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Ouaknin - Zeugma
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OUAKNIN
ZEUGMA
ZEUGMA
Marc-Alain Ouaknin1
ZEUGMA
Marc-Alain Ouaknin
ÉTICA E MORAL
•A ética não é simplesmente uma questão semântica mas uma questão
de atitude.
•O homem merece mais do que uma moral, mais do que um conjunto
abstrato de bons sentimentos, ele merece uma ética.
•Não se pode ser humano instintivamente (Lévinas): não se pode ser
homem sem uma reflexão sobre o homem, sem um saber.
•O humanismo é uma extrema consciência.
•A ética é a moral + o estudo.
ÉTICA DO FUTURO
•O espírito está orientado para o que é escondido, tenso em direção do
futuro.
•“Escondido” não se aplicaria a coisas já presentes que não se consegue
ver: ele se aplicaria a coisas não vistas porque ainda não existentes!
•O “escondido” são as gerações futuras!
•A ética deve ser uma ética do futuro.
1 OUAKNIN, Marc-Alain, Zeugma, mémoire biblique et déluges contemporains, Paris,
Seuil, 2008
ÉTICA DO FUTURO 2
• A fecundidade do mundo é possível quando pegam no o ego, o poder
próprio ou o poder técnico que desdobramos para mostrar nosso próprio poder.
• A transcendência ética é já abertura de si em direção ao outro e, nesse
sentido, vínculo e vida.
• Nessa ética, existe uma obrigação sem condição em relação à
posteridade.
• “Sem condição” significa que nenhum cálculo de reciprocidade pode ser
integrado nessa ética porque o que eu faço para o outro, ele nunca poderá
retribuir na medida em que ele não existe ainda.
• “O principio responsabilidade deve ser independente tanto de qualquer
idéia de direito quanto da de reciprocidade.” (H. Jonas)
ÉTICA DO FUTURO 3
• A ética do futuro e o princípio responsabilidade implicam maximizar o
conhecimento do nosso agir na medida em que suas conseqüências podem
determinar e pôr em perigo o destino do homem e da natureza.
• Esse conhecimento do nosso agir e de suas consequências induz um
novo conhecimento do que convém fazer ou não fazer.
• Esse imperativo de uma informação maximal sobre as eventuais
consequências ulteriores do nosso agir coletivo deve conjugar a cientificidade e
a vivacidade de nossa imaginação.
• Isso afim de que a coisa que discernimos e entendemos lá longe
exercita sua força sobre nosso comportamento hoje e nos obriga a reagir.
• Esse imperativo é também um imperativo de educação na qual trata-se
de desenvolver uma sensibilidade para as consequências de longo prazo que
pode ter a ação humana sobre o equilíbrio delicado entre pretensões humanas
e capacidade de produção da natureza.