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OUTRAS OBRAS DO AUTOR:

Esperança Messiânica

História dos Batistas no Brasil, I Parte

Arqueologia Bíblica

Os Irmãos de Jesus

Gramática do Hebráico do Velho Testamento (Manusevito)

Os Profetas e a Promessa

Introdução ao Novo Testamento

Baptists iii Brazil (Manuscrito)

O Sermão Textual

Princípios de Ética para a Vida Conjugal

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SINTAXE DO HEBRAICO

DO VELHO TESTAMENTO

A. R. Crabtree, A. B., B. D., Th. D. Diretor do!SemináriolTeológico Batista':•do Sul do Brasil Professor da Cadeira de Hebraico e Velho Testamento

Diretor da REVISTA TEOLÓGICA

1055‘..‘011.0.

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CASA PUBLICADORA BATISTA

Caixa 320 — Rio de 3aneito

BIBUOTCA r.)0 SEMINÁMO TEOLOG . Ci-

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Dedicatória

h minha querida filha

Lydia

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PREFÁCIO

Diz Harper no prefácio de sua obra, Elements of Hebrew Syntaxe: "Ensina-se largamente que a sintaxe hebráica é de pou-ca importância. E' raro pois que o assunto recebe qualquer atenção especial. As gramáticas estudadas pelos alunos ame-ricanos fornecem bastante informação sôbre a etimologia, e quase nada sôbre a sintaxe. E' porque os autores não estuda-ram a sintaxe da língua, e não conhecendo a materia, não sa-bem apreciar o seu valor."

"E' geralmente reconhecido que em nenhum respeito é a revisão do Velho Testamento tão fraca como na sintaxe. Pela comparação crítica da tradução do tempo dos verbos nos pri-meiros dez ou doze Salmos, descobrem-se logo as falhas nas versões, e ao mesmo tempo entendem-se a dificuldade e a im-portância do assunto" .

Como professor do hebraico bíblico por 28 anos no Semi-nário Teológico Batista do Sul do Brasil, tenho procurado le-var os meus alunos a entenderem melhor o valor de seus estu-dos da língua original do Velho Testamento, como meio de com-preenderem melhor as riquezas das Escrituras Sagradas. No correr dos anos de ensino preparei urna gramática e sintaxe do hebráico do Velho Testamento, e no ano de 1947 a Casa Publica-dora Batista do Rio de Janeiro começou a publicação da obra, mas com a composição de 95 páginas, fui obrigado a deixar o meu trabalho por causa do estado precário de saude. Depois de um. ano de tratamento, com grave operação, voltei ao serviço, dis-posto a levar ao fim a publicação que ficou parada durante a minha ausência .

Mas enquanto estive fora o dr. Guilherme Kerr, professor de hebráico e literatura do Velho Testamento na Faculdade de Teologia da Igreja Cristã Presbiteriana do Brasil, conseguiu pu-blicar a sua obra, Gramática Elementar da Língua Hebráica. Resolvi, portanto, desistir da publicação da minha obra inteira, e continuar apenas com a parte sôbre Elementos de Sintaxe da Língua do Velho Testamento, na esperança que seja útil para

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aqueles que se interessem no estudo mais profundo da litera-tura do Velho Testamento .

A obra é designada especialmente para as classes de exe-gese do Velho Testamento, mas pode ser estudada com provei-to por outros que tenham pouco conhecimento da língua origi-nal. Para facilitar o estudo da matéria e a publicação da obra apresenta-se a explicação dos princípios sem quaisquer interpo-lações de exemplos no hebráico, mas as passagens citadas são numeradas, com referência ao livro, capítulo e versículo, e com o hebráico escrito, sem vogais, na margem. Pela tradução literal de muitos passos citados, o leitor pode entender as pe-culiaridades e a ênfase da língua original, enquanto o estudan-te pode ler o hebráico da margem ou referir-se ao texto da Bí-blia hebráica.

Confesso que no meu curso regular no Seminário aprendi pouco sare a sintaxe do hebráico. Quando fui eleito catedrá-tico do Velho Testamento no Seminário Batista do Rio de Ja-neiro resolvi então aprofundar-me tanto quanto possível na ma-téria. No meu primeiro ano de férias em 1928 voltei ao Se-minário para estudos de especialização no hebráico, e com o grau de Doutor em Teologia recebi os predicados de Summa cum Laude no exame e Magna cum Laude na tese. Conti-nuando as minhas investigações, publiquei mais tarde na Re. view and Expositor. revista teológica do Seminário Batista de Louisville, alguns estudos sôbre a sintaxe do verbo hebráico„ mas não há nenhuma pretensão de originalidade quanto à ma-téria apresentada nesta obra. Com o preparo que tenho, e os longos anos de experiência no ensino, procurei apresentar os melhores resultados do progresso moderno no estudo do he-bráico bíblico, especialmente na compreensão mais clara do significado das formas e da sintaxe do verbo . Na classificação e interpretação de exemplos do perfeito, imperfeito, e espe-cialmente nas formas consecutivas, há divergência de opiniões. Os antigos ainda 'não concordam que a forma do verbo hebrái-co, de per si, descreva apenas a qualidade de ação, enquanto o tempo é determinado pelo contexto, do qual a forma' do verIk

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faz parte, mas creio que os numerosos exemplos citados justi-ficam o nosso ponto de vista.

Baseia-se esta obra no estudo de muitas fontes. Os estu-dos sôbre o .vave consecutivo me levaram a conclusões diferen-tes, em alguns casos, das que se apresentam em algumas obras antigas. Seguindo à lógica de Driver no estudo de muitos exem-plos, na sua excelente obra' The Use of the Hebrew Tenses, che-guei à interpretação das formas consecutivas do verbo que êle, por qualquer motivo não adotou, sem reservas que me parecem desnecessárias, e que não se justificam.

No estudo das sentenças condicionais achei muita seme-lhança no hebráico e no grego do Novo Testamento, e adotei, como ponto de partida, a classificação de Milton e Robertson, nos seus estudos do grego do Novo Testamento .

A Gramática de Gesenius, nas suas muitas edições, tem sido a fonte principal de godas as gramáticas modernas em in-glês. A edição 28 de Gesenius, de 1909, revisada e aumentada por E. Kautzsch, é a melhor. Foi traduzida em Inglês por A. E. Cowley, e publicada pela Clarendon Press de Oxford em 1910„ A Treatise on the Use of the Hebrew Tenses por S. R. Driver, embora antigo, é um estudo profundo que teve bastan-te influência na nova compreensão da flexibilidade e das nuan-ces do verbo hebráico. Elements of Hebrew Syntax por William R. Harper, Universidade de Chicago, publicado em 1912, segue a obra de Gesenius, Ewald e Muller. Além destas fontes princi-pais, outras obras que têm pouco sôbre a sintaxe, como as de Davidson, Green, Yates e outros, foram utilizadas .

Pelo limite de interêsse na matéria esta obra há de ter pou-cos leitores, mas com o progresso no estudo da literatura bíblica pelo número crescente dos que se interessam na tradução e na exegese do Velho Testamento, espero que lhes seja útil no esfôr. ço de aprofundarem-se no conhecimento das Escrituras Sagradas.

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SINTAXE DO HEBRAICO DO V. TESTAMENTO

ÍNDICE GERAL

CAPÍTULO I — SINTAXE DO PERFEITO . . . . Páginas 25 a 32

O PERFEITO SIMPLES : usado como o aoristo grego ou o perfeito simples em português; como o presente; como o futuro; perfeito profético. O PERFEITO usado como o perfeito grego: combinação de ação pontiliar e linear. O PERFEITO usado como o mais que perfeito. O PERFEITO usado como o presente ante-rior. O PERFEITO como futuro anterior. O PERFEITO de expe-riência. O PERFEITO indefinido. O PERFEITO estativo.

CAPÍTULO II — SINTAXE DO IMPERFEITO . . Páginas 33 a 39

O IMPERFEITO FREQÜENTATIVO: ações repetidas no passado ; ações repetidas no presente ; ações repetidas no tempo futuro. O IMPERFEITO INCIPIENTE : no tempo passado; no presente ; no futuro. O IMPERFEITO PROGRESSIVO : no pas-sado ; no presente ; no futuro. O IMPERFEITO ESTATIVO.

CAPÍTULO III — O SUBJUNTIVO, O JUSSIVO, O COORTATIVO E O IMPERATIVO . . • • • • Páginas 40 a 45

O SUBJUNTIVO: o imperfeito usa-se em expressões de dúvi-das; o perfeito usa-se no modo subjuntivo na prótase de condi-ções. O JUSSIVO: usa-se no afirmativo para expressar ordens ; emprega-se em orações negativas para expressar proibição ; usa-se também em sentenças condicionais. O COORTATIVO: usa-se para expressar determinação ; promessas divinas ; exortações ; em petições ; consentimento e resignação ; intenções. O IMPERATIVO: a própria forma do imperativo usa-se nas ordens positivas ; em exortações ; pedidos ; em permissões, promessas e ameaças. A for-ma do imperfeito usa-se para dar ordens positivas, e sempre em proibições.

CAPÍTULO IV — PARTICÍPIOS E INFINI- TIVOS . . • • • • . . . . . . Páginas 47 a 53

O PARTICÍPIO expressa ação linear : dá enfase à duração de uma ação ou um estado no passado, no presente ou no futuro. O sujeito geralmente precede o particípio. O particípio Nifal tem o sentido do gerúndio latim. O verbo ser ou estar usa-se com o par-ticípio para dar ênfase à ação progressiva.

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INFINITIVOS: — o infinitivo absoluto usa-se com o verbo para dar ênfase ; usa-se' como imperativo, como verbo e de outras maneiras. O INFINITIVO CONSTRUTO é substantivo verbal e usa-se nos casos nominativos, genitivos e acusativos. Com a pre-posição pode expressar desígnio, resultado, tempo de ação.

CAPÍTULO V — O IMPERFEITO COM VAVE CONSECUTIVO . . . . . . . . . . . . . Páginas 54 a 59

o VAVE CONSECUTIVO: sua significação e o seu uso com o imperfeito; usa-se no sentido do aoristo grego; para expressar ações subordinadas ao verbo principal ; no passado, no presente, no futuro.

CAPÍTULO VI — O PERFEITO COM VAVE CONSECUTIVO . . . . . . . . . . . . . Páginas 59 a 69

O PERFEITO CONSECUTIVO e a sua influência Ware o acento do verbo; representa ações freqüentativas completadas no passado, no presente, no futuro. O PERFEITO CONSECUTIVO usa-se freqüentemente na dependência de outros verbos ; usa-se também na apódose de certas qualidades de sentenças con-dicionais.

CAPÍTULO VII — REGÊNCIA. DO SUBSTAN- TIVO . . . . . . . . . . . . . . . Páginas 70 a 78

O sinal do acusativo. O complemento cognato. Verbos que pedem o complemento direto. Verbos originalmente intransitivos usados como transitivos. Verbos que pedem dois complementos diretos. Complementos circunstanciais. O complemento direto com o verbo no passivo.

CAPÍTULO VIII — COMPLEMENTO INDIRETO OU TERMINATIVO . . . . . . Páginas 79 a 85

As preposições hebraicas eram originalmente substantivos. O complemento indireto liga-se a verbos por várias preposições. A preposição 'el; a preposição be; a preposição le; a preposição min; a preposição 'al.

CAPÍTULO IX — SINTAXE DO SUBSTAN- TIVO . . . . . . . . . . . . Páginas 86 a 93

. GÊNERO: maneiras de distinguir o sexo sem usar a termina-ção feminina. NÚMERO: vários meios para designar pluralida-de; como se expressa a idéia de distribuição ; repete-se a palavra

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para expressar uma qualidade boa ; várias significações do plu-ral. O emprêgo do artigo com substantivos : limita a sua signifi-cação ; individualiza o nome próprio; pronomes pessoais com o artigo. Determinação por meio do artigo. Usa-se para especificar uma pessoa ou cousa.

CAPÍTULO X — SINTAXE DA RELAÇÃO LENITIVA . . . . . . . . . . . . . . Páginas 94 a 99

Expressa-se pela conexão do construto, nomen regens, e o genitivo, nomen rectum. Esta relação apresenta uma variedade de construções : o genitivo subjetivo ; o genitivo objetivo ; o geni-tivo partitivo ; o genitivo de nome ; o genitivo de espécie ; o genitivo de medida ; o genitivo de material ; o genitivo de atributo. Os ge-nitivos explicativos. Outros modos de expressar a relação genitiva: representada pela preposição le; por asher le. Outras funções do estado construto ; meio de ligar palavras. Aposição emprega-se largamente quase no mesmo sentido do construto.

CAPÍTULO XI — SINTAXE DO ADJETIVO . . Paginas 100 a 103

O adjetivo pouco desenvolvido no hebraico. Na sua relação sintática é tratado como substantivo. Concorda com o substantivo em número e gênero. Quando o adjetivo, incluindo particípios e demonstrativos, usa-se predicativamente, geralmente precede ao sujeito. Formação dos gráus do adjetivo : comparativo e super-lativo.

CAPÍTULO XII — SINTAXE DE NÚMEROS Páginas 104 a 107

O número um é adjetivo. Os números 2 a 10, originalmente substantivos abstratos, ligam-se com subàtaritivos de várias ma-neiras, no estado construto ou no estado absoluto, ou em aposição. Os números de 2 a 10 tomam _o objeto numerado no plural. Nú-meros compostos de dezenas e unidades podem receber o objeto numerado no singular. O uso do artigo com números. Como se usam os ordinais. Como se expressam os distributivos. Os multi-plicativos.

CAPÍTULO XIII — SINTAXE DE PRO- NOMES . . . • . Páginas 108 a 116

O PRONOME PESSOAL usa-se em aposição com o sujeito; usa-se para dar ênfase ao sufixo pronominal. Os casos obliquos do pronome pessoal expressam-se pelo sufixo pronominal ligado preposição, ao verbo ou ao sinal do objeto direto. Os pronomes

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possessivos se expressam pelos sufixos pronominais ligados aos substantivos. Como se usa o pronome demonstrativo. Como se usa o pronome interrogativo. O pronome relativo. Pronomes re-flexivos. Pronomes indefinidos.

CAPÍTULO XIV — A ORAÇÃO . . . . . . . . Páginas 117 a 123

Orações simples e compostas. Duas classes de proposições simples : a proposição substantiva e a proposição verbal. O verbo da proposição substantiva é subentendido. O sujeito pode ser sub-stantivo ou pronome. O predicado pode ser substantivo ou adje-tivo. A relação sintática expressa-se por juxtaposição. A propo-sição verbal sempre tem um verbo finito como predicado. Ordem das palavras da proposição verbal. A oração composta tem uma locução completa como sujeito ou predicado.

CAPÍTULO XV — CONCORDÂNCIA, ENTRE O SUJEITO E O PREDICADO . . . . . . . Páginas 124 a 130

O predicado em geral concorda com o sujeito em genero e nú-mero. O plural do verbo usa-se geralmente com o substantivo dual. O verbo usado com o coletivo pode ser singular ou plural. Substan-tivos plurais, usados no sentido singular, levam o verbo no singu-lar. Usa-se o verbo singular feminino com o sujeito plural de ob-jetos inanimados. O plural de pessoas leva o verbo no singular quando tôdas as pessoas são representadas como participantes na ação. Com o sujeito composto o verbo se usa ou no singular ou no plural. Peculiaridades na representação do sujeito: com o verbo finito; com a terceira pessoa singular; sujeito indefinido; pro-posição verbal com dois sujeitos. Orações incompletas.

CAPÍTULO XVI — CLASSIFICAÇÃO DE SENTEN- ÇAS QUANTO À ESPÉCIE . . . . . . Páginas 131 a 140

Sentenças negativas : a interrogativa retórica ; negações com o advérbio lo'; negação subjetiva ou condicional. Várias partí-culas negativas. Sentenças interrogativas: indicadas pela ênfase natural ; pela partícula he; a interrogativa que espera resposta afirmativa; pronomes interrogativos ; advérbios interrogativos. Sentenças exclamativas : indicadas pela partícula mah; pela par-tícula 'ek ; exclamação de tristeza introduzidas pela palavra 'ekah; introduzidas por interjeições. Sentenças optativas e juramentos : sentenças com a partícula mi, seguida pelo imperfeito do verbo expressa-se o desejo pela partícula lu, com o imperfeito do verbo.

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Promessas, juramentos, ameaças e imprecações, e as suas ca-racterísticas hebraicas.

CAPÍTULO XVII — CLÁUSULAS SUBORDI- NADAS . . . . . . . . . . . . Páginas 141 a 149

Cláusulas circunstanciais : ligadas com a proposição pelo vave copulativo, com o perfeito, o particípio, e mais raramente com o imperfeito. A cláusula circunstancial pode ser uma proposição substantiva, sem ligação verbal a oração principal. Cláusulas re-lativas : introduzidas por 'asher; pela partícula relativa que inclui o seu antecedente ; sem partícula introdutória. Cláusulas subjeti-vas, objetivas e adverbiais : usadas de várias maneiras. Expressão de conseqüências e propósitos. Métodos de expressar tempo.

CAPÍTULO XVIII — SENTENÇAS CONDI- CIONAIS. . . . . . . . . . . . Páginas 150 a 159

Variedade de sentenças condicionais : realidade, dúvida, pro-babilidade e possibilidade. Sentenças condicionais, sem partículas introdutórias. A condição determinada como cumprida ; não deter-minada, mas com probabilidade de determinação. Condições intro-duzidas por partículas condicionais : determinada como cumprida. Condição determinada como não cumprida. Condição não deter-minada, mas com probabilidade de determinação. Condição com remota possibilidade de determinação. Observações.

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INTRODUÇÃO O estudo do hebráico do Velho Testamento torna-se mais in-

teressante para o aluno que tem algum conhecimento da histó-ria da língua, e da sua relação com as línguas parentescas. E' por isso que apresentamos um breve resumo dos fatos mais relevan-tes da origem e desenvolvimento da língua bíblica.

As Línguas Semitas

Esta família de línguas da Ásia ocidental é indígena da Pa-lestina, Síria, Mesopotâmia, Babilônia, Assíria e Arábia. Em tempos antigos espalhava-se da Arábia para Abissínia, e pelas colônias da Fenícia até muitas ilhas e as costas do Mediterrâ-neo. E' a língua usada pelos descendentes de Sem, segundo Gê-nesis 10:21 e seguinte, por isso chama-se a língua semita.

Das línguas mais conhecidas dos semitas há quatro divisões gerais.

1. O árabe é o dialeto dó povo da região meridional do ter-ritório ocupado pelos semitas. Há várias subdivisões do árabe: a literatura clássica; vulgar moderna; a língua antiga do sul da Arábia, preservada nas inscrições dos sabeus, da qual se derivou a etiópica da Abissínia.

2. O povo do território central dos semitas usou a língua cananéia. O hebráico do Velho Testamento, e seus dialetos que se encontram na Misna e na literatura rabínica, bem como a fe- nícia e a púnica de Cartago e colônias, pertencem a esta divisão da família. Há também na família cananéia variedades dialé- ticas, preservadas nas inscrições de Siloé, de Messa, rei moa-bita, cartas de Laquis, e o alfabeto do hebráico antigo que pos-sivelmente represente a língua usada pelos hebreus no tempo de Moisés.

3. O aramáico é o dialeto usado pelos habitantes do terri-tório setentrional dos semitas. Há duas subdivisões da língua do norte:

a) O aramáico oriental ou siríaco, a língua literária dos cristãos siríacos. Os livros religiosos dcs mandianos, uma seita

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cristã dos babilônios, representam esta língua na sua degeneres-cência. O dialeto do Tahnude babilônico é uma modificação ju dáica do siríaco

b) O aramáico ocidental ou palestiniano, incorretamente chamado caldáico, é representado no Velho Testamento por duas palavras em. Gênesis 31:47, o versículo 11 do capítulo 10 de Je-remias, Daniel 2:4 — 7:28, Esdras 4:8 — 6:18; 7:12-26.

Há também no aramáico ocidental algumas inscrições não judáicas, papiros judáicos, e uma quantidade de literatura ju dáicano Targum (paráfrase de porções do Velho Testamento) e a Gemara. O dialeto samaritano, misturado com formas hebrai-cas, e o idioma dos nabataianos da península sinaítica, também pertencem ao grupo aramáico.

4. O ramo oriental das línguas semíticas é representado pelo acúmulo das inscrições assírio-babilônicas ou acadianas, cunei-formes desenterradas e decifradas pelos arqueólogos no último século .

Tôdas, as línguas semitas relacionam-se uma com as outras, mais ou menos como os ramos das outras grandes famílias, lati-nas, germânicas e eslávicas. Algumas das línguas semíticas, como a fenícia e acadiana, são línguas mortas, enquanto outras como a siríaca dos cristãos e judeus da Mesopotâmia e Curdistã, etiópica e hebráica, de alguns judeus modernos, usam-se em formas de-generadas das originais.

Origem e História das Línguas Semitas

A mais antiga das línguas semitas é a cuneiforme dos assí-rios e babilônios, preservada numa vasta quantidade de inseri-Oes, descobertas em Mesopotâmia, Tel-el-Amarna e Ras Xamra . Segundo o grande assiriólogo, Langdon, há evidências da habita-ção dos semitas em Acade acerca de 3.300 antes de Cristo. Êle pensa que c s primeiros semitas que aparecem na história tiveram a sua origem na Arábia, e que emigraram para a Mesopotâmia antes desta data . Herdaram dos sumerianos o sistema cuncifor-me de escrever. Esta língua morta é preservada nas inscrições achadas nos palácios e nas rumas da Babilônia e Assíria.

E' razoável supor que Abraão escrevia a língua cunciforme

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dos povos da Mesopotâmia . O grande desenvolvimento da lín-gua das inscrições de Ras Xamra mostra que os fenícios já tinham usado a língua por longo período de tempo .

Há também evidências da antiguidade da língua árabe, mas os mais antigos exemplos existentes são dos primeiros séculos cristãos, descobertos nas inscrições dos sabeus do norte da Ará-bia, e na tradução etiópica da Bíblia do quarto ou quinto sécu-lo cristão.

Não se pode determinar quais das línguas semitas têm se mantido mais fiel ao seu caráter original. O aramáico, com os seus dialetos, exibe a primeira e a mais rápida decadência, e de-pois o hebráico-cananéia e o siríaco. O árabe, pela seclusão das tribos no deserto, reteve por mais tempo a sua originalidade . Pela influência de islamismo o árabe também sofreu modifica-ção e decadência.

História da Língua Hebráiea

Escassos e problemáticos são os pormenores da história anti-ga do hebráico bíblico. Alguns pensam que o dialeto de Abraão fôsse modificado numa forma primitiva do aramáico durante a sua morada em Harã. Yahuda e outros acham que o hebraico fôsse desenvolvido antes da entrada de Jacó no Egito, e que no Egito fôsse ampliado e enriquecido, mas esta teoria ainda não está cientificamente estabelecida.

Em 1905 Sir Flinders Petrie descobriu nas minas de Sera-bite, no Monte Sinai, um alfabeto semítico, gravado e cinzelado nas pedras dentro e fora das minas . Mais tarde foram encontra-das em Gezer, Tel-el-Hesi, Betsemes e Laquis, letras deste mesmo alfabeto do hebráico arcáieo. Do hebráico-fenício existe a fa-mosa pedra moabita de 34 linhas, do rei Messa, com a data de cerca de 800 antes de Cristo; a pedra de Siloé, de seis linhas,; do século oitavo a . C . ; alguns 40 selos, principalmente de nomes próprios; as 18 cartas de Laquis, descobertas em 1935, escritas aproximadamente em 600 a . C., de 90 linhas, e também algumas moedas do período dos macabeus, de 140 a 139 A. C. 1.

1 Vê o artigo do 19 número da Revista Teológica sôbre O Manuscrito An-tiquíssimo de Isaías.

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O hebráico do texto do Velho Testamento conhecido por nós é o aramáico-judáico, escrito em letras redondas e separa-das. Esta maneira de( escrever o hebráico foi adotada pelos ju-deus pouco antes da volta do cativeiro. Encontram-se exemplos desta língua, no papiro Assuã de 471 a 411, editado por Sayce e Cowley. A mais antiga inscrição do aramaico, não-judáico, é da primeira parte do século oitavo antes de Cristo, do rei Zacar de Hamate . Outra inscrição do aramáico foi descoberta no norte da Arábia no quinto século antes de Cristo .

O termo língua hebráica geralmente designa os escritos dos israelitas que constituem o Cánon do Velho Testamento. Cha-ma-se hebráico antigo para distinguí-lo do novo hebráico dos es-critos pós-bíblicos. As palavras lison-ibrite (língua hebráica) não aparecem no Antigo Testamento. Encontramos em Isaias 19: 1. 8 a frase língua de Canaã e ieudite (língua dos judeus) . Êste Irmo tornou-se comum depois do exílio, e as palavras judeu e judáico gradualmente se vulgarizaram em tôda a nação, como se vê nos livros de Ageu, Neemias e Ester .

Fora do Antigo Testamento, e das inscrições mencionadas, muito pouco da literatura hebraica antiga foi preservada.

Infelizmente pouco se conhece da língua original dos livros escritos antes do cativeiro, exceto por inferências baseadas nas inscrições. A descoberta das cartas de Laquis aos 29 de janeiro de 1935 trouxe à luz algum conhecimento do hebráico da época antes do cativeiro. Depois do exílio mudou-se a forma das le-tras para os caracteres redondos, e provavelmente a pronúncia sofreu alguma modificação também.

As inscrições nos monumentos e moedas constam apenas de consoantes. Os escritores do Antigo Testamento não usavam vo-gais,le até hoje os rolos da lei usadas' na sinagoga têm apenas as consoantes. A vocalização atual, bem como os acentos, baseiam-se na tradição das escolas judáicas.

E' pelas formas arcáicas do hebráico e a comparação com o árabe, e outras línguas da mesma família que se revelam as se-

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melhanças e a parentesca da língua bíblica com as outras lín-guas semitas.

Pelo estudo da linguagem dos livres do Velho Testamento descobre-se certa uniformidade no hebráico deste período, como se nota também certa uniformidade na literatura do Novo Tes-tamento. A produção do Antigo Testamento levou mais tempo do que a do Novo, e há, portanto, mais variedade no estilo lite-rário dos escritores hebreus. O vocabulário, a sintaxe e o estilo dos livros bíblicos variam de acôrdo com a cultura, a persona, lidade e a finalidade da mensagem dos respectivos autores.

Há dois períodos do desenvolvimento da literatura do -Ve-lho Testamento. A época áurea se estende de Moisés até o cati-veiro babilônico. No fim do primeiro período os escritores reve-lam certas influências que se aumentaram ràpidamente com as mudanças radicai na história do povo.

Desde então a influência aramáica tornava-se mais evidente na literatura dos hebreus. Mudaram-se da forma cursiva de-es-crever para as letras quadradas, redondas e separadas. Êste novo estilo de escrever foi adotado pelos escritores que transcre-veram e transmitiram os livros sagrados. Não mudou essencial-mente o estilo literário das. obras; mas adotou alguns ,,iocábulos e várias formas ortográficas e gramaticais do aramáico.

Estrutura Gramatical do Hebráico

Há várias peculiaridades das línguas semitas, em compara-ção com, as línguas indo-européias, e estas peculiaridades princi-pais encontram-se no hebráico:

a) Entre as consoantes há guturais fortes e fracos. b) Mudam-se as vogais da raiz da palavra para modificar a sua

Significação. c) Quase tôdas as raizes são tri-consonantais, palavras de três

consoantes. d) O verbo tem apenas duas formas para representar a quali-

dade de ação. e) Enquanto o substantivo tem dois gêneros, como línguas oci-

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-. -:dentais-,- o seu. modo de veproentar_gj$,rois4-8

que nós eharnams, casos, é. -pecuki.ax3. - _ 'Os casos oblíquos dos -pronomesj p.esso- possfflol.iyos, e:o ob

- jeto pronominal, representam-se por formas - afixadas mente- à palavra : governadora. .• . • -• _

g):- A sintaxe é comparativamente simples. Há pou-cas,particu-t las, e a coordenação de cláusulas é simples.

_ Há pouca relação entre o vocabulário -do -hebráico e _o . dai línguas indo-européias. Há, todavia, uma certa semelhança nas_ palavras onomatopaicas, a qual se explica pela semelhança de sons que tais palavras representam.

Diferente desta conexão genérica é o uso das mesmas pala-vras em línguas diferentes, 'quando uma língua toma -palavra d outra. Por exemplo, o hebráico usa a palavra daric, moeda pér-sica, modificando-a para adarkon. As palavras s hebraicas, paras (cavalo) e barzel. (ferro) vêm da língua hiteia

Com a exeção da cuneiforme da Assina Babilônia .iOdas as línguas semitas. se derivam de um só alfabeto original .i- Nos ulti mos, _anos_ arqueólogos chegaram à conclus4o de que o mais antigo ..alfabeto. não é o. fenício', maá. sim - o hebraico, sièã-co= bertQ nas inscriçõesdoieínplo de Serabite nó Monte Sinai, e crú • . ..• vasos de barro em várias - cidades da Palestina. O v_ado das caracteres cunedormes de Ras Xamra provavelmente tivesse uma origem independente, e nunca. chegou a ser largai-- mente usadó. Os .alfabetos modernos são todos descendentes, direta ou indiretamente do alfabeto semita, hebráico ou -

• A Sintaxe do Verbo Hebraico

Enquanto •a sintaxe do hebráico, em geral,. é relativamente simples; apresenta: peculiaridades que se devem estudar com euii dado afim de apreciar a riqueza da língua. O verbo apresenta peculiaridades especiais. Urna das maiores dificuldades no estu: do, do verbo hebraico e ,a .-influencia psicológica da prápria lín-gua do estudante. A ,associação do desconhecido- com o conhe-cido e um princípio ind.ispensável. da pedagogia, e temos_ que ett-tadar o. hebráico pela comparação com a nossa língua. Mas- a diferença notável entre -9- hebráico e o português constitui Irgo'.

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nina -.grafi& dificuldade, simples ;rente. porque.-.o macio às regras e princípios da gramática portuguesa:, procura encontrar no hebráico as mesmas- características- do ,.seu próprio. idioma. Assim pensando - em têrmos - da. sua própria lingua, o aluno tem a tendência de ignorar as qualidades ,distintivas na língua estranha. E' difícil módifkar :ou ampliar a sua-emicepção, do significado de têrmos grani-aficais. .0 idioma_ tem :muita. in-fluência na formação dal índole- dó povo, e para aprender-__uma nova lingua o -estudante criterioso procura mudar de alguma ma-neira a sua mentalidade psicoMgka, e quanto mais diferente a mova língua, mais necessária é esta mudança.

Há tambeni dificuldades inerentes à língua hebráica . Pa-recem incoerentes os vários modos de empregar o V erbo; e es- pecialmente o imperfeito. O estudante do hebráico luta com di-ficuldades no esfôrço de formular os princípios gramaticais" de. aplicação geral, para que as anomalias e incoerências- tomem - o lugar próprio na perspectiva geral.

Em contraste com o rico desenvolvimento da estrutura do verbo latino e o verbo grego, a língua hebráica apresenta apenas duas formas do verbo finito que se chamam "tempos". As anás formas o perfeito e imperfeito, ou completo e incompleto, de per ti, não designam tempo, mas sim a qualidade de ação- do verbo. O uso dosi têrmos o tempo passado, e o tempo futuro, do' verbo representa o ponto de vista errado dos gramáticos antigos, -e cau- sou grande confúsão para os estudantes do hebráico' bíblico. Adaptados de outras línguas, tão diferentes do hebráico, êstes têrmos apresentam uma falsa compreensão do verbO hebráieo.

O perfeito do verbo hebráico significa apenas ação acabada, terminada-, aperfeiçoada, estabelecida, sem referência ao tempo.

imperfeito- significa ação inacabada, incipiente, ou no seu início, e portanto sujeita a interrupções e repetições. Assim a ação do verbo pode ser contemplada pelo escritor de acõrdo com a idéia que ele deseja acentuar. O imperfeito indica ação incipiente, repetida ou inacabada, sem referência direta ao tem-po da ação, assim como os infinitivos presentes e aoristos do ver-

e, grego referem apenas à qualidade de ação, e não ao tempo.

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Diz o Dr. Driver: "Os tempos hebráicos marcam apenas a,:p diferenças na qualidade de tempo, e não as diferenças na or. dem de tempo"! Seria mais correto dizer que a forma do verbb hebráico marca apenas a qunalidade da ação, enquanto o tempo, prèpriamente dito é indicado pela relação do verbo com o con-junto de idéias na oração do autor. O tempo do verbo hebráico é determinado à luz de seu contexto que revela o ponto de vista do autor. Quer dizer, nãoilui indicações claras e inequívocas do tempo na forma do verbo hebráico. O leitor tem que examinar o contexto no seu conjunto para determinar o tempo do verbo que se revela às vezes logo no período, e por vezes só no parágra-fo, como nos Salmos, ou só no capítulo inteiro, como nas pro-fecias.

Torna-se, porém, evidente que a forma perfeita presta-se mais naturalmente para descrever eventos do passado, enquanto a forma imperfeita é mais apta para contar cousas do futuro. Mas esta distinção surge da qualidade da ação inerente à forma, como se vê na leitura do Velho Testamento, pois a ação pode ser completa ou incompleta no passado, no presente ou no fu-turo, de acôrdo com o ponto de vista do escritor hebráico . Uma vez entendido que a forma de per si não fixa o tempo da ação, mas chama atenção apenas à qualidade de ação, e lembrando que o perfeito descreve ação completa, e o imperfeito a ação in-completa, torna-se evidente que a teoria antiga dos "tempos" hebráicos tem que ser abandonada .

Assim as peculiaridades do estilo hebráico concordam per feitamente com estas funções do verbo . O escritor muda com fa-cilidade o seu ponto de vista, ora descrevendo uma cena como se estivesse no futuro remoto, ora como se passasse diante de seus olhos. Pelo amor à variedade e a fôrça de expressão, especial-mente na poesia, o escritor hebráico não fica contente com uma série de formas perfeitas ou imperfeitas para descrever um in-cidente, uma cena ou uma emoção, mas diversifica a sua lingua-gem, e mistura formas perfeitas e imperfeitas dos verbos de acôr-do com o seu próprio sentimento, ou excitamento, a respeito de cada um dos vários pormenores da narrativa .

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CAPÍTULO 1

SINTAXE DO PERFEITO

De acôrdo com o seu caráter fundamental o perfeito sem-pre se usa para descrever ações completas, acabadas, estabele-cidas. O tempo da ação, prOpriamente dito, é determinado pelo contexto, isto é, pela relação do verbo com os eventos apre-sentados dentro da narrativa.

I. O PERFEITO SIMPLES

Defenimos 'o perfeito simples como aquele cuja ação não se relaciona com a de qualquer outro verbo no contexto da ora-ção. Descreve uma ação acabada no momento definido, no passado, (no presente) ou no futuro, de acôrdo com o ponto de vista do autor.

1. O perfeito usado como o aoristo grego ou o perfeito simples em português.

Quando o perfeito se usa para descrever uma ação acaba-da em momento definido no passado, e não relacionada com outra ação, é semelhante ao aoristo grego, e seu tempo é per-feito ou passado simples. Assim se usa normalmente na narra-ção, p. ex.: Criou' Deus os céus e a terra (Gn. 1:1) . Disse2 à mulher (Gn. 3:16) . Por isso se chamou' o seu nome Edom (Gn. 25:30). Ajuntou' tôdas as suas fôrças (I R. 20:1). Tam-bém Gn. 10:8[; 32:11; I S . 7:3; 10:1; I R. 7:1, e milhares de outros.

Como o aoristo grego, o passado simples pode abranger um período de tempo. Exemplo: Reinou' vinte e nova anos (II R. 18:2). Também I R. 15:2; Dt. 2:14.

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2. O perfeito de palavras como conhecer' (Gn.4:9), lem-brar2 (Nu.11:5), gostar3 (Gn.27:9), emprega-se no sentido do presente simples. Êstes verbos descrevem um estado físico ou mental, que embora experimentado em tempo anterior, continua a existir, e o autor dá ênfase ao estado ou à condição apresen-tada pelo verbo no momento de falar ou escrever. Pode ser cor-retamente traduzido em português pelo presente. ilá um grupo de verbos estativos que se usam neste sentido: confiar4 (Sal. 26:2), ser altos (Is. 55:9), ser grandes (Sa1.92:6), ser velho? (Rute 1:12), refugiar-se8 (Sa1.7:2), ser cheio9 (Sa1.104:24), ser justol° (Jó 101:5 ; 34 :5) , ser pequeno,11 Gn . 32 :11) , odiar12

(Sal.5:5), são13 (Gn.42:11).

3. O perfeito simples usa-se também no sentido do futuro. O uso do perfeito para declarar uma cousa' que vai acontecer no futuro revela uma peculiaridade da psicologia hebráica. Assim se emprega o perfeito para indicar ações que hão de ser reali-zadas no futuro, e cuja realização depende duma vontade forte e inalterável. E', portanto, tão certa, do ponto de vista do es-critor, que ele descreve a ação como se já fôsse efetuada. Assim uma resolução, um decreto ou uma promessa divina é freqüen-temente anunciada pelo perfeito. Por exemplo, quando Boaz fala do desejo de Noemi de vender a sua terra ele diz: Noemi a vendeul4 (4:3), isto é, vai vender, venderá. O campo te-darei" (Gn . 23 :11) . O valar ,do campo eu pagareil6 (Gn . 23 :13) . tua semente darei" esta terra (Gn .15:18) . Também I R. 3:13; Jer. 31:33.

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O Senhor salvará' (ou salva) ao seu ungido (Sai. 20:6) . Não os rejeitarei2 (Lv. 26:44).

4. O Perfeito Profético é urna ampliação do futuro sim-ples. Êste uso do perfeito é especialmente significativo, porque descreve a certeza de um evento ainda no futuro, do ponto de vista do escritor. Às vêzes se encontra um só perfeito profético na narrativa, e em outros lugares há um grupo, de perfeitos dis-tribuidos em versículos consecutivos, como se fôsse apenas uma série, para descrever eventos históricos, mas intercalados entre estes perfeitos proféticos encontram-se alguns imperfeitos, assim indicando a mudança freqüente do ponto de vista do autor, ora contemplando os eventos de sua narrativa corno se fossem já rea-lizados, ora do ponto de vista do presente, ora duma posição ideal no futuro.

Usa-se o perfeito profético de várias maneiras.

1) A descrição de um acontecimento futuro, que começa com um perfeito profético, tem às vêzes outros verbos no per-feito com vave consecutivo, bem como verbos no inperfeito com vave consecutivo, p. ex. : De Jacó procederá3 uma estrela, e de Israel se levantará4 um cetro, que ferirá5 as fontes de Moabe (Nu. 24:17) . O Senhor não saiu6 (sairá) diante de ti (Juizes 4:14))? E' (será) levado cativo? (Is. 5:13) . O povo que está andando em trevas viu8 uma grande luz, e sôbre os que estão habitando na terra da sombra da morte resplandeceu9 uma

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luz (Is. 9:1). Tu multiplicaste' este povo, a alegria lhe au-mentaste: (Is. 9:3). Envergonhar-se-ão3 e também se confun-dirão4 (Is. 45:16) . Em. Is. 46:1-2 o profeta descreve a futura queda da Babilônia como se já acontecesse. Vede também Am. 5:2, Sal. 22:20; 36:12; 41:4.

2) O perfeito profético emprega-se também com Id5, assim dando o motivo ou a razão dum acontecimento ainda no futuro, mas contemplado pelo autor como se já acontecesse, p. ex.: Não farão dano nem destruição em todo o meu santo mon-te, porque a terra será cheias (já está cheia) do conhecimento de Yavé (Is. 11:9) . Já caiu? (cairá) o grito da batalha (Is. 16:9). Yavé dos exércitos reinará8 no monte de Sião (Is. 24: 23). Pois a vindima se acabará9 (Is. 32:10) . O Senhor já Ouviu" (ouvirá) a minha súplica (Sal. 6:8) .

3) Emprega-se também o perfeito profético na descrição de eventos futuros, aparentemente por amor de variedade, dan-do ênfase especial a certos pormenores da narrativa. Nestes casos o perfeito vem no meio de imperfeitos. Exemplos: A luz se escureceráll em suas assolações (Is. 5:3) . Quando te ouvir te responderál 2 (já respondeu Is. 30:19). Aniquilará13 (já aniquilou) a morte para sempre (Is. 25:8) . Êles alcançarão14 gozo e alegria, e a tristeza e o gemido fugirão15 (Is. 35:10) . Êle te livrartil6 ... ele te redimirá" da morte (PS 5:19-20).

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II. O PERFEITO USADO COMO O PERFEITO GREGO

Emprega-se o perfeito hebráico no mesmo sentido como o perfeito grego, combinação de ação pontiliar e linear, para designar um ato completado no passado, com a idéia acessória da continuação de suas conseqüências até ao momento da decla-ração do escritor. Assim descreve uma ação do passado que resultou num estado, cuja duração pode ser determinada pelo contexto, p. ex., Por que descaiu' (e fica triste) o teu semblan.-

(Gn. 4:6) ? Tornei-met em dois bandos (Gn. 32:19) . Aban-donaram: (e permanecem afastados) de Yavé (Is. 1:4) . Por-quanto rejeitaram4 (de vez) a lei de Yavé (Is. 5:24) . Que se puseram5 contra mim (Sal. 3:6) . Escondeu6 o seu rosto (Sal. 10:11) . Confio7 em ti (Sal. 31:15) .

Como o perfeito grego assim também este uso do perfeito hebráico' é difícil de traduzir em português ou inglês. Quando as consequiiências ou os efeitos da ação perfeita continuam até ao presente, resultando num estado, pode ser traduzido pelo presente, p. ex. ; Sou velho8. Freqüentemente se traduz pelo perfeito em português, como se vê pelos exemplos já apresen-tados. O estudante criterioso procurará compreender o ponto de vista do autor e assim fará a sua própria tradução. Por que razão se embravecem9 as nações (Sal. 2:1). O contexto mos-tra que a ação não tinha cessado quando o salmista escreveu.

Precisa-se estudar com cuidado o uso do verbo no seu con-texto afim de distinguir entre o perfeito pontiliar ou aorístico e o perfeito pontiliar-linear. Às vezes, como nos Salmos, a li-teratura devocional, não é fácil fazer a distinção, mas o estudo é proveitoso, e habilita o leitor do hebráico a compreender me-lhor a beleza das Escrituras.

TH. O PERFEITO USADO COMO O MAIS QUE PERFEITO. OU PERFEITO ANTERIOR

O t,entido dêste perfeito é mais facil de compreender, por-

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que corresponde ao mais que perfeito em português. Não é difid cil determinar pelo contexto que a ação de um dos d'ois verbos da mesma narração foi completada antes da ação do outro que é relacionado com ele. O contexto mostra claramente a rela-ção que existe entre duas ações acabadas no passado, e indica que uma completou-se antes da outra. Êste uso do perfeito he-bráico, mesmo sem forma distintiva, mostra a própria perspec-tiva da ação de dois verbos no passado, p. ex. : Descansou no sétimo dia de tôda a obra que fizera' (Gn. 2:2) . Porque o Senhor havia fechado2 (Gn. 20:18) . Ora Raquel tomara3 os ídolos (Gn.31:34) . Não tinha comido4 pão (I S. 28:20) . Tinham acabados de comer (I R. 1:41) . Tiraras do altar (Is. 6:6) . Êste emprego do perfeito liga-se freqüentemente com a conjunção, p. ex. : Como Deus ordenara? (Gn. 7:9). Encon-tra-se o perfeito anterior em Dt. 9:6; Juizes 6:28; I S. 30:12; II S 18:18; I R. 1:6; II R. 9:16, e em muitos outros lugares.

IV. O PRESENTE ANTERIOR

Emprega-se o perfeito para descrever uma ação completa-da no passado imediato. E' geralmente traduzido em portu-guês pelo presente, p. ex. : Levanto8 a minha mão a Yavé (Gn. 14:22) . Eu desafio9 hoje as tropas de Israel (I S. 17:10) . Eu me prostrol° (II S. 16:4) . Eu aconselhou (II S . 17 :11). A ele já designei12 (I R. 1:35) . Assim diz13 o Senhor (18.8:11).

A ação do presente anterior é simples, no sentido de que não se relaciona com a de qualquer outro verbo, mas se distin-gue do presente simples. No presente simples o autor põe ên-fase na ação no momento de falar ou escrever, enquanto o pre-sente anterior acentua a resolução já feita na mente do autor antes do momento de falar ou escrever.

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V. O PERFEITO USADO COMO FUTURO ANTERIOR

Assim se usa para indicar uma ação acabada no futuro, an-terior à ação (1,À outro verbo no futuro. E' o futuro perfeito de português. Como sempre, a forma do verbo indica apenas ação completada. E' o contexto que indica a relação desta ação com-pleta com a de outro verbo cuja ação ainda está no futuro. Exemplos: Subiremos, pois o Senhor nô-los terá entregado' nas mãos (I S. 14:10) . Porque o Senhor terá saido2 para ferir ao arraial dos filisteus (II S. 5:24) . Porque Yavé te haverá despedido3 (I S. 20:22) . Quando Yavé tiver lavado4 a imun-dícia das filhas de Sião (Is. 4:4) . Êste futuro perfeito encon-tra-se também em Gn. 48:6; Rute 2:21; Is. 6:11; Juizes 8:19; II R. 4:24; I Crn. 17:11; Sal. 138:4; Is. 16:12; Dn. 11:36. e outros lugares. VI. O PERFEITO DE EXPERIÊNCIA (Aoristo Gnômico)

Usa-se para expressar verdades provadas por larga experi-ência. O autor assim indica a convicção de que tais proposições se verificam pelas observações de muitas pessoas, e não carecem de prova. E' geralmente traduzido pelo presente em português. Exemplos: O boi conheces o seu possuidor (Is. 1:3), Yavé olhas lá do céu (Sal. 33:13) . Os olhos do Senhor conserva& o que tem conhecimento (Pr. 22:12) . Seca-se8 a herva, cai9 a flor (Is. 40:7) . Êle faz" os relâmpagos para a chuva (Jr. 10:13) . Outros exemplos: Is. 40:8, 23; Sal. 7:16; 10:13; 34:11; 39:12; Ecles. 8:14. VII. O PERFEITO INDEFINIDO

Indica uma ação completada no passado em qualquer tem-po que o autor não pode, ou não deseja especificar. Em por-tuguês pode ser traduzido geralmente pelo perfeito, p. ex. : De quem tomeill o boi (I S. 12:3) . Se eu, fiz12 isto (Sal. 7:3) . O desejo de seu coração lho concedeste13 (Sa1.21:2) .

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Quem se endureceu contra ele e prosperou (Jó 9:4) ? Vê Jó 30:25; 3S:34; 37:20.

VIII. O PERFEITO ESTATIVO

Emprega-se para descrever um estado mental ou físico. Os verbos estativos se emprestam especialmente para este fim, mas alguns deles podem ser usados também como verbos ativos, como lembrar, conhecer, confiar, amar, odiar, recusar. Lem-bramo-nos' do peixe (Nu. 11:5) . Como eu gosto2 (Gn. 27:4) . Menor sou eu3 que tôdas as beneficências (Gn. 32':11)

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CAPÍTULO I I

SINTAXE DO IMPERFEITO A ação representada pelo imperfeito é sempre inacabada.

Esta forma do verbo indica\ ação nascente, incipiente ou no pro-cesso de desenvolvimento. Não representa a mera continuação de actividade, mas dá ênfase ao seu início, freqüência ou pro-gresso. Emprega-se o particípio no hebráico para descrever a ação linear ou ininterrupta, enquanto o imperfeito chama aten-ção ao seu princípio fou à sua repetição. O imperfeito, por si mesmo, não indica tempo. O tempo, própriamente dito, é deter-minado em parte pela qualidade da ação, mas principalmente pelo contexto. Quanto ao tempo, so imperfeito Rode represen-tar a realização de um ato no passado,(no present&ou no futuro, de acôrdo com o ponto de vista do escritor.

1. O IMPERFEITO FREQÜENTATIVO ( . . . . ) .

Emprega-se para descrever ações repetidas, hábitos, costu-mes e verdades universalmente reconhecidas.

1. Ações repetidas no tempo passado.

Mas uma neblina subia1 (repetidamente) da terra (Gni 2:6) . Assim fazia2 Jó continuamente (Jó 1:5). Assim ele ta-zia2 de ano em ano (I S . 1:7) . Nunca voltou3 vazia a espada de Sauí, (II S . 1:22) . Com a multidão iamos4 à casa de Deus (Sal. 55:14). Não foi dêste que cantavam5 (1 S. 21:11) ? Os filhos de Deud, entravam6 às filhas dos homens (Gn. 6:4) . Por-quanto o Senhor se arrependia7 pelo seu gemido (Juizes 2:18) . Em Nu. 9:16-23 há uma série de imperfeitos usados no senti-do freqüentativo para descrever como os israelitas faziam no deserto. Outros exemplos da ação freqüentativa: Êx. 1:12; Ê.

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19:19; 40:36; Dt. 32:16; Jos. 23:10; Juizes 6:5; I S. 2:22; 9:9; 18:5; II 'S. 12:18; I R. 4:4; 5:28; 68; 7:26; Isaias 1:21; 6:28; 7:23; Jó 4:3.

Nota-se que o uso do imperfeito nos livros históricos indica uma qualidade de ação mais expressiva do que a do perfeito. A ação do imperfeito é mais vívida, mais fulgurante e mais ex-citante. O particípio expressa ação puramente linear, prolon-gando ou estendendo a ação, enquanto o imperfeito reforça, mul-tiplica ou repete a ação.

2. Ações repetidas no tempo presente

a) Quando o imperfeito apresenta fatos que de costume acontecem freqüentemente dentro de certos limites, chama-se freqüentativo definitivo. Exemplos: Eu resgato' (Êx. 13:15) . E' porque o povo vem2 a mim (Éx. 18:15). Pelo que se diz3 (Gn. 10:9) . Mas que honra4 aros que temem ao Senhor (Sal. 15:4). Porque Yavé me sustentas (Sal. 3:6). Não fazem jus-tiças (Is. 1:23) . Êle refrigera7 a minha alma, guia-me8 nas ve-redas da justiça (Sal. 23:3) . Eis que ele passa9 junto a mim, e não (o) vejol° (Jó 9:11).

b) Quando o inperfeito se usa para descrever fatos que po-dem acontecer em qualquer tempo indefinido, e acontecem ou podem acontecer periodicamente, chama-se freqüentativo inde-finido. A ação pode ser real, ou apenas potencial, o uso do pre-sente neste sentido em português e inglês é muito comum, p. ex.: Êle joga bem. Ela estuda. No hebráico é o imperfeito que, tem esta força distributiva, expressando fatos que podem ser realiza-

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dos em qualquer tempo. Exemplo: Que em tempo próprio al-o seu fruto, e cuja folha não cai,2 e tudo quanto fizer3 prospera-rá (Sal. 1:3) . Corria fazem4 as abelhas (Dt. 1:44) . Não vês Yavé como vês o homem (1 S. 16:7) . Como a porta se revolve7 nos seus gonzos (Pr. 26:14) . Poisa tolo fala8 tolices, e so seu coração planeja9 a iniquidade (Is. 32:6). Muitos procuram10 o favor do homem liberal, e todos são amigos de quem espalha dádivas (Pr. 19:6) . O filho sábio alegra" a seu pai, mas um filho insensato é a tristeza12 de sua mãe (Prov. 10:1). Outros exemplos: Sal. 7:9; 10:14; 11:4; Pr. 3:4; Jó 4:19; 5:2; 5:6; Êx. 13:11; Dt. 1:44; Is. 9:2; 31:4; 55:10; 65:8.

3. Ações repetidas no tempo futuro

Êste uso do imperfeito freqüentativo é mais raro do que os outros, mas os poucos exemplos que seguem mostram claramente a sua significação: Mas eis que não me crerão,13 nem ouvirão a minha voz, pois dirão" (Éx. 4:1) . Êle te será" por bôca, e tu lhe serás por Deus (ftx. 4:16) . E também para os teus came-los tirareil8 água (Gn.24:19) . Os filhos que houvessem (hão) de nascer" (Sal. 78:6) . Comerão18 as tuas ovelhas e as tuas vacas; comerão19 a tua vide e a tua figueira (Jer. 5:17) .

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II. O IMPERFEITO INCIPIENTE

Êste uso do imperfeito representa ações começadas em tem-po subseqüente a outro tempo, ato ou estado.

1. No tempo passado

A. ação) se apresenta em seu início. Usa-se em prosa e poe-sia, e corresponde mais ou menos com o presente histórico de português e inglês. Exemplos: Então cantou' (canta, começou a cantar) Moisés (Êx. 15:1) . Pereça o dia em que nitáèi2 '(TO' 3:3). Os abismos os cobriram3 (Êx. 15:5). A tua dextra, Yavé, destroça4 o inimigo (Êx. 15:6). Êle o achoti5̀ numa terra deser-ta (Dt. 32:10) . Eu vos fiz subir6 do Egito (Juizes 2:1). Esco-lheram7 novos deuses (Juizes 5:8) . Estendeu8 a mão à estaca (Juizes 5:26). As mais sábias das suas damas lhe respondem9 (Juizes 5:29) . Êles juntos se deitam,10 nem se levantai-611 (Is. 43:17) . E cairá" no fosso que fez (Sal. 7:15 b) .

2. No tempo presente

O imperfeito incipiente pode expressar também uma ação singela no tempo presente. Assim, o autor apresenta a ação como se estivesse acontecendo, ou começando a acontecer, no momento em que ele está falando, assim dando fôrça e vivaci-dade às suas palavras. Exemplos: Que estás buscandol3 (Gn. 37:15) ? Eis que vêdes14 que o homem está louco (1' S. 21:15). Levantam-sel 5 os reis da terra (Sal. 2:2). Já declina o dia, e as sombras da tarde já se vão estendendol6 (Jer. 6:4) . Donde vens" (Juizes 17:9) . Eu o vejo,18 mas não agora (Nu.24:17).

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O teu arco está de todo descobertol (Hab. 3:9) . No tempo em que ficam quentes,2 desvanecem (Jó 6:17) . No dia em que eu temera eu porei a minha confiança em ti (Sal. 56:3) .

3. No, tempo futuro

O futuro do imperfeito incipiente é apenas a extensão da-quele que acabamos de explicar. No presente a ação, do ponto de vista do autor, começa enquanto ele ainda está falando, mas ele pode contemplar o princípio da ação ainda no futuro, no momento em que está falando. O tempo da ação que descreve pode ser o futuro remoto ou o futuro próximo, determinado, como sempre, pelo contexto. Exemplos: Agora sei que certa-mente has de reinar4 (1 S . 24:20) . Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis5 tanto vós como o vosso rei (I 5. 12:25) . O' Senhor, Yavé, como sabereis que hei de herdá-la (Gn. 15:8) . Êle ser(17 como jumento selvagem (Gn. 16:12) Anunciar-vos-ei o que há de acontecer8 nos dias vindouros (Gn. 49:1) . Agora verás o que hei de fazer9 a Faraó (Éx. 6:1. ) Yavé designou um prazo, dizendo, Amanhã farál° isto na terra (Êx. 9:5) .

Se o futuro do verbo é muito próximo pode ser traduzido em português pelo presente, p. ex.: Entra, pois tu és homem de bem, e trazes" (ou trarás) boas novas (1 R. 1:42) .

III. O IMPERFEITO PROGRESSIVO

E' apenas o freqüentativo enfático, ou a ação freqüenta-tiva que resulta em prática ou estado. O progresso da ação é determinado por outra ação paralela. Tôdas as vezes que se realiza uma das ações, realiza-se também a outra.

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1. No tempo passado Não te trouxe eu o despedaçado, eu sofria o dano' durante

todos estes vinte anos (Gn. 31:19) . Mas quanto mais o afli-giam, tanto mais se multiplicavam2, e tanto mais crescia3 (Éx. 1:12) . Quando o sonido da buzina se ia aumentando cada vez mais, falava4 Moisés, e Deus lhe respondias por uma voz (Êx. 19:19) . Quando pois a nuvem se levantava de sôbre o taber-náculo, então os filhos de Israel viajavam8 (Êx. 40:36) . Assim acontecia7 de contínuo; a nuvem o cobria,8 e de noite tinha como uma aparência de fogo (Nu. 9:16) . Assim se descreve o que os israelitas faziam no deserto em Nu. 9:16-23, e no ver-sículo 23 o autor usa o perfeito9 para dar o resumo de tudo.

2. No tempo presente: Uma tocha que está acesa1° (Is. 62:1) . Quem és tu para

teres medo dum homem que morrei' (Is. 51:12) . Porque o Senhor repreende12 ao que ama,13 assim como o pai ao filho no qual se deleita14 (Pr. 3:12) .

3. No tempo futuro :

Contudo defendereil 5 os meus caminhos diante dele (Jó 13:15) . Arão, teu irmão, será18 o teu profeta (Êx. 7:1) . Eu lhes suscitarei" um profeta (Dt. 18:18) .

IV. O IMPERFEITO ESTATIVO

Há certos verbos, que pelo seu próprio sentido (aktionsart), se emprestam para descrever um estado físico ou mental, sem

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representar qualquer ação, tais corno conhecer, confiar, re-gozijar, odiar, amar, ser justo, ser pequeno, ser velho, etc. Nestes casos o imperfeito emprega-se quase como adjetivo, ou nas palavras do Dr. Driver, "quase degenera em adjetivo". Exemplos: Benjamin é lobo que despedaçai- (rapinados — Gn. 49:27) . Escolhe uma madeira que não se corrompe2 (incor-ruptível — Is. 40:20) . Pois o povo que não tem entendimen-to3 (ignorante) será transtornado (Os. 4:14) . Por sinal sem-piterno, que não se apagará4 (Is. 55:13) .

Usa-se também em comparações de paralelismos para des-crever nitidamente um atributo geral, p. ex. : Como uma águia que despertas o seu ninho, que adejas sôbre seus filhos (Dt. 32:11) .

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proibição, admoestação ou desejo negativo. O negativo do jussivo é 'a1,1 freqüentemente usado com na' 2: Nem seja visto3 homem algum! (Êx. 34:3). Não sejas4 sábio aos teus próprios olhos (Pr. 3:7) .

3. Nas sentenças condicionais o jussivo usa-se com outras formas :

a) Com o imperativo, interrogativo ou coortativo para dar fôrça ou certeza a uma ação contingente. Exemplos: Toma-a e vai-te, e seja5 ela (ela será) a mulher do filho do teu senhor (Gn 24:51) . Qual é a tua petição, Rainha Ester? e ser-te-á6 concedida (Est. 7:2) . Permite que eu me escape para lá, e viverá7 a minha alma (Gn. 19:20) .

b) Freqüentemente na prótase ou na apódose de sentenças condicionais: Se tu fazes8 as trevas, então vem9 a noite (Sal. 104:20) . Então se tornarál° em serpente (Fx. 7:9) .

III. O COORTATIVO (Latim, cohortari, incitar)

Esta forma alongada do imperfeito acentua o desejo do escritor. Usa-se, quase exclusivamente na primeira pessoa para dar ênfase à vontade ou ao desejo do autor quando ele é o su-jeito da ação. No singular a forma indica animação própria, e no plural procura fortalecer a resolução ou despertar o desejo de outros. Quando o autor é dependente da vontade de ou-trem, expressa apenas um desejo ou pedido. A forma torna-se mais enfática pela adição da partícula na' 11 (Ver 10 uso do co-ortativo na terceira pessoas em Dt. 33:16, Sal. 20:4; Is. 5:19).

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1. Usa-se o coortativo para expressar determinação ou animação própria:

Comerei' carne (Dt. 12:20) . Virar-me-ei2 agora e verei (Êx., 3:3) . Porei3 sôbre mim um rei (Dt. 17:14) .

2. Nas promessas divinas o coortativo visa também a ani-mação dos que recebem a promessa:

Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei,4 e engrande-cereis o teu nome (Gn. 12:2) .

3. Emprega-se em exortações: Voltemos6 para o Egito (Nu. 14:43. Rompamos7 as suas ataduras (Sal. 2:3).

4. Usa-se para pedir ou rogar permissão de fazer alguma cousa:

Deixa-me passar8 pela tua terra (Dt. 2:27) . Permita9 que eu vá (Jr. 40:15). Deixa-me subir10 (Gn. 50:5).

5. Expressa também consentimento como resultado de constrangimento, resignação:

Morra eull agora (Gn. 46:30) . 6. Para expressar uma intenção que depende de um im-

perativo ou jussivo: Tráze-mo, para que eu coma12 (Gni 27:4) . Dai-me pos-

sessão de sepultura entre vós, para que eu sepulte" o meu mor-to (Gn. 23:4).

7. Expressa também uma intenção contingente em senten-ças condicionais:

Se eu resolver falar"' não se mitiga a minha dor (Jó 16:6). Pede-me e eu te darei" as nações (Sal. 2:8) .

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IV. O IMPERATIVO

As ordens positivas geralmente se expressam pela forma regular do imperativo, mas o imperfeito pode ser usado também em ordens positivas. Não há uma distinção clara entre a ordem positiva do imperatiVo e a do imperfeito. Em certos casos o imperativo do imperfeito parece mais delicado, mas trocam-se freqüentemente, simplesmente por amor da variedade.

Emprega-se o imperfeito ou o jussivo nas proibições ou or-dens negativas.

A forma' do próprio imperativo nunca se usa em ordens ne-gativas.

1. Como se usa a própria forma do imperativo a) Emprega-se normalmente nas ordens positivas: Falai aos filhos de Israel (Lv. 1:2) . Enche2 de manti-

mento os sacos (Gn. 44:1) . Levanta-te,3 vaio à grande cidade de Nínive (Jon. 1:2) .

b) Usa-se também em exortações, especialmente com na' Dixes, pois, que és minha irmã (Gn. 12:13) . E sê6 tu

uma bênção (Gn. 12:2) . Põe7 a tua mão por baixo da minha côxa (Gn. 24:2) .

c) Encontra-se a forma do imperativo em petições e ora-ções

Livra-me8 depressa (Sal. 31:3) . Levanta-te,9 auxilia-x° nos (Sal. 44:27) .

d) Usa-se para expressar permissão: Respondeu o guarda: Vemll a manhã, ...voltai,12 vinde"

(Is. 21:12). Habita" onde bem te aparecer (Gn. 20:15) Então disse-lhe, Corre" (II S. 18:23) .

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e) Expressa certeza, ou de promessas ou de ameaças: Vê1 (verás) a prosperidade de Jerusalém (Sal. 128:5). Clama alto2 com a tua voz (Is. 10:30) . Alegrai-vos3 e re-

gozijai-vos4 (Is. 65:18). f) Para acentuar o desejo ardente duma petição acrescen-

ta-se ao imperativo o hê coortativo: Restitui-me5 a alegria da tua salvação (Sal 51:14).

2. O uso da forma do imperfeito como imperativo a) Em ordens positivas: Seis dias trabalharás6 (Êx. 20:9). Sôbre o teu ventre an-

darás7 e pó cornerás8 (Gn. 3:14). Permite que o teu servo diga9 uma palavra (Gn. 44:18) .

b) Em proibições : Não peque10 o rei contra o seu servo ( I S. 19:4) Não

matarás11 (Éx. 20:13). Não adulterarás12 (Êx .20:14) . Não furtarás13 (Éx.20:15). 3. A forma do jussivo também se usa como imperativo a) Para expressar uma ordem, um desejo, um conselho ou

pedido. (Ver o primeiro uso do jussivo na página anterior). b) Usa-se em proibições ou ordens negativas, incluindo p -

tições: Não confiel 4 na vaidade (Jó 15:31) . Não sejas15 sábio aos

teus próprios olhos (Pr. 3:7) . Não se ireis o Senhor (Gn. 18:30).

Observação: Nas proibições, na segunda pessoa, usa-se o ne-gativo /(7 com o imperfeito (Indic. Não farás), e 'ai com o jussivo (Subj. Não faças)

A proibição do imperfeito na terceira pessoa é também indic.. Não fará; mas o jussivo é subj., que êle não faça.

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CAPÍTULO IV

PARTICÍPIOS E INFINITIVOS Particípios

Quanto à sua forma o particípio é substantivo, mas parti-cipa ao mesmo tempo da natureza do verbo. O particípio he-bráico não descreve um atributo fixo eu inerente ao seu antece-dente, mas sim apresenta a sua manifestação contínua. Por causa da importância da função verbal do particípio, o aluno deve estudá-lo com cuidado. E' a única forma do verbo he-bráico que descreve ação constante, contínua ou linear. Pela sua fôrça verbal, e pelo seu poder descritivo, o particípio serve de suplemento indispensável do verbo, sendo usado onde nem o perfeito nem o imperfeito pode expressar ação linear. Com o uso do particípio o sujeito se apresenta no exercício contínuo da ação designada. No caso ao particípio passivo o sujeito se apresenta como havendo recebido ação contínua. O imperfeito multiplica, ou repete a ação, enquanto o particípio acentua a sua continuação Constante. A ação freqüentativa ou progressi-va do imperfeito pode ser representada gràficamente por uma série de pontos ( . . . . ), enquanto a ação do particípio se repre- senta por uma linha ( ) . O tempo cio particípio, como o de qualquer outro verbo, é determinado inteiramente pelo contexto.

Os particípios verbais são todos indicativos. I. Servem para dar ênfase à duração de urna ação ou um es-

tado no passado.

Assim se usam em cláusulas circunstanciais para apresen-tar o fundo histórico de um evento ou duma transação: Naqut?- le tempo habitavam) os cananeus e os perezeus na terra (Gn. 13:7) . Eis que nós estávamos atando2 feixes no campo (Gn. 37:7) . Ern Gn. 41:1-3 os particípios, teve um sonho,3 estava em pé,4 subiam,5 descrevem o progresso ininterrupto do so-

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nho de Faraó. José os entendias (Gn. 42:23) . Quando Nes subiam2 (1 S. 9:11). Saul se firmava sôbre a sua lançai (II S . 1:6) . N seus servos estavam falando uns aos outros4 (II S. 12:19) . Pois o mar se ia andando,5 e se fazendo tempestuosos (Jon.; 1:11) Em II S. 6:14 o particípio passivo, cingido:7 re-presenta a duração do tempo: Davi dansava . . . cingido.

II. Emprega-se o particípio também para descrever ação linear no presente.

A voz do sangue do teu irmão está clamando8 a mim (Gn. 4:10) . Da presença de Sarai, minha senhora, vou fugindo9 (Gn. 16:8) . Eldade e Medade estão profetizandol° no arraial (Nu. 11:27) . Estrangeiros estão devorandoll a vossa terra (Is. 1:7) .

Eu vos estou ensinando12 (Dt. 4:1) . Que eu hoje vos mando" (Dt. 4:40) .

Que eu hoje vos falo14 (Dt. 5:1). Assim te está discipli-nandol5 Yavé teu Deus (Dt. 8:5) . E' só uma pequena cousa que eu te peço16 (I R. 2:20) .

III. O particípio usa-se para apresentar um evento que há de acontecer.

Por vezes representa a ação como se estivesse começando. Se, porém, designar um evento que poderá acontecer sèmente depois de um intervalo, afirma com certeza a sua realização. Limita-se, neste caso, principalmente às declarações do propó-

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sito divino: Eis que vou trazerl o dilúvio (Gn. 6:17) . Eu hei de julgar2 a nação (Gn. 15:14) . Com certeza Sara tua mu-lher te dará à luza um filho (Gn. 17:19) . Vamos destruir4 êste lugar (Gn. 19:13) . A qual Yavé nosso Deus nos está dando5 (Dt. 1:20) . Vede esta grande cousa que Yavé está fa-zendo6 diante dos vossos olhos (1 S. 12:16) .

Observações 1. 0 sujeito geralmente precede o particípio. 2. Quando o sujeito do particípio é pronome, êste tem

que ser escrito: Amanhã tu serás morto? (I S. 19:11) . 3. O particípio Nifal tem o sentido do gerundio latim:

terrive1,8 desejável,9 digno de honra." 4.0 verbo ser ou estar emprega-se às vezes com o particí-

pio ativo para dar ênfase à ação progressiva: Moisés estava pas-toreando" o seu rebanho (Êx. 3:1) .

5. O particípio geralmente prefere o negativo 'ayin,12 mas quando é atributivo pode aceitar o negativo W.13

6. O particípio usa-se também n'o sentido do jussivo, p. ex., Maldita és tu14 (Gn. 3:14).

7. Como substantivo, o particípio pode ser usado como o sujeito ou o complemento do verbo, como se vê pelas seguintes traduções: salvador," amigo," inimigo," pastor." Conhecedo- res19 do bem e do mal (Gn. 3:5) . Ocultarei o que faço" (Gn. 18:17).

8. Usado em aposição com substantivo, o particípio é ge-ralmente traduzido como adjetivo, p. ex., o fogo devorador21 (Êx. 24:17). A sua mão estendida22 (Is. 14:27).

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9. O ' iparticípio com artigo tem- a -fôrça de -cláusula rela-tiva. Exemplos:

O que rodeia' a terra de cavila (Gn. 2:11) . Os que con-fiam2 no Senhor ( Sal . 125 : :1) .

10. Emprega-se o particípio juntamente com as formas do verbo finito, mas não, perde por isso a função de expresSar ação linear. Exemplos:

a) Segue pOr vezes o imperfeito: Testemunha falsa que profere. mentiras (Impf., freqüentativo), e o que semeia3 (cons-tantemente) contendas entre irmãos (Pr. 6:19) .

b) Seguido pelo perfeito: Que abandona4 (Ptc.) o ami-go ..., e se esquece (Pf.) da aliança do seu Deus (Pr. 2:17) .

c) Seguido pelo imperfeito: Levanta5 do pó ao pobre, do monturo eleva (Impf.) ao necessitado (1 S. 2:8) .

d) Següido pelO imperfeito consecutivo: Faz descer6 à se-pultura., e faz subir (Impf . cons., I S . 2 :6) .

c) Seguido pelo perfeito consecutivo: Serafins estavam7 em redor (de sôbre para) dele, ... E clamavam (Pf. consc., Is. 6:2,•3).

Infinitivos 1.0 infinitivo absoluto emprega-se para dar ênfase à idéia

do verbo no, abstrato, para falar da ação ou do estado, sem con-siderar o agente eu as circunstâncias da ação. Servindo ape-nas para designar ação, ele pode fazer parte de certas combina-ções verbais, (como sujeito, predicado ou objeto), mas assim se usa raramente. A sua função principal é de exibir a idéia da ação verbal. Pode ser usado com o verbo finito para acres-centar ênfase, ou pode ficar só, quase como exclaniação.

1. Assim se usa em lugar do verbo para expressar enfàti-camente a ação do verbo.

Exemplos: Porém só se vê gôzo e alegria, matar8 bois, de-golar9 ovelhas, comerl° carne e beber'' vinho (Is. 22:13) .

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6 7 8 9 10 11 iNnit eiNit rrl trrii 52t4 rirtri

- 50-

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2. Usa-se também no sentido do imperativo

Lembra-tel do dia do sábado (Êx. 20:8) .

3. Emprega-se como particípio em português:

Êle assim o fez, andando2 nu e descalço (Is. 20:2) .

4. Precede o verbo finito para intensificar a sua ação:

Certamente morrerás3 (Gn. 2:17). Tenho visto atenta-mente4 a aflição do meu povo (Êx. 3:7) . Certamente será apedrejado5 (Êx. 21:28) . Deus certamente vos visitarás (Gn . 50:24). Virás de fato reinar7 sôbre nós (Gn. 37:8) .

5. Quando segue imediatamente o verbo, o infinito absolu-to continua a ação do verbo, assim indicando progresso constan-te, ou existência completa:

Soltou um corvo que saindo, ia8 e voltava9 (Gn. 8:7) . Se-guia, andandow e chorando" (II S . 3:16) . Êle já se foin (II S . 3:24).

6. Alguns infinitivos absolutos, principalmente no Hifil, têm o sentido dos advérbios em português e inglês :

Andar humildemente (Miq. 6:8) . Outras formas que se traduzem pelo advérbio em portu-

guês: mais,13 depressa,14 diligentemente, 15 muito,16 longe'?.

II. O infinitivo construto é substantivo verbal, usado como ge-rundo.

E' mais flexionavel do que o infinitivo absoluto, tomando sufixos e preposições, mas não aceita o artigo.

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1. O uso do infinitivo construto sem preposições. a) Usa-se como sujeito do verbo (caso nominativo) : Não é bom que o homem esteja sói (O' estar separado do

homem não é bom, Gn. 2:18) . Porventura é pouca cousa me teres tomado2 meu marido

(Gn. 30:15) . O entregará-loa nas mãos do rei fica por nós (I S . 23:20) . O fatigardes4 aos homens não vos basta (Is.7 :13).

b) No caso genitivo : No dia de criará Yavé Deus a terra e os céus (Gn. 2:4) .

Tempo de prantear6 e tempo de dansar7 (Ecl .3:4)

c) No acusativo, complemento direto do verbo : Deus preparou riso8 (rir) para mim (Gn. 21:6) . Não sei sair9 nem entrar" (I R. 3:7) . 2. Com a preposição 1e1' o infinitivo construto pode ex-

pressar: a) Desígnio ou propósito: Subia de ano em ano a odorar12 e oferecer sacrifícios13 ao

Senhor dos exércitos (I 5. 1:3) . E os trouxe ao homem para ver14 como lhes chamaria (Gil. 2:19) .

Porém desceu o Senhor para ver15 a cidade (Gn. 11:5) .

b) Resultado:

E cumpre o serviço que é devido a Yavé teu Deus, an-

1 2 3 5 rini Ir rir inNuri rit415ri riwy

64

8 9 10 11De -1 pra rio2 R2

14 . 12

13 14 15 rilrInel5 rwrii rive5 rite5

-52-

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dandol pelos seus caminhos, guardandoa os seus estatutos I R. 2:3 e seg.)

c) O tempo de ação: Quando Joabe enviou3 ao servo do rei (II S. 18:29) d) Usado com o verbo ser-estar, tem quase o mesmo sen-

tido do verbo semelhante em português Quando o sol ia ou estava a entrar4 (Gn. 15:12) . Yavé

está pronto para me salvará (Is. 38:20). Neste caso o verbo estar subentende-se.

3. Emprega-se o infinitivo construto com as preposições, be, ke e mini:

a) Traduz-se em português pelo verbo e conjunção ou ad-vérbio:

Quando (Logo que) o encontrara (Nu. 35:19). Até que passei de ti a ira de teu irmão (Gn. 27:45) . Os olhos se lhe enfraqueciam de modo que não podia ver8 (Gn. 27:1).

b) Usa-se com preposições para expressar determinações de tempo, e pode ser traduzido por uma cláusula temporal:

Quando foram criados (Em seu ser criados, locativo, Gn. 2:4) . Quando êles estavaml° no Egito (I S. 2:27). Logo que viull o pendente ... e ouviu12 as palavras (Gn.24:30) .

Observação: Emprega-se levilti13 como negativo do infi-nitivo construto:

Ordenei que não comesses14 (Gn. 3:11) . Firma-te em não comeres15 o sangue (Dt. 12:23).

2 r215, It2,5

6 7 12 - lynz ,2,1tj -

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CAPÍTULO V

O IMPERFEITO COM VAVE CONSECUTIVO

Uma das peculiaridades notáveis do hebráico é a sucessão das duas formas do verbo, o perfeito e o imperfeito. Na narra-ção de uma série de eventos nio passado, o primeiro verbo nor-malmente se usa no perfeito, e a narração continua com os ver-bos, relacionados ao primeiro, no imperfeito com vave conse-cutivo. O progresso na seqüência lógica, ou cronológica, da narrativa é geralmente indicado pelo imperfeito consecutivo. O vave do imperfeito consecutivo exige uma vocalização dife-rente do vave conjuntivo, ou copulativo, e os verbos ligados por ele ao primeiro verbo, com exceção da primeira pessoa sin-gular, sofrem uma mudança no acento.

O vave consecutivo do imperfeito escreve-se com patah e dágues forte na letra que segue, com a observação das regras que se aplicam às guturais.1 Também o iode (yodh) com xeva2 não sustenta o dágues do vave consecutivo .

O imperfeito consecutivo abrevia-se, quando é possível. O vave puxa o acento da última para a penúltima, e a última, ficando numa sílaba fechada sem acento, abrevia-se de acôrdo com as leis do acento, corno se vê no imperfeito e imperfeito consecutivo de levantar.3 E' preciso notar, todavia, que a pri-meira pessoa singular do imperfeito consecutivo não muda o acento, e raramente exige a forma apocopada, ou abreviada, mesmo dos verbos Lâinede 11-ê. Por exemplo, a forma abrevia-da de, E eu vi4 é muito mais rara do que a forma cumprida.

Com estas observações vamos entrar na discussão da sin-taxe do imperfeito consecutivo. Qual é a natureza da relação que existe entre o imperfeito introduzido por vave consecutivo,

1 2 3

4

riNIN1 121'1 , epNi ,

T •• T T • • T •.• T

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e o perfeito que precede? O vave não é conversivo, isto é, não muda a ação imperfeita para a ação perfeita. Os termos perfei- to e imperfeito, por si mesmos, não se referem ao tempo, mas sim, à qualidade de ação. Segue-se lOgicamente então que o vave consecutivo não pode mudar o tempo do verbo, isto é, não pode mudar o futuro do verbo para o passado, e vice-versa. Per-gunta-se então, O vave consecutivo pode mudar a qualidade da ação do verbo? Nunca vimos resposta satisfatória a esta per-gunta. Nossa opinião é que o vave consecutivo não, pode mudar nem a qualidade da ação inerente ao imperfeito do verbo, mas de alguma maneira o vave limita o escôpo da ação do imperfei-to, devido à sua função de subordiná-lo ao verbo principal da narrativa que está no perfeito. O tempo, prOpriamente dito, de tais imperfeitos consecutivos é naturalmente pretérito, ou presente histórico, mas o tempo é determinado pelo contexto, e não pelo vave consecutivo. O vave, porém, faz parte relevante do contexto .

A qualidade da ação do imperfeito consecutivo nos livros históricos geralmente corresponde ao aoristo ingressivo do gre-go, mas pode representar a ação freqüentativa ou progressiva, somo o imperfeito simples. Usado na narrativa de eventos do passado, o tempo, do ponto de vista de português e inglês, é pretérito. Os imperfeitos consecutivos que nós traduzimos cor-retamente pelo pretérito, podem ser considerados, do ponto de vista dos hebreus antigos, como presentes históricos, p. ex., "Estando eles no campo, levanta-se (Impf . consc. ) Caim con-tra seu irmão Abel, e o mata" (Impf consc., Gn. 4:8) . "Fico, (Impf. consc. ) sOmente eu, e procuram (Impf. consc. ) tirar-me a vida" (I R. 19:10) .

Os escritores antigos, especialmente das línguas orientais, usavam o presente histórico muito mais do que os escritores mo-dernos das línguas ocidentais. E' por isso que traduzimos: "Es-tando eles no campo, levantou-se Caim contra seu irmão, e o matou". E' preciso lembrar que o tempo do verbo hebráico é secundário, e que a qualidade da ação é a coisa mais impor-tante.

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1. O imperfeito consecutivo usa-se no sentido do aoristo grego, ou o perfeito de português. Via de regra, a narrativa principia pelo verbo no perfeito, mas pode começar também por um infinitivo construto, com a preposição em, ou outra palavra ou frase que indica tempo pretérito. A narrativa então conti-nua com o uso dos imperfeitas com vave consecutivo. Exemplos:

Ora a serpente era (Pf ) mais astuta . . . e ela disser (Gn. 3:1) . O homem conheceu (Pf. ) a Eva. . . e ela concebeu2 (Gn. 4:1). A serpente enganou-me (Pf . ) e comia (Gn. 3:13). Veio (Pf a palavra de Yavé a Abrão. . . dizendo: Não temas4

(Gn. 15:1) . Estava (Pf. ) José com seus irmãos. . . e trouxe5 más notícias a respeito deles a seu pai (Gn. 37:2) .

2 . Emprega-se o imperfeito consecutivo para expressar ações que representam o resultado, que surge lógicamente ou por necessidade, da ação do verbo principal. Assim foram acabados° os céus e a terra (Gn. 2:1) . Assim foi confirm,ado7 o campo... a Abraão (Gn. 23:20) . Êle ainda conserva a sua integridade, embora me incitasses8 contra ele (Jó 2:3) . Assim minha mãe teria sido9 a minha sepultura (Jr . 20:17) . Quem és tu para teres medo" (Is. 51:12). Para que eu te despedissell com ale-gria (Gn. 31:27) .

3. Na introdução de seções duma narrativa, e às vêzes na apresentação duma narrativa independente, usa-se o vave com o imperfeito para ligá-lo com algum evento que precedeu, ou para especificar as circunstâncias da ação, embora não seja muito evidente a conexão. As formulas "E aconteceu", (imper-feito consecutivo), "E aconteceu naquêle tempo" (imp. consc. ) são seguidas, geralmente, pelos verbos no imperfeito com vave consecutivo, por exemplo:

E aconteceu naquêle mesmo tempo que faloul 2 (Gn. 21:22).

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- 56 -

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E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe' (Gn. 4:3). E aconteceu, que, ...abriu2 Noé a janela (Gn. 8:6) . Partindo eles do oriente, acharam3 uma planície (Gn. 11:2) .

Às vezes a fórmula "E aconteceu" é seguida pelo perfeito sem vave. Exemplos: Naquele mesmo dia sairam4 da terra do Egito (Éx. 12:41) . E aconteceu ... que falou5 Moisés (Dt . 1 :3) .

Observação: Quando o vave fica separado do verbo, o per-feito reaparece em vez do imperfeito consecutivo, por exemplo: E Deus (com vave) experimentou6 (Pf.) a Abraão, e disse? (impf. consc.) lhe (Gn. 22:1) .

4. O imperfeito consecutivo pode representar quase tôdas, senão tôdas, as variedades nas relações de tempo e modo que se representam pelo imperfeito sem vave. Repetimos que o tempo do imperfeito consecutivo bem corno o do imperfeito é deter-minado pelo contexto, por exemplo:

a) Emprega-se o imperfeito consecutivo para representar ações, eventos e estados no passado, quando se liga com um ver-bo, que no seu contexto, se refere ao passado. O primeiro gru-po de ilustrações do imperfeito consecutivo neste capítulo, re-presenta o tempo histórico da narração, isto é, o pretérito. Usa-se também como a continuação do perfeito (pretérito), na cláusula subordinada: Isaque envelheceu (Pf. ) e os seus olhos se escureceram8 (Gn. 27:1) . Porquanto rejeitastes (Pf.) ao Senhor que está no meio de vós, e chorastes9 diante dele (Nu. 11:20) . Tu sabes (Pf.) o que me fêz (Pf.) Joabe ... aos quais matoul° (I R. 2:5) . Vendou. que Isaque tinha abençoado (Pf.) a Jacó (Gn. 28:6) .

1 2 3 4 5

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b) Usa-se o imperfeito consecutivo para descrever ações no tempo presente:

(1) Seguindo o perfeito usado no tempo presente, p. ex., Porque as filhas de Sião se exaltam (Pf. ), e andaml com o pes-coço emproado (Is. 3:16) .

(2) Seguindo perfeitos que representam experiências fre-qüentemente confirmadas: Como flor nasce (Pf. ), e murcha2 (Jó 14:2) .

(3) Ligados com imperfeitos usados no sentido do pre-sente:

O homem, porém, morre (Impf . ), e fica prostrado3 (Jó 14:10) .

Por que pisastes aos pés (Impf.) os meus sacrifícios... e honras4 a, teus filhos mais do que a mim (I S. 2:29) ?

(4) Em dependência de particípios que representam ação linear no presente:

Fax descer (Ptc.) à sepultura, e faz subir5 (1 S. 2:6). O rei chorai (Ptc.) e lamentas por Absalão (II S. 19:2) . (5) Em dependência de outros equivalentes do presente:

Fazendo soar a voz (Inf . const. ), há um tumulto de águas nos céus, e sobe& os vapores (Jr. 10:13) .

Porquanto rejeitais (Pf. ) esta palavra, confiais8 na opres-são (Is. 30:12) .

c) O imperfeito consecutivo também representa ações fu-turas:

(1) Quando depende do imperfeito que se refere ao fu- turo:

Os mansos comerão (Impf.), e se fartarão9 (Sal. 22:27)

1 2 3

4 5

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7 8 9

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(2) Quando depende dum perfeito profético:

Romperam (Pf. ) e passaram pela porta, ou Romperão e passarão' pela porta (Miq. 2:13) .

Porque ele vos dará (Pf. ) em justa medida a chuva tem-porã, e vos fará descer2 a chuva (Joel 2:23) .

(3) Usa-se também paralelamente com o imperfeito sim-ples':

Assim 'o homem se abaterá,3 e o varão se humilhará,4 e os olhos dos altivos se humilharão (Impf. simples, Is. 5:15) .

2 3 4 1111 MCP1 502P1

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CAPITULO VI

O PERFEITO COM VAVE CONSECUTIVO

O perfeito, como o imperfeito, usa-se com vave consecu-tivo. Na narração ininterrupta, quando o primeiro verbo é im-perfeito, imperativo ou uma expressão equivalente, os verbos que seguem geralmente tomam a forma do perfeito com vave consecutivo. Mas quando o verbo fica separado do vave, volta para a forma do imperfeito. A vocalização do vave con-secutivo do perfeito é a mesma do vave conjuntivo .

E' difícil achar uma explicação satisfatório para o vave consecutivo usado com o perfeito. Há, porém, uma diferença entre o significado do perfeito com vave conjuntivo e o uso do perfeito com vave consecutivo. Como diz Driver: "A indi-cação externa desta diferença acha-se na alteração do acento que constantemente acompanha o perfeito consecutivo". Por-tanto a acentuação do perfeito consecutivo deve ser estudado cuidadosamente.

Notamos que o vave consecutivo do imperfeito, com algu-mas excepções, atrai o acento da última para a penúltima sílaba da palavra. Mas no perfeito consecutivo o vave tem a tendên-cia de mudar o acento da penúltima para a última. Há, toda-via, uma lista considerável de exceções. Muitas formas do im-perfeito, como qa-telú, amar-tém, ra-ú, já tem o acento na úl-tima. Em tais casos não há mudança de acento, mas como re-gra geral, quando o perfeito, em outros casos, toma o vave con-secutivo, o acento é mudado para a última sílaba .

Mas nos seguintes casos do perfeito consecutivo o acento não se muda para a última:

1. Sempre na primeira pessoa plural, p. ex., veya-sháv-nu (Gn. 34:16).

2. Geralmente na terceira pessoa singular feminino, e a terceira pessoa plural do Hifil: vehik-M-thah, destruirão (Lev. (Lev. 26:22) ; vehit-tí-phu, distilarão (Am. 9:13).

3. Quase sempre na primeira e na segunda pessoa do Qal, dos verbos Lâmede Álefe e Lâmede He: apa-

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gorei (Gn. 7:4) ; veha-yí-tha, tu serás (Gn. 17:4) ; qa-rá-tha, chamarás (Gn. 17:19) ; vena-sá-thi, pouparei (Gn. 18:26) .

4. Quando o perfeito está em pausa o acento não se muda: vesa-vá-ta, te fartares (Dt. 6:11) vea-már-ta, dirás

(Is. 14:4) . 5. Via de regra, não se muda o acento na terceira pessoa

feminino, singular e plural, do Qal e do Nifal dos verbos Aine Dobrado e Aine Vave:

veshá-va, tornará (Is. 6:13); vesá-ra, será removido (Is. 11:13) ; u-vá-u, entrarão (Êx. 7:28, H., Alm. ). Há, todavia, uma variação em alguns dêstes casos, p. ex., vesa-rú, apartar-se-ão (Êx. 8:7, 8:11, nas versões) ; vesha-váh, tornará (Isaias 23:17) .

Segundo Ewald a construção do perfeito consecutivo ori-ginou como antítese do imperfeito com vave consecutivo. As duas construções aparecem freqüentemente em contraste, e o uso de uma naturalmente sugere a outra. Assim da constru-ção do imperfeito consecutivo surgiu o uso do perfeito conse-cutivo.

No caso do imperfeito consecutivo, a associação de pen-samento visa uma ação já completada, como se assumisse um novo desenvolvimento duma ação acabada, assim também o perfeito consecutivo' visa o completamento ou acabamento duma ação nascente.

O vave consecutivo do perfeito tem uma significação de-monstrativa, no sentido de então ou assim, na função de su-bordinar a ação do perfeito à do imperfeito que precede. Quer dizer, a ação do perfeito consecutivo é completa, com referên-cia à do imperfeito, com a qual está ligada, justamente como a ação do imperfeito consecutivo é incompleta, com referên-cia à do perfeito com a qual está ligada. Assim o tempo 'do perfeito consecutivo pertence ao período do tempo indicado pelo contexto. O verbo, ao qual está subordinado pelo vave, faz parte do contexto.

Para preservar o sentido da subordinação e a clareza da construção, é preciso observar rigorosamente a conexão do perfeito consecutivo com o imperfeito que precede. Quando é rompida a ligação do perfeito consecutivo com o imperfeito

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que precede, o verbo volta à forma do imperfeito, com a mes-ma fôrça e independência do primeiro imperfeito.

Como o tempo do perfeito consecutivo é o mesmo que o do verbo principal, assim também o seu modo é o mesmo. Exemplos: Certamente ele sairá,' por-se-á em pé2 e invocará3 o nome do Senhor (II R. 5:11) . Longe de ti fazeres tal cousa, que matei (Inf. ) o justo com, o ímpio, de sorte que seja4 o justo como o ímpio (Gn. 18:25) .

Seguindo Geseniuts, classificamos os perfeitos consecuti-vos em três grupos.

I. O perfeito consécutivo que depende imediatamente do ver-bo que precede, ou da ação indicada pelo contexto.

1. Para representar ações freqüentativas completadas no passado. Nestes casos o perfeito consecutivo é subordinado a verbos ou seus equivalentes que representam ações continua-das ou repetidas no passado:

a) Depois de um imperfeito simples :

nas uma neblina subias (Impf. ) da terra e regavas (re-gou tôdas as vezes que subiu) tôda a face da terra (Gn. 2:6). Pois desse pôço é que se dava de beber? (Impf. ) aos reba-nhos... Ali se ajuntavam8 (ajuntaram repetidamente) todos os rebanhos; e removiam9 os pastores a pedra da bôca do pôço, davam de beberl° às ovelhas e tornavam"- a por a pedra no seu lugar (Gn. 29:2, 3). Ora Moisés costumava tomar (Impf.) a tenda e armá-la12 fora do arraial (Éx. 33:7) .

1 2 3 4

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b) Depois de um imperfeito consecutivo:

Depois disto Absalão adquiriu (Impf. consc.) ...E le-vantou-se cedo,' parava2 à entrada da porta... (II S. 15:1-2). E atirava (Impf. consc.) pedras contra ele, e espalhava pó3 continuamente (II S. 16:13). Enviava (Impf. c.) Jó, e san-tificava-00; e, levantando-se cedo5 de manhã, oferecia holo-caustos6 (Jó 1:5) .

c) Depois de um perfeito:

Mas vosso pai me enganou (Pf.) e mandou7 dez vezes o meu salário (Gn. 31:7).

Tendo-se retirado (Pf.) de Saul o espírito de Yavé, ator-mentava-o8 um espírito maligno da parte de Yavé (1 S. 16:14).

d) Depois de um infinitivo, construto ou absoluto:

E foi-se andando (Inf. abs.) e clamando9 (II S. 13:19) . Porque perseguiu (Inf. consc.) a seu irmão com a espada, e pôs de lado10 tôda a compaixão (Am. 1:11).

Iam andando (Inf. abs.) e tocavam" as trombetas (Jos. 6:13).

e) Depois de um particípio :

Serafins estavam (Ptc.) em redor dêle ...Um chamava12 (chamou repetidamente) ao outro (Is. 6:2, 3) .

2. Para descrever ações repetidas no presente, como conse-qüências de costumes, hábitos, ou outras ações que se re-petem freqüentemente: a) Depois de um imperfeito simples:

Portanto deixa (Impf.) o homem a seu pai e a sua mãe,

e se une a sua mulher (Gn. 2:24) . O lavrador nem sempre o está debulhando, (Impf.), nem sempre está fazendo passar" por cima dêle a roda de seu carro (Is. 28:28) .

Tu me vês (Impf.) e provas14 meu coração (Jr. 12:3).

1 2 3 4 5

eN2eirii ityi neyi triimi D'22/711 6 7 8 9 10

ri5y ri5yrn ,...5rirri irryzi mryri nrwil 11 12 13 14

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b) Depois de um particípio, equivalente duma oração: Aquêle que ferir (Se alguém ferir) de modo que êste

morra' (Êx. 21:12) . Ai daquele que edifica (Ptc.) uma cidade com derrama-

mento de sangue, e funda2 uma cidade em inquidade (Hab. 2:12) .

c) Depois de um infinitivo absoluto: Acaso furtareis, matareis, cometereis adultério, jurareis fal-

so, queimareis incenso e andareis (Infs. abs.) após outros deuses a quem não conhecestes, e então vireis3 e vos apresen-tarei?4 diante de'mim (Jr. 7:9 e seg.)? 3. Para expressar ações futuras, conseqüências lógicas do ver-

bo principal: a) Depois de um imperfeito simples, no tempo futuro: Embora se escondam (Impf.) no cume de Carmelo, bus-

cá-los-ei (Impf.) e dali os tirarei5 ; e se se ocultarem (Impf.) dos seus olhos no fundo do mar, ... dali darei ordem (Impf.) à espada, e ela os matarás ; e porei7 os meus olhos sôbre eles para mal, e não para bem (Am. 9:3-4). Como, pois, posso cometer (Impf.) esta grande maldade e pecar8 contra Deus (Gn. 39: 9). Da tua presença serei escondido (Impf.) ; e serei9 fugi-tivo e wigabundo na terra (Gn. 4:14) .

b) Em orações que exprimem um desejo: Quem me dera ser (Impf.) juiz na terra! para que viesse

(Impf .) a mim todo homem..., e eu lhe faria justiçai° (II S. 15:4) .

c) Em cláusulas condicionais: Se Esau vier (Impf.) a um bando e o ferir", o outro ban-

do escaparál 2 (Gn . 32 :9) . d) Em cláusulas finais: Para que ele não estenda (Impf.) a mão, e tome13 tam-

bem da árvore da vida (Gn. 3:22) .

1 2 3 4 5

rei Izi2i ertel en-ey1 irrrip5i 6 7 8 9 10

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e) Em cláusulas temporais:

Até que será derramado (Impf.) o espírito lá do alta; então o deserto se tornarás em campo fértil (Is. 32:15) .

f) Em cláusulas relativas:

Ao homem que ferir (Impf.) a Quiriate-Sefer, e a tomar, lhe darei2 a minha filha Acsa por mulher (Juizes 1:12) .

g) Depois do jussivo ou coortativo:

Haja (Jus.) luminares... e sejam3 eles para sinais (Gn. 1:14) . Mas irás (Impf.) à minha terra..., e daí tomarás4 mulher para meu filho Isaque (Gn. 24:4) .

Façamos (Coort.) uma aliança, eu e tu; e que ela sirvas (será) de testemunha entre mim e ti (Gn. 31:44) .

h) Depois de um imperativo:

Vai (Imv .) e dizes (dirás) ao meu. servo Davi (II Sa-muel 7:5) .

i) Depois de perfeitos que expressam uma expectativa de-finida:

Eis que tenho abençodo (Pf.) e fá-lo-ei frutificar,7 e mul-tiplicá-lo-e18 grandissimamente (Gn. 17:20).

j) Depois de um particípio:

Eu farei chover (Ptc.) sôbre a terra..., e farei desapa-cer9 (apagarei) da face da terra tôdas as criaturas que fiz (Gn. 7:4) . Eis que quando eu vier (Ptc.) aos filhos de Israel e lhes disser;10 ...e eles me disseremll (Éx. 3:13) .

k) Depois de um infinitivo construto, governado por pre-posição:

Até que eu venha (Inf. c.) ter contigo, e te declaro12

(I S . 10:8) . Até quê eu volte, e traga13 o meu presente (Juizes

6:18). No dia em que saíres (Inf. c.), e andares" (I R. 2:42).

1 2 3 4 5

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II. O perfeito consecutivo usa-se freqüentemente na depen-dência de outros verbos.

Assim chegou a adquirir uma certa fôrça independente. especialmente na declaração de eventos futuros. Mesmo assim. fica ligeiramente subordinado, como conseqüência temporal ou lógica, a orações ou a circunstâncias do contexto.

1. Para anunciar eventos futuros que têm urna ligeira conexão com outros avisos: E a êstes seguirão1 sete anos de fome, e será esquecida,2 ... e consumirá3 a terra (Gn. 41:30) . Eis que vêm dias em que cortarei4 'o teu braço (I S. 2:31) .

Eis que isto tocou os teus lábios; já se foi5 a tua iniqui-dade (Is. 6:7) . Eu sou o Senhor, e vos tirareis . .., vos livra-rei? . ., vos resgatarei8 ... E vos tomarei9 por meu povo (Êx. 6:6-7).

2. Para apresentar uma ordem ou desejo:

Amai,10 portanto, ao estrangeiro (Dt. 10:19) . Fazei"-

imagens dos vossos tumores (I S. 6:5). Faze,12 pois, segun do a tua sabedoria (I R. 2:6) . E usa13 para comigo de com-

paixão, faze menção de mim14 a Faraó, e tira-me" desta casa

(Gn. 40:14).

Eu vou pelo caminho de tôda a terra: esforça-te,16 pois, e

sê17 homem (I R. 2:2).

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3 4 5

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3. Para apresentar urna pergunta, subordinada a outra sentença interrogativa, ou a uma declaração positiva:

Acaso porque tu és meu irmão, hás de servir-mel de graça, (Gn. 29:15) . O povo da terra já é muito, e vós os fazeis des-cansar2 das suas cargas (Êx. 5:5) .

III. O perfeito consecutivo usa-se também na apódose de certas qualidades de sentenças condicionais, para representar ações ou eventos futuros, ordens ou desejos. O perfeito

simples também se usa desta maneira.

1. Depois da partícula 'im com o imperfeito na prótase:

Se nos tiraram a vida (Impf. com 'im) morreremos3 (II R,. 7 :4) . Se eu w.har (Impf. com sim) pouparei4 (Gn. 18:26). Se não quiser (Impf. com 'itn) seguir-te, serás livre5 (Gn. 24: 8) . Se algueni vier e te perguntar: ... responderás :6 Não (Juizes 4:20) .

b) Depois de ki com o imperfeito:

Quando os egípcios te virem, dirão? (Gn. 12:12) . Quando êles tem uma questão,...; eu julgo8 (Êx. 18:16).

c) Depois de 'asher com o imperfeito, ou com o perfeito:

Com quem fôr êle achado (Impf.), morra9 (Gn. 44:9) . Mas se não lhe armar ciladas (Pf.) ..., então te designareim lugar para onde fugirá (Êx. 21:13) .

d) Usa-se às vezes na, apódose, depois do perfeito consecu-tivq na prótase de uma sentença condicional:

Se agora me tirardes (Pf. consc.) a este, ..., fareis des-cern com tristeza as minhas cãs à sepultura (Gn. 44:29). Quando tiveres sêde (Pf. c.), vail2 aos vasos e bebe13 (Rute 2:9).

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e) Depois de um substantivo ou particípio que é equiva-lente da prótase de uma, sentença condicional:

O incircuncisol será cortado2 do seu povo (Gn. 17:14) . Quem te falar nisso,3 traze-o4 a minha presença (II S. 14:10) .

1) Depois do infinitivo construto com preposições: Se êle cometer iniquidade5, castigá-lo-ei6 (II S. 7:14).

g) O perfeito consecutivo pode seguir também o perfeito com 'im :

Pela vida do Senhor, correrei7 (Pf. com 'im) atrás dele, e receberei8 dele alguma cousa (II R. 5:20) . Se agora ache? (Pf. com 'im) graça diante de ti, recebe" o presente da minha mão (Gn. 33:10) .

2. O perfeito consecutivo usa-se também na apódose de lo-cuções causais :

a) Depois de yaan ki com o perfeito

E disse Yave: Porque são altivasll as filhas de Sião portanto Yavé fará tinhosal 2 a cabeça das filhas de Sião (Is. 3:16-17) .

Ia) Também depois de yaan 'asher com o perfeito:

Porquanto disseram13 os siros: ...tôda esta grande multi-dão entregarei14 nas tuas mãos (1 R. 20:28) .

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c) Depois de 'eqev com o perfeito: Porque houver nele outro espírito ... eu o introduzirei2 na

terra (Nu. 14:24) . 3. Emprega-se também na apódose de locuções temporais,

ou seus equivalentes: Ainda mais, antes que queimassem3 a gor-dura, vinha4 (freqüentativo) o servo do sacerdote (I S. 2:15) Sempre que alguém oferecia sacrificio,5 vinhas o moço do sacer-dote (I S. 2:13) . Antes que venha7 a parteira já dão a luza (Êx. 1:19).

Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abri-. rão9 os vossos olhos (Gn. 3:5) . Todavia no dia da minha vi-sitação visitarei os vossos pecadosm sôbre vós (Ëx. 32:34) .

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CAPITULO VII

REGÊNCIA DO SUBSTANTIVO No hebráico, como em outras línguas, o complemento di-

reto do verbo transitivo está no acusativo. Não havendo termi-nações para distinguir os casos do substantivo, como no grego e latim, o acusativo é reconhecidõ pelo contexto, ou designado pela partícula 'eth (prefixo 'éth), que aponta a palavra que segue, como sendo o complemento direto do verbo.

1. O uso de 'eth como sinal db acusativo, ou do complemento direto do verbo.

1. Emprega-se quando o complemento objetivo é definido, e especialmente quando precede o verbo. Exemplos:

Viu Deus a luzi (Gn. 1:4) . Deixa o homem a seu pai2 (Gn. 2:24) . Abençoou Deus a Noé3 (Gn. 9:1) .

2. Usa-se também com 'asher, zé (h), e mi, mas nunca com zna(h).

Soube o que4 seu filho mais moço lhe fizera (Gn. 9:24). Dêstes,5 porém, não comereis (Lv. 11:4) . Quem6 enviarei (Is. 6:8) ?

3. Emprega-se também com kol, 'asher e 'ehadh :

E destruiremos tôdas as cidades? (Dt. 2:34)) Ali servireis ia outros deuses8 (Jr. 16:13) . Toma agora contigo a um9 dos servos (I S . 9:3) .

4. Com o substantivo singular, com artigo, quando repre-senta a espécie:

Se um boi ferir um homem," ou urna mulheril (Êx. 21:28).

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5. Com o particípio, sem o artigo, usado no sentido de "aquêle que" :

Ouvi aquêle quer me falava (Ez. 2:2) . 6. Por vezes com o substantivo definido, mas sem artigo,

na poesia: Assim o carpinteiro animou ao ourives2 (Is. 41:7) 7. Com várias qualidades de complementos circunstân-

ciais : a) Tempo e lugar : Sete dias3 se comerão pães asmos (Êx. 13:7) . Vou à casa4

do Senhor (Juizes 19:18) . b) Com acusativo adverbial de especificação: Padeceu dos pés5 (I R. 15:23) . c) Quando há transição para uma cousa nova, ou lembra-

do no momento: Cairam de Benjamin dezoito mil homens, todos êstes6 ho-

mens valentes (Juizes 20:44) . d) Com locuções introduzidas por vave: Onde está a lança do rei, e a bilha? da água (1 S. 26:16) ? 8. Co.0 o sujeito de verbos passivos ou intransitivos: As palavras de Esaú8 foram denunciadas a Rebeca (Gn.

27:42) . Não te pareça isto9 mal aos teus olhos (II S. 11:25) . Quando o pronome se usa como complemento direto do

verbo, o sufixo pronominal liga-se invariàvelmente ao sinal do acusativo :

1. Quando precede o verbo: Certamente eu te matara, e a ela10 deixara com vida (Nu.

22 :33) . Porque te vill justo (Gn. 7:1) .

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2. Quando o verbo já tem um prefixo pronominal:

E ma (a arca) mostrará' como a sua habitação (II S.15:25). Observação: O complemento pronominal omite-se às vezes

quando pelo contexto pode ser subentendido: E (o) contou2 (Gn. 9:22) . Também com o verbo dará (Gn. 18:7) .

Em alguns casos omite-se até o substantivo como comple-mento direto do verbo. Por exemplo, em I S. 20:16, usa-se fêz (cortou) que significa fêz aliança4. Em Is. 3:7, levantar signi- ca levantar a voz.5 Em II S. 6:6, estender significa estender a

6 mao.

11. Quando o substantivo é derivado da própria raiz do verbo, do qual é complemento direto, chama-se complemento cognato (schema etymologicum) :

E sonhou José um sonho? (Gn. 37:5) . Ali se acharam em,

grande pavor8 (Temeram um, grande temor — Sal. 14:5) . Per-mite que eu te dê um conselho9 (1 R. 1:12) .

Jerusalem pecou gravemente (pecou um pecado" Lam. 1:8

III. Verbos que significam falar, clamar, chorar, freqüente-mente pedem o) complemento direto. Em português estes verbos são geralmente preposicionados. Com este grupo de verbos o acusativo é mais nitidamente determinado por um adjetivo atri-butivo. Esta qualidade de complemento objetivo é semelhante ao complemento cognato. Não devem ser considerados como acusativos adverbiais. Exemplos: Clamei (com) grande voz ]." (Ez. 11:13) . E tôda a terra chorava grandes vozes12 (II S. 15:23).

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Contra mim falam línguas mentirosasi (Sal. 109:3) .

O que trabalha (com) mão frouxa2 empobrece (Pr. 10:4).

W. Alguns verbos, originalmente intransitivos, podem ser em-pregados transitivamente, em conseqüência da modificação do seu sentido original. Exemplos:

Contender com o acusativo significa defender, p. ex., De-fendei3 a causa da viuva (Is. 1:17) . Poder com o acusativo significa prevalecer: E tenho prevalecido4 (Gn.30:8) Ter pra-zer com o acusativo significa desejar: Quem é o homem que deseja5 a vida (Sal. 34:13 Heb., 12 Port.) . Agradar-se com o acusativo significa agradar: Os seus filhos agradarão6 aos po-bres (Jó 20:10) .

Provavelmente alguns verbos como vestir, ser cheio, despir, e outros, usavam-se originalmente como transitivos ou intransi-tivos, justamente como são empregados no Velho Testamento.

1. Verbos originalmente intransitivos, que no Nifal e Ili-thpael, pedem o complemento direto. Exemplos:

Tudo o que está escrito7 nêste livro, que profetizou8 Jere-mias (Jr. 25:13).

Os filhos de Israel tiraram de si os seus atávios9 (Êx . 33:6) . Considera as maravilhas10 de Deus (Jó 37:14) .

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2. Verbos que úgnificam vestir, revestir ou despir rece-bem o complemento direto.

As pastagens revestem-se (de) rebanhos' (Sal. 65:14 Rb.). Cingem-se (com) fórça2 (I S. 2:4). Porque me vestiu (dos

vestidos de salvação3 (Is. 61:10). Cobri-la-ás (de) ouro puro4 (Êx. 25:11). Cobriram, a nudez de seu pais (Gn. 9:23). De glória e de honra o comaste6 (Sal. 8:5) .

3. Também os verbos que significam plenitude, ou falta, podem ser transitivos ou intrasitivos. Exemplos:

As vossas mãos estão cheias de sangue? (Is. 1:15) . Por- ventura faltarão cineo8 (Gn. 18:28) . Deles satisfar-se-á o meu desejo9 (Êx. 15:9) . Produzam as águas enxamesl° (Gn. 1:20) . Trasbordarão de mosto" (Pr. 3:10) . Por que seria eu desfilhado de ambos vós12 num só dia (Gn. 27:45) . y. Verbos que pedem dois complementos diretos. Em portu-guês um deles é preposicionado.

1. Assim se usam as formas causativas, Piei, Hifil e às vezes o Pilpel:

O Senhor mostrou me (te)13 que tu serás rei (II R. 8:13) . José sustentou de pão a seu pai14 (Gn. 47:12) . Demos a beber vinho a nosso pai15 (Gn. 19:32).

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2. Verbos que significam vestir, cobrir, plantar, semear:

Cingi-los-ás com cintol (Êx. 29:9) . E plantou-a de vides es-colhidas2 (Is. 5:2).

3. Verbos que significam encher, satisfazer, sustentar, e seus antônimos:

E encherão de mortos a terra3 (Ez. 30:11) . E de trigo e de mosto o tenho fortalecido4 (Gn. 27:37) .

4. Verbos que significam dar, pedir, entregar, responder, ensinar:

Os meninos que Deus deu a teu servo5 (Gn. 33:5) .

Pede aos sacerdotes instrução6 (Ag. 2:11) .

5. Verbos que significam nomear, apontar, considerar: Chamou o seu nome Jacó7 (Gn. 27:36). Imputou-lhe isto

como justiça8 (Gn . 15 :6) .

6. Verbos que significam formar, çonstruir, fazer, edificar:

Com as pedras edificou um altar9 (1 R. 18:32) . Do pó da terra formou... ao homeml° (Gn. 2:7) .

7. Verbos cujo segundo complemento especifica mais dis-tintamente a ação do verbo sôbre o primeiro complemento:

Não lhe tires a vida (Não o firamos a alma— Gn. 37:21).

E ali o feriu na) barriga" (II S. 3:27) .

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VI. Complementos circunstanciais.

Alguns substantivos funcionam como advérbios. Locuções adverbiais expressam-se também por meio de preposições. Mas fora desses casos há várias classes de complementos circunstan-ciais que se prendem diretamente ao verbo, e que se empre-gam no sentido adverbial. Gesenius caracteriza estas locuções como "uma subordinação mais frouxa do que o acusativo do verbo".

1. Designações de lugar:

Vem e saiamos ao campo1 (1 S . 20:11) . E armou a sua tenda diante da cidade2 (Gn. 33:18).

2 . Designações de tempo:

E pó comerás todos os dias da tua vida3 (Gil. 3:14) .

Êle medita dia e iioite4 (Sal. 1:2).

3. Designações de quantidade, extensão, duração, quantia:

Quinze cúbitos5 por cima deles prevaleceram as águas (Gn. 7:20) .

Ela chorava diante dele durante os sete dias6 (Juizes 14 :17) .

4. Estado ou condição do sujeito no tempo da ação do verbo:

Fugirá nú7 (Am. 2:16) . E Agague veio a ele delicadamen-te8 (1 S . 15:32) . Pois com chôro9 hei de descer ao meu filho (Gn. 37:35) . Morrerão (como) homens10 (1 S. 2:23) .

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5. Designação de modo ou maneira:

Acaso julgais com retidão' (Sal. 58:2) . Tenho visto Deus face a face2 (Gn . 32 :31) .

6. Designa também o instrumento da ação: Sereis devorados pela espada3 (Is. 1:20) . Quando vindes para serdes vistos por minha face4 (Is.

1:12) . 7. Para designar o efeito ou conseqüência da ação: O monte de Oliveiras será fendido pelo meio (uma grande

vale5 — Zac . 14:4) . Foi a mão do Senhor contra a cidade num grande vexame6

(I S . 5:9).

8. Para designar um objeto particular ou uma parte do ob-jeto que recebe a ação do verbo, isto é, o acusativo de especifi-cação:

1) Com verbos que expressam um estado ou condição: SOmente no trono7 serei eu maior que tu (Gn. 41:40) .

2) Com verbos reflexivos: Vem, vejamo-nos face a face8 (II R. 14:8) . E prostrou-se

com o rosto9 em terra (Gn. 19:1) .

3) Com verbos que já têm um complemento direto:

Esta te ferirá a cabeça'° (Gn. 3:15) . Coseu (os) as car-nes11 (I R. 19:21) .

4) Em poesia e com verbos passivos:

Com a minha voz12 clamei ao Senhor (Sal. 3:5) .

Mas pelo meu nome13 Yavé não lhes fui conhecido (Éx.6:3).

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VII. O complemento direto com, o verbo no passivo:

O acusativo emprega-se com o passivo nos seguintes casos:

1. Quando o ativo se converte em passivo, o que era o objeto direto do verbo no ativo é freqüentemente designado como o complemento direto do verbo no passivo, embora seja, do nosso ponto de vista, o sujeito do verbo:

Todavia, a terral será repartida (Nu. 26:53) . A Enoque nasceu Irade2 (Gn. 4:18) .

2. Verbos que têm dois complementos no ativo têm um no passivo:

E mostrar-se3-á ao sacerdote (Lv. 13:49) .

E a lingua4 se me apega àg fauces (Sal. 22:16) .

3. Um complemento circunstancial pode se prender ao passivo:

Pois sou assombrosa e maravilhosamente5 feito (Sal. 139:14) .

Sem recursos para fazer uma tal oferta6 (Is. 40:20) .

4. Verbos que significam plenitude, ou vestir-se, podem ter um complemento direto no passivo:

E a terra ficou cheia dêles7 (Êx. 1:7) . Vestidos de trajes reais8 (I R. 22 :10) .

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CAPÍTULO VIII

COMPLEMENTO INDIRETO OU TERMINATIVO

Quando o verbo é transitivo e exige complemento que se lhe liga por preposição, tem-se o complemento indireto ou ter- minativo, justamente como em português. Esta subordinação por meio de preposições usa-se para representar as circunstân-cias da ação ou evento realizado, corno o lugar, tempo, causa, propósito, medida, associação ou separação.

1. Tôdas as palavras hebráicas que funcionavam como pre-posições eram originalmente substantivos. Alguns eram acusa- tivos, e como preposições ligam ao verbo ,o complemento restri- tivo, que no árabe torna a forma do genitivo. Por exemplo: 'aharl (traseira), depois, atrás; ba'adh2 (distância), atrás, em redor; 'eçel3 (lado), ao lado; zulathi4 (remoção, falta), exceto; ya'an5 (propósito), por causa de; mul6 (fronte), defronte; min-7 (separação), de, fora de; 'adh8 (progresso, duração), du- rante, até; 'al9 (altura), sôbre, acima; (conexão), com; tahathll (parte inferior), debaixo, em vez de.

Outras eram genitivos, usados com preposições. Por exem-plo, lifne12 (a face de), perante; kelii 3 e lefil 4 (de acôrdo com a bôca), de acôrdo com; biglal15 (no interêsse de), por causa de; lemaan16, (para o propósito de), por causa de.

Alguns se usavam adverbialmente, e às vêzes com prepo-sições: beli,17 bivli,18 mivii," bilti,20 be'en,21 beefes22 (com cessação), sem; be'odh23 (na duração de), durante; bedhi,24 kedhe25 (de acôrdo com a exigência), por, de acôrdo com.

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Usam-se proposições compostas para representar mais exa-tamente relações do lugar com a ação do verbo que precede ou que segue, p. ex., O Senhor me tirou de após1 o rebanho (Am. 7:15) . Passa para trás2 de mim (II R. 9:18) .

Os substantivos (e advérbios) que se tornaram preposições pela ligação de um prefixo, como lifne3 e milhuç,4 não são pre-posições compostas.

As preposições compostas limitam-se àqueles que se unem com min- e 'el-, e cada parte expressa a sua própria significa-ção, p. ex., de atrás ;5 de com,6 dentro,7 de diante de,8 de sôbre,9 de debaixo,10 para trás," entre, no meio, para dentro,12 para fora,13 para debaixo14 . . .

II. Complemento indireto liga-se a verbos por várias pre-posições:

1. A idéia fundamental de 'e/-15 é movimento físico ou mental. Usa-se, portanto, com verbos que expressam movimen-to, e responde à pergunta: para onde? Exemplos: Voltou a êle16 (Gn. 8:9) . Responde também à pergunta: para quem? Falou o Senhor a Moisés17 (Lv. 14:1) . Pode ser traduzida, às vezes, por contra" (Gn. 4:8), por causa del9 (1 5. 15:35), concer-nente a" (II S. 24:16) . A tradução desta preposição depende em parte do contexto, mas nunca perde a sua significação fun-damental.

1 2 3 4 5

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2. A preposição be sempre representa a idéia de movi-mento dentro duma esfera definida de espaço ou de tempo. A variação no seu sentido é devida à relação que existe entre o verbo e o complemento. A preposição refcrça o sentido do verbo.

1) Usa-se no sentido de em para designar posição no es-paço ou no tempo, condição mental ou material: p. ex., na ci-dade' (Gn. 19:12); no princípio2 (Gn. 1:1); em paz3 (Gn. ]5:15); em aperto4 (Êx. 5:19) . Precedida por um verbo de moção, significa através, pela, p. ex., Atravessou5 (Gn. 12:6) Usada para designar presença no meio duma multidão, traduz-se por entre6 (Ex. 14:28) . Quando se refere aos limites do espaço cercado, é traduzida dentro7 (Êx. 20:10).

2) Com as idéias de aparecer, manifestar-se, tem o sentido de como ou na capacidade de. Exemplos: O Deus de meu pai foi (manifestou-se como)8 o meu auxílio (Êx. 18:4) . E apare-ci... como Deus9 Todo Poderoso (Êx. 6:3) . Pois em Yavl° há uma rocha sempiterna (Is. 26:4) .

3) Usa-se também para designar proximidade, ito snitido de a, junto a, perto de, em, contra, sôbre, p. ex., junto ao rio11 (Ez. 10:15); em sua cabeça12 (Is. 59:17); contra aquela ci-dade" (1 S. 5:9); sôbre cada altar" (Nu. 23:2). Os verbos aproximar, tocar, pegar e apegar freqüentemente pedem o auxi-io desta preposição:

E Mas pegou no vestido'5 (1 R. 11:30). a quem'6 sustenho (Is. 42:1) . Vamos a um17 destês lugares (Juizes 19:13) . Não te chegues a mim'8 (Is. 65:5) . Qualquer que tocar nêste'9 va-rão ou em sua mulher20 . (Gn. 26:11).

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4) Usa-se com muitos verbos no sentido de com, sendo o complemento geralmente no caso associativo ou instrumental:

Com setas' e com arco entrarão ali (Is. 7:24) . Com mui-

ta gente2 (Nu. 20:20). Com júbilo3 betas (II S. 6:15) . Livra-me pela 31:2). Com a espadas (Êx. 5:3) . Dt. 6:13; Êx. 34:20; Dt. 21:14; Jó 18:28; I R. 7:14; Êx. 12:4.

5) Usa-se também com os verbos refugiar, confiar, reinar, regozijar, pensar, falar: Confiou em Yavé6 (II R. 18:5) . Que reinou em Hazor7 (Juizes 4:2) . Porque eu me regozijo na tua salvaçã'o8 (1 S . 2:1) . Como pensa na sua alma,9 assim é (Pr. 23:7) . Disse eu no meu coraçãol° (Ecl. 2:15) .

3. A preposição le, usada com o verbo, não expressa prO-priamente movimento como 'el, mas significa na direção de ou com referência a alguma cousa:

1) Usa-se com o complemento indireto depois de verbos como falar, dar, e fazer saber: Dize aos teus servosil o sonho (Dn. 2:4). Deixara um, resto de judán (Je. 40:11).

2) Com verbos que significam olhar, escutar, atender, es-perar:

O homem a contemplava13 (olhava a ela) atentamente (Gn. 24:21) . Levantai os vossos elhos para os céus14 (Is. 51:6) . Se seu marido lho vedar15 (Nu. 30:5, 8) .

3) Emprega-se para designar localidade, no sentido de a, perto, em:

O pecado jaz à porta16 (Gn. 4:7). Entrou á presença17 do rei (I R. 1:23) . Fostes rebeldes nas águas18 de Meriba (Nu. 20:24) Pior dentro e por fora" (I R. 6:30) .

e com (ao) som de troco-(com) tua justiçal (Sal. Vede também Êx. 1:14; 16:4, 10; Pr. 6:13; Gn.

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4) Emprega-se para expressar o resultado de verbos for-mar, mudar, fazer, no sentido de em ou para. Exemplos: For-mou em mulher' (Gn. 2:22). E far-te-ei para urna grande na-vío2 (Gn. 12:2). Mudam o amargo em doce e odore em amar-go3 (Is. 5:20) . O homem tornou-se (em) um ser vivente4 (Gn. (Gn. 2:7). Se um homem vender a sua filha para, ser5 escrava (Êx. 21:7).

5) Combina-se com alguns verbos para significar com re-ferência a, em, de ou a respeito de. Exemplos: Dize de mim6 (Gn. 20:13). Em, riquezas e em sabedoria? (1 R. 10:23). Se-reis para mim8 uma possessão peculiar (Êx. 19:5) . Conhecen-do (com respeito ao9 conhecimento) o bem e 'o mal (Gn. 3:22). E não prosperarás com (a respeito de)" elas (Je. 2:37) .

6) Emprega-se com referência ao tempo, em várias co-nexões:

Pela viraçãoll do dia (Gn. 3:8). Sôbre a tarde12 (Gn. 8:11) . Porque te escondes em tempos13 de extremidade (Sal. 10:1) . Quando souber14 rejeitar o mal (Is. 7:15) .

4. De acôrdo com a sua significação original (separação) a preparação min representa distante de, fora de, descendência de, uma parte de, desde:i 1) Emprega-se com verbos que signifi-cam afastar-se ou remover-se:

Desceu do monte15 (Êx. 19:14) . Longe do estrondou dos frecheiros (Juizes 5:11) . Usa-se em várias combinações, como de sôbre, de debaixo, de fora, de fronte, de atrás, do lado.

2) Usa-se no sentido do grego ek, para fora (ablativo): Para fora" do jardim (Gn. 3:23) . Da terrau forntou o

:Senhor Deus todos os animais (Gn. 2:19) . Bebendo do vinho" (Gn . 9:21). Terei filhos por meio, dela20 (Gn . 16 :2) .

Gemiam sob (da) a escravidão21 (Êx. 2:23) .

1 2 3 4 5 6 ritdR5 %, "105 Cie25 riCte 5

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3) Designa, às vêzes, unto parte de, p. ex., Dois de cada espécie' (Gn. 6:19). Uma das filhas2 (Êx. 6:25). E nada da carne3 (Dt. 16:4).

4) Marca o limite anterior dum período contínuo de tem-po. Exemplos:

Desde o dial em que a arca ficou em Quiriate-Jearim (I S. 7:2) . Depois de muitos dias5 (Ez. 38:8). Em tais expressões como esta, a preposição, às vêzes, perde o seu significado ori-ginal, e significa "naquele tempo", p. ex., Esta é a palavra que o Senhor falou no passado6 (Is. 16:13) .

5) Usa-se também em comparações no sentido de além de, ou acima de:

Que cousa há mais doce do que o mer (Juizes 14:18) . Há alguma cousa demasiadamente8 difícil a Yavé (Gn. 18:14) ?

5. Proveniente da sua significação original (altura), a pre-posição 'ai usa-se no sentido de "em cima de, por cima. de, sôbre, contra, perto de, diante de, ao lado de", e em outras construções semelhantes. Exemplos:

1) Depois de verbos que significam mandar incumbir, no sentido de deitar uma ordem em cima de alguem:

Ordenou o Senhor Deus ao homem? (Gn. 2:16) . E' mais claro o seu uso com tais verbos como deitar, descansar, encostar, pesar. Exemplos:

Já (em cima de mim1°) me são pesadas (Is. 1:14) . De sorte que me tornei pesado a mim (em cima de mim)11 mesmo (Jó 7:20) . Forçoso seria eu incumbido de)12 dar-te dez siclos de prata e um cinto (II S. 18:11) .

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2) Do sentido por cima de explica-se o uso desta preposi-ção depois de idéias de cobrir, proteger, guardar. Exemplos.

Fora do véu que está diante1 (sôbre) do, testemunho (Êx. 27:21) . Do muro em redor2 nos serviram (I S. 25:16) . Eis que ao redor de si3 estende a sua luz (Jó 36:30) .

3) Depois de verbos ficar em pé, permanecer, chega a signi-ficar ao lado de, com, diante de, perto de:

Eis que estava em pé junto ao Nilo4 (Gn. 41:1) . São os dois ungidos, que assistem junto aos Senhor (Zc. 4:14) .1 Sera-fins estavam ao lado, por cima6 dele (Is. 6:2) . Vieram apre-sentar-se perante o Senhor7 (Jó 1:6) .

4) Provenientes da significação original, surge um grande número de construções, no sentido hostil, de contra, ou na di-reção de:

Entraram afoitamente na8 cidade (Gni 34:25). Levantar-me-ei cem a espada contra9 a casa de Israel (Am. 7:9) . Acam-pou contra10 Jabes-Gileade (1 S. 11:1) .

Se alguem se levantar contra' l êle (Dt. 19:11) .

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2 3 4 5

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CAPÍTULO IX

SINTAXE DO SUBSTANTIVO 1. Gênero O hebráico, como as outras línguas semitas, distingue ape-

nas os gêneros masculino e feminino. Usa-se geralmente uma terminação especial para indicar o feminino, especialmente dos adjetivos e perticípios. Empregam-se estas terminações princi-palmente para distinguir os nomes femininos de pessoas ou de animais. Exemplos: irmão, irmã ;1 moço, moça;2 touro, vaca.3

1. Distingue-se o sexo freqüentemente sem usar a termina-ção feminina:

a) Pelo uso de palavras diferentes para o masculino e o fe-minino. Exemplos: pai. mãe ;4 carneiro, ovelha ;5 jumento, ju-menta ;6 servo, serva ;7 noivo, noiva. 8

b) Pela construção diferente da mesma palavra. Por exemplo, em Gn. 32:63, a palavra camelos9 é masculino, mas em Gn. 32:16 é feminino. Em Êx. 21:37 o coletivo bois" é masculino, e feminino em Gn. 33:13 e Jó 1:14. Em Je. 2:24 jumento montes il é epiceno, mudando-se diretamente do mascu-lino para o feminino . Nas versões é feminino.

e) No caso de animais o escritor freqüentemente deixa de distinguir o gênero. incluindo em um só gênero todos os exem-plos duma espécie, como masculinos ou femininos. Como em português, tais nomes chamam-se epicenos. Todavia, os ani-mais fortes e corajosos são considerados masculinos, enquanto os fracos e tímidos são femininos. Em I S. 17:34, 36 e Isaias 59:11, urso12 é masculino, mas é feminino em II R. 2: 24; Pr . 17 :2 ; Os . 13 :8 ; Is . 11 :7 ; indeterminado em 1 S. 17 : 34, 36; Am. 8:19 e outros lugares. Lobo" e cachorro14 são mas-culinos, mas lebre,15 pomba,16 cegonha,17 abelha,18 formiga,19 são femininos.

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2. As seguintes classes de idéias são geralmente femininas, sem a terminação distintivo do feminino:

a) Nomes de países e cidades, consideradas como mães de seus habitantes: Assíria,' Edom,2 Tiro,3 Babilônia,4 Sião.5

b) Substantivos que designam um espaço cercado ou li-mitado: terra,6 mundo,7 lugar dos mortos,8 cidade,9 poço,10 nor-te». su/.12 Mas é variavel o gênero de nomes que designam lu-gar: caminho,13 vale,14 palácio ou templo,15 porta.16

c) Os nomes de instrumentos ou utensílios, membros e par-tes do corpo do homem ou do animal são femininos, porque são subservientes: espada," cântarol8 ou botija, copo,19 sapato," cama,21 dedo,22 mã 0,23 pé,24 joelho,25 côxa,26 barriga,27 asa,28 dente,29 chifre," língua,

Os nomes de certas fôrças e substâncias naturais são femi-ninos, enquanto os nomes dos céus e corpos celestiais são prin-cipalmente masculinos. As palavras sol33 e fogo34 são masculi-nos ou femininos. Femininos: pedra,35 vento,36 alma," luz.38

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II . Número.

1. Além dast terminações que designam o plural de adjetivos, particípios e muitos substantivos, empregam-se outros meios para designar pluralidade.

a) Há um grupo de palavras que se usam exclusivamente no sentido coletivo, enquanto o individuo da classe é designado por outra palavra, p. exemplo: gado ou manada de gado ou baisl e boi;2 rebanho de ovelhas ou cabritos3 e ovelha ou cabrito4 pe-quenos ou pequeninos5 e criança,6 erva verde,7 passaros,8 ver-mes,9 enxame.10

b) Há outras palavras que se usam no sentido singular ou coletivo: homemll (espécie humano, nunca no plural; um ho-mem (vir) ou homens12 (viril) ; mulher ou mulheres ;13 locusta ou enxame de locustas;14 ave ou aves de rapina;15 arvore ou árvores;16 fruto ou frutos ;17 planta ou plantas18 (arbusto).

c) Pela repetição de certas palavras expressa-se a totalidade ou a idéia distributivoe Exemplos: de dia em dia ou todos os dias19 (Gn. 39:10) ; de ano em, ano ou todos os anos20 (Dt. 14: 22) ; todos os homens21 (Êx. 36:4). Usa-se no mesmo sentido com a preposição be, como de manhã em manhã22 (Êx. 16: 21) . Quando a preposição be usa-se apenas com a segunda pa-lavra, o sentido da repetição é determinado pelo contexto, p. ex., como das outras vêzes23 (I S. 3:10) . Quando o vave co-pulativo usa-se com a palavra repetida, o contexto indica o sen-tido : gerações sucessivas ou de geração em geração" (Dt. 32: 7) ; dia após dia25 (Est. 3:4) .

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2. Repetem-se as palavras para expressar a idéia de distri-buição:

Quarenta dias, cada dia representando um ano1 (Nu. 14: 34). Pondo espaço entre manada e manada2 (Gn. 32:17). Vede também Nu. 7:11; Ëx. 26:3; 25:35.

3. Repete-se a palavra para expressar uma qualidade mui-to boa eu excepcional: O que era de ouro puro, e o que era de prata pura3 (II R. 25:15). Êles me são dados inteiramente4 (Nu . 8 :16) . Apenas pela estrada real5 (Dt . 2 :27) .

A repetição duma, palavra com vave pode especificar diver-sidade: Pesos diversos6 (pequeno e grande, Dt. 25:32) . Duas qualidades de coração, coração dobrado, refolhado7 (Sa1.12:3).

4. Empregos diversos da forma plural: 1) O plural que representa porções de espaço ou de tempo.

Designa localidades em geral, mas dá ênfase à combinação das suas numerosas partículas constituintes: céus,8 altura,9 água,10 mar,11 face,12 pescoço,13 cabeceira," ao pé15 (lugar dos pés), lugar além do rio,16 abismo,17 distância,18 acampamento,19 eter- nidade." C 1.1 (A-

2) Substantivos abstratos que intensificam característicos inerentes à idéia fundamental da palavra: mocidade,21 velhi-ce,22 virgindade,23 desposórios,24 terror25 (condição do peregri-no), cegueira,26 perversidade ou confusão."

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3) O plural de amplificação de substantivos abstratos, prin-cipalmente na poesia, intensifica a idéia radical da palavra. Exemplos : fôrça,1 (Is . 40 :26) , fidelidade2 (Pr . 28 :20) , enten-dimento profundo3 (Is. 27:11, 40:14), conhecimento profunclo4 (1 S . 2 :3) , conselho verdadeiros (D. t 32 :28), plena confiança6 CM 12:6; Is. 32:18; bênção7 (Sal. 21:7), grande fórça8 (Jó 41: 4), inuiio amado9 (Dn. 9.23), visão clara" (Gn. 46:2), retidão ou justiçai' (Pr. 1:3), perversidade12 (Pr. 23:33), vingança13 (Juizes 11:36), trevas14 (Lam. 3:6), lugar oculto15 (Je. 13:17), nobreza,16 gordura,17 doçura,18 preciosidade,'9 deleite," prazer,21 compaixão,22 descanso,23 amor," justiça,25 alegria.26 O resumo das várias partes de uma ação expressa-se também pelo plural de amplificação: expiação," retribuição,28 despedida, 29 aditl-tério,3° consolação,31 súplica.32

4) O plural de majestade intensifica e amplifica a idéia ra-dical do substantivo: Deus,33 Altíssimo," santíssimo,35 Senhor.36

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III. O emprêgo do artigo com substantivos.

Expressa-se a idéia indefinida pela omissão do artigo, ou peio numeral um, homem, mulher.

1. O artigo definido individualiza ou limita a significação do substantivo, como em português. O nome próprio ou o pre-nome pessoal já é definido, sem necessidade de antepor-lhe o ar-tigo. O significado do substantivo hebráico pode ser limitado também pelo contexto da oração. O substantivo no construto, sempre sem artigo, é definido quando seguido pelo genitivo de-finido, ou quando tem o sufixo pronominal. Via de regra, não se usa io artigo com nomes próprios. O nome próprio também não se usa no construto.

2. Os nomes próprios que individualizam cousas ou pes-soas, como Canaã, Jacó, Davi, não aceitam o artigo. Por outro lado alguns nomes gentílicos, (especialmente indivíduos que pertencem à mesma classe), e os nomes apelativos, recebidos des-de tempos remotos pela tradição, freqüentemente aceitam o ar-tigo: o hebreu,1 o cananeu,2 o jebuseu,3 o amorreu,4 o Libano,5 o Nilo,6 o Jordão.? Alguns apelativos se usam no sentido de do-mes próprios, e assim nestes casos perdem o artigo, p . ex., o ho-mem genérico,8 Adão,9 o adversário,10 Satan.11

Os substantivos Hades,12 mundo,13 abismo,14 eram original-mente apelativos, mas sempre se usam sem artigo.

3. Os pronomes pessoais individualizam pessoas e são de-finidos, sem o artigo. A terceira pessioa do pronome pessoal que designa causas, bem como pessoas, é também definido. Os pro-nomes demonstrativos, quando usados como o sujeito ou o com-plemento do verbo, são por si mesmos determinativos: Êste15 é o dia (Juizes 4:14) . Estas16 são as palavras (Dt. 1:1) .

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Todos os pronomes pessoais são determinativos quando se usam como demonstrativos, p. ex., Esta é a cousa' (Gn. 41:28). Quando se usam como adjetivos atributivos recebem o artigo, p. ex., Êste homem,2 naquêles dias.3

4. Determinação por meio do artigo: 1) Originalmente o artigo hebráico era pronome demons-

trativo, como se vê nas palavras, êste dia,4 esta noite,5 êste tem-po,6 êste ano.7

2) Via de regra, o artigo hebráico usa-se pai, limitar a significação do substantivo, quase como na língua grega:

a) Quando se refere a uma pessoa ou cousa já mencionada, tal cousa ou pessoa torna-se logo mais definido, e conseqüente-mente exige o artigo. Exemplos:

Disse Deus, Haja luz. . Viu Deus a /uz8 que era boa (Gn. 1:4) . Trazei-me uma espada. Trouxeram a espada9 (I R. 3:24).

b) Emprega-se o artigo com um título, ofícios ou objeto bem conhecido, ou reconhecido pelo povo: Elias o profeta," Salo-mão o rei," Jetro o sacerclote,12 debaixo do carvalho13 (Gn.35:8).

c) Um apelativo que designa urna pessoa ou um objeto -único pede o artigo:` o sumo sacerdote, o sol,14 a terra,15 a lua,16

d) Usa-se também para destacar um indivíduo particular, como o mais notavel da sua classe: O deus Baal,17 o homem18 (primeiro), o Deus verdadeiro,19 o rio,20 a planície21 (do Jor-dão) .

e) Usa-se o artigo freqüentemente, mas nem sempre, com o vocativo: ei rei22 (II S. 14:4). e, Josué o sumo sacerdote23 (Ze. 3:8) . Mas não se usa o artigo com céus e terra em Is. 1:2, ou com morte e xeol em Os. 13:14.

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f) O adjetivo atributivo leva o artigo quando o seu sub-tantivo o tem: o grande rei.1 Êste artigo pode ser omitido em

poesia. Quando o adjetivo é predicativo nunca leva o artigo, p. ex., Ainda é grande o dia.2

3) Como em português, usa-se o artigo para designar unia classe, circunscrita e universalmente reconhecida:

a) Com substantivos coletivos para designar todos os indi-vichios que pertencem à classe: o justo,3 o ímpio,4 o inimigo,5 o homem armado,6 o saqueador.?

b) Com os nomes de materiais bem conhecidos, e os ele-mentos que designam classes: Abrão era muito rico em o gado,8 em a prata9 e em o ourol° (Gn. 13:2) Com o fogo" (Jos. 11: 9); com o óleol 2 I(Is. 1:6).

c) Para expressar idéias abstratas de tôda espécie, porque elas representam classes de atributos, estados ou defeitos.

Exemplos: Feriram de (com a) cegueira.13

d) Nas comparações o objeto comparado trata-se corno ter-mo geral, e exige o artigo: Branco como a neve,14 como a là-15 (Is. 1:18) .

4. Emprega-se o artigo para especificar unia pessoa ou uma cousa, desconhecida e indefinida, mas mencionada em qual-quer circunstância definida:

Como se um homem fugisse diante do leão16 e, lhe saisse ao encontro o urso'? (Am. 5:19) . Veio o que escapara" (Gn. 14:13) . Deu ao moço19 (uni de seus empregados, Gn. 18:7) . Escreverá estas mesmas maldições no livro20 (Nu. 5:28) .

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CAPITULO X

SINTAXE DA RELAÇÃO GENITIVA 1. Expressa-se a relação genitiva pela íntima conexão do

nomen regens, designado o construto, com o nomen rectum, isto é, o genitivo. Apenas um só construto pode ser ligado direta. mente ao genitivo. Portanto o genitivo não pode depender de dois ou mais substantivos coordenados, no estado construto, mas um segundo construtoj tem que ser adicionado com o sufixo pro-nominal que se refere ao genitivo. Por exemplo, não se pode dizer, "os filhos e as filhas de Daví" A construção hebráica é: Os filhos de Daví e as filhas dêle.1 Mas dois ou mais genitivos podem depender do mesmo construto: Não é lugar (construto) de semente ,de figos, de vides, de romãs, de itgua2 (Nu. 20.5). Neste caso há cinco genitivos que dependem de um só construto, ma4 há uma tendência de repetit o construto com o segundo gess nitivo: O Deus do céu, e o Deus da terra3 (Gn. 24:3) . Numa série de genitivos alguns podem constar na forma de construto, assim governando outro genitivo que segue: Os dias dos anos da vida de meus pais4 (Gn. 47:9).

1. Esta relação entre o construto e o genitivo apresenta uma grande variedade de construções:

1) O genitivo subjetivo é muito comum:

A casa do rei. A palavra de Deus. O; cavalo do homem. 2) 1? genitivo objetivo: A violência (feita a) do teu irmãos

(Ob. 10) .

O clamor de (concernente) Sodoma6 (Gn. 18:20). Os sa-crifícios de (que agradam a) Deus? (Sal. 51:19) . O caminho da (à) árvore da vida8 (Gn. 3:24) .

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3) O genitivo partitivo: quando o adjetivo está no estado construto, seguido por um termo geral, por exemplo: As mais sábias das suas damas' (Ju. 5:29).

4) O genitivo de nome é comum: A terra de Canaã,2 a vir-gem de Israel.3

5) O genitivo de espécie: Homem insensato4 (tolo de ho-mem) ; homem bravo, um jumento selvagem entre os homens5 (jumento de homem, Gn. 16:12) ; carregado de r iniquidade6 (Is . 1:4) ; posse dum lugar de sepultura? (Gn. 23:4) ; figos temporãos8 (Je. 24:2) .

6) Genitivo de medida, peso, extensão, número: pouca gen-te9 (gente de número, Gn. 34:30) ; águas que me davam pelos artelhos (águas de artelhos), águas de lombosl° (Ez. 47:3, 4) ; os dois luminares'' (Gn. 1:16) .

7) Genitivo de material: vaso de barro12 (Nu. 5:17) ; joias de prata13 (Éx. 3:22); arca de madeira" (Gn. 6:14); vara de ferro" (Sal. 2:9) .

8) Genitivo de atributo duma pessoa ou de uma cousa: possessão perpétua" (Gn . 17 :8) pedra preciosa'? (Pr . 17 :8) ; vestidos sagrados18 (Êx. 29:29) ; o castigo da nossa paz19 (Is. 53:5) ; a maldade das vossas ações20 (Is. 1:16) ; homem elo-qüente21 (Êx. 4:10); homem inteligente22 (Pr. 24:5) ; homens de renome23 (Gn. 6:2) ; homens famintos" (Is . 5:13) • ho-mem vestido de paos25 (II R. 1:8) .

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Mestre de sonhos' (o sonhador Gn. 37:19) ; filho de fôr-ça2 (heroi, I R. 1:52) ; filho de cem anos3 (Gn. 21:5) ; filhos de Deus4 (Gn. 6:2).

3. Os genitivos epexegéticos ou explicativos, incluem nu-merosas definições que seguem os adjetivos e particípios passi-vos no estado construto. Exemplos: uma terra que mana leite e me/5 (Ëx. 3:8); mortos à espada6 (Is . 22:2); doente de amor"( (Cant. 2:5) ; formoso de parecer8 (Gn. 39:6) . Usa-se tam-bém, para designar a parte do corpo afetada por uma condição física ou mental: limpo de mãos9 (Sal. 24:4) ; aleijado dos pés'° (II S. 9:3); entristecidos de alma" (Is. 19:10).

II. Outros modos de expressar o modo genitivo Além do genitivo que depende do substantivo no estado

construto, esta conexão entre os dois substantivos pode ser re-presentada de outras maneiras. Pode se ligar o genitivo ao construto pela preposição le que, além de suas outras funções, pode também expressar a idéia de pertencer a. Pode ser de-signado também por uma locução adicional introduzida pelar, palavras asher le.

1. O genitivo representa-se às vezes por le quando se po-dia esperar a sua dependência do substantivo no estado constru-to. Exemplos:

Ás sentinelas de Saul12 (1 S. 14:16) ; sul, (ou Negeb) de Judá13 (II Cr. 28:18).

Esta construção do genitivo geralmente se limita aos seguin-tes casos: a) Para designar o primeiro substantivo como indefi-nido quando 'o segundo é definido, ex., um filho de Jessél 4 (1

S. 16:18) ; o filho de Jessé.15

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Sacerdote do Altíssimo' (Gn. 14:18); Salmo de Daví.2

b) Quando o genitivo depende de um construto que é ao mesmo tempo. um genitivo, isto é, quando um genitivo depende de outro genitivo no estado construto: uma parte do campo de Boaz3 (Rute 2:3). Assim se evita uma longa série de constru-tos: no livilo das crônicas dos reis de Israel4 (I R. 14:19).

c) Quando o nomen regens, por causa de um sufixo, ou por outra razão, não pode ser usado no estado construto: os vaus do Jordão de Moabe5 (Juizes 3:28) .

Jordão, como nome próprio, não pode estar no estado ccns-truto.

d) Para designar explicitamente relações de lugar e tempo: Aos vinte e sete dias do mês6 (Gin. 8:14) ; O' primeiro de

tôda a casa.7

2. A expressão perifrástica do genitivo, por asher le, usa-se principalmente para designar o possuidor: As ovelhas de seu pai8 (Gn. 29:9); O principal dos pastores de Saul9 (1 S. 21:9)

III. Outras funções do estado construto:

Além do seu emprego regular para designar a relação ge-nitiva, o estado construto usa-se também, na narrativa rápida, simplesmente como meio de ligar palavras:

1. Antes de preposições: Como a alegria na ceifa" (Is . 9:2); para saber se prosperara11 (Gn. 24:21); se regozija como Rezin1 (Is. 8:6) . como um de nós13 (Gn. 3:22) .

2. Antes de vave copulativo: Ao estrondo dos cavaleiros, e das carroças, e dos carros14 (Ez. 26:10).

1 2 3

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4

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-- 98---

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3. Quando governa o pronome asher. Exemplo: lugar onde.'

4. Quando governa locuções que se relacionam ao estado construto, como um genitivo: Por mão de quem tu hás de enviar2 (Êx. 4:13); O paradeiro daquêle que néo conhece a Deusa (Jó 18:21) .

5. Ligado com uma palavra em aposição: A virgem filha de Sião4 (Is. 37:22) ; Uma mulher, possuidora do espírito de adi-vinhaç "à" o5 (I S. 28 :7) .

IV. Aposição e Adjetivo

Enquanto a aposição não é forma da relação genitiva, re-laciona-se com ela, e tem quase o mesmo sentido em português.

Por causa da escassez de adjetivos e por amor de brevidade, a aposição emprega-se mais largamente em hebráico do que em inglês e português.

1. Em alguns casos o primeiro de dois substantivos apre-senta a idéia principal, e o segundo apresenta uma explanação.

a) O primeiro designa a cousa, o segundo o seu material: bois (de) bronzes (II R. 16:17); dilúvio de águas? (Gn. 6:17).

b) O primeiro substantivo designa uma cousa, e o segundo a suai qualidade: palavras de verdade8 (Pr. 22:21) ; ofertas pa, cíficas9 (Êx. 24:5) .

c) O primeiro substantivo designa uma pessoa ou cousa, e o segundo o seu nome: A terra de Canaã10 (Nu. 34:2) ; O rio

Eufratesil (I Cr. 5:9). d) O primeiro designa o gerfus, e o segundo a espécie: Uma

mulher, viuva12 (II S. 14:5); verdura, erva13 (Gn. 1:12).

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e) O primeiro substantivo designa uma cousa, e o segundo o número, peso ou medida: dias, númerol (poucos dias, Nu. 9:20) ; dinheiro repetição, i. é., dinheiro duplo2 (Gn. 43:12) ; dois anos completos3 Gn 41 :1) .

2. Em outros casos é a segunda palavra que apresenta a idéia principal, a primeira, o peso, numero ou medida: três me-didas, flor de farinha4 (Gn. 18:6); sete anos5 (Gn. 5:7); uma efa, cevada6 (Rute 2:17).

3. Em alguns casos o primeiro substantivo é simplesmente repetido:

a) Para expressar ênfase ou intensidade: em muito, muito ou grandissimamente7 (Gn. 17:2) ; tão orgulhosamente8 (1 Sa-muel 2:3) .

b) Para expressar distribuição: sete por sete9 (Gn. 7:2) ; de geração em geração" (Éx. 17:16).

c) Expressa também a idéia de muitos: muitos poçosll (Gn. 14:10); muitas covas12 (II R. 3:16).

d) Às vezes a aposição desta classe oferece o ensejo de acrescentar uma nova idéia, sem prejudicar a construção: O grande rio, o. rio Eufrates13 (Gn. 15:18).

Observação: Para a expressão de muitas idéias pode se es-colher entre a relação genitiva e a aposição.

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CAPÍTULO XI

SINTAXE DO ADJETIVO O uso da adjetivo é pouco desenvolvido no hebráico bíbli-

co. A distinção, portanto, entre o substantivo e o adjetivo, menos clara do que nas línguas modernas. Histõricamente os adjetivos, como os substantivos, vêm de raizes verbais, servin-do primeiro na função de substantivos, e depois na de adjetivo. Alguns adjetivos se derivam diretamente dos verbos, como no grego. O verbo ocupa um lugar mais importante no hebráico do que em outras línguas. Os filólogos pensam que, a raiz do subs-tantivo, incluindo o adjetivo, é sempre, ou quase sempre, deri-vada da raiz verbal. 1. Na sua relação sintática o adjetivo usa-se, às vêzes, da mes-

ma maneira que io substantivo : 1. Quando fica no genitivo, governado por um substantivo

no estado construto: um grande exército' (Is. 32:2) ; sangue inocente2 (Dt. 19:13) .

2. Quando fica no estado construto e governa o genitivo que segue: o santo do teu templo3 (o teu santo templo, Sal. 65:5); limpo de mãos4 (Sal. 24:4); entristecidos de alrna5 (Is. 19:10). II. Concordância do adjetivo, incluindo os particípios e os de-

monstrativos, quando usado no sentido atributivo: 1. Segue o substantivo que modifica: o grande luzeiros

(Gn . 1:16) ; grande poder? (Êx. 32:11); mão poderosa8 (Êx. 32:11) .

2. Concorda com o substantivo que modifica em número e gênero: o seu filho mais velho9 (Gn. 27:1) ; a grande cidadel° (Gn. 10:12); as cousas boas" (ios. 23:14); muitas mulheres estrangeiras12 (1 R. 11:1) .

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Quando dois adjetivos modificam uni substantivo feminino ~ente o que está mais perto do substantivo toma a terminação feminino: uma grande e forte ventol (I R. 19 :11) ; toda a cousa vil e desprezível2 (1 S. 15 :9) .

Quando um atributo qualifica vários substantivos de gêne-

ros diferentes, concorda com o masculino. 3. O adjetivo atributivo recebe o artigo quando o substan-

tivo que modifica é definitivo. Omite-se às vêzes na poesia, e também em outros lugares: êstes bons anos vindouros3 (Gn 41:35); a tua mão poderosa4 (Dt. 3:24); a grande obra do Se-nhor5 (Dt. 11:7) . Exceções: naquela noites (Gn. 30:16) . esta doença7 (II R. 1:2).

III. Quando o adjetivo, incluindo particípios e demonstrativos, usa-se predicativamente, êle geralmente precede ao sujeito, mas pode seguí-lo, se o sentido é bem claro:

O Senhor é boina (Sal. 34:9); a sua glória é grande9 (Sal. 21:6); a terra é boa1° (Nu. 14:7); a sua fôrça é grande'- (Ju. 16:5); tu és iusto12 (Ne. 9:33).

IV. Formação dos graus do adjetivo. Não há formas especiais para expressar os graus comparativo e superlativo:

1. Para a formação do comparativo de superioridade ou de inferioridade, a preposição min- é prefixada ao substantivo com que se compara O adjetivo que expressa a qualidade colo-ca-se antes do substantivo comparado: mais alto do que qualquer um ano povo13 S. 9:2); mais doce do que o melm (Ju.14:18); mais forte do que o leão15 (Idem.) ; melhor do que a vidal6 (Sal.

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--- 101 ----

1.1r. -2.1 iP

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63:4) ; E amava mais a Raquel do que a Leial • (Gn. 29:30) ; é cousa pequena demais para vós2 (Is. 7 :13) ; sou pequeno demais para tôdas as misericórdias3 (Gn . 32 :11) .

Em todos estes casos a preposição expressa a idéia da remo-ção de uma cousa ou pessoa de outras pessoas ou cousas. Em-prega-se também esta construção para exprimir a idéia de afas-tamento da pessoa dum propósito ou objeto, p. ex.: Não lhes será vedado de quanto intentam fazer4 (Gn. 11:6) .

2. Para a formação do comparativo correlativo emprega-se o adjetivo com o artigo: o grande, isto é, o maior; o pequeno, isto é, o menor5 (Gn. 1 :16) ; Disse a primogenita à menor6 (Gn. 19:31); filho mais velho... filho mais moço? (Gn. 27:15).

3. Para a formação do grau superlativo : a) Emprega-se com o positivo, o artigo, ou o sufixo pronominal, ou o genitivo partitivo, depois do adjetivo. O artigo ou o genitivo indica que o atributo mencionado pertence a um ou mais indivíduos defi-nidos: Ainda falta o pequeno,8 isto é, o mais moço dos oito fi-lhos (1 S. 16:11) . o seu filho, o pequeno, isto é, o seu filho mais moço9 (Gn. 9:24) . o pequerio dos filhos, isto é, o mais moço de seus filhosl° (II Cr. 21:17) . o bom deles, isto é, o me-lhor delesil (Mq. 7:4). Desde o maior até o menor dêles12 (Donas 3:5) .

1 ruce 5r17-a1s zriN1

2 t:?2 tr251/C71

3 4 riem 5,2t 11r2r inr 51 int 122"

5 6 It2rT1 •-• '121 rinNy2r1-5144 nnteri

8

ItDrri ruz 5in rin Itcrrl 11‘;2 9 10 11 12

Impri l'22 lt2r 2= 122.2r-1311 t2 511n2

-102--

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b) Emprega-se também as palavras mikol e be para a for-mação do graú superlativo:

o maior de todos os filhos do orientei (Jó 1:3) .

a mais bela entre as mulheres2 (Cânt. 1:8).

c) Forma-se o, grau superlativo pelo uso do substantivo no estado construto, seguido pela mesma palavra no plural:

o santíssimo lugar3 (Éx. 26:33); o mais excelente cântico4 (Cânt. 1:1); servo dos servos, io servo mais humilile5 (Gn. 9:25).

1 1:21-r— ,I3-52C 51M

3

5

2 r2.722 Tirri

4 trlitrirs

-103 --

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CAPÍTULO XII

SINTAXE DOS NÚMEROS

I. O número um é adjetivo e segue o substantivo que mo-difica: um dial (Gn. 27:45) ; uma lei2 (Êx. 12:49) ; uns dias3 (Gn. 27:44) .

II. Os números de 2 a 10, sendo originalmente substanti-vos abstratos, podem se ligar com os substantivos pelas seguin-tes maneiras:

1. Podem ficar no estado construto„ seguidos pelo substan-tivo numerado no genitivo: uma triade de dias, três dias4 (Jos. 2 :22) os dois luzeiros5 (Gn . 1:16) .

2. Podem também permanecer no estado absoluto, segui-dos pelo substantivo numerado em aposição com êle:

sete, anos6 (Gn. 5:7); sete, bois? (Nu. 23:1).

.3. Podem ficar no estado absoluto, colocado depois do objeto numerado, e em aposição com êle:

carneiros, sete8 (II Cr. 13:9); passos, sete9 (Ez. 40:22). A freqüência desta ordem nos últimos livros explica-se

pela tendência crescente de considerar Os números cardiais como adjetivos, em vez de substantivos.

III. Os números de 2 a 10 tomam o objeto numerado, com poucas exceções, no plural (Vede Êx. 16:22 e II R. 22:1). Os números de 11 a 19 geralmente tomam o plural, mas com certos substantivos, freqüentemente usados com números,

1 2 3

rinin trirs reN 4 5 6

m'e' r1tti5v rtiRert Nr./ yzei 8 9

trID rwzri 1:5NN yztj ai5ye --104 --

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3 nen, intj ri.re

5 715'5 cvz-IN

8 eNnen, rinw

11 :15N ri5v

13 r5rtj tre7114 1112771

15 trly

17 ryznyri

18 trnetyri

19

— 105 —

como dia, ano, homem, alma, mês e cidade, o singular é mais comum: doze homens' (Dt. 1:23); doze novilhos2 (Esd. 8:35); onze dias3 (Dt. 1:2) ; dezesseis almas4 (Gn. 46:18) . Quando o número precede o substantivo, estei fica geralmente no singu-lar: quarenta noites5 (Gn. 7:4); setenta almas6 (U. 1:5). Mas o substantivo usa-se também no plural: setenta filhos7 (II R. 10:1) .

Quando o substantivo precede estes números está sempre no plural: vinte cúbitos8 (II Cr. 3:4) . Depois de cem e mil o substantivo pode estar no singular ou no plural: cem prole-tas9 (I R. 18:4); cem anosl° (Gn. 17:17); mil hiolocaustosil (I R. 3:4); cento e vinte e sete províncias12 (Est. 1:1); cin-co mil ciclos13 (I S. 17:5).

IV. Números compostos de dezenas e unidades podem re-celber o objeto numerado depois, no singular: sessenta e dois anos14 (Gn. 5:20) . O objeto numerado pode ser colocado também antes do número. Neste caso usa-se a forma plural: quarenta e oito cidades" (Jcs. 21:39) . Freqüentemente o substantivo se repete, no singular com a dezena e no plural com a unidade:

setenta e cinco anos16 (Gn. 12:4). V. O uso do artigo com os números: 1. Usado separadamente, o número leva o artigo, como

qualquer outro substantivo definido: os quaren,tall (Gn. 18: 29); os vinte" (Gn. 18:31); (o) um19 (Ecl. 4:9) .

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2. Quando o número está no estado construli, usa-se o artigo com o substantivo que segue; quando está no absoluto pode-se prefixar o artigo ao número, ao; substantivo, ou aos dás: os cinco homens' (Juizes 18:17); os quarenta dias2 (Dt. 9:25); os duzentos e setenta e três3 (Nu. 3:46); os duzentos e cincoenta homens 4 (Nu. 16:35).

VI. Quanto ao uso dos ordinais, notam-se os seguintes métodos:

1. Os ordinais, de um. a 10, se distinguem dos cardinais, e são usados como os outros adjetivos: no primeiro anos5 (II Cr. 29:3); no mês nonos (Je. 36:9).

2. Acima de dez, os cardinais não tem formas diferentes, e os cardinais servem também na função de ordinais. Pode seguir o substantivo no estado construto: no ano décimo oitavo? (II Cr. 34:8) . Pode também preceder o substantivo e ficar em aposição com ele: no décimo oitavo ano8 (II R. 22:3).

3. Para numerar os dias do mês e os anos, usam-se fre-qüentemente os cardinais em vez dos ordinais, até os números de 1 a 10, inclusive:

no segundo ano9 (I R. 15:25); no terceiro anol° (II R. 18:1); no sétimo ano (Dt. 15:9).

....••■••■•■•••••••■••••

1 tre,Nrit refem

2

1:21'71 trYZIkt 3

trrNerii eNyte-ii re5e,r1 5

tt' rreti trriern

4 71212iNIrl rize,„t

6

7 rrey rettj ruciz

8 rney 112C2:72

9 yztjm-riej

10 ei5ri rztiz

11 1:Nref

- 106 -

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Para numerar os meses sempre se usam os ordinais: no primeiro mês,1 no segundo mês, 2 no décimo mês3. Assim se combinam para expressar os dias do mês: no quarto dia do mês,4 (Zac. 7:1); no sétimo dia do mês5 (II R. 25:8).

VII. Os distributivos se expressam pela repetição do nú-mero cardinal, ou pelo uso da preposição le: dois em dois6 (Gn. 79); em cada mão seis dedos7 (II S. 21:20) . Também se repete o objeto numerado: para cada tribo um homem8 (Jos. 3:12).

VIII. Os multiplicativos expressam-se por três maneiras:

1. Pelas formas femininas dos cardinais: duas vêzes9 (Jó 40:5); sete vêzesl° (Lv. 26:21).

2. Pelo dual do número: sete vêzes11 (Gn. 4:15); qua-druplicadol 2 (II S. 12:6).

3. Pelo o emprego de ocorrência, pé, mão: duas vêzes13 (Nu. 20:11); três vêzes14 (Nu. 22:28 e Ëx.

23:14); cinco vêzes15 (G-n. 43:34). Em Êx. 16:5 o dôbro se expressa pela frase dois tantos de, ou a repetição acima de.16

4 5 tri-n5 rwrue ryzeit

6

7 tr,22/ e'2j

triej 8 9 10

tzzej5 irw CIS -ne C'S trrts: yzti 11 12 13

irryztj errYrIN reyr, 14 15 16

r5r W521 rrr cem 5y ruenz — 107—

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CAPITULO XIII

SINTAXE DE PRONOMES

1. O pronome pessoal Além do seu uso como sujeito do verbo, em lugar do sub-

stantivo que representa, o pronome pessoal emprega-se das se-guintes maneiras:

1. Em aposição com o sujeito, sendo este substantivo, ou pronome, para lhe, dar ênfase especial: Eis que eu pequei, sim eu' (II S. 24:17) . Em II S . 12:28 e 17:15, o pronome em aposição coma substantivo vem depois do verbo. Eu é que fiz a terral (Is. 45:12). Comparar eu, sim eu em Os. 5:14. Consta, todavia, que o pronome se coloca antes do verbo, às vêzes, sim-plesmente por causa da eufonia. E' usado assim em Gn. 21:24; Êx. 8:24; Ju. 6:18,` II 21:6; I R. 2:18, e, em outros lugares.

2. O pronome separado também serve para dar ênfase ao sufixo da mesma pessoa que preicede, e por vêzes ao que segue:

a) Para dar ênfase ao sufixo verbal, no acusativo. Nêste caso o pronome separado não é acusativo, mas o sujeito duma lo-cução independente, cujo verbo é subentendido: Abençoa-me também a mima (Abençoa-me, eu também quero a bênção, Gn. 27:34) . Judá, a ti te louvarão os teus irmãos4 (Gn. 49:8) . b) Para dar ênfase ao sufixo ligado com, o substantivo: a minha morte, eu em vez de tis (II S. 19:1) . O teu sangue, o teu mes-mos (I R. 21:19) . Eu, de algum homem o meu queixo? (Já 21:4). Eu, em meu sonho, eu também sonhei8 (Gn. 40:16).

1 2 3 221441 'rg4ttn ns nntn, Nz214 ,214-rn ,2z12

4 5 mrs rinirr 1,nrir

6 7 8

rirs-tn 1-rW cite ,zuci N:L.441K

--108 --

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c) Para dar ênfase ao sufixo pronominal, ligado a uma preposição:

Sôbre mim, eu, meu senhor, a culpai. (1 S. 25:24); conos-co, sim, conosco2 (Dt. 5:3).

3. Os casos obliquos do pronome pessoal se ejxpressam pelo sufixo pronominal ligado à preposição, ao verbo, ou ao sinal do objeto direto:

a) O sufixo pronominal pode ser usado com a preposição no sentido demonstrativo, ou na voz média: Eude fêz para si um punhal3 (Ju. 3:16) ; Assim também em Is. 3:9: êles fazem mal a si mesmos.4 Mas a êle mesmos '(Gn. 8:9) ; com êle mes-mos (Gn. 22:3); consigo? (1 S. 1:24); para êle8 (1 S. 1:2); dêle9 (Gn. 3:3) ; sôbre mim" (II S . 15:33) ; Vai-te" (Gn. 12:1).

b) Como sufixo, e ao mesmo tempo, objeto direto do verbo: Êle os crioul 2 (Gn. 5:2); e o enviou13 (Gn. 3:23). Por

amor à brevidade, usa-se, por vêzes, o sufixo pronominal com o verbo, no, caso dativo: Jejuastes vós, para mim14 (Zc. 7:5) ; que tu me déste15 (Jos. 15:19).

c) Com o sinal do objeto definido, especialmente quando, para ênfase, a idéia pronominal se coloca antes do verbo: te matarál6 (Nu. 22:33) ; ou quando o verbo tem dois objetos pro-nominais: Êle mo mostrará" (II S. 15:25) ; ou quander é o ob. jeto do infinitivo absoluto que não pode receber sufixo nenhum: e o escolher dele . . . para mim18 (I S. 2:2) ; quando é o objeto do infinitivo construto que já tem, como seu sujeito, um sufixo pronominal: quando ela o teve" (Gn. 38:5) ; quando a idéia é um reflexivo: êles provocam a si mesmos20 (J e,. 7:19) ; ou por clareza: matá-lo21 (Gn. 4:15) .

1 2 3 4 7 yr" '211■4 '2N-'2 liTIM uro 15 enri cri,

5 6 7 8 9 IN514 img rity 15 1r2.2

10 11 12 14 N5y 15-15 cou irirlge»1 '21-1C271

15 16 17 18 wuni Nrrri :ris ira '2141711 irR Ir12,1

19 20 21 uno rirri5z mr14 ... revte cri irR nitri:

---109 --

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8

rrin-rNi -rsi 1'2,2 -rN It2IJ rir",

Itdir nNy iDtZ2 30 11

121N '11/2 12

4. Os pronomes possessivos st expressam pelos sufixos, pro-nominais ligados aos substantivos (no genitivo):

a) O genitivo subjetivo: seu proximol (Êx. 21:35); o seu temor2 (Êx. 20:20).

Não será tua a honrai (Ju. 4:9).

b) O genitivo objetivo: a afronta4 (feita a mim, Gn. 16: 5); o vosso temor e o vosso pavor5 (Gn. 9:2); o seu clamor6 (Gn ., 18 :21) ; a tua maldição? (Gn . 27 :13) .

Quando vários substantivos são coordenados, o sufixo pro-nominal tem que ser ligado a cada um delels: Esau levou suas mulheres, e seus filhos, e as suas filhas8 (Gn. 36:6).

5. Quando um genitivo que segue um substantivo no es-tado construto se usa para expressar a idéia dum material ou dum atributo, o sufixo pronominal, que propriamente peren-ce à idéia composta, é ligado ao segundo substantivo: o monte da minha santidade, isto é, o meu santo monte9 (Sal. 2:6); tua cidade santal0 (Dt. 9:24); seus ídolos de prata" (Is. 2:20); os seus passos firmes12 (Jó 18:7) . Assim também depois dum adjetivo usado como nomen regens: os meus que se exultam arro-gantemente" (Is.13). Seguindo a mesma analogia usa-se as epc-pressões: suas armas de guerra14 (Dt. 1.41); a minha casa de oração15 (Is. 56:7) . Nestes casos o genitivo não expressa a idéia dum atributo.

3 In-sen rrrr

4 Neer"

5 6 rirrI,S2;1

7

14 ireri5e 452

15 V15er ritZ

--110 -

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Observações: O hebráico não sustenta coerentemente a dis-tinção de gêneros, e assim o sufixo masculino refere-se, por ve-zes, ao substantivo feminino: Êx. 11:6; 25:19; Ju. 11:34; Gn. 31:7; 32:16; Êx. 2:17.

Em alguns poucos casos o sufixo pronominal perde, quase por completo, a sua significação. Per exemplo, meu Senhorl, o construto do plural de magestade, com o, sufixo da primeira pes-soa singular, usa-se no sentido de Senhor apenas. Nota-se a dis-tinção entre meu Senhor2 e meu senhor.3

II. O pronome demonstrativo

1. A distinção principal entre os dois pronomes demons-trativos, zeh e hu', com seus respectivos números e, gêneros, é que o primeiro quase sempre se refere a uma pessoa ou cousa nova, enquanto o outro se refere a uma pessoa ou cousa já mencionada ou conhecida. Esta distinção fica esclarecida no uso dos dois demonstrativos em Gênesis 32:3: "Quando os viu disse: Êste4 é o arraial de Deus. E chamou aquêle5 lugar (já mencio-nado) Maanaim". Em Juizes 7:4: "E será, aquêle de que eu te disser: Êste6 não irá contigo,êste7 (êsse) não irá. Via de regra, quando se refere ao objeto pela primeira vez na narrativa, usa-se zeh,8 mas uma vez mencionado, é designado depois por hu'.9 Em português zeh é geralmente traduzido por êste, e hu' por êsse ou aquêle. Encontram-se, tôdavia, zeh, e o seu plural 'eleh em certas combinações onde se espera achar hu' e hemma, e vice-versa. Quase sempre se encontra haddavar hazzeh10 e bayyamim hahemmall. Como em português, usa-se êste no sentido de des-prezo: I S. 10:27; 21:16; I R. 22:7; Is. 6:10.

1 2 3 4 21144 '21N

T

5 6 7 8 Rim :mem rn Kiri ri'

9 10 11 Rim rim 12,171 remi nNtNt

--111 ----

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2. As duas palavras zeh e hu' usam-se, por vazes, quase como enclíticas, para reforçar as palavras interrogativas: Quem é êste?1 ou Quem agora? (Jó 38:2) . Também I S. 17:55; Is. 63:1; I S. 10:11. Assim também mi hu' 2 em Is. 50:9; Jó 4:7; Sal. 24:10; Je. 30:20.

3. O pronome zeh usa-se também como advérbio demons-trativo, com referência ao lugar ou ao tempo: Se tu (aqui) és meu filho3 (Gn. 27:21); Subi por aqui4 (Nu. 13:17); Agora5 (estes) muitos dias (Jos. 22:3) ; já duas vêzes6 (Gn. 27:56) . 4. o pronome zeh emprega-se, às vêzes, especialmente em poe-sia, como pronome relativo: Que te gerou? (Pr. 23:22) ; em que habitaste8 (Sal. 74:2).

5. O artigo hebráico, às vêzes, retem o seu sentido antigo, ou original, de demonstrativo: êste compasso9 (Gn. 2:23) ; esta noite" (Gn. 19:5) .

III. O pronome interrogativo Há três pronomes interrogativos: mi, mah, 'ey-zeh. 1. O pronome mi usa-se no sentido masculino, ou feminino,

singular ou plural, e geralmente se refere a pessoas: Quem é o homem?". Quem sois vós12 (Jos. 9:8) ? Quais são13 os que hão de ir (Éx. 10:8) ? Quem é Siquem" (Ju. 9:28)?

2. Emprega-se mi como genitivo depois de um nomen regens:

De quem és filhal5 (Gn. 24:23)? a palavra de quem18 (Je. 44:28) ? De quem° tomei boi (I S . 12 :3) ? Usa-se também no acusativo: A, quem18 te farei subir (I S. 28:11) ? Usa-se tam-bém com preposições: Por quem19 (I R. 20:14) ? De quem és tu20 (G11., 32:18? Após quem saiu21

1 2 3 4 ri;' e N171 't 'ZZ ri? rinIC rn 15.S;

5 6 7

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3. O interrogativo mah sempre se refere a cousas, e usa-se como nominativo, acusativo, genitivo ou com preposições: Que disseram' (Is. 39:3)? Que sabedoria é essa2 (Je. 8:9)? Para que3 (Sal. 2:1)? Por que causa4 (Ag. 1:9)? Sôbre que5 (Jó 38:6) ?

4. Empregam-se os dois pronomes interrogativos, mi e mah em perguntas indiretas, bem como nas diretas: E não sabe quem as levarás (Sal. 39:7). Não sabem o que era? (Êx. 16:15).

5. Êstes dois pronomes empregam-se como pronomes inder finidos: Quem é medroso e tímido, volte8 (Ju. 7:3) . Qualquer cousa que a tua alma deseja, eu te farei9 (I S . 20:4) .

6. A forma 'ey-zeh, combinação de 'ey (construto de 'ay, onde, e o demonstrativo) usa-se freqüentemente como interro-gativo : Que casai° (Is. 66:1) ? De que cidade és tull (II S .15 :2) ?

IV. O pronome relativo Locuções relativas, ou subordinadas, geralmente se intro-

duzem pela palavra indeclinável 'asher. Não é relativo no sen-tido do latim ou de português,

Usa-se para dar fôrça relativa ao que segue:

1. O sufixo pronominal ou o advérbio que segue esta par-tícula, recebe( dela uma significação relativa: O Rabsaqué a quem o rei enviou12 (Is. 37:4).

"a quem" é a tradução de 'asher. . .lo. nação cuja língua não entenderás13 (Dt. 28:49). "cuja língua" é a tradução de 'asher . . .leshono.

1 2 3 1 5

11eN-rie riC-rerri 7105 rie nr, me-51,

6 7

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Havilá onde há ouros (Gn. 2:11). Tu és o meu servo, no qual hei de ser glorificado2 (Is. 49:3).

2. Quando 'asher é precedido imediatamente por uma pre-posição, ou por 'eth, sinal do objeto definido; ou por um sub-stantivo no construto, há sempre a necessidade de suprir, na tra-dução, o seu antecedente, de acôrdo com as exigências do con-texto: Aquêle de quem o comprou3 (Lv. 27:24). Por causa de tudo quanto fêz4 (Je. 15:4) . Na mão daquêle a quem odeias5 (Ez. 23:28). No lugar em que tu morreres6 (Ru. 1:17). Aquêle a quem abençoares será abençoado? (Nu. 22:6).

3. A partícula relativa pode ser omitida nos seguintes ti-pos de construções:

a) Quando na locução seria o sujeito ou o objeto do verbo, ou seria usada no genitivo ou dativo: em terra que não é sua8 (Gn. 15:13). trouxeste o dia que proclamaste9 (La. 1:21). o dia em que nascil° (Jó 3:3) .

b) Quando, na sua omissão, omite-se também o seu antece-dente: o lugar daquêle que não conhece a Deusil (Jó 18:21) . pela mão daquêle que tu hás de enviar12 (Êx. 4:13). Aquêle que o Senhor ama executara a sua vontadel 3 (Is. 48:14).

4. Outras maneiras de expressar a idéia relativa: a) Pelo pronome demonstrativo zeh : Ouve a teu pai que

te gerou14 Pr . 23 :22) . Os que eu amava se tornaram contra mim15 (Jó 19:19).

1 2 zrinn etri-12M rs5Nirn -mus 1:12 Itns4 mrt4

3 4 irNe -Iene

5 6 rszt, nem 112 riem inier nem::

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b) Pelo particípio com o artigo, como no grego: o filho que lhe nasceu' (Gn. 21:3). que iam2 (Jos. 10:24) . que é chega. doa (Gn. 18:21) que é vindo4 (Ru. 4:3) .

V. Expressão de idéias pronominais pelo emprego de sub-tantivos:

Os pronomes reflexivos expressam-se principalmente pelo uso do Nifal, Hitepael e sufixos pronominais (raramente por pronomes pessoais) .

1. Além destes métodos, já discutidos em outras conexões, empregam-se no sentido de pronomes reflexivos os seguintes substantivos: nefesh, 'eçem, panim, qerev e lev: Não me estimo a mim mesmos (Jó 9:21). o próprio céus (Êx. 24:10). A minha face (eu mesmo) irá contigo? (Êx. 33:14) . Assim se riu Sara consigo8 (Gn . 18:12) . e disse consigo9 (no seu coração, Gn.. 17:17) .

2. Pronomes indefinidos: a) cada um, cada qual. todos os, expressam-se por 'ish,

'adham, kol, ou pela repeitição do substantivo: E sonharam, cada qual o seu sonhou) (Gn. 40:5). tôdas as manhã sll (Êx. 16: 21). dois gomeres para cada um12 (Éx. 16:22). todos os dias13 (Sal. 7:12). todos os viventes14 (Gn. 3:20).

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b) Ninguém, qualquer cousa, qualquer pessoa e cousa ai-gurna se expressam pelas palavras 'ish, davar, e kol : Não saia ninguém' (Êx. 16:29). Haverá cousa alguma difícil para o Se-nhor2 (Gn. 18:14)? qualquer um dos mandamentos3 (Lev. 4:2). mal algum4 (Is. 56:2). tôda a pessoa que tens5 (Gên,. outro" (Êx. 17:12). e apartaram-se um do outro" (Gên. 13: 19:12). O Senhor faz tudo quanto quiser6 (Sal. 135:6).

c) Alguns ou uma parte de expressa-se pela preposição min : alguns dos anciãos? (Êx. 17:5). alguns do povo8 (Êx. 16:27).

d) Nada, ninguém se expressam pelas palavras lo' kol; lo' . . . davar; 'en 'ish, kol 'adham lo' : para nadá prestava9 (Je. 13:17). nada façaisl° (Gn. 19:18). ninguém se importai" (Is. 57:1). ninguém estará na tenda12 (Lev. 16:17).

e) Tal (como estel ou esta) expressa-se por kazeh, ken :

nação como estan (Je. 5:9). tal homem", isto é, homem como este (Gn. 41:38). nunca houve tais gafanhotos15 (Éx. 1.0:14).

f) Um... e outro é a tradução de várias combinações, ou pela repetição de um substantivo: um de um lado e o outro do. outro" (Êx. 17:12). e apartaram-se um do outro"?' (Gn. 13: 11). e não se aproximou um do outro" (Êx. 14:20).

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CAPÍTULO XIV

A ORAÇÃO

Por causa da estrutura peculiar das línguas semitas, espe-cialmente do hebráico e do árabe, há duas classes de orações sim-ples, e não há distinção entre orações complexas e compostas. No Velho Testamento encontram-se apenas orações simples e com-postas. Há, todavia, duas classes de, proposições simples.

I. A proposição substantiva é simplesmente aquela cujo su-jeito e predicado são substantivos ou seus equivalentes. O ver-bo ou copulativo é subentendido.

Exemplos: O Senhor (é) o nosso reis (Is. 33 :22) . Ora, os homens de Sodoma maus e pecadores2 (Gn. 13:13). Êles têm bôca3 (bôca para eles, Sal. 115:5) .

1. O sujeito de proposição substantiva pode ser:

a) Um substantivo: Um rio saindo de Eden`l (Gn. 2:10) .

b) Um pronome: Eu causando choverá (Gn. 7:4) . E êle sacerdotes (Gn. 14:18) .

Quem sábio? (Os. 14:10)?

2. O predicado da proposição substantiva pode ser:

a) Um substantivo: Vós filhos do Senhor vosso Deus8 (Dt. 14:1) . Êste modo de colocar dois substantivos lado a lado como sujeito e, predicado, sem verbo, é característica das línguas semi-

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tas. Assim se identificam os dois: a cousa e sua medida, a cousa e seu material, por exemplo: o altar madeira' (Ez. 41:22) .

b) Um adjetivo ou particípio: O ouro daquela terra bom2 (Gn. 2:12).

Ora, Efrom sentado3 (Gn. 23:10).

c) Um número: Os doze (de nós são) teus servos4 (Gn. 42:13) .

d) Uni pronome: Ela grande cidade5 (Gn. 10:12) . Vê tam-bém Êx. 2:27, Gn. 24:65.

e) Uni advérbio ou qualquer especificação de tempo, quali-dade, lugar, possuidor, que pode ser considerado como equiva-lente de uma idéia substantiva:

Ali o bdélio6 (Gn. 2:12). Onde AbeP (Gn. 4:9) ? A sua dignidade para sempre8 (Sal. 136:1). Importa notar que a pro-posição substantiva não tem verbo, e tendo substantivo, ou equi-valente, como predicado, ela representa o sujeito como fixo, o seu estado, enfim o seu ser ou estar assim. O substantivo usado como predicado é explícita ou implicitamente idêntico ao sujeito.

4. A relação sintática que existe entre o sujeito e o predi-cado de uma proposição substantiva se expressa por simples jux-taposição, sem cópula de qualquer espécie. O tempo do verbo, que precisa suprir na tradução, é determinado inteiramente pelo contexto: O Senhor (é) o (verdadeiro) Deus9 (IR. 18:21).

Ló (estava) sentadol° (Gn. 19:1). Eu (farei) chover"- (Gn. 7:4).

Estabelece-se, por vezes a conexão entre o sujeito e o predi-cado das seguintes maneiras:

a) Acrescentando o pronome separado da terceira pessoa,

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singular ou plural, assim reforçando o sujeito: As sete vacas boas sete anos elas' (Gn. 41:26) .

13), Para especificar com mais precisão a relação entre o su-jeito e o predicado, emprega-sel, àsí vezes, o verbo hayah não no pleno sentido, de existir ou tornar-se, mas simplesmente como có-pula: 4 terra, porém, (era2) sem forma (Gn. 1:2)" Ora, a ser-pente (era) mais astuta (Gn. 3:1).

5. A ordem natural das palavras da proposição substan-tiva é sujeito-predicado, assim dando ênfase ao sujeito como objeto da descrição. Encontra-se, todavia, em poesia e outros lugares, a ordem inversa, predicado-sujeito; Segue-se esta ordem para dar ênfase especial ao predicado: Pó (és) tu4 (Gn. 3:10) . Minha irmã tu5 (Gn. 12:13) . Santo Yavé6 (Is. 6:3) . morrendo (estou) eu7 Gn . 30 :1) .

Quem o homem8 (Gn. 24:65)? Onde Abel9 (Gn. 4:9)?

II. A, proposição verbal 1. Quando a oração tem um substantivo ou pronome como

sujeito, e um verbo finito como predicado, é reconhecida na gramática hebráica como proposição verbal.

Assim a oração verbal representa alguma cousa em movi-mento, em progresso, em ação: Disse Deus10 (Gn. 1:3). E

(Gn. 1:7) . 2. A colocação do sujeito antes ou depois do verbo é um

meio de fazer urna distinção essencial no significado das pro-posições veirbais. Nesta qualidade de declaração a ênfase prin-cipal cai na ação que procede do sujeito ou que é experimen-tado por êle. Quando o verbo é um perfeito ou imperfeito consecutivo êle precede o sujeito. Mas na continuação da

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narrativa o sujeito pode preceder o verbo, mesma na oração verbal: As águas prevaleceram' (Gn. 7:19) . Para dar ên-fase especial ao sujeito coloca-sei antes do verbo: A serpente en-ganou-met (Gn. 3:13) . Na grande maioria dos casos, todavia, a colocação do sujeito antes do verbo explica-se pelo fato que a locução descreve apenas um estado, e, não introduz um fato novo para o desenvolvimento da narrativa. Orações verbais desta qualidade nem sempre se distinguem claramente, das ora-ções idênticas ou substantivas.

O estado particular representado pelo verbo pode ser:

1. O resultado duma ação completada no passado, e a re-ferência a este fato é necessária para a compreensão da seqüên-cia da ação principal. Quando o predicado é um verbo perfeito, geralmente se traduz erra português pelo mais que perfeito. Por-exemplo: Noé, porém, tinha achado3 graça aos olhos do Se-nhor (Gn. 6:8) . E' claro que a narrativa procede na base deste fato. Os filhos de Queneu tinham subido4 da cidade (Ju. 1:16) . José tinha sido levados ao Egito (Gn. 39:1) .

2. O estado particular também pode ser contemporâneo dos eventos principais da narrativa, ou pode ser o resultado de tais eventos. Na primelira classe encontram-se todos os verbos combinados com o verbo hayah no sentido de existir, ou tor-nar-se. Um exemplo da segunda classe encontra-se em Gn. 13:12: Abraão continuou a habitar na terra de Canaã, mas 1,45 nas cidades da planície (Gn. 13:12) .

Por causa da relação íntima entre as proposições substan-tivas e as proposições verbais que começam com o sujeito, Harper não considera a distinção entre as duas qualidades de oração. Preferimos, porém, seguir a exposição de Gesenius, que

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se justifica peia maior clareza de muitas construções.

3. Pela própria natureza da proposição verbal a ordem, de suas palavras é: verbo-sujeito ou verbo-sujeito-objeto. To-davia, encontra-se freqüentemente, uma variação desta ordem natural dos membros da proposição, dando prioridade de po-sição à palavra que recebe ênfase especial:

a) Objeto-verbo-sujeito: Os cordeiros separou Jacó' (Gn. 30:40). A mim o Senhor enviou2 (1 S. 15:1). Também Ui-das as casas dos altos. .. tirou Josias3 (II R. 23:19). Esta ordem é mais freqüente com os verbos que incluem dentro de si os seus próprios sujeitos: A tua voz ouvi4 (Gn. 3:10). 'Vê Gn. 3:16,18; 6:16; 8:17; 9:13; Êx. 18:23; Ju. 14:3; I S. 18:17; 20:9; 21:10; II R. 22:8; Pr. 13:15.

b) Verbo-objeto-sujeito: Havia de amamentar filhos Saras (Gn. 21:7).

Escreverá estas palavras o sacerdote (Nu. 5:23). Assim como desfilhou mulheres a tua espada? (I S. 15:33).

c) Sujeito-objeto-verbo: O Senhor a nudez lhes descobri.. 7-48 (1s. 3:17). E eu visões multipliquei9 (Os. 12:11). Como quem os aflitos consolai° (Jó 29:25).

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d) Objeto-sujeito-verbo: Se uma grande cousa o profeta disseral (II R. 5:13) .

Pois as minhas transgressões eu (as) reconheço2 (Sal. 51:5).

III. A oração composta.

1. Tôdat a oração que tem como seu sujeito, ou o seu pre-dicado, uma locução completa, chama-se proposição composta, do ponto de vista hebráico:

Deus — o seu caminho é perfeito3 (Sal. 18:31). O meu filho Siquem — a alma date se afeiçoou fortemente à vossa filha4 (Gn. 34:8) .

2. Assim a proposição composta se forma pela juxtaposi-ção do sujeito, que sempre precede, e:

a) Uma proposição substantiva, que é independente, e st refere ao sujeito principal por meio dim pronome: O Senhor — no turbilhão o caminho dêle5 (Na .1:3) .

Os ímpios — como espinhos lançados fora todos êles6 (II S . 23:6) . Em Gn. 34:23 o predicado é uma locução in-terrogativa: E todo o gado dêle — não para nós ?7

Usa-se também o pronome pessoal como o sujeito princi- pal: Quanto a mim êste é o pacto meu8 (Is. 59:21) . E eu — para onde irei eu9 (Gn. 37:30).

Sem o sufixo retrospectivo a conexão entre o sujeito t pre-dicado é mais frouxa: Quanto ao negócio — O Senhor é teste-munha entre mim e ti para semprel° ( I S . 20:23).

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b) Uma oração composta pode ser formada também peAa juxtaposição duma locução ou proposição verbal, independen-te, e com ou sem sufixo retrospectivo: Quanto a Sarai tua mu-lher — não chamarás o nome dela Sarai1 '(Gn. 17:15).

dos bezerros de ouro — que estavam em Betel2 (II R. 10:29) . O povo — que anda em trevas3 (Is. 9:1) . Emprega-se também o pronome como o sujeito principal:Quanto a mim — o Senhor me guiou no caminho4 (Gn. 24:27).

Em todos os exemplos citados, é preciso notar que se) des-taca o sujeito principal como casus penderas, assim lhe dando ênfase que seria impossível na simples proposição verbal. Ao mesmo tempo a declaração da proposição verbal recebe ên-fase.

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CAPITULO XV

CONCORDÂNCIA ENTRE O SUJEITO E O PREDICADO

Como em outras línguas, assim também no hebráico, o pre-dicado em geral concorda com o sujeito em gênero e número, mesmo quando o sujeito é pronome,.

Há, todavia, muito mais exceções à regra em hebráico do que em português e inglês. Muitas das exceções resultam do construto ad sensum; isto é, o sentido recebe, mais atenção do que a forma gramatical.

1. Quando o sujeito precede o predicado, concorda com ele em gênero e número:

Os preceitos do Senhor são retos' (Sa1.19:9). Êste é meu concêrto2 (Gn . 17 :10) .

2. Quando o predicado precede: a) Êle geralmente concorda com o sujeito em gênero e nú-

mero: Os filhos de Israel fizeram o mala (Ju. 3:7). Foram abertos os olhos dos dois4 (Gn. 3:7).

b) O predicado pode assumir a forma primária, terceiro masculino singular, seja qual fôr o número e gênero do sujeito que segue: Virá sôbre ti o mal5 (Is. 47:11) Os opróbrios não se apartarão6 (ni.2:6). Retos são os teus juizes? (Sal. 119:137).

3. Quando o sujeito é dual o predicado geralmente toma a forma do plural, e por vezes o feminino singular: Os meus olhos contemplarão8 (Mi. 7:10). As vossas mãos estão cheias de sangue9 (Is. 1:5). Além destes princípios fundamentais há numerosas exceções. Exemplo: Os seus olhos haviam cegado" (I S. 4:15) .

4. O substantivo singular, usado no sentido coletivo, pode ser construido com o predicado plural. O coletivo feminino que

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representa masculinos também exige o verbo no plural: Vinham rebanhol (Gn. 30:38) . Subiram (a família) à casa de José2

(Ju. 1:22). O exército perseguiram3 (II R. 25:5) . A con-regação tôda se anjuntarão4 (Nu. 10:3). O coletivo que se signi-

fica nacionais também exige o verbo no plural: O siro (os si-ros) fugiram5 (I R. 20:20) . Usa-se também o verbo no plural com coletivos que representam ovelhas e bois: Os bois lavraram6 (Jó 1:14). Mas o rebanho, que fizeram? (I Cr. 21:17) ?

b) Substantivos usados ocasionalmente no sentido coletivo tomam o verbo no plural.

Foi circuncidado todo o macho8 (Gn.34:24) . Pergunta-ram os homens de Judá9 (Ju. 15:10). Brotarão outros1° (Jó 8:19).

c) Femininos, usados no sentido coletivo, para designar masculinos: Para que saiba tôda a terrall (I S . 17:46) . Pere-cerá o resto12 (Am. 1:8) . E todo o aumento da tua casa mor-rerão13 (I S. 2:33).

5. Por outro lado, substantivos plurais, usados no sentido singular, freqüentemente levam o verbo no singular, especial-mente o pluralis maiestatis: Se o Senhor lhe der mulher14 (Êx. 21:4) . O senhor da terra falou conosco" (Gn. 42:30) . For-mas femininas, com o sentido masculino, são construidas com um predicado masculino: O pregador era sábio" (Ec. 12:9) .

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6. O predicado pode ficar no feminino singular quando o sujeito plural designa objetos inanimados, animais, membros do corpo e idéias abstratas: Nos seus palácios crescerão espinhos' !Is . 34:13). As suas inundações arrebatam2 (PS 14:19). Os ani-mais do campo suspiram3 (Joel 1:20). Renova-se a tua mocida-de4 (Sal. 103:5).

7. O plural de pessoas, especialmente no particípio, é cons-truido, por vezes, com o predicado no singular, quando todo in-divíduo, e não o grupo como tal, é representado como partici-pante da ação. E' o singular distributivo: Maldito seja cada uni, daquêles que te amaldiçoaram5 (Gn. 27:29). Aquêle que pro-fanar certamente morrerás (Éx. 31:14). Qualquer que comer será exterminado? (Lev. 17:14).

8. Quando o sujeito consta de dois ou mais substantivos, ligados por vave, o predicado pode concordar com qualquer um deles; ou pode estar no plural, concordando com o sujeito com-posto como em português: Entrou Noé e seus filhos& (Gn. 7:7). Falou Miriã e Arão9 (Nu . 12 :1) . Morreram Saul e seus filhos" (I S . 31:7) . Então Joabe e Abisai, seu irmão, perseguiram". (II S . 20:10) .

9. Quando o sujeito é composto de um nomen regens com um genitivo, o predicado concorda às vezes em gênero e número, não como nomen regens, mas sim com o gelnitivo, especialmente quando este representa a idéia principal do sujeito composto: O arco dos fortes (são quebrados) é quebrado" (I S .2:4). Os olhos altivos do homem. (será abatido) serão abatidos13 (Is . 2:11) . O predicado sempre concorda com o genitivo quando o nomina-

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tivo é kõl (todos): E foram todos os dias de Adão1 (Gn. 5:5). O predicado freqüentemente concorda com o sujeito quando o nominativo é qol (voz): A voz do sangue do teu irmão está cla-mando2 (Gn. 4:10) .

II. Peculiaridades na representação do sujeito 1. O verbo finito quase sempre leva no seu sufixo ou pre-

fixo pronominal a especificação do seu sujeito, e estet sujeito, encerrado no verbo geralmente concorda com o predicado, mas encontram-se muitas irregularidades. Formas masculinas refe-rem-sei não poucas vêzes a femininos. ExeMplos: e sabereis3 (Ez . 23 :49) ; fizestes4 (Rute 1:8) ; acordeis5 (Ct . 2 :7) ; ouvis (Am. 4:1); são verbos masculinos com sujeitos femininos.

2. A terceira pessoa singular, especialmente no masculino, usa-se muitas vêzes impessoalmente: e aconteceu, e acontecerá. Tornou-se quente para êle, isto é, irou-se7 (Gn. 4:5); tornou-se estreito para êle, isto é, angustiou-se8 (Gn. 32:3) . A forma feminina usa-se com o masculino em I S. 30:6: Davi muito se angustiou.9

Pouco diferente é o caso da terceira pessoa singular femi-nina, usada como predicado de um sujeito feminino, não men-cionado mas subentendido: Isto não subsistirá, nem acontecerál° (Is. 7:7)., Pois isto só a ti pertenceu (Je. 10:7). tudo quanto era do rei12 (II R._ 24:7) . A terceira pessoa singular mascu-lina do verbo ser refere-se às vêzes, ao ato previamente mencio-nado: Isto será por sinal dum pacto13 (Gn. 17:11).

Os fenômenos naturais se expressam pelo terceiro singular masculino ou feminino: logo que haja luz14 (1 S. 29:10); chega as trevas15 (Je. 13:16) ; chove, mas o contexto pede, fiz cho- ver16 (Am. 4:7) .

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3. O indefinido sujeito pessoal, se em português, one em inglês -e on em francês, expressa-se de váriaS maneiras em he, bráico:

a) Pela terceira pessoa singular, masculina: Chamou(se) o seu nome Babell (Gn. 11:9).

Reforça-se às vezes este verbo singular por um particípio da mesma raiz: Não pisa quem pisa, isto é. Não - pisa o pisador2 (Is. 16:10) . Vêde também Gn. 16:14, 19:23, Ëx. 15:23, II S. 2:16, 16. 9:5, I S. 16:14, Gn. 38:28, Is. 6:10.

b) Êste sujeito indefinido expressa-se também pela tercei-ra pessoa plural do masculino: Davam de beber os rebanhos3 (Gn. 29:2) . Vêde Gn. 26:18, 35:5, I R. 1:2, Is. 38:16, Os. 12:9, Jó 18:18, Est. 2:2. O terceiro plural emprega-se, por ve-zes, para expressar um sujeito indefinido, onde o contexto não permite um agente humano: E noites trabalhosas me aponta-ram4 (Jó 7 :3) .

c) Pela segunda pessoa singular, masculina: Ali não che-garás5 (Is . 7 :25) .

até o teu chegar6 (Gn. 13:10) . Vêde Je. 23:37, Pr. 19:25. d) Pelo plural do particípio: Levarão para fora tuas mu-

lheres e teus filhos? (Je. 38:23) . Virão, matar-te8 (Neh. 6:1) . 4. Uma construção peculiar, que se encontra freqüente-

mente na linguagem poética, é a proposição verbal que tem dois sujeitos: um da pessoa e outro da cousa. Êste serve para indicar o agente pelo qual a ação é realizada, e geralmente se traduz 'em português por um advérbio. O sujeito que designa a cousa sempre leva um sufixo da mesma pessoa-. do- sujeito pessoal. Assim se 'distinguem dos acusativos duplos que já discutimos noutra ocasião:

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a) Exemplos em que o sujeito, que designa a cousa, prece-de: A minha voz — eu clama' ao Senhor' (Sal. 3:5) A minha bôca — eu clamei2 (Sal. 66:17).

b) Onde o sujeito, que designa a cousa, segue: Clama tu a tua voz3 (Is. 10:30). Livra tu a tua espada a minha alma

ímpio4 (Sal. 17:13). O Senhor — a tua mão (me livra) dos homens5 (Sal. 17:14). Tu — os teus cavalos marchaste pelo mar6 (Hab. 3:15) . Como em outras línguas, a ação pode ser atribuida à pessoa que simplesmente deu ordem que se fi-zesse: Gn. 40:22; 41:14; 43:14, II S. 12:9.

III. Orações incompletas 1. A sentença é incompleta quando o se,u sujeito, ou pre-

dicado, ou ambos, tem que ser supridos pela compreensão do contexto. Os dois grupos principais de orações incompletas são locuções introduzidas por eis, e outras exclamações de várias es-pécies.

2. A partícula demonstrativa pode ser usada meramente como interjeição, antes de proposições completas, como em Gn. 28:15: E eis! Eu estou contigo.? E' usado no mesmo sentido em Gn. 37:7; 48:21; Ê. 3:13 e 34:10. Também eis pode to-mar o sufixo pronominal, como sujeito natural duma proposição substantiva: Eis que tu vais morrer8 (Gn. 20:3) Às vezes falta o sufixo pronominal que se refere ao sujeito, e o simples eis toma o lugar de ambos o sujeito e a cópula, como em Gn. 18:9: Eis (ela está) na tenda.9 Também se encontra com o su-fixo pronominal, sem qualquer indicação do predicado: Eis me,1° isto é, Estou aqui. Quando eis é seguido por um substantivo, subentende-se o pronome demonstrativo, bem como a cópula:

Eis êste é o fogo e a lenhall (Gn. 22:7). Eis (esta é) o sangue do concerto12 (Êx. 24:8) .

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Em Am. 7:1, a cópula que é subentendida, se refere ao passado: Eis que (era) a erva serôdia' . . . Por uma constru-ção pregnante em Jó 9:19, o simples Eis usa-se como equivalen-te 4-uma oração completa: Eis que estou aqui2

3. No excitamento de ameaça, queixa ou triunfo um memn bro da oração é freqüentemente suprimido:

a) Espada do Senhor e de Gideão3 (Ju. 7:20) . Na m,e,s-ma exclamação no v. 18, omite-se espada. Cada um às suas ten-das (à sua tenda), ó Israel4 (II S . 20:1) .

Em I R. 12:16 cada um á suprimido. A palavra voz usa-se em Is. 13:4 nõ sentido de Escuta! ou Escutais Vossa perversi-dade!6 (quão grande é, Is. 29:16) .

b) O sujeito também pode ser suprimido: Não há, isto é, Não há ninguém aqui? (Ju.4:20). Onde está8 (o pão, Jó 15:23)?

c) Às vezes ambos o sujeito e o predicado são suprimidos: Também êste, isto é, Matai também a êste9 (II R. 9:27) .

As sentenças incompletas, como em português, pertencem naturalmente às exclamaçõe,s introduzidas por interjeições: Ai de nós" (I S . 4:8) !I Ai de mim11 (Is. 6:5) ! Ai do dia12 (Joel 1:15)! Ai, meu irmão13 (1 R. 13:30)! Ai, nação pecaminosa" (Is. 1:4) !

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CAPITULO XVI

CLASSIFICAÇÃO DE SENTENÇAS QUANTO A ESPÉCIE

Em relação a sua espécie as sentenças dividem-se em: de-clarativa, interrogativa, exclamativa, imperativa e optativa Discutiremos apecnas a forma negativa da declarativa, a interro-gativa, a exclamativa e a optativa, sendo estas que apresentam as maiores peculiaridades do ponto de vista de português.

I. Sentenças negativas

1. A interrogativa retórica pode expressar dúvida ou nega-ção, de acôrdo com, o sentido do contexto, como em português. As proposições independentes tornam-se negativas por vários advérbios.' Algumas conjunções2 empregam-se com as negati-vas dependentes. Há três negativas3 que se usam quase exclu-sivamente em poesia. A negação incondicional é lo' que é o equi-valente do grego ou ou outro Emprega-se com o perfeito e imper-feito. O advérbio 'ali é o equivalente do grego me.

E' subjetivo, e usa-se com o jussivo para expressar dissua- são, deprecação ou súplica. A distinção entre 'en e é que 'en se usa exclusivamente em proposições substantivas ou iden-ticas, enquanto lo' se emprega regularmente nas proposições verbais.

2. Negações no modo indicativo, com o advérbio lo' : Ela não voltou mais4 (Gn. 8:12) . Não, será mais exterminada tôda a carnes (Gn. 9:11) .

b) Usa-se com o imperfeito também para expressar proi-bições:

Não matarás6 (Êx. 20:13) . Não furtarás7 (Êx. 20:15).

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3. Para expressar uma negação subjetiva ou condicional usa-se 'al: Não seja eu envergonhado' (Sal. 25:2) . Ora, não haja contenda2 (Gn. 13:8). Não me fales mais3 (Dt. 3:26).

4. A negativa 'en, não há (construto 'ayin), coloca-se logo antes ..do substantivo, ou no princípio da proposição idêntica: Não se via pedra nenhuma4 (1 R. 6:18). Ninguém o viu, nem o soube, nem se despertou5 (1 S. 26:12) . O sufixo pronominal liga-se com 'ayin na proposição substantiva que é também ne-gativa; Eu não sou.6 Tu não és.7 E êle não apareceu (havia). mais, porque Deus o tomou8 (Gn. 5:24) . Estas expressões po-dem ser tradiuzidas pelo presente, imperfeito ou futuro, de acôr-do com o contexto.

b) A forma absoluta desta negativa usa-se em proposições verbais, e cc-loca-se depois do substantivo: E fôrça não há para dar à luz9 (Is. 37:3). E não venhal° (Jó 3:9). E homem não havia'' (Gn. 2:5).

5. A negativa, ainda não, usa-se principalmente com o im-perfeito: Não havia ainda12 (Gn. 2:5). Ainda não brotaval 3 (Gn. 2:5) . Usa-se com o perfeito em Gn. 24:15: Ainda não acabasse de falar.14

6. A negativa 'efes era originalmente um substantivo, como "en, e usa-se no sentido de não existir mais : Há ainda alguém contigo" (Am. 6:10)? E todos os seus príncipes não serão mais cousa a/getmal6 (Is. 34:12) .

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7. Na linguagem poética, e no estilo profético, usa-se bal,

quase como o equivalente de[ /o': O justo não será jamais abala-dol (Pr. 10:30) . Usa-se também como 'al : Que não se levan- tem e possuam a terra2 (Is. 14:21).

8. A negativa beli geralmente segue uma preposição, mas

usa-sei em poesia sem a preposição, e no sentido, de /o' : porque

ieão lhe fêz saber que fugia3 (Gn.31:20) . Usa-se também com o imperfeito em Jó 41:18; com o particípio em Os. 7:8, e Sal. 19:4, e finalmente com o, adjetivo em II 5. 1:21.

9. A palavra bilti é negativo, usado com o_adjetivo: NãO

está limpo4 (I S. 20:26) . 10., O negativo que geralmente se usa com o infinito cons-

truto- é bilti. Tem a fôrça duma conjunção e uma negação ao mesmo tempo: Para que o seu coração não se eleve sôbre os seus irmãos, e para que não se desvie do mandamentos. (Dt. 17:20).

11. A palavra pen-, para que não, usa-se neste mesmo sen-tido duplo, para introduzir locuções dependentes e negativas, sempre expressando um receio ou precaução: Para que o mal não me apanhes (Gn.19:19) . Para que não morrais? (Gn.3:3).

12. Como em pertugues, e no. grego, dois negativos na mes-ma proposição, reforçam a negação. Para assim se intensificar a negação, usam-se as seguintes combinações: sem nenhum habi-tante8 (Je . '2 :15) . Para que não haver água alguma9 (Is. 50 :2) . Não haverá nenhum habitantel° (Is . 5:9).

13. Onde há duas negações sucessivas, especialmente nos paralelismos da poesia, o negativo, do primeiro estende a nega-ção para o segundo, do qual o negativo, geralmente se omite: Não continueis a falar tão orgulhosamente, nem saia a arrogem, eia da vossa bôcall (1 S. 2:3). Não será esquecido . . . nempe-recerá" (Sal. 9:19) .

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II. Sentenças interrogativas

1. Como em português, há muitas interrogações que não são introduzidas por advérbios ou pronomes interrogativas. A ên-fase natural em certas palavras, às vezes, é suficiente para in-dicar uma pergunta: És tu meu filho Esaul (Gn.27:24)? Terei, eu prazer, depois de envelhecida2 (Gn. 18:12)? Reinará Saul sôbre nós3 ( I S. 11:12)? E não terei eu compaixão4 (Jonas 4:11) ? Vede também Êx. 8:22; 33:14; I S. 22:7; II S. 16:17; 1 R. 1:24; Is. 28:28; Os. 4:16; Zac. 8:6; Je. 25:29; Ez. 30:31; Jó 2:10.

2. Via de regra, a pergunta simples começa com o hê in-terrogativo:

a) Quando a resposta é desconhecida ou duvidosa: Vai bem o vosso pais (Gn.43:27)? Tendes outro irmão6 (Gn.43:7)? Consideraste o meu servo Jó7 (Jo 2:3) ?

h) Quando se espera a resposta negativa: Guardador do meu irmão eu8 (Gn. 4:9) ? Se o homem morrer, acaso tornará a vivere (Jó 14:14) ?

c) Em perguntas retóricas: E tu construirás para mim uma casa10 (II S. 7:5)? Não me revelei claramente à casa de teu pain (IÍ S . 2:27)?

d) Em perguntas indiretas, introduzidas em português por se : se as águas tinham minguadol 2 (Gn. 8:8).

3. Emprega-se uma partícula interrogativa quando se es. pera resposta afirmativa: Não está escrito13 (Jos. 10:13) ? Vede

R. 11:41; 14:29; II S. 1:18; II R. 15:11.

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4. Usa-se a partícula 'im: a) Para introduzir o segundo membro duma interrogativa

dupla, juntamente com o vave copulativo : Acaso não sabes? acaso não ouves' (Is . 40:28)? Aconteceu isto em vossos dias? ou também nos dias dos vossos pais2 (Joel 1:2) ?

b) Para introduzir uma pergunta indireta que depende de algum pensamento prévio: Perguntai. . . se sararei3 (II R.1:2) ? Vejamos se a vide já floresceu4 (Ct. 7 :13) ?

5. Com referência aos pronomes interrogativos já nota-mo$ em outra ocasião que:

a) o pronome mi sempre se refere a pessoas: Quem é êsse rei de glória5 '(Sal. 24:10)? Quem me dera água do pôço6 (II S. 23:15)?

b) O pronome mah sempre se refere à natureza ou caráter dum objeto: Quais são êstes7 (Zc. 1:9) ? Por que contendeis co-migo8 (Êx. 17 :2) ? Como pode ser justo um homem com Deus9 (Jó 9:2)?

6. Como em português, há também um grupo de advérbios interrogativos:

a) O advérbio maha, liga-se, às vezes, com le e 'adh Quando farei eu provisão também para a minha casal°

(G. 30:30)? b) O pronome mah usa-se com as preposições inseparáveis

para formar advérbios interrogativos : em quer' (Ju. 16:5)? quanto tempo"( (Jó 7:19)? por que ou para que13 (II S. 2:22)?

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c) O advérbio madduah pergunta a base ou a causa duma

ação: Por que voltaste hoje tão depressa' (U. 2:18)? Por que

estão hoje tristes os vossos semblantes2 (Gn. 40:7)?

d) O advérbio 'ekah, emprega-se para perguntar a maneira pela qual um evento ou ato aconteceu. Usa-se também para in-troduzir uma expressão equivalente a um negativo, e também para expressar admiração ou lamentação: Como posso sozinho levar o vosso peso3 (Dt. 1:12)? Como se fêz prostituta a cidade fiel4 (Is. 1:21)?

III. Sentenças exclamativas

1. A palavra mah, criginalmente um interrogativo, empre-ga-se para introduzir exclamações de admiração ou de indigna-ção: Como é que achaste tão depressa, meu filho5 (Gn. 27:20)!

Como neste caso, as exclamações se reforçam, às vezes, por zeh : Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas habita-ções, ó Israel6 (Nu. 24:5)! Gn. 28:17.

2. Espanto ou indignação, por causa de alguma cousa já acontecida, expressa-se por 'ek, com o perfeito: Como, pois, disseste7 (Gn. 26:9)! Como cessou o opressor! Como cessou a tirania (Is. 14:4, ironia)! Como cairam os valorosos, e perece-ram as armas guerreiras9 (II S . 1:25, 27, lamentação)!

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Usa-se também com o imperfeito em uma pergunta de re-preensão: Como, pois, posso cometer esta grande maldade e pe-car contra Deu? (Gn. 39:9)? Como, pois, furtariamos da casa do teu senhor prata e ouro2 (Gn. 44:8)?

Usa-se numa lamentação fingida: Como êle a remove de mima (Mi. 2:4)!

3. A palavra 'ekah usa-se com o perfeito numa exclamação de tristeza: Como está sentada solitária a cidade4 (Lam. 1:1) ! Usa-sQ também com o imperfeito em Lam. 2:1 e 4:1.

4. Sentenças exclamativas são introduzidas também por in-terjeições: Senhor meuá (Gn 43:20) ! Ai dos que vivem sosse-gados em Sião6 (Am. 6:1)! Ai do dial (Joel )!

5. Às vezes um substantivo, com ou sem artigo, pode ex-pressar uma exclamação: Ó rei8 (1 S. 23:20) ! Ó terra9 (Jó 16:18)! Vossa perversidade10 (Is. 29:16)!

Há freqüentemente uma relação notavel entre as sentenças interrogativas e exclamativas, como se vê em Mi. 7:18: Quem é Deus semelhante a ti?./11

Expressa-se uma exclamação fraca pelo uso da palavra ver-dadeiramente logo antes do predicado: Em verdade o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicadol 2 (Gn. 18:20). Vêde também Gn. 33:11 e Is. 7:9.

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IV. Sentenças optativas ou desiderativas, e juramentos

Pode se expressar um desejo pelo simples imperfeito, como ero Ju. 19:11 e II S. 22:50; pela coortativo, especialmente com na', como em Dt. 2:27, Nu. 20:17 e Jer. 40:15; pelo jussivio com na', como em Gn. 1:3, 6, 9, 11 e 47:4; pelo imperativo, como em II R. 5:22 e Is. 5:3: pelo perfeito consecutivo, como em Dt. 10:19 e I S. 6:5. Além dêstes modos, o desejo expressa-se também pelas seguintes maneiras:

1. Por exclamações na forma de cláusulas interrogativas, especialmente sentenças com mi, seguidas pelo imperfeito, assim expressando o desejo que a cousa contingente seja realizada: Ah, quem me dera ser juiz na terral (II S. 15:4) ! Por outro lado; mi com o perfeito' ou o particípio expressa antes uma pergunta retórica, isto é uma negação: Quem diria a Abraão,2 . (Gir. 21:7)? Is. 53:1.

Emprega-se freqüentemente quem dera, ou equivalente, para introduzir tôda espécie de cláusulas desiderativas: Prouve-ra a Deus que êste povo estivesse sob a minha direção3 (Ju. 9:29). Oxalá que fôsse a manhã4 (Dt. 28:67). Quem me dera que eu morrera por tis (II S. 19:1) . Vede Jó 11:5, Is. 27 :4, Jeir. 9:1, Dt. 5:26, Jó 13:5.

2. Expressa-se o desejo também pela partícula lu, usada corar o imperfeito e o imperativo: Oxalá que viva Ismael diante de tis (Gn. 17:18)! Oxalá que seja conforme a tua palavra?

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(Gn, 30:34) . Usada com o perfeito, expressa o delsejo que al-guma cousa tivesse acontecido no passado: Oxalá que tivéssemos morrido' (Nu. 14:2) .

2. A partícula 'im usa-se para expressar um desejo, mas sempre com o imperfeito: Oxalá que tirasses a vida ao perver-so, ó Deusa (Sal. 139:19).

V. Promessas, juramentos, ameaças e imprecações Estas qualidades de sentenças têm características hebráicas

que merecem atenção. 1. A partícula 'im usa-se na introdução de promessas e

ameaças, confirmadas por juramento, no sentido de certamente não, enquanto 'm-/o' na mesma fórmula significa certamente. As ditas partículas assim se, usam especialmente depois das se-guintes fórmulas: Pela tua vida ou Pela vida do Senhor:

Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal cousa3 (II S 11:11) .

Pela vida do Senhor não lhe há de cair no chão um só ca-belo4 (I S . 14:45) .

Eu vos conjuro . . . que não acordeis5 (Ct. 3:5). Usa-se 'im-/o' em contraste com /o': O meu senhor fêz-me jurar, dizen-do : Não tomarás. . . mas certamente irás. . . 6 (Gn. 24:37, 38). Jurou o Senhor dos exércitos, deveras como pensei, assim subsis-tir-dl (Is. 14:24).

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2. Estas duas partículas usam-se no mesmo sentido depois de fórmulas de imprecação :

Assim Deus te faça, e outro tanto, se me encobrires' . . (I S . 3:17).

Certamente farei de ti um ermo2 (Jer. 22:6).

Pela minha vida, diz o Senhor. .. certamente vos hei de fazer3 (Nu. 14:28).

3. Usam-se as partículas 'im e 'im-/o' também em declara ções simples:

Certamente não se viu escudo ou lança4 (Jer. 5:8).

Na verdade muitas casas se tornarão desoladas5 (Is. 5:9).

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CAPÍTULO XVII

CLÁUSULAS SUBORDINADAS Neste capítulo procuramos explicar as peculiaridades da es-

trutura do período hebráico, especialmente das proposições ou cláusulas subordinadas.

I. Cláusulas circunstanciais Encontramos freqüentemente no período hebráico uma

cláusula que descreve a condição ou as circunstâncias que acom-panham a ação do verbo principal. Estas cláusulas descritivas são freqüentemente ligadas com a proposição principal pelo vave copulativo. Êste vave geralmente liga locuções coordina-das, mas serve também para ligar cláusulas circunstanciais, nos seguintes casos:

1. Com o vave no perfeito, especialmente quando usado no sentido do mais que perfeito ou do perfeito em português. Pode ser traduzido geralmente pelo particípio: e morreu . . . havendo julgado a Israel quarenta anosl (1 S . 4:18) .

Não me detenha, visto que o Senhor tornou próspero o meu caminho2 (Gn . 24 :56) .

2. Com o particípio, usado como verbo, e quase sempre em cláusulas descritivas: Aparaceu-lhe o Senhor . . . estando êle as-sentado à porta da tenda3 (Gn. 18:1) . uma escada posta sôbre a terra cujo tôpo chegava ao céu4 (Gn. 28:12).

3. Mais raramente com o verbo, no imperfeito, e principal-mente em sentenças negativas: Meu pai não fax cousa alguma . . . sem primeiro me dar partes (1 S . 20:2) . Acaso a Deus ensinará alguém ciência,, desde que é êle quem julga 6 (Jó 21:22)

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4. A cláusula circunstancial pode ser uma proposição sub-stantiva., sem qualquer ligação verbal com a oração principal:

E falam de paz, tendo o mal nos seus corações' (Sal. 28:3). Apascentavam ovelhas. . . sendo moço2 (Gn. 37:2). 5. Há outras cláusulas circunstanciais que não são ligadas

com a oração principal por vave: a) Com o verbo no perfeito: e buscou, começando com o

mais velho3 (Gn. 44:12). b) Com o verbo- no imperfeito: me esconderá. . sôbre

uma rocha me elevará4 (Sal. 27:5). c) Com o particípio: e saíram, tomando a sua posiç'ão5

(Nu. 16:27). d) Com a proposição substantiva: Levantou a sua tenda, Betel ao ocidente, e Ai ao .orientes

(Gn. 12:8). 6. Outro grupo de cláusulas circunstanciais são introduzi-

das por partículas negativas, usadas como preposições: Passaram-se três anos, não havendo guerra? (I R. 22:1) b) Não vereis a minha face, não estando vosso irmão con-

vosco8 (Gn . 43:3) . c) E traspassou com êles o coração de A,bsalão, estando êle

ainda vivo9 (II S . 18:14). d) E aconteceu, Jacó havendo apenas saido, entrou Esaú,

seu irm "'doi° (Gn. 27:30).

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7. As cláusulas circunstanciais, em certos casos, precedem a oração principal:

a) Quando são introduzidas pela fórmula vayehi ou vehaya: E aconteceu que, despejando êles os seus sacos, eis quer (Gn. 42:35).

b) Sem qualquer fórmula introdutória: estando êles jun-to da casa de Mica2 (Ju. 18:3).

II. Cláusulas relativas Chamam-se cláusulas relativas aquelas que se relacionam

a uma palavra ou antecedente na oração principal. É geral- mente introduzida por asher, às vezes por zeh ou zu, mas nem sempre se exige partícula introdutória. Usam-se as cláusulas re-lativas das seguintes maneiras:

1. Cláusulas introduzidas por asher seguido por um pro-nome, sufixo pronominal ou advérbio que completa o seu sen- tido. O pronome ou sufixo pronominal concorda com o seu an-tecedente em gênero e número, e toma o caso que a partícula teria se fôsse substantivo:

a) Assim se usa como sujeito de sentença: tudo o que se move e vivei (Gn. 9:3).

b) Como objeto direto do verbo, acusativo: o profeta a quem o Senhor enviou4 (Je. 28:9).

c) Como genitivo, depois de um construto, ou depois de uma preposição,: nação cuja língua não entenderás5 (Dt. 28:49) o Senhor, debaixo de cujas asas vieste buscar refúgios (Ru.2 :12) .

d) Usa-se como advérbio no sentido de onde, para onde ou donde: onde fiz habitar o meu nome? (Je.7:12). para onde fo-ram levados cativos8 (I R. 8:47).

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2. Cláusulas introduzidas por asher, e com a omissão do pronome, sufixo pronominal ou advérbio retrospectivo:

a) Quando a partícula tem a fôrça de um sujeito, e es-pecialmente quando o predicado é um verbo finito que inclui a idéia pronominal: os homens que foram comigo' (Gn. 14:24) . .A mulher que me déste2 (G. 3:12).

b) Quando a partícula relativa tem a fôrça dum acusativo: o homem que formara3 (Gn. 2:8).

c) Quando a partícula relativa, como acusativo adverbial, segue um substantivo que designa tempo, lugar ou maneira: até o dia em que voltou4 (II S. 19:25). no lugar onde lhe falou5 (Gn. 35:13) .

3. Em algumas cláusulas relativas, a partícula relativa inclui o seu antecedente, traduzida em português por aquêle que, quem ou seus equivalentes . A partícula, portanto, tem duas construções. Fora da sua relação com a cláusula relativa que in-troduz, tem também uma relação com a oração principal, da qual depende esta cláusula relativa:

a) Assim pode ser o sujeito da oração principal: aquêle' que estava! sôbre a casa, e aquêle que estava sôbre a cidade. . . man-daram6 (II R. 10:5) .

b) Pode ser objeto, precedido por 'eth : Ungir-me-ás a quem eu te designar? (1 S . 16:3) . c) Pode ser genitivo depois duma proposição: disse ao

que estava sôbre a sua casa8 (Gn. 43:16) . Não viverá aquêle com quem achares9 (Gn. 31:32) .

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4. Algumas cláusulas relativas não têm partícula introdu-tória, especialmente quando o antecedente é indefinido:

a) Quando, a palavra que recebe a fôrça relativa é sujeito: em terra que não lhes pertencei (Gn. 15:13) .

b) Quando a relativa é objeto ou complemento de verbo: em caminho que não' conhecem2 (Is. 42:16) .

c) Quando a relativa é genitiva: Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era J(53 (Jó 1:1) .

d) Quando a cláusula relativa segue um substantivo no cons-truto (raro, poético) : a abundância que êle adquirira4 (Je 48:36) . os ilustres nos quais está todo o meu prazerá (Sa1.16:3).

e) Quando a relativa segue um substantivo no construto, que tem alguma significação de tempo, lugar ou maneira : No dia em que eu temer6 (Sal. 56:4). No tempo em que Riste que-brado? (Ez . 27:34) .

5. Em algumas cláusulas relativas, especialmente na lin-guagem poética, omite-se a partícula que inclui o seu antece-dente. Nestas cláusulas geralmente se coloca o predicado no princípio, assim acentuando a sua antítese com a oração que precede: o lugar daquêle que não conhece a Deus8 (Jó 18:21). Rogo-te que envies aquêle què tu hás de enviar9 (Êx. 4:13) .

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III. Cláusulas subjetivas, objetivas e adverbiais

Encontram-se cláusulas subordinadas usadas de várias ma-neiras:

a) Com a fôrça de sujeito, introduzida por 'asher ou ki : melhor é que não faças votai (Eci. 5:4). melhor é que tu nos sirvas2 (II S. 18:3).

b) Com a fôrça de complemento objeto, introduzida por ki: Quem lhe Ia saber, que estavas nú3 (Gn. 3:11) ?

c) Cláusula adjetiva, modificando o complemento objeto do verbo da oração principal: Viu Deus a luz que era boa4 (Gn.1:3)

d) Complemento ou objeto, ligado diretamente ao verbo da oração principal, sem partícula introdutória: Que direis que eu vos faço5 (II S . 21:4) .

2 . Outros modos de expressar cláusulas e objetivos: a) Depois de verbos como querer, permitir e ordenar, usa-

se o acusativo com infinitivo: pediu para si a mortes (I R. 19:4). Siom, porém, não se fiou de Israel para êste passar?

(Ju. 11:20) . b) Usa-se também o acusativo com o infinitivo depois de

verbos de ouvir, ver e saber : Não sabem que fazem mal8 (Ecl. 4:17) .

c) Emprega-se min, e raramente le, com o infinitivo de-pois de verbos de temer: porque teve medo. . . de fazer de dia° (Ju. 6:27). porque temia habitar em Zoar" (Gn.19:30).

3. Juntamente com as cláusulas abjetivas pertencem tam-bém as citações diretas e indiretas:

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a) Citações diretas são introduzidas por te' mor, ki ou'asher. Estas palavras têm a função de aspas. O discurso direta é mais comum no hebráico do que o indireto: Eu peço de ti, dizendo: Não verás a minha face' (II S. 3:13) . e lhe dissestes : Põe um rei sôbre nós2 (1 S. 10:19) . Respondeu Saul a Samuel : Antes dei ouvidos à voz do Senhora (1 S . 15 :20) .

b) O discurso indireto foi introduzido gradualmente, como variação do discurso direto, como se vê pelos seguintes exemplos: Ouvi dizer a teu respeito : Tu ouves sonho4 (Gn. 41:15). Sai-bam as nações que são homens mortais5 (Sal. 9:21).

c) Na literatura antiga o discurso direto prevalecia, mas nos últimos escritos tornou-se costume o emprego do imperfeito com ou sem ki no discurso indireto: Ordenou a Gade que dis-sesse a Davi para subir6 (I Cr. 20:18).

d) Encontra-se mais freqüentemente, todavia, nos últimos escritos, a construção do infinitivo com le : Chamará . para julgar o seu povo (Sal. 50:4). Esperava que desse uvas8 (Is. 5:2). E tôda a congregação respondeu que assim o faria9 (I Cr. 13:4).

4. Os métodos mais comuns de expressar conseqüência e propósito são os seguintes:

a) Cláusulas que indicam resultado ou consequüência, com o imperfeito, precedido pela partícula 'asher ou ki : de sorte que não possas curar-te" (Dt. 28:27).

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Que é o homem para que te lembres dêlel (Sal. 8:5) . b) Cláusulas que indicam propósito ou intenção : 1) Com o imperfeito, seguindo 'asher : para que sai.

bam2 (Jos. 3:7). 2) Com o infinitivo, seguindo le : Lembra-te do dia do sá-

bado, para o santificar3 (Éx. 20 :8) . 3) Com o imperfeito, seguindo lema'an, : para que creiam4

(Êx. 4:5). 4) Com o imperfeito, seguindo ba'avur : para que me sir-

vam de testemunhos (Gn. 21:30). c. Cláusulas que indicam propósito negativo: 1) Com o imperfeito, seguindo 'asher lo' : para que não

entendam6 (Gn. 11:7) . 2) Com o imperfeito, seguindo 'ai (ou bal) : para que não

se assenhoreiem de mim? (Sal. 19:9). 3) Com infinitivo, seguindo levilti : para que não désse se-

mente ao seu irmão8 (Gn. 38:9). 4) Com infinitivo ou substantivo regido por min : para

que não sejas reit (1 S. 15:23). 5) Com o imperfeito, seguindo pen : para que êle não es-

tenda a m'ãol° (Gn. 3:22) . 5. São os mais comuns os seguintes métodos de expressar

tempo: a) Cláusulas com o perfeito ou o imperfeito,, seguindo ki :

Quando lavrarás o solou (Gn. 4:12). Quando guardei silên-cio, envelheceram os meus ossos12 (Sal. 32:3)

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b) Cláusulas com o perfeito ou imperfeito, seguindo ka' asher : Logo que se aproximoul (Êx. 32:19) .

c) Cláusulas com o infinitivo, seguindo be ou ke :

Quando êle começou a reinar, logo que se assentou no seu trono2 (I R. 16:11) .

d) Cláusulas com o imperfeito, raramente com o perfeito, seguindo terem ou beterem : e ali pousaram, antes que passas-sem3 (Jos. 3:1) .

e) Cláusulas com o perfeito ou imperfeito, seguindo 'adh, 'adh-'asher : Fica-te viuva em casa de teu pai, até que venha a ser homem4 (Gn. 38:11) .

f) Cláusulas com verbo finito, ou infinitivo, seguindo 'asher, ou 'ahare : depois de arrancadas as pedras5 (Lev. 14:43) . de-pois de raspar a casas (Lev. 14:43)

g) Cláusulas com verbo finito ou infinitivo depois de me'az: desde que entrei a Faraó? (Éx. 5:23) desde que falaste a teu servo8 (Êx. 4:10) .

h) Cláusulas com o verbo finito, ou infinitivo depois de mide : e sempre que saiam9 (I S. 18:30) . sempre que moio (Je. 20:8) .

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CAPÍTULO XVIII

SENTENÇAS CONDICIONAIS

Há uma variedade de sentenças condicionais no Velho Tes-tamento. Não há sempre uma distinção tão clara entre as vá-rias classes, como no grego do Novo Testamento, mas o hebrái-co revela facilidade na expressão de nuances e delicadezas de sentimentos subjetivos. O uso do verbo na condição, bem como na conseqüência, é determinado pelos princípios de sintaxe já apresentados no; estudo do verbo. O escritor, por exemplo, pode apresentar a condição como já realizada, ou com a probabili-dade de ser realizada. Estas distinções são determinadas pela es- colha. da partícula condicional e pela forma verbal usada.

A relação entre a condição e a conseqüência expressa-se,, às vezes, pela simples juxtaposição das duas cláusulas, a pró-tase e a apódose. De acôrdo com o caráter, original do perfeito e, imperfeito do verbo, emprega-se o imperfeito, o jus-sivo, o coortativo, o imperativo, o perfeito consecutivo, e o particípio para expressar a probabilidade da realização duma condição no presente ou no futuro, enquanto se usa o perfeito para representar a condição já realizada no passado, e a sua conseqüência como fato conseguido, para representar condições impossíveis de realização.

Pelo exame de muitas sentenças condicionais do Velho Testamento na versão grega fica-se impressionado pela seme-lhança entre elas e as do Novo Testamento . Parece que esta forma literária do hebráico teve influência nos escritores do Novo Testamento. Há quatro variedades das sentenças condi-cionais: de realidade, dúvida, probabilidade e possibilidade.

A. Sentenças condicionais, sem as pertículas introdutórias

Encontram-se muitos exemplos das primeiras três classes, e quase nada da quarta classe. A distinção entre'as , classes de

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condições não é tão clara como no grego do Novo Testamento, por causa do elemento subjetivo no uso das várias formas do verbo hebráico.

I. A condição determinada como cumprida:

1. Com o perfeito simples na prótase e na apódose: Se al-guém achou uma espôsa, achou o beml (Pr. 18:22)

2. Com o perfeito na prótase e o imperfeito na apódose: Se é certo que eu errei, fica o meu êrro comigo2 (Jó 19:4) . Tendo êle me provado, sairei como ouro3 (Jó 23:10).

3. Com o perfeito na prótase, e o imperfeito na interroga-ção da apódose: Se pequei (de que não há chívido) que é que te farei4 (Jó 7:20)? Falou o Senhor Jeová, quem não profe-tizará5 (Am. 3:8) ? Por causa da falta de tempo, prOpriamente dito, no verbo hebráico, esta condição determinada como cum-prida, não é necessàriamente limitada ao passado, como no gre-go, mas é freqüentemente aplicável também ao presente e ao futuro.

4. Com o perfeito na prótase e a, imperativo na apódose : Se achaste mel, comê só o que te bastas (Pr. 25:16).

II. Condição não determinada, mas com probabilidade de determinação

Esta condição, que no grego sempre tem o verbo no sub-juntivo na prótase, pode, no hebráico, levar na prótase qualquer forma verbal que representa contingência:

1. Com o imperfeito na prótase ei na apódose: Se vós rebe-lardes hoje contra o Senhor, amanhã se irará contra tôda a con-gregação de Israel? (Jos. 22:18).

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Se vós transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos' (Ne. 1:8) .

2. Com o jussivo na prótase e. na apódose: Se tu fizeres as trevas, virá a noite2 (Sal. 104.20) .

3. Coortativa na prótase, e imperfeito consecutivo na apódose: Se eu me levantar, êles falam contra mima (Jó 19:18)

4. Perfeito consecutivo na prótase e na apódose: Se deixar o seu pai êste morrerá4 (Gn. 44:22) .

5. Particípio na prótase e o perfeito consecutivo na apó-dose: Se alguém gerar a um filho sábio, nêle se alegrarás (Pr. 23:24) .

6. Infinitivo com preposição na prótase e o perfeito conse-cutivo na apódose: Se êle cometer iniquidade, castigá-lo-eis (II S . 7:14) .

Não encontramos nenhum exemplo da segunda classe, isto é, a condição determinada como não realizada, a não ser aquelas que são introduzidas pela partícula condicional.

B. Condições introduzidas por partículas condicionais

Muitas sentenças condicionais se introduzem por partícu-las, que juntamente com a forma do verbo, indicam a qualida-de da condição. Estas partículas são 'im e /it. Nos, últimos livros encontra-se hên em vez de lã. A partícula /ft, às vezes na forma lã', Nos últimos livres encontra-se hên em vez de /it. A par- tícula lã, às -vezes na forma ou derivadas de 'im lã, significa se em português. As formas 'im /ô' e /u/ê, significam se não. A partícula lei, caso que, usa-se às vezes quase no mesmo sentido de 'im.

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Convem notar a distinção fundamental entre o uso de 'int e lã, com os seus respectivos equivalentes. A partícula 'im usa-se com a condição já realizada, ou que pode ser realizada no pre-sente ou no futuro. Quando a condição é considerada como já realizada, a partícula 'im é seguida pelo verbo no perfeito, condi-ção da primeira classe. Quando o cumprimento da condição é considerado como provável ou possível, no presente ou no fu-turo, a partícula 'im é seguida pelo verbo no imperfeito, ou o seu equivalente, condição da terceira classe.

Por outro lado, a partícula /et usa-se na condição que é re-presentada pelo escritor como não realizada no passado, ou de impossível realização no presente ou no futuro. Assim, a conse-qüência nunca aconteceu, e do ponto de vista do escritor, nun-ca acontecerá. Quando a condição é representada como não cumprida no passado, condição da segunda classe, as partículas lã e Vidê são necessariamente seguidas na prótese, e geralmente na apódose, pelo verbo no perfeito. Quando o cumprimento da condição é representado como improvável ou impossível, condi-ção da quarta classe, e muito rara, a partícula pode ser seguida pelo perfeito, particípio ou imperfeito.

I. Condição da primeira classe, determinada como cumprida

Nesta forma da sentença condicional a condição se apresen-ta como realidade, e a conclusão segue lógicamente, na basse da prótase,, A construção é simples. Na prótase 'im é seguida pelo verbo no perfeito, e na apódose a forma do verbo pode variar de acôrdo com a natureza da conclusão. Encontram-se na apó-dose desta qualidade de condição o perfeito, o imperfeito, ou uma proposição substantiva .

1. O perfeito na prótase e o perfeito na apódose: Se és sá-bio, para ti mesmo o és! (Pr. 9:12).

2. O perfeito na prótase e o imperfeito na apódose: Se eu afiar a minha espada reluzente, retribuirei vingança2 (Dt.32 :41).

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3. Com o perfeito na prótase e o jussivo na apód;ose: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servos (Gn .18:3) .

4. Com o perfeito na prótase e o perfeito consecutivo na apódose: Se eu não to trouxer, serei réu de crime para contigo para sempre2 (Gn. 43:9). Em Ju. 16:17 o perfeito da prótase usa-se no sentido do futuro subjuntivo, ou no perfeito subjunti-vo, em português. Notai as versões. Em Gn. 47:6, Mi. 5:7, Jó 7:4, o perfeito hebráico da prótase representa tempo passado, o perfeito em português.

5. Com o perfeito na prótase e o imperfeito na apódose Se teus filhos pecaram contra êle, êle os entregou na mão da sua transgressão3 (Jó 8:4) .

6. Com o imperativo na apódose: Se achei graça aos vossos olhos, rogo-vos que faleis a Faraó4 (Gn. 50:4) .

7. Com uma proposição substantiva na apódose: Se eu sair ao campo, eis os mortos à espadas (Je. 14:18).

Por causa da flexibilidade no sentido do perfeito hebráico, e por causa do elemento subjetivo no pensamento dos hebreus, não se pode esperar a mesma distinção{ clara entre as qualidades de sentenças condicionais que se observa no grego. Alguns destes exemplos da primeira classe, podem ser entendidos também no sentido da condição da terceira classe no grego. Mas na prótase, destas condições hebráicas, a ação do verbo é completa, uma re-alidade na mente do escritor, e neste sentido unia condição real, seja qual fôr o tempo, ou o elemento de contingência no seu contexto.

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II. Condição determinada como não cumprida No grego desta condição usa-se o verbo ~ente nos tem-

pos passados. No hebráico a condição desta classe se introduz pela partícula Vit ou Os melhores exemplos têm o perfei- to na prótase e na apódose. Do ponto de vista do escritor a condição é contrária á realidade, ou se apresenta como se fôsse contrária ao fato.

1. Com o perfeito na prótase e na apódose : Se lhes tivés-seis poupado a vida, eu não vos mataria a vósi (Ju. 8:19).

Em Est. 7:4 'llit usa-se no mesmo sentido de iú : Mas se tivéssemos sido vendidos eu me teria calado.2

2. Com o perfeito na prótase e apódose depois de Mie" : Se não nos tivéssemos demorado, certamente já segunda vez te-riamos estado de voltai (Gn. 43:10).

Vede os bons exemplos desta condição em Ju. 14:18, I S. 25:34, II S. 2:27, Is. 1:9.

3. Com o perfeito, seguindo Ui, na prótase e o imperfeito apódose: Se fôssem sábios, entenderiam isso4 (Dt. 32:29).

4. Com o perfeito, seguindo hl na prótase, e o perfeito consecutivo na apódose : Se o homem mentir será o profeta dês-te povos (Mi. 2:11) .

5. Com o imperfeito, depois de lâlê' na prótase, e o per-feito na apódose : Se eu não receiasse a vexação do inimigo, eu teria ditos (Dt. 32:27 e 26).

6. Com o particípio, depois de lú (velie ) na prótase, e o imperfeito na apódose: Se eu pudesse pesar nas minhas mãos mil sidos de prata, não estenderia eu a mão contra o filho do rei? (II S 18:12). Vede II R. 3:14.

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7. Com Ui yêsh na prótase, e o coortativo na apódose: Se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma, falaria eu tam-bém como vós falais' (Jó 16:4) .

8. Com o perfeito, depois de lei, na prótase, e o imperfeito consecutivo na apódose: Se te abaterem dirás2 (Jó 22:29) . Vede Nu . 5 :20, 21.

III. Terceira classe, condição não determinada, mas com probabilidade de determinação. No grego esta condição limita-se ao futuro, mas no hebráico pode expressar o que é provável ou possível no presente e no futuro, e até a repetição do que tenha acontecido no passado.

A forma do verbo mais natural, e mais comum na prótase, é o imperfeito, que pode ser seguido na apódose por uma va-riedade de formas verbais. A partícula desta condição é 'int ou 'imlô!

1. Com o imperfeito na prótase e o perfeito na apódose: E se não fizeste assim, eis que pecastes3 (Nu.32:23) . O perfei-to significa que a conseqüência já é realizada no tempo indicado. Em I S. 6:9 e I R. 22:28, o perfeito na apódose representa a ação como já realizada, e será apenas confirmada pela realização no futuro da condição na prótase.

2. Com o imperfeito na prótase e o, imperfeito na apódose: Se nos deixarem viver, viveremos4 (II R. 7:4) . Também Gil. 13:16, 18:28, 18:30, 28:20 e seg., Êx. 20:25, Is. 1:18, 10:22, Jó 9:3, 14:7.

3. Com o imperfeito na prótase e o jussivo (optativo) na apódose: Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, esqueça-se a mi-nha mão direita da sua destrezas (Sal. 137:5).

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4. Com o imperfeito na prótase e o coortativo na apódose: Se tu fóres para a esquerda,, eu irei para a direita1 (Gn. 13:9).

5. Com o imperfeito na prótase e o perfeito consecutivo na apódose: Se teu pai notar a minha ausência, dirás2 (1 S. 20: 6) . Também em Gn. 24:41.

6. Com o imperfeito na prótase e o imperfeito consecutivo

na apódose: Se não se fartarem, passarão a noite tôda3 ( Sa1.59 :16) . 7. Com o imperfeito na prótase e o imperfeito na apódo.

se : Se tu maltratares as minhas filhas, atenta que Deus é teste-munha entre mim e tio (Gn. 31:50) .

8. Com o imperfeito na prótase e uma proposição substan-tiva na apódoso : Se procederes bem não haverá levantamentos (Gn. 4:7)?

9. Com o coortativo na prótase e, o' imperfeito na apódose: Se me fizeres isto, tornarei a apascentar o teu rebanhos

(Gn.30:31) . 10. Com o imperfeito na prótase, introduzida por hen, e

o imperfeito na apódose. A partícula hen provavelmente signi-fica se (aramáico), e não eis, como nas versões: Se êle arrebatar a presa : quem lhe fará restituir? (Jó 9:12)?

Também Jó 19:7, 23:8, 40:23, Lv. 25:20. 11. Com o imperfeito na prótases com ki e o imperfeito na

apódose: Se eu tiver que andar pelo vale da sombra da morte, não temerei8 (Sal. 23:4) .

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12. Com o imperfeito na prótase e o perfeito na apódose: Se alguém tem uma questão êle vem a mime (Éx. 18:16) .

IV. Condição da quarta classe, com, remota possibilidade de determinação

O cumprimento, ou a realização da conseqüência desta classe é menos provável do que; Q da terceira qualidade de con-dição. Usa-se para expressar dúvida, especialmente na lingua-gem cortez. No grega' usa-se o optativo na prótase e na apódose. Não se encontra um exemplo perfeito da condição no Antigo Testamento. A Septuaginta usa o optativo na apódose de Gn. 31:42 e Sal. 137:5. E' provável que algumas das condições do livro de Jó sejam desta classe, embora não sejam assim reconhe-cidas pela Septuaginta. Vede Jó 31:9, Gn. 4:12, II R. 6:27.

Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça a minha dex-tra da sua destreza2 (Sal. 137:5) . Se o Deus do meu pai, não fôra comigo, por certo me enviarias agora vázio3 (Gn. 31:42) .

Algumas irregularidades

O uso do imperfeito depois de /ii/ê' em Dt. 32:27 talvêz se explique pelo fato que seja um imperfeito freqüentativo: "Se eu não receara repetidamente".

Mas o imperfeito com /à na prótase, com a apódose, supri-mida, em Gn. 50:15 parece uma irregularidade mais dificil de explicação, visto que o perigo do ódio de José, segundo o con-texto e o sentimento dos irmãos, era real. O imperfOto com o elemento de dúvida talvez se explique do ponto de vista do es-critor, mas neste caso, porque usou lã que deve exigií o perfeito?

Por outro lado o uso de hl na prótase do Sal. 73:15, Jó 9:15, 30 seria mais natural do que a partícula 'im que encon-tramos.

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Observações

1. Nas sentenças condicionais do hebráico as várias formas do verbo usam-se de acôrdo com os seus princípios gerais de sin-taxe. E' por isso que se encontra uma variação no sentido e na tradução das sentenças, dentro de qualquer uma das classes de condições, e ao mesmo tempo a falta de distinção_ nítida entre as classes que se mantem no grego. Mas não obstante estas varia-ções, as condições se classificam claramente em quatro grupos, de acôrdo com o uso dias partículas condicionais, e a forma do verbo usado na prótase.

2. A sentença condicional encontra-se por vezes na for-ma abreviada, com a prótase ou a apódose abreviada ou supri-mida. Por exemplo, em I S. 2:16, a prótase fica abreviada: "se não", isto é, "se não me der, tomá-la-ei". Também em Gn. 13:9, 24:49. Em I S. 13:13 e Jó 3:13 a condição é suprimida, e tem que ser suprida pelo contexto.

3. A apódose se encontra também na forma abreviada em Gn. 4:24 e Is. 43:2; e suprimida em Gn. 30:27, 38:17, 50:15.

4. A certeza absoluta do resultado ou conseqüência é fre-qüentemente, reforçada pelo uso de ki : Is. 7:8, II S . 2:27, Jó 11:15. Em Nu. 22:29, I S . 14:30, Gn. 31:42, 43:10, a certe-za do resultado é reforçada por ki 'atta.1

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ÍNDICE DE REFERÊNCIAS E TEXTOS

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CASA FICAI. CURITIBA

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