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Outro mundo é possível

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Um novo amanhã Introdução às reflexões da semana

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A injustiça social é o fruto mais amargo da modernidade. O mundo sempre

respirou a desigualdade social e a opressão. A história humana é contada por meio

da opressão. Porém, isso não é nada diante das injustiças sociais que vemos em

nossos dias.

Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo. Onze mil crianças morrem de

fome a cada dia. Um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresenta

atraso no crescimento físico e intelectual. 1,3 bilhões de pessoas no mundo não

dispõem de água potável. Quarenta por cento das mulheres dos países em

desenvolvimento são anêmicas e encontram-se abaixo do peso. Uma pessoa a

cada sete no mundo padece fome.

Esse é um mundo de muitas contradições. De um lado, temos pessoas padecendo

de fome e, do outro, pessoas comprando aquilo de que não precisam,

simplesmente pela compulsão de comprar. Compram coisas que jamais usarão.

Uma estatística diz que a maioria dos produtos que usamos será completamente

esquecida e descartada em, no máximo, seis meses. A mensagem do consumismo

está em todos os cantos de nossa sociedade ocidental. O consumismo é um ideal.

É uma cultura. Também, é uma perversa estratégia econômica.

Esse é o sistema suicida deste mundo, mas Jesus tem outro sistema que

precisamos abraçar.

Que, nesta semana, você aprenda a ser o braço da compaixão e o coração de Deus

para a humanidade. – Pastor Domingos Alves

Devocional Diário No. 36

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A imensidão do universo interior

Espaço Vida Feliz, um projeto de Centro Social Betesda na Granja Portugal, assiste 670 crianças e adolescentes por dia.

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“Porque a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus. (I Coríntios 3:19)

Primeiro dia:

O mundo do consumismo O consumismo, tal como conhecemos, tem sua origem no início da década de 50.

Após a II Guerra Mundial, o governo e as corporações americanas tentaram

articular formas de reaquecer a economia. A solução partiu do economista Victor

Lebow, que sugeriu o consumo e o descarte como meio de vencer a estagnação

econômica. Ele disse:

“... nossa enorme economia produtiva exige que façamos do consumo o

nosso modo de vida, que devemos converter a compra e o uso de bens em

rituais, que busquemos nossa satisfação espiritual e a satisfação do nosso

ego no consumo. Nós precisamos das coisas consumidas, gastas,

substituídas e descartadas de modo cada vez mais acelerado.”

Em outras palavras, para que as pessoas consumam mais, é necessário que os

produtos durem cada vez menos.

O paradigma foi forçosamente mudado. Antes, um produto de qualidade era

aquele que durava por anos a fio. Hoje, o conceito de um produto bom é a moda e

a diversidade de opções que ele apresenta e não mais sua durabilidade. Qualidade

não é mais sinônimo de durabilidade. Qualidade é sinônimo de inventividade.

Somos ávidos pelos novos modelos, pelos novos produtos e pelo descarte.

Quanto mais descartamos, mais nos sentimos importantes. Isso faz parte da

cultura de nosso mundo.

Somos ávidos pelos novos modelos, pelos novos produtos e pelo descarte. Quanto

mais descartamos, mais nos sentimos importantes. Isso faz parte da cultura de

nosso mundo.

Já prestou atenção a quanto refrigerante nós desperdiçamos em uma garrafa pet

de dois litros? Quando abrimos uma garrafa de dois litros de refrigerante, pelo

menos um quinto (1/5) dessa quantidade perderá o gás e será jogada fora. Um

quinto de dois litros equivale a 400 ml, que vai para o ralo da pia.

Se em respeito à fome do mundo eu desejar evitar o desperdício, o mais

inteligente seria comprar garrafas menores, que evitariam a perda do gás e o

estrago. Então, se quero comprar dois litros de refrigerante, para não desperdiçar,

deveria comprar três garrafas de 600 ml e uma latinha de 290 ml para ter a mesma

quantidade do refrigerante. Só que, comprando a garrafa de dois litros e

desperdiçando um quinto de refrigerante, pagarei apenas R$ 3,99. Porém, se eu

resolver preservar um quinto do líquido comprando pets de 600 ml, terei de pagar

R$ 8,60 para evitar o estrago. Gastarei R$ 4,61 a mais. Ou seja, sai mais barato

desperdiçar alimento que preservá-lo.

A Bíblia diz que a lógica deste mundo é loucura aos olhos de Deus. Pare e pense

como Deus vê essa lógica do consumismo.

Para Refletir

1. O que você pensa desta lógica

de consumismo?

2. O que você acha que Deus

pensa da frase: “...devemos converter a compra e o uso de bens em rituais, que busquemos nossa satisfação espiritual e a satisfação do nosso ego no consumo.”?

3. Por que isso será uma loucura

aos olhos de Deus? Pode citar versículos que apóiam sua opinião?

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Centro Social Betesda assiste mais de 700 crianças e suas famílias no projeto Espaço

Esperança em Autran Nunes.

Para Refletir

1. Pode haver desperdício em sua própria vida?

2. Paulo disse que o deus deles,

que vivem como inimigos da cruz é o estômago. Filipenses 3: 12-20. Por quê?

3. As palavras-chave das

escrituras em Filipenses 3: 12-21 são: “só pensam nas coisas terrenas.” O que elas têm a ver com a cultura do consumo?

Segundo dia: O mundo da indústria

Um dos mais tristes quadros da história humana é a fome versus o desperdício

gerado pelo consumismo. A boa parte do alimento disponibilizado a cada dia

vai para o lixo. A alimentação é uma indústria. Isso é muito esquisito. Tanta

comida vai para o lixo no primeiro mundo enquanto mais de 25.000 pessoas

morrem de fome todos os dias no restante do mundo.

Por que isso acontece? Porque na lógica louca do consumismo é mais barato

desperdiçar alimentos que economizá-los. Se eu vou a uma lanchonete e

compro um combo, pagarei mais barato para desperdiçar, porque em nosso

mundo, em alguns casos, o desperdício é mais barato. Veja: um combo tem,

normalmente, mais comida do que a maioria das pessoas consegue comer:

meio litro de refrigerante (é quase o dobro da garrafa que

costumávamos beber no lanche, há dez anos)

600 gramas de pão, carne processada, queijo e salada

190 gramas de batata frita

Estamos falando de um lanche com cerca de 800 gramas, fora o líquido. Poucas

pessoas comem tudo isso. O resultado do acréscimo das batatas fritas é que algo

vai ser desperdiçado: a batata ou parte dela, o sanduíche ou parte dele, ou o

refrigerante, ou parte dele irá para o lixo.

A população da maior potencia mundial consome 25% a mais de calorias que o

necessário. Ou seja, 25% dos alimentos são desperdiçados dessa forma, em razão

de nossa gula. Além disso, as estatísticas mostram que 27% de toda a

alimentação dos Estados Unidos vão para o lixo. Tomando em conta o excesso de

consumo e o desperdício da comida não consumida, aproximadamente 45% da

alimentação são desperdiçados. No Brasil não é muito diferente: 20% da

produção agrícola se perdem ainda na colheita, transporte e embalagem

inadequada.

Do outro lado da corda, pessoas morrem de fome enquanto pagamos mais barato

pelo desperdício. Algo está errado. É a cultura do consumo, mas nós podemos

dizer não ao consumismo.

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“... há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o seu deus é o estômago e eles têm orgulho do que é vergonhoso; só pensam nas coisas terrenas.” (Filipensses 3:18-19)

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Centro Social Betesda está presente no Serviluz, servindo quase 500 crianças por dia

no projeto Viva a Vida.

Para Refletir

1. Liste as três propostas citadas no devocional, que poderia mudar nosso mundo.

2. Liste três maneiras em que

você pode mostrar seu amor aos outros durante seu dia a dia.

3. Hoje, fique atento as suas

ações e atitudes. Com quem você está indiferente? Com que você está apático?

“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.“ (João 13: 34-35) Precisamos aprender com Jesus a renunciar a apatia e a indiferença, que nos levam

a desprezar os outros. Em troca, precisamos aprender com o amor genuíno a importar-nos com os outros e confrontá-los quando necessário. Por isso, Jesus disse:

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". (João 13: 34-35)

A lógica de Deus e seu reino se opõem, com todas as forças, a essas ideias perversas.

Terceiro dia:

Um nova proposta

Jesus tem algumas propostas importantes que ajudarão a mudar nosso mundo.

A primeira delas é renunciar o egoísmo e aprender a valorizar os outros. O

egoísmo é a hiper-valorização de si mesmo. Por isso, Jesus nos exorta a

crucificarmos esta tendência:

“Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quiser acompanhar-

me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. ’” (Mateus 16:24)

Renunciar ao materialismo nos levará a viver com contentamento. Esta é a

troca da prisão do “ter” pela liberdade do “ser”.

“Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que

possui não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14: 33).

Vencer o materialismo não significa deixar de ter posses, mas possuí-las sem

ser por elas possuído.

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Um novo amanha p. 5

Quarto dia: Um nova economia

Deus propôs para Israel uma economia diferente, baseada na redistribuição e não

na retenção. É o princípio da recolheita.

De acordo com Deuteronômio 24: 19-22, os donos de terras, ao fazerem suas

colheitas, deveriam deixar uma parte para que os órfãos, viúvas e os

desempregados pudessem trabalhar com as próprias mãos, colhendo e não

mendigando nas ruas. Então, as extremidades dos campos, bem como as espigas

que caíssem no chão não poderiam ser apanhadas.

Diz o texto sagrado:

“Quando vocês estiverem fazendo a colheita de sua lavoura e deixarem

um feixe de trigo para trás, não voltem para apanhá-lo. Deixem-no para o

estrangeiro, para o órfão e para a viúva, para que o Senhor, o seu Deus, os

abençoe em todo o trabalho das suas mãos. Quando sacudirem as

azeitonas das suas oliveiras, não voltem para colher o que ficar nos ramos.

Deixem o que sobrar para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva. E

quando colherem as uvas da sua vinha, não passem de novo por ela.

Deixem o que sobrar para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva.

Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito; por isso lhes ordeno

que façam tudo isso.” (Deuteronômio 24: 19-22)

Ou seja, os excluídos viriam após o turno dos trabalhadores e, discretamente, sem passarem por nenhuma humilhação ou constrangimento, trabalhavam colhendo todo o resto, para poderem comer daquilo que suas mãos trabalharam para adquirir. Imagine se ao invés de catar os restos de alimento no lixo, os pobres pudessem colher o alimento na própria planta. Essa era uma economia focada na consciência social e não apenas no lucro. São pequenos gestos que produzem grandes mudanças. Nós somos os profetas. Não adianta olhar para o lado. É com você que Deus está falando. Cabe a nós criarmos condições para um mundo justo. Não adianta dizer que a Bíblia não tem afinidade com esse tema, porque esse é o tema que afina toda a Bíblia. Deuteronômio 24: 14-15 diz:

“Não se aproveitem do pobre e necessitado, seja ele um irmão israelita ou um estrangeiro que viva numa das suas cidades. Paguem-lhe o seu salário diariamente, antes do pôr-do-sol, pois ele é necessitado e depende disso.”

Para Refletir

1. Como você pode colocar em ação esse princípio da recolheita?

2. Segundo Deuteronômio 24: 19-

22, para quem deveríamos deixar a sobra de nosso trabalho? Quem serão essas pessoas nos dias de hoje?

3. Cite outros versículos que têm

o mesmo sentido de Deuteronômio 24: 14-22.

“Quando vocês estiverem fazendo a colheita de sua lavoura e deixarem um feixe de trigo para trás, não voltem para apanhá-lo. Deixem-no para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva, para que o Senhor, o seu Deus, os abençoe em todo o trabalho das suas mãos.” (Deuteronômio 24: 19)

Localizadao no centro do municipio deTauá, Centro Educacional Tauá assiste mais de 600

crianças.

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Centro Educacional Betesda em Boqueirão do Cesário é a única escola e o único projeto

social na região.

Para Refletir

1. Qual é a lógica do Reino de Deus?

2. Liste três maneiras práticas em

que a igreja pode ser o braço da compaixão de Jesus no mundo.

3. Liste três maneiras práticas

com as quais que você pode fazer um outro mundo possível.

“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.”(Miquéias 6:8)

Na Bíblia o conceito de justiça não é forense. É existencial. Justiça tem a ver com integridade:

“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.”(Miquéias 6: 8)

Justiça tem a ver com bondade, misericórdia e inclusão social:

“O Senhor faz justiça e defende a causa dos oprimidos... O Senhor é compassivo e misericordioso, Mui paciente e cheio de amor. ”(Salmo 103: 6, 8)

Assim, entendemos que o sentido bíblico da palavra “justiça”, que é chave para entender o que Jesus está afirmando, nada tem a ver com legalidade, mas com integridade. Vamos dizer não ao sistema suicida deste mundo e abraçar o projeto de Jesus de Nazaré. Justiça é um compromisso. É um ideal e uma realidade que devem ser construídos no mundo. Junte-se a Deus para a transformação da história. Ele busca gente disposta para revolucionar o mundo. É possível! Abra seus olhos. Envolva-se com os dramas humanos. Seja a voz profética, o braço da compaixão e o coração de Deus para a humanidade.

Quinto dia:

Um novo caminho Jesus diz que Deus tem uma justiça específica, diferente daquela que conhecemos secularmente. Com frequência, fazemos confusão entre a justiça secular, forense e a justiça de Deus. Cumprir a justiça não é o mesmo que cumprir a lei. É estar acima da lei. É ter um coração tal que a lei sequer nos atinja. Jesus fala de um tipo de gente que se parece com Ele e nos aconselha a buscar outra lógica de vida, a que chama por Reino de Deus:

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça . . .” (Mateus 6: 33)

Nesse versículo, a Bíblia não alude à justiça forense, à justiça que está na alma e que, se vivenciada, cumpre a verdadeira justiça. Na verdade, a justiça secular só existe porque o ser humano não tem seguido a justiça de Deus. Na Bíblia, a justiça de Deus está associada à fé e fidelidade:

“Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé”’. (Romanos 1: 17)