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    OPERAES TCNICAS EM

    EMPRESAS TURSTICAS

    Mdulo 1

    As empresas tursticas - tipologia

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

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    ndice

    Apresentao e objectivos.2

    1.As empresas tursticas.3

    1.1. Tipologia e classificao quanto ao segmento de mercado em que se

    enquadram3

    1.2. Tipologia dos servios prestados..61.2.1. Operadores tursticos..6

    1.2.2. Transportadoras Areas e Ferrovirias.7

    1.2.3. Agncias de Viagens.12

    1.2.4. Unidades Hoteleiras e de alojamento turstico..15

    1.2.5. Empresas de Organizao e Gesto de Eventos20

    1.2.6. Empresas de Animao Turstica e empresas de turismo activo..23

    Bibliografia52

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

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    Apresentao do mdulo

    Neste mdulo, pretende-se que o aluno adquira conhecimentos acerca da organizao e

    tipologia das empresas que operam na actividade turstica.

    O objectivo que o aluno se familiarize com os diferentes tipos de interveno de cada uma,

    a sua tipologia, caractersticas e especificidades da actividade que desenvolvem, numa

    perspectiva de optimizao do conceito subjacente s exigncias de conhecimento profundo

    deste sector que um tcnico de turismo, com o perfil que se pretende construir, deve ter no

    final da concluso desta formao tcnica.

    Objectivos de Aprendizagem

    Compreender a importncia da segmentao do mercado turstico

    Identificar as empresas tursticas e conhecer as suas reas de interveno especficas

    Definir o mbito e o enquadramento legal das mesmas

    Analisar a transversalidade da actividade turstica nas suas vrias componentes

    Reconhecer os sinais e as caractersticas que podero tornar uma empresa de

    servios, numa empresa de utilidade turstica

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    1.As empresas tursticas

    1.1. Tipologia e classificao quanto ao segmento de mercado em que se

    enquadram

    A empresa turstica aquela que produz qualquer espcie de prestao material e/ou de

    servios que serve directamente a satisfao das necessidades dos turistas e que, durante a

    distribuio desses bens e servios, entra em contacto directo com eles.

    Como as necessidades dos turistas so heterogneas, as empresas de turismo assumem

    maior ou menor importncia para cada um deles dependendo do grau de satisfao

    proporcionado por elas.

    A indstria do turismo encontra-se, hoje, em forte expanso, enquadrando um elevado

    nmero de empresas em diversos segmentos de mercado, de acordo com a tipologia dos

    servios prestados.

    A oferta turstica constituda pela totalidade dos bens e servios adquiridos pelos turistas.

    Assim diz-se que o produto turstico total constitudo por um conjunto de subprodutos, tais

    como transporte, hotelaria, restaurantes, animao/diverso, souvenirs, seguro, entre

    outros.

    Na sua deslocao, o turista consome directa ou indirectamente uma enorme variedade de

    bens e servios, os quais so produzidos e comercializados por um vasto conjunto de

    empresas, com caractersticas muito prprias e diversificadas.

    Apesar de habitualmente se falar de uma indstria turstica, tal como acontece com as

    restantes actividades econmicas, o facto que, em turismo, torna-se, por vezes difcil, falar

    de uma indstria do turismo, uma vez que todo o conjunto de bens e servios adquiridos

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    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

    pelos turistas, tem origem num vasto nmero de actividades promovidas por empresas

    pertencentes a sectores muito diversificados, na maior parte dos casos sem relao directa

    entre si.

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

    Todavia, existem certas empresas que devem exclusiva ou principalmente a sua existncia

    ao turismo como so os casos do alojamento, operadores tursticos, agncias de viagens,

    transportes e outros, em relao aos quais podemos falar de facto em indstria, isto ,

    indstria hoteleira, ou indstria dos transportes, por exemplo.

    No devemos, porm, englobar o alojamento, o golfe, os parques naturais, os bares, os

    museus, os monumentos, o artesanato e os transportes na designao genrica de indstria

    turstica, uma vez que s tm em comum o facto de serem objecto de uma procura ou de

    um consumo turstico e, mesmo assim, em grau de intensidade muito variado.

    Podemos, tambm, distinguir trs nveis de actividades ou negcios relacionados com ligao

    ao sector do turismo: primrios, secundrios e tercirios.

    Os negcios do turismo consideradosprimrios abarcamos meios para a realizao

    das viagens, os sistemas de suporte e as razes para viajar, neles se incluindo a

    organizao das viagens, os transportes, o alojamento, o fornecimento de refeies

    (catering) e as atraces tursticas.

    Os negcios secundrios so aqueles que beneficiam directamente dos gastos dos

    turistas, normalmente no destino, mas nem sempre, tais como os seguros, os

    bancos, servios pessoais (cabeleireiros, limpeza) ou as lojas comerciais.

    Finalmente, os negciostercirios so aqueles cujo benefcio resulta indirectamente

    dos consumos (gastos) tursticos tais como os servios pblicos, a publicidade ou o

    fornecimento de combustveis.

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    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

    1.2. Tipologia dos servios prestados

    1.2.1. Operadores tursticos

    Um operador turstico uma empresa grossista de viagens que ajusta uma deslocao e

    todos os seus elementos, vendendo-a directamente ao consumidor final, s agncias de

    viagens ou a outros retalhistas; um fabricante de pacotes tursticos que recolhe uma

    srie de servios individuais promovidos por diversas empresas.

    Os operadores tursticos acrescentam uma margem de 20 a 25% sobre o preo do pacote,exceptuando o transporte areo. Desta parte do pacote, que representa cerca de 50% do

    preo total, quem beneficia so as agncias de viagem que recebem uma comisso quando

    emitem o bilhete.

    Normalmente a percentagem de lucro de um operador turstico de cerca de 3% depois de

    deduzidos os custos de operao. Portanto, para sobreviverem, tm que vender em larga

    escala. Para terem lucro, os operadores tursticos tm que vender 85% dos seus pacotes.

    O operador turstico no tem que pagar adiantada a soma dos produtos que compra. D um

    sinal e o restante pago apenas quando a viagem dos seus clientes finalizada. O espao

    de tempo entre o pagamento da agncia de viagens ao operador turstico e deste aos seus

    fornecedores muito importante para a sua sobrevivncia.

    Um operador turstico pode sofrer consequncias graves quando factores externos

    influenciam a sua actividade e robustez econmica. Exemplos disto so: o clima, ainsegurana, as catstrofes naturais, etc.). Actualmente sofrem, ainda, outra ameaa j que

    as prprias companhias areas esto a fazer concorrncia aos operadores tursticos.

    Normalmente um pacote turstico, nacional ou internacional, composto do alojamento,

    transporte (areo, rodovirio, ferrovirio), alimentao (na sua totalidade ou no), transfers

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    e guias locais.

    Existem dois tipos de pacotes tursticos:

    pacote individual (forfait), onde o turista quando se desloca agncia de viagens

    escolhe o empreendimento turstico, a companhia area, os locais para os quais

    pretende viajar, enfim, monta o pacote sua medida

    pacote em grupo, ou seja a excurso, os horrios, meios de transporte e

    empreendimentos tursticos esto j pr-estabelecidos, podendo apenas em algumas

    situaes, e com pagamento em separado, pedir mais entradas em determinadas

    atraces ou bilhetes para excurses, aluguer de carros ou outras componentes noincludas no pacote.

    Para organizarem uma viagem, os operadores tursticos adquirem aos produtores os servios

    que integram na viagem por um determinado preo, combinam esses servios num pacote

    (package) e vendem-no a um preo final que cobre todos os servios.

    1.2.2. Transportadoras Areas e Ferrovirias

    O Turismo, por definio, pressupe a deslocao, que uma das suas caractersticas

    essenciais e por conseguinte, o transporte faz parte integrante do sistema turstico.

    o transporte que permite o acesso ao destino a partir da residncia habitual dos visitantes,

    bem como as deslocaes no seu interior e que portanto, permite a movimentao das

    pessoas. O transporte o corao do turismo.

    Principais formas e meios de transportes de interesse turstico

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    Mdulo 4 O

    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    eraes tcnicas em agncias de viagens e tra

    sportes

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    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

    Transporte Areo

    O transporte areo sofreu uma expanso relativamente grande comparativamente ao

    conjunto dos transportes pblicos. At 1936 o transporte areo evoluiu lentamente e s

    passados 20 anos que se d o grande salto qualitativo e quantitativo com a reduo dos

    custos das tarifas areas e a nvel da produo das aeronaves (entre outros factores).

    Este progresso veio estimular a procura do transporte areo devido, sobretudo, sua

    rapidez e segurana.

    Organizao do Transporte Areo

    Em 1 lugar h que caracterizar os dois tipos de trfego areo:

    Os voos regularesoperam em rotas especficas e em conformidade com horrios

    publicados (e so obrigados a lev-los a cabo seja qual for o seu load factor (Taxa de

    Ocupao necessrios para conseguir cobrir os custos).

    Os voos charterpodem ser cancelados se a procura insuficiente. Os voos charter

    operam em curta, mdia e longa distncias, mas a sua maior concentrao em

    voos de pequena distncia, dentro da Europa, por motivo de frias.

    Actualmente, existem 5 categorias fundamentais de companhias areas:

    As grandes companhias areas regulares - existem mais de 20 grandes companhias

    nacionais (que constituem a Associao das Companhias Areas Europeias AEA).

    O 2 grupo constitudo por companhias areas subsidirias das grandes

    companhias, que se dedicam sobretudo s operaes no regulares, mas igualmente

    importantes no campo das operaes domsticas e regionais. O 3 grupo envolve as companhias independentes que praticamente s operam

    servios charter- algumas destas companhias esto entre as maiores companhias

    europeias

    O 4 grupo, refere-se s companhias regionais, cujos servios areos tm crescido

    consideravelmente na Europa, nos ltimos anos (como o caso dos txis areos).

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    O 5 grupo diz respeito s companhias Low Cost que se caracterizam por

    comercializar os seus produtos na Internet, a preos muito reduzidos. Podem ser

    companhias independentes, subsidirias das de voos regular e das de voo charter.

    Regulamentao do Transporte Areo

    O trfego areo sempre foi uma actividade altamente regulamentada.

    A International Civil Aviation Organization (ICAO) estabeleceu quatro princpios bsicos para

    a aviao internacional, que so: A soberania de cada nao sobre o seu espao areo.

    O direito de todas as naes de participar do trfego areo.

    A regulamentao no - discriminatria do trfego areo.

    A liberdade de cada nao para designar as companhias que podero operar no seu

    espao areo.

    Props ainda as Cinco Liberdades do Ar originais (actualmente so oito), pelas quais cada

    estado concede aos outros estados os seguintes privilgios:

    Cinco Liberdades do Ar

    Voar atravs do seu territrio sem aterrar

    Aterrar com propsitos no relacionados com o trfego

    Deixar passageiros, correspondncia e cargas recolhidas no territrio do estado onde

    pertence o avio

    Recolher passageiros, correspondncia e cargas recolhidas no territrio do estadoonde pertence o avio

    Recolher passageiros, correspondncia e carga destinados ao territrio de qualquer

    outro estado e deixar passageiros, correspondncia e carga oriundos de qualquer um

    desses territrios

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    Servios oferecidos pelas Companhias Areas:

    Servios em Terra

    Aceitao dos passageiros (check-in)

    Facturao do equipamento

    Ateno especial a pessoas com problemas de mobilidade, crianas no

    acompanhadas.

    Embarque

    Carto que facilita diversos servios

    Ateno especial a passageiros frequentes

    Servios a Bordo Servio de alimentao e bebidas de acordo com a durao do voo

    Projeco de filmes

    Ateno especial a menores no acompanhados

    Revistas e imprensa actualizada

    Transporte Ferrovirio

    O transporte ferrovirio e o martimo constituiu a primeira forma de transporte a ser utilizada

    amplamente para viagens de passageiros.

    Ao longo da sua histria o comboio enfrentou vrios problemas, sendo:

    A falta de padronizao,

    A largura dos trilhos,

    A discrepncia entre a procura por parte de passageiros e a procura por

    questes de transporte de carga,

    Os elevados custos de manuteno,

    O encerramento de muitas estaes,

    A crescente concorrncia das viagens por ar e de carro particular

    Contudo, prev-se que o comboio reconquiste o seu lugar e a sua importncia pelos

    seguintes factores:

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    Desenvolvimento dos T.G.V., que vo permitir competir nas rotas areas e terrestres

    no acesso a grandes centros urbanos, podem atingir velocidades na casa dos

    300Km/h.

    A modernizao das vias-frreas e das carruagens contribuir para o relanamento

    da imagem dos caminhos-de-ferro.

    Transformao do Comboio em Produto Turstico

    A nostalgia pelos comboios criou um novo interesse pelas viagens neste meio de transporte,

    transformando-o numa nova experincia turstica. Deste facto resultou o aparecimento deum grande n de programas concebidos como produtos tursticos.

    H j muitos anos que as viagens nos velhos comboios a vapor, utilizando as carruagens e

    as mquinas antigas se tornou uma forte atraco turstica em alguns pases,

    nomeadamente no Reino Unido e em Frana.

    1.2.3. Agncias de Viagens

    As agncias de viagem so empresas retalhistas que fazem parte da distribuio turstica e

    apresentam as seguintes caractersticas:

    Trabalham em conexo com vrios produtores tursticos a fim de completar os

    diferentes servios que os clientes exigem;

    Tm um posicionamento directo ao cliente final, dentro do canal dedistribuio. Finalizam e concretizam todo o processo de distribuio;

    So os que de uma forma geral tm vendido o produto turstico,

    tradicionalmente, ao comprador/consumidor;

    No podem fabricar produtos tursticos para distribuir atravs de outras

    agncias de viagens;

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    Cobram ao cliente pelos servios efectuados, no momento da entrega de

    documentao e da venda consumada;

    Recebem uma retribuio proveniente do fornecedor, normalmente designada

    como percentagem econmica da venda realizada. Este valor varia segundo

    os tipos de produtos vendidos e os produtores, assim como da importncia e

    da fora das negociaes que a agncia incute nos seus fornecedores.

    Actuam em nome de um cliente, na organizao de uma viagem com os prestadores de

    servios (companhias areas, hotis, operadores, etc.) e recebem em troca uma comisso

    dos produtores envolvidos.

    So uma componente da estrutura empresarial directamente ligada indstria turstica como

    actividade mediadora (elemento de ligao) entre os turistas e as entidades fornecedoras de

    servios.

    Classificao das agncias de viagem:

    Agncias IATA - So aquelas que detm um stock de bilhetes de companhiasareas regulares que podem emitir a qualquer altura para os seus clientes. Dispem

    de um software informtico que lhes possibilita efectuar reservas, emitir os

    respectivos bilhetes, pedir cotaes de tarifas, verificar condies de entrada num

    determinado pas, condies climatricas, etc.

    Agncias NO IATA - Podem efectuar as mesmas operaes com excepo da

    emisso de bilhetes, devendo solicitar a sua emisso s companhias areas ou a uma

    agncia de viagens IATA.

    De acordo com a sua dimenso, capacidade e tipo de servios, as agncias de viagens

    podem ainda dividir-se em:

    Agncias Organizadoras (grossistas)

    Agncias Revendedoras (retalhistas)

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    De acordo com a legislao em vigor, so agncias de viagens e turismo as empresas cujo

    objecto compreenda o exerccio de determinadas actividades prprias e acessrias:

    Classificao das agncias de viagens quanto sua especializao:

    Incoming

    Outgoing

    O incoming

    As empresas especializadas em incoming distribuem servios e pacotes tursticos para os

    turistas visitarem o destino onde elas esto situadas.

    As agncias representam os operadores tursticos estrangeiros no destino. Dedicam-se

    principalmente a contratar servios e a organizar actividades complementares a fim de os

    fornecer aos grossistas e, ao mesmo tempo, recebem e apoiam os turistas por estes

    enviados.

    Podem ter quatro principais tipos de actividades:

    Turismo receptivo, recepo dos turistas em representao de operadores e outras

    agncias de viagens a quem proporcionam os transfers, pagando os servios por

    conta do representado;

    Venda de excurses e contratao de guias a pedido dos visitantes;

    Reserva de hotis, aluguer de automveis e outros servios acessrios como

    obteno de passaportes e vistos;

    Turismo emissor: as agncias de viagens receptivas podem organizar o receptivo, por

    conta de outra agncia mas tambm, simultaneamente, vender passagens e viagens

    completas para outros destinos.

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    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

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    O outgoing

    O seu principal negcio de intermediao o de promover viagens para o estrangeiro e para

    o prprio territrio onde se encontram instaladas, podendo especializar-se em certos tipos de

    negcios ou organizar departamentos especializados no seu seio. Realizam turismo de

    importao.

    As empresas que trabalham essencialmente o outgoingorganizam pacotes para os turistas

    viajarem para fora do pas onde est localizado o operador. Normalmente trabalham mais do

    que um destino.

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    Mdulo 4 O

    1.2.4. Unidades Hotel

    Consideram-se Empreend

    estabelecimentos que se d

    dispondo, para o seu

    equipamentos e servios c

    Os empreendimentos turs

    a) Estabelecimento

    b) Aldeamentos turc) Apartamentos tu

    d) Conjuntos tursti

    e) Empreendimento

    f) Empreendimento

    g) Parques de cam

    h) Empreendimento

    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    eraes tcnicas em agncias de viagens e tra

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    iras e de alojamento turstico

    imentos Tursticos, ao abrigo do novo

    stinam a prestar servios de alojamento,

    funcionamento, de um adequado conj

    mplementares.

    icos podem ser integrados num dos seguint

    hoteleiros;

    sticos;sticos;

    os (resorts);

    s de turismo de habitao;

    de turismo no espao rural;

    ismo e de caravanismo;

    s de turismo da natureza.

    sportes

    Regime Jurdico, os

    ediante remunerao,

    unto de estruturas,

    s tipos:

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

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    Estabelecimentos hoteleiros

    So estabelecimentos hoteleiros os empreendimentos tursticos destinados a proporcionaralojamento temporrio e outros servios acessrios ou de apoio, com ou sem fornecimento

    de refeies, e vocacionados a uma locao diria.

    Os estabelecimentos hoteleiros podem ser classificados nos seguintes grupos:

    Hotis

    Hotis-apartamentos (aparthotis)

    Pousadas

    Os estabelecimentos hoteleiros devem dispor, no mnimo, de 10 unidades de alojamento, e

    podem ocupar uma parte independente de um edifcio, constituda por pisos completos e

    contguos, ou a totalidade de um ou mais edifcios que constituam um conjunto harmnico e

    articulado entre si, inserido num conjunto de espaos contguos, apresentando expresso

    arquitectnica e caractersticas funcionais coerentes.

    Aldeamentos tursticos

    So aldeamentos tursticosos empreendimentos tursticos, constitudos por um conjunto

    de instalaes funcionalmente coerente, situadas em espaos com continuidade territorial,

    ainda que atravessados por estradas e caminhos municipais, linhas ferrovirias secundrias,

    linhas de gua e faixas de terreno afectas a funes de proteco e conservao de recursos

    naturais, destinados a proporcionar alojamento e servios complementares de apoio a

    turistas.

    Os aldeamentos tursticos devem dispor, no mnimo, de 10 unidades de alojamento.

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

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    Apartamentos tursticos

    So apartamentos tursticosos empreendimentos tursticos constitudos por um conjunto

    coerente de unidades de alojamento, mobiladas e equipadas, que se destinem a

    proporcionar alojamento e outros servios complementares e de apoio a turistas.

    Os apartamentos tursticos devem dispor, no mnimo, de 10 unidades de alojamento.

    Conjuntos tursticos (resorts)

    So conjuntos tursticos (resorts) os empreendimentos tursticos constitudos por ncleos deinstalaes funcionalmente interdependentes, situados em espaos com continuidade

    territorial, ainda que atravessados por estradas e caminhos municipais, linhas ferrovirias

    secundrias, linhas de gua e faixas de terreno afectas a funes de proteco e

    conservao de recursos naturais, destinados a proporcionar alojamento e servios

    complementares de apoio a turistas.

    Esto sujeitos a uma administrao comum de servios partilhados e de equipamentos de

    utilizao comum, que integrem pelo menos dois empreendimentos tursticos, sendo

    obrigatoriamente um deles um estabelecimento hoteleiro de cinco ou quatro estrelas, um

    equipamento de animao autnomo e um estabelecimento de restaurao.

    Devem ainda possuir as seguintes infra-estruturas e equipamentos:

    a) Vias de circulao internas que permitam o trnsito de veculos de emergncia;

    b) reas de estacionamento de uso comum;

    c) Espaos e reas verdes exteriores envolventes para uso comum;

    d) Portaria;e) Piscina de utilizao comum;

    f) Equipamentos de desporto e lazer.

    Consideram-se equipamentos de animao autnomos, as seguintes instalaes:

    a) Campos de golfe;

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    Operaes Tcnicas em Empresas Tursticas

    Mdulo 4 Operaes tcnicas em agncias de viagens e transportes

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    b) Marinas, portos e docas de recreio;

    c) Instalaes de spa, balneoterapia, talassoterapia e outras semelhantes;

    d) Centros de convenes e de congressos;

    e) Hipdromos e centros equestres;

    f) Casinos;

    g) Autdromos e kartdromos;

    h) Parques temticos;

    i) Centros e escolas de mergulho.

    Empreendimentos de turismo de habitao

    So empreendimentos de turismo de habitao os estabelecimentos de natureza familiar

    instalados em imveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitectnico, histrico ou

    artstico, sejam representativos de uma determinada poca, nomeadamente palcios e

    solares, podendo localizar -se em espaos rurais ou urbanos.

    Nos empreendimentos de turismo de habitao o nmero mximo de unidades de

    alojamento destinadas a hspedes de quinze.

    Empreendimentos de turismo no espao rural

    So empreendimentos de turismo no espao rural os estabelecimentos que se destinam a

    prestar, em espaos rurais, servios de alojamento a turistas, dispondo para o seu

    funcionamento de um adequado conjunto de instalaes, estruturas, equipamentos e

    servios complementares, tendo em vista a oferta de um produto turstico completo e

    diversificado no espao rural.

    Estes empreendimentos devem integrar-se nos locais onde se situam de modo a preservar,

    recuperar e valorizar o patrimnio arquitectnico, histrico, natural e paisagstico das

    respectivas regies, atravs da recuperao de construes existentes, desde que seja

    assegurado que esta respeita a traa arquitectnica da construo j existente.

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    Os empreendimentos de turismo no espao rural podem ser classificados nos seguintes

    grupos:

    a) Casas de campo;

    b) Agro -turismo;

    c) Hotis rurais.

    Parques de campismo e de caravanismo

    So parques de campismo e de caravanismo os empreendimentos instalados em terrenosdevidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a instalao de

    tendas, reboques, caravanas ou auto-caravanas e demais material e equipamento

    necessrios prtica do campismo e do caravanismo.

    Nos parques de campismo e de caravanismo podem existir instalaes de carcter

    complementar destinadas a alojamento desde que no ultrapassem 25 % da rea total do

    parque destinada aos campistas.

    Empreendimentos de turismo de natureza

    So empreendimentos de turismo de natureza os estabelecimentos que se destinem a

    prestar servios de alojamento a turistas, em reas classificadas ou noutras reas com

    valores naturais, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de

    instalaes, estruturas, equipamentos e servios complementares relacionados com a

    animao ambiental, a visitao de reas naturais, o desporto de natureza e a interpretao

    ambiental.

    Os empreendimentos de turismo de natureza so reconhecidos como tal, pelo Instituto de

    Conservao da Natureza e da Biodiversidade, I. P. Podem adoptar qualquer das tipologias

    de empreendimentos tursticos, devendo obedecer aos requisitos previstos para a tipologia

    adoptada.

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    1.2.5. Empresas de Organizao e Gesto de Eventos

    Evento um acontecimento planeado que ocorre num dado tempo e lugar, que visa

    promover a relao entre a organizao anfitri e o pblico de interesse, com vista a

    alcanar determinados objectivos.

    Definem-se vrios tipos de eventos de acordo com as caractersticas dos mesmos.

    Saliente-se ainda que estes acontecimentos podero ser com ou sem fins lucrativos.

    Os eventos sem fins lucrativos podem ser acontecimentos totalmente financiados pelos

    organizadores ou patrocinadores ou as suas receitas serem somente para suportar os custos

    de produo (lembre-se que a definio de lucro a diferena entre a receita e a despesa).

    Os eventos podem ser classificados atravs de cinco formas, tendo em ateno o aspecto

    caracterizador. Assim, os eventos podem ser classificados por segundo diversas perspectivas.

    Classificao por categorias:

    o Institucionais Os eventos de carcter institucional so, normalmente,

    acontecimentos sem fins lucrativos. O seu objectivo o de divulgao e

    partilha de informaes e experincias, e formular polticas. Estes eventos

    podem ser organizados por funcionrios internos ou por agncias externas.

    Exemplos destes so as sesses de esclarecimento/ pedaggicas sobre

    preveno rodoviria, doenas e condutas, ambiente, os jantares de

    campanha, os encontros partidrios e as sesses de Ministros.

    o Comerciais - Podem ser organizadas por associaes comerciais ou umaempresa em particular e, dependendo do objectivo, podem ter ou no fins

    lucrativos. Os eventos de carcter comercial podem ser organizados quer por

    funcionrios internos ou externos e tm o objectivo de promover bens ou

    servios de um determinado sector industrial. Podem incluir lanamentos,

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    demonstraes e oportunidades de venda de produtos, bem como

    proporcionar informaes e aconselhamento aos participantes.

    Classificao por reas de interesse:

    o cientficos;

    o desportivos;

    o polticos;

    o empresariais;

    o sociais;

    o

    culturais ;o religiosos;

    o tursticos;

    o familiares;

    o etc.

    Segundo o nmero de participantes

    o Pequeno Evento At 200 participantes

    o Mdio Evento - Entre 200 e 600 participantes

    o Grande Evento - Mais de 600 participantes

    o Mega Eventos - Mais de 1 milho de participantes (Olimpadas, Campeonato

    Mundial de Futebol, etc.)

    Diferentes tipos de organizadores de eventos

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    1.2.6. Empresas de Animao Turstica e empresas de turismo activo

    Tendo em conta o desenvolvimento do sector do turismo e o crescente interesse pelas

    actividades comummente designadas por turismo activo, turismo de aventura e por aquelas

    que corporizam o novo conceito de oferta de experincias, reconhecendo-se a importncia

    estratgica da actividade da animao turstica, esta rea tem sido objecto de revises do

    regime jurdico.

    No dia 15 de Junho de 2009 entrou em vigor o novo Regime Jurdico das Empresas deAnimao Turstica e Operadores Maritimo-Tursticos (Decreto-Lei 108/2009 de 15 de Maio).

    Com este novo Regime criado o Registo Nacional de Agentes de Animao Turstica

    (RNAAT) empresas de animao turstica e operadores martimo-tursticos, que permitir o

    registo actualizado dos agentes a operar no mercado e um melhor acompanhamento da

    evoluo do sector.

    Assim, as empresas de animao turstica tm por actividade prpria a organizao e vendade actividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em instalaes fixas,

    de carcter ldico, com interesse turstico para a regio onde se desenvolvam.

    So consideradas actividades prprias das empresas de animao turstica, a organizao e a

    venda de actividades recreativas, desportivas ou culturais, em meio natural ou em

    instalaes fixas destinadas ao efeito, de carcter ldico e com interesse turstico para a

    regio em que se desenvolvam.

    So actividades acessrias das empresas de animao turstica, nomeadamente, a

    organizao de:

    a) Campos de frias e similares;

    b) Congressos, eventos e similares;

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    c) Visitas a museus, monumentos histricos e outros locais de relevante interesse

    turstico, sem prejuzo da legislao aplicvel ao exerccio da actividade de guia

    turstico;

    d) O aluguer de equipamentos de animao.

    As actividades de animao turstica desenvolvidas em reas classificadas ou outras com

    valores naturais designam -se por actividades de turismo de natureza.

    A animao promovida pelas empresas turstico/hoteleiras, depende muitas vezes do meio

    envolvente e da capacidade de explorao, dos meios e infra-estruturas disponveis.

    Seguindo o mesmo raciocnio, a grande mais-valia das empresas poder estar no

    aproveitamento dos recursos disponveis numa regio para actividades de animao

    turstica/hoteleira.

    Todos os tipos de atraces referidos, podero ser objecto de aproveitamento para a

    realizao de actividades de animao turstica/hoteleira. Podemos referir, como exemplos,

    algumas actividades:

    Actividades Culturais Exposies, fotografia, artesanato, seminrios, projecode documentrios, festivais de cinema e teatro, visitas a centros de cultura, jornadas

    gastronmicas, enolgicas e etnolgicas, passeios e visitas a monumentos histricos.

    Actividades de Entretenimento Concursos literrios, organizao de bailes e

    concursos de dana, concursos de confeces culinrias, desfiles de moda, showsde

    magia, jantares temticos, jogos de salo, concursos do saber fazer.

    Actividades Desportivas Concursos de pesca e minigolfe, torneios de xadrez,

    bilhar, golfe, tnis, competies em instalaes desportivas, actividades

    subaquticas, jogos de praia, desportos radicais.

    Actividades Infantis Concursos e competies desportivas, trabalhos manuais,

    festas de teatro, marionetas, disfarces, cursos de lnguas, jogos tradicionais.

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    Bibliografia

    Cunha, Licnio, Introduo ao turismo, Ed. Verbo, 3 edio, 2006

    Fernndez, Carmen, Produo e venda de servios tursticos em agncias de viagens,

    Madrid, Ed. Sintesis, 1999

    Castelli, G.,Administrao Hoteleira, 3. Edio, EDUCS, Caxias do Sul, 1995

    Quintas, Paula, Legislao Turstica,Editora Almedina, 2008, 4 Edio

    Webgrafia

    http://www.turismodeportugal.pt