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AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo Otimização Energética e Econômica do Transporte de Bioetanol no Mato Grosso do Sul Mirko V. Turdera 1 , Matheus Franzotti 2 , Gabriela Peterson 2 UFGD Rodovia Dourados Itaúm sn Dourados MS CEP 79826-435 1 Professor FAEN/Engenharia de Energia 2 Estudante do curso de Engenharia de Energia [email protected] Resumo O artigo traz, inicialmente, um levantamento do setor sucroenergético do Mato Grosso do Sul, com o intuito de conhecer as indústrias que vêm comercializando etanol. Isto é, averiguar oferta e demanda pontual do etanol no estado. A conjuntura econômica e energética é analisada e as consequências no setor. Posteriormente, focamos nosso estudo na aplicação de uma ferramenta de programação linear visando aprimorar o transporte de etanol desde as fontes de produção (usinas sucroenergéticas) até os centros de consumo. Para esta tarefa se fez uso do software LINGO. Esse software é utilizado para otimizar o fluxo de etanol escoado nas rodovias pela frota de caminhões, os resultados trarão um mapeamento da logística do transporte de etanol, ao conhecer a quantidade de caminhões circulando e levando o etanol aos destinos de consumo. A análise e a avaliação dessa logística trarão benefícios econômicos, energéticos e ao setor sucroenergético e à sociedade sul-mato-grossense. Geograficamente as unidades produtoras concentram-se no centro-sul do estado, onde há vasta área disponível para plantio e para futuras expansões da cultura. A área plantada de cana passou de 139 mil hectares na safra 2005/06 para 632 mil hectares na safra 2015/16, registrando uma taxa de expansão de 16% ao ano. A modelagem do problema da logística do transporte do bioetanol se enquadra dentro da problemática da Otimização de Redes, e é aplicada a Teoria de Grafos. Para tal, é necessário identificar quais são os nós origem ou fonte e quais são os nós de consumo ou de transformação. O levantamento inicial mostra que existem 22 usinas sucroenergéticas nós origem e entorno de 26 importantes centros de consumo nós destino. A função objetivo do problema de Programação Linear foca minimizar o custo de transporte do bioetanol pela rede rodoviária. Palavras Chave Transporte de etanol, otimização do fluxo, programação linear, Mato Grosso do Sul. Evolução da Produção de Etanol Em decorrência do aumento populacional em todo o mundo, e por consequência disso aumento da demanda por energia, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento têm-se buscado novas alternativas aos combustíveis fósseis. Sobretudo pela dependência de outros países e à possibilidade de produção interna de biocombustíveis dentro do próprio país. Neste cenário, desponta o etanol de cana-de-açúcar

Otimização Energética e Econômica do Transporte de ... · Mercado de Etanol em Mato Grosso do Sul Tratando-se do contexto estadual e como foco deste trabalho, o estado de Mato

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AGRENER GD 2015

10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural

11 a 13 de novembro de 2015

Universidade de São Paulo – USP – São Paulo

Otimização Energética e Econômica do Transporte de Bioetanol no Mato Grosso do Sul

Mirko V. Turdera1, Matheus Franzotti2, Gabriela Peterson2

UFGD Rodovia Dourados – Itaúm sn Dourados – MS – CEP 79826-435 1 Professor FAEN/Engenharia de Energia

2 Estudante do curso de Engenharia de Energia

[email protected]

Resumo

O artigo traz, inicialmente, um levantamento do setor sucroenergético do Mato

Grosso do Sul, com o intuito de conhecer as indústrias que vêm comercializando etanol. Isto

é, averiguar oferta e demanda pontual do etanol no estado. A conjuntura econômica e

energética é analisada e as consequências no setor. Posteriormente, focamos nosso

estudo na aplicação de uma ferramenta de programação linear visando aprimorar o

transporte de etanol desde as fontes de produção (usinas sucroenergéticas) até os centros

de consumo. Para esta tarefa se fez uso do software LINGO. Esse software é utilizado para

otimizar o fluxo de etanol escoado nas rodovias pela frota de caminhões, os resultados

trarão um mapeamento da logística do transporte de etanol, ao conhecer a quantidade de

caminhões circulando e levando o etanol aos destinos de consumo. A análise e a avaliação

dessa logística trarão benefícios econômicos, energéticos e ao setor sucroenergético e à

sociedade sul-mato-grossense. Geograficamente as unidades produtoras concentram-se no

centro-sul do estado, onde há vasta área disponível para plantio e para futuras expansões

da cultura. A área plantada de cana passou de 139 mil hectares na safra 2005/06 para 632

mil hectares na safra 2015/16, registrando uma taxa de expansão de 16% ao ano. A

modelagem do problema da logística do transporte do bioetanol se enquadra dentro da

problemática da Otimização de Redes, e é aplicada a Teoria de Grafos. Para tal, é

necessário identificar quais são os nós origem ou fonte e quais são os nós de consumo ou

de transformação. O levantamento inicial mostra que existem 22 usinas sucroenergéticas –

nós origem – e entorno de 26 importantes centros de consumo – nós destino. A função

objetivo do problema de Programação Linear foca minimizar o custo de transporte do

bioetanol pela rede rodoviária.

Palavras Chave

Transporte de etanol, otimização do fluxo, programação linear, Mato Grosso do Sul.

Evolução da Produção de Etanol

Em decorrência do aumento populacional em todo o mundo, e por consequência disso aumento da demanda por energia, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento têm-se buscado novas alternativas aos combustíveis fósseis. Sobretudo pela dependência de outros países e à possibilidade de produção interna de biocombustíveis dentro do próprio país. Neste cenário, desponta o etanol de cana-de-açúcar

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como um combustível para os países detentores de tecnologia e de terra, possibilitando redução das emissões de gases de efeito estufa, competitividade frente a gasolina e, no caso do Brasil, grande disponibilidade de terras aptas ao cultivo de cana.

O etanol é catalogado dentro do conceito de energia verde, pois, é uma fonte que age como um absorvedor do CO2 contribuindo, desta forma, na redução de gases estufa e de seus impactos ambientais (Domingos et al, 2008). Com base em uma análise do ciclo de vida completo, é possível evitar até 90% das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEEs), equivalentes em CO2, quando se usa etanol de cana em substituição à gasolina. (UNICA, 2015).

O programa brasileiro tem obtido êxito com as comprovadas vantagens econômicas e ambientais do etanol. Novos estudos mostram que o produto gera 9,3 unidades de energia renovável para cada unidade de combustível fóssil utilizada em seu ciclo de produção (Única, 2009). No caso particular do MS a relação entre gasto energético e energia entregue no processo de produção do etanol é em média de 7,2 (TURDERA, 2013). A estratégia brasileira nesta área de biocombustíveis associa-se á preocupações com sua segurança energética e à utilização de energias renováveis conjunto com a sustentabilidade ambiental e, a posterior redução de emissões de gases de efeito estuda. (Novacana, 2015).

Em relação a custos de produção a partir desta matéria prima, têm caído sistematicamente e já é tão competitivo quanto a gasolina, uma vez que este combustível não esta sujeito a oscilações de mercado externo e tem grande produtividade em todo território. Também, a quantidade de biomassa por unidade de área é superior a qualquer outro vegetal, seja ele cultivado ou não como biomassa (Embrapa, 2014). O Brasil possui o menor custo de produção do etanol, essencialmente, porque usa a cana-de-açúcar como matéria-prima (SOUSA; MACEDO, 2009).

Gráfico 1: Evolução da produção nacional de etanol anidro e hidratado (milhões m3).

Fonte: própria a partir de dados da ANP.

O país produz dois tipos de etanol: o hidratado, que tem um teor de água de aproximadamente 5,6% em volume; e o anidro, virtualmente livre de água. O etanol hidratado comercializado direto na bomba do posto de gasolina, enquanto o etanol anidro é

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misturado à gasolina antes da venda. Vários países estão passando a misturar etanol anidro à gasolina para reduzir o consumo de petróleo, aumentar a octanagem e fornecer aos motoristas um combustível menos poluente e renovável. O etanol é amplamente consumido como combustível de automóveis, A matriz energética brasileira, que se destaca pela grande incidência de fontes renováveis e a colocam entre as mais limpas do mundo. (JANK, 2010). Em 2013, o etanol hidratado respondeu por cerca de 20% do consumo de combustível em motores Ciclo Otto, no país (ANP, 2014, p. 114). Cerca de 80% da produção brasileira de etanol tem como destino o uso carburante, 5% é destinado ao uso alimentar, perfumaria e alcoolquímica e 15% para exportação. (UNICA, 2013).

As projeções para a produção de etanol, devido principalmente da escalada do preço dos combustíveis fósseis e forte aumento do consumo interno, na safra de 2019 devem chegar aos 58,8 bilhões de litros produzidos. (UNICA, 2015). A falta de chuva em alguns pontos foi um propiciador de quedas na colheita de 2011 e 2012, como também, a predominância de massas de ar frias intensas e acompanhadas de geadas, atingindo o setor agressivamente com a queda na produção. Com estas quedas da safra, elevou-se o preço do etanol, com a alta demanda e baixa oferta no inicio do ano de 2010, a equipe econômica do governo reduziu a adição de etanol na gasolina, de 25% para 20%, em uma tentativa de conter a alta do combustível. No entanto, no inicio de 2015, o governo autorizou o aumento para 27%, na tentativa de fortalecer as sucro energéticas em meio a crise que passa o setor. (G1, 2015).

Com o mercado aquecido, o volume de etanol hidratado inserido no mercado doméstico provenientes de unidades do centro-sul brasileiro chegou à marca de 1,45 bilhões de litros em 2015, uma alta de 49,39% comparados ao mesmo período de 2014. (SCA álcool, 2015). O crescimento da demanda por etanol hidratado nos últimos meses estimulou a produção deste combustível, apresentando um crescimento de 35,15% em relação à safra de 2014/2015. A produção e o elevado consumo no início de safra assemelham-se ao ano de 2009, onde havia um mix (etanol, açúcar) de produção ao setor alcooleiro. (UNICA, 2015).

Gráfico 2: Vendas de etanol e gasolina no Brasil (mil m3).

Fonte: própria a partir de dados da ANP.

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A moagem de cana do Centro-Sul, que tem respondido nos últimos anos por aproximadamente 90,0% da produção de cana do Brasil, deverá somar 590 milhões de toneladas, alta de 3,3% ante a fraca safra passada, atingida em 2014 por uma seca praticamente sem precedentes em Estados como São Paulo e Minas Gerais. O volume previsto, no entanto, ficará abaixo do recorde da safra 2013/14, de 597 milhões de toneladas. (Reuters, 2015).

Gráfico 3: Brasil: Distribuição percentual da produção de etanol hidratado.

Fonte: Própria a partir de dados da ANP.

A partir de dados da Conab, a evolução da área plantada tem acompanhado o

crescimento brasileiro, registrando 490% entre as safras de 2005/2006 e 2015/2016, sendo que seu plantio se realiza no período de novembro e março, para poder ser colhida no ano seguinte. Tradicionalmente a colheita de cana-de-açúcar era feita a mão, sendo que na última década passou por alterações, sobretudo em função de legislação que restringe o uso da queimada (BRAUNBECK e MAGALHÃES – 2010). A cana-de-açúcar é uma cultura semiperene cujo processo de produção prevê uma colheita por ano, produzindo em média 81 t/ha/ano, no território brasileiro, se as principais condições edafoclimáticas e de preparo e manejo de solo forem atendidas. (BRAUNBECK e MAGALHÃES, 2010).

Gráfico 4: Produção de etanol anidro e hidratado no Centro-Oeste (mil m

3).

Fonte: Própria a partir de dados do IBGE e ANP.-

Nordeste 3,9%

Norte 0,7%

Sudeste 57,3%

Sul 6,3%

Centro-Oeste 31,8%

Volume total produzido: 16,012 milhões m3

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Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás

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Todavia, a região Centro-Oeste brasileira tem ganhado destaque nesta produção, com três estados com localização estratégica, possuindo saída para aos principais estados federativos e países componentes do Mercosul. Nos últimos anos observou-se a forte expansão de suas áreas agrícolas, sobretudo, a cana-de-açúcar, com vastas áreas de plantio. A concentração da produção em determinadas regiões e os custos de transporte compõem parte da explicação da diferenciação do consumo no tempo e no espaço. A região Centro-Sul congrega pouco mais de 86% da área plantada de cana e quase a totalidade da produção de etanol hidratado nacional. (CONAB, 2013, p. 9-10).

Mercado de Etanol em Mato Grosso do Sul

Tratando-se do contexto estadual e como foco deste trabalho, o estado de Mato Grosso do Sul têm-se destacado no mercado de biocombustíveis, com ênfase na produção de cana-de-açúcar e seus derivados, ganhando espaço. Geograficamente as unidades produtoras concentram-se no centro-sul do estado, onde existe vasta área disponível para plantio e para futuras expansões da cultura. A área plantada de cana passou de 139 mil hectares na safra 2005/06 para 632 mil hectares na safra 2015/16, registrando uma taxa de expansão de 16% ao ano.

Gráfico 5: Evolução da Área Plantada de Cana-de-Açúcar. Safra 2015/2016 é uma estimativa.

De acordo com a Biosul – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, na safra 15/16, estima-se que haverá uma produção de 50,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um aumento de 15,2% em relação a ultima safra e devido ao aumento da área de corte, que foi de 675,1 mil hectares (8,3%). A produção de etanol anidro pode chegar a 904,1 milhões de litros e a 2,1 bilhões de etanol hidratado, somando 2,9 bilhões de litros com um aumento de 19%.

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Mato Grosso do Sul Brasil

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Gráfico 6: Produção de Etanol e Cana em MS.

Fonte: Própria a partir de dados da Biosul e ANP. Mato Grosso do Sul é historicamente um estado produtor e exportador, produz mais

etanol do que seu mercado doméstico necessita, seu superávit é destinado atender as demandas dos demais estados federativos. Em 2013 sua produção foi de 2248,37 mil m3 de etanol hidratado e a demanda é de 130,8 mil metros cúbicos, ou seja, apenas 6% da produção total.

. Gráfico 7: Vendas de etanol hidratado no MS (mil m3).

Fonte: Própria a partir de dados da ANP. Com o preço mais competitivo em postos do estado, o etanol hidratado têm

impulsionado as vendas em 26,49%, forte aumento em relação ao mesmo período do ano passado, com a saída das bombas de 18,372 milhões de litros. Manteve-se um preço médio de R$ 2,16, representando 69,39% do valor médio por litro de gasolina, que está em torno de R$ 3,124. Em valores percentuais, o incremento nas vendas foi de 11,68%, mais que o dobro registrado na comercialização de gasolina. (ANP, 2015).

O estado é o 12º na lista da ANP que utiliza etanol como combustível. Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul foram responsáveis por 4,596 milhões de litros produzidos de janeiro a abril deste ano (Valor Econômico, 2015). Avaliando a demanda de combustíveis infere-se que o consumo de combustível por dia é de 2.329.301 de litros,

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sendo que destes, 6201,73m3 são de etanol, onde a tendência é aumentar progressivamente com a crescente demanda por veículos “Flex”, pois o número de automotores cresce a uma taxa de 7,6% a.a. Em fevereiro de 2015, a frota flex alcançou 369.389 mil unidades. (Detran MS, 2015). Para fins de facilitar nosso banco de dados criamos uma tabela onde selecionamos as usinas, sua produção, a demanda de etanol nos municípios próximos à usina e se relacionam as distâncias parametrizadas, por motivos de espaço essa tabela não é apresentada no artigo.

Otimização do fluxo de transporte de etanol no MS

A base teórica da programação linear se baseia em conceitos da álgebra linear, mais explicitamente na teoria de matrizes (HILLIER & LIEBERMAN, 2008; TAHA, 2008, PUCCINI & PIZZOLATO, 1989). Fazer a modelagem da rede, onde se denomina de nós às fontes e aos destinos e de arcos às conexões modais rodoviárias que ligam os nós. O modelo a ser elaborado linearizará as variáveis de tal forma que se enquadre dentro dos propósitos da PL (programação linear) para, posteriormente, executar o problema modelado em um software de otimização, o LINDO. Este software fornecerá como resultado o roteiro ótimo que deve adotar o fluxo veicular de etanol. Os resultados são bastante completos, pois além de gerar valores ótimos das variáveis de decisão também fornece o custo marginal de cada uma das variáveis, que são nada menos que o fluxo veicular nos arcos, acarretando conhecer os custos incrementais do transporte. O modelo matemático para um problema geral de alocação de recursos e/ou atividades pode ser representado da seguinte forma:

A modelagem do problema da logística do transporte do bioetanol se enquadra dentro da problemática da Otimização de Redes, e é aplicada a Teoria de Grafos. Para tal, é necessário identificar quais são os nós origem ou fonte e quais são os nós de consumo ou de transformação. Esquematicamente uma rede pode ser representada por grafos da seguinte forma:

Nós Origem (usinas) Nós Destino (centros de demanda)

3

Onde Xij é a quantidade transportada do nó origem i ao nó destino j. Para o nosso

problema especifico os arcos aij na nomenclatura de grafos correspondem às estradas que unem os nós de origem com os nós destino. É fato que nem todos os nós estarão ligados. Sendo assim, a matriz A formada pelos coeficientes aij e será uma matriz esparsa, ou seja, muitos dos coeficientes da matriz serão zero. As variáveis de decisão respectivas Xij formam a matriz de decisão, e sua forma canônica é representada:

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Sujeito a

Xij ⋝ 0

Onde gi e pj, respectivamente, a capacidade produção de etanol da usina (nó origem) e a demanda de etanol requerida no centro de consumo (nó destino). O coeficiente aij dos arcos está associado ao custo de transporte e, contudo optou-se por conveniente parametrizar esse dado, portanto assume-se que 100 km serão equivalentes ao número um (1). Desta forma, se faz uma relação proporcional da distância entre cada nó fonte e cada nó origem. O intuito é tornar adimensional o valor aij para facilitar o cálculo de otimização do fluXo da quantidade de etanol transportada. Na formação da Função Objetivo (Z) a variável Xi j é multiplicada pelo custo de transporte dado em R$/m3. A avaliação é finalizada quando a quantidade de etanol transportada nos arcos é dividida pelo volume transportado por um caminhão, e seu resultado será o número de caminhões necessários para esse arco (rota).

Para a solução deste tipo de problema duas abordagens podem ser feitas, mediante o método SIMPLEX, algoritmo já incorporado no LINGO, identificando o conjunto das variáveis de decisão Xij e dos termos independentes (gi e pj). O LINGO possui um pacote integrado que inclui uma poderosa linguagem para expressar modelos de otimização. O software puxa as informações diretamente dos bancos de dados e planilhas elaborados em forma de vetores e matrizes de forma tal que fornece as informações da solução de saída para outro banco de dados ou planilhas, tornando mais fácil a compreensão do resultado. (Lingo, 2013).

O LINGO trabalha com uma lógica própria, e relativamente simples, em seções que devem ser atendidas e outras opcionais. A primeira diz respeito à função objetivo, que deve estar com os termos MAX ou MIN, representando sua maximização ou minimização, respectivamente. Uma segunda seção é a que contém as variáveis, equações de suporte e restrições. Diferentemente do que acontece em outros softwares, o LINGO não distingue a sequência em que as equações aparecem no problema. Ou seja, é indiferente se uma equação “a” aparece antes ou depois de uma equação “b”. Também não se diferenciam maiúsculas de minúsculas. Modelagem e Apresentação do Problema

Os nós origem, que são as usinas sucroenergéticas produtoras de bioetanol, são denominadas por letras, assim a letra A representa a usina de Aparecida do Taboado. Por outro lado, os nós destino, que são os centros de consumo (cidades), são representadas por duas letras. Desta forma, a variável XAAT deve interpretar-se como o fluxo de bioetanol

proveniente da usina A para a cidade de Aparecida do Taboado (AT). Da mesma forma, se procede com as outras usinas e centros de consumo, gerando 108 variáveis e 47 restrições.

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A função objetivo (F.O) é apresentada como o produto do coeficiente numérico vezes o fluxo vezes o custo de transporte do bioetanol. Desta forma, 0.31 *XAAT deve ser entendido como a distância de 31 km entre a usina e a cidade; 0,31 é a distância parametrizada. O fluxo de bioetanol está apresentado em metros cúbicos (m3). Procede-se da mesma maneira com todas as variáveis multiplicadas por seus respectivos coeficientes já parametrizados, essa somatória é multiplicada pelo custo de transporte (1,10R$/m3). Desta forma, se garante que a função objetivo é apresentada em unidades monetárias (ver Anexo 1).

As restrições do problema abordado são escritos da seguinte forma: para os nós origem, que representam as usinas, se somam todos os fluxos direcionados para os centros de consumo que atendem esta usina. Essa somatória tem que ser menor ou igual a capacidade de produção diária da usina avaliada. No caso da usina de Aparecida do Taboado (A) e a inequação se escreve assim: XAAT + XATL + XAPR + XACS <= 84000.00. No

caso das restrições para a demanda, ela é escrita como a somatória de todos os fluxos que atendem esse centro de consumo proveniente de várias usinas. Tomando o exemplo da cidade de aparecida do Taboado a restrição mostra que apenas um arco chega à cidade para atender a demanda XAAT >= 5473.3. As restrições assim escritas garantem que não se

ultrapassara a capacidade de produção das usinas e ao mesmo tempo, se garante que todos os centros de consumo serão atendidos.

A última restrição deve ser entendida como o excedente de produção de bioetanol cujo destino é a exportação para os estados e/ou outros países. Na interpretação de grafos generalizados F significa um nó fictício. Após definir a modelagem e executar o programa, e após 15 iterações os resultados mostraram o seguinte: a função objetivo deu o valor de 3808692, em outras palavras o custo de transporte no estado para satisfazer as demandas de bioetanol de todas as cidades seria equivalente a R$ 3.808.692,00. Lembrando que estão incluídas neste valor as exportações de bioetanol do estado, que são de 2.860.702,89 de metros cúbicos. O programa LINGO mostra as escolhas coerentes na resolução do problema. Assim, por exemplo, no caso de Campo Grande, a cidade requer de 250790.75 m3 de bioetanol por dia, que é abastecida pela usina de Nova Alvorada do Sul, cuja capacidade é de 390.000 m3/dia e é a unidade que está próximo do centro de consumo. No caso de Dourados, a usina São Fernando, localizada a 22 km da cidade, satisfaz com folga a demanda requerida. De forma similar para os outros centros de consumo do estado, as escolhas sempre são as usinas com menor distância aos respectivos pontos de demanda (ver Anexo 2). Conclusões

Concluímos que com o uso do software LINGO, os resultados obtidos foram satisfatórios para nossos objetivos, sendo que o programa sempre faz as escolhas mais vantajosas e coerentes. O custo de transporte inserido aqui pode ser adaptado de acordo com a situação do estado, ou seja, R$1,10/m3 tende há ter variações conforme o contexto econômico do estado e dos custos existentes.

A modelagem que realizamos pode ser aprimorada em função da inserção de novos valores dos coeficientes em formas de vetores e/ou matrizes, porém esta análise será apresentado em uma nova etapa deste trabalho, dando continuidade a esta pesquisa.

Contudo, confiamos que este trabalho pode ser de interesse das usinas, uma vez que expõe como minimizar os custos de transporte de bioetanol no estado.

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Referências bibliográficas TAHA, H.A. Pesquisa operacional. Editora Prentice Hall, 384p, 8ª edição, 2008. Andrade, E. L. Introdução à pesquisa operacional – Métodos e Modelos para análise de

Decisão. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. ARENALES, M. et al. Pesquisa operacional: para cursos de engenharia. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2007 HILLIER, F.S.; LIEBERMAN, G.J. Introdução à pesquisa operacional. 8. ed. São Paulo:

McGraw-Hill, 2006. LACHTERMACHER, G. Pesquisa Operacional na Tomada de Decisão (modelagem em

EXcel) Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002. PUCCINI, A.L.; PIZZOLATO, N.D. Programação Linear. Rio de Janeiro: LTC, 1987. JANNUZZI, G.M.; SWISHER, J. N. P. Planejamento integrado de recursos energéticos:

Meio-ambiente, conservação de energia e fontes renováveis. Campinas. Ed. Autores Associados. 243p, 1997.

FERREIRA, E. M. Síntese Otimizada De Sistemas De Cogeração E Dessalinização, 2008. Guaratinguetá - SP: Universidade Estadual Paulista - UNESP.

UNICA, www.unica.com.br BIOSUL, Seminário CanaSul, Dourados, 2013. ANP, Agência Nacional de Petróleo www.anp.gov.br Lindo. Lingo, The modelling language and optimizer. Chicago: Lindo Systems, Inc., 524 p.

2001. http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/sucroenergetico/156757-producao-de-etanol-no-

brasil-bateu-recorde-em-2014-atingindo-286-bi-de-litros.html#.VW253M9Viko acesso 02/06/2015 as 11h25

http://www.scalcool.com.br/noticias/com-vendas-aquecidas-unidades-do-centro-sul-priorizam-a-fabricacao-de-hidratado-no-inicio-da-safra-2015-2016/ acesso 02/06/2015 as 21h53

Scot consultoria - https://www.scotconsultoria.com.br/noticias/agronegocio-na-midia/39307/producao-de-etanol-do-centro-sul-sera-recorde%3b-fabricacao-de-acucar-cai.htm acesso em 02/06/2015 as 21h59

Novacana - http://www.novacana.com/estudos/ acesso em 03/06/2015 as 10h32

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPQ, pela bolsa recebida para a execução desta pesquisa; À Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, pelo apoio físico, ao Professor Dr. Eduardo Mirko Valenzuella Turdera, pelo seu apoio e incentivo a buscar conhecimentos através de pesquisas cientificas. Ao Prof. Manfredini Ferreira por sua colaboração decisiva no manejo do LINGO.

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ANEXO 1

Função Objetivo Z = 0.31 *XAAT + 1.16 *XATL + 0.793*XAPR + 2.76 *XACS + 0.07 *XBAN + 0.59 *XBNA + 1.3 *XBDO + 1.4 *XBRB + 2.72 *XBCG + 0.353*XCIV + 0.597 *XCNA + 1.18*XCDO + 0.99 *XCNV + 0.1 *XDIT + 1.56 *XDNA + 1.33*XDDO + 0.55 *XDMN + 0.1 *XEDD + 0.385 *XEIV + 0.598 *XENA + 0.791 *XEDO + 0.576 *XFMA + 0.915 *XFDO + 0.776*XFRB + 1.59 *XFCG + 1.19 *XFJD + 1.94 *XFAQ + 4.66 *XFCM + 1.79 *XFBO + 3.22 *XFPM + 0.01 *XGNS +1.1 *XGDO + 0.454 *XGRB + 1.16 *XGCG + 1.21 *XGMA + 2.49 *XGAQ + 0.1 *XHNV + 1.56 *XHNA + 1.33 *XHDO + 3.49 *XHCG + 1.13 *XHMN + 0.08 *XIVC + 1.39*XINA + 0.506 *XIDO + 2.48 *XICG + 0.15 *XJBT + 2.61 *XJTL + 0.119 *XJNA + 1.83 *XJDO + 0.22 *XKDO + 0.654 *XKRB + 2.26 *XKCG +0.931 *XKMA + 1.20 *XKPP + 0.845 *XLPP + 3.01 *XLNA + 0.55 *XLDO +1.50 *XLRB + 2.65 *XLCG + 1.58 *XLMA + 3.97 *XLPM + 2.38*XLBO +0.22 *XMNA + 1.74 *XMDO +2.97 *XMCG + 1.38 *XMBT +1.81 *XMNS + 0.18 *XNRB + 1.61 *XNCG + 0.652 *XNDO + 0.792 *XNMA + 0.244 *XOAN + 0.712 *XONA + 0.669 *XOBT + 2.00 *XOTL+ 0.10 *XPCR + 1.66 *XPCS + 2.59*XPPR +3.29 *XPCG +2.79 *XPSG + 0.12 *XQFS + 0.424 *XQDO +0.791 *XQRB + 1.47 *XQNA + 0.518 *XRCA + 0.53 *XRDO +1.13 *XRRB +1.34 *XRPP + 3.29*XSCR + 2.87*XAF + 1.96*XBF + 2.13*XCF + 3.84*XDF + 2.49*XEF + 3.6*XFF + 2.4 *XGF + 3.1*XHF + 2.94*XIF + 1.47*XJF + 3.32*XKF + 4.46*XLF + 1.57*XMF + 2.83*XNF + 0.86*XOF + 5.56*XPF + 2.8*XQF + 3.76*XRF + 7.06*XSF)*1.10 Sujeito a: ! restrições da oferta XAAT + XATL + XAPR + XACS <= 84000.00 XBAN + XBNA + XBDO + XBCG <= 117000.00; XCIV + XCNA + XCDO + XCNV <= 240000.01; XDIT + XDNA + XDDO + XDMN <= 55000.01; XEDD + XEIV + XENA + XEDO <= 90000.01; XFMA + XFDO + XFRB + XFCG + XFJD + XFAQ + XFCM + XFBO + XFPM <= 193000.01; XGNS + XGDO + XGRB + XGCG + XGMA + XGAQ <= 390000.01; XHNV + XHNA + XHDO + XHCG + XHMN <= 158000.01; XIVC + XINA + XIDO + XICG <= 53550.01; XJBT + XJTL + XJNA + XJDO <= 800000.01; XKDO + XKRB + XKCG + XKMA + XKPP <= 97800.01; XLPP + XLNA + XLDO + XLRB + XLCG + XLMA + XLPM + XLBO <= 100000.01; XMNA + XMDO + XMCG + XMBT + XMNS <= 120000.01; XNRB + XNCG + XNDO + XNMA <= 97800.01; XOAN + XONA + XOBT + XOTL <= 85700.01; XPCR + XPCS + XPPR + XPCG + XPSG <= 350000.01; XQFS + XQDO + XQRB + XQNA <= 176000.01; XRCA + XRDO + XRRB + XRPP <= 122700.01; XSCR <= 75000.01; !Restrições da demanda; XAAT >= 5473.3 XBAN >= 1939; XCIV + XEIV >= 6512;

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XDIT >= 4507.7; XEDD >= 5733.7; XFMA + XKMA + XNMA + XGMA + XLMA >= 7000.7; XGNS + XMNS >= 4252.25; XHMN + XDMN >= 3973; XHNV + XCNV >= 14402.9; XMNA + XONA + XCNA + XDNA + XQNA + XLNA + XJNA + XBNA + XENA >= 11949; XJBT + XOBT >= 6989.74; XOAN >= 1362; XBCG + XFCG + XGCG + XHCG + XLCG + XKCG + XICG + XMCG + XNCG + XPCG >= 250790.75; XBDO + XCDO + XEDO + XFDO + XGDO + XHDO + XIDO + XJDO + XKDO + XLDO + XMDO + XNDO + XQDO + XQDO + XRDO >= 58166; XATL + XJTL + XOTL >= 34722.45; XFAQ + XGAQ >= 14413.3; XFCM >= 18950.8; XLPP + XKPP >= 32010.6; XAPR + XPPR >= 10537.55; XACS >= 11369; XPCR + XSCR >= 8131.47; XPSG >= 10030.2; XFBO + XLBO >= 8340.25; XFPM + XLPM >= 1562; XHMN >= 10979.2; XIVC >= 748.25; XAF + XBF + XCF + XDF + XEF + XFF + XGF + XHF + XIF + XJF + XKF + XLF + XMF + XNF + XOF + XPF + XQF + XRF + XSF >=2860702.89

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ANEXO 2