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Comitê Técnico III Desenvolvimento Energético 8 de setembro de 2011

Pacto Nacional da Indústria Químicaenergia.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/194.pdf · O CAN foi calculado para os produtos da amostra do RAC ... CBM Shale Gas Importações

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Comitê Técnico IIIDesenvolvimento Energético

8 de setembro de 2011

Fátima Giovanna Coviello FerreiraDiretora Técnica Economia e Estatística

Email: [email protected]: (11)2148-4730

Pacto Nacional da Indústria Química

Elevação do faturamento líquido1995 a 2010*

R$ bilhões e US$ bilhões

Em reais: 2010/2009 = +14,5%2010/2008 = +2,9%

Em dólares: 2010/2009 = +29,0%2010/2008 = +6,6%

Fontes: Abiquim e associações de segmentos específicos

* estimado

Balança comercial de produtos químicos – 1991 a 2011

Fonte: MDIC/Secex – Sistema AliceWeb – Agosto de 2011

US$ bilhões

Déficit cresceu de forma explosiva1991 = US$ 1,5 bilhão2010 = US$ 20,7 bilhões

91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 12mes.

1,5 1,3 2,0 2,9 4,6 5,4 5,8 6,5 6,3 6,6 7,2 6,3 6,28,6 7,9 8,4

13,3

23,2

15,720,7

23,8

Déficit

91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 12mes.

2,12,3 2,5 2,8 3,4 3,5 3,8 3,6 3,4 4,0 3,5 3,8 4,8 5,9 7,4 8,9 10,711,9 10,4

13,0 14,8

3,6 3,6 4,5 5,78,0 8,9 9,7 10,1 9,8 10,710,810,1

11,014,5

15,317,4

23,9

35,1

26,1

33,738,5

Exportações Importações

Consumo Aparente Nacional (CAN)Produtos Amostrados no RAC

Períodos Produção Importação Exportação CAN

90 a 10 (% a.a.) 2,3 11,0 2,8 3,6

2008 / 2007 -8,3 -0,4 -26,4 -3,4

2009 / 2008 +3,0 -11,9 +48,0 -6,0

2010 / 2009 +7,0 +28,0 -10,2 +13,2

Jan-Jul* 2011 / Jan-Jul 2010

-4,7 +30,6 +0,0 +7,1

Últimos 12 meses (até julho*)/12 meses anteriores

-1,9 +27,9 -1,3 +7,7

Fonte: ABIQUIM - RAC – Relatório de Acompanhamento Conjuntural. *Julho de 2011: preliminar.

O CAN foi calculado para os produtos da amostra do RAC (todos com produção local). O peso do RAC, em termos de faturamento líquido, representa cerca de 50% do total do segmento de produtos químicos de uso industrial, estimado em US$ 63,8 bilhões em 2010.

CAN = (produção + importação) – exportação.

Brasil pode reverter o quadro

• Grandes reservas de petróleo e gás

• Imenso potencial em matérias-primas renováveis (várias cadeias)

• Grande mercado interno, em expansão (crescimento e incorporação)

• Indústria desenvolvida, demandante e ofertante de soluções (tecnologia)

>> Não existe país industrial desenvolvido sem uma indústria química forte

• Posicionar a indústria química

brasileira entre as

cinco maiores do mundo até 2020

• Tornar o país superavitário em

produtos químicos

• Posicionar o Brasil como líder em

química verde

Pacto Nacional da Indústria Química- Intento Estratégico

• O crescimento da economia demanda um enorme esforço de crescimento da indústria química

• Em 2020, esse crescimento acrescentará US$ 115 bilhões à demanda de produtos químicos

• Para equilibrar a balança comercial de produtos químicos serão necessários US$ 23 bilhões adicionais

em exportações de

produtos.Para acompanhar o crescimento da demanda, sem déficitcomercial de produtos químicos, será necessário aumentar aprodução em US$ 138 bilhões.

Indústria química- Desafios

Oportunidades de investimento na indústria química até 2020

US$ bilhões

• O crescimento da economia demanda um enorme esforço de crescimento da indústria química, com investimentos intensivos em capital

• São 4 componentes:

• Produtos químicos de uso industrial (PQI) + demais segmentos da química

• Exportações

• Químicos renováveis (20 US$ bi)

• Produtos químicos do pré-sal (15 US$ bi)

Oportunidades de Investimento 2010- 2020

87

167

45

2015

crescimento

econômico

recuperação do

déficit

química

renovável

pré-sal total

(em US$ bilhões)

Além dos investimentos em capacidade, a indústria química deverá realizar US$ 32 bilhões em P&D.

Necessidades de investimento- Requisitos

• Matérias-primas competitivas em preço, disponibilidade de volume e prazonos contratos

• Infraestrutura logística: Distribuição de gás, energia, portos, rodovias e outrassoluções modais

• Inovação e tecnologia: Apoio decisivo do Estado ao desenvolvimento tecnológico

• Crédito: Acesso ao crédito para fortalecimento da cadeia, financiamento à exportação,inovação e tecnologia

• Tributos: Solução das distorções do sistema, desoneração da cadeia, isonomiatributária com sucedâneos e defesa contra concorrência desleal

• Dificuldade adicional: câmbio valorizado, em meio a uma crise internacional prolongada,gerando um quadro profundamente desfavorável para a indústria poder competir com aindústria de outros países

Proposta ABIQUIM para precificação do Gás Natural Matéria-Prima

Proposta para precificação do Gás Natural Matéria-Prima

- Estudo contratado pelas 13 empresas associadas da Abiquim e usuárias de gás natural como matéria-prima

- Proposta aprovada pelas empresas contratantes

- Estimativas da Consultoria Gas Energy indicam que haverá gás suficiente no Brasil:

- Demanda Petrobras superestimada

- Não inseriram novas descobertas / outros produtores

Gás – mudança do cenário

EUA

• Aproveitamento do shale gas, deixando de ser importador para chegar aautossuficiência em gás

• Várias unidades químicas retomaram produção

Brasil

• Elevação substancial da produção interna de gás

• Perspectiva de grande elevação com produção de gás do Pré-Sal

• Apesar da elevação da oferta, os preços subiram, desestimulando a produçãoquímica e investimentos

15

Evolução da Matriz Energética Mundial

Fonte: Agencia Internacional de Energia – World Energy Outlook 2011 – The Golden Age Scenarios

I.1 – Macro Cenário GN no Mundo

16

“Boom” do Gás Não Convencional nos EUA

Existe expectativa de um rápido crescimento dessa fonte não convencional na matriz energética americana

Fonte: EIA e elaboração Gas Energy

EUA - Oferta de Gás Natural no Cenário de Referência

0

100

200

300

400

500

600

700

1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

bil

es

de

m

3

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Convencional Tight Gas

CBM Shale Gas

Importações Líquidas % gás convencional (eixo da direita)

17

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2015 2020 2025 2030 2035

US$

/Mb

tu

Crude Oil - WTI NG Henry Hub

Dados Históricos Projeção EIA

Fonte: EIA - Annual Energy Outlook 2011 (Constant Prices 2009) - December 16, 2010

Impacto na Competitividade do GN - USA

I.1 – Macro Cenário GN no Mundo

18

Mudança de Paradigmas – Pré Sal no Brasil - Petróleo

Produção de Petróleo – Posicionamento relevante

Brasil com Pré-sal

passará para 4º no

ranking de produtores

de petróleo

(5,2 Mbpd – 2018 a

2020)

Fonte: EIA – US Energy Information Agency; Gas Energy e BP Estatistical Review

* Ceteris Paribus

Maiores Produtores de

Petróleo

Produção

(milhões de barris/dia)

Maiores Consumidores de

Petróleo

Consumo

(milhões de barris/dia)

Rússia 10,0 EUA 18,7

Arábia Saudita 9,7 China 8,6

EUA 7,2 Japão 4,4

Irã 4,2 Índia 3,2

China 3,8 Rússia 2,7

Canadá 3,2 Arábia Saudita 2,6

México 3,0 Alemanha 2,4

Emirados Árabes 2,6 Brasil 2,4

Iraque 2,5 Coréia do Sul 2,3

Kuwait 2,5 Canadá 2,2

Venezuela 2,4 México 1,9

Noruega 2,3 França 1,8

Nigéria 2,1 Irã 1,7

Brasil 2,0 Reino Unido 1,6

Argélia 1,8 Itália 1,6

Angola 1,8 Espanha 1,5

Cazaquistão 1,7 Indonésia 1,3

Líbia 1,7 Holanda 1,1

Reino Unido 1,4 Taiwan 1,0

Qatar 1,3 Singapura 1,0

I.2 – Macro Cenário GN no Brasil

19

Produção de GN Brasil subiria 19 posições, tornando-se a maior da América Latina, passando Argentina, Trinidad

& Tobago e Venezuela

Fonte: EIA – US Energy Information Agency; Gas Energy e BP Estatistical Review

*Ceteris Paribus

**Brasil com Pré-Sal (ex Bol e GNL) 120 Mm³/d

Mudança de Paradigmas – Pré Sal no Brasil – Gás Natural

I.2 – Macro Cenário GN no Brasil

20

Agregação de Valor na Cadeia do GN

Cadeia de GN Matéria-prima

As aplicações do GN dividem-se em dois grandes mercados: uso energético e

não energético, conforme abaixo:

• Uso Energético: Mercado de Combustíveis

- combustível, térmico, entre outros

• Uso Não Energético: Mercado de Bens de Consumo Finais

- matéria-prima para a indústria química, siderúrgica

CADEIA DE AGREGAÇÃO DE VALOR

II.1 – Derivados de Gás Natural

Petroquímica

Gás Natural

Agregação de valor

Distribuição FertilizantesEnergia

21

Química do C1

II.1 – Derivados de Gás Natural

Central de Gás de Síntese

CO

H2 Amônia

CO2Ureia

Combustíveis

Parafinas

GTL – Gas to Liquids

Oxo-Álcoois

Formaldeido

Ácido Fórmico

Biodiesel

DME

Ácido Acético

Resinas

Acetaldeido

Paraformaldeído

Anidrido Acético

Acetatos

Metanol

Fosgênio

Isocianatos

Pentaeritritol

Poliacetais

Silicones

Policarbonatos

Melamina

Eteno

Propeno

MTO – Methanol to Olefins

Negro de Fumo

S N

AT

UR

AL

Acetato Vinila Acetato Polivinila

Álcool Polivinilico

Nitrato de Amônia

Sulfato de Amônia

MAP, DAP

Ácido Nítrico

Ácido Cianídrico

Ácido Metacrílico

Metacrilato de Metila

Polimetacrilato de Met

Pirólise de Metano

22

Mercado Brasileiro Amônia / Uréia – Alta Dependência de Importações

00

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral

Mercado Brasileiro de Uréia (t/a)

Consumo Aparente Produção

00

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral

Mercado Brasileiro de Amônia (t/a)

Consumo Aparente Produção

II.2 – Amônia / Uréia

23

Mercado Brasileiro de Metanol

II.3 – Metanol

24

Utilização do Gás Matéria-prima no Brasil

Fonte: ABIQUIM.

1 AIR LIQUIDE HIDROGÊNIO

2 AIR PRODUCTS CO e HIDROGÊNIO3 BAYER ISOCIANATOS4 BRASKEM HIDROGÊNIO 5 CABOT NEGRO DE CARBONO6 CLARIANT HIDROGÊNIO7 COLUMBIAN CHEMICALS NEGRO DE CARBONO8 COPENOR METANOL

9 DOW BRASIL CO e HIDROGÊNIO P/ ISOCIANATOS

10 ELEKEIROZ OXO-ÁLCOOOIS11 EVONIK PERÓXIDO HIDROGÊNIO e NEGRO DE CARBONO

12 GPC QUÍMICA METANOL

13 LINDE HIDROGÊNIO

14 PAN-AMERICANA CARBONATO DE POTÁSSIO

15 PERÓXIDOS DO BRASIL PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

16 PETROBRAS FAFEN AMÔNIA E URÉIA

17 UNIGEL CIANETOS, METACRILATOS e POLICARBONATOS

18 VALE FERTILIZANTES AMÔNIA e URÉIA

19 WHITE MARTINS HIDROGÊNIO

Participação no consumo total do Brasil

1 Preliminar.2 Estimativa.

ANO

DEMANDAMATÉRIA-PRIMA SOBRE O TOTALTOTAL BRASIL

GÁS NATURAL MATÉRIA-PRIMA

2006 41,8 3,1 7,4%

2007 42,2 3,2 7,6%

2008 52,2 3,2 6,1%

2009 38,0 2,9 7,6%

2010 53,4 3,3 1 6,2%

20202 170,0 13,3 7,8%

Mundialmente, nos países produtores, o consumo como matéria-prima,

em relação ao total consumido, é da ordem de 8%.

Em milhões de m3/dia

Fontes: ONS, Abegás, Gas Energy e Abiquim.

26

Porque uma Política de Preços GNMP ?

A Lei do Gás (11.909/09) previu a adoção de uma política de GNMP a ser aprovada no CNPE;

No mundo todo GNMP é precificado de forma diferente, podendo ser políticas específicas ou negociações diretas e levam em conta:— Uso como matéria prima é de longo prazo (contratos de 15 a 20 anos)

— São projetos de alto volume e por si só projetos estruturantes

— Garantem uma diversificação de riscos importantes para o produtor que não fica dependente somente do setor de energia com o risco de flutuação destes mercados

— Impacto na demanda não será superior à 5%

— Não há produtos substitutos

— Não pode ser interruptível

— Consumo Linear, constante

III – Proposta de Modelagem de Preços

27

Porque uma Política de Preços GNMP ?

• Uso como matéria prima implica em possibilitar uma cadeia diversificada de derivados com grande impacto nas cadeias produtivas do país e na balança de pagamentos;

• Boom da produção do gás natural em alguns mercados e conseqüente aumento de competitividade, notadamente nos USA, competem com os novos investimentos no Brasil;

• Brasil terá um grande volume disponível de GN e necessita criar novos mercados para este gás.

III – Proposta de Modelagem de Preços

28

Composta de três parcelas:

— Uma parcela para representar o custo de oportunidade de um volume não utilizado (novo mercado para o GN)

— Uma parcela que adicionasse uma realidade brasileira que pode ser diferente para a monetização deste gás

— Uma parcela que adicione ou subtraia que impacte o produtor de alguma forma pelo risco do negócio

Nova Proposta de Política de Preços GNMP

III – Proposta de Modelagem de Preços

29

Proposta de Precificação Abiquim

III – Proposta de Modelagem de Preços

PREÇO DE GNMP = 50% Preço (t-1) + 50% Preço GNMP t

Onde:

PHH = Preço médio HH Nymex trimestre anterior em US$/Mbtu

1,0 = Fator de “Tropicalização” Estrutura de Custos (corrigido pelo PPI - mesmo contratos TBG)

F Ind Quim (t-1) = Fator Indústria Química trimestre anterior (definido pag 79)

F Ind Quim 0 = Fator Indústria Química no momento aprovação da fórmula para aplicação

0,25 = 25% da variação impactaria os preços de GN para cima ou para baixo

PGMP atual = 4,3 + 1,0 = 5,3 U$ / MBtu

PGNMP t = [PHH (t-1) + 1,0] x {[ (F Ind Quim (t-1) / F Ind Quim o ) - 1] * 0,25 + 1}

Evolução do preço do gás natural no Brasil x Henry-Hub

-

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HH GN Nacional

US$ / MBtu

Fonte: Gás Energy.

31

PGNMP fórmula x HH x PG Nacional Atual

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HH GN Nacional PGNMP

US$ / MBtu

32

HH como Custo Oportunidade Novos Volumes

Qual seria para o mercado brasileiro o Custo de Oportunidade para um gás natural não utilizado (novo mercado)?

— HENRY HUB. Porque Henry Hub?

— Fácil verificação, reprodutível e conta com cotações para hedging de longo prazo.

— A maioria dos contratos em vigor na Bacia do Atlântico do GNL tem como referência de preço mínimo o Henry Hub que pode ser obtido na venda ao mercado americano

— HH indexa 25% do consumo mundial de GN diretamente e mais um tanto indiretamente via o mercado de GNL

— HH é utilizado para a precificação de térmicas no leilão realizado pela EPE;

— HH é o valor de referência para as negociações envolvendo reservas no E&P (por exemplo: transferência de GN da área de exploração para a área de gás e energia da Petrobras)

— Supridores acabaram de ofertar 40 Mm3/d de GN para o novo leilão A-3 vinculado a HH em contratos de 20 anos (seguridade jurídica dos leilões atraem estas ofertas);

— Os leilões de GN de 6 meses ocorrem em valores próximos ao HH, denotando custo de oportunidade mínimo para a produção de GN;

— Uma exportação de GN do Brasil dificilmente deixaria um net back superior ao HH, mesmo que exportássemos para a Europa;

III – Proposta de Modelagem de Preços

33

0,0

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2004 2005 2006 2007 2008 2009 2015 2020 2025 2030 2035

US$

/Mbt

u

Crude Oil - WTI NG Henry Hub

Dados Históricos Projeção EIA

Fonte: EIA -USA

HH como Custo Oportunidade Novos Volumes

Volume de GN não convencional dos EUA indica que o HH deverá ter um comportamento mais estável e mais independente dos preços do petróleo;

Com a exportação das novas plantas de GNL nos EUA e Canadá (8 projetos) o HH deverá também influenciar os mercados de Ásia (3 projetos) e Europa (5 projetos) a partir de 2015;

Retomada de unidades antigas e novos projetos de amônia/uréia e metanol, levarão o HH a influenciar os preços destas commodities na Bacia do Atlântico;

III – Proposta de Modelagem de Preços

34

HH como Custo Oportunidade Novos Volumes

Modelagem EPE 2011 – Novas Condições Térmicas GN

A EPE sinalizou a diferença de competitividade entre GN e Petróleo, na indexação para o leilão A-3 e os

supridores de gás (Petrobras, OGX e GNL) propuseram contratos indexados a HH para contratos de 20

anos, denotando a aceitação deste indexador para contratos de longo prazo no Brasil.

III – Proposta de Modelagem de Preços

3535

Volumes Ofertados

vs. Volumes Arrematados

Preços Estimados

dos Volumes Arrematados

Leilões de GN – Preços Próximos ao HH

No último leilão, foram vendidos 7,8 Mm³/d 78% do valor total ofertado.

— Deságio obtido de 38% em relação ao preço médio dos contratos de longo prazo.

HH como Custo Oportunidade Novos

Volumes

Os contratos de mercado secundário, indicam o preço de oportunidade de colocação no mercado de volumes

não consumidos nos contratos firmes de gás natural para os segmentos normais e dão uma indicação correta

para o custo de transferência do gás entre a exploração e a comercialização

III – Proposta de Modelagem de Preços

36 IV – Política de GNMP

CNPE

PROGRAMA ESTRUTURANTE PARA

O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA

QUÍMICA DE GÁS NATURAL

MANUTENÇÃO DAS

FÁBRICAS ATUAIS

ELEVAÇÃO DA

COMPETITIVIDADE

FÁBRICAS ATUAIS

(expansão)

NOVOS COMPLEXOS

ESTRUTURANTES

“Leilões de Projetos”

- Perto da MP (sinal locacional)

- Participação Estados (margens /

incentivos fiscais)

- Efeito Multiplicador

- Escala e Tecnologia de Ponta

- Volume Limitado

- Redução Vulnerabilidade Importação

MME

SPG

Apoio

Abiquim

Proposta de Política de GNMP

Emergencial

37

Considerações Finais

O mundo e o Brasil vivem uma transformação na indústria do gásnatural, com o gás não convencional e com o Pré Sal no Brasil;

O uso do GNMP – Gás Natural Matéria Prima em projetosestruturantes no Brasil permitirá aliar um consumo firme e estável degás com uma redução da dependência de importação em cadeiasprodutivas fundamentais para a competitividade do Brasil;

O ambiente competitivo que se formará na indústria de gás naturalpermite o estabelecimento de políticas criativas para seu uso comomatéria prima para consolidar os empreendimentos existentes e trazernovos investimentos;

Um programa de 10 a 15 Mm3/d para esta indústria ainda manterá umpercentual de 4 a 6% do mercado em 2020.

38

Considerações Finais

Os estudos de projetos consumidores de GNMP como amônia/uréia,metanol, GTL, entre outros, mostram que os preços aqui sugeridos sãoao mesmo tempo atrativos para trazer estes investimentos assim comopara remunerar a produção de gás não associado;

Para o gás associado, que deve ser produzido e comercializado parapermitir ao País aproveitar o petróleo do Pré Sal, estes valores são maisdo que suficientes para remunerar a estrutura de escoamento de gás etambém permitem valores net back para os produtores superiores aalternativa de exportação;

Existem os instrumentos institucionais que permitem ao CNPE utilizarinteligentemente a nova oferta de gás como um elemento estruturantepara a competitividade da insústria química no Brasil.

Gás Natural

• Petrobras já pratica preços referenciados a HH;

• Indústria química não investe porque não tem garantia de fornecimento de matéria-prima (gás) de longo prazo;

• Brasil importa e gera emprego lá fora.

Plano Brasil Maior – Direção correta, mas falta visão de longo prazo

• Criação do Regime Especial para a Indústria Química, com medidas de estímulo aos investimentos e inovação com benefícios de longo prazo, horizonte até 2025;

• Regulamentação urgente do Reintegro pelo Ministério da Fazenda (devolução de 3% do valor exportado); e

• Instalação do Conselho Competitividade da Indústria Química, com o objetivo de discutir e propor medidas de longo prazo a investimentos.