103
Wesley Bernabé, CFA [email protected] Victor Penna [email protected] e time BB Investimentos Research PERSPECTIVAS 2019: RECONSTRUÇÃO PACIENTE (VERSÃO EM PORTUGUÊS DO RELATÓRIO “ PATIENT REBUILDING ”) Dezembro de 2018

Outlook 2019: Reconstrução Paciente · domesticamente. No Brasil, caso as reformas não prossigam, todo upside que projetamos fica comprometido. ... melhora nos indicadores de emprego

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Wesley Bernabé, CFA

[email protected]

Victor Penna

[email protected]

e time BB Investimentos Research

PERSPECTIVAS 2019:

RECONSTRUÇÃO PACIENTE( V E R S Ã O E M P O R T U G U Ê S D O R E L A T Ó R I O “ P A T I E N T R E B U I L D I N G ” )

Dezembro de 2018

2 / 103

ÍNDICE

Macroeconomia 4

Renda fixa 10

Câmbio 13

Commodities 14

Riscos 18

Expectativa dos analistas 20

Top Picks 21

Bancos & Serviços Financeiros 29

Sumário Executivo 3

Papel & Celulose 43

Petróleo & Gás 49

Agronegócios 55

Alimentos & Bebidas 61

Utilities 67

Transportes & Logística 74

Bens de Capital 82

Varejo 87

Siderurgia & Mineração 37 Imobiliário 94

3 / 103

SUMÁRIO EXECUTIVO

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; preços em 19/12/2018

A lenta recuperação pós-recessão vista em 2018 deve ficar

para trás em 2019, dada a visão mais promissora em

relação aos ativos de risco no Brasil. O retorno esperado

no mercado de renda variável é robusto, amparado na

percepção de balanços corporativos mais ‘limpos’, uma vez

que o crescimento de lucros tem evidenciado melhora nos

resultados operacionais das empresas.

O cenário base apresentado neste relatório de 100 páginas

se ampara fortemente em um ambiente doméstico

benigno sob o ponto de vista macro. Como a expectativa

com a atividade econômica frustrou em 2018, boa parte do

crescimento esperado foi postergado para 2019. De fato, os

investidores tendem a dar ao novo governo o benefício da

dúvida nos primeiros meses de mandato, uma vez que a

nova equipe inicia os trabalhos com capital político

relativamente elevado para conduzir a agenda de reformas,

na nossa opinião.

O panorama internacional está longe de ser óbvio e

representa o principal risco para nossa tese de

investimentos. Mudanças desfavoráveis no fluxo de capitais

em decorrência da deterioração externa podem afetar os

retornos esperados, especialmente às custas da

depreciação cambial e maior prêmio de risco

domesticamente. No Brasil, caso as reformas não

prossigam, todo upside que projetamos fica comprometido.

Perspectivas Brasil 2019 Resumo de dadosPontos

IBOV

Preço (Dez-18) 85.673

Preço-alvo (12 meses) 106.000

Potencial de valorização (%) 23,7%

Máxima (52 sem.) 89.820

Mínima (52 sem.) 69.814

Variação em 2018 (%) 16,8%

Preço/Lucro (Dez-18) 19,1x

Sensibilidade de preço do IbovespaAlterações de 50 e 100 bps no custo de capital; em “mil” pontos

Nosso target de 106 mil pontos para o Ibovespa em 12

meses deriva da análise bottom up a partir do preço-alvo

dos analistas para as companhias que compõem o índice,

um upside de 23,7%. Estamos ligeiramente mais otimista

que nossos pares em relação às projeções de resultado

operacional. O valor capturado em nossos modelos implica

em um upside moderadamente superior. Nesse contexto,

destacamos Papel e Celulose como o setor exportador mais

beneficiado e Varejo com desempenho relativo superior aos

demais setores orientados para o mercado doméstico.

O custo médio de capital reflete as principais mudanças nos

juros brasileiros, que acreditamos que deverão se manter

em baixos níveis em função da inflação ancorada e na

persistência do hiato do produto no médio-longo prazos.

Cumpridas as metas do teto de gastos do governo, o

mercado de capitais emerge como financiador da economia,

o que ampara nossa tese.

Como um exercício, avaliamos cenários de mudança de

50 a 100 bps no custo médio de capital das companhias.

A partir daí, vemos que o patamar corrente do índice

representa um piso para a pontuação em 12 meses. Nosso

target fica dentro de uma faixa de 90 a 123 mil pontos.

Nesta linha, o consenso de mercado aponta para um

crescimento de ~50% no lucro por ação positivo e ~30% no

EBITDA, o que justifica nossa abordagem mais construtiva.

Valuation: breve análise

123

106

90

60

70

80

90

100

110

120

130 IBOV Index Base

Wesley Bernabé, CFA

[email protected]

Hamilton Moreira Alves

[email protected]

Renato Odo

[email protected]

Rafael Reis

[email protected]

Ricardo Vieites

[email protected]

ESTRATÉGIA, MACROECONOMIA

E RENDA FIXA

5 / 103

MACROECONOMIA: GLOBAL

EUA: dados macro mostram consistência da economia norte-americana. Não obstante, a inversão na curva de juros

futuros preocupa por ter antecipado crises no passado. Deterioração não deve se materializar no decorrer de 2019

1

A recente inversão na curva futura dos US

Treasuries tem preocupado os investidores – a taxa

de 2 anos avançou acima do rendimento de 5 anos,

aproximando-se também da taxa de 10 anos. Tal

situação peculiar ocorreu também antes da

derrocada do setor de tecnologia no início os anos

2000, para depois preceder a crise do mercado

imobiliário em 2008, podendo induzir, neste

momento, a chamada “profecia autorrealizável”,

gerando possível arrefecimento na economia norte-

americana. Além disto, os ciclos econômicos pós

crises nos EUA têm durado de sete a nove anos,

com performance média declinante.

Os esforços empregados na direção de um acordo

entre EUA e China podem encerrar a guerra

comercial no 1T19. Entretanto, ruídos podem surgir

no caminho.

Fonte: Federal Reserve, Bloomberg (consenso de mercado), BB Investimentos Research

Juros EUA (Fomc e TBond)%

Previsões de Mercado (EUA)%

PIB e Consumo%

Juros – Fomc x PCE núcleo (inflação)%

EUA: trajetória sob suspeição

-3

-1

1

3

5

7Real GDP % Private Consumption %

4,1

2018e 2019e 2020e

PIB 3,1 2,5 2,0

Produção Industrial 3,7 2,7 1,7

PCE núcleo (inflação) 2,0 2,1 2,1

Taxa de desemprego 3,7 3,5 3,5

Fed Funds 2,50 3,25 3,75

Câmbio (USD/EUR) 1,15 1,20 1,25

3,8

2,52,3*

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Fed Funds TBond 10Y TBond 5Y TBond 2Y

1.8

2.25

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0Juro real PCE (núcleo) A/A FOMC

Consumo privado (%)PIB real (%)

6 / 103

MACROECONOMIA: GLOBAL

Europa: economia do bloco desacelera. O BCE ratificou o fim do QE (afrouxamento quantitativo), mas não estipulou

prazo para encerramento dos reinvestimentos, mantendo a liquidez enquanto necessária. Brexit enfrenta dificuldades

1

A indústria automobilística alemã apresenta

dificuldades e elevação nos salários; a França

enfrenta uma série de violentos protestos, já sua

indústria também vem desacelerando; a Itália não

deve cumprir a meta de déficit estipulado pela

União Europeia. Por fim, o Reino Unido luta para

mitigar os efeitos negativos do Brexit.

O BCE manteve a taxa de juros em sua mínima

histórica. O mercado projeta a manutenção das

taxas neste patamar no decorrer de 2019,

entretanto, em caso de novos indícios negativos,

novas medidas não são descartadas.

Neste contexto, o BCE e os principais bancos

centrais europeus reviram suas projeções de

crescimento para 2019.

Fonte: OCDE, Bloomberg (consenso de mercado), BB Investimentos Research

PIB%

Juros (BCE) e IPC%

Estimativas 2019%

Zona do Euro Alemanha Reino Unido França

Investimento em ativos fixos 2,8 2,8 1,2 2,6

Produção Industrial 1,8 1,7 0,9 1,3

IPC 1,7 1,8 2,1 1,7

Taxa de desemprego 7,9 4,9 4,0 8,8

Taxa de juros (1 ano) 0,1 0,1 1,2 0,1

Câmbio (US$) 1,20 1,20 1,36 1,20

Europa: sinais de arrefecimento na

região

2,42,2

1,7

2,2

3,7

1,91,7

1,31,6

3,7

1,6 1,6 1,5 1,6

3,6

U E Alemanha Reino Unido França Mundo

2017 2018e 2019e

0,1

1,7

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

Juros BCE IPC

7 / 103

MACROECONOMIA: GLOBAL

Ásia: a guerra comercial deve desacelerar o crescimento global. Todavia, em 2019, a China, segunda maior economia

do mundo, deverá crescer não distante de sua meta, de 6,5%, prosseguindo como motor global

1

Ainda que a guerra comercial entre China e EUA se

encerre em um acordo no curto prazo, o risco

político permaneceria alto e a relação bilateral entre

as nações incerta.

O governo chinês planeja reduzir o risco financeiro

interno, bem como, seus objetivos de longo prazo,

como a desalavancagem, tendem a ter influência

negativa sobre o seu crescimento econômico.

A economia chinesa está orientada às exportações e

os investimentos canalizados no consumo. A

demanda da China por commodities ainda deve

permanecer alta para 2019 sustentando o

desenvolvimento de sua infraestrutura, mesmo com

uma possível frustração do crescimento de curto

prazo. O apoio do governo à manutenção do

crescimento do setor privado deve garantir uma

tendência de longo prazo favorável aos preços das

commodities.

Fonte: FMI, Bloomberg (consenso de mercado); 1agradecimento especial aos nossos colegas de Cingapura (BB Securities Asia) que contribuíram com sua visão sobre os mercados asiáticos

Estimativas%

PIB%

Contribuição para o PIB global% do PIB mundial em dólares norte-americanos

Ásia1: China segue em “pouso suave”

2018e 2019e 2020e

Investimento em ativos fixos 6,0 6,0 5,7

Produção Industrial 6,3 5,9 5,3

Varejo 9,4 9,2 9,0

IPC 2,2 2,4 2,2

Taxa de desemprego 4,0 4,0 4,0

Taxa de juros (1 ano) 4,3 4,3 4,1

Câmbio (CNY/US$) 6,9 6,8 6,7

19% 21% 21% 22% 23% 23% 24% 25% 25% 26%

61% 61% 61% 60% 60% 60% 59% 59% 58% 57%

20% 18% 17% 18% 17% 17% 17% 17% 17% 17%

Ásia Emergente / Desenvolvimento Desenvolvidos Outros

6,66,2 6,0

7,5 7,3 7,5

5,2 5,1 5,2

3,7 3,63,3

China Índia Indonésia Mundo

8 / 103

MACROECONOMIA: BRASIL

Brasil: a economia deve acelerar em 2019 após a frustração com o ritmo da retomada em 2018. A volatilidade eleitoral

se dissipa e a atenção dos investidores retorna à agenda de reformas para o equacionamento da situação fiscal

1

A trajetória benigna da inflação permitirá a

continuidade do ciclo de política monetária

expansionista, com a taxa Selic iniciando 2019 em sua

mínima histórica (6,5%), favorecendo a atividade e

aliviando a trajetória da dívida pública.

O nevoeiro eleitoral que pairava sobre 2019 se

dissipou, propiciando relevante elevação na confiança

empresarial e dos consumidores, predizendo possível

incremento no investimento privado e maior propensão

o consumo.

O incremento na atividade econômica proporcionará

melhora nos indicadores de emprego e na massa de

rendimentos, compondo dinâmica positiva com a já

evidente recuperação do crédito.

Principais riscos: (i) frustração na agenda de reformas,

com destaque para a previdência (ii) desaceleração do

crescimento global (iii) escalada íngreme dos juros

norte-americanos.

Fonte: IBGE, Banco Central do Brasil (Relatório Focus), FGV, CNI, BB Investimentos Research

Taxa Selic e IPCA%

Confiança industrial e do consumidor% a/a

PIB%

EmpregoEixo direito (x100 mil vagas), eixo esquerdo (%)

Brasil: a lenta recuperação pós-

recessão deve ser deixada para trás

5.0

-0,1

7,5

4,0

1,9

3,0

0,5

-3,5 -3,3

1,0 1,3

2,5

3,7

4,1

6,57,5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

IPCA

Meta

Banda inferior

Banda superior

Selic

13,7

11,7

-1.884

426

-2.000

-1.500

-1.000

-500

0

500

1.000

1.500

2.000

4

6

8

10

12

14

16

Taxa de Desemprego Caged (12 meses)

63,2

93,2

20

40

60

80

100

120

Confiança da Indústria CNI

Confiança do Consumidor FGV

9 / 103

MACROECONOMIA: BRASIL

Brasil: ao cenário base para 2019 atribui-se maior crescimento do PIB, inflação sob controle e Selic em sua

mínima histórica. A agenda reformista cumprirá papel decisivo, à medida que a situação fiscal gera preocupação

Apesar do ritmo, a retomada está em curso…

1

A despeito da frustração inicial com a

atividade econômica, gerando revisões

das projeções para 2018,

principalmente após a greve dos

caminhoneiros, o PIB deve encerrar o

ano avançando 1,3%. Assumindo que

não haja deterioração dos riscos

preponderantes, em 2019, estima-se

crescimento de 2,5%, alicerçado no

consumo das famílias e investimentos

privados.

O IPCA encerrará 2018 em 3,7% e

4,1% em 2019, também abaixo do

centro da meta do próximo ano

(4,25%), valendo-se do dissipar de

cerca de 100 pts-base advindo do

choque da greve dos caminhoneiros.

A taxa Selic encerrou 2018 em 6,5% e

o consenso estima 7,5% para 2019.

O dólar fechará o presente ano

valendo R$ 3,78, próximo das

expectativas para 2019 em R$ 3,80.

…mas o governo eleito tem desafios robustos à frente

Anos de recessão seguidos de fraco

crescimento acentuaram o problema

fiscal, diminuindo investimentos do

governo. Favoravelmente, o primeiro

ano de novos mandatos tendem a ser

mais produtivos. Os novos

representantes eleitos contam com a

consumada expansão dos assentos do

partido na Câmara e no Senado, além

da elevação da representatividade das

bancadas de centro e de direita em

ambas as casas.

As figuras-chave da futura equipe

econômica se mostram

comprometidas com a solução do

problema fiscal. O maior e premente

desafio é aprovar a reforma da

previdência. Adicionalmente, a equipe

confia no sucesso de um amplo plano

de concessões e privatizações para

limitar o déficit primário a 2020.

Fonte: Banco Central do Brasil, Relatório Focus, BB Investimentos Research; *dados finais

Medidas em curso e já implementadas

Reforma da Previdência

Privatizações

Agenda de infraestrutura

Reforma Tributária

Teto de gastos do governo

Independência do Banco Central

EstimativasBCB Relatório Focus, mediana das projeções

2017 2018 2019

Final* Jan 5, 18 Dez 14, 18 Jan 5, 18 Dez 14, 18

IPCA (%) 2,95 3,95 3,71 4,50 4,07

Câmbio (R$/US$, fim de período) 3,31 3,34 3,83 3,40 3,80

Taxa Selic (%) 7,00 6,75 6,50 8,13 7,50

PIB (%) 1,00 2,69 1,30 2,80 2,53

Produção Industrial (%) 2,5 3,14 1,91 3,20 3,04

Balança Comercial (US$ bilhões) 67,0 52,0 58,0 53,0 52,8

Inv. Direto no País (US$ bilhões) 70,3 80,0 72.,0 80,0 80,0

Conta corrente (US$ bilhões) -10,0 -28,4 -15,5 -42,5 -27,3

10 / 103

RENDA FIXA2

No triênio, as curvas refletem melhoria das condições econômicas e sinalizam perspectivas mais favoráveis para 2019,

com juros reais abaixo de 4% e gradativa elevação da Selic após meados do ano; mas risco fiscal ainda persiste

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Após ter apresentado inclinação negativa em 2016, em contexto de forte recessão, a

estrutura dos juros futuros DI recuou substancialmente em 2017, do patamar de 13%

para 8%, e assumiu uma configuração positiva, mas ainda com alertas na ponta curta,

como reflexo de uma recuperação econômica ainda incipiente.

No entanto, ao longo deste ano de 2018 confirmou-se o movimento favorável das

expectativas de mercado e dos primeiros indicadores de atividade, levando a curva

a um padrão de maior normalidade, com nível de 6,4% negociado para jan/2019, em

linha com as estimativas apontadas no último estudo.

Paralelamente, os juros reais expressos pela estrutura da NTN-B permanecem em níveis

próximos ao observado em 2017, mas sinalizam tendência de continuidade do juro

real em nível inferior a 4%, até meados de 2021. Em linha com esta recuperação, a

curva DI embute uma gradativa elevação da Selic a partir do terceiro trimestre de

2019, podendo encerrar o ano em torno de 7,5%.

Por outro lado, o diferencial de juros entre os contratos DI curtos e longos ainda se situa

em proporção historicamente elevada, refletindo um acentuado prêmio associado ao

risco fiscal, no aguardo de medidas concretas de ajuste do déficit ainda em aberto.

No cenário externo, observa-se o início de uma tendência que pode acarretar pressões

nos yields globais e movimentos de aversão ao risco, com impactos relevantes em

mercados emergentes. Em 2018, a curva dos US Treasuries apresentou elevação de

yields em todos os vencimentos, mas, atualmente, inicia uma configuração pouco

comum, entre 2 e 5 anos, sugerindo alerta de um possível agravamento de risco.

Juros domésticos Estrutura do DI Futuro% a.a.

Curva da NTN-B% a.a.

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

11,0

12,0

13,0

14,0

1-dez-16 1-dez-17 3-dez-18

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

1-dez-16 1-dez-17 1-dez-18

11 / 103

RENDA FIXA2

Acompanhando projeções de retomada econômica, agentes de mercado sinalizam elevação do índice de preços a partir

de 2020, mas ainda dentro dos limites da meta oficial

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

O enfraquecimento da inflação pelo IPCA se consolidou ao longo de 2018,

favorecido especialmente pelo grupo de alimentos, que compensou a pressão dos

preços administrados, com destaque para a alta de energia elétrica e combustíveis e

para a instabilidade provocada pela greve dos caminhoneiros.

Em linha com este comportamento, as estimativas de inflação para 2019

permanecem mais brandas, tanto na apuração do Relatório Focus, quanto no cálculo

da inflação implícita, obtida pelo desconto dos yields do DI futuro pelo retorno da NTN-B.

As projeções do Focus pontuam 2,53% para 2019 e estabilidade nos dois anos

seguintes, em 2,50%.

Como resultado, as projeções de mercado implícitas nos descontos DI/NTN-B

apontam para inflação de 3,57% (ao final de 2019), seguida de um aumento para

4,45% (2020) e 3,96% (2021); contudo, situando-se dentro dos limites da meta oficial.

Em outras palavras, a análise das curvas de juros revela que os agentes de mercado

embutem em sua precificação uma continuidade do quadro benigno de inflação,

acompanhado de um perfil de retomada econômica, com novas altas da Selic em

meados de 2019.

Para o mercado de renda fixa, cria-se, dessa forma, um ambiente particularmente

propício para novas emissões de dívida no primeiro semestre de 2019.

Especialmente se considerados em conjunto estes dois movimentos: juros reais e

nominais historicamente baixos, no horizonte de dois anos, e inflação enfraquecida, no

atual contexto de aumento dos indicadores de confiança.

Inflação Inflação implícita (com base na NTN-B)% a.a.

Meta oficial de inflação versus projeções% a.a.

Inflação

implícita

Limite inferior

da meta

Centro da

meta

Limite

superior da

meta

2019 3,57 2,75 4,25 5,75

2020 4,45 2,50 4,00 5,50

2021 3,96 2,25 3,75 5,25

3,5

4,5

5,5

6,5

7,5

8,5

9,5

10,5

11,5

Inflação Implícita de 2 anos Inflação Implícita de 5 anos

12 / 103

RENDA FIXA2

Expectativas positivas com a atividade econômica mantêm o risco país em campo de baixa, mesmo com altas

pontuais motivadas pelo cenário político. Em 2019, o dólar tende a oscilar em torno da linha divisória de R$ 3,70

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

CDS BrasilPontos base

Risco País e Câmbio

Real / Dólar

Embora o risco fiscal continue pressionando a alta da ponta longa da curva DI, a

percepção mais ampla de risco-país, precificada no CDS soberano, se mantém em

campo de baixa, seguindo a tendência identificada no último estudo.

Neste momento, a cotação do CDS tende a oscilar em torno da linha divisória de

210 pontos, por períodos mais prolongados, mas as forças de baixa ganham

intensidade, juntamente com a melhoria dos indicadores internos de confiança e das

primeiras sinalizações favoráveis de agências de rating.

Dessa forma, a medida de risco país pelo CDS Brasil de 5 anos seguiu

enfraquecida ao longo de 2018, apontando para a linha dos 210 pontos, e se

projeta para níveis menores em 2019, buscando os patamares de 174 e 134

pontos. De modo igualmente favorável, o diferencial entre o CDS de 5 anos e o de 10

anos voltou a recuar, retomando um padrão de mais normalidade e de menor

aversão ao risco.

Ao mesmo tempo, também seguindo a tendência apontada no último estudo, o dólar

se manteve em alta em 2018 e, nesta virada de ano, aponta para picos em torno de

R$ 4,10. Contudo, para os meses seguintes em 2019, a moeda tende a se manter

próxima do suporte em R$ 3,70. Em contexto de curto prazo, são esperados

repiques para os níveis de R$ 4,04, R$ 4,10 e R$ 4,14, em alta, e R$ 3,60, R$ 3,44

em baixa.

R$

R$ 2,90

R$ 3,10

R$ 3,30

R$ 3,50

R$ 3,70

R$ 3,90

R$ 4,10

R$ 4,30

0

100

200

300

400

500

600

Spread (10Y-5Y) CDS 5Y CDS 10Y

13 / 103

CÂMBIO3

Análise de sensibilidade de câmbio: nosso modelo é mais sensível ao risco país e ao índice de commodities. O

cenário base assume tanto o CDS de 10 anos quanto as commodities com leves baixas, apontando o dólar a BRL 3,65

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Cenários de sensibilidade para o câmbioBRL / USD

Análise de SensibilidadeBRL / USD

Cenário Reformas Commodities

Positivo +

Retração expressiva do CDS:

todas as reformas rapidamente

endereçadas

Leve recuperação / aumento dos

preços das commodities

Positivo

Retração expressiva do CDS:

Maior parte das reformas

rapidamente endereçadas

Estabilidade / leve alta

Cenário baseRetração leve do CDS:

Muitas reformas endereçadasLigeira queda

NegativoRetração moderada do CDS:

Muitas reformas endereçadasQueda moderada

Negativo -Estabilidade CDS:

Sem reformasRetração moderada

2019

CDS Brasil 10 anos

132 153 180 218 271

Índ

ice

Co

mm

od

itie

s

85,1 3,33 3,41 3,51 3,64 3,84

81,7 3,39 3,47 3,56 3,70 3,89

76,6 3,48 3,55 3,65 3,79 3,98

72,9 3,54 3,62 3,72 3,85 4,04

69,7 3,59 3,67 3,77 3,91 4,10

3,33

3,47

3,65

3,85

4,10

3,00

3,20

3,40

3,60

3,80

4,00

4,20

Histórico Cenário base

Cenário base

Positivo

Positivo (+)

Negativo

Negativo (-)

14 / 103

COMMODITIES

O movimento ‘flight to quality’ tem amparado a demanda chinesa por minério de ferro premium. O fechamento de

capacidades e o aumento do consumo de fibras virgens mantém a visão positiva para o setor de Papel e Celulose

Minério de Ferro

4

Mantemos nossa visão na dinâmica do

movimento ‘flight to quality’ e na

crescente demanda por produtos

premium. As mudanças culturais em

curso na China referentes às

preocupações ambientais e a reforma

na oferta chinesa devem fundamentar o

racional por trás da tese;

O prêmio pago por produtos de alto

valor agregado seguem crescendo,

tendência que deve ser mantida em

2019;

Esperamos que os preços de produtos

IO permaneçam em US$ 65/t em 2019

e US$ 56/t no LP. GC*

Celulose

A demanda por celulose de fibra curta

deve continuar aumentando, com

base em (i) incremento de consumo

em virtude das novas máquinas de

papel, principalmente de fins sanitários;

(ii) a expectativa de mais fechamento

de capacidade que poderá reduzir ~910

kton da indústria, de acordo com as

projeções de mercado, (iii) restrições

no uso da fibra reciclada na Ásia,

favorecendo a demanda por fibra

virgem, e (iv) a limitação no uso do

plástico, abrindo espaço para uma

“nova era” do papel.

Esperamos preços BHKP para o LP

de US$ 1.155/t na Europa e de US$

820/t na China. GC*

Petróleo

A expectativa de preços para o

petróleo bruto, em 2019, é de US$ 72

por barril, de acordo com o Energy

Outlook, da Administração de

Informações sobre Energia dos EUA

(EIA).

A recente produção recorde da Arábia

Saudita, da Rússia e dos EUA

compensou as quedas na produção do

Irã e da Venezuela, resultando em um

crescimento do fornecimento global

de petróleo e, portanto, em uma

queda nos preços da commodity.

No entanto, após o acordo feito na

reunião da OPEP, em dezembro

passado (6), para cortar 1,2 milhão de

bpd, estimamos que os preços do

petróleo podem variar de US$ 60 a US$

75 em 2019. DC*’

Etanol

A melhor dinâmica dos preços do

combustível ante ao açúcar

favoreceu a produção de etanol.

Uma entressafra mais longa e a redução

da produção de cana-de-açúcar podem

contribuir para a lucratividade do etanol.

Por outro lado, as perspectivas de

redução da disponibilidade de cana-

de-açúcar para o próximo ano-safra,

juntamente com uma maior participação

do etanol no mix, devem proporcionar

elevação do preço do açúcar.

Um fator que pode limitar os ganhos do

etanol é o preço do petróleo, uma vez

que a paridade do etanol é de 70% do

preço da gasolina.

De qualquer forma, acreditamos que as

usinas continuarão a capturar os

benefícios dos preços mais elevados do

etanol ao longo de 2019. MCM *

Fonte: Bloomberg, EIA, ESALQ, BB Investimentos Research | *iniciais dos analistas

15 / 103

COMMODITIES4

O mercado de Minério de Ferro está mais balanceado, levando o preço à uma maior estabilidade. Para o Brent, espera-

se uma maior volatilidade devido à baixa visibilidade sobre o corte de produção da OPEP

Fonte: Bloomberg, ESALQ | (*a partir de julho 2018, o preço da celulose se refere à média trimestral)

Minério de Ferro (62% Fe)US$/ton, %

Petróleo (ICE Brent)US$/bbl, %

Celulose (BHKP Europa)*US$/ton

Etanol (hidratado)Preços em R$/m3, %

58,71

86,29

14,04

43,19

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

50

55

60

65

70

75

80

85

90

Preço Volatilidade (30d) Vol. (médio) +1sd -1sd

981,69

1074,00

980

1000

1020

1040

1060

1080

Preço Preço médio

1446,50

1975,00

5,14

22,67

0

5

10

15

20

25

1400

1500

1600

1700

1800

1900

2000

2100

Preço Volatilidade (30d) Vol. (médio) +1sd -1sd

57,85

76,88

12,78

35,13

0

5

10

15

20

25

30

35

40

50

55

60

65

70

75

80

Preço Volatilidade (30d) Vol. (médio) +1sd -1sd

16 / 103

COMMODITIES

A guerra comercial EUA-China tem impulsionado a demanda chinesa por grãos. Os bons resultados das últimas safras

favorecem a próxima temporada em termos de produção e rentabilidade. Preço do gado em movimento ascendente

Milho

4

Soja Açúcar Boi Gordo

Fonte: Conab (ago e dez de 2018), Bloomberg, USDA (set e dez 2018), ESALQ, BB Investimentos Research | *iniciais dos analistas

A Conab espera elevação de pelo

menos 0,2% a/a na área plantada do

milho, em função (i) da forte demanda

do mercado de proteína animal, (ii) do

aumento da produção de etanol de

milho, e (iii) do consistente nível de

exportação para China.

A guerra comercial entre EUA-China

impulsionou as exportações brasileiras,

beneficiando os produtores ao longo do

ano. Vale lembrar que eles devem ser

beneficiados não apenas pelos maiores

volumes exportados, mas também pelos

maiores efeitos cambiais sobre as

receitas.

A recuperação econômica doméstica é

outro fator que deve impulsionar o

consumo de grãos. MCM *

A Conab estima um aumento mínimo de

1,8% a/a na área cultivada com soja,

devido à demanda chinesa pela

oleaginosa. A guerra comercial EUA-

China intensificou as exportações do

Brasil para o país asiático.

Em termos de volume, a Conab prevê

que a produção brasileira de soja na

safra 2018/19 atinja ~120 milhões de

toneladas. Quanto às exportações, O

USDA estima as exportações do país

em ~81 milhões de toneladas,

representando cerca de 45% das

exportações mundiais no mesmo ano-

safra, elevando as receitas dos

produtores.

Considerando-se qualquer melhoria no

relacionamento comercial entre EUA-

China, esperamos que os preços das

oleaginosas em Chicago sejam

elevados, favorecendo os exportadores

brasileiros, já que dependerão menos

de prêmios pagos nos portos. MCM *

Os baixos investimentos feitos nos

canaviais no Brasil ao longo dos últimos

anos, devido ao alto nível de

endividamento das usinas, ainda afetam

a produtividade.

Nesse sentido, esperamos maiores

reduções na produtividade ao longo da

segunda metade da safra 2018/19 e

também durante a safra 2019/20.

O USDA projeta moagem de 610

milhões de toneladas para a safra de

cana-de-açúcar 2018/19 (-4,5% a/a),

enquanto a Conab espera moagem de

635,5 milhões de toneladas, com

produção de açúcar de 34,3 milhões e

etanol de 30,4 bilhões de litros. No

entanto, a seca ocorreu na região

Centro-Sul do Brasil e a maior

participação do etanol no mix de

produção deverá afetar esses números

ao longo dos próximos trimestres. MCM*

Resultado de uma menor oferta de boi,

os preços seguiram uma tendência de

alta ao longo de 2018, embora com

menos volatilidade quando comparado a

2017.

A fraca demanda do mercado

doméstico limitou nova pressão

ascendente sobre preços, registrando

média de R$144/@ até Novembro/18,

um aumento de 4% a/a.

Para 2019, um cenário mais favorável

para as exportações de carne bovina

e a recuperação gradual do consumo

doméstico devem impulsionar o

preço do boi.

Além disso, a virada no ciclo do boi

deve limitar a oferta e contribuir para o

movimento altista do preço a partir do

3T19. LC*

17 / 103

COMMODITIES4

Fonte: Bloomberg

Açúcar NY#11 Soja

Milho Boi Gordo

US$ cents/libra, % US$ cents/bushel, %

R$/@, %USD cents/bushel, %

O déficit na produção de açúcar na safra 2019/2020 deve impulsionar o preço da commodity. A menor oferta de gado e

a forte demanda de exportação de carne bovina tendem a apoiar o movimento de alta no preço do boi

9,90

15,33

19,50

51,12

0

10

20

30

40

50

60

8

9

10

11

12

13

14

15

16

Preço Volatilidade (30d) Avg. Vol +1sd -1sd

814,00 814,00

1066,75

9,76

29,06

0

5

10

15

20

25

30

35

700

750

800

850

900

950

1000

1050

1100

Preço Volatilidade (30d) Vol (médio) +1sd -1sd

330,25

408,50

9,30

30,07

0

5

10

15

20

25

30

35

300

320

340

360

380

400

420

Preço Volatilidade (30d) Avg. Vol +1sd -1sd

136,80

152,10

7,40

19,13

0

5

10

15

20

25

130

135

140

145

150

155

Preço Volatilidade (30d) Avg. Vol +1sd -1sd

18 / 103

RISCOS5

Os riscos externos aumentaram ao longo de 2018, com a guerra comercial e possível recessão nos EUA. No Brasil,

isso é contrabalançado pelo otimismo com o novo governo e a probabilidade de retomada das reformas

Fonte: Economic Policy Uncertainty, Bloomberg

Índice Economic Policy Uncertainty (Global) vs VIXPontos

Índice Economic Policy Uncertainty (Brasil)Pontos

0

10

20

30

40

50

60

70

0

50

100

150

200

250

300

Global EPU CP VIX

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Crise financeira

global

Eleição de

Donald Trump

Brexit

Guerra Comercial

“Carne-fraca”

Lava-jato se intensifica,

congresso aceita pedido de

impeachment contra Presidente

Roussef

19 / 103

RISCOS5

A guerra comercial representa o risco mais evidente no radar. Internamente, o otimismo pode ser interrompido pela

falta de ação na esfera fiscal

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Eventos alternativos para o nosso cenário base S&P 500Eixo esquerdo (pontos), eixo direito (%)

IbovespaEixo esquerdo (pontos), eixo direito (%)

Incertezas econômicas dos EUA sobre aumentos das taxas de juros no curto prazo podem ter impacto global sobre a liquidez

China: (i) novas evidências de um hard landing econômico devido à guerra comercial contra os EUA, (ii) instabilidade do setor bancário e (iii) bolha no mercado imobiliário

Alocação de carteira mudando os níveis de preços dos ativos: menos capital para economias emergentes

Maior deterioração dos preços das commodities, principalmente petróleo, minério de ferro e grãos

Perspectivas de crescimento interno restritas por ambiente econômico e fiscal decepcionante

Não resolução da emissão de contas públicas, atrasando o ajuste fiscal

Aumento do prêmio de risco como resultado da deterioração fiscal, afetando a curva de juros de longo prazo e o custo de capital utilizado nas avaliações de empresas

Impacto inflacionário de (i) desvalorização cambial não prevista, (ii) preços da eletricidade devido a condições hidrológicas, ou (iii) combustível e derivados como resultado do aumento dos preços internacionais do petróleo

Instabilidade política devido a novos capítulos (divulgados) em escândalos de corrupção e incertezas em relação ao governo recém-eleito

2.581

2.931

5,90

24,12

0

5

10

15

20

25

30

2.400

2.500

2.600

2.700

2.800

2.900

3.000

Price Volatility (30d) Avg. Vol +1sd -1sd

69.815

89.820

13,15

31,61

0

5

10

15

20

25

30

35

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

90.000

95.000

Price Volatility (30d) Avg. Vol +1sd -1sd

20 / 103

EXPECTATIVA DOS ANALISTAS6

Nossas estimativas para o EBITDA** estão ligeiramente mais otimistas do que a média de mercado, mas o valor

capturado pelos nossos modelos sugerem um upside moderadamente superior

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; *Agronegócio: empresas com mais de 5 coberturas; ** Bancos e Serviços Financeiros: Lucro Líquido

Upside por setor%

Crescimento do EBITDA** (2019e) por setor%

9%

12%

19% 20%21%

24%

31%

34%36%

40%

69%

9%

17%16%

10%

17% 17%19%

21%

29%26%

55%

9 4 3 11 5 7 9 5 6 4 2

Avg upside Média de Upside mercado (mesma cobertura) # de cias cobertas

3%

7%

9%10%

10%

12%

18%

20% 21%

26%

38%

3%

14%

11%

1%

9%

11%

17%20%

16%

28%

20%

4 3 6 4 2 11 8 5 7 9 5

% crescimento EBITDA (estimativas BB-BI) % crescimento EBITDA (consenso Bloomberg) # coberturas

21 / 103

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

90.000

95.000

100.000

105.000

110.000

Price Preço alvo (12 meses)

TOP PICKS

A retomada da economia acabou sendo postergada por conta das incertezas relacionadas à eleição. Com a vitória de

um nome mais bem acolhido pelo mercado, acreditamos que um valor adicional possa ser destravado

7

Seguimos otimistas em relação ao desempenho

da maioria dos setores em 2019.

A crescente probabilidade da manutenção da Selic

próximo ao menor nível histórico, junto com uma

agenda do novo governo bem vista pelo mercado,

poderiam destravar o consumo, a confiança e, por

fim, os investimentos das companhias.

O principal risco, na nossa visão, seria a falta de

reformas estruturais, incluindo o atraso ou uma

versão mais branda da reforma da previdência,

considerada a mais importante. Nosso cenário base

considera prováveis avanços na frente reformista,

dada a percepção crescente de sua relevância.

Assim, vemos espaço para um upside de ~22%

em 2019.

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Ibovespa e preço alvo do BB Investimentos Pontos

Target: Ibovespa em 106 mil pontos em

12 meses

Melhora na confiança

e melhores

perspectivas

Greve dos

caminhoneiros

Corrida

eleitoral

Fev / Abr

Revisões: 89.000 e 93.000

Melhores perspectivas para os resultados das cias

Queda do risco-país

Cenário externo mais claro

Jun

Revisões: volta para 89.000

Desaceleração econômica por conta

da greve dos caminhoneiros

Incertezas eleitorais

Primeiros sinais da Guerra Comercial

Nov

Vitória do Bolsonaro

Dez

Novo target de 106.000

Preço

22 / 103

TOP PICKS

Bancos: boas perspectivas com crescimento de carteira e índices de NPL mais saudáveis. Enquanto a concorrência

no negócio de cartões continua com os recém-chegados, as empresas de fidelidade vão deixar o mercado de ações

Bancos

POSITIVO

TOP PICK: ITAÚ

Seguros

NEUTRO

TOP PICK: IRB

Cartão de crédito

NEUTRO

TOP PICK: N.A.

Fidelidade

NEGATIVO

Os representantes do setor de fidelização

(Smiles e Multiplus) no mercado de ações

brasileiro devem deixar de existir como

empresas listadas nos próximos

trimestres, já que seus acionistas

controladores anunciaram recentemente

eventos de reorganização societária.

Dado o iminente processo de

deslistagem para ambas as empresas,

nós deixamos de cobrir o setor, pois os

preços das ações deixarão de responder

aos fundamentos.

TOP PICK: N.A.

7

Esperamos ver em 2019, pela primeira

vez nos últimos anos, resultados

impulsionados por geração de

resultados mais saudáveis, com

crescimento da carteira de crédito e

receitas de tarifas. Os principais fatores

positivos são: (i) recuperação do consumo

interno; (ii) reestabelecimento do saldo

entre demanda e oferta de empréstimos;

(iii) melhor qualidade dos ativos e,

consequentemente, menores despesas

de provisão; e (iv) crescimento do lucro

líquido e melhor dinâmica do ROE.

Esperamos um cenário ainda turbulento

para as empresas de cartão de crédito

devido à concorrência acirrada. Nossa

visão é ratificada pelos recém-chegados

no mercado e pelo anúncio da Linx

entrando no campo de batalha. Estes

movimentos trouxeram maior

concorrência e aperto de margem, em um

cenário em que ainda não conseguimos

identificar os vencedores. A concorrência

predatória está corroendo as margens em

troca de alguns pontos-base de

participação de mercado.

Para 2019, esperamos que o

crescimento dos prêmios aumente os

resultados de subscrição com um dígito

alto de retorno em 2019. As empresas se

fortalecem com sucesso ao compensar a

redução das receitas financeiras por meio

do aumento do desempenho operacional.

Ainda vemos espaço para crescimento

no mercado de resseguros. A indústria

de resseguros deve crescer mais

rapidamente do que a indústria de

seguros em 2019, o que é favorável à

nossa principal escolha neste segmento

(IRB).

23 / 103

TOP PICKS

Companhias produtoras de commodities continuarão a colher os frutos da batalha da China contra a poluição, o que

estimula a demanda por insumos de maior qualidade

Mineração

NEUTRO

O movimento ‘flight to quality’ foi

consolidado em 2018 e o gap de preço

entre produtos de baixo e alto valor

agregado tem se expandido desde então,

sendo esperado que permaneça em torno

de US$ 25/t a US$ 30/t no LP, em nossa

opinião. A demanda deve se manter

aquecida, com a China seguindo como o

principal mercado para o minério de ferro.

Entretanto, a guerra comercial entre

EUA e China deve ser o principal ponto

de preocupação.

TOP PICK: VALE

Petróleo & Gás

POSITIVO

Acreditamos que a indústria de óleo e gás

está bem posicionada para fazer parte

relevante na recuperação da economia

brasileira. A Petrobras já apresentou

melhorias, com geração robusta de caixa,

menor relação dívida líquida/EBITDA e

perspectivas positivas de crescimento da

produção em 2019. Quanto à Ultrapar,

nossa top pick, esperamos (i) uma

recuperação no mercado de distribuição

de combustíveis; (ii) recuperação de

volumes em sua divisão de Produtos

Químicos (nova fábrica nos EUA), (iii)

ganhos de market share e (iv)

recuperação gradual de margens.

TOP PICK: ULTRAPAR

Siderurgia

POSITIVO

Maiores preços internacionais e

melhores condições de mercado na

economia doméstica devem potencializar

as oportunidades para os produtores de

aço. As tensões da atual guerra

comercial devem continuar no decorrer

de 2019. Entretanto, ainda vemos

oportunidades para que alguns players

entreguem forte geração de caixa e

ganhos de margem.

TOP PICK: GERDAU

Papel & Celulose

POSITIVO

Esperamos que a demanda mantenha sua

taxa de crescimento, com base em (i)

restrições sobre a fibra reciclada na

Ásia, (ii) urbanização da população rural

também na região, aumentando a

demanda por tecidos, (iii) limitação no uso

do plástico, abrindo espaço para o

consumo do papel, (iv) redução de

capacidade e (v) alta dos preços do

papel, que deve manter as margens em

níveis confortáveis. Escolhemos Klabin e

Suzano como outperformers, em virtude

não somente dos drivers positivos para a

indústria, mas também por suas

reconhecidas vantagens competitivas

frente aos pares.

TOP PICK: KLABIN e SUZANO

7

24 / 103

TOP PICKS

Como a demanda chinesa por grãos do Brasil continua crescente, os produtores devem apresentar números robustos à

frente. As usinas brasileiras continuam focando no mercado de etanol, mais atrativo

Agronegócios

POSITIVO

Os países em desenvolvimento,

especialmente na Ásia, continuarão a

impulsionar a demanda por alimentos.

Quando se trata de sustentabilidade, a

crescente necessidade de redução dos

níveis globais de poluição impulsiona a

produção de tecidos com fibras naturais e

alta tecnologia, tornando o algodão o

principal produto na substituição das

fibras sintéticas. Nesse cenário, a SLC

Agrícola surge como grande beneficiada,

já que é uma das maiores produtoras de

grãos e fibras do mundo.

TOP PICK: SLC AGRÍCOLA

Açúcar & Etanol

POSITIVO

O déficit estimado na produção de

açúcar para as safras 2018/19 e 2019/20

leva-nos a acreditar em boas

perspectivas de elevação de preços à

frente. Quanto ao etanol, esperamos que

o mix continue favorável ao

biocombustível em 2019, devido à sua

maior rentabilidade em relação ao açúcar.

A paridade de preços entre gasolina e

etanol, junto ao ritmo lento da

recuperação econômica doméstica,

beneficiam o consumo do combustível

renovável.

TOP PICK: SÃO MARTINHO

Alimentos & Bebidas

POSITIVO

Esperamos um cenário mais promissor

para o setor de alimentos em 2019.

Enquanto a indústria de carne bovina

pode ser beneficiada por melhora nas

exportações, a indústria de aves deve

enfrentar um cenário mais encorajador

para precificação no mercado doméstico,

devido ao ajuste na oferta ao longo de

2018. Nesse contexto, após a recente

reorganização societária e o processo

de desalavancagem decorrente dos

desinvestimentos anunciados,

acreditamos que a BRF deverá melhorar

sua estrutura de capital, acelerar geração

de caixa e recuperar margem.

TOP PICK: BRF

7

25 / 103

TOP PICKS

Novos leilões devem beneficiar o segmento de infraestrutura. Início operacional de projetos de transmissão devem

ocorrer em 2019, atendendo a crescente demanda por energia. BK na onda da recuperação da economia doméstica

Utilities

NEUTRO

O segmento mais ativo do setor em

expansão contratada nos últimos anos

deverá apresentar, em 2019, uma fase de

início operacional desses ativos,

mostrando a performance de cada

operador no desenvolvimento desses

projetos. A recuperação econômica em

curso deve aumentar o volume de

eletricidade distribuído e estimular

leilões de geração. Entretanto, a

hidrologia adversa e a judicialização no

setor continuam a preocupar.

TOP PICK: ALUPAR

Transportes

POSITIVO

A retomada dos leilões nas rodovias deve

beneficiar a Ecorodovias. As empresas de

aluguel de carros devem se beneficiar da

recuperação da atividade econômica,

tanto no mercado de gerenciamento de

frota (GTF) quanto no locação individual

(RAC), impulsionado pelo turismo e

mercado corporativo. No setor aéreo, a

demanda por passageiros aéreos já

recomeçou em 2018 e espera-se que

cresça ainda mais em 2019, devido a sua

maior elasticidade com o PIB.

TOP PICK: ECORODOVIAS e LOCALIZA

Bens de Capital

POSITIVO

Durante todo o ano de 2018, o setor

demonstrou fortes sinais de recuperação

no Brasil, com resultados de dois

dígitos, apesar da greve dos

caminhoneiros. Mercados importantes,

como EUA e a Europa também

apresentaram crescimento. A expectativa

para 2019 é de que as indústrias

retornem com fortes investimentos,

impulsionando a demanda por

equipamentos mais pesados e

consolidando o crescimento do setor.

TOP PICK: TUPY

7

26 / 103

TOP PICKS

Varejo (anti-cíclico)

NEUTRO

Durante 2018, observamos uma leve

recuperação no volume vendido de

alimentos, bebidas, medicamentos,

perfumaria e cosméticos, uma tendência

que deve ser mantida em 2019. Os

supermercados devem se beneficiar do

fim da deflação de alimentos, enquanto as

drogarias devem seguir pressionadas por

um ambiente ainda competitivo. Em

perfumaria e cosméticos, esperamos

uma retomada mais profunda, frente à

retomada do mercado de trabalho.

TOP PICK: NATURA

Imobiliário (shoppings)

NEUTRO

Apesar da baixa confiança do consumidor

afetar o tráfego de pessoas no shopping

bem como o crescimento mais intenso em

vendas em 2018, as companhias

conseguiram melhorar seus indicadores

operacionais e suas margens. Para 2019,

esperamos que a recuperação dos

lojistas tome fôlego, em linha com o que

observamos após as eleições

presidenciais ocorridas em outubro.

TOP PICK: N.A.

Varejo (cíclico)

POSITIVO

Tanto em bens duráveis quanto semi-

duráveis, a demanda represada dos

anos da crise continua alta. Durante

2019, teremos uma base comparativa

mais normalizada (sem o efeito da

liberação do FGTS em 2017), bem como

um cenário macroeconômico mais

favorável, principalmente em relação ao

emprego. Assim, esperamos uma

aceleração nas vendas nos segmentos

de vestuário, eletrônicos,

eletrodomésticos e móveis .

TOP PICK: VIA VAREJO

Imobiliário (construtoras)

POSITIVO

A manutenção da tendência positiva

observada em 2018 em termos de vendas

e lançamentos, bem como na redução

dos distratos, é esperada para 2019 à

medida que a confiança do consumidor

nas condições macroeconômicas

aumente. Nesse cenário, a MRV se

destaca de seus pares devido à sua

habilidade de manter uma forte

rentabilidade mesmo havendo maior

pressão sobre os recursos do FGTS, além

de apresentar um valuation atrativo.

TOP PICK: MRV

7

A recuperação do consumo deve continuar em 2019, ainda amparado pela demanda represada. A redução nos

distratos deve ajudar a melhorar as margens das construtoras

27 / 103

TOP PICKS: RESUMO7

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research | (referente a 18 de dezembro de 2018)

Dados de Mercado das CompanhiasR$

Companhia Ticker País Última Cotação Range de Preço% Variação

1 ano

Preço-alvo

Dez/2019Upside

Valor Mercado

R$ milhões

Alupar ALUP11 BZ 18,22 15 ┬───────■─┴ 19 3,5% 24,30 33,4% 5.339

BRF BRFS3 BZ 23,35 18 ┬─■───────┴ 40 -35,1% 33,00 41,3% 18.971

Ecorodovias ECOR3 BZ 9,50 7 ┬───■─────┴ 13 -22,3% 12,50 31,6% 5.308

Gerdau GGBR4 BZ 15,32 12 ┬────■────┴ 19 27,9% 23,00 50,1% 24.550

IRB IRBR3 BZ 78,95 32 ┬─────────■ 80 139,2% 85,50 8,3% 24.632

Itaú Unibanco ITUB4 BZ 34,95 24 ┬───────■─┴ 37 31,9% 41,67 19,2% 317.417

Klabin KLBN11 BZ 16,31 16 ┬■────────┴ 22 -7,5% 27,50 68,6% 19.004

MRV MRVE3 BZ 12,8 11 ┬─■───────┴ 16 -11,4% 18,60 54,0% 5.365

Natura NATU3 BZ 44,08 26 ┬─────────■ 45 46,4% 58,60 32,9% 19.009

28 / 103

TOP PICKS: RESUMO7

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research | (referente a 18 de dezembro de 2018)

Dados de Mercado das CompanhiasR$

Companhia Ticker País Última Cotação Range de Preço% Variação

1 ano

Preço-alvo

Dez/2019Upside

Valor Mercado

R$ milhões

Localiza RENT3 BZ 27,73 21 ┬──────■──┴ 30 30,1% 30,00 8,2% 18.500

SLC Agricola SLCE3 BZ 42,85 24 ┬───■─────┴ 68 72,0% 57,00 33,0% 4.084

São Martinho SMTO3 BZ 18,74 16 ┬─────■───┴ 21 4,1% 26,00 38,7% 6.822

Suzano SUZB3 BZ 36,98 18 ┬────■────┴ 55 101,7% 59,00 59,5% 40.894

Tupy TUPY3 BZ 21,15 16 ┬─────■───┴ 24 15,3% 24,00 13,5% 3.049

Ultrapar UGPA3 BZ 49,81 36 ┬──■──────┴ 83 -31,0% 63,50 27,5% 27.7154

Vale VALE3 BZ 51,90 37 ┬─────■───┴ 62 37,2% 73,50 41,6% 274.264

Via Varejo VVAR3 BZ 4,39 4 ■─────────┴ 9 -43% 8,00 82,2% 5.682

SETOR FINANCEIRO: POSITIVO

T O P P I C K S : ITAÚ

IRB

Kamila Oliveira

[email protected]

Wesley Bernabé, CFA

[email protected]

30 / 103

SETOR FINANCEIRO8

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

P/BV 1Y

Corrente

P/BV 1Y

Média 5 anosROE 1Y

BANCO ABC BRASIL SA ABCB4 BZ 16.57 21.00 26.7% O 3,498.5 6.2 5.7 0.8 0.8 14.1

BANCO BRADESCO SA-PREF BBDC4 BZ 38.06 43.00 13.0% O 240,806.1 11.0 8.9 2.0 1.5 16.9

BANCO INTER SA-PR BIDI4 BZ 37.79 21.00 -44.4% MP 3,832.3 31.4 25.6 3.7 2.8 10.1

BANCO BTG PACTUAL SA-UNIT BPAC11 BZ 22.27 26.50 19.0% MP 19,577.1 6.3 6.1 0.9 0.8 13.2

BANCO EST RIO GRAN-PREF B BRSR6 BZ 21.68 19.00 -12.4% O 8,901.9 7.6 6.1 1.1 0.8 13.7

ITAU UNIBANCO HOLD S-PREF ITUB4 BZ 34.95 41.67 19.2% O 317,416.8 11.6 9.5 2.5 1.8 20.0

BANCO SANTANDER BRASIL-UNIT SANB11 BZ 43.35 45.00 3.8% O 162,719.5 12.3 10.9 2.3 1.4 16.3

CIELO SA CIEL3 BZ 9.41 16.50 75.3% MP 25,565.2 7.9 15.7 1.9 7.4 32.2

IRB BRASIL RESSEGUROS SA IRBR3 BZ 78.95 85.50 8.3% O 24,632.4 17.1 13.6 6.2 4.0 29.4

PAGSEGURO DIGITAL LTD-CL A PAGS US BZ 20.10 - - - 6,566.4 17.8 27.5 3.1 5.6 31.8

-56,1%

4,8%

25,4%

25,6%

31,4%

43,3%

63,2%

143,3%

CIEL3

ABCB4

BBDC4

BPAC11

ITUB4

SANB11

BRSR6

IRBR3

-0,8%

-0,6%

-0,2%

0,7%

0,8%

2,3%

7,4%

8,6%

11,2%

CIEL3

ITUB4

ABCB4

SANB11

BPAC11

BBDC4

BIDI4

IRBR3

BRSR6

31 / 103

SETOR FINANCEIRO8

Bancos: resultados em 2019 impulsionados pela geração de lucros, em virtude do crescimento mais saudável da

carteira de crédito e das tarifas. Demanda da economia deve sustentar o crescimento da carteira de crédito em 9,4%

Fonte: Banco Central, BB Investimentos Research

As perspectivas para os bancos brasileiros estão muito mais favoráveis do que em

anos anteriores. Ao longo da recessão, as provisões dispararam (2015-16). Em 2017-

18, a queda nas despesas com provisões foi o principal fator para a recuperação dos

lucros. Como as carteiras de crédito reverteram a tendência de queda e retomaram o

crescimento em linhas mais lucrativas, especialmente as voltadas às pessoas físicas,

esperamos em 2019, pela primeira vez nos últimos anos, resultados impulsionados

pela geração de receita mais saudável, crescimento da carteira de crédito e das

tarifas. Projetamos um crescimento nominal de 12,4% no lucro agregado para os

bancos do nosso universo de cobertura em 2019.

Resultados baseados nos drivers tradicionais Crescimento do Crédito (Bancos)% a/a

Carteira de Crédito: crescimento de volume próximo de dois dígitos Crescimento de EmpréstimosR$ milhões, % a/a

A atual recuperação gradual da carteira de credito deverá se manter, com o

crescimento atingindo 9,4% ao final de 2019. A carteira de crédito dos bancos

privados deverá sustentar esse crescimento acima de dois dígitos.

De acordo com os dados do Bacen, o aumento no volume de empréstimos manteve o

ritmo acelerado, impulsionado pela demanda da economia fazendo com que linhas

para financiamento de capital de giro ganhassem força. Em paralelo, os índices de

inadimplência estão atingindo níveis historicamente baixos, enquanto os spreads

mantêm sua tendência de queda. Esse ambiente favorável reforça a visão de que

estamos no início do próximo ciclo virtuoso para o desempenho operacional dos

bancos em 2019.

1.4211.713

2.034

2.367

2.7113.018

3.220 3.105 3.0923.229

3.533

3.908

15,1%

20,6%18,8%

16,4%14,6%

11,3%

6,7%

-3,5%-0,4%

4,5%

9,4%10,6%

Total de empréstimos Crescimento de empréstimos (%)

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35% Crédito Total Privados Públicos

32 / 103

SETOR FINANCEIRO8

Cartões e Fidelidade: tendência de competição na indústria de cartões se mantém com a entrada de novos

participantes. Enquanto isso, as companhias de fidelidade devem sair do mercado de ações nos próximos trimestres

Fonte: BCB, ABECS, ABEMF, BB Investimentos Research

Volumes da indústria de cartõesR$ milhões

Indústria de Cartões: visão geral

Indústria de fidelidade: volume de pontos acumulados pelos bancosR$ milhões

Indústria de Fidelidade: saída da Bolsa

Incorporamos uma perspectivas positiva para 2019 após dois anos de ritmo

relativamente estável de crescimento. A tendência secular de mudança continua uma

realidade – trade off entre dinheiro e cartão – mas em um ritmo inferior ao observado.

Em nossa opinião, a indústria de cartões é um dos primeiros segmentos a mostrar

melhorias quando o consumo se recupera. A Cielo vem enfrentando uma competição

mais acirrada nesse ambiente. Esperamos que a companhia retome o crescimento do

lucro líquido em 2019 devido ao crescimento da carteira de PME de seus acionistas

controladores. A companhia mostrou estar preocupada com a crescente concorrência

e, principalmente, com possível mudanças regulatórias voltadas à introdução de

novas tecnologias no Brasil.

As companhias do setor de fidelidade (Smiles e Multiplus) dever deixar a bolsa nos

próximos trimestres, já que seus acionistas controladores anunciaram recentemente

eventos de reorganização societária. Esses anúncios, a nosso ver, desapontaram os

acionistas minoritários, uma vez tendo sido eles a financiar o crescimento pós-IPO e

não terem outra escolha além de aceitar os termos dos negócios propostos, o que

destaca um risco de governança na relação entre acionistas das companhias aéreas e

das companhias de fidelidade. Diante desses fatos e do eminente fechamento de

capital de ambas as companhias, descontinuamos a cobertura do setor, uma vez que

os preços das ações deixaram de responder aos fundamentos.

393.631

963.603

601.433

710.012

837.104

963.603

1.065.256 1.143.728

1.230.091 1.232.037 1.260.020

19,6% 15,1%

23,4%

18,1%

17,9%

15,1%

10,5%

7,4% 7,6%

0,2%2,3%

Volume de transações financeiras Crescimento

237.487247.153

258.598

196.429 201.859

230.175

203.501 202.793

-0,4%4,1% 4,6%

-24,0%

2,8%

14,0%

-11,6%

-0,3%

Volume de pontos acumulados pelos bancos Crescimento

33 / 103

SETOR FINANCEIRO8

Seguros: boas perspectivas de crescimento dos prêmios, impulsionando os resultados de resseguros

Fonte: Susep, BB Investimentos Research

No Brasil, é fato que tanto as empresas de seguro quanto de resseguro possuem uma

resiliência natural. Em tempos de crescimento econômico, eles são beneficiados pelo

crescimento do resultado de resseguros, com elasticidade positiva do PIB, enquanto

que durante as recessões o aperto monetário beneficia o resultado financeiro.

Para 2019, temos uma perspectiva favorável para o crescimento dos prêmios,

reforçando os resultados de subscrição. A nosso ver, após atingir o piso do

crescimento em 2017 (3,3%), esperamos um retorno do crescimento de um dígito alto

em 2019 para o setor de seguros. Além disso, vimos o fortalecimento das companhias

devido ao sucesso da compensação da redução das receitas financeiras pela

melhoria do desempenho operacional recente.

Seguros Indústria de SegurosR$ milhões

Resseguros Indústria de RessegurosR$ milhões

A indústria de resseguros no Brasil foi mais impactada pelo ambiente econômico

recessivo doméstico do que as empresas de seguro há alguns anos. A explicação

para esse desempenho tão distinto, em nossa opinião, decorre da menor quantidade

de prêmios de resseguro contratados pelas seguradoras, que consequentemente

estão retendo mais riscos.

Nos próximos anos, ainda vemos espaço para crescimento do Mercado de

resseguros. Diferente do que esperávamos no ano passado, acreditamos que o

resseguro deverá crescer mais rapidamente que o setor de seguros em 2019,

suportando nossa escolha de top pick neste segmento (IRB).

160.395

181.194198.561

219.069

239.333 247.153259.865

282.902

21,0%

13,0%

9,6%10,3%

9,3%

3,3%

5,1%

8,9%

Premios emitidos Crescimento anual (nominal - %)

6.986

7.9088.532

8.659 8.8299.351

10.34624,9%

13,2%

7,9%

1,5%2,0%

5,9%10,6%

Premios emitidos Crescimento anual (nominal - %)

34 / 103

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

BB

DC

4

ITU

B4

SA

NB

11

BP

AC

11

BR

SR

6

AB

CB

4

BID

I4

CIE

L3

IRB

R3

SETOR FINANCEIRO8

Escolha das ações com base na perspectiva de crescimento de LPA e histórico comprovado. Novatos no campo das

fintechs surpreenderam positivamente (no radar), mas a falta de histórico os deixou fora do universo de top picks

Fonte: BB Investimentos Research

Estamos otimistas em relação ao desempenho dos bancos brasileiros em 2019. O

apetite por risco dos bancos privados aumentou à medida em que as carteiras de

empréstimos reverteram o crescimento retomado por meio de linhas mais lucrativas,

especialmente aquelas direcionadas a pessoas físicas.

Em 2019, os principais impulsionadores positivos devem ser: (i) recuperação do

consumo interno; (ii) reestabelecimento do saldo entre demanda e oferta de

empréstimos; (iii) melhor qualidade dos ativos e, consequentemente, menores

despesas de provisão; e (iv) crescimento do lucro líquido e melhor dinâmica do ROE.

BancosPremissas

Estimativas

Serviços financeirosPremissas

Crescimento do lucro líquido (2019E)%

Esperamos um cenário ainda altamente competitivo para os adquirentes, devido ao

aumento da concorrência e aos recém-chegados.

Para as empresas de fidelidade, após o anúncio do processo de fechamento de

capital da Multiplus e da Smiles, descontinuamos a cobertura deste setor.

Quanto às seguradoras, esperamos uma boa perspectiva para o crescimento dos

prêmios, impulsionando os resultados de resseguros, juntamente com o mercado de

resseguros crescendo em 2019 em um ritmo mais rápido em comparação com o

mercado de seguros.

Projetamos um lucro agregado para os bancos do nosso universo de cobertura, com

crescimento de 12,4% em termos nominais em 2019.

Projetamos um crescimento de dois dígitos no lucro líquido para BBDC4, ITUB4,

BPAC11, BRSR6, ABCB4, BIDI4 e IRBR3 em 2019.

Por outro lado, a Cielo deve apresentar queda no resultado no mesmo período, em

nossa visão.

Top Picks

35 / 103

TOP PICK: ITAÚ8

Itaú continua o nome preferido dentro do universo de cobertura de bancos privados. Sua resiliência nos negócios,

retorno acima da média e histórico comprovado reforçam nossa escolha

Fonte: BB Investimentos Research

Tese de Investimento

A tese de investimento do Itaú continua a mesma. Em nossa opinião, o banco manterá

sua estratégia vencedora, investindo em negócios com baixos requerimentos de

capital e altos retornos. Essa estratégia explica o maior retorno sobre o patrimônio

entre os bancos brasileiros e a menor volatilidade durante o ambiente

macroeconômico recessivo.

Logo após a divulgação dos resultados do 3T deste ano, a administração reforça o

otimismo em relação à melhor demanda por crédito proveniente de empresas, o que é

consistente com os dados do Banco Central do Brasil até o momento.

À medida em que o cenário macro melhora, as taxas de inadimplência também

tendem a melhorar ainda mais.

Nesse sentido, acreditamos que o Itaú manterá o ROE acima do patamar de 20% nos

próximos dois anos. A companhia vem entregando quedas substanciais nas despesas

de provisão e mantendo um controle rígido nas despesas não decorrentes de juros.

Além disso, dentro da atual tendência na economia doméstica, as receitas de seguros

e receitas com tarifas devem continuar em destaque. Em resumo, mantemos nossa

visão otimista para o Itaú, mantendo as ações como nossa top pick para o setor

bancário.

Riscos

Deterioração da qualidade dos ativos;

Crescimento de empréstimo limitado;

Alterações regulatórias (BIS IV, elevação em tributos como CSLL, etc.).

Lucro líquido recorrenteR$ milhões

23.832 22.221

24.879 26.074

29.522

36 / 103

TOP PICK: IRB8

IRB: promete menos, entrega mais. A companhia deve continuar a oferecer rentabilidade acima da média. Como líder

de mercado, mantém-se melhor posicionada que seus pares para capturar tendências positivas do setor

Fonte: BB Investimentos Research

Tese de Investimento

Em serviços financeiros não bancários, acreditamos que o IRB Brasil RE esteja

melhor posicionado do que seus pares para capturar as perspectivas atuais da

economia no mercado interno.

O IRB Brasil RE é líder no mercado doméstico, e a distância para outras

resseguradoras locais é expressiva em termos de eficiência (índice combinado) e

lucratividade (ROE). O modelo de negócios da empresa também tem características

defensivas, já que cerca de 35% dos prêmios do IRB são originados fora do Brasil.

Quanto aos resultados recentes, a empresa divulgou outro trimestre melhor que o

esperado no terceiro trimestre deste ano, com lucro líquido acima da nossa estimativa

e do consenso de mercado, em 5,7% e 6,7%, respectivamente. O forte crescimento

da receita líquida (+ 16,6% a/a) levou a empresa a rever seu guidance para o ano,

enquanto o lucro líquido continuou sua trajetória de evolução, crescendo 24,9% nos

9M18.

Ao superar novamente nossas estimativas e o consenso de mercado, o IRB Brasil

mantém sua principal característica, que consideramos o ponto-chave de sua tese de

investimento: poucas promessas, muitas entregas.

Continuamos construtivos no nome. De fato, o IRBR3 valorizou ~130% desde seu IPO

em julho de 2017, alcançando um nível de capitalização de mercado de BRL 20

bilhões. Ainda vemos espaço para upsides adicionais com base em nossa avaliação.

Riscos

Mudanças regulatórias;

Conflito de interesses entre seus acionistas controladores.

Lucro Líquido RecorrenteR$ milhões

763,7 850,0

924,9

1.185,6

1.425

SIDERURGIA & MINERAÇÃO: NEUTRO

T O P P I C K S : GERDAU

VALE

Gabriela E. Cortez

[email protected]

38 / 103

SIDERURGIA & MINERAÇÃO9

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

US$ milhões

Dív. Líquida

US$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

CIA SIDERURGICA NACIONAL SA CSNA3 BZ 9.37 13.00 38.7% O 3,333.2 7,657.6 8.9 372.6 6.5 8.1

GERDAU SA-PREF GGBR4 BZ 15.32 23.00 50.1% O 6,294.0 3,965.0 9.4 19.6 4.8 6.1

GRUPO MEXICO SAB DE CV-SER B GMEXICOB MX 39.50 - - - 15,289.2 5,062.2 8.7 13.0 4.7 6.8

METALURGICA GERDAU SA-PREF GOAU4 BZ 7.23 - - - 1,841.4 4,178.6 - 9.9 - 441.6

SOUTHERN COPPER CORP SCCO PE 31.37 - - - 24,258.1 4,901.8 13.7 19.8 7.5 10.4

TENARIS SA-ADR TS US LX 21.91 - - - 12,933.2 - 680.2 11.5 31.5 6.6 11.3

TERNIUM ARGENTINA SA TXAR AR AR 13.45 - - - 1,588.0 431.4 4.1 8.8 2.9 5.7

USINAS SIDER MINAS GER-PF A USIM5 BZ 9.74 12.50 28.3% O 3,480.3 1,304.7 11.7 43.1 6.2 9.8

ANGLO AMERICAN PLC AAL LN GB 1712.40 - - - 27,998.0 4,171.0 8.8 12.4 4.2 5.3

BHP GROUP LTD BHP AU AU 33.50 - - - 114,414.7 10,916.0 13.7 18.9 5.7 6.5

GLENCORE PLC GLEN LN SZ 288.20 - - - 51,124.8 31,810.0 7.8 16.0 4.3 6.8

NEXA RESOURCES SA NEXA US BZ 11.94 - - - 1,591.8 222.1 14.8 11.1 4.3 3.6

RIO TINTO LTD RIO AU GB 76.05 - - - 80,667.7 3,571.0 12.2 14.0 5.5 6.4

VALE SA-SP ADR VALE US BZ 13.28 21.00 58.1% O 70,177.8 18,137.4 8.0 25.9 4.8 5.8

-37,2%

-35,9%

-31,8%

-29,6%

-22,8%

-4,5%

5,6%

7,5%

11,8%

12,6%

15,8%

19,3%

26,7%

28,2%

NEXA US

GMEXICOB

SCCO

TS US

GLEN LN

TXAR AR

RIO AU

USIM5

CSNA3

VALE US

AAL LN

BHP AU

GGBR4

GOAU4

-22,0%

-17,0%

-14,1%

-11,3%

-8,5%

-7,4%

-5,5%

-4,8%

-4,1%

-3,1%

-2,9%

-0,5%

0,6%

3,5%

TS US

SCCO

TXAR AR

VALE US

GMEXICOB

GOAU4

NEXA US

GGBR4

RIO AU

GLEN LN

CSNA3

USIM5

AAL LN

BHP AU

39 / 103

SIDERURGIA & MINERAÇÃO9

Minério de Ferro: demanda por produtos premium deve continuar, bem como a diferenciação de preços entre si. Guerra

comercial ganha significância dentre as preocupações

Fonte: WSA, Bloomberg, BB Investimentos Research

Na China, a reforma da oferta, endereçada desde 2016, removeu cerca de 135 Mt

da capacidade do país, reduzindo a exportação de aço. Como resultado,

observamos a consolidação do movimento ‘flight to quality’ e o aumento no preço do

aço no decorrer de 2018. A demanda por MF premium beneficiou os produtores

brasileiros, o que, junto com uma taxa de câmbio favorável, contribuiu para o

incremento de receitas no ano.

Pelo lado negativo, a China pode vir a puxar a demanda de aço para baixo, de

acordo com o World Steel Economics committee (WSA), reduzindo o crescimento

para 1.4% a/a em 2019 (contra um crescimento esperado de 3.9% neste ano), a

depender dos resultados das tensões comerciais correntes.

Consolidando a busca por qualidade Minério de Ferro 65% Fe vs 58% FeUSD/t

30

55

80

105

130 IO62% IO65% IO58%

Expectativas Importação Chinesa de Minério de FerroMt

40

50

60

70

80

90

100

110 Para 2019, esperamos um cenário mais estável para o mercado de MF, com preços

variando de US$ 60/t a US$ 70/t. Em termos de demanda, (i) novas plantas de pelotas

na China, (ii) cortes de capacidade e (iii) controle de poluição no interior da Ásia

devem continuar favorecendo o consumo de minério verde.

A utilização da capacidade mundial tem melhorado, em resposta aos cortes de

capacidade, especialmente na China. Além disso, os preços do aço no mundo

aumentaram em 2018 e devem permanecer em níveis elevados, contribuindo para

margens positivas no setor.

US$ 36/t

Spread médio:

2017: US$ 35/t

2016: US$ 17/t

2015: US$ 13/t

40 / 103

3.000

5.000

7.000

9.000

11.000

13.000

SIDERURGIA & MINERAÇÃO9

Aço: melhores perspectivas para a indústria de aço brasileira em 2019. Preços internacionais de aço mais elevados

devem converter para melhores margens

Fonte: WSA, IABr, Bloomberg, BB Investimentos Research

Nos mercados internacionais, a já exaustivamente mencionada guerra entre EUA e China parece ter estabelecido uma trégua, embora ainda esperemos um desenrolar para o próximo

ano. De acordo com a OCDE, o PIB dos EUA deve crescer 4,7% em 2019, confirmando o momento ainda forte e positivo para a economia norte-americana, com as vagas de

emprego continuando a expandir e novos investimentos em infraestrutura a serem autorizados. Lembramos que, em 2018, o governo dos EUA impôs tarifas e cotas na maioria dos

produtos de aço importados, o que causou um efeito positivo no preço internacional do ferro, contribuindo para o spread do metal.

De acordo com o IABR, a produção de aço no Brasil deve terminar 2018 com incremento de 3,8% a/a, contra uma projeção anterior de +4,6%, muito em razão do evento de greve.

Entretanto, as vendas para o mercado doméstico devem expandir 8,9% a/a, acima das estimativas anteriores de 5,5%. Para 2019, o instituto projeta vendas 5,8% maiores a/a,

enquanto o consumo aparente deve aumentar em 6,2%.

Através de caminhos diferentes, os fabricantes brasileiros de aço estabeleceram suas estratégias lançando novos produtos, estabelecendo novas parcerias, focando no core business

e na rentabilidade, estreitando o relacionamento com o consumidor final e com seus funcionários e, desta forma, se preparando para melhores perspectivas em 2019.

Cenário Atual e Dinâmica para 2019

Exportação Chinesa de AçoMt

Preços do Aço Laminado à Quente nos EUA e ChinaUS$/t

-34% (2016/2017)

-9% (2018/2018

300

400

500

600

700

800

900

1.000

US HRC China HRC

41 / 103

TOP PICK: VALE

Assumindo o controle: consolidação da estratégica de diferenciação reiterando sua posição como um player premium

Tese de Investimento

9

Novas condições de mercado: qualidade

de fato importa e a Vale se consolidou

como um player premium no setor,

trazendo produtos novos e de alto valor

agregado, como IO65, BRBF e SFLA.

Estratégia de diferenciação: a Vale

conta com diferentes produtos para

“todos os gostos” e sob demanda. Os

prêmios pagos pelos produtos da Vale

atingiram um nível sustentável, gerando

mais de US$ 3,0 bi em 2018.

Outros Negócios: eficiência operacional

e melhorias adicionais devem vir de

outras áreas além da de minerais

ferrosos. Investimentos nos negócios de

materiais de base e carvão devem

aumentar a relevância destes

segmentos no resultado da Vale nos

próximos anos.

Forte geração de caixa: maior

remuneração.

Riscos

Desaceleração da economia chinesa em

virtude da guerra comercial global;

Consequente queda dos preços

internacionais de MF;

Possível, mas improvável, acréscimo no

consumo de produtos de baixo valor

agregado.

Fonte: Bloomberg, Vale, BB Investimentos Research

Composição de Vendas da Vale%

EBITDA e Margem EBITDAUS$ milhões e %

53%66%

73%82%

47%34%

27%18%

Produtos Premium Outros

15.338 16.927

18.890 19.187 18.982 18.372

45,2% 45,3%

46,9%47,9% 47,5%

46,9%

EBITDA Margem EBITDA

42 / 103

TOP PICK: GERDAU

Palavra-chave: inovação. Uma companhia mais estruturada e enxuta, focada em negócios mais rentáveis

Tese de Investimento

9

Riscos

Recuperação do mercado brasileiro

mais longa do que o esperado;

Desaceleração chinesa e, consequente,

elevação da exportação de aço;

Incremento da importação de aço nos

EUA;

Crescimento do PIB menor do que o

esperado para a América Latina.

Fonte: Bloomberg, Gerdau, BB Investimentos Research

DesinvestimentosR$ bi

EBITDA e Margem EBITDAR$ mi e %

A Gerdau tem mergulhado no mundo da

tecnologia e inovação e, através de

novos produtos, parcerias, processos e

soluções ao longo de toda sua cadeia,

tem se diferenciado dos seus

concorrentes, pegando uma estrada de

mão única rumo à transformação digital.

A iniciativa ‘Juntos Somos+’, em

parceria com a Votorantim Cimentos e a

Tigre para criar um programa de

fidelidade para seus clientes finais, tem

ajudado a incrementar a capilaridade da

companhia no interior e a fortalecer a

lealdade do consumidor.

A conclusão do plano de

desinvestimento, atingindo um

montante total de R$ 7 bi.

A restruturação feita na ON América do

Norte já tem trazido resultados

positivos.

4.501 4.049 4.321

7.055 7.245 7.915

10,3% 10,8%11,7%

15,0%15,9% 15,8%

EBITDA Margem EBITDA (%)

PAPEL & CELULOSE: POSITIVO

T O P P I C K S : KLABIN

SUZANO

Gabriela E. Cortez

[email protected]

44 / 103

PAPEL & CELULOSE10

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

US$ milhões

Dív. Líquida

US$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

EMPRESAS CMPC SA CMPC CL 2230.20 - - - 8,085.8 3,263.1 12.1 20.6 6.1 8.4

EMPRESAS COPEC SA COPEC CL 8650.00 - - - 16,306.1 5,027.8 13.7 18.5 7.7 9.4

DURATEX SA DTEX3 BZ 11.97 - - - 2,123.0 634.2 21.9 20.7 9.0 7.4

FIBRIA CELULOSE SA FIBR3 BZ 66.83 81.50 22.0% MP 9,491.0 3,763.4 7.2 28.9 4.2 6.7

KIMBERLY-CLARK DE MEXICO-A KIMBERA MX 30.59 - - - 4,693.3 946.2 18.8 23.0 10.8 12.9

KLABIN SA - UNIT KLBN11 BZ 16.31 27.50 68.6% O 4,872.3 3,404.9 9.7 49.8 6.6 9.6

SUZANO PAPEL E CELULOSE SA SUZB3 BZ 36.98 59.00 59.5% O 10,484.2 2,863.2 6.8 12.1 4.7 7.0

-9,1%

-7,3%

-3,4%

7,9%

30,1%

51,1%

98,8%

COPEC

KIMBERA

KLBN11

CMPC

DTEX3

FIBR3

SUZB3

-11,1%

-10,9%

-7,9%

-6,4%

-4,2%

0,0%

3,6%

COPEC

CMPC

KLBN11

DTEX3

SUZB3

FIBR3

KIMBERA

45 / 103

PAPEL & CELULOSE10

Novos padrões de consumo mudando a indústria

Apesar de preços de celulose estáveis, os volumes vendidos continuaram se elevando

em 2018, em resposta à crescente demanda em todos os principais mercados

consumidores. A demanda mundial por papel deve somar 486 Mt em 2030 (CAGR de

1.3% p.a de 2016 a 2030), de acordo com a Poyry, especialmente influenciado por

Ásia e Europa. No que tange ao tissue, a demanda deve se elevar em 2.9% p.a.

(2016-2030). Assim sendo, espera-se que o consumo de BEKP melhore em ~2.4%

p.a. no mesmo período dada sua alta competitividade e sustentabilidade.

Mudanças nos padrões de consumo no que se refere a (i) restrições no uso da fibra

reciclada na China, decorrentes da presença de contaminantes, (ii) urbanização da

população rural, aumentando a demanda por tissue, (iii) preocupações atuais sobre o

uso do plástico criando oportunidades para o consumo de papel, especialmente no

campo da embalagens, as quais devem trazer a indústria de P&C a uma “nova era”.

Dinâmica de OxD para Celulose Exportação Brasileira de CeluloseMt

Expectativas Produtividade Florestal - BHKPM³ ha/ano

Redução da capacidade mundial de fato ocorreu e espera-se que 910 kton adicionais

sejam removidas da capacidade mundial em 2018-2019, de acordo com estimativas

de mercado, o que deve contribuir para aumentos de preço nos próximos períodos.

Acreditamos que as companhias brasileiras sejam beneficiadas pelos drivers positivos

do segmento e que tenham performance superior aos pares internacionais em

virtude de suas já reconhecidas vantagens competitivas no que se refere a (i) clima

e terra, que contribui para altos níveis de produtividade e custo-caixa menores, (ii)

baixa idade técnica de seus ativos e (iii) incremento de investimentos em novas

tecnologias, silvicultura e genética.

Fonte: Bloomberg, Ibá, Poyry, BB Investimentos Research

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

44

31

25 2522

20 19

1012

10

64

46 / 103

25,0

16,0 15,0

11,0

6,0 6,0 5,8 5,1

0,6

América doNorte

EuropaOcidental

Japão Asia AméricaLatina

Brasil EuropaOriental

China Africa

PAPEL & CELULOSE10

Indústria do papel em recuperação, acompanhando a retomada da economia brasileira. Preços internacionais

elevados contribuem para uma melhor dinâmica no cenário doméstico

Fonte: RISI, Iba, Poyry (2017), Bloomberg, BB Investimentos Research

Vemos melhora no cenário do segmento para 2019, acompanhando a recuperação da economia brasileira e os crescentes preços no mercado internacional. Neste sentido, espera-

se incremento de margens no curto prazo decorrente de anúncios de aumento de preços.

Os preços de papel kraftliner subiram este ano, refletindo as restrições na utilização de papel reciclado, uma tendência que deve continuar no médio e longo prazo. Como

mencionamos anteriormente, as mudanças nos padrões de consumo têm movimentado a demanda nesta indústria, especialmente no segmento de embalagens. Novas regulações na

utilização do plástico, junto da ascensão do e-commerce, deve abrir novos mercados para produtos de papel.

De acordo com a RISI, a demanda por kraftliner acrescerá em 1.2% p.a de 2017-2025, com o crescimento da América Latina de 2.9% p.a no mesmo período. Quanto a papel cartão,

as expectativas são de 1.1% p.a. no mesmo período, com o avanço do consumo na China na ordem de 1.8% p.a. No segmento de caixas de papelão, as vendas devem finalizar 2018

com um crescimento de 2.3% a/a no Brasil, de 3,581 kton, refletindo as melhoras na economia doméstica, principalmente nos segmentos de alimentos e bebidas.

Cenário e Dinâmica para 2019

Demanda global de papel por segmento (2016-2030)%

Consumo de Tissue per capita (2017)kg/pessoa/ano

Demanda brasileira

2025E: 9 kg/p/ano

(+700 kton)

-3,5% -2,5% -1,5% -0,5% 0,5% 1,5% 2,5% 3,5%

I&E

Não revestido - mecânica

Revestido - Mecânica

Revestido de madeira

Não-revestido de madeira

Kraftsaco

Cartão

Caixas de papelão

Fins Sanitários

Fluff

47 / 103

2018e 2019e 2020e

EV / EBITDA 6.9 6.6 6.3

LPA (0.45) 1.88 1.69

P / L (37.5) 8.9 9.9

P / BV 4.2 3.0 2.8

ROE -6.8% 20.6% 17.5%

Múltiplos

TOP PICK: KLABIN

Geração de caixa mais forte em virtude de receitas de celulose mais elevadas e melhores margens no segmento de

papel

Tese de Investimento

10

Observamos a consolidação dos

segmentos como tissue e embalagens,

melhorando a demanda mundial de

papel, e abrindo espaço para aumento

de preços e acréscimo de receitas.

A ascensão do e-commerce, junto das

preocupações ambientais pelo mundo

no que se refere ao uso do plástico e,

mais recentemente, a limitação do uso

da fibra reciclada na China, tem

contribuído para a nova era do

consumo do papel.

A respeito do término antecipado do

contrato com a Fibria, vemos a

estratégia anunciada para celulose com

um olhar positivo, com a companhia

focando no médio e pequeno

consumidor, para quem a Klabin, em

muitos casos, já vende fibra longa e fluff

.

A companhia espera que seu preço

realizado cresça ~5%, quando

comparado ao atual preço repassado

pela Fibria.

Riscos

Pressão dos consumidores pode reduzir

os preços de celulose;

Limitações no aumento de preços

domésticos no caso de queda nos

preços internacionais;

Falha na execução da estratégia

comercial de celulose;

Recuperação da economia brasileira

mais longa do que o esperado.

Fonte: Companhia, BB Investimentos Research

EBITDA e Margem EBITDAR$ milhões e %

Index e %

A Klabin também espera redução em

seus recebíveis para 90 dias,

contribuindo para sua estratégia de

capital de giro e FCL.

A companhia deve continuar trazendo

uma forte geração de caixa para os

próximos meses, a qual deve ser

convertido em um menor nível de

alavancagem, preparando a companhia

para oportunidades de crescimento seja

orgânico ou através de M&A.

1.9612.281

2.738

4.002 4.209 4.407

34,5%32,2% 32,7%

39,9% 39,6% 39,7%

48 / 103

Múltiplos*

TOP PICK: SUZANO

Fibria+Suzano: a Nova Suzano

Tese de Investimento

10

A companhia recentemente recebeu

aprovação da última agência antitruste

referente a negociação com a Fibria.

Esperamos uma grande sinergia desta

operação, especialmente no que se

refere a questão florestal, VG&A e

condições comerciais. A nova

companhia terá uma capacidade anual

de 11Mt celulose e 1.4Mt de papel.

De acordo com a apresentação

divulgada pela Suzano, combinadas,

ambas as empresas reportaram receitas

liquidas de R$ 31.665 mm nos UDM no

3T18 (42% acima de 2017) e EBITDA

de R$ 16.217 mm (+70% a/a), com

margem EBITDA de 51.2%.

No que tange a endividamento,

considerando a posição individual de

ambas as companhias, mais os US$ 2.3

bn compromissados , e os US$ 2.6 bn

em funding, a dívida líquida/EBITDA em

dólar permaneceu em 2.9x.

Riscos

Fonte: Companhia, BB Investimentos Research | *o valuation não engloba os números da Fibria

EBITDA e Margem EBITDAR$ milhões e %

Index e %

4.594

2.721

4.615

7.259

8.0748.374

44,9%

27,5%

43,9%51,7% 54,2% 54,2%

Futura pressão para baixo nos preços

de celulose e desaceleração da

demanda na China;

Recuperação da economia brasileira

mais longa do que o esperado;

Taxas de câmbio mais fracas;

Falta de expertise no segmento de

tissue;

Falha no processo da integração de

ativos da Fibria.

Lembramos que Suzano e Fibria

trouxeram resultados surpreendentes

no 3Q18, acima de nossas estimativas,

confirmando as condições positivas do

mercado atual e a forte capacidade de

ambas as companhias entregarem

números crescente ano após ano.

Para a Suzano, esperamos receitas

3.3% superiores em 2019E quando

comparado a nossas estimativas prévias

e EBITDA 10% superior ante nossas

expectativas anteriores.

2018e 2019e 2020e

EV / EBITDA 6.8 6.2 5.9

EPS 2.14 4.41 4.58

P / E 16.9 8.2 7.9

P / BV 3.7 3.2 2.4

ROE 18.8% 29.9% 25.1%

PETRÓLEO E GÁS: POSITIVO

T O P P I C K : ULTRAPARDaniel Cobucci

[email protected]

50 / 103

ÓLEO & GÁS11

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

US$ milhões

Dív. Líquida

US$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

ECOPETROL SA-SPONSORED ADR EC US CO 17.54 - - - 36,059.3 11,922.0 8.1 10.7 4.0 5.1

PETROBRAS - PETROLEO BRAS-PR PETR4 BZ 22.44 27.00 20.3% MP 81,133.2 84,699.3 6.2 8.8 3.8 5.5

YPF S.A.-SPONSORED ADR YPF US AR 13.31 - - - 5,235.0 8,019.3 13.3 12.7 2.6 3.2

PETROBRAS DISTRIBUIDORA SA BRDT3 BZ 23.40 25.00 6.8% MP 6,989.1 1,276.8 15.0 16.5 9.4 8.7

COSAN SA CSAN3 BZ 32.82 - - - 3,432.2 1,969.9 9.2 13.1 4.8 5.7

ULTRAPAR PARTICIPACOES SA UGPA3 BZ 49.81 63.50 27.5% O 7,105.4 2,180.0 18.6 21.2 9.1 10.0

-41,9%

-31,8%

-18,6%

23,6%

40,6%

46,2%

YPF US

UGPA3

CSAN3

EC US

PETR4

BRDT3

-16,4%

-14,9%

-12,7%

-4,6%

7,9%

14,0%

YPF US

EC US

PETR4

CSAN3

BRDT3

UGPA3

51 / 103

ÓLEO & GÁS11

Ao longo de 2018, o segmento de O&G no Brasil desfrutou de preços mais altos do petróleo e da entrada de novas

empresas no mercado. Para 2019, esperamos novos leilões e aumento da produção nacional

Fonte: ANP, EIA (Energy Information Administration), Petrobras, BB Investimentos Research

A continuidade do beta mais alto entre as ações da Petrobras e os preços do petróleo,

influenciados pela política de preços iniciada em out / 2016;

Apesar do declínio da produção, a maior produtividade dos campos do pré-sal e o

menor custo de extração foram os destaques no campo operacional;

Várias rodadas de licitações, que permitiram a entrada de novas empresas no

mercado;

O início das áreas em oferta permanente, com 158 blocos em 8 bacias, o que deve

trazer maior previsibilidade e diversidade de empresas que atuam no setor;

Uma alta nos preços dos combustíveis e a greve dos motoristas de caminhões

impacta fortemente o segmento de distribuição de combustíveis.

Em 2018, destacamos: PETR4 e Preços de PetróleoR$ e US$

Para 2019, esperamos: Petrobras – Estimativa de CAPEX do BB-BIR$ bilhões

Com a perspectiva de novos campos em 2019, estimamos que a produção nacional

de petróleo, gás e LGN deverá aumentar em torno de 10% a/a;

Novos leilões de áreas do pré-sal e outras bacias devem trazer recursos para o

tesouro nacional, levando a investimentos regionais. O mercado espera a resolução

da questão da cessão onerosa entre a Petrobras e o governo federal;

Proposta da ANP para viabilizar o “reserve base lending”, financiamento alternativo

para operadoras de campos terrestres em produção. Se aprovado, permitirá às

operadoras contraírem empréstimos dando as reservas de petróleo como garantia;

Uma recuperação no mercado de distribuição de combustíveis também é esperada.

E&P42.16282%

Abastecimento4.3529%

Gás e Energia3.8307%

Internacional3671%

Distribuição1190%

Outros4461%

28,94

126,65

8,58

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Petróleo PETR4 BZ Equity

52 / 103

ÓLEO & GÁS11

A Petrobras apresentou resultados robustos este ano. Apesar do declínio na produção de petróleo e gás, os preços

mais altos do petróleo e o câmbio mais forte beneficiaram os resultados

Fonte: ANP, Petrobras, BB Investimentos Research

Apesar da menor produção de petróleo nos 9M18 (-6% a/a), o aumento do preço do

petróleo compensou o impacto nas receitas (produção impactada pela venda de ativos

e paradas para manutenção);

O EBITDA ajustado totalizou R$ 86 bilhões nos 9M18, 35% superior ao 9M17;

Cinco novas plataformas em 2018: (i) P-74, Búzios 1; (ii) Tartaruga Verde; (iii) P-69,

Lula, (iv) P-75, Búzios 2, (v) P67, Lula norte. Mais três são esperadas para 2019;

Robusto fluxo de caixa livre de R$ 37,5 bilhões, mesmo patamar dos 9M17, mesmo

com maiores investimentos e pagamento do acordo da class action nos EUA;

A dívida líquida / EBITDA diminuiu de 3,7x no final de 2017 para 3,0x, beneficiada

pelos desinvestimentos e pelo fluxo de caixa positivo nos últimos trimestres.

Petrobras – Destaques Produção de Petróleo e Gás – Bacia de CamposKboe/d

EBITDA e Margem EBITDA – Estimativas BB-BIR$ bilhões e %

Produção de Petróleo e Gás – Outras BaciasKboe/d

59.155

72.573

85.657 81.964

114.566121.199

130.062 133.881145.334

17,5%

22,6%

30,3%28,9%

34,6%33,6% 33,2%

31,8% 32,0%

EBITDA Margem EBITDA

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1.500

1.600

1.700Bácia de Campos Média UDM

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000Outras Bacias Média UDM

53 / 103

ÓLEO & GÁS

Distribuição de combustíveis: um ano difícil para o setor, com uma greve nacional impactando as vendas em maio.

Para 2019, esperamos uma recuperação nos volumes vendidos e algumas mudanças na regulamentação

Distribuição de combustíveis

11

Em 2018 (Jan-Set), a venda de líquidos

combustíveis permaneceu estável (-0,4%) em

relação ao mesmo período de 2017;

A greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio,

agravou o contexto de uma recuperação abaixo do

esperado nos volumes de vendas;

No entanto, após quatro anos de sucessivas

quedas no licenciamento de veículos, 2017

registrou um aumento de 9,1% em novos veículos

emitidos, atingindo mais de 2 milhões de veículos;

Volumes de vendas de combustíveis líquidos

devem se recuperar, seguindo essa tendência (alta

correlação com licenciamento de veículos);

As mudanças estruturais no segmento são

esperadas para 2019, a fim de evitar situações

futuras como a greve dos caminhoneiros e

aumentar a competitividade no segmento.

Fonte: ANP, Plural, BB Investimentos Research

BR DistribuidoraMetros cúbicos

IpirangaMetros cúbicos

Market Share%

RaízenMetros cúbicos

16%

18%

20%

22%

24%

26%

28%

30%

32%

34%

BR Distribuidora Ipiranga Raizen Others

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

54 / 103

TOP PICK: ULTRAPAR

Depois de vários trimestres entregando resultados abaixo da média, a UGPA3 caiu mais de 40% no ano. Acreditamos

que esse desempenho é um pouco exagerado e esperamos um melhor desempenho em 2019

Tese de investimento

11

Mesmo depois de entregar resultados

abaixo da média nos últimos trimestres,

vemos a Ultrapar como uma empresa

lucrativa e preparada para aproveitar as

melhores perspectivas para a economia

brasileira, considerando principalmente:

A recuperação esperada dos volumes

vendidos no mercado de distribuição de

combustíveis;

Uma abordagem diferente sobre o

crescimento orgânico. Após a rejeição

do CADE da aquisição da Alesat pela

Ipiranga em agosto de 2017, a empresa

apresentou uma taxa de crescimento

mais restrita e um ROIC mais baixo. A

recente mudança depende da

implementação gradual de uma

estratégia de descontos em volumes

vendidos, em oposição a antecipar o

CAPEX como costumava praticar.

EBITDA/m3 superior ao dos pares;

Recuperação de volumes na Oxiteno.

Riscos

Mudanças na política de preços da

Petrobras (o que pode afetar a dinâmica

das importações de combustíveis no

país);

Competição mais intensa na distribuição

de combustíveis no varejo, afetando as

margens e/ou capacidade de

embandeiramento.

Fonte: ANP, Bloomberg, Plural, BB Investimentos Research

UGPA3 Preço/Lucro Fwd 1YMúltiplo

Vendas de Combustíveis Líquidos por DistribuidoresMetros cubicos

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000Total MÉDIA 6 MESES

AGRONEGÓCIOS: POSITIVO

T O P P I C K S : SLC AGRÍCOLA

SÃO MARTINHO

Marcio Montes

[email protected]

56 / 103

AGRONEGÓCIOS12

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

BRASILAGRO-CIA BRASILEIRA DE AGRO3 BZ 15.44 - - - 878.4 142.3 7.3 36.4 5.9 10.8

BIOSEV SA BSEV3 BZ 3.31 3.00 -9.4% MP 3,377.6 3,318.4 - 27.6 3.6 3.6

CAMIL ALIMENTOS SA CAML3 BZ 7.23 - - - 2,964.7 571.1 9.0 11.9 5.5 6.0

FERTILIZANTES HERINGER LTDA FHER3 BZ 4.84 4.00 -17.4% MP 260.7 1,163.6 - 7.1 8.4 4.5

OURO FINO SAUDE ANIMAL PARTI OFSA3 BZ 33.36 34.00 1.9% O 1,799.7 189.7 22.5 21.0 12.9 12.6

SLC AGRICOLA SA SLCE3 BZ 42.85 57.00 33.0% MP 4,083.5 839.8 11.7 13.5 6.7 7.4

SAO MARTINHO SA SMTO3 BZ 18.74 26.00 38.7% O 6,821.6 2,412.5 11.8 11.2 4.8 4.9

TERRA SANTA AGRO SA TESA3 BZ 12.28 - - - 220.0 780.4 - 29.7 - 9.6

-26,6%

-17,5%

-5,4%

-0,4%

30,3%

40,2%

69,2%

89,8%

BSEV3

TESA3

CAML3

SMTO3

AGRO3

OFSA3

SLCE3

FHER3

-18,2%

-10,5%

-9,8%

-6,4%

-4,0%

-2,2%

2,9%

27,4%

SLCE3

FHER3

BSEV3

CAML3

TESA3

SMTO3

AGRO3

OFSA3

57 / 103

AGRONEGÓCIOS12

Grãos: as exportações brasileiras para a China devem continuar aumentando devido ao crescimento do gigante asiático

e, mais atualmente, às tensões comerciais entre EUA e China

O crescimento da população mundial e o aumento da renda per capita nos países em

desenvolvimento são os principais drivers da produção mundial de grãos. O Brasil se

destaca por sua grande extensão territorial arável e condições climáticas adequadas

para a produção agrícola no mundo.

A soja e milho destacam-se como produtos utilizados na base na nutrição humana. A

demanda global esses produtos vem crescendo a taxas superiores à produtividade, o

que é uma vantagem para o Brasil, uma vez que esses produtos são as principais

culturas cultivadas no país.

Nesse sentido, as previsões de mercado apontam para um aumento da produção ao

longo de 2019, em um movimento contínuo para captar os benefícios da crescente

demanda. Nesse contexto, a SLC Agrícola surge como uma das empresas com maior

potencial de capturar esse crescimento.

Demanda e Produção Global SojaMilhões ton

Produção e Exportações BrasaileirasMilhões ton

MilhoMilhões ton

Fonte: USDA, UNICA, Conab, BB Investimentos Research | (1) base Nov/2018

-

10

20

30

40

50

60

70

80

90

-

20

40

60

80

100

120

140

Soja Milho Soja Exportação Milho Exportação

-

50

100

150

200

250

300

350

400

-

200

400

600

800

1.000

1.200

Produção Consumo Estoque final

0

20

40

60

80

100

120

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Produção Consumo Estoque final

58 / 103

AGRONEGÓCIOS12

Açúcar e etanol: a maior produção na Índia pressiona os preços globais. Mix de produção brasileiro direcionado para o

etanol, uma vez que os preços do petróleo e o ritmo de recuperação da economia favorecem seu consumo

Fonte: USDA, UNICA, MDIC, BB Investimentos Research | (1) base Nov/2018

Produção Mundial de AçúcarMilhões ton

Exportação Brasileira de AçúcarProdução de Cana-de-açúcar, Açúcar e EtanolMilhões ton

Açúcar Etanol

O USDA espera que o Brasil perca sua posição de maior produtor mundial de açúcar

para a Índia no ano-safra 2018/19, devido ao mix mais favorável para a produção de

etanol no país e à crescente produção de açúcar na Índia. Vale ressaltar que a maior

oferta indiana determinou a queda dos preços ao longo das safras 2017/18 e 2018/19,

enquanto a demanda mundial pelo adoçante manteve crescimento médio de

aproximadamente 1,0% ao ano (~+1,8 milhão ton ao ano).

Como o mix de produção no Brasil deve continuar a beneficiar o etanol ante o açúcar,

a empresa brasileira de consultoria Datagro estima1 déficit na produção de açúcar de

~2 milhões de toneladas para a safra 2018/19 e ~8 milhões toneladas para a safra

2019/20, abrindo espaço para a recuperação de preços do açúcar adiante, o que

beneficiará os produtores brasileiros de açúcar. Nesse sentido, a São Martinho - que é

benchmark da indústria brasileira e vem elevando sua capacidade de moagem - surge

como uma das melhores empresas para capturar os benefícios da elevação do mix de

etanol e do aumento de preços do adoçante.

O Brasil detém a segunda posição do mercado global de etanol e é o único que possui

usinas com flexibilidade de mudança na produção entre combustível e açúcar, de

acordo com a lucratividade de cada mercado.

A atual dinâmica de preços do açúcar e os investimentos das usinas em

equipamentos para a produção de etanol indicam a continuidade de um mix mais

favorável ao combustível para 2019. Além disso, a aprovação do RenovaBio (lei

relacionada à expansão do mercado brasileiro de biocombustíveis) e o Rota 2030

(novo sistema tributário da indústria automotiva brasileira), corroboram o

direcionamento do país à produção de combustíveis renováveis de baixo carbono,

bem como a diversificação de sua matriz energética.

Como resultado, as usinas de etanol continuarão aproveitando a dinâmica desses

mercados e a São Martinho, como um puro player da indústria sucroenergética, é

considerada uma boa tese de investimento para 2019.

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Milhões tons Milhões US$ (FOB)

-

10

20

30

40

50

500

550

600

650

700

Cana-de-açúcar (mm tons) Açúcar (mm tons) Etanol (bi litros)

0

10

20

30

40

50

60

0

50

100

150

200

250

Produção Consumo Estoque final

59 / 103

TOP PICK: SLC AGRÍCOLA

O aumento da demanda global por grãos e a recuperação da economia brasileira devem beneficiar o setor do

agronegócio em 2019

Tese de Investimentos

12

A SLC é uma das maiores produtoras

de grãos e fibras do mundo.

As boas condições climáticas no Brasil

ao longo de 2017 e 2018 permitiram

recordes sucessivos de produtividade e

permitiram crescente lucratividade.

As estratégias adotadas pela companhia

têm mostrado resultados positivos e as

novas áreas de cultivo de algodão

manterão crescente rentabilidade à

frente.

Safras recordes nos últimos anos e

perspectivas positivas para o ano-safra

2018/19, embora levem a uma maior

oferta, não deverão impactar de forma

negativa os preços das commodities ao

longo de 2019, uma vez que demanda

global por grãos e fibras permanece

aquecida (e ampliada pela guerra

comercial entre EUA x China).

Para 2019, a estratégia da SLC continua

a focar o aumento da produtividade,

além do crescimento de 13% a/a na

área plantada (algodão +28%, soja +6%

e milho 2ª safra +16%).

A política de hedge da companhia a

resguarda da volatilidade nos preços

das commodities e do câmbio.

Riscos

Elevação nas tarifas com fretes, em

parte como resultado da greve dos

caminhoneiros ocorrida em maio/2018;

Perdas decorrentes de condições

climáticas adversas;

Redução da demanda de etanol no MI

devido ao menor preço da gasolina e à

paridade entre os combustíveis;

Novas safras recorde, pressionando os

preços das commodities;

Aumento nos preços de insumos devido

à variação cambial.

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

SLC EV/EBITDA Fwd 1YÍndice

Receita líquida, EBITDA e Lucro Líquido – BB Investimentos ResearchR$ milhões

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Receita líquida EBITDA (Ajustado) Lucro líquido

60 / 103

TOP PICK: SÃO MARTINHO

A recuperação econômica brasileira e o déficit global do açúcar deverão beneficiar a indústria sucroenergética

Tese de Investimentos

12

A São Martinho é benchmark no setorsucroalcooleiro brasileiro e continuaapresentando forte desempenhooperacional, mesmo diante de desafiosrelacionados à volatilidade do preço doaçúcar nos últimos anos.

Além disso, a companhia vemimplementando uma estratégia focadana elevação da produtividade edisponibilidade de cana-de-açúcar, amenores custos, além da maiorconectividade de suas operações nocampo.

Espera-se que o mix favorável ao etanolcontinue nas safras 2018/19 e 2019/20,devido às melhores margens docombustível ante o açúcar. Além disso,a recuperação da economia local e osestímulos dos programas RenovaBio eRota 2030 impulsionam a demanda porcombustíveis.

Adicionalmente, sua flexibilidade naprodução de açúcar ou etanol equilibraas margens da companhia,especialmente considerando-se asexpectativas de déficit do açúcar, quepoderá impulsionar o preço doadoçante.

A São Martinho, também possui fortegeração de caixa, com programa dedistribuição de dividendos, o que podeimpulsionar a SMTO3 ao longo de 2019,na nossa opinião.

Riscos

Elevação nas tarifas com fretes, em

parte como resultado da greve dos

caminhoneiros ocorrida em maio/2018;

Perdas decorrentes de condições

climáticas adversas;

Novas safras recorde, pressionando os

preços das commodities;

Aumento nos preços de insumos devido

à variação cambial.

Elevação em impostos, taxas e

contribuições, pressionando as margens

da companhia.

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Aspectos Relevantes

Receita líquida, EBITDA, e lucro líquido – BB Investimentos ResearchR$ milhões

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Receita líquida EBITDA (Ajustado) Lucro líquido

Mix de produção: 65% etanol

Produção de Açúcar com 100% de hedge

Estratégia de carregamento de estoques

Forte consumo de etanol no MD

Bom clima: aumento na moagem

Déficit de açúcar: aumento em preço e rentabilidade

ALIMENTOS E BEBIDAS: POSITIVO

T O P P I C K : BRFLuciana Carvalho

[email protected]

62 / 103

ALIMENTOS & BEBIDAS13

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

US$ milhões

Dív. Líquida

US$ milhões

P/L 1Y

Corrente

P/L 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

AMBEV SA ABEV3 BZ 16.00 20.00 25.0% O 64,492.8 - 2,395.8 19.1 20.6 10.8 12.7

INDUSTRIAS BACHOCO-SER B BACHOCOB MX 67.39 8.40 -87.5% - 40,434.0 - 550.5 10.5 13.1 4.5 6.0

MINERVA SA BEEF3 BZ 5.06 restricted - - 1,150.6 1,751.0 5.0 26.5 4.9 5.2

GRUPO BIMBO SAB- SERIES A BIMBOA MX 38.24 20.80 -45.6% - 179,850.4 4,423.4 21.2 24.2 7.9 9.9

BRF SA BRFS3 BZ 23.35 33.00 41.3% O 18,971.3 4,117.0 - 48.4 9.8 9.7

GRUMA S.A.B.-B GRUMAB MX 220.02 - - - 94,276.6 862.2 15.0 18.3 8.5 10.1

HORMEL FOODS CORP HRL US 43.58 - - - 23,297.7 165.7 23.4 21.2 16.1 12.3

JBS SA JBSS3 BZ 11.88 13.00 9.4% MP 32,417.5 13,671.7 8.0 8.8 4.9 5.2

M DIAS BRANCO SA MDIA3 BZ 43.40 48.00 10.6% MP 14,712.6 - 180.1 16.2 15.6 12.5 12.2

MONDELEZ INTERNATIONAL INC-A MDLZ US 42.58 - - - 62,086.0 16,891.0 17.1 19.9 15.3 14.8

MARFRIG GLOBAL FOODS SA MRFG3 BZ 5.55 9.00 62.2% O 3,448.1 2,432.4 12.2 35.1 3.7 5.3

NESTLE SA-REG NESN SZ 81.80 - - - 250,553.4 18,359.7 19.5 20.5 14.1 13.8

PILGRIM'S PRIDE CORP PPC US 16.11 - - - 4,008.6 2,157.9 9.2 10.4 6.1 5.9

SANDERSON FARMS INC SAFM US 96.48 - - - 2,203.4 - 419.3 90.6 13.9 13.5 5.7

TYSON FOODS INC-CL A TSN US 53.33 - - - 21,180.6 9,603.0 8.9 12.5 7.4 7.8

-52,5%

-48,1%

-36,2%

-32,9%

-29,7%

-26,9%

-24,2%

-23,9%

-16,7%

-11,4%

-10,1%

0,7%

1,2%

21,8%

22,2%

BEEF3

PPC

BRFS3

TSN

SAFM

BACHOCOB

MRFG3

ABEV3

MDIA3

BIMBOA

GRUMAB

NESN

MDLZ

JBSS3

HRL

-17,6%

-14,2%

-12,3%

-10,9%

-9,0%

-5,3%

-5,0%

-3,8%

-3,0%

-3,0%

-1,5%

-1,4%

1,9%

5,9%

15,0%

PPC

BEEF3

MRFG3

TSN

SAFM

GRUMAB

HRL

MDLZ

NESN

ABEV3

BIMBOA

BACHOCOB

MDIA3

JBSS3

BRFS3

63 / 103

ALIMENTOS & BEBIDAS13

Alimentos: desafios e oportunidades ao longo dos últimos dois anos tem tornado a indústria de alimentos mais forte e

mais preparada

Fonte: IBGE, Bloomberg, BB Investimentos Research

A operação “Trapaça”, em Março, a qual investiga fraudes contra o Ministério da

Agricultura e os agentes de mercado, levou a Europa a proibir as importações de aves

de 20 plantas brasileiras. Como resultado, observamos (i) redução de ~14% a/a nas

exportações brasileiras de aves em 2018, e (ii) excesso de oferta no mercado

doméstico, levando pressão aos preços da proteína animal.

Também no 1S18, a greve dos caminhoneiros interrompeu a dinâmica de

fornecimento do setor, especialmente para a indústria de proteína animal, gerando um

aumento substancial na inflação dos alimentos (principalmente da carne, laticínios e

farinha de trigo), embora pontual. Se, por um lado, as empresas registraram maiores

despesas como consequência da greve, por outro, focaram em iniciativas para

repassar maiores custos com uma estratégia de preços descente, contribuindo para

uma tendência de alta nos preços no mercado doméstico. Vale ressaltar que, além do

repasse dos custos, a indústria avícola também fez ajustes na produção, diminuindo a

oferta a partir do 2T18.

Apesar da menor volatilidade em relação ao ano passado, o preço médio de algumas

commodities - que funcionam como custos de insumos para o setor alimentício –

aumentou em 2018, como segue: boi gordo +4,5% a/a, milho +27% a/a e trigo +29%

a/a. Logo, as margens do setor ficaram pressionadas pelos custos elevados.

Nesse cenário, destacamos a volatilidade excessiva da taxa de câmbio no ano,

impulsionando a receita das exportações, mas, por outro lado, impactando

negativamente as empresas altamente alavancadas, levando a Dívida Líquida/

EBITDA do setor a uma media de 5x. A BRF se destacou entre as mais altas,

atingindo 6,74x, enquanto a JBS, a mais baixa do setor, com 3,38x no 3T18.

Eventos que impactaram a dinâmica do setor em 2018 Inflação de Alimentos no Brasil%

Preços do Frango no BrazilR$/kg

-2

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

Inflação Geral Alimento no domícilio Alimento fora do domícilio

Inflação dos

Alimentos no

domicílio avançou

2,31% em Jun/2018

2,00

2,75

3,50

4,25

5,00

5,75

Frango Congelado SP Frango Resfriado SP

Preço do frango

resfriado cresceu

5% a/a em 2018

64 / 103

ALIMENTOS & BEBIDAS13

Alimentos: esperamos recuperação de margens, ganhos de sinergia e melhorias na estrutura de capital em 2019

Fonte: Secex, Dados da empresa, BB Investimentos Research | *o endividamento médio refere-se às estimativas das empresas de alimentos cobertas pelo BB BI

Acreditamos que o consumo interno será induzido por uma recuperação gradual da economia brasileira, considerando (i) melhorias na taxa de desemprego, (ii) maior disponibilidade de renda e (iii)

melhor confiança do consumidor, conforme detalhado na seção Macro. Como resultado, esperamos um aumento na demanda por alimentos, contribuindo para a elevação dos preços à frente. Devido aos

maiores custos do milho e do trigo, principalmente, já notamos um importante aumento de preços no setor, com impacto positivo nas margens do 3T18. Adicionalmente, a expectativa positiva para

demanda supracitada deve permitir que as empresas mantenham os preços no próximo ano.

As exportações devem continuar a ser favorecidas por (i) conflitos entre EUA e China, (ii) a peste suína Africana e (iii) abertura de novos mercados, seguindo a mesma tendência observada em 2018,

quando países importantes abriram ou reabriram seus mercados para a carne brasileira: Russia (carne bovina e suína), Coreia do Sul (carne de porco), México (frango) e Índia (carne de porco). As

exportações brasileiras de carne suína também devem se beneficiar da esperada redução na produção de carne suína na China, consequência do surto de febre suína. Nesse sentido, há também uma

expectativa positiva de que a China habilite mais plantas brasileiras para exportar carne para o mercado chinês.

Um equilíbrio maior entre oferta e demanda no setor de aves após o ajuste na produção em 2018, e o preço do milho em um nível mais confortável dada a expectativa recorde de safra de grãos (veja

mais detalhes na sessão de agronegócios), deve resultar em melhoria nas margens do setor. Quanto ao setor de carne bovina, o cenário favorável descrito acima associado a um possível

aumento no volume de vendas no mercado interno, deve beneficiar a indústria de carne bovina. No entanto, a redução esperada na disponibilidade de boi gordo a partir do 2S deve ser

uma preocupação devido ao seu efeito direto sobre as margens.

Buscando melhorar sua estrutura de capital, ou aproveitando oportunidades para expandir geograficamente, as empresas do setor de alimentos estavam ativas na gestão de passivos e transações de

M&A ao longo de 2018. Portanto, acreditamos que resultados positivos como ganhos de sinergia e processo de desalavancagem devem ser observados ao longo de 2019.

O que esperar para 2019, depois da turbulência enfrentada?

Exportação de Carne Bovina BrasileiraMilhões de toneladas

Média do Endividamento (Dívida Líquida / EBITDA)*Index

3,3

3,8

4,54,2

3,3

3,0

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

5.500

6.000

0

20

40

60

80

100

120

140

160

mm ton USD/ton

Volume recorde de

exportação

65 / 103

ALIMENTOS & BEBIDAS13

Bebidas: a expectativa positiva de consumo deve impulsionar os resultados da indústria de bebidas em 2019

Fonte: Ambev, IBGE, BB Investimentos Research

Seguindo a mesma estratégia do ano passado, a Ambev ajustou os preços no 2T e

capturou os benefícios ao longo de 2018. Como resultado, observamos uma ligeira

recuperação a/a de margem nos 9M18. No entanto, percebemos um cenário

desafiador em termos de volumes, compensando parcialmente os aumentos nos

preços médios.

Como o crescimento das vendas da indústria de bebidas está relacionado ao

ambiente macroeconômico, esperamos que a Ambev apresente uma melhora

adicional na margem, na medida em que a recuperação econômica no Brasil se torne

mais forte.

Nós apontamos como uma preocupação para grandes incrementos no volume da

Ambev no Brasil: (i) o ambiente competitivo considerando as iniciativas da Heineken

focadas na expansão da distribuição; e (ii) qualquer alteração nos benefícios fiscais e

regras relativas a juros sobre capital próprio.

Ambev: a caminho de recuperação de margens Ambev: EBITDA e Margem EBITDAR$ milhões e %

Produção de Bebidas no BrasilMilhões de hectolitros

Inflação de Cerveja no Brasil%

-2,5%

-2,0%

-1,5%

-1,0%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

Índice Geral Cerveja no domicílio Cerveja fora do domicílio

0

20

40

60

80

100

120

140

Alcoólica Não alcoólica

18.276

22.210

19.48320.148

20.769

48,0%

47,5%

42,7%42,1% 42,2%

66 / 103

Tese de Investimento

TOP PICK: BRF

A BRF tem experimentado uma restruturação significativa e deve avançar para uma recuperação gradual de margem e

melhoria na estrutura de capital

13

Devemos ver o setor de alimentos recuperando margens e desalavancando ao longo de

2019, considerando: (i) um cenário mais promissor para o consumo do mercado

doméstico, que deve impulsionar os preços; (ii) expectativa positiva para exportações

considerando abertura de novos mercados; (iii) uma volatilidade da taxa de câmbio

mais suave; (iv) um cenário mais favorável para os preços das commodities; e (v)

iniciativas das empresas focadas em melhorar lucratividade e estrutura de capital.

Apesar de vermos o setor como um todo em recuperação, escolhemos a BRF como

nossa Top Pick para 2019. Em 2018, os resultados de BRF foram impactados

negativamente por: (i) operação “Trapaça”; (ii) restrições da Rússia às exportações

brasileiras de carne suína iniciada no final de 2017; (iii) maiores preços do milho; e,

finalmente, (iv) um processo de reestruturação societária ainda em andamento. Como

resultado, a margem EBITDA caiu 180 p.p. nos 9M18, a alavancagem subiu para 6,7x

no 3T18 e BRFS3 caiu 39% no acumulado do ano até novembro, enquanto o IBOV

subiu 17% no mesmo período.

Para 2019, vemos um cenário positivo para os volumes de exportação provenientes de

uma forte demanda da China e em razão da febre suína africana. Dependendo do

tamanho deste surto, as tarifas antidumping impostas pela China às exportações de

frango brasileiro podem até ser revisadas. A reabertura do mercado russo às

exportações brasileira, juntamente com a expectativa positiva de consumo no mercado

interno e menores custos de grãos, são os três outros pontos que devem impulsionar os

resultados de BRF no próximo ano.

Além disso, esperamos que o processo de desinvestimento seja concluído em breve,

levando a empresa a um processo de desalavancagem mais rápido.

Riscos

Quaisquer outros embargos ou novas notícias negativas (investigações e questões

sanitárias) sobre o setor, pressionando os volumes de exportação e os preços

internacionais;

Recuperação econômica brasileira mais lenta do que esperado, com impacto no

crescimento de volumes e estratégia de preços;

Custos e despesas mais altos relacionados à capacidade ociosa, ajustes de

fornecimento e falhas inesperadas nas colheitas, resultando em preços de grãos mais

altos e pressionando as margens para baixo;

Possíveis multas e/ou provisões decorrentes da operação “Trapaça” que possam afetar

o FCL;

Atraso no processo de desinvestimento, afetando negativamente sua estratégia de

crescimento e melhoria na estrutura de capital.

Fonte: BRF, BB Investimentos Research | (*1 – considerando concluído o plano de desinvetimento; 2 – considerando apenas os desinvestimentos anunciados até o momento)

Endividamento e Dívida Líquida / EBITDA *R$ milhões

14.205

11.089 10.448 9.567 14.205 15.074 14.680 14.110

5,0 4,3

3,0 2,4

5,0 5,8

4,2

3,5

Dívida Líquida 1 Dívida Líquida 2 Dívida Líquida / EBITDA 1 Dívida Líquida / EBITDA 2

UTILITIES: NEUTRO

T O P P I C K : ALUPARRafael Dias

[email protected]

68 / 103

UTILITIES14

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

P/BV 1Y

Corrente

P/BV 1Y

Média 5 anos

ALUPAR INVESTIMENTO SA-UNIT ALUP11 BZ 18.22 24.30 33.4% O 5,339.1 2,688.6 8.1 7.3 1.3 1.3

CIA ENERGETICA MINAS GER-PRF CMIG4 BZ 12.73 - - - 18,769.8 12,279.3 7.5 6.5 1.3 1.0

CIA PARANAENSE DE ENERGI-PFB CPLE6 BZ 32.55 - - - 8,718.7 8,390.7 5.3 4.8 0.5 0.6

ENGIE BRASIL ENERGIA SA EGIE3 BZ 33.88 - - - 27,643.6 4,826.3 6.7 7.2 4.2 3.7

CENTRAIS ELETRICAS BRAS-PR B ELET6 BZ 28.41 - - - 34,319.5 37,292.0 6.2 10.2 0.9 0.5

EDP - ENERGIAS DO BRASIL SA ENBR3 BZ 14.12 - - - 8,568.7 4,342.0 5.7 6.0 1.0 1.0

EQUATORIAL ENERGIA SA - ORD EQTL3 BZ 70.22 - - - 13,955.8 2,796.8 10.7 9.4 2.7 2.4

LIGHT SA LIGT3 BZ 15.30 - - - 3,120.2 7,068.3 5.4 5.4 0.9 1.0

TRANSMISSORA ALIANCA DE-UNIT TAEE11 BZ 22.78 26.50 16.3% O 7,847.7 2,948.5 9.3 7.9 1.7 1.6

AES TIETE ENERGIA SA-UNIT TIET11 BZ 9.98 12.30 23.2% MP 3,926.9 2,385.1 5.3 5.9 2.6 3.3

CIA DE TRANSMISSAO DE ENE-PF TRPL4 BZ 67.71 73.00 7.8% MP 11,297.7 1,290.7 6.8 12.6 1.0 1.1

-15,6%

-7,6%

2,8%

4,4%

8,8%

21,6%

22,0%

25,2%

31,7%

36,5%

97,3%

TIET11

LIGT3

ALUP11

ENBR3

EQTL3

TRPL4

TAEE11

ELET6

EGIE3

CPLE6

CMIG4

-3,1%

-2,4%

-1,9%

-1,6%

1,4%

1,4%

1,7%

2,6%

3,7%

8,2%

13,5%

ALUP11

LIGT3

EQTL3

TIET11

ELET6

EGIE3

TAEE11

ENBR3

TRPL4

CMIG4

CPLE6

69 / 103

UTILITIES14

Continuidade na recuperação da demanda por eletricidade; possível melhoria na hidrologia em linha com os últimos

meses de 2018; entrada operacional de novos projetos de transmissão; riscos de GSF e judicialização

.

Em 2018, o volume de energia distribuído aumentou em 1,2% a/a, em média,

refletindo a recuperação da economia doméstica. Dado um crescimento esperado do

PIB brasileiro de aproximadamente 2,5% em 2019, as perspectivas para o setor

elétrico apontam para uma contínua recuperação da demanda de eletricidade.

O ano de 2018 foi mais um ano de hidrologia fraca, com aumento do spread entre o

nível de GSF no período úmido e o seco. Apesar dos últimos meses de 2018

indicarem melhor afluência para os próximos meses, ainda é cedo para esperar uma

melhoria relevante no GSF. Ademais, o nível dos reservatórios permanecem

historicamente baixos e o impacto do despacho térmico de 2018 deve seguir

impulsionando as tarifas em 2019.

Após o bom momento de contratação de projetos de transmissão nos leilões

realizados nos últimos anos, 2019 marca a entrada operacional dos ativos licitados

nos maiores leilões, expandindo o Sistema Interligado Nacional e melhorando sua

confiabilidade, bem como incrementando a geração de caixa de algumas companhias.

Em 2019, 6 dos 14 lotes contratados no Leilão de abril de 2016 entrarão em operação,

demonstrando a eficiência alcançada em seus desenvolvimentos.

O ano de 2018 foi intenso em fusões e aquisições, com destaque para (i) a

privatização das distribuidoras da Eletrobrás; (ii) a venda de SPEs dos segmentos de

geração e transmissão também da Eletrobrás e (iii) a mudança de controle da

Eletropaulo, maior concessão de distribuição em volume do país. Outras operações

são aguardadas para 2019, como o programa de desinvestimentos da Cemig.

Perspectivas 2019 Consumo de EletricidadeTWh ; % variação

Histórico do GSF% de geração sobre a garantia física alocada

388,5 384,3415,7 433,0 448,1 463,1 474,8 465,3 461,5 465,1

387,8 392,2

3,0%

-1,1%

8,2%

4,2% 3,5% 3,4% 2,5%

-2,0% -0,8%0,8% 1,1%

103,46%

107,91%109,42%

113,18%

108,05%

99,74%

90,61%

84,61%86,89%

79,56%

83,02%

60%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

Fonte: Aneel, EPE e BB Investimentos estimativas

70 / 103

UTILITIES14

Forte movimento de consolidação foi visto em 2018 no segmento de distribuição. Em 2019, se inicia o 5º ciclo de revisão

tarifária, com manutenção do WACC regulatório em 8,09% para as companhias de distribuição

Fonte: Aneel, CCEE, EPE (PDE 2027), BB Investimentos Research

2019 será o primeiro ano do 5º ciclo de revisão tarifária das distribuidoras e o WACC

regulatório para as revisões agendadas para esse está mantido em 8,09%.

Ao longo do ano, a nova diretoria da agência reguladora ANEEL definirá o WACC que

será aplicado para as revisões que ocorrerão nos demais anos do 5º ciclo.

A esperada recuperação de demanda e uma possível melhora na hidrologia podem

impactar positivamente a geração de caixa das distribuidoras em 2019, mas o custo

de geração mais alto decorrente do despacho térmico ao longo de 2018 continuará a

pressionar as tarifas finais dos consumidores.

Distribuição - Perspectivas WACC Regulatório Histórico (depois de impostos)% anual

Projeção de Consumo de EletricidadeTWh

Variação do Consumo de Eletricidade% anual

+43%

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

Industrial Residencial Comercial Outros

526

632

753

11,26%

9,95%

7,50%8,09% 8,09%

1º Ciclo de RevisãoTarifária

(2003-2006)

2º Ciclo de RevisãoTarifária

(2007-2010)

3º Ciclo de RevisãoTarifária

(2011-2014)

4º Ciclo de RevisãoTarifária

(2015-2018)

5º Ciclo de RevisãoTarifária(2019)

71 / 103

UTILITIES14

O risco hidrológico (GSF) permanece como alerta do setor, impactando tanto geradores quanto distribuidoras devido ao

preço mais alto no mercado à vista. A solução para o impacto do GSF no mercado livre ainda está pendente

Fonte: CCEE, BB Investimentos Research

O GSF continua impactando o setor, principalmente durante o período de seca. Em

2018, tivemos o segundo patamar da bandeira tarifária vermelha acionada durante

cinco meses consecutivos e somente no início do período úmido retornamos à

bandeira amarela (novembro) e verde (dezembro).

A diferença entre o GSF verificado nos períodos úmido e seco aumentou nos últimos

dois anos, em consequência da sazonalidade de garantia física pelos geradores

hídricos, mas a média anual tem ficado próxima a 80% desde 2015.

Os preços no mercado à vista estiveram no patamar máximo definido em R$ 505,18

por MWh por dois meses consecutivos em 2018, mas cederam significativamente ao

final do ano com a melhoria hidrológica.

Geração - Perspectivas Histórico de bandeiras tarifárias

GSFGeneration Scaling Factor

Preços no mercado à vistaR$/MWh

R$-

R$100

R$200

R$300

R$400

R$500

R$600

R$700

R$800

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

110,0%

120,0%

2015

2016

2017

2018

Jan

Feb

Mar

Ap

r

May

Ju

n

Ju

l

Au

g

Sep

Oct

No

v

Dec

72 / 103

14

Apesar da melhoria na hidrologia percebida nos últimos meses de 2018, a incerteza sobre o nível de afluência para o

médio prazo e o nível atual dos reservatórios mantém o risco elevado para geradores

Fonte: ONS, BB Investimentos Research

Nível dos Reservatórios - Sudeste e Centro-Oeste %

Nível dos Reservatórios - Sul %

Nível dos Reservatórios - Norte%

Nível dos Reservatórios - Nordeste%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2008-2018 Average

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2008-2018 Average

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2008-2018 Average

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2015 2016 2017 2018 2008-2018 Average

UTILITIES

73 / 103

TOP PICK: ALUPAR

Após três anos de leilões bem sucedidos e relevantes, o foco na performance de execução e conclusão desses

projetos a partir de agora deverá mostrar quem são os melhores players neste jogo

Tese de Investimento

14

Ao longo dos últimos 3 anos, tivemos 6 leilões de transmissão, com 97 projetos

licitados, que totalizam uma carteira de investimentos de aproximadamente R$ 50 bi e

adicionarão R$ 6,5 bi em RAP (receita anual permitida). A partir de 2019, entrarão em

operação os novos projetos licitados a partir de 2016, expandindo e fortalecendo o

sistema de transmissão nacional, um dos gargalos do setor. Algumas companhias

transmissoras, assim, devem apresentar crescimento relevante em sua geração de

caixa. De acordo com o PDE 2027, a EPE estima perto de R$ 38 bi em investimentos

referentes a projetos a serem ofertados em leilões ao longo dos próximos 10 anos.

Dentro do cenário esperado para o setor, destacamos a Alupar como reconhecida

desenvolvedora de projetos de transmissão, com bom histórico comprovado. A empresa

possui atualmente um portfolio de 8 projetos no Brasil e 1 na Colômbia contratados nos

últimos anos, que estão em diferentes fases de desenvolvimento. Uma vez

operacionais, estes projetos devem adicionar aproximadamente R$ 523 mi em RAP. A

companhia é a mais exposta a novos projetos (dentro do nosso universo de cobertura)

e a que possui maior quantidade de projetos que entrarão em operação em 2019.

Estamos otimistas em relação ao cronograma e ao orçamento para construção desses

projetos. Também acreditamos que, ao longo do ano, a finalização dos primeiros

projetos trarão maior visibilidade para a companhia e melhor precificação para suas

ações, as quais são, atualmente, as mais descontada dentre as que cobrimos, com

relevante potencial de valorização.

Riscos

Possível oferta secundária de ações detidas pelo FI-FGTS, correspondentes a 12% do

capital social da companhia;

Possível oferta primária de ações para financiar crescimento e/ou reduzir

alavancagem;

Realizações de Capex e prazo de construção dos novos ativos piores que o estimado.

Fonte: Aneel, Alupar, EPE, BB Investimentos Research

Acréscimo de RAP esperado para a AluparR$ milhares

91.561

60.800

86.800

283.869

TRANSPORTES E LOGÍSTICA: POSITIVO

T O P P I C K S : ECORODOVIAS

LOCALIZA

Renato Hallgren

[email protected]

75 / 103

TRANSPORTE & LOGÍSTICA15

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

P/E 1Y

Corrente

P/E 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

CCR SA CCRO3 BZ 12.10 14.00 15.7% O 24,442.0 12,070.2 12.1 17.7 6.3 7.7

ECORODOVIAS INFRA E LOG SA ECOR3 BZ 9.50 12.50 31.6% O 5,307.6 4,330.4 10.0 12.8 5.3 5.8

EMBRAER SA EMBR3 BZ 21.42 22.50 5.0% O 15,860.8 1,028.4 18.3 14.3 7.1 6.7

GOL LINHAS AEREAS INT SA-PRE GOLL4 BZ 24.80 17.50 -29.4% MP 8,648.0 5,123.2 43.2 1629.7 9.5 9.6

JSL SA JSLG3 BZ 6.43 10.50 63.3% O 1,321.6 5,721.9 6.7 19.5 5.4 5.9

CIA DE LOCACAO DAS AMERICAS LCAM3 BZ 35.01 37.50 7.1% O 5,176.7 1,002.7 13.9 9.5 7.6 5.0

MOVIDA PARTICIPACOES SA MOVI3 BZ 7.86 13.00 65.4% O 2,070.5 1,077.4 10.1 10.4 6.7 6.1

RUMO SA RAIL3 BZ 16.22 - - - 25,287.2 7,284.6 34.2 147.4 9.0 7.4

LOCALIZA RENT A CAR RENT3 BZ 27.73 30.00 8.2% O 18,500.0 3,863.8 23.2 18.8 12.7 9.6

-22,1%

-20,9%

-16,7%

7,7%

15,1%

25,1%

26,7%

69,9%

87,8%

JSLG3

CCRO3

ECOR3

EMBR3

MOVI3

RAIL3

RENT3

GOLL4

LCAM3

-7,6%

-6,1%

-4,3%

0,0%

3,9%

6,5%

11,2%

15,9%

22,7%

RAIL3

JSLG3

MOVI3

RENT3

EMBR3

ECOR3

CCRO3

LCAM3

GOLL4

76 / 103

TRANSPORTE & LOGÍSTICA

Aluguel de carros: o mercado de locação de veículos no Brasil ainda tem espaço para crescimento em comparação

aos mercados desenvolvidos

15

O crescimento da indústria de locadoras depende do

comportamento do (i) PIB; (ii) tráfego aéreo; (iii)

expansão de crédito e (iv) maturação de novos

mercados. O mercado de aluguel de carros é dividido

em dois segmentos: locação individual (RAC) e aluguel

de frota (GTF), além da venda de carros usados

(apesar de não core, tem papel importante na

rentabilidade). Ambos os modelos de negócios

consistem em um ciclo que começa com a compra de

veículos para locação e termina com a venda

subsequente no final do período (cerca de 16 meses no

segmento RAC e 24 meses na gestão de frotas). O

valor de venda dos veículos usados é importante para

determinar o retorno esperado e é também uma fonte

de financiamento que permite renovar a frota

operacional das locadoras. O Brasil tem um potencial

de crescimento tanto na indústria de locação individual

quanto na de frotas, devido à menor penetração em

comparação com os países desenvolvidos.

Fonte: ABLA, Fenabrave, Fenauto, BB Investimentos Research

GTF – Mercado potencial no Brasil% em 2017

GTF – Frota Alugada sobre Frota Corporativa%

RAC – Mercado potencial no Brasil% em 2017

RAC – Locação per capita

População 209 milhões

População

economicamente

ativa 114 milhões

64 milhões

Acessa credito

4.481.596

empresas

4.00.000

Frota Corporativa

411.399

Frota alugada

3,01

2,55

1,441,27

0,93

0,54

58,3%

46,9%

37,4%

24,5%

13,3%10,3%

77 / 103

TRANSPORTE & LOGÍSTICA15

Aluguel de carros: a indústria de locação de veículos está em processo de crescimento acelerado

Fonte: ABLA (baseado em preços competitivos médios de Mercado, quando disponíveis), BB Investimentos Research

A receita bruta de locação de veículos no Brasil atingiu R$ 15,5 bilhões em 2017, um

aumento de 12,2% a/a. A previsão para o faturamento em 2018 é de superior a

R$ 17,0 bilhões, alta de 9,7% a/a.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Aluguel de Carros (ABLA), nos

primeiros seis meses de 2018, as locadoras de veículos foram responsáveis pela

compra de 242,7 mil veículos zero-quilômetro no Brasil. Este volume é igual a 25% do

número total de veículos licenciados no mesmo período.

No primeiro semestre de 2018 as empresas de locação de veículos compraram o

equivalente a aproximadamente 70% do total de compras de veículos em 2017.

Uma tese de crescimento… AcessibilidadeSalario mínimo x Diaria de locação

151180 200

240 260300

415465

510545

622678

724788

880937 954

51%

38% 37%35%

31%

27%

22%

14% 14% 13% 12% 12%10% 10% 9% 8%

…sustentada pelas mudanças no cenário nacional Participação de Mercado%

No últimos 20 anos, o crescimento no volume de locação de veículos foi impulsionado

pelo aumento da renda nacional e pela redução das tarifas de locação.

No ano 2000, o preço de uma locação diária média equivalia a 51% do salário mínimo,

enquanto, em 2018, a locação diária média equivale a 8% do salário mínimo.

A indústria de locação de veículos, no Brasil, ainda é pulverizada, com mais de 11 mil

empresas. No entanto, as três maiores empresas detêm 49% de participação de

mercado. As principais empresas estrangeiras do setor firmaram acordos comerciais

e/ou participam como acionistas minoritários das três maiores empresas no Brasil:

Hertz/Localiza, Enterprise/Unidas e Avis/Movida.

Localiza23,00%

Unidas15,00%

Movida11,10%

Outors50,9%

78 / 103

TRANSPORTE & LOGÍSTICA

Rodovias: a falta de investimentos resultou em rodovias de baixa qualidade...é hora de retomar os leilões

15

O Brasil possui a quarta maior malha viária do

mundo, com 1,7 milhão de km de extensão. No

entanto, apenas 10% da rede é pavimentada. Em

comparação com os principais países da América

Latina, o Brasil tem uma das piores classificações

em termos de qualidade das estradas.

A matriz de transporte de cargas no Brasil é

predominantemente rodoviária (60%) e,

considerando a baixa qualidade, implica maiores

custos logísticos de transporte. O custo total de

logística e transporte no Brasil é equivalente a

11,9% do PIB, contra 7,7% nos EUA.

Esperamos que retomadas dos leilões de rodovias

nos próximos anos aumente os investimentos e

reduza os custos de logística e transporte no Brasil.

Fonte: ABCR, Fundação Dom Cabral, BB Investimentos Research

Qualidade das Rodovias na América Latina1= qualidade baixa; 7= qualidade alta

Custo de Logística e Transportes% PIB

Malha rodoviária milhões km

Matrix de Transportes de carga%

A redução do custos de transporte

depende de investimentos nas estradas

6,51

3,583,32

1,72

1,2 1,04 1,03 0,94 0,81 0,68

5,1

4,3

3,3 3,2 3,1 3 3

Ferrovia22%

Fluvial14%

Duto3%

Aéreo1%

Rodovia60%

11,9

6,8

3,9

0,8

0,4

7,7

4,7

1,9

0,8

0,3

Total

Transportes

Estoques

Armazenagem

AdministrativoEUA Brasil

79 / 103

TRANSPORTE & LOGÍSTICA

Aviação: a recuperação na demanda de passageiros já começou, embora os riscos cambiais e de combustível

permaneçam no radar

15

Após um ciclo de 19 meses de retração (de agosto

de 2015 a fevereiro de 2017), a demanda doméstica

nos aeroportos brasileiros voltou a crescer. Nesse

sentido, estimamos que nos próximos 4 anos a

demanda deverá crescer a um CAGR de 6,7% entre

2018 e 2021.

Os dois principais componentes de custos das

companhias aéreas são as despesas com leasing e

combustíveis. Ambas estão sujeitas à variação

cambial, que é o principal fator de risco para o

segmento de companhias aéreas para os próximos

trimestres, em nossa opinião.

O aumento da participação estrangeira nas

companhias aéreas brasileiras pode incentivar mais

investimentos no setor.

Fonte: CME Group, Energy Information Administration, ANAC, BB Investimentos Research

Passageiros internacionaismilhões

3,7

4,6 4,3

5,3 5,8 5,8

6,1 6,4

7,3 7,5

8,4 9,1

9,8

10,6

11,5

US$/R$

2,16

2,35

3,333,48

3,20

3,64 3,7

47,4 50,1 57,1

70,1

82,1 88,7 90,2

95,9 96,2 88,7 90,6

96,7 103,2

110,1 117,5

Passageiros domésticosmillhões

WTI USD/barril

0

20

40

60

80

100

120

Recuperação de demanda e riscos

exógenos

80 / 103

TOP PICK: ECORODOVIAS

Geração de caixa resiliente devido à tarifa de pedágio vinculada ao índice de inflação e volumes de tráfego atrelados

ao PIB

Tese de investimento

15

O portfólio da Ecorodovias inclui 10

concessões rodoviárias com 2.649 km e

um Porto (Ecoporto), localizados nos

principais corredores comerciais das

regiões Sul e Sudeste. A atual

estratégia da Ecorodovias é focar em: (i)

disciplina de custos; (ii) otimização de

capex e (iii) desinvestimento em ativos

não-core (Ecoporto);

As oportunidades de crescimento da

empresa devem vir de: (i) leilões de

rodovias; (ii) aditivos contratuais e (iii)

leilões de rodovias.

Projetamos um crescimento do EBITDA

de 8% a/a, em média, para 2019 e

2020, sustentado pelo ajuste de tarifas e

maior fluxo de veículos nas estradas.

O crescimento estimado do EBITDA é

sustentado pela elasticidade histórica

entre tráfego e PIB de 2,2x (gráfico).

Riscos

Recuperação da economia mais lenta

do que o esperado;

Aumento do preço dos combustíveis;

Parada na estrada devido a greve dos

caminhoneiros;

Adversidades climáticas;

Falha na execução de sua estratégia de

desinvestimento;

Ausência de leilões de rodovias.

Fonte: Ecorodovias, BB Investimentos Research

EBITDA e Margem EBITDAR$ milhões e %

Crescimento do Tráfego da Ecorodovias vs Crescimento do PIB%

Ainda, a Ecorodovias detém um portfólio

diversificado, com duração de 12 anos e

6 meses, além de possíveis

prorrogações contratuais. As recentes

conquistas de (i) Ecorodoanel; (ii) MGO;

(iii) ECO135 e (iv) Ecovias dos

Imigrantes prolongaram o prazo das

concessões para 17 anos e 3 meses.

916,5 969,8 934,8 1015,6

1314,21522,5

46,50%45,30%

41,70% 42,30% 42,60% 42,50%

EBITDA Margem EBITDA

-10,00%

-5,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

PIB Crescimento do Tráfego Ecor

81 / 103

TOP PICK: LOCALIZA

Localiza é pioneira e líder no setor de locação de veículos no Brasil

Tese de Investimento

15

A Localiza Rent a Car S.A. é a maior

empresa de aluguel de carros do Brasil.

Atua nos segmentos de locação diária,

gestão de frotas, venda de carros

usados. A empresa possui 522 lojas no

Brasil e 61 outras franquias no exterior.

Líder do setor, com valor de mercado de

R$ 15,2 bilhões, sua frota é de 222 mil

veículos.

A divisão de RAC (aluguel individual) é

responsável por 55% da geração de

caixa, enquanto o segmento de

terceirização de frota contribui com

35%, enquanto os 10% restantes são

provenientes da divisão de vendas de

carros usados.

O mercado de aluguel de carros no

Brasil tem baixa penetração e apresenta

oportunidades de crescimento, devido

ao potencial de aumento no poder

aquisitivo e menores tarifas de locação.

Riscos

Queda de preço dos veículos 0 km;

Roubos de veículos;

A economia brasileira demorando mais

que o esperado para se recuperar;

Aumento do preço dos combustíveis.

Fonte: Localiza, BB Investimentos Research

EBITDA e Margem EBITDA R$ millhões e %

Número de lojas no Brasil e exterior

Além disso, o fenômeno dos aplicativos

de mobilidade, como o Uber, aumentou

significativamente o volume de aluguel

de carros no Brasil, e ainda devemos

observar o crescimento desse nicho de

mercado no qual a Localiza atua.

916,5 969,8 934,8 1015,6

1314,21522,5

46,50%45,30%

41,70% 42,30% 42,60% 42,50%

EBITDA Margem EBITDA

286304

320 333

384 395

193172 174

158133 127

63 64 70 70 74 61

Lojas no Brasil Franquias Franquias Exterior

BENS DE CAPITAL: POSITIVO

T O P P I C K : TUPY

Gabriela E. Cortez

[email protected]

Catherine Kiselar

[email protected]

com a contribuição de Marco A. Laforga

83 / 103

BENS DE CAPITAL16

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

P/E 1Y

Corrente

P/E 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA

1Y

Corrente

EV/EBITDA

1Y

Média 5 anos

MAHLE-METAL LEVE SA LEVE3 BZ 25.70 33.00 28.4% O 3,297.5 6.9 11.3 12.8 6.7 7.1

IOCHPE-MAXION S.A. MYPK3 BZ 22.61 Under Review - - 3,404.5 2,299.9 11.3 14.2 4.8 5.2

MARCOPOLO SA-PREF POMO4 BZ 4.02 4.60 14.4% MP 3,394.7 782.8 15.7 15.2 10.7 12.0

RANDON PART SA-PREF RAPT4 BZ 9.18 Under Review - - 2,849.1 555.4 15.5 14.6 7.0 6.9

TUPY SA TUPY3 BZ 21.15 24.00 13.5% O 3,049.4 755.1 10.9 11.7 5.1 5.3

WEG SA WEGE3 BZ 16.89 19.00 12.5% MP 35,446.4 - 517.3 23.1 22.0 17.0 16.1

-7,6%

2,8%

4,0%

15,7%

23,4%

29,8%

WEGE3

MYPK3

POMO4

LEVE3

TUPY3

RAPT4

-8,9%

-1,7%

-1,1%

3,6%

5,8%

7,1%

WEGE3

POMO4

MYPK3

RAPT4

TUPY3

LEVE3

84 / 103

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

55,0

60,0

65,0

70,0

Greve dos caminhoneiros

BENS DE CAPITAL16

Mesmo havendo capacidade ociosa na indústria em geral, vários indicadores apontam para uma retomada de

investimentos, refletindo em crescimento expressivo em bens de capital em 2018

A indústria automotiva brasileira demonstrou robusta recuperação em 2018,

somando-se ao desempenho positivo de 2017. A produção de veículos nos 9M18

apresentou crescimento de 11,4% a/a, impulsionando a demanda em toda a cadeia.

Setores como agronegócios e transportes de carga continuam fortes, com crescente

demanda.

A confiança do empresário manteve-se majoritariamente positiva ao longo do ano.

Apesar desta recuperação, ainda não foi atingido o recorde histórico, havendo

capacidade ociosa e, portanto, espaço para expansão.

Sinais da recuperação Produção de Veículos no Brasilmilhares de unidades

Confiança industrialÍndice

Brasil - Utilização da capacidade instalada - indústria%

Fonte: Anfavea, CNI, Bloomberg, BB Investimentos Research

74

75

76

77

78

79

80

2.866

2.384

1.899

1.579

1.986

2.195

85 / 103

BENS DE CAPITAL16

Com a confirmação de um horizonte mais positivo e aumento do nível de investimentos, o segmento de bens de capital

poderá ser um dos mais beneficiados com esta nova dinâmica na economia

As perspectivas permanecem positivas para o mercado brasileiro em 2019, com

estimativas de crescimento entre 8 e 12% (Anfavea e players). A renovação de

frotas de ônibus e caminhões pelas grandes transportadoras deve ajudar.

Os mercados externos (NAFTA e Europa, principalmente) devem apresentar um

crescimento mais modesto em 2019, se comparado à 2018.

No mercado doméstico, os níveis reduzidos de capex na infraestrutura poderão

promover oportunidades de crescimento para os próximos anos, considerando a

necessidade de revitalização e expansão, beneficiando investimentos no setor de

bens de capital.

Sinais de retomada do crescimento Formação Bruta de Capital Fixo% t/t

Confiança do consumidorÍndice

Variação trimestral da receita líquida dos principais players do segmento% a/a

Fonte: Bloomberg, Companhias, BB Investimentos Research

-20,00

-15,00

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

-30,0%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

WEG Tupy Randon Mahle Iochpe Marcopolo

1T17 2T17 3T17 4T17 1T18 2T18 3T18

47,0

48,0

49,0

50,0

51,0

52,0

53,0

54,0

55,0

86 / 103

TOP PICK: TUPY

Com crescimento consistente nos mercados internacionais e seu bom posicionamento nas regiões, as expectativas são

favoráveis para que a Tupy continue a apresentar bons resultados

Tese de Investimentos

16

A Tupy possui uma posição relevante no

mercado automotivo global, com forte

exposição a mercados maduros,

como Estados Unidos e Europa.

Dado que mais de 80% de suas

receitas vêm do mercado externo, a

variação do dólar frente ao real afeta

fortemente o resultado da companhia,

além de beneficiá-la quanto à mitigação

dos riscos inerentes ao mercado

doméstico;

Lembramos que a companhia trouxe

resultados acima do esperado pelo

mercado no 3T18 e reconhecemos os

esforços da empresa para melhorar

suas margens e o objetivo de manter

uma geração de caixa robusta, com a

possibilidade de pagar dividendos

mais altos já nos próximos períodos.

Riscos

Depreciação do dólar;

Crescimento menor que o esperado nos

mercados onde a companhia atua;

A guerra comercial entre EUA e China

e o avanço de medidas protecionistas;

Maiores custos de matérias-primas.

Fonte: Tupy, BB Investimentos Research

EBITDA e Margem EBITDAR$ milhões e %

Receita Líquida e participação das operações no mercado externoR$ e %

Acreditamos em melhores resultados

operacionais à frente, decorrentes de: (i)

maiores vendas no exterior (incluindo

exportações); (ii) esforços da empresa

para melhorar margens, reduzir custos,

melhorar o mix de produtos e os canais

de vendas; (iii) melhores perspectivas

para setores importantes, como

transportes, infraestrutura, agronegócio

e energia e (iv) oportunidades de M&A.

3.427 3.2553.706

4.3574.801

5.041

81,9%

83,3%82,4%

84,8% 85,2% 85,0%

Receita % mercado externo

587

339

439

608

722812

17,1%

10,4%

11,8%

14,0%15,0%

16,1%

Ebitda Margem

VAREJO: POSITIVO

T O P P I C K S : NATURA

VIA VAREJO

Maria Paula Cantusio

[email protected]

88 / 103

VAREJO17

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

P/E 1Y

Corrente

P/E 1Y

Média 5 anos

EV/EBITDA 1Y

Corrente

EV/EBITDA 1Y

Média 5 anos

ALPARGATAS SA - PREF ALPA4 BZ 15.96 - - - 7,518.0 27.3 15.8 11.3 11.2 7.5

MARISA LOJAS SA AMAR3 BZ 5.08 - - - 1,036.8 524.4 49.5 111.7 5.6 5.8

AREZZO INDUSTRIA E COMERCIO ARZZ3 BZ 51.17 - - - 4,620.8 - 156.2 23.5 18.8 16.5 12.2

B2W CIA DIGITAL BTOW3 BZ 35.38 40.60 14.8% O 16,178.6 1,785.3 - 1388.3 24.2 10.2

ATACADAO DISTRIBUICAO COMERC CRFB3 BZ 18.20 - - - 36,096.5 - 2,604.0 18.7 17.3 7.9 7.5

GRENDENE SA GRND3 BZ 7.85 - - - 7,082.0 - 1,657.0 - 9.0 - 9.2

GUARARAPES CONFECCOES SA GUAR3 BZ 165.62 - - - 10,274.5 517.4 17.5 12.5 8.8 6.4

CIA HERING HGTX3 BZ 26.30 - - - 4,256.5 - 126.8 17.3 11.6 14.3 8.9

HYPERA SA HYPE3 BZ 30.70 38.10 24.1% MP 19,409.7 - 865.8 15.9 20.1 12.3 12.6

LOJAS AMERICANAS SA-PREF LAME4 BZ 19.26 22.60 17.3% MP 28,263.7 5,539.7 37.1 34.0 11.0 9.1

RESTOQUE COMERCIO E CONFEC LLIS3 BZ 27.25 - - - 1,406.1 616.9 10.0 30.7 5.1 7.2

LOJAS RENNER S.A. LREN3 BZ 39.45 46.90 18.9% O 28,405.0 728.6 25.4 20.8 14.8 11.1

MAGAZINE LUIZA SA MGLU3 BZ 174.81 193.50 10.7% O 33,317.3 - 800.8 44.3 24.0 21.2 6.5

NATURA COSMETICOS SA NATU3 BZ 44.08 58.60 32.9% O 19,009.0 5,661.5 25.7 18.4 10.9 9.0

CIA BRASILEIRA DE DIS-PREF PCAR4 BZ 80.47 115.00 42.9% O 21,473.0 796.0 19.8 21.2 8.6 6.5

RAIA DROGASIL SA RADL3 BZ 59.99 80.30 33.9% MP 19,819.9 346.1 31.0 33.0 14.4 16.3

VIA VAREJO SA VVAR3 BZ 4.39 8.00 82.2% O 5,682.0 640.0 4.0 23.6 3.1 3.3

-44,6%

-34,0%

-29,9%

-13,6%

-10,8%

-10,8%

-5,7%

-4,2%

3,8%

6,3%

12,2%

12,4%

13,5%

22,1%

34,7%

72,6%

118,5%

VVAR3

RADL3

AMAR3

GRND3

LLIS3

HYPE3

ALPA4

ARZZ3

PCAR4

HGTX3

GUAR3

LREN3

LAME4

CRFB3

NATU3

BTOW3

MGLU3

-16,7%

-14,6%

-9,2%

-3,7%

-2,7%

-1,3%

0,6%

1,6%

1,7%

2,2%

3,1%

3,5%

6,0%

6,8%

11,0%

11,7%

19,5%

VVAR3

AMAR3

RADL3

LLIS3

PCAR4

GRND3

LREN3

ALPA4

BTOW3

HYPE3

HGTX3

GUAR3

ARZZ3

LAME4

CRFB3

MGLU3

NATU3

89 / 103

VAREJO17

Melhores perspectivas para o cenário doméstico macroeconômico devem beneficiar o setor de varejo em 2019

Taxa de Desemprego e Salário Médio RealR$ e %

Crédito com Recursos Livres e Taxa de InadimplênciaR$ bilhões e %

Confiança do Consumidorpontos

A recuperação da atividade varejista deve continuar

Durante 2018, observamos uma leve recuperação em alguns direcionadores do setor,

como emprego, crédito e confiança do consumidor;

Embora a retomada tenha sido mais lenta do que o esperado inicialmente, a pior parte

da crise parece já ter passado e melhores perspectivas são esperadas para 2019;

Uma vez que o consumo é diretamente impactado por esses direcionadores,

esperamos uma melhora na tendência do poder de compra dos consumidores, com

aumento tanto em volume quanto em ticket médio em todos os segmentos do varejo

durante o próximo ano.

Fonte: IBGE, Bacen, Ibre FGV, BB Investimentos Research

6,87,9

8,9

10,911,8

13,7

12,413,1

11,9

Salário Médio Real (R$) Taxa de Desemprego (%)

5,65,3 5,4 5,6

6,0 6,2 6,3 6,2 6,1 5,9 5,9 5,75,4

5,1 5,0 4,9

650,0

700,0

750,0

800,0

850,0

900,0

950,0

Crédito com Recursos Livres (R$ bi) Taxa de Inadimplência (%)

0

20

40

60

80

100

120

Confiança do Consumidor Situação Atual Expectativas Confiança do Comércio

90 / 103

VAREJO17

Segmentos com maior demanda represada durante a crise doméstica – vestuário, bens duráveis e outros itens

discricionários – devem impulsionar a atividade varejista

Fonte: IBGE, BB Investimentos Research

Projetamos um aumento de 3,5% a/a no volume vendido no varejo restrito até o final de 2018, acima do crescimento do PIB pelo segundo ano consecutivo, impulsionado pelos

segmentos de ‘hipermercados e supermercados’, ‘outros artigos de uso pessoal e doméstico’ e ‘artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria’. É válido mencionar que a

base comparativa de 2018 foi prejudicada pela liberação de R$ 40 bilhões dos fundos inativos de FGTS durante 2017.

Para 2019, com uma base comparativa mais normalizada, esperamos que a tendência positiva nas vendas do varejo continue. Na nossa visão, tanto ‘hipermercados e supermercados’

quanto ‘medicamentos, cosméticos e perfumaria” devem seguir em trajetória ascendente, enquanto os segmentos de ‘vestuário’ e ‘bens duráveis’ devem apresentar uma recuperação,

amparados por um cenário macroeconômico mais favorável.

A combinação de taxas de juros e inflação estáveis, junto com a aceleração da criação de vagas de trabalho na economia, deve ser traduzida em um aumento do poder de compra do

consumidor, levando a um crescimento de vendas em todos os segmentos do varejo. Dentro dos supermercados, a deflação de alimentos já tem ajudado a impulsionar o volume

vendido e o próximo passo deve ser a reversão do efeito substituição (compra de itens de menor valor agregado). Em ‘medicamentos, cosméticos e perfumaria’, acreditamos que a alta

nas vendas de genéricos seja uma tendência que veio para ficar, mas um maior poder aquisitivo deve fazer com que os consumidores voltem a comprar itens discricionários

relacionados à beleza e higiene. Por fim, a forte demanda represada nos segmentos de bens duráveis e semi-duráveis (vestuário) deve finalmente encontrar espaço para ser atendida.

Maior poder de compra em 2019 deve ser traduzido em aumento de vendas, principalmente em duráveis, semi-duráveis e outros bens discricionários

Crescimento do Varejo em comparação ao PIB%

Crescimento nos Segmentos do Varejo com melhores perspectivas para 2019 %

5,9%

10,9%

6,7%

8,4%

4,3%

2,2%

-4,3%-6,2%

2,0%

3,5%4,5%

PIB (%) Varejo Restrito - Volume (%)

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

Varejo Restrito Vestuário Bens Duráveis Hipermercados Medicamentos, cosméticos, perfumaria

91 / 103

VAREJO17

Recuperação tanto em vendas quanto em investimentos em 2018 construiu uma sólida base para 2019

Fonte: BB Investimentos Research | *números projetados referem-se às nossas estimativas para as companhias cobertas

Crescimento de Vendas 2019E%

Crescimento do EBITDA 2019E%

4,8%

10,2%15,0% 15,9%

21,7% 23,0%27,1% 28,0% 28,9%

55,4%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Análise de Múltiplos Natura & Co e B2W Digital são nossas top picks para 2019

Dentre as empresas que cobrimos, temos recomendação de Outperform para aquelas

que atuam nos segmentos que acreditamos que devem se beneficiar da recuperação

dos direcionadores macroeconômicos. As únicas exceções são Raia Drogasil e

Hypera, devido (i) ao recente aumento da competitividade no segmento de drogarias e

(ii) à maior participação de genéricos nas vendas de medicamentos (de menor valor).

Com base na análise relativa, reconhecemos que nossos múltiplos 19E estão acima

da média histórica dos últimos 5 anos para quase todas as companhias, mas vale

lembrar que as vendas no varejo começaram a ser afetadas pela crise já em 2012.

Considerando (i) o valuation atrativo, (ii) expectativas positivas para o desempenho

dos respectivos segmentos e (iii) o maior upside implícito, Natura & Co e Via Varejo

são nossas top picks para 2019.

Companhia EV/EBITDA (média

5a)

EV/EBITDA 19E P/E

(média 5a)

P/E 19E

B2W Digital 13.6x 32.5x - -

Hypera 15.8x 15.4x 21.5x 22.1x

Lojas Americanas 12.8x 13.5x 61.3x 47.4x

Lojas Renner 13.7x 15.7x 25.2 27.1x

Natura & Co 11.9x 12.6x 25.3x 29.5x

Pão de Açúcar 8.4x 8.6x 23.9x 27.4x

Magazine Luiza 6.8x 21.4x 51.5x 42.2x

Raia Drogasil 27.5x 17.7x 66.4x 39.5x

Via Varejo 3.3x 4.7x 143.3x 44.4x

6,3% 7,1%9,4% 10,0%

12,2% 13,2% 13,2%15,1%

19,7%

25,1%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

92 / 103

TOP PICK: NATURA

O cenário positivo para venda de cosméticos, junto com o fortalecimento da estrutura interna da Natura & Co, devem

culminar em melhorias da receita ao lucro líquido em 2019

Tese de Investimento

17

Após três anos seguidos de queda em

vendas no mercado interno, em 2018, a

Natura começou a recuperar share em

categorias importantes, como perfumes

e cuidados com o corpo. Para 2019,

ainda há mais por vir da maturação de

iniciativas internas focadas no

fortalecimento do canal de venda direta

e da presença da marca no varejo físico.

A aquisição da The Body Shop, no final

de 2017, mostrou--se uma decisão

acertada e a operação tem apresentado

um crescimento de vendas e de

rentabilidade acima do esperado, com a

marca revitalizada recuperando share

em todos os mercados em que atua (68

países localizados nas Américas e no

EMEA).

A Natura teve que emitir debêntures

para financiar a compra da TBS (USD

1,2 bi), o que levou a um aumento de

sua dívida líquida/EBITDA de 1,2x no

2T17 para 3,5x no 3T17. A meta era

chegar a 1,2x novamente no final de

2022, mas a maior geração de fluxo de

caixa deve antecipar a meta para 2021.

Riscos

Retomada mais lenta que o esperado no

mercado doméstico e possíveis

dificuldades relacionadas à recuperação

do desempenho da TBS;

Possíveis revezes na implementação da

sua estratégia comercial relativos ao

canal de venda direta e ao varejo físico;

Geração de caixa abaixo do esperado

poderia culminar em um processo de

desalavancagem mais lento.

Fonte: Economatica, BB Investimentos Research

Estimativas para Dívida Bruta e Dívida Líquida/EBITDA R$ milhões e Índice

Estimativas para EBITDA Ajustado e Margem EBITDA Ajustada R$ milhões e %

4.390

9.3328.585

7.899 7.267 6.685

1,6

3,3

2,3

1,8

1,4

1,1

Dívida Bruta (R$ mi) Dívida Líquida/EBITDA (x)

1.398 1.894 1.940 2.249 2.636

17,7%19,2%

14,7%16,0%

17,5%

93 / 103

TOP PICK: VIA VAREJO

Cenário positivo para venda de bens duráveis, além de importantes melhorias internas, deve se traduzir em alta de

vendas e rentabilidade em 2019

Tese de Investimento

17

Após dois anos consecutivos de vendas

abaixo da média de mercado, em 2018,

a Via Varejo finalmente começou a

recuperar seu ritmo de crescimento.

Além disso, diversas melhorias internas

foram feitas para que a companhia

estivesse mais preparada para fechar os

gaps em relação aos seus concorrentes.

Durante o 3T18, um novo sistema de

vendas foi implementado nas lojas, o

que deve ajudar a (i) simplificar

procedimentos de venda; (ii) amparar a

unificação dos estoques do e-commerce

e das lojas e (iii) viabilizar a oferta de

crédito online, dentre outros.

Para 2019, iniciativas adicionais devem

ser endereçadas, como (i) o lançamento

do novo app das Casas Bahia; (ii) o

novo app para o time de lojas e (iii) a

parceria com a Airfox, que deve permitir

a utilização de POS móvel, dentre

outras soluções de pagamento.

Finalmente, não podemos esquecer que

o Pão de Açúcar segue tentando vender

sua participação na VVAR e o

comprador “certo” pode acelerar o

processo de fechar os gaps da

companhia em relação à concorrência.

Riscos

Retomada mais lenta que o esperado

nos direcionadores macro, postergando

as compras dos consumidores;

Revezes na implementação das

iniciativas comerciais e de novas

ferramentas tecnológicas;

Geração de caixa abaixo do esperado,

prejudicando sua alavancagem

operacional.

Fonte: Economatica, BB Investimentos Research

Estimativas para vendas e ‘vendas em mesmas lojas’R$ milhões e %

Estimativas para EBITDA Ajustado e Margem EBITDA Ajustada R$ milhões e %

493

1.2851.211

1.561

1.934

2,1%

5,0%

4,4%

5,2%

5,9%

23.21525.690 27.453

30.18832.952

35.450

-1,9%

11,6%

5,8%

9,2%8,0%

6,2%

Receita Líquida (R$ mi) Vendas em Mesmas Lojas (%)

IMOBILIÁRIO: POSITIVO

T O P P I C K : MRV

Georgia Jorge

[email protected]

95 / 103

IMOBILIÁRIO18

Indicadores

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research; (*O = Outperform; MP = Market Perform; U = Underperform) | (Última cotação: 18 de dezembro de 2018)

Performance YTD%

Performance 1 Mês%

Empresa Ticker País Últ. CotaçãoPreço Alvo

Dez/19Upside Rating

Mkt Cap

R$ milhões

Dív. Líquida

R$ milhões

P/E 1Y

Corrente

P/E 1Y

Média 5 anos

P/BV 1Y

Corrente

P/BV 1Y

Média 5 anos

CYRELA BRAZIL REALTY SA EMP CYRE3 BZ 15.40 16.70 8.4% O 6,156.0 1,211.3 21.1 13.9 1.1 0.8

DIRECIONAL ENGENHARIA SA DIRR3 BZ 7.55 8.40 11.3% MP 1,158.2 410.2 10.5 9.6 0.9 0.6

EVEN CONSTRUTORA E INCORPORA EVEN3 BZ 6.03 - - - 1,308.5 1,020.7 16.9 53.1 0.8 0.5

EZ TEC EMPREENDIMENTOS E PAR EZTC3 BZ 24.38 20.80 -14.7% O 4,022.7 - 325.9 22.0 11.3 1.6 1.2

GAFISA SA GFSA3 BZ 15.72 11.20 -28.8% MP 703.6 957.4 - 13.1 0.8 0.3

HELBOR EMPREENDIMENTOS SA HBOR3 BZ 1.61 - - - 737.2 1,700.0 23.0 15.4 0.7 0.7

MRV ENGENHARIA MRVE3 BZ 12.01 18.60 54.9% O 5,334.1 341.6 6.4 7.6 0.9 1.0

PDG REALTY SA PDGR3 BZ 0.97 - - - 78.2 1,330.2 - 79.9 - 0.3

RNI NEGOCIOS IMOBILIARIOS SA RDNI3 BZ 5.42 - - - 237.2 243.5 - 17.5 0.4 0.4

ROSSI RESIDENCIAL SA RSID3 BZ 5.24 - - - 89.9 1,708.2 - 25.0 - 0.2

TECNISA SA TCSA3 BZ 1.43 - - - 473.6 613.1 - 55.0 0.6 0.5

CONSTRUTORA TENDA SA TEND3 BZ 29.93 31.50 5.2% O 1,561.5 - 227.6 6.8 7.3 1.2 1.0

ALIANSCE SHOPPING CENTERS SA ALSC3 BZ 18.12 - - - 3,673.6 2,057.8 22.6 23.8 1.5 1.4

BR MALLS PARTICIPACOES SA BRML3 BZ 12.84 12.80 -0.3% O 11,194.8 3,290.3 16.9 16.8 1.1 0.9

IGUATEMI EMP DE SHOPPING IGTA3 BZ 37.49 - - - 6,621.2 2,005.0 22.6 22.6 2.3 1.9

JHSF PARTICIPACOES SA JHSF3 BZ 1.97 2.90 47.2% O 1,037.0 1,329.2 15.9 12.6 0.5 0.5

MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS MULT3 BZ 22.95 23.90 4.1% O 13,243.2 2,697.9 24.9 24.6 2.6 2.5

SONAE SIERRA BRASIL SA SSBR3 BZ 25.67 - - - 1,961.8 525.9 12.5 13.2 0.7 0.6

-57,7%

-29,6%

-26,4%

-23,6%

-16,8%

-16,1%

-13,3%

-2,3%

-0,3%

1,5%

2,1%

4,6%

5,2%

13,7%

17,4%

22,3%

48,2%

55,9%

PDGR3

TCSA3

RSID3

GFSA3

HBOR3

RDNI3

MRVE3

IGTA3

MULT3

BRML3

ALSC3

SSBR3

EVEN3

JHSF3

EZTC3

CYRE3

DIRR3

TEND3

-27,3% -4,2%-3,0%

0,1%0,3%

2,0%3,2%4%

4,8%6,9%7,1%

8,3%10,2%

11,6%12,4%

16,2%16,9%

22,0%

PDGR3

IGTA3

RDNI3

MRVE3

MULT3

ALSC3

BRML3

TEND3

DIRR3

RSID3

EZTC3

CYRE3

SSBR3

HBOR3

JHSF3

GFSA3

TCSA3

EVEN3

96 / 103

IMOBILIÁRIO: CONSTRUTORAS18

As companhias se mostraram mais confiantes para retomar os lançamentos em 2018. A recuperação do setor, contudo,

se manterá em um ritmo lento em 2019

Fonte: Abrainc-Fipe, BB Investimentos Research

Em 2018, o setor imobiliário teve um aumento tanto nos lançamentos quanto nas vendas, principalmente no segmento de media/alta renda, o qual vinha performando bem abaixo do

segmento de baixa renda. Contudo, a reação do setor foi interrompida e atrasada pela greve dos caminhoneiros, que dificultou a recuperação do emprego, da renda e, acima de tudo,

da confiança do consumidor.

Os distratos estão entre os assuntos que mais afetam o setor. Esperávamos que o Projeto de Lei nº 68/2018, que endereça essa questão, seria aprovado até meados deste ano.

Apesar do atraso na aprovação, que ocorreu apenas neste mês, as condições aprovadas contribuem para trazer maior previsibilidade às companhias. Ainda, apesar da falta de

regulação no inicio deste ano, os distratos arrefeceram devido ao menor volume de entregas, o que favoreceu a recuperação de margens mais saudáveis pelas companhias do setor.

Em 2019, esperamos que o setor mantenha a tendência ascendente de lançamentos e vendas nos segmentos de baixa e media/alta renda. A intensidade da recuperação, contudo,

dependerá da recuperação da economia, com a consequente redução do desemprego e aumento na expectativa do consumidor para compra de bens de maior valor. Destacamos que

a manutenção da taxa Selic em seu nível histórico mais baixo e a atual disponibilidade de crédito auxiliam na recuperação do setor.

Bem-vinda redução dos distratos e retomada dos lançamentos

Vendas, Lançamentos e Meses para venda de EstoqueMilhares de Unidades

Entregas e Distratos/Entregas (UDM)Milhares Unidades e %

0

4

8

12

16

50

70

90

110

130

Vendas UDM Lançamentos UDM Meses para venda de Estoque

20%

25%

30%

35%

40%

45%

0

30

60

90

120

150

180Entregas UDM Distratos/Entregas (UDM)

97 / 103

18

Perspectivas favoráveis para os principais drivers do setor em 2019: emprego, taxa de juros e confiança do consumidor

Fonte: Caged, Bacen, CNI, BB Investimentos Research

Os dados UDM divulgados pelo Caged em outubro

apresentaram saldo líquido positivo de 365.045

vagas, o que contribuiu tanto nas vendas quanto no

incremento de lançamentos em 2018. A manutenção

da tendência ascendente na geração de emprego é

essencial para fortalecer a recuperação do setor

imobiliário em 2019.

Emprego Confiança do Consumidor

Um dos indicadores que compõe o índice de

confiança do consumidor, divulgado pela CNI, é a

expectativa de compra de bens de maior valor.

Embora esse indicador tenha ensaiado uma

recuperação no início deste ano, ele foi fortemente

impactado pela greve dos caminhoneiros e desde

então vem rodando abaixo de sua media histórica.

Em 2019, esperamos que esse indicador acompanhe

a tendência ascendente verificada em outros

indicadores após as eleições presidenciais.

Dados de Emprego UDMMilhares

Confiança Consumidor – Bens de Maior ValorPontos

Em outubro, a taxa de juros para pessoas físicas e

jurídicas para financiamento habitacional veio em

7,8% e 11%, respectivamente. Embora as taxas de

juros não tenham acompanhando o mesmo ritmo de

queda da taxa Selic, devido ao maior risco de crédito

evolvido no financiamento habitacional, a manutenção

da Taxa Selic em seu menor nível histórico contribuirá

para a redução gradual das taxas de juros mais à

frente, com a consequente manutenção da

capacidade de pagamento dos compradores.

Taxa de Juros

Taxa de Juros vs Taxa Selic%

IMOBILIÁRIO: CONSTRUTORAS

-2.000

-1.500

-1.000

-500

-

500

7,8%

6,5%

11,0%

5%

8%

11%

14%

17%

Taxa Juros PF Taxa Selic Taxa Juros PJ

110,0

112,8

100

105

110

115

120

98 / 103

18

As companhias sob o nosso universo de cobertura continuarão a aumentar seu ROE beneficiadas por menos distratos e

pela evolução de projetos lançados nos últimos trimestres

Fonte: BB Investimentos Research

Variação de Lançamentos e Vendas Líquidas 2019E%

Perspectivas para as Companhias Cobertas

A perspectiva positiva do setor foi refletida tanto nas projeções de lançamentos quanto

de vendas líquidas para 2019. Em termos de lançamentos, o destaque é a Eztec, que

tem um pipeline robusto de lançamentos para 2019, dentre os quais está o projeto

“Parque da Cidade”, com VGV total de R$ 500 milhões.

Em relação ao segmento de baixa renda (Programa Minha Casa Minha Vida), o

Conselho Curador do FGTS divulgou, no mês passado, o orçamento anual de 2019,

no qual serão destinados R$ 61,4 bilhões para Habitação Popular (ante R$ 66,6

bilhões em 2018 até o momento). Em nossa opinião, essa redução deve ter um

impacto no volume de unidades dentro da faixa 1,5 do Programa, na qual os subsídios

são maiores do que nas faixas 2 e 3.

Quanto às empresas no nosso universo de cobertura, entendemos que isso traz um

impacto mais leve sobre a MRV e a Direcional, já que estão focadas nas faixas 2 e 3

do Programa, mas um impacto mais forte na velocidade de vendas da Tenda. Além

disso, consideramos que essas empresas possuem maior eficiência operacional para

se destacar das pequenas incorporadoras em um cenário no qual o financiamento

com recursos do FGTS seja mais restrito também para as faixa 2 e 3 do Programa.

Em termos de rentabilidade, esperamos que em 2019 todas as empresas cobertas

voltem a apresentar ROE positivo, suportado principalmente (i) pela evolução de

projetos com margens mais aderentes à atual realidade econômica, e (ii) menos

distratos prejudicado a receita, as margens e as provisões.

ROE 2019E%

2,8%

10,1%

5,5%

1,4%

12,4%

19,9%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

IMOBILIÁRIO: CONSTRUTORAS

22,7%

9,4%

70,0%

2,5%

16,6%12,3%

23,9%

1,4%

27,1%

2,1%

18,6%

10,1%

0%

20%

40%

60%

80%

Lançamentos (VGV) Vendas Líquidas (VGV)

99 / 103

IMOBILIÁRIO: SHOPPINGS18

Em 2019, esperamos o fortalecimento da recuperação dos shoppings em função de maiores vendas e menos descontos

aos lojistas

Fonte: CNI, Abrasce e FX Retail Analytics, BB Investimentos Research

Confiança do ConsumidorPontos

Aluguel mensal/m² R$

140

78

147

99

-

40

80

120

160

9M18 2019

Índice de Visitas aos Shoppings (IVSC)%

Recuperação Restrita em 2018

Eventos ocasionais, como a greve dos caminhoneiros e as eleições presidenciais ocorridas em 2018, levaram as famílias a um comportamento de consumo mais cauteloso. A

contenção na confiança do consumidor impactou o tráfego de pessoas em shoppings, que apresentou variação negativa (comparação anual), especialmente nos meses de maio/junho

(greve) e setembro/outubro (eleições). Apesar do cenário desfavorável, as companhias conseguiram melhorar seus indicadores operacionais nos 9M18, tais como taxa de vacância e

de inadimplência, que tiveram um decréscimo de 0,7 p.p. e 0,2 p.p., respectivamente, e vendas/m², cujo aumento foi de 1,7% a/a.

após as eleições presidenciais realizadas em outubro passado, a confiança do consumidor decolou, corroborada pelo bom desempenho observado na Black Friday: houve um

aumento de 4,5% no tráfego de pessoas em shoppings em comparação ao ano passado.

Em 2019, esperamos que a manutenção da confiança do consumidor no patamar atual, juntamente com a Taxa Selic e a inflação em níveis baixos, impulsione as vendas e melhore a

saúde financeira dos lojistas. Como resultado, as companhias poderão reduzir os descontos concedidos aos lojistas no últimos anos, bem como colher os benefícios do incremento do

aluguel variável na sua receita.

113,6

106,7

90

95

100

105

110

115

-8,0%

-4,0%

0,0%

4,0%

8,0%

100 / 103

TOP PICK: MRV

Dentre as companhias do setor imobiliário, escolhemos a MRV como nossa Top Pick. A companhia está sendo

negociada a um P/BV inferior à sua media histórica, apesar da expectativa de manutenção da ROE 2019E em 12,4%

Tese de Investimento

18

Nos últimos meses, os investidores

evitaram as ações das companhias

focadas na baixa renda devido às

preocupações com a disponibilidade de

recursos do FGTS para manutenção do

MCMV nos patamares atuais.

Em um cenário com maior pressão

sobre o FGTS, consideramos que a

MRV se destaca, uma vez que (i) atua

em diversas regiões e conta com um

banco de terrenos robusto em conjunto

com um produto diferenciado para

aumentar seu share no mercado de

baixa renda, (ii) vem concentrando

esforços em projetos financiados com

recursos do SBPE, reduzindo sua

dependência do MCMV.

A MRV está atualmente sendo

negociada por um dos P/BV mais baixos

do setor, o que a coloca em uma

posição bastante atraente.

Riscos

Maior restrição de recursos para

financiamento de habitações, em

especial nas faixas 2 e 3 do MCMV;

Retomada menor que a esperada no

ambiente macroeconômico doméstico;

Incapacidade de relançar no segmento

de media renda com a manutenção das

margens atualmente observadas.

Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research

Fwd P/BV e Fwd ROE – BB Investimentos ResearchÍndice

Fwd P/BV e Fwd ROE – Estimativas BloombergÍndice e %

0,7

0,9

1,1

-5

0

5

10

15

20

0,5

0,7

0,9

1,1

1,3

1,5

1,7

1,9

Fwd P/BV Fwd ROE

CYRE

DIRR

EZTC

GFSAMRVE

TEND

0,00

0,40

0,80

1,20

1,60

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0%

101 / 103

DISCLAIMER

Informações relevantes

ESTE RELATÓRIO FOI PRODUZIDO PELO BB-BANCO DE INVESTIMENTO S.A. AS INFORMAÇÕES E OPINIÕES AQUI CONTIDAS FORAM CONSOLIDADAS OU ELABORADAS COM BASE EM INFORMAÇÕES OBTIDAS DE

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DA(S) EMPRESA(S) ANALISADA(S), E PODERÁ ADQUIRIR, ALIENAR E INTERMEDIAR VALORES MOBILIÁRIOS DA(S) EMPRESA(S) NO MERCADO.

RATING. “RATING” É UMA OPINIÃO SOBRE OS FUNDAMENTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS E DIVERSOS RISCOS A QUE UMA EMPRESA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA OU CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS, POSSA

ESTAR SUJEITA DENTRO DE UM CONTEXTO ESPECÍFICO, QUE PODE SER MODIFICADA CONFORME ESTES RISCOS SE ALTEREM. “O INVESTIDOR NÃO DEVE CONSIDERAR EM HIPÓTESE ALGUMA O “RATING” COMO

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102 / 103

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MOBILIÁRIOS ANALISADOS NESTE RELATÓRIO. 5. O(S) ANALISTA(S) DE INVESTIMENTO TEM VÍNCULO COM PESSOA NATURAL QUE TRABALHA PARA O EMISSOR OBJETO DO RELATÓRIO DE ANÁLISE. 6. AS

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QUALQUER COMUNICAÇÃO NO SENTIDO DE ATUALIZAÇÃO OU REVISÃO COM RESPEITO A TAL MUDANÇA.

Informações relevantes: analistas de valores mobiliários

AnalistasItens

1 2 3 4 5

Catherine Kiselar X X

Daniel Cobucci X X X

Gabriela E. Cortez X X X

Geórgia Jorge X X

Hamilton Moreira Alves X X

Jose Roberto dos Anjos X X

Kamila Oliveira X X

Luciana Carvalho X X X

Márcio Montes X X X

AnalistasItens

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Maria Paula Cantusio X X X

Rafael Dias X X

Rafael Reis X X X

Renato Odo X X X

Renato Hallgren X X X

Ricardo Vieites X X

Victor Penna X X X

Vinicius Soares X X X

Wesley Bernabé X X

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BB INVESTIMENTOS

Mercado de Capitais | Equipe de Research

Diretor Gerente Executivo Gerentes da Equipe de Pesquisa

Fernando Campos Denisio Augusto Liberato Estratégia - Wesley Bernabé, CFA Análise de Empresas - Victor Penna

[email protected] [email protected] [email protected] [email protected]

Estratégia e Macroeconomia Renda Variável Equipe de Vendas BB Securities - London

Hamilton Moreira Alves Agronegócios Óleo e Gás Investidor Institucional Managing Director – Admilson Monteiro Garcia

[email protected] Márcio de Carvalho Montes Daniel Cobucci [email protected] Deputy Managing Director – João Domingos Cicarini Jr

Rafael Reis [email protected] [email protected] Director of Sales Trading – Boris Skulczuk

[email protected] Alimentos e Bebidas Papel e Celulose Gerente - Antonio Emilio Ruiz Nick Demopoulos

Ricardo Vieites Luciana Carvalho Gabriela E. Cortez Bruno Finotello Annabela Garcia | Melton Plummer

[email protected] [email protected] [email protected] Daniel Frazatti Gallina Bruno Fantasia | Gianpaolo Rivas

Bancos e Serv. Financeiros Siderurgia e Mineração Denise Rédua de Oliveira

Renda Fixa Wesley Bernabé, CFA Gabriela E. Cortez Edger Euber Rodrigues Banco do Brasil Securities LLC - New York

Renato Odo [email protected] [email protected] Elisangela Pires Chaves Managing Director – Carla Sarkis Teixeira

[email protected] Kamila Oliveira Transporte e Logística Fábio Caponi Bertoluci Deputy Managing Director – Gabriel Cambui Mesquita

José Roberto dos Anjos [email protected] Renato Hallgren Fernanda Voltolini Charles Langalis

[email protected] Bens de Capital [email protected] Henrique Reis Fabio Frazão | Michelle Malvezzi

Gabriela E. Cortez Utilities Marcela Andressa Pereira Richard Dubbs

[email protected] Rafael Dias Shinichiro Fukui

Catherine Kiselar [email protected] Varejo

[email protected] Varejo açõ[email protected] BB Securities Asia Pte Ltd – Singapore

Imobiliário Maria Paula Cantusio Managing Director – Marcelo Sobreira

Georgia Jorge [email protected] Gerente - Mario D'Amico José Carlos Reis

[email protected] Fabiana Regina de Oliveira Zhao Hao

Sandra Regina Saran Li Jing Ting