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Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
Organização do Trabalho e Ergonomia II
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
Escola Politécnica – Curso de Engenharia de Produção
Aula 06 – Estudo de tempos
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
Finalidades do Estudo de Tempos
o Estabelecer padrões de programas de produção,
o Auxiliar a determinação de custos padrões de
modo preciso,
o Estimar o custo de novos produtos,
o Programar a mão de obra necessária para um
determinado patamar de produção, etc.
• O Estudo de Tempos, também chamado de cronoanálise, tem
uma importância muito grande dentro de uma indústria, como
por exemplo:
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Definições de Tempo-padrão
“... é o tempo necessário para executar uma operação, de acordo com um
método estabelecido, em condições determinadas, por um operador apto
e treinado, possuindo habilidade média, trabalhando com esforço médio
durante todas as horas de serviço.”
RALPH BARNES
"... é o tempo necessário para completar um ciclo de uma operação
quando realizada com um dado método, em uma certa velocidade
arbitrária de trabalho, com previsão de demoras e atrasos independentes
do operador ..."
EDWARD KRICK
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
" ... um tempo padrão é uma função da quantidade de tempo
necessário para desenvolver uma unidade de trabalho:
a) usando um método e equipamentos dados;
b) sob certas condições de trabalho;
c) por um trabalhador que possua uma quantidade específica de
habilidade no trabalho e uma aptidão específica para o trabalho; e
d) trabalhando em uma etapa na qual utilizará, dentro de um período
dado de tempo, seu esforço físico máximo e desenvolvendo tal trabalho
sem efeitos prejudiciais ... "
MARVIN E. MUNDEL
Definições de Tempo-padrão
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Unidades de tempo na cronoanálise
• O sistema mais comum de medição do tempo é o Sistema
Sexagesimal de Minuto, onde o minuto é dividido em 60 partes,
chamadas de segundo. Neste sistema a hora vale 60 minutos.
• No estudo de Tempos e Métodos o Sistema
Sexagesimal é utilizado, mas como não é decimal,
deixa muito a desejar em relação a facilidade de
cálculo.
• Para contornar essa dificuldade, outros dois sistemas podem ser
utilizados:
o Centesimal de minuto – onde cada minuto é dividido em
100 partes.
o Décimo Milesimal de hora – onde cada hora é dividida
em 10.000 partes.
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
Conversão entre os sistemas de medida de tempo
Sexagesimal de Minuto: 1 min = 60 partes 1 h = 3.600 partes
Centesimal de Minuto: 1 min = 100 partes 1 h = 6.000 partes
Décimo Milesimal de hora: 1 h = 10.000 partes
Sexagesimal de
Minuto1 h = 3.600 partes
Centesimal de
Minuto1 h = 6.000 partes
Décimo
Milesimal de
Hora1 h = 10.000 partes
÷ 0,36
÷ 0,6 ÷ 0,6
× 0,36
× 0,6 × 0,6
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Métodos para determinação do tempo-padrão
MÉTODOS: Existem alguns métodos de ampla utilização dentro da
indústria.
• Um dos mais utilizados é a cronometragem das atividades de
produção.
• Outro método que pode ser utilizado é a determinação por
tempos sintéticos, isto é, tempos pré-determinados. O principal
método para cálculo de tempos sintéticos, o sistema MTM, será
visto na próxima aula.
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Divisão da operação em elementos
• Os elementos são as partes que forma uma operação completa.
Por exemplo: Um operador pega uma peça, posiciona dentro da
prensa, estampa a peça, retira o retalho e posiciona a peça dentro de
uma caixa. Os elementos dessa operação poderiam ser:
1. Pegar a peça,
2. Colocar a peça na prensa,
3. Acionar a prensa,
4. Retirar o retalho e jogar na caixa de sucata,
5. Retirar a peça,
6. Acondiciona a peça na caixa de transporte.
É sempre conveniente que os elementos se restrinjam a uma
operação elementar.
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Etapas a serem seguidas
1. Discutir claramente com os envolvidos o tipo de trabalho a ser executado,
buscando a colaboração de todos.
2. Definir o método de trabalho e planejar os elementos da operação a serem
cronometrados. Definir o início e o fim do ciclo a ser cronometrado.
3. Treinar o operador para que ele possa desenvolver a atividade dentro do ritmo
e método esperados.
4. Anotar todos os dados adicionais observados.
5. Fotografar o posto de trabalho e a peça a ser produzida e analisada.
6. Executar uma cronometragem preliminar (em geral 5 observações) para obter
os dados necessários à determinação do número necessário de cronometragens
(n).
7. Determinação dos tempos: realizar as n cronometragens definidas e, utilizando
as avaliações de ritmo e das tolerâncias, determinar os tempos médio, normal e
padrão dos elementos da operação .
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Determinação dos tempos
A determinação dos tempos
consiste na execução das etapas
apresentadas ao lado:
TEMPO MÉDIO (TM): é o tempo estatisticamente representativo da
atividade ou do ciclo.
• TEMPO NORMAL (TN): é o tempo médio corrigido pela avaliação ritmo.
• TEMPO-PADRÃO (TP): é o tempo normal corrigido com as tolerâncias do
processo.
Determinação do tempo médio (TM)
Avaliação da velocidade -Fator de ritmo (FR)
Determinação do tempo normal (TN)
Determinação do fator de tolerância (FT)
Determinação do tempo-padrão (TP)
1
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1. Determinação do Tempo Médio
1 – Utilizar dados de registros anteriores:
de operações semelhantes
dados históricos
de estudos anteriores
2 – Observação direta:
EQUIPAMENTO VANTAGENS
Cronômetro,
prancheta e folha
de apontamentos
- Oferece menor custo para a realização do estudo.
- Facilidade de operação
Máquina de filmar- Facilidade de reexame da situação estudada.
- Fornece dados brutos (sem interpretação).
Métodos
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1. Determinação do Tempo Médio
Além do cronômetro e da prancheta sugere-se que o cronoanalista
deva possuir:
• Metro ou trena para determinar a amplitude dos
movimentos e dos transportes.
• Dinamômetro, para medição dos pesos transportados e
dos esforços estáticos e dinâmicos.
• Termômetro e higrômetro, para medir a temperatura e a
umidade relativa do ar.
• Fotômetro, para verificar se a iluminação do plano de
trabalho é suficiente.
• Decibelímetro, para medição dos ruídos.
• Máquina fotográfica ou câmera de vídeo, para registrar a
disposição de um posto de trabalho, a postura do
operador, ou mesmo registrar a operação em vídeo.
Instrumentos necessários
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A figura ao lado apresenta um exemplo de
uma planilha para cálculo do tempo
observado (tempo médio).
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1. Determinação do Tempo Médio
• LEITURA CONTÍNUA: começa no primeiro elemento e não pára até que o estudo
acabe. O tempo de cada elemento é determinado pela diferença ou pela média (divisão
do tempo total pelo número de elementos).
USO: ciclo constante, elementos muito curtos, alta padronização.
• LEITURA REPETITIVA: a leitura dos elementos é feita individualmente. Ao fim
de cada elemento é feita a leitura, retorna-se o ponteiro ao zero e reinicia as leituras.
USO: elementos longos, baixa repetição, trabalhos esporádicos.
• LEITURA ACUMULATIVA: são utilizados dois ou três cronômetros, unidos
mecanicamente ou eletronicamente, de modo que no final de cada elemento um
cronômetro pára e outro reinicia a contagem de tempo.
Exemplo: no uso de 3 cronômetros, quando o primeiro para, o segundo volta ao
zero e o terceiro começa a contagem de tempo.
USO: elementos curtos, baixa repetitividade e /ou sem padronização, trabalho de
equipes.
Maneiras de usar o cronômetro
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1. Determinação do Tempo Médio
Número de cronometragens necessárias
A determinação do número mínimo adequado de cronometragens
(amostragem) é feita através do conceito da distribuição normal (Distribuição
de Gauss) com o uso do conceito de intervalo de confiança de uma média:
Sendo:Z = Coeficiente da distribuição normal reduzida para uma dada probabilidade, obtido
na tabela de distribuição Normal (Tabela 1),
R = Amplitude da amostra, ou seja, a diferença entre o maior e o menor valor
observado,
ER: Erro relativo praticado na análise, variando entre 5% (0,05) e 10% (0,10). É um
dado pré-determinado,
d2: Constante estatística tabelada (Tabela 2),
x : Média dos valores observados na amostra de tempos.
Análise:
Se n for maior que o número de observações feitas, as mesmas são o
suficientes, senão, se for menor, continuar as observações, repetindo o cálculo até a
primeira condição ser atendida.
𝑛 =𝑧 ∙ 𝑅
𝐸𝑅 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑥
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Tabelas estatísticas
Tabela 1 - Coeficientes de distribuição normal de 90 a 99%
Tabela 2 – Fatores
estatísticos
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EXEMPLO 1
Uma operação foi cronometrada 5 vezes, obtendo os valores abaixo:
Determine se essas tomadas de tempo são suficientes e representativas da
operação, para um nível de confiança de 95% e um erro relativo de 5%. Se não,
especifique quantas tomadas de tempo serão necessárias com base nos dados
coletados até o momento.
Tempo (s)
T1 T2 T3 T4 T5
9,52 11,33 8,99 10,20 13,50
R = 13,50 – 8,99 = 4,51 s
ER = 5% = 0,05
x = 10,71 s
d2 = 2,326
z = 1,96
Assim, os dados coletados até o momento mostram que, mantido o desvio padrão,
seria necessário um mínimo de 51 cronometragens.
𝑛 =𝑧 ∙ 𝑅
𝐸𝑅 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑥
2
𝑛 =1,96 ∙ 4,51
0,05 ∙ 2,326 ∙ 10,71
2
= 50,36 ≈ 51
Solução:
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Adoção de número de cronometragem fixo
Adoção de um valor fixo de cronometragens:
Na prática, para simplificação, costuma-se adotar um valor fixo para
todas as cronometragens, normalmente 20. Essa decisão, no entanto,
cabe ao cronoanalista em face ao tipo das operações, sua
variabilidade, e considerando a possibilidade de maiores erros nos
tempos-padrões.
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1. Determinação do Tempo Médio
• É importante saber que não necessariamente todos os valores cronometrados
devem ser considerados. Convém fazer uma análise crítica destes dados antes de
sua conversão para o Tempo Médio.
• Desta forma, o tempo médio pode ser obtido através dos seguintes passos:
1. Eliminação dos outliers: Antes de qualquer cálculo envolvendo os valores
cronometrados deve-se eliminar os pontos “outliers”, isto é, os valores
bastante diferentes dos demais. Isso é necessário, pois esses valores distorcem
o Tempo Médio, incorrendo em erro.
Análise dos tempos medidos
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1. Determinação do Tempo Médio
• A presença de valores outliers pode ser causado por fatores como:
o Erro humano por parte do cronoanalista: embora raro num profissional
treinado, isto pode ocorrer e não deve interferir no resultado final.
o Elementos Estranhos: são elementos desnecessários à operação, como por
exemplo, o operador enxugar o suor da testa.
o Elementos Anormais: modificam a sequência natural de movimentos de forma
exagerada, como por exemplo, uma rebarba dificultando o encaixe de uma
peça ou ferramenta.
Obs: Elementos Estranhos ou Anormais também tem a sua importância e não podem ser simplesmente
ignorados e desprezados. Registrar quando estes elementos ocorrem e sua frequência é importante para
identificar uma oportunidade de melhoria na operação. Se tais elementos ocorrem com frequência
significativa, os tempos provenientes destes elementos perturbam o processo e reduzem a produtividade
da operação. Neste caso, convém identificar a causa de tais ocorrências e eliminá-la.
Análise dos tempos medidos
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1. Determinação do Tempo Médio
• A presença de pontos discrepantes deve ser feita utilizando-se dois gráficos de
controle. O procedimento e o conceito utilizado, inclusive os parâmetros
estatísticos, são idênticos aos utilizados na construção de um gráfico de CEP. O
procedimento é:
1. Determinar os limites de Controle das Médias dos tempos
cronometrados, através das seguintes expressões:
Sendo:
R = amplitude média
A2 = valor tabelado (Tabela 2)
Como identificar os valores outliers
𝐿𝑆𝐶𝑥 = 𝑥 + 𝐴2𝑅
𝐿𝐼𝐶𝑥 = 𝑥 − 𝐴2𝑅
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1. Determinação do Tempo Médio
2. Determinar o Limite Superior de Controle das Amplitudes, conforme
indicado abaixo:
Sendo:
R = amplitude média
D4 = valor tabelado (Tabela 2)
Como identificar os valores outliers
𝐿𝑆𝐶𝑅 = 𝐷4𝑅
Obs: É importante observar que uma leitura será considerada válida somente se
seus pontos estiverem dentro dos limites de controle no gráfico das Médias e no
gráfico das Amplitudes.
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1. Determinação do Tempo Médio
2. Cálculo do Tempo Médio: retirado os pontos outliers da amostra, e
considerando que a amostragem segue uma distribuição normal, o Tempo
Médio pode ser obtido de diferentes maneiras, segue abaixo algumas:
Análise dos tempos medidos
Obs: Este processo de análise pode ser chamado de “nivelamento”. Por esse motivo, o Tempo Médio
pode também ser chamado de tempo modal ou tempo nivelado.
i. Média aritmética de toda a amostra: esta é a maneira mais
recomendada. Calcular o tempo médio utilizando a equação:
ii. Média aritmética do 2º terço da amostra: colocar os valores da
amostra em ordem crescente, dividir o grupo em três partes e calcular a
média da parte do meio (2º terço).
iii. Maior valor do 2º terço da amostra: da mesma forma que a
anterior, porém em vez de calcular a média, adotar o maior valor do 2º
terço.
𝑥 =1
𝑛
𝑖=1
𝑛
𝑥𝑖
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1. Determinação do Tempo Médio
Exemplo:
Análise dos tempos medidos
12 45,1
11 45,0
10 45,0
9 44,8
8 44,7
7 44,5 44,5
6 44,4
5 44,2
4 43,9
3 43,7
2 43,2
1 42,6
média: 44,3
Média da amostra
Média do 2º terço da amostra
Maior valor do 2º terço da amostra
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EXEMPLO 2
Uma operação de montagem em análise foi dividida em elementos e estes foram
cronometrados, conforme os dados do quadro abaixo. Cada cronometragem foi feita
em momentos diferentes e de forma independente uma da outra. Considerando que
nas amostras não há tempos discrepantes, preencha o quadro abaixo e determine o
Tempo Médio (TM) da operação.
32 37 35 35 31
(32+37+35+35+31)/5 = 34
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EXEMPLO 3
A cronometragem de uma operação foi efetuada em quatro horários distintos,
conforme indicado no quadro abaixo. Preencha o quadro, determinar a amplitude e
o TM dessa cronometragem. (Obs.:Tempos em segundos).
3 4 3 3
24,67 28,67 25,33 25,67
26,08
23 26 25 28 27 31 24 25 27 26 24 27
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2. Avaliação da velocidade
• O ritmo de uma tarefa pode ser definido como a velocidade em
que um operador realiza cada ciclo da atividade.
O fator de RITMO
• Durante a cronometragem, se não há um
método analítico de avaliação do ritmo, o
mesmo pode ser determinado de forma
subjetiva pelo cronometrista.
• Mas, neste caso, para a avaliação adequada do ritmo é necessário
que o cronometrista tenha ideia clara de qual é o ritmo normal
que a tarefa é realizada pelos operadores experientes.
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2. Avaliação da velocidade
• É importante ressaltar que, enquanto o analista registra os tempos
cronometrados, ele também deve avaliar a velocidade do operador
em relação a sua opinião de qual seria a velocidade normal para a
operação.
• O analista deseja obter, para cada elemento avaliado, um número
suficiente de leituras que lhe forneça uma amostra representativa
para avaliação do ritmo.
O fator de RITMO
• Há diversos métodos para avaliação do ritmo,
todos eles dependem da opinião pessoal do
analista.
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2. Avaliação da velocidade
• Um dos métodos mais comuns de avaliação de ritmo consiste na
determinação de um fator para a operação considerada como um
todo. No início e no fim do estudo, e talvez durante instantes
intermediários, o observador se concentra na avaliação da
velocidade do operador. Seu objetivo é determinar o nível médio
de execução que o operador trabalhada durante a coleta de dados.
Esta avaliação deve ser registrada na folha de cálculo para posterior
uso no cálculo do Tempo Normal.
O fator de RITMO
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2. Avaliação da velocidade
• Outro método possível consiste em se determinar um fator de
ritmo para cada elemento da operação. É um método mais
refinado, pois requer que o analista avalie o ritmo de cada
elemento no instante em que o mesmo é cronometrado. Este
método é recomendado quando o ritmo de execução das tarefas
variam muito e o tempo da mesma é longo, permitindo as
avaliações individuais de ritmo e tempo.
O fator de RITMO
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• O Ritmo pode ser entendido, também, como o fator que mede a
influência dos componentes “habilidade” e “esforço” na
produtividade da operação.
A “habilidade” é o que o operador traz para o trabalho como
potencial próprio. Depende de fatores como: destreza manual,
experiência, inteligência, poucas interrupções e hesitações
durante o trabalho. A habilidade não varia no dia-a-dia.
O “esforço” pode ser definido como a quantidade de trabalho
que o operador pode ou quer dar. É influenciado por diversos
fatores como: disposição física, entusiasmo do operador,
cansaço em diferentes momentos do dia e outros. O esforço
varia no dia-a-dia.
2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
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2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
• Há vários sistemas que podem ser empregados para avaliar o ritmo.
Abaixo será citado seis deles, mas daremos atenção apenas aos
sistemas “Desempenho do ritmo” e “Westinghouse”:
1. Avaliação do ritmo através da habilidade e do esforço
(Sistema BEDAUX): Introduzido nos EUA por Charles E. Bedaux,
por volta de 1916, com a função de incentivo salarial e controle do
trabalho. Este sistema baseia-se em estudos de tempos, com seus
padrões expressos em pontos ou "B". Um pouto ou B é, na verdade,
outra denominação do que se conhece hoje como “minuto-padrão”.
Em outras palavras, um operador trabalhando em ritmo normal deveria
produzir 60B por hora. Esperava-se que com esse sistema de incentivo,
os operadores trabalhassem de forma que a execução média se
situasse entre 70 e 80B.
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2. SISTEMA WESTINGHOUSE –A avaliação é feita a partir de 4 fatores:
1. Habilidade: competência para seguir um método.
2. Esforço: associado à um ritmo constante durante uma operação.
3. Condições: do ambiente, das máquinas, ferramentas, etc..
4. Consistência: nos movimentos.
Neste sistema a avaliação
pode ser feita por elemento
ou por ciclos.
O quadro ao lado mostra
as escalas adotadas em cada
fator.
Para cada avaliação os
fatores devem ser somados
e o total adicionado ao
tempo médio, obtendo-se
assim o Tempo Normal.
2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
3. AVALIAÇÃO POR PADRÕES SINTÉTICOS – a avaliação é feita através da
comparação dos valores obtidos por observação direta com os valores sintéticos
(obtidos pelo método MTM) para os elementos correspondentes, considerando os
valores sintéticos como normais. A equação para cálculo é:
Sendo:
R = fator de ritmo
P = tempo sintético padrão
A = tempo médio cronometrado.
𝑅 =𝑃
𝐴
4. AVALIAÇÃO OBJETIVA POR ELEMENTO – a avaliação é feita através de 2
fatores: ritmo e dificuldade de trabalho, e em duas etapas:
1ª. Avaliação do ritmo em comparação com o ritmo padrão, não considerando a
dificuldade de trabalho.
2ª. Uso de ajustes numéricos em percentagens, correspondentes aos fatores que
influem na dificuldade do trabalho: 1. quantidade do corpo utilizada, 2. pedais, 3.
bimanualidade, 4. coordenação olhos/mãos, 5. requisitos de manejo ou sensoriais, 6.
peso manejado ou resistência encontrada.
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5. AVALIAÇÃO FISIOLÓGICA DO DESEMPENHO – Estudos mostram
que há uma relação direta entre o trabalho físico e a quantidade de oxigênio
consumida por uma pessoa. As variações das batidas do coração também é uma
medida da atividade muscular em que se pode confiar. Parece viável que se possa
determinar uma pulsação normal, podendo-se medir novas tarefas relativamente
a esse padrão.
2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
6. DESEMPENHO DO RITMO – A avaliação é feita a partir de um único fator
entre: velocidade, ritmo ou tempo. Este sistema se utiliza de registros anteriores
para estabelecer os padrões normais. Nesse sistema o ritmo normal é tido
como 100% e os demais são tomados em relação a esse padrão.
Desta forma:
Velocidade abaixo da normal ritmo menor que 100%
Velocidade normal ritmo igual a 100%
Velocidade acelerada ritmo maior que 100%
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
EXERCÍCIO
FILME: RITMO DE PASSO DO CAVALHEIRO
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• Para o sistema Desempenho do Ritmo:
ou
• O Tempo Normal é definido como o Tempo Médio corrigido
pela avaliação de ritmo. Essa correção depende do sistema em
que se usa para estimar o ritmo, assim:
3. Determinação do Tempo Normal
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑖𝑡𝑚𝑜
100𝑇𝑁 = 𝑇𝑀
𝐹𝑅100
• Para o sistema Westinghouse:
ou
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 ∙ 1 + 𝐻𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 + 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠 + 𝐸𝑠𝑓𝑜𝑟ç𝑜 + 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀 ∙ 1 + 𝐻𝑎𝑏 + 𝐶𝑜𝑛𝑑 + 𝐸𝑠𝑓 + 𝐶𝑜𝑛𝑠
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
EXEMPLO 4
Uma operação teve o ritmo avaliado utilizando o Sistema Westinghouse, obtendo-se
um Tempo Médio de 0,08 min e as seguintes avaliações:
Habilidade = B1 + 0,11
Condições = E - 0,03
Esforço = C1 + 0,05
Consistência = D 0,00
Determine o Tempo Normal desta operação.
Solução:
𝑇𝑁 = 0,08 ∙ 1 + 0,11 − 0,03 + 0,05 + 0,00
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀 ∙ 1 + 𝐻𝑎𝑏 + 𝐶𝑜𝑛𝑑 + 𝐸𝑠𝑓 + 𝐶𝑜𝑛𝑠
𝑇𝑁 = 0,08 ∙ 1,13 = 0,0904 𝑚𝑖𝑛
20
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EXEMPLO 5
Para uma operação realizou-se as coletas de tempo apresentadas na tabela abaixo.
Sabendo que o analista considerou que o operador manteve um ritmo médio de
105%, calcule o tempo médio e o tempo normal da operação.
Solução:
O tempo médio da operação é TM = 97,37 s
O tempo normal é:
t (s)
93,72
96,58
97,24
98,34
97,90
99,22
99,00
97,68
96,14
99,00
95,04
98,56
97,37
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀𝐹𝑅
100= 97,37
105
100= 97,37 ∙ 1,05 = 𝟏𝟎𝟐, 𝟐𝟒 s
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
EXEMPLO 6
Para uma operação realizou-se coletas de tempo em diferentes horários do dia.
Como o analista observou que o ritmo variava muito, resolveu considerar um
ritmo para cada observação, em vez de um ritmo médio. Os resultados são
apresentados na tabela abaixo. Para essa operação, calcule o Tempo Normal.
t (s) F. Ritmo (%) TN
323,8 110
349,5 105
369,5 100
415,2 90
372,0 100
471,3 80
418,0 90
337,4 110
304,4 120
358,3 105
380,2 95
416,1 90
356,1
367,0
369,5
373,7
372,0
377,0
376,2
371,2
365,3
376,2
361,2
374,5
370,0
Solução:
O tempo normal é 370,0 s.
21
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
4. Determinação do Fator de Tolerância
O tempo-padrão é obtido a partir do tempo normal corrigido com as
considerações de tolerância.
• Tolerâncias são interrupções no trabalho provocadas por fatores: pessoais,
esperas inevitáveis para o operador, fadiga e tolerâncias especiais.
As tolerâncias em uma
operação podem ser
determinadas por
cronometragem,
amostragem do trabalho
ou estudos da produção.
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
4. Determinação do Fator de Tolerância
1. TOLERÂNCIA PESSOAL – tempo dispendido com necessidades fisiológicas
e varia com as condições ambientais, com o tipo de trabalho executado e com o
estado físico da pessoa. Esse tipo de tolerância deve ser considerada em
primeiro lugar em uma análise. Para um trabalho leve, onde o operador passa 8h
por dia, estimou-se que o trabalhador usa de 2 a 5% do tempo, mas para
trabalhos pesados e executados em condições desfavoráveis, essa tolerância
pode ser maior que 5%.
Pode ser estimado por amostragem do trabalho ou por estudo da produção
e aplicada para toda a empresa ou por seções.
2. TOLERÂNCIA DE ESPERAS – são condições não controladas pelo
operador que resultam em paradas, geralmente por: manutenção de máquinas,
ajustes ligeiros no processo/máquinas, substituição de ferramentas, variações de
materiais, interrupções de supervisão, etc..
Podem ser estabelecidas por amostragem, planos de produção ou estudos de
produção, ou ainda projetadas no planejamento de produção(geralmente por
acordos coletivos de trabalho ou políticas da empresa).
22
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
4. Determinação do Fator de Tolerância
3. TOLERÂNCIA PARA FADIGA – tempo dispendido pelo operador com
recuperação do desgaste físico e mental resultante do nível de atividade
exercida.
A composição do tempo de fadiga é bastante complexa, envolvendo
conhecimentos de várias áreas (fisiologia, psicologia, sociologia, biomecânica, etc.)
e é variável em função da pessoa, relações sociais no trabalho e com as condições
físicas do operador.
A estimativa é feita pelo estabelecimento de uma escala de valores
representativos de tolerâncias, sendo que o mais comum, atualmente por parte
das empresas, é programar períodos de descanso (de manhã e de tarde)
independente de escalas.
Prof. Robson AlmeidaProf. Robson Almeida
A figura ao lado apresenta uma planilha para
cálculo de fadiga.
Observa-se que são considerados, em
escalas definidas de influência, o esforço
físico, esforço mental, recuperação e a
monotonia, além da influência das condições
ambientais, como condições térmicas do
local, condições atmosféricas, presença de
ruído, umidade e vibração.
23
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4. Determinação do Fator de Tolerância
• Se as três tolerâncias forem aplicadas uniformemente a todos os
elementos, elas podem ser somadas e aplicadas juntas, necessitando
de um único cálculo.
• Podemos determinar o Fator de Tolerância (FT) através da
porcentagem do tempo total, gasto com a tolerância, ou através do
tempo total da jornada comparado ao tempo da jornada útil
(exceto as tolerâncias).
ou
Sendo p é a tolerância, em %.
𝐹𝑇 =100
100 − 𝑝𝐹𝑇 =𝐽𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐽𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎 ú𝑡𝑖𝑙
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5. Determinação do Tempo-padrão
• O Tempo-Padrão é determinado através dos valores de TN e FT,
calculados conforme indicado anteriormente.
𝑇𝑃 = 𝑇𝑁 ∙ 𝐹𝑇
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EXEMPLO 7
Uma empresa tem uma jornada de trabalho das 7h30 às 17h30, com uma hora para
almoço e 25 minutos destinados às necessidades pessoais. Foi feita a
cronometragem de uma operação, obtendo-se um TM de 55 segundos.
Considerando-se que o operador cronometrado tem uma velocidade de 105%,
determinar no TP dessa operação.
Solução:
- Cálculo do Tempo Normal
- Cálculo do fator de tolerância
- Cálculo do Tempo-Padrão
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀𝐹𝑅
100= 55
105
100= 55 ∙ 1,05 = 𝟓𝟕, 𝟕𝟓 s
𝐹𝑇 =𝐽𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐽𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎 ú𝑡𝑖𝑙=
10 ∙ 60
10 ∙ 60 − 60 − 25=600
515= 1,165
𝑇𝑃 = 𝑇𝑁 ∙ 𝐹𝑇 = 57,75 ∙ 1,165 = 𝟔𝟕, 𝟐𝟖 𝒔
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Tempos acíclicos
• São os tempos correspondentes a operações ou elementos que
ocorrem a intervalos regulares, dentro de uma operação completa.
Veja o seguinte exemplo:
Um operador monta um pequeno módulo eletrônico, composto de uma
placa de circuito impresso, alguns componentes eletrônicos e um pequeno
cabo de fiação. A instrução de montagem que esse operador recebe é a
seguinte:
• A cada 10 módulos montados, ele deverá testar o último deles em
um equipamento de teste localizado à sua frente;
• Os módulos devem ser colocados em uma caixa contento
separadores para 40 peças, de modo que, ao completar 40 módulos
ele deve fechar e lacrar a caixa e colar uma etiqueta autoadesiva de
identificação.
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Tempos acíclicos
• Podemos observar que os tempos de teste eletrônico e de
embalagem são tempos acíclicos e os mesmos devem ser
cronometrados normalmente, seguindo-se o padrão descrito
anteriormente.
• O detalhe importante associado ao tempo acíclico é que este deve
ser rateado para o número de operações para as quais ele é válido.
Assim, de acordo com o exemplo anterior, o tempo de teste deve
ser dividido entre 10 módulos enquanto o tempo de embalagem
deve ser dividido por 40 módulos de modo que o tempo padrão
final do produto leve em consideração os tempos de teste e
embalamento.
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Tempo-padrão total de uma peça
• Conforme visto anteriormente, através da cronometragem ou dos
tempos sintéticos chega-se ao valor do Tempo Padrão de uma peça.
Porém, devemos observar que esse TP refere-se à peça
isoladamente, e durante o processo de produção normal, ou seja,
não levamos em conta ainda os setups de máquina ou os processos
de finalizações (embalagens).
• O procedimento a ser seguido é o seguinte:
1. Determinar o tempo padrão de cada operação do
processamento da peça, no ciclo normal,
2. Somar a esse tempo todos os tempos correspondentes
às trocas de ferramental, ajustes de máquina, regulagens,
etc.
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Tempo-padrão total de uma peça
• Devemos entender setup como toda preparação ou trabalho feito
para colocar um equipamento em condições de produzir uma peça
em regime normal. O tempo de setup é contado desde o início da
preparação da máquina/processo até a obtenção da primeira peça
aprovada, com a consequente liberação da produção.
• Podemos dizer que o setup é uma atividade acíclica dentro do
processo de produção, ocorrendo uma ou algumas vezes durante a
produção de um lote de peças.
• Para a inclusão destes tempos (setup e embalagem) no tempo
padrão de uma peça, devemos distribuir esses tempos por todas as
peças do lote e acrescenta-lo ao Tempo Padrão individual da
mesma.
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EXEMPLO 8
Um produto industrial é processado em 3 operações cuja soma dos Tempos-
Padrões dá 3,50 minutos. O tempo de setup é de 5,0 minutos para cada 1.000 peças.
As peças produzidas são colocadas em uma caixa com capacidade para 100 peças,
que ao ser completada é fechada e lacrada. O tempo deste embalamento é de 1,50
minutos. Determinar o TP total da peça.
Solução:
TP = 3,5 min/pç
- Cálculo do tempo de setup rateado para cada peça
Tsetup = 5,0 min / 1000 pç = 0,005 min/pç
- Cálculo do tempo de embalagem rateado para cada peça
Tembalagem = 1,5 min / 100 pç = 0,015 min/pç
- Tempo-padrão resultante
TPfinal = 3,5 + 0,005 + 0,015 = 3,52 min
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Tempo-padrão de um lote de peças
• Para um lote de peças deve-se verificar o número de vezes em que
deve ser feito o ajuste do processo (setup) e o número de
embalagens necessárias ao lote de peças. O TP será determinado
como segue:
𝑇𝑃𝐿𝑂𝑇𝐸 = 𝑛𝑝𝑒ç𝑎𝑠 ∙ 𝑇𝑃𝑝𝑒ç𝑎 + 𝑛𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝 ∙ 𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝 + 𝑛𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∙ 𝑇𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚
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EXEMPLO 9
Uma peça foi cronometrada e determinou-se um TP, em regime de produção normal,
de 4,30 minutos por peça. O TP do setup dessa peça é de 6 horas, e programado
para a produção de 1.000 unidades. Calcular o TP para um lote de 1.800 peças.
Solução:
TPpeça = 4,30 min
𝑇𝑃𝐿𝑂𝑇𝐸 = 1.800 ∙ 4,30 + 2 ∙ 6 ∙ 60 + 0 = 8.460 𝑚𝑖𝑛 = 141 ℎ
𝑇𝑃𝐿𝑂𝑇𝐸 = 141 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑇𝑃𝐿𝑂𝑇𝐸 = 𝑛𝑝𝑒ç𝑎𝑠 ∙ 𝑇𝑃𝑝𝑒ç𝑎 + 𝑛𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝 ∙ 𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝 + 𝑛𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∙ 𝑇𝑒𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚
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Tempos pré-determinados (tempos sintéticos)
• A principal vantagem da utilização de tempos pré-
determinados é a eliminação da necessidade de
cronometragens para um trabalho, existente ou
não. Assim, é possível levantar o tempo de
execução de um novo produto, por exemplo, antes
mesmo de ele ter sido colocado em produção.
• Os métodos de tempos pré-determinados, ou sintéticos, envolvem
a utilização de dados tabelados sobre tempos de movimentos
elementares.
• No entanto, é necessário um alto nível de qualificação para gerar
um tempo padrão pré-determinado. Os analistas geralmente
passam por treinamentos ou cursos de certificação para
desenvolver as habilidades necessárias para esse tipo de trabalho.
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Sistemas
• O sistema mais comumente utilizado e abundantemente
comentado na literatura técnica é o MTM, que utiliza as tabelas de
tempos elementares padrão desenvolvidas a partir de 1940.
• Há vários sistemas de tempos sintéticos já desenvolvidos, porém os
mais conhecidos são:
1. Tempos sintéticos para operações de montagem (1938)
2. Sistema Fator Trabalho, WF –Work Factor (1938)
3. Sistema MTM – Methods Time Measurement (1948)
4. Sistema BTM – Basic Time Measurement (1950)
• O MTM é um sistema em evolução e teve acréscimo de módulos
ao longo do tempo, sendo os principais: MTM-SD, MTM-2, MTM-3,
MTM-BSD, MTM-UAS, MTM-MEK, PROKON, MTM-Controle Visual.
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Sistema MTM – “O método determina o tempo!”
• As tabelas a seguir apresentam uma representação resumida e
simplificada do sistema MTM.
• Este sistema identifica, inicialmente, os micromovimentos de uma
operação.
• Para cada micromovimento foram determinados tempos, em função
da distância e da dificuldade do movimento, os quais se encontram
tabelados. O tempo padrão é obtido somando-se os tempos de
cada micromovimento.
• A unidade de tempo para cada micromovimento nas primeiras
tabelas deste sistema é TMU (Time Measurement Unit), sendo:
1 TMU = 0,036 s = 0,0006 min = 0,00001 h
• TMU é, na verdade, centésimos de milésimo de hora (cmh). Algumas
empresas transformaram esses dados em centésimo de minuto.
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EXEMPLO 10
Exemplo de aplicação do sistema MTM: um envelope e uma carta se encontram
sobre a mesa. Desejamos dobrá-la e guardá-la no envelope. Elaborar o diagrama das
duas mãos e determinar o tempo padrão da operação utilizando a tabela de tempos
sintéticos MTM.
Solução: primeiramente elabora-se o diagrama das duas mãos para a atividade.
(continua...)
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EXEMPLO 10
Após isso, elabora-se uma tabela com a classificação MTM de cada micromovimento
e o tempo sintético associado. A soma dos tempos sintéticos será o tempo
estimado para a atividade.
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EXEMPLO 10
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Bibliografia
BARNES, Ralph Mosser. Estudo de movimentos e de tempos: projeto de
medida do trabalho. São Paulo: E. Blücher, 1977. 635 p. (6)
PEINADO, Jurandir; GRAEML, Alexandre Reis. Administração da produção:
operações industriais e de serviços. Curitiba : UnicenP, 2007. 750 p.
SANTOS, Javier; WYSK, Richard A.; TORRES, José Manuel. Otimizando a
produção com a metodologia Lean. São Paulo: Leopardo, 2009. 267 p.
TOLEDO JÚNIOR, Itys-Fides Bueno de; KURAMOTI, Shoei; SILVA, José Paulo
Pereira. Cronoanálise: base da racionalização, da produtividade da redução de
custos. 17. ed. Mogi das Cruzes: O&M Itys-Fides, 2011. 199 p. (Racionalização
industrial)