos do 9.º ano.

Page 6: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Markus Zusak

Markus Zusak nasceu em 1975, em Sidney, Austrália, sendo o mais novo de quatro irmãos. A sua mãe, Lisa, é alemã, e seu pai, Helmut, é austríaco. A família mudou-se para a Austrália no final de 1950. Zusak é o autor de cinco livros. “The Underdog”, o seu primeiro livro, levou sete anos para ser publicado. “O mensageiro”, publicado em 2002, venceu o prémio de livro do ano no CBC (prémio australiano de livros).

“A menina que roubava livros” foi lançado em 2002 e atualmente já foi traduzido em mais de 40 idiomas. Também recebeu prémios na Austrália e pelo mundo. Livro do PNL para o 9.ºano (leitura orientada).

Page 7: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Liesel Meminger é uma menina de nove anos, filha de alemães comunistas, que vive em Munique com a sua família adotiva, durante os difíceis anos da Segunda Grande Guerra. Ensinada a ler por Hans, o seu novo pai, ela entrega-se aos livros que rouba e que vai partilhando com os seus amigos e vizinhos. E é assim que nasce uma amizade profunda com Max, um jovem judeu que vive escondido na cave de sua casa e que, tal como ela, se refugia na literatura para escapar à dura realidade.

Mas, um dia, ele é obrigado a partir, deixando Liesel mergulhada em desespero.

Aclamado pelo público e pela crítica, o romance permaneceu 375 semanas na lista de "best-sellers" do "New York Times". "Zusak não só cria uma história original e enfeitiçante, como escreve com poesia… Uma narrativa extraordinária." (School Library Journal)

O livro foi adaptado para o cinema.

Narrado pela voz da Morte, o filme dramático realizado por Brian Percival que se baseia no livro homónimo do australiano Markus Zusak. No elenco do filme surgem os atores Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson e Nico Liersch, entre outros.

Fontes: Wikipédia.org

CineCartaz/PÚBLICO

Wook

Filme para Maiores de 12 anos.

Page 8: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Esther Muzcnik

Filha de pais polacos, viveu em Israel e em Paris onde estudou, respetivamente, língua e cultura hebraicas e Sociologia na Sorbonne. É vice-Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) e fundadora em 1994 da Associação Portuguesa de Estudos Judaicos. Presidente e fundadora em 2008 da Memoshoá – Associação Memória e Ensino do Holocausto, co-fundadora do Fórum Abraâmico de Portugal para o diálogo inter-religioso e membro da Comissão Nacional de Liberdade Religiosa. Foi colunista do jornal Público de 2002 a 2011. Estudiosa das questões judaicas, tem coordenado cursos e seminários sobre história e cultura judaica, liberdade religiosa e diálogo-inter-religioso, Israel e o Médio-Oriente, e publicado numerosos trabalhos sobre estas temáticas, entre os quais “Grácia Nasi, A judia portuguesa do século XVI que desafiou o seu próprio destino”, e “Portugueses no Holocausto”, respectivamente em 2010 e 2012.

BREVE HISTÓRIA

«Um companheiro de Auschwitz pergunta a Primo Levi por que motivo já não se preocupa com a higiene. Ele responde simplesmente: “Para quê, se daqui a meia hora estarei de novo a trabalhar com sacos de carvão?” É desse companheiro que recebe a primeira e talvez principal lição de sobrevivência: “Lavarmo-nos é reagir, é não deixar que nos reduzam a animais; é lutar para viver, para poder contar, para testemunhar; é manter a última faculdade do ser humano: a faculdade de negar o nosso consentimento”.» A capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por

mais terrível que fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se

lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada

esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo do mal

absoluto preconizado pelo nazismo.

Filha de pais polacos, viveu em Israel onde estudou língua e cultura hebraicas e em Paris, onde estudou Sociologia na Sorbonne. É vice-Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) e fundadora em 1994 da Associação Portuguesa de Estudos Judaicos. Presidente e fundadora em 2008 da Memoshoá – Associação Memória e Ensino do Holocausto, co-fundadora do Fórum Abraâmico de Portugal para o diálogo inter-religioso e membro da Comissão Nacional de Liberdade Religiosa. Foi colunista do jornal Público de 2002 a 2011. Estudiosa das questões judaicas, tem coordenado cursos e seminários sobre história e cultura judaica, liberdade religiosa e diálogo-inter-religioso, Israel e o Médio-Oriente, e publicado numerosos trabalhos sobre estas temáticas, entre os quais “Grácia Nasi, A judia portuguesa do século XVI que desafiou o seu próprio destino”, e “Portugueses no Holocausto”, respetivamente em 2010 e 2012.

Page 9: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

«Um companheiro de Auschwitz pergunta a Primo Levi por que motivo já não se preocupa com a higiene. Ele responde simplesmente: “Para quê, se daqui a meia hora estarei de novo a trabalhar com sacos de carvão?” É desse companheiro que recebe a primeira e talvez principal lição de sobrevivência: “Lavarmo-nos é reagir, é não deixar que nos reduzam a animais; é lutar para viver, para poder contar, para testemunhar; é manter a última faculdade do ser humano: a faculdade de negar o nosso consentimento”. A capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por mais terrível que fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo do mal absoluto preconizado pelo nazismo. Foi ali que judeus e ciganos serviram de cobaias às diabólicas experiências médicas, que acima de um milhão de seres humanos foram gaseados e que mais de 200 mil homens, mulheres e crianças morreram de fome, frio e doença, de exaustão e brutalidade, ou simplesmente de solidão e desesperança.

Page 10: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Baruch Leão Lopes de Laguna, um dos grandes pintores da escola holandesa do século XIX, judeu de origem portuguesa, morreu em 1943 no campo de concentração de Auschwitz. Não foi o único, com ele desapareceram 4 mil judeus de origem portuguesa na Holanda, que acabaram nas câmaras de gás. No memorial do campo de Bergen-Belsen consta o nome de 21 portugueses deportados de Salónica, entre estes Porper Colomar e Richard Lopes que não sobreviveram. Em França, José Brito Mendes arrisca a sua vida, escondendo a pequena Cecile, cujos pais judeus são deportados para os campos da morte. Uma história de coragem e humanismo no meio da atrocidade. Em Viena, a infanta Maria Adelaide de Bragança também não ficou indiferente ao sofrimento, e não hesitou em ajudar a resistência nomeadamente no cuidado dos feridos, no transporte de armas e mantimentos, tendo sido presa pela Gestapo. Esther Mucznik traz-nos um livro absolutamente original, baseado numa investigação profunda e cuidada em que nos conta a história que faltava contar sobre a posição de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial.

Page 11: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Stéphane Bruchfeld e

Paul A. Levine

Stéphane Bruchfeld nasceu em 1955 em Estocolmo, onde vive hoje. Ele investiga e ensina no Programa de Holocausto e Estudos Genocídio da Universidade de Uppsala. A sua dissertação abordou o "revisionismo histórico" na Suécia desde 1945. Ele é membro da Comissão Sueca Contra o Anti-semitismo e do Fórum Living History e tem alguns artigos e livros escritos sobre o assunto. Paul A. Levine, nascido em 1956 em Nova Iorque, viveu por um longo tempo em Estocolmo, na Suécia. Ele é professor assistente no mesmo instituto onde Stéphane Bruchfeld ensina. Ele tem pesquisado o Holocausto e em especial a forma como um país neutro como Suécia reagiu aos crimes dos Nazis na Europa.

Fontes: Cascais.pt

Page 12: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

“Contai aos vossos filhos… um livro sobre o Holocausto na foi uma obra inicialmente publicada pelo Europa, 1933-1945”

Governo sueco no âmbito do projeto educativo “História Viva” visava divulgar, numa linguagem acessível aos estudantes e ao público em geral, uma informação devidamente documentada sobre um dos acontecimentos mais tenebrosos do século XX: o Holocausto nazi. Composto sobretudo por testemunhos e por fotografias de alguma dureza, teve como objetivo principal apresentar uma história do Holocausto que os pais pudessem utilizar como ponto de partida para o diálogo com os filhos sobre valores morais e democráticos e sobre ética social. O que dizer, escrever ou refletir sobre a morte de seis milhões de pessoas consideradas “sub-humanas” e indignas de viver? Na sua tradução para português, a obra foi enriquecida com textos da autoria da historiadora Irene Pimentel visando contextualizar a política portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial, a passagem e a vivência dos refugiados em Portugal e ainda a ação humanitária do cônsul Aristides de Sousa Mendes.

Page 13: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Anne Frank

nasceu a 12 de junho de 1929 na cidade Annelies Marie Frank de Frankfurt am Main, na República de Weimar. Anne Frank foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto. Esta jovem viveu grande parte de sua vida em Amsterdão, capital da Holanda, onde perdeu a sua cidadania alemã. A sua fama póstuma deu-se graças ao seu diário em que relatou suas experiências enquanto vivia escondida com a família num anexo secreto, durante a ocupação alemã na Holanda, durante a Segunda Guerra Mundial. Fontes: Wikipédia.org; Museu Anne Frank

Page 14: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Em 1933, com a ascensão dos Nazis ao poder na Alemanha, começaram a ocorrer manifestações antissemitas, o que fez com que a família Frank, entre muitas outras, temesse o que lhes poderia acontecer dali em diante. No ano seguinte, mudaram-se para Amsterdão, onde viveram uma vida normal durante seis anos, sobrevivendo com a empresa do pai de Anne. Em 1940, quando os alemães invadiram a Holanda, a população judaica foi perseguida e proibida de frequentar diversos locais públicos.

Dois anos depois, a 5 de julho de 1942, quando a filha mais velha Margot recebe uma notificação para se apresentar num campo de trabalho na Alemanha, a família decidiu esconder-se em quartos secretos do edifício traseiro anexo à empresa do pai, dividindo-o com mais quatro pessoas. Próximo do fim da guerra, o grupo foi traído e transportado para campos de concentração. Anne e sua irmã, Margot Frank, foram levadas para ao campo de Bergen-Belsen, onde morreram, provavelmente, de tifo epidémico, num dia desconhecido de fevereiro de 1945.

Com o fim da guerra, o único sobrevivente foi o pai de Anne, Otto Frank, que retornou a Amsterdão e descobriu que o diário da filha havia sido salvo por Miep Gies, a mesma que o ajudou escondendo a família em um edifício. Após muito esforço, o seu pai conseguiu publicar o diário, e, desde então, é um dos livros mais traduzidos do mundo.

Page 15: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

“O Diário de Anne Frank – a verdadeira história” é um filme realizado por Jon Jones em 2009, com os atores Ellie Kendrick, Tamsin Greig, Felicity Jones e Iain Glen, entre outros. Uma produção da BBC.

Filme para Maiores de 12 anos.

“A Vida é Bela”, um filme italiano realizado e protagonizado por Roberto Benigni em 1999.

Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazi. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

Filme para Maiores de 12 anos.

Page 16: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

John Boyne

John Boyne nasceu na Irlanda, em 30 de abril de 1971, Estudou língua inglesa no Trinity College, e Literatura Criativa na Universidade de East Anglia, onde foi galardoado com o prémio Curtis Brown. Começou a escrever histórias aos 19 anos e teve o primeiro romance publicado dez anos depois. Trabalhou numa livraria dos 25 aos 32 anos.

Boyne já escreveu nove romances, assim como contos que foram publicados em várias antologias e transmitidos pela rádio e televisão. Os seus romances estão publicados em 30 idiomas.

Escreveu cinco livros infanto-juvenis até agora. O Rapaz do Pijama às Riscas é um “best-seller” tendo sido adaptado para o cinema. Boyne reside em Dublin.

Page 17: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

foi escrito por John Boyne em “O rapaz do pijama às riscas” 2006. A história passa-se durante o período do Holocausto, tendo como personagem principal, Bruno, filho de um militar alemão, que tem 8 anos e não sabe nada sobre o Holocausto e os horrores que aconteciam com os judeus. Também não faz ideia que o seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que a sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa onde vivia em Berlim, perto dos avós e a mudar-se para uma região isolada, onde ele não tem ninguém com quem brincar e nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixavam com frio na barriga. Num dos seus passeios Bruno conhece Shmuel, um menino do outro lado da cerca, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno fica intrigado e vai aos poucos tentando entender o mistério que envolve as atividades do seu pai. Bruno e o seu amigo Shmuel, vivem diversas aventuras juntos, com um final que surpreende até para os mais preparados.

“O Rapaz do Pijama às Riscas”, um filme realizado por Mark Herman em 2008, protagonizado por Asa Butterfield, com David Thewlis, Vera Farmiga, Rupert Friend e Sheila Hancock.

Filme para Maiores de 12 anos.

Page 18: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

José Jorge Letria

José Jorge Letria nasceu em Cascais em 1951.

Estudou Direito e História e é pós-graduado em Jornalismo Internacional. Com dezenas de livros publicados em diversas áreas, foi distinguido com importantes prémios literários nacionais e internacionais. É um dos mais destacados nomes da literatura infanto-juvenil em Portugal e autor de programas de rádio e televisão. Está traduzido em várias línguas.

Integrou, com José Afonso, Adriano e Manuel Freire, entre outros, o movimento da canção de resistência, tendo sido agraciado em 1997 com a Ordem da Liberdade.

Foi, durante oito anos, vereador da Cultura da Câmara de Cascais. É, desde Janeiro de 2011, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores.

É co-autor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa.

Page 19: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Mouschi existiu realmente e foi levado para o anexo por Peter van Pels, um jovem companheiro de cativeiro de Anne Frank. O dia-a-dia no anexo, a rotina de um grupo de pessoas refugiadas do terror nazi e a esperança numa libertação que acabou por não chegar, são assim contados neste livro por um animal de estimação que se transformou em testemunha singular de uma tragédia humana.

Fonte: Wook; PatoLógico

José Jorge Letria assina o texto de mais um título da coleção Grandes Vidas Portuguesas, com ilustrações de Alex Gozblau.

Aristides de Sousa Mendes é hoje recordado como um herói pela forma como desafiou o regime de Salazar, ao atribuir milhares de vistos de entrada em Portugal a pessoas de várias nacionalidades que tentavam fugir de uma França prestes a ser invadida pelas tropas alemãs.

Page 20: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Manuel Margarido

Nasceu em março de 1962 em Rio Frio, Palmela, mas desde muito novo que é lisboeta por adoção e devoção. Frequentou o Liceu Padre António Vieira e a Universidade Nova de Lisboa (Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses). Diretor literário na Editorial Estampa, casa onde criou coleções de ficção e ensaio, foi responsável pela entrada no mercado português de autores como Elfriede Jelinek, Tahar Ben Jelloun, Nick Cave, Hugo Pratt (enquanto romancista), entre outros.

Escreveu em jornais, nomeadamente no Diário de Lisboa, Sete e Semanário. Dedicou-se à carreira de publicitário em diversas agências, onde desempenhou funções de direção criativa e direção-geral de atendimento a clientes. Autor de múltiplas monografias e da obra de referência sobre a música popular urbana portuguesa, dedicou-se nos últimos anos à escrita de livros para o público infantojuvenil, nas áreas da ficção e da biografia. O seu principal interesse, quando não está a trabalhar, é a literatura portuguesa contemporânea.

Page 21: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Um livro sobre a vida e ação humanitária do Cônsul Aristides de Sousa Mendes na II Guerra Mundial. «Estava em Bordéus, onde era cônsul-geral, um diplomata de bastante importância. Graças a esse gesto, ficaria conhecido como um dos portugueses mais heroicos do século XX, venerado em todo o mundo por um número incontável de pessoas agradecidas…»

Fonte: BookOffice

Page 22: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

ANNA MIEVSZKOWSKA

Nasceu em 1958, em Varsóvia, Polónia. É jornalista e investigadora na área do Teatro Polaco. É mais conhecida pelo livro que escreveu sobre Irena Sendler.

Durante a ocupação nazi, na Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler dedicou a sua vida a salvar judeus. Ciente de que era questão de vida ou de morte para as crianças cuja única culpa era terem sangue não-ariano a correr-lhes nas veias, foi capaz de encontrar dentro de si uma energia extraordinária e imaginação para as salvar, revelando ainda um espantoso talento organizativo.

Como assistente social, organizou então juntamente com as suas colaboradoras a saída de cerca de 2500 crianças do Gueto de Varsóvia, para o seio de famílias católicas, orfanatos, conventos ou fábricas.

Page 23: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Não houve uma única criança salva - muitas delas disfarçadas sob a forma de pacotes - que tivesse sido atraiçoada ou descoberta pelos Nazis.

Irena Sendler não só salvou milhares de vidas, como incontáveis gerações dos seus descendentes.

Foi considerada como uma das grandes heroínas da resistência polaca ao nazismo, tendo sido nomeada para o Prémio Nobel da Paz.

Page 24: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Miriam Assor

Miriam Assor nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1966, no seio de uma família judaica ortodoxa. Uma visita aos campos de concentração nazis, em 1985, fá-la trocar o curso de Psicologia Aplicada e a cidade pela vida comunitária dos kibbutz e pelo voluntariado, em Israel.

Coordena, em 2001, Luz, em homenagem póstuma ao seu pai, Abraham Assor, rabino da comunidade israelita de Lisboa durante cinquenta anos, figura decisiva no despertar da sua consciência em relação ao terror do Holocausto.

Em 2003 coordena a obra Gueto de Varsóvia e na sequência deste tema é comissária de duas exposições, coincidindo a última, em 2005, com a exposição documental alusiva à vida de Aristides de Sousa Mendes, Registos para a Liberdade, na Casa do Registo, em Lisboa. Atualmente é jornalista freelancer.

Page 25: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Repor a legítima verdade com o auxílio rigoroso de documentos oficiais provenientes do Arquivo Histórico Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros são os elementos que constituíram o propósito da elaboração do livro. Organizado em dezoito capítulos, demarcados desde o nascimento de Aristides de Sousa Mendes até aos dias correntes, com textos de escrita clara e sucinta que aludem cada tema escolhido e que estão devidamente acompanhados por fotos e documentação legendadas. A combinação entre as reproduções fotográficas, cópias documentais, peças jornalísticas e testemunhos de pessoas que, em tempo do terror nazi, foram salvas pelo cônsul português, estimulam um ritmo direto e emocionante onde o passado é excedido pelo presente visual. A autora procurou contar uma história. De alguém que esteve acima da força humana. Aristides decide que não pode continuar a viver se não fizer o que a consciência lhe diz que deve fazer, para que aquelas pessoas que ele não conhece e que nunca mais verá não morram num qualquer campo de concentração!

Esta é uma obra de cariz fotobiográfico e documental sobre a figura ímpar de Aristides de Sousa Mendes, a sua vida e o sublime ato de humanismo que protagonizou em 1940 salvando mais de 30 000 pessoas da perseguição nazi.

Page 26: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Jean-Alain Fralon

Nasceu em 1945, em França. Depois de uma carreira de jornalista no jornal Le Monde, continua a escrever livros, guiões e argumentos para filmes e documentários .

Em Julho de 1885 nascem César e Aristides, dois gémeos de temperamentos diametralmente opostos. Aristides era tão extravagante quanto o seu irmão discreto e cumpridor.

Entusiasta, generoso e aventureiro seguiu a carreira diplomática, e encontrava-se em Bordéus num tempo em que o nazismo lançara já a sua sombra sobre a Europa e o Mundo, enquanto Salazar jogava habilmente com a neutralidade. Multidões esperavam junto ao consulado para escapar ao Holocausto. Emanavam ordens do governo português para limitar a concessão de vistos, tanto mais que as tropas alemãs se aproximavam, mas Aristides assinava, dia e noite, correndo contra o tempo, obedecendo a imperativos mais altos.

Page 27: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Teresa Mascarenhas

Nasceu em Lisboa, a 27 de Janeiro de 1952. Depois de alguns anos decorridos entre uma passagem pelo Conservatório de Teatro e por alguns cursos na área das Belas-Artes, licenciou-se pela Faculdade de Letras e fez o Mestrado em Literatura Inglesa. Cursou em seguida Creative Writing e Script Writing pela Universidade de Oxford. Durante três anos lecionou Criação Literária no Ensino Superior Privado. Em 1990, publicou a sua primeira obra. Tem, neste momento, trinta e um livros publicados e oito prémios literários.

Page 28: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

É a Primavera de 1940. A Europa vive aterrorizada. Em Bruxelas, a família Levy foge em direção a Paris, e daí segue rumo a Bordéus. Em Varsóvia, a família Rubinstein foge também.

Mas nem todos conseguirão chegar ao seu destino. Em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal, após momentos de uma terrível angústia, entende como dever de consciência contrariar as ordens de Salazar e conceder trinta mil vistos a pessoas de sessenta nacionalidades diferentes.

Esta não é apenas mais uma obra sobre o heróico Cônsul. É um pouco mais do que isso. É também uma obra sobre todo o sofrimento vivido pelas vítimas do holocausto, judeus e não judeus, e a todos eles dedicada.

Livro do PNL – 9.º Ano.

Page 29: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

URI ORLEV

Nasceu em Varsóvia em 1931. Nasceu no seio de uma família de classe média judia. Com a eclosão da II Guerra Mundial, toda a família foi enviada para o gueto de Varsóvia.

A sua mãe é morta pelos nazis.

Uri e o irmão, permaneceram com uma tia materna, escondendo-se com algumas famílias polacas.

Em 1943, são descobertos e levados de comboio para Bergen-Belsen, onde são libertados em abril de 1945.

Orlev escreve principalmente romances e histórias para jovens.

A partir de 1976 começa a escrever livros infantis inspirados em experiências pessoais ou autobiográficas ligados à repressão nazi do povo judeu.

Os seus livros foram traduzidos do hebraico para 38 idiomas diferentes.

Page 30: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Em plena Segunda Guerra Mundial, os judeus estavam a ser expulsos das suas habitações… Os nazis evadiram a fábrica onde trabalhava o pai de Alex. Alex era um menino de apenas 12 anos que vivia com o seu pai. O pequeno rapaz conseguiu escapar e, combinara com o seu pai um lugar para posteriormente se encontrarem. Mas, o seu pai não conseguiu escapar. Visto isto, o Alex foi obrigado a viver sozinho. Procurava comida em casas vizinhas e em esconderijos vizinhos que estavam abandonados e construiu um esconderijo num 1º andar de uma casa abandonada. E era daí que observada todos os dias a sua amada. Os dias passavam-se, as semanas passavam-se, os meses passavam-se e Alex continuava a fazer a sua vida sozinho. Finalmente, chegou o dia, o dia que há muito esperava, 6 meses depois. Alex ouviu vozes e pressentiu que era o seu pai… E era. Após tanto tempo a viver sozinho e escondido, reencontrou o seu pai.

Page 31: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Judith Kerr

Escritora que nasceu em Berlim, em 1923. O seu pai, um famoso escritor alemão e feroz crítico do regime nazi, temia sofrer represálias caso Hitler subisse ao poder. Por isso, fugiram da Alemanha quando Judith tinha apenas nove anos. Judith, os pais e o irmão atravessaram a Suíça e a França e, em 1936, chegaram a Inglaterra. Foi aí que a autora escreveu esta história semi-autobiográfica, “Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa”, publicada pela primeira vez em 1971, e considerada um clássico da literatura infantojuvenil. Em 1945, Judith ganhou uma bolsa para a Central School of Arts, e, desde então, tem trabalhado como artista, guionista de televisão e, ao longo dos últimos trinta anos, como autora e ilustradora de livros infantojuvenis.

Page 32: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa é uma das obras mais lidas por jovens de todo o mundo. Considerada um clássico da literatura juvenil, e inspirada na vida da própria autora, fala-nos da Segunda Guerra Mundial numa nova perspetiva e até com algum humor. Vive-se o ano de 1933. Anna tem apenas nove anos e anda demasiado ocupada com a escola e com os amigos para reparar nos cartazes políticos espalhados pela cidade de Berlim com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler, o homem que muito em breve mudaria a face da Europa. Ser judeu, pensa ela, é apenas algo que somos porque os nossos pais e avós são judeus. Mas um dia o pai dela desaparece inexplicavelmente. E, pouco tempo depois, ela e o irmão, Max, são levados pela mãe com todo o sigilo para fora da Alemanha, deixando para trás a sua casa, os amigos e os amados brinquedos. Reunida na Suíça, a família de Anna embarca numa aventura que vai durar anos…

Livro do PNL, 2º e 3.ºCiclo.

Page 33: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

PRIMO LEVI

(Turim, 31 de julho de 1919 — Turim, 11 de abril de 1987)

Primo Levi foi um químico e escritor italiano. Escreveu memórias, contos, poemas e novelas. É mais conhecido pelo seu trabalho sobre o Holocausto, em particular, por ter sido um prisioneiro em Auschwitz-Birkenau. O seu livro “Se Isto É um Homem” é considerado um dos mais importantes trabalhos memorialísticos do século XX.

Em setembro de 1943, Levi, assim como vários colegas, juntaram-se aos partisans, resistentes que atendiam pelo nome de Movimento Justiça e Liberdade. Sem o menor treinamento militar, ele e os seus companheiros foram feitos prisioneiros pela milícia fascista. Assim que os milicianos descobriram que ele era judeu, enviaram-no para um campo de prisioneiros em Fossoli, perto de Modena.

Em 11 de fevereiro de 1944, os prisioneiros do campo foram transportados para Auschwitz. Levi ficou onze meses no chamado campo da morte, até ser libertado pelo Exército Vermelho. Dos 650 judeus italianos mandados para Auschwitz com Levi, apenas vinte sobreviveram.

Page 34: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo

Levi sobreviveu devido a um conjunto de fatores. Ele sabia um pouco de alemão, por causa das publicações sobre química que lia; ele percebeu rapidamente que precisava a todo custo de passar despercebido dos guardas e dos prisioneiros. A sua experiência profissional também foi de grande ajuda: em novembro de 1944 ele passou a trabalhar como assistente no laboratório de Buna, que pesquisava um novo tipo de borracha sintética. Assim, ele conseguiu pelo menos manter-se aquecido dentro do laboratório. Pouco antes da libertação do campo, ele foi acometido por escarlatina. Isso também salvou a sua vida, porque os outros prisioneiros foram evacuados do campo pelas forças da SS no que ficou conhecido como a marcha da morte.

Embora tenha sido libertado em 27 de janeiro de 1945, Primo Levi não voltou a Turim antes de 19 de outubro daquele ano. Depois de ficar algum tempo num ex-campo de concentração soviético, a recuperar-se, ele embarcou numa longa jornada até casa, na companhia de outros italianos, prisioneiros de guerra na União Soviética. Durante esta jornada, ele passou pela Polónia, Ucrânia, Roménia, Hungria, Áustria e Alemanha, tema do livro “A Trégua”.

Page 35: Oskar Schindler - pegadadepapel.files.wordpress.com · lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo