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INFORMATIVO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, TOCANTINS, MATO GROSSO E DISTRITO FEDERAL AGOSTO 2019 ANO XXXV Nº 8 METANOIA A criatividade e objetividade da evangelização por meio das redes sociais. PÁGINA 10 FALE COM OS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS: COMPROMISSO Projeto completa 18 anos de evangelização e tem a marca da espiritualidade redentorista. PÁGINA 8 [email protected] VOCAÇÕES AFIPE A despedida do redentorista mais idoso do Brasil e que marcou a sua trajetória com presença em várias partes do país, pre- gando as Santas Missões. PÁGINA 6 Em agosto, somos convidados a promover uma cultura vocacional. PÁGINAS 4 e 5 ARQUIVO ARQUIVO AFIPE PADRE BARIANI

PADRE BARIANI - Redentorista€¦ · za, que coordenará as Santas Missões Redentoristas naquela região. A visita inclui um encontro com o bispo local, dom Adriano Ciocca. IRMÃOS

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Page 1: PADRE BARIANI - Redentorista€¦ · za, que coordenará as Santas Missões Redentoristas naquela região. A visita inclui um encontro com o bispo local, dom Adriano Ciocca. IRMÃOS

INFORMATIVO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, TOCANTINS, MATO GROSSO E DISTRITO FEDERAL AGOSTO 2019ANO XXXV Nº 8

METANOIA

A criatividade e objetividade da evangelização por meio das redes sociais. PÁGINA 10

FALE COM OS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS:

COMPROMISSO

Projeto completa 18 anos de evangelização e tem a marca da espiritualidade redentorista. PÁGINA 8

[email protected]

VOCAÇÕES

AFIPE

A despedida do redentorista mais idoso do Brasil e que marcou a sua trajetória com presença em várias partes do país, pre-gando as Santas Missões. PÁGINA 6

Em agosto, somos convidados a promover uma cultura vocacional. PÁGINAS 4 e 5

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PADRE BARIANI

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PROVINCIAL: Pe. André Ricardo de Melo, CSSR CONSELHO PROVINCIAL: Pe. João Paulo, Pe. João Bosco, Pe. Marco Aurélio e Pe. Jesus FloresEDITOR: Ir. Diego Joaquim, CSSR (MTb DF 63248)REDAÇÃO: Missionários RedentoristasE-MAIL: [email protected]ÇÃO: Marcia Lezita | REVISÃO: Divina M. de Queiroz e Eurípedes A. dos Santos

Publicação da Scala Editoradepartamento da Congregação doSantíssimo Redentor de Goiás (4300)Cx. Postal 12.081CEP 74641-970 | Vila Monticelli | Goiânia-GO(62) 4009-1266CSSR-GO 4300 | Cx. Postal 12.081 CEP 74641-970 | Vila Monticelli, Goiânia-GO | (62) 4009-1266

www.redentorista.com.br

2 GOIÂNIA | AGOSTO 2019NOSSA VIDA

SANTO AFONSO: O CANTOR DAS MISERICÓRDIAS DE DEUS

Afonso Maria de Ligó-rio era o primogênito

de uma família que per-tencia à nobreza napolita-na; nasceu em Marianella no ano de 1696. De inteli-gência rara, recebeu uma esmerada educação em ciências humanas, línguas clássicas e modernas, pintura e música. De seus pais aprendeu o amor a Jesus Cristo e à Virgem Maria. Por isso, desde muito jovem, aprendeu a buscar a perfeição huma-na e espiritual, procuran-do sempre agradar a Deus e evitar o pecado.Aos 16 anos doutora-se em direito civil e ecle-

siástico e inicia uma carreira brilhante como advogado por 8 anos de sua vida. Mas tudo isso não bastou, seu coração estava sedento de Deus. Depois de perceber que o mundo à sua volta estava tomado pela corrupção e por interesses pessoais, resolveu deixar tudo para tudo ganhar. Então, reti-rando-se por três dias de profunda reflexão diante do crucifixo, renunciou à brilhante carreira, à herança e aos títulos de nobreza e escolheu viver para Deus.

Fez-se padre e, em vi-sita à região montanhosa

de Scala, no contato com os camponeses e pastores da região, apercebendo--lhes a ignorância religio-sa e o abandono em que viviam, decidiu deixar a capital e dedicar-se a estas pessoas pobres ma-terial e espiritualmente. Então, teve a inspiração de fundar a Congregação do Santíssimo Redentor. Cria o grupo de missio-nários que se dedicariam ao anúncio da Copiosa Redenção, de modo es-pecial, às pessoas esque-cidas pela sociedade e até pela própria Igreja.

Um dia, olhando para Cruz, Afonso compreen-

deu o mistério do ver-dadeiro amor de Deus. Então escreveu: “Quem pôde, alguma vez, levar a Deus a morrer conde-nado numa cruz no meio de dois criminosos, com tanta vergonha para sua grandeza de Deus? Quem fez isto? Pergunta São Bernardo. E responde: ‘foi o amor, que esqueceu sua dignidade’”. Na Cruz, entende ele, que os pe-cadores encontram con-solação e as pessoas que amam são animadas. Para Santo Afonso, da paixão de Cristo é que emanam todos bens que recebe-mos e é também de onde nos vem a esperança do perdão, a força contra as tentações e a confiança de alcançarmos o paraí-so. Dessa forma, Santo Afonso nos ajuda a com-preender o amor de Deus e a responder com amor o amor que primeiro nos amou.

Palavra do provincialPe. André Ricardo Melo, CSSRProvíncia de Goiás

GIRO PROVINCIAL

REUNIÃOOs governos das unidades de Goiás, Fortaleza e Recife estarão reunidos em Goiânia, entre os dias 19 e 23 de agosto, para um tempo de estudo e plane-jamento. Após esta reunião, os três provinciais seguirão para a Prelazia de São Félix do Araguaia/MT, juntamente com o padre Tiago Herbet, de Fortale-za, que coordenará as Santas Missões Redentoristas naquela região. A visita inclui um encontro com o bispo local, dom Adriano Ciocca.

IRMÃOSMais uma edição do Encontro Nacional dos Irmãos será realizada entre os dias 12 e 16 de agosto em Porto Alegre/RS. De nossa Província participarão dois confrades: Wellington Rodrigues e Diego Vinício.

CIDADÃO GOIANONosso confrade, padre Clóvis de Je-sus, recebeu no dia quatro de agosto o título de cidadão goiano. A entre-ga foi realizada de forma excepcional

ONDE POSSO ENCONTRAR o

1) Nas paróquias atendidas pelos redentoristas da Província de Goiás, nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e no Distrito Federal;

2) Nas comunidades redentoristas;

3) Através do site: www.redentorista.com.br

PODEMOS ENVIAR NOTÍCIAS DAS PARÓQUIAS OU SUGESTÕES PARA O RAPIDINHO?

Sim! Escreva um e-mail para:

[email protected]

durante missa na Matriz de Campi-nas, presidida por nosso provincial, padre André Ricardo. A proposta do título foi do deputado Bruno Peixoto.

TEOLOGIA MORALO Congresso de Teologia Moral acontecerá em Aparecida/SP nos

próximos dias 26 a 29 de agosto. A programação é aberta para todos os interessados, mas o último dia será exclusivo para os religiosos reden-toristas. Na ocasião, serão lançados alguns volumes de uma coletânea sobre a Teologia Moral de Santo Afonso pela URB.

RAPIDINHO?

PARTIDAS E CHEGADAS No dia 26 de julho, partiu para Roma o padre Elismar Alves dos Santos, que iniciará outro mestrado em Teologia Moral na Academia Alphonsiana. E no dia 10 de agosto, estará de volta à Província o irmão Marcos Vinícius Ramos de Carvalho (foto), que duran-te quase 8 anos viveu em Roma a ser-viço do Superior Geral. Irmão Marcos residirá na Sede Provincial, na Nova Vila, e atuará como professor de Filo-sofia Medieval no IFITEG.

ALEGO

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3GOIÂNIA | AGOSTO 2019ESPIRITUALIDADE

Espiritualidade dos Santos Redentoristas

Há na Igreja um chamado universal para san-tidade, isto é, viver e anunciar o Evangelho,

guiados pelo Espírito Santo. O Senhor sempre nos desperta para buscá-Lo sempre de um modo novo. Assim, o Espírito Santo guia distribuindo seu povo com diversos carismas institucionais ou e pessoais. Vamos, depois de conhecer um pouco os santos e beatos, buscar traços que orientem nossa espiritualidade

redentorista, tanto para leigos, como para irmãos e sacerdotes.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

1. Nossos santos são homens fora da regra: Não homens especiais, anormais ou deslocados no grupo em que vivem. Sua especialidade consiste em colocar em ação, não o rotineiro da vida redentorista, mas especialmente a capacidade de saber ser redentorista de acordo com o mais profundo de nossa vida: descobrir os mais abandonados e a melhor maneira de socorrê-los com grande zelo e iniciativas sempre novas. Alguns se caracterizaram não tanto pela novidade, mas pela sempre renovada maneira de agir assumindo o melhor de nosso carisma.

Sempre se deve ter em conta que o carisma não se fixa nas obras, mas na intuição pastoral de sempre procurar novos modos de atender à finalidade. Isso se chama fidelidade criativa. Não se fixar em formas, mas fixar-se no es-sencial, que vai sempre indicar novas formas.

O próprio Santo Afonso, o fundador, com-preendeu isso. “Alguns dos nossos riam-se da casa sonhada pelos pontifícios na Alemanha. Afonso não. Tomando conhecimento dos san-tos desejos destes dois alemães, alegrou-se extremamente. Deus não deixará de propagar por meio destes dois sua glória nesta parte do mundo. Na falta dos jesuítas, aqueles lugares fi-caram meio abandonados. As missões lá serão diferentes das nossas. Ali é mais útil, porque estão no meio de luteranos, e calvinistas, as catequeses que as pregações. Lá deve haver a catequese e depois preparar as pessoas para deixar o pecado. Podem fazer muito bem estes bons sacerdotes, mas têm necessidades de maiores luzes. Eu vou escrever para eles, mas Deus não quer que eu me intrometa. Jesus Cristo, confundis-me sempre mais, e se faça vossa glória. Acontece em seguida a fundação, não em Viena, mas em Varsóvia” (Vita di Sant’ Afonso IV, 17-148).

São Clemente não teve dúvidas, mesmo queren-do fazer como os napolitanos, continuaram ten-do criatividade de encontrar formas adequadas para o carisma. Deus dá o carisma a um grupo. Este anima a atualizá-lo.

2) Não somos uma escola de espiritualidade: Um elemento encontra-se em nossos santos e na própria santidade proposta pela espi-ritualidade redentorista, é que não somos santos de uma escola espiritual. Temos a espiritualidade normal do povo de Deus, da Igreja, e atualizamos esta santidade num modo concreto proposto pelas Constituições: o trabalho apostólico é intimamente conexo com a vida espiritual. Mesmo que se tenha apresentado diferentemente, os que se santi-ficaram seguiram a intuição carismática: ser santo e agir pastoralmente como uma única realidade. Santos, mesmo tendo a força da tradição, sempre souberam improvisar e criar novos modos de se viver a santidade. É uma espiritualidade.

3) São homens de grande dinamismo apostó-lico: Os santos eram homens de grande força apostólica e capacidade de muito trabalho, procurando por todos os meios levar os outros ao caminho da santidade. Foram confessores e diretores espirituais de grande peso.

Viveram situações adversas a uma normal e serena vida de comunidade. Foram empreende-dores e criadores de grandes novidades (S. João Neumann: as escolas católicas – Beato Sarnelli, a luta contra a prostituição e o encaminhamento das prostitutas - Afonso propondo uma nova moral e uma nova espiritualidade).

4) Procedem de fontes boas: Todos eles so-freram grande influência de suas famílias. Viviam no meio do povo, vivendo do que o povo vivia para manter sua fé e sua espiritua-lidade, dando a tudo isso um conteúdo novo. Viviam da Igreja, nela dando sua contribuição significativa.

5) Regra redentorista como fonte: A raiz da es-piritualidade desta gente está na observância do espírito e da prática de uma regra muito detalhada. Já desde o noviciado, há uma regra que dá o espírito pela busca da santidade e dá a receita desta santidade. Notemos que esta regra, foi fonte de iluminação para todos os nossos santos. Eram obedientes, mas apostó-licos.

Os primeiros confrades não tinham a regra de vida detalhada; mas a partir de 1749, e so-

TRADIÇÃO ALFONSIANA

bretudo em 1764, houve um trabalho de fazer as regras que detalhou excessivamente a vida da comunidade.

A partir de 1855, se implantou um estilo con-ventual. Desta sua mentalidade provém o estilo conventual que assumimos. Esse estilo não era o tradicional vivido pelos napolitanos. Souberam viver a regra como inspiração, não somente como uso.

6) Estilo de vida: Os redentoristas sempre foram homens de muita simplicidade com carac-terística popular. Geralmente são homens que fazem parte do cotidiano da vida, sem excentricidades (S. Geraldo é carismático). Vivem a vida normal de Igreja, muito desape-gados e ligados ao essencial: busca de Deus e obra apostólica. São populares e acessíveis ao povo. Misturavam-se com as pessoas. Li-gados a uma pastoral direta. Igualmente em seus trabalhos e ministérios tem no povo a referência primeira.

7) Mãe e irmã nossa: Todos os santos foram mui-to devotos de Nossa Senhora. Afonso escreve e faz músicas para Maria. Centrados nos mis-térios de Cristo. Tudo que fazem leva a Jesus. A devoção dos redentoristas se sintetiza nos mistérios da Redenção: Presépio, Cruz, Euca-ristia. Tudo está centrado no amor de Cristo.

Santo Afonso, fundador dos redentoristas

Temos assim alguns traços da espiritualidade redentorista que sustentam a obra missionária. Contamos também com a espiritualidade da Or-dem do Santíssimo Redentor, irmãs redentoristas que, com a vida contemplativa, sustentam tam-bém a obra apostólica.

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4 GOIÂNIA | AGOSTO 2019TESTEMUNHAS DO REDENTOR

O mês de agosto é propício para refletirmos sobre as diversas vocações. No entanto,

tendemos a nos referir às vocações como mo-dos diferentes do “fazer” na Igreja. Queremos rezar e refletir a dimensão vocacional de toda a evangelização, compreendendo que a vocação abrange muitas e diversas formas de “ser”. Com

isso, abre-nos um novo horizonte so-bre a evangelização e sobre a vocação. A dimensão vocacional é a coluna que sustenta todo autêntico projeto de evangelização, pois sem a consciência de que é chamado, convocado pelo Pai, em Jesus Cristo, na força do Espí-rito, para o anúncio do Reino, ninguém assumirá para valer o seu lugar de sujeito da missão, da evangelização. Somente na comunhão de vocações,

carismas e ministérios haverá responsabilidade e seriedade no trabalho de cada pessoa e de cada grupo.

Para uma evangelização a partir da dimensão vocacional quatro aspectos devem ser levados em conta. Primeiro, a vocação é iniciativa de Deus. É o próprio Deus que vem em busca da pessoa humana. Seu chamado é sempre uma interpelação pessoal, feita a seres plenamente livres, pedindo que abram o coração para um amor maior. Deus tece um diálogo, nunca é uma imposição, antes é “se queres...” (Mt 19,21). Deus propõe, não impõe! O maior sinal de uma evangelização que segue essa perspectiva é uma comunidade que vive em constante diálogo com a sociedade, com as culturas, com as outras religiões e acima de tudo, incentiva e vive em diálogo no seu próprio seio.

Segundo, a vocação é comunhão com a Trindade. “Pois então vou seduzi-la. Eu a levarei ao deserto e falar-lhe-ei ao coração” (Os 2,16). Uma evangelização permeada pela dimensão vocacional é uma experiência de sedução, na qual Deus convida a pessoa para entrar na sua intimidade, num verdadeiro relacionamento amoroso. Nesta intimidade não cabe a exclu-

Tempo de celebrar o Evangelho da Vocação para suscitar uma cultura vocacional

sividade, nem a exclusão, uma vez que Deus é Trindade, comunidade de Pessoas. Portanto, essa evangelização é comunhão traduzida em ações concretas de serviço em prol de uma sociedade mais justa, em diálogo tolerante e ardor missionário.

Terceiro, a vocação é seguimento de Jesus. “Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher e sujeito à lei” (Gl 4,4). O chamado da Trindade, para a comunhão com Ela, acontece por meio de Jesus Cristo, o qual escolhe, prepara e envia os seus discípu-los em missão. Por isso, a nossa vocação cristã é essencialmente seguimento de Cristo. Uma evangelização que tem por base esse pressupos-to vocacional suscita homens e mulheres cora-josos, dispostos a assumir o preço da missão, assim como o próprio Jesus. Numa comunidade, assim não há carreirismo, acomodação e nem superficialidades.

Quarto, Cristo dá sentido à nossa vocação. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Somente Jesus Cristo é capaz de revelar, o ser humano a si mesmo. Não é possível conhecer a dignidade e sublimidade da nossa vocação a não ser no seguimento das pegadas de Cristo, que não só revela a vocação humana, mas também cria condições para que ela se reali-ze. No seu seguimento as pessoas encontram a força para responder, cada dia, ao chamado do Pai. Essa resposta é profunda e está longe de ser euforias e atitudes sentimentalistas, ao

contrário, a evangelização se torna um pro-cesso realmente dinâmico, vivo, libertador e transformador.

Contemplando a dimensão vocacional, a evangelização torna-se também anúncio da vocação para cada pessoa, convidando-a a viver intensamente o chamado para o Amor. E isso se realiza mais concretamente por meio das voca-ções específicas, que longe de ser apenas uma

NO MÊS DE AGOSTO SOMOS CONVIDADOS A REFLETIR A DIMENSÃO VOCACIONAL DE TODA A EVANGELIZAÇÃO, COMPREENDENDO QUE A VOCAÇÃO ABRANGE MUITAS E DIVERSAS FORMAS DE SER

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5GOIÂNIA |AGOSTO 2019TESTEMUNHAS DO REDENTOR

Tempo de celebrar o Evangelho da Vocação para suscitar uma cultura vocacional REZANDO NOSSA MATRIZ

Eu gosto de gastar tem-po rezando na Matriz

da Imaculada Conceição de Campinas – Goiânia. Já falei das três rosáceas – aqueles vitrais grandes e redondos. Relembrei as cores dos vitrais das janelas superio-

res, onde estão vários títulos de Maria. Também o colorido dos vitrais inferiores nos convida ao recolhimento e à oração.

Hoje quero demorar um pouco no lambre – retábulo, de mogno. Também ele está fazendo 50 anos. Foi o pároco de 1969, padre Jesus Flores, que encomendou a obra. Note-se a cruz grande de metal. Naqueles tempos pós-Concílio, falava-se e agia numa fé mais racional, menos devocional, por isso era só a cruz, sem o crucificado, para que cada um se sentisse crucificado e visse o povo ferido de morte pregado na cruz. Reza-se o tempo vendo essa obra de arte. Como são combinadas as tábuas de mogno, formando figuras geométricas.

Foi nessa reforma que entrou o már-more no presbitério. Nos palpites para a reforma aventurou-se a ideia de se colo-car pedras de Pirenópolis. Lembraria a nossa realidade e fazia comunhão com o corpo da igreja Matriz, que tinha um bar-rado de mais de metro e meio de altura dessas pedras.

Lembro-me do piso de granitina. Pense que o asfalto era sonho. O vento trazia a poeira, no tempo da seca; e os sapatos o barro vermelho, no tempo da chuva.

Você que participa das novenas per-pétuas, mesmo com o movimento que é muito grande, não deixe de rezar essas belezas. Venha numa hora mais tranquila. Você vai sentir Maria, a Mãe, falando em seu coração.

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PARTILHA

Retábulo da Matriz de Campinas, em foto de 2015

“autorrealização” vazia, é expressão de uma res-posta a um Amor maior. Por isso, em cada semana deste mês de agosto se destaca com profundidade uma vocação específica: a vocação dos cristãos leigos; a vocação à Vida Consagrada e a vocação dos ministros ordenados.

Por fim, sonhar uma Cultura Vocacional é ce-lebrar o Evangelho da Vocação em cada atividade evangelizadora em nossas dioceses, paróquias,

comunidades e na família. Uma Cultura Vocacional começa quando somos capazes de reconhecer e celebrar o Amor doado a nós. Estar repletos de atividades, tarefas, afazeres não é necessariamente sinal res-posta vocacional, assim como uma Igreja repleta de pessoas apenas “fazendo coisas” não representa necessariamente uma Igreja repleta de cristãos.

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6 GOIÂNIA | AGOSTO 2019SOLIDARIEDADE EM MISSÃO

ANIVERSARIANTES

Padre Bariani: uma vida dedicada à missão! UMA

LONGA VIDA MARCADA PELO DESEJO DE SER DE DEUS

Fotos: Arquivo

10/08 Pe. Antonio (52)Abadia de Goiás

11/08 Pe. Zamuner (79)Trindade/Santuário

12/08 Pe. Benedito (51)Vila Rica/MT

16/08 Pe. Edinisio (48)Nova Vila

18/08 Pe. Anemézio (57)Confresa/MT

26/08 Pe. João Bosco (44)Trindade/Paróquia

10/08 Fr. Gemerson (26)Palmas/TO

A manhã do dia 22 de julho foi marcada pela notícia do

falecimento do padre Antônio Ricieri Bariani, missionário redentorista, aos 102 anos, 6 meses e 28 dias de vida. Segun-do o pároco de Trindade, padre João Bosco de Deus, na noite anterior ele havia passado mal, sendo levado pelo padre Nildo Barbosa ao hospital São Camilo. Após receber medicação, re-tornou para casa. No entanto, no dia seguinte relatou dores de estômago, mas não houve tempo de levá-lo ao hospital. “Rezei com ele já desacordado e veio a falecer”.

Padre Bariani nasceu em Guaxima, distrito do municí-pio de Conquista, em Minas Gerais, no dia 24 de dezembro de 1916, filho de mãe brasileira e de pai italiano. Ainda crian-ça, mudou-se com a família para Igarapava, na fronteira do Estado de São Paulo, onde

iniciou seus estudos. Poste-riormente, mudou-se para Ribeirão Preto, onde cursou a Escola de Comércio por três anos. Chegou a Trindade em 4 de março de 1939.

Ainda na infância, sentiu o chamado para a vida religio-sa. Foi coroinha e congregado mariano. Com a ajuda do pa-dre Fernando Albertini, con-seguiu um encontro com o superior provincial da época, padre Geraldo Pires de Sousa, e foi acolhido no Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida.

Fez seu noviciado em Pin-damonhangaba; estudou Fi-losofia e Teologia em Tietê. Recebeu a ordenação presbi-teral em 6 de janeiro de 1949, na Igreja de São João Bosco, dos padres salesianos, em Goiânia, sendo o primeiro ordenado na nova capital de Goiás. Três dias depois,

cantou sua primeira missa solene na antiga Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Campinas.

Iniciou seu ministério pres-biteral em Araraquara e em Aparecida, no Estado de São Paulo. Na década de 1950, foi designado para o serviço missionário em Goiás. Morou em Trindade, em Brasília e na Prelazia de Rubiataba, colabo-rando com Dom Juvenal Roriz. Padre Bariani dedicou muitos anos de sua vida ao serviço missionário, quer seja viajando pelas comunidades rurais ou na periferia de Goiânia. E neste trabalho, conviveu com o Ve-nerável padre Pelágio Sauter, chegando a ser seu confessor. Em Trindade, foi um dos fun-dadores da Vila São José Bento Cottolengo.

Integrou a equipe das San-tas Missões Populares, pre-gando em comunidades de

Goiás, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Tocantins. Por muitos anos residiu na periferia de Goiâ-nia, atendendo as comuni-dades da região missionária “Trindade 2”, hoje paróquia Nossa Senhora da Guia, bem

como celebrando a missa na Capela Nossa Senhora das Graças, no centro de Goiâ-nia. Nos últimos anos, padre Bariani residia no Convento que fica ao lado da Igreja Ma-triz de Trindade. Celebrava diariamente a eucaristia, e dedicava-se à literatura.

“Padre Bariani é um exem-plo para todos os consagrados, por seu testemunho de amor a Deus. Muito obrigado pelo tes-temunho de vida que o senhor me deu”, disse dom Washing-ton Cruz, arcebispo de Goiânia, que presidiu uma das missas durante o velório. “Um padre centenário, escritor, missioná-rio, e um dos primeiros a se-rem ordenados na nova capital de Goiás, Goiânia. Fez história e seu ministério sacerdotal faz parte de nossa história”, re-cordou o superior provincial, padre André Ricardo.

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7GOIÂNIA |AGOSTO 2019NUM MUNDO FERIDO

Para as Obras Sociais Redentoristas oferecer

um atendimento diferen-ciado para os assistidos e a comunidade é uma das suas principais missões, por isso a cada início de semestre os colaboradores participam de um momento de capaci-tação profissional e pessoal. Em julho essa formação aconteceu entre os dias 30 e 31 e reuniu também a equipe da Associação Poli-valente São José que é uma

das Instituições Amigas das Obras Sociais.

Para se obter o melhor resultado durante o semes-tre, além de desenvolver novas habilidades entre os colaboradores, a formação foi dividida em 4 temas, que se completavam entre si: Mu-sicalização, Teatro, Trabalho em equipe e Autoavaliação. Em cada atividade proposta e durante as oficinas puderam ser observadas a disposi-ção, a energia e a alegria da

equipe em estar presente e aprender algo novo a fim de poder ajudar o próximo.

A escolha da temática foi pensada por conta da “necessidade de preparar a equipe com base nos pon-tos observados no primeiro semestre e que precisam ser melhorados, e sabendo que acolhemos um público variado, estar munido de ferramentas que vão possi-bilitar melhorias no trata-mento com os assistidos e

a comunidade faz com que o trabalho seja leve, saudá-vel e eficiente”. Explicou o coordenador pedagógico, Naclayton Souza.

Esse método de preparar a equipe antes de iniciar as atividades já acontece desde 2014 e todo semestre os colaboradores recebem treinamentos e orientações sobre diversos temas que só ajudam para a realização de um trabalho mais harmonio-so, solidário e fraterno. “O

ser humano está em cons-tante mudança e por conta disso é importante agregar valores e novos conheci-mentos. Desenvolver novas habilidades e ferramentas ajudam o colaborador no seu crescimento pessoal e profissional”, explicou a coordenadora do CESPE/CECAM, Flaviana Irineu.

“Essa foi a primeira forma-ção que participei e foi um mo-mento de construção, aprendi métodos que vão me ajudar a demonstrar melhor o meu trabalho, tive contato mais próximo com outras pessoas e isso me ajudou a conhecer os meus colegas de trabalho. Foi também um processo de des-construção, eu sou um pouco tímida, e por isso conversava pouco, mas a formação me ajudou a mostrar um outro lado meu e principalmente a quebrar esse bloqueio de timi-dez”. Comentou Inês Carmézia que atua há 6 meses como Assistente Social das Obras Sociais Redentoristas.

Oferecer um atendimento com excelência é o dife-rencial das Obras Sociais e acolher o próximo com amor, atenção e cuidado faz parte da missão redentoris-ta. A Formação contou com a participação de 60 pessoas e foi destinada não só para os colaboradores, mas também para os voluntários, par-ceiros e amigos das Obras Sociais Redentoristas. Fonte:

Assessoria de Comunicação das OSR

A formação é oferecida regularmente em vista da excelência do trabalho e do crescimento de cada colaborador

JEFFERSON CARVALHAES

Colaboradores das Obras Sociais participaram de cursos de capacitação

JEFFERSON CARVALHAES

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Ensinar os princípios cris-tãos, a vivência da fé e a

importância da participação na comunidade para trans-formar o meio social. Há 18 anos o projeto Compromisso tem mudado a realidade da juventude, levando até ela a presença de Cristo com uma fórmula simples e eficaz: usando a própria juventude para atrair outros jovens, em um ciclo de formação que começa com o encontro inicial, a conquista feita pela experiência do encontro ín-timo com Deus e o chamado a continuar na caminhada de aprendizado para levar a mensagem do Evangelho cada vez a mais famílias.

Inspirado em 2001 pelo missionário redentoris-ta padre Fábio Mendonça Pascoal, na época ainda em formação, o Compromisso teve seu início na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Setor Nova Vila, em Goiâ-nia/GO. E sempre carregou consigo o carisma redento-rista, com a proposta de ir ao encontro daqueles que mais necessitam de Deus através do caráter missionário.

Além de Goiás (Nova Vila e Campinas-Goiânia, Apare-cida de Goiânia, Trindade e Trindade II, Santa Bárbara, Rio Verde e Turvelândia), o projeto está presente no Tocantins (Paraíso do Tocan-tins e Palmas); Mato Grosso (Vila Rica, Confresa e Nova Xavantina); Minas Gerais (Campina Verde); São Paulo (Salto do Pirapora) e Distrito Federal (São Sebastião). Além destas, há o convite para a implantação em mais 9 pa-róquias até o final de 2020, sendo que duas delas ficam no exterior: Polônia e Itália.

O ciclo do projeto come-ça com o encontro fechado chamado “Compromisso” e a partir dele a caminhada se inicia com 3 anos, chamados de ano A, B e C, cada um con-

ano se oferece ainda um en-contro chamado ‘encontro do meio’ (Ano A: Abraçando; Ano B: Identidade e Ano C: Redenção).

“Na minha história foi as-sim: O amor de Deus me to-cou profundamente, fui tam-bém chamado pelo nome e ‘empurrado’ para fazer nas-cer o Projeto Compromisso. No início, algo muito sutil, pequeno, mas grandioso de experiências do amor de Deus que ainda temos hoje”, explica padre Fábio Pascoal. “Hoje somos uma grande

8 GOIÂNIA | AGOSTO 2019IGREJA EM SAÍDA

tendo direcionamento espe-cífico de estudos dentro da vivência na Igreja: Palavra/Bíblia, Liturgia e Caridade. Em ambos a formação acon-tece através das chamadas ‘escolinhas’. Para servir em outro “Compromisso” como operários que irão receber a nova turma, é preciso perse-verança nessa etapa e parti-cipar do retiro “Ainda Existe Uma Cruz (AEUC)”, que con-vida o jovem a perceber sua relação direta na sociedade a partir da vivência concreta de sua fé. Além disso, a cada

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Compromisso: 18 anos de jovens evangelizando jovens

COM MAIS DE 2 MIL JOVENS ENVOLVIDOS EM SUAS ATIVIDADES, SEGUINDO O CARISMA REDENTORISTA DE LEVAR O EVANGELHO ÀS FAMÍLIAS. PROJETO COMPROMISSO CELEBROU ANIVERSÁRIO NO DIA DE SANTO AFONSO

família. Uma família que continua abraçando, tem identidade, experimenta a Redenção e sabe que Ainda Existe uma Cruz”, completa.

No projeto, as famílias têm papel primordial desde o começo, pois a transfor-mação e o principal suporte do jovem é sua base familiar. E o testemunho de quem foi transformado pelo amor de Deus é que atrai outros a bus-car viver o Compromisso. É o que conta o jovem Gustavo Rios, 35 anos, que participou do projeto em 2010: “Fui sur-preendido no Compromisso, foi ‘o encontro’, extraordiná-rio, espetacular para mim. O que ele deixou e trouxe para mim de fundamental, de mais importante é a presença de Deus em todas as situações da vida”.

Importante destacar que apesar de toda formação e estrutura oferecida pelo projeto, o jovem só conti-nua na caminhada com sua resposta pessoal. O convite é feito, mas depende do sim de

cada um para que continue a dar frutos. Chegar aos 18 anos de evangelização não é fácil, mas a árvore continua dando frutos bons, prova disso é o crescimento do projeto e a participação da juventude nas atividades das paróquias que acolheram essa proposta.

Para o pároco de Trin-dade, padre João Bosco de Deus, o projeto chama o jovem a assumir a sua res-ponsabilidade na Igreja e na sociedade. “Nós (paróquia) acompanhamos o jovem na crisma, na catequese, mas nem sempre conseguimos dar essa maturidade na fé ao jovem. Então o Projeto Com-promisso faz com que o jo-vem busque essa formação, tanto pastoral, bíblica e no seguimento de Jesus. Mes-mo não estando no projeto o jovem carrega essa ma-turidade na fé e a paróquia ganha com isso no trabalho pastoral, no trabalho da ca-ridade, da liturgia e demais trabalhos da paróquia”.

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9GOIÂNIA |AGOSTO 2019IGREJA EM SAÍDA

ORAÇÃO PELA SUA BEATIFICAÇÃO

Deus e Pai de bondade. Escolheste o Venerável Padre Pelágio para ser missionário do Teu

Filho na dedicação total aos pobres e enfermos. Enriqueceste-o com os dons do Teu Espírito para abençoar, curar e confortar. Por isso te pedimos sua beatificação. Agradecidos, queremos ajudar também a construir um mundo de paz onde os pobres são assistidos, os doentes socorridos e os bens parti-lhados. Amém!

(Com aprovação eclesiástica)

O missionário do povo

Padre Clóvis de Jesus Bovo, vice-postulador da Causa de

Beatificação do padre Pelágio Sauterilustrações: Victor Filho

Outubro está chegando! Ele nos traz o Sí-nodo da Amazônia. Sínodo é uma palavra

grega. Compõem a palavra a preposição “sin” que é a nossa “com” e o substantivo “odos” traduzido por “caminho”.

O acontecimento e realização dos sínodos são a recriação do Concílio Vaticano 2. São Paulo VI convocou e realizou o Sínodo so-

bre a Evangelização em 1975. Dessa reunião de bispos, veio à luz o documento Evangelii Nuntiandi.

O caminhar juntos, traba-lho da Igreja, envolve a inspi-ração do Espírito Santo, que a empurra para passos novos. Envolve também a nossa inse-gurança, nossa lerdeza, nossa

cabeça dura que a empurra para segurar o passo, a caminhada; os pés de barro, arrastam a caminhada, o agarrar-se às ideias próprias não se abre ao sopro do Espírito Santo.

Daí nossas orações: abrir-se à Palavra, ao Verbo divino. Eu também posso atrasar os passos desse caminhar juntos.

Quanto à ecologia, lembro os sete anos de vacas magras. É um fenômeno da imprevidên-cia humana que nos obriga a partilhar. O não acúmulo, a não ganância, o não lucro, mas a solidariedade, o respeito à vida, o serviço gratuito, poderão ser passos que o Espírito Santo nos leve a dar.

Que o Espírito nos cutuque a respeitar as culturas: cultos e costumes. Nossos povos amazônicos não precisam se tornar fazendei-ros e podem ajudar cultuar, louvar, glorificar o Deus da vida, o sopro que nos anima.

Preparemo-nos convertendo nossos cora-ções para caminharmos juntos com o Espírito.

Que outubro nos surpreenda com passos largos para nossa Igreja, principalmente latino-americana, no seguir os ensinos de Medellín-Puebla-São Domingos e Aparecida.

Nossa Senhora de Guadalupe e de Apare-cida interceda por nossa caminhada com os povos da Amazônia.

Certa ocasião, visitando a família do Zé Bento, Pe. Pelágio encontrou sua filha

de 10 anos, chorando porque não dava con-ta de escrever as letras maiúsculas do alfa-beto. “Não precisa chorar. Eu ajudo você”. Segurou a mão da menina, e foi guiando-a no papel, enquanto escrevia: DEUS É UM BOM PAI. ELE ME ENSINA A ESCREVER.

O Dr. Dario, quando menino, morou algum tempo com o Pe. Pelágio. Mas tinha medo de dormir sozinho. Altas horas da noi-te ia bater à porta do Pe. Pelágio, dizendo

Nos trinta e tantos anos que Pe. Pelágio residiu em Trindade,

formou-se entre ele e o povo, um laço sagrado que o tornou amado, respeitado e acatado. Nunca ocupou algum cargo na Igreja, mas todos o tinham como juiz de paz, delegado, prefeito, conselheiro e mestre. Che-gou-se a dizer que no céu mandava o Divino Pai Eterno, e na terra o Pe. Pelágio.

Recebeu o título de cidadão trin-dadense, mais devido à sua popu-laridade do que por grandes obras e realizações. Também os adeptos de outras religiões o admiravam. Em 1961, alguns meses antes da sua

ESTIMA

TERNURA DE MÃE

VÍCTOR FILH

O

VÍCT

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FILH

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A CRIATIVIDADE E A SIMPLICIDADE DO VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER

que estava com medo. O padre se levantava, conduzia o garoto até o seu quarto e ali ficava ao lado da cama, rezando com ele a oração ao Santo Anjo da Guarda, até ele adormecer.

morte, uma artista “evangélica” fez a pintura do Pe. Pelágio e a expôs em Goiânia, entre outras de suas obras.

Quem olhasse para aquele homem de aparência humilde e sotaque estran-

geiro, jamais imaginaria que no seu íntimo se escondiam grandes dotes artísticos.

Conhecia todos os segredos da música. Dominava o harmônio e o órgão. Sabia to-car outros instrumentos, como bandolim, violino, gaita. Foi maestro e professor de música. Formou e acompanhou diversos corais e grupos de cantores. Ensinou mui-tos a tocar instrumentos musicais. Todos admiravam sua voz forte, sonora e afinada.

MÚSICO E TEATRÓLOGO

VÍCTOR FILH

O

O teatro foi outro carisma. Escreveu e ensaiou numerosos dramas, operetas e comédias, enriquecendo-os com letra e música de sua autoria.

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Lembrança da minhaPrimeira Eucaristia

Lembrança da minhaPrimeira Eucaristia

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como fazemos com os outros alimentos

que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos

transforma nele.”

Santo Agostinho

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Lembrança do meu

Batismo

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O batismo é o primeiro

sacramento e o início de uma

vida iluminada pela bondade

de Deus.

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este trabalho por meio do perfil @metanoia_ja, em que encontramos bonitos cards, a coleção “os teomé-tricos”, além dos vídeos curtos da série “Metanoia Já”, produzidos e apresentados pelo próprio religioso.

Junto ao seu talento, está a cora-gem de falar a linguagem que atrai os jovens de hoje. Como ele mesmo diz em um dos vídeos, a proposta é promover, aos poucos, uma mudan-ça de mentalidade em prol de uma fé mais lúcida e forte. A intenção é ajudar “um processo de conversão que vem de dentro para fora”. Os vídeos são, portanto, uma série de conversas sobre assuntos variados de nosso cotidiano de fé. Vale a pena seguir e compartilhar!

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Diretrizes da CNBB chamam atenção para a evangelização no mundo urbano

11GOIÂNIA |AGOSTO 2019ATUALIDADE

Presidente da República

A cada quatro anos, escolhemos o nosso presidente da Repú-blica, e fizemos isso no ano passado. E fazemos isso porque

nossa Constituição define, como regime governamental, o presi-dencialismo. O eleito tem liberdade para escolher seus auxiliares diretos, os ministros, sem interferência do Congresso Nacional.

Além do mandato de quatro anos, o presidente tem direito a uma disputa pela reeleição. E para concorrer à Presidência, diz a legislação brasileira que é necessário observar algumas limitações: ser brasileiro nato; ter a idade mínima de 35 anos completos antes do pleito; ter o pleno exercício de seus direitos políticos; ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil; ser filiado a uma agremiação ou partido político; não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.

Pelo artigo 84 da Constituição, o presidente da República exerce as atribuições de chefe de Estado (diplomacia com demais países) e chefe de governo (que é o exercício propriamente dito do governo do país).

O que diz a lei sobre a função presidencial é bastante obje-tivo, direto e prático. Mas fala pouco das consequências que a responsabilidade do cargo acarreta. Isto está no discernimento popular do próprio cargo, já que ele não é ditador, nem rei. Ele governa um país inteiro, e não apenas para atender os interes-ses de quem o elegeu. E, por isso, tudo o que ele diz ou deixa de dizer, no exercício do cargo, tem consequências para as pessoas e para todo um país. Está aí a grande responsabilidade de quem ocupa o cargo, mas também de quem escolhe o mandatário da República. Ninguém poderia se esquecer disso.

A herança que o Muticom 2019 deixou para a Arquidiocese de Goiânia: o nome “Cidade da Comunhão” para o complexo que inclui os seminários, a casa episcopal, o Instituto Santa Cruz e o Centro Pastoral Dom Fernando.

A mídia pode ter alguma culpa por expor e dar repercussão às divisões internas na equipe do governo federal e em sua base de apoio ideológica. Por outro lado, há falta de maturidade para o uso das redes sociais. Daí, não se pode reclamar.

O presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB e

bispo de Luziânia, Dom Wal-demar Passini Dalbello, dis-se em entrevista ao site do Regional (cnbbco.org) que as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) deverão “nos ajudar a crescer muito em vida comunitária”. Segundo ele, a pequena comunidade que se torna missionária, é “luz na so-ciedade e cativa também outros irmãos para a vida da Igreja no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Dom Waldemar reconhece que o grande desafio que a sociedade propõe para a Igreja hoje é ser: “uma Igreja acolhedora, que em pequenas comunidades é capaz de acompanhar as pessoas nas suas diversas situações, inquietações e buscas”.

No Regional Centro-Oeste, a Assembleia do Povo de Deus, que será realizada em outubro próximo, vai tomar o conteúdo das Diretrizes e seus objetivos serão realçados para que a sua missão seja cumprida. “Nós queremos na Assembleia ajudar os coordenadores das pastorais do regional e das dioceses terem essa per-cepção de como nós somos chamados a viver em co-munidade, assumindo aquele modelo das comunidades dos Atos dos Apóstolos (2,42) como uma proposta para a Igreja nos dias de hoje”, esclareceu Dom Waldemar.

Para além da vida eclesial, as novas Diretrizes se debruçam sobre a análise cultural da atualidade. Isso porque a cultura urbana, essência do documento, está presente hoje onde as pessoas vivem, seja na zona rural, nas pequenas cidades ou nos grandes centros urbanos. Dom Waldemar destacou que a evangeli-zação precisa atingir quem vive em qualquer desses ambientes. “Nós estamos numa cultura eminentemente urbana. Mesmo quem vive numa pequena cidade, no campo, ou na zona rural, sofre influência dessa cultu-ra que tem muitos valores, mas muitas vezes deixa a pessoa isolada, solitária, ela propõe muito, mas inclui pouco”, disse.

O bispo salientou que o documento está muito atento à pessoa humana. “A nossa sociedade tem mui-tas riquezas, mas distribui pouco sua riqueza cultural,

possibilidades de crescimento pessoal, educacional, mesmo relacional e as Diretrizes estão muito atentas ao homem, à mulher, ao jovem. O Evangelho, nesse sentido, como sempre foi, é esperado e nós recorremos também à bagagem da tradição da Igreja, a experiência dos primeiros séculos em tempos de paganismo. É a experiência que nós hoje assumimos com muito cuidado porque ela se aproxima da resposta que deve ser dada nos tempos atuais de um neopaganismo”, esclareceu.

A reflexão sobre a sociedade de hoje não é uma crítica, con-forme ressaltou Dom Waldemar. Diante do contexto social e

cultural urbano, ele disse que a evangelização precisa estar próxima das pessoas. “O Evangelho hoje é espe-rado com um forte acento relacional. Ele nos propicia encontro, gera amizade, fraternidade, acompanhamen-to, cuidado, resgata da solidão, dá sentido para buscas comuns”. Isso porque é papel da evangelização também colaborar no desenvolvimento humano e social. “Não é só a comunidade que se encontra e fica feliz de estar reunida, mas também aquele grupo que se propõe a conquistas, metas, e une forças. E assim cada membro cresce, desenvolve a partir do seu potencial colabo-rando na conquista das metas que pode ser religiosa e espiritual, mas também cultural, social, sociopolítica. Tem várias vertentes que vão depender da sensibilidade de cada pequena comunidade que vai sendo formada”. Por fim, Dom Waldemar disse que a comunidade deve ser um lugar de impulso. “A pequena comunidade é solução para a pessoa enquanto lugar de encontro, mas ao mesmo tempo ela é lugar de impulso, propulsão, que lança a pessoa para realizar os seus objetivos elevados na vida com os irmãos de comunidade. Nesse sentido que nós estamos percebendo que a cultura urbana nos desafia a apresentar o Evangelho com esse rosto muito comunitário e decididamente missionário”, concluiu.

Uma pesquisa disponível no site do Regional (cnbbco.org.br) está captando a opinião das pessoas sobre a evangelização hoje, e vai ajudar na reflexão dos coordenadores de pastoral a respeito das Diretrizes. A participação do leitor do Rapidinho é bem-vinda!

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12Reflexões sobre post de SANTO AGOSTINHO

“Possuir Deus é viver de maneira feliz”.Santo Agostinho

(fotografe este post com o seu celular e coloque em sua rede social)

GOIÂNIA | AGOSTO 2019SABEDORIA ESPIRITUAL

CRÍTICAS E SUGESTÕES

PE. RAFAEL VIEIRA SILVA, C.SS.R.

[email protected]

AUTOR DO POST

Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental. Ele era o bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África. Escrevendo na era patrística, ele é amplamente considerado como sendo o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-primas são De Civitate Dei (“A Cidade de Deus”) e “Confissões”, ambas ainda muito estudadas atualmente.

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SUGESTÃO

autor das reflexões

[POSSE]Se fôssemos espiritualmente mais sóbrios, bastaria esse ensinamento de Santo Agostinho para entendermos o mistério que nos envolve. O problema é que tendemos sempre a complicar. Comecemos: você se sente confortável com a expressão “possuir Deus”? Eu me desorganizo um pouco. Tenho comigo que a posse é uma palavra dura, uma realidade que não cabe na relação com Deus. Parece que nos foi ensinado que possuir é algo mais próximo da aquisição do poder sobre alguém ou alguma coisa. Possuir é dominar. Se eu tiver algo, posso comandar o que tenho e as realidades que envolvem a minha propriedade. Então, “possuir Deus” não tem nada a ver com isso. A “posse”, neste caso, é uma relação parecida com o que o nosso povo chama de “meu” e “minha” quando se refere a filho ou filha. Um pai ou uma mãe não é dono, proprietário de um filho ou de uma filha. Mas, a ligação entre eles é tão estreita e forte que nada poderá romper. É nesse sentido que Santo Agostinho fala de “posse de Deus”. Um vínculo tão forte que nos dá a condição de chamá-lo, de verdade, de “Meu Deus”.

[DEUS]Quando é preciso fazer qualquer discurso sobre Deus, eu me lembro do saudoso Rubem Alves. Teólogo, Filósofo, Psicanalista, Escritor falecido em 2014 e que me ensinou muito. Tive a felicidade de contar com um texto dele como prefácio do meu segundo livro. O Rubem, ao falar de Deus, admite que sua atitude é de profundo respei-to: “Sou um construtor de altares à beira de um abismo. Construo meus altares com poesia e beleza. Os fogos que acendo nos meus altares iluminam o meu rosto e aquecem o meu corpo. Mas o abismo continua escuro e silencioso”. O doce cronista da vida, da religião e da alma humana admitia que diante de Deus, também é preciso decidir em reconhecer o Deus verdadeiro na diversidade “divina” que nos circunda: “Há tantos deuses… Os homens ferozes e vingativos imaginam um Deus feroz e vingativo que mantém, para sua própria alegria, uma câmara de torturas chamada Inferno, onde se vinga dos seus desafetos por toda a eternidade. Há o Deus jardineiro que criou um Paraíso e mora nas árvores e nas correntes cristalinas. Há o Deus com alma de banqueiro que contabiliza débitos e créditos… Há o Deus da Cecília Meireles que se confunde com as águas do mar azul… Há o Deus erótico que inspira poemas de amor carnal… E há também o Deus criança de Alberto Caeiro e Mário Quintana. Qual deles?”.

[VIDA]Tenho pensado muito sobre o que, de fato, significa viver. Reconheço que, muitas vezes, associo como “mais vida” apenas àquilo que é prazeroso. Isso me leva a considerar como “menos vida” os momentos em que a vida se torna muito dura, pesada, quando adoeço, por exemplo. Falta-me, eu sei, uma visão do conjunto da vida considerando e incluindo suas dores e provas. Daí acaba que entendo pouco da vida. Sinto que preciso avançar muito, refletir muito e, principalmente, rezar muito. A vida é um mistério, eu sei. Quando Santo Agostinho fala em viver, certamente supõe que estejamos compreendendo a vida de forma ampla. E, talvez, as situações em que a vida se torna dura, desafiadora, necessitada de sentido profundo sejam justamente onde se pode, de fato, provar o que é viver de verdade. Quando os sorrisos são fáceis, não há tanto o que pensar. Quando a saúde é sólida, o corpo responde às melhores solicitações. O viver e o seu sentido mais expressivo se encontram nas encruzilhadas mais complicadas da existência.

[FELIZ]Viver de maneira feliz, como diz o Bispo de Hipona, é tarefa para gente que tem abertura de mente e de cora-ção. Gente que escuta os sussurros constantes do Espírito. Não adianta nada achar que viver de maneira feliz é estar, o tempo todo, com cara de alegre sem saber a razão. Papa Francisco tem insistido de que, nós que temos fé, devemos dar testemunho da verdadeira alegria. Essa alegria pode ser sinônimo de vida feliz como fala Santo Agostinho. E o Papa Francisco desata aquele nó dado pelos pessimistas que insistem em dizer que não dá para ser feliz o tempo todo. Ele diz: “A alegria não é viver de risada em risada. Não, não é isso. A alegria não é ser en-graçado. Não, não é isso. É outra coisa. A alegria cristã é a paz. A paz que está nas raízes, a paz do coração, a paz que somente Deus pode nos dar. Esta é a alegria cristã. Não é fácil preservar esta alegria”. E nos dá a base dessa alegria que acompanha o viver de uma maneira feliz: “A alegria cristã é o respiro do cristão, um cristão que não é alegre no coração não é um bom cristão. É o respiro, o modo de se expressar do cristão, a alegria. Não é algo que se compra ou que faço com esforço, não: é um fruto do Espírito Santo. Quem faz a alegria no coração é o Espírito Santo”.