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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXII * N. 264 * Dezembro de 2012 Notícias Pág. 08 Nossa Santa Para que, de fato, a cele- bração do Mistério do Na- tal seja celebrada como se espera, a Igreja dispõe do tempo de preparação ao nascimento do Senhor, que é Tempo do Advento... O Natal, Santa Edwiges, e o que devemos crer e praticar Pág. 05 O primeiro encontro de pre- paração para a jornada mun- dial da Juventude em 2013. Viva - Encontro da Juventude da Região Ipiranga O Ano da Fé – Ilustra a força e a beleza da nossa Fé Especial O Ano da Fé tem como proposta repassar a história da nossa fé, que faz ver o ministério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Pág. 06 Palavra do pároco Esperança que move a partilha e nota de esclarecimento Pág. 03 Advento, a realização e confirmação da Aliança É uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo Pág. 06

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STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXII * N. 264 * Dezembro de 2012

Notícias

Pág. 08

Nossa Santa

Para que, de fato, a cele-bração do Mistério do Na-tal seja celebrada como se espera, a Igreja dispõe do tempo de preparação ao nascimento do Senhor, que é Tempo do Advento...

O Natal, Santa Edwiges, e o que devemos crer e praticar

Pág. 05

O primeiro encontro de pre-paração para a jornada mun-dial da Juventude em 2013.

Viva - Encontro da Juventude da Região Ipiranga

O Ano da Fé – Ilustra a força e a beleza da nossa Fé Especial

O Ano da Fé tem como proposta repassar a história da nossa fé, que faz ver o ministério insondável da santidade entrelaçada com o pecado.

Pág. 06

Palavra do pároco

Esperança que move a partilha e nota de esclarecimento

Pág. 03

Advento, a realização e confirmação da AliançaÉ uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo Pág. 06

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Mal havíamos chegado à metade do mês de novembro e o comércio já estava entrando em clima de Natal. As pes-soas aproveitaram os feriados que este mês proporcionou, para começar os preparativos da festa natalina.

Para nós cristãos esta festa tem outro significado, que vem sendo deturpado pelo consumismo desenfreado a cada ano, onde o Papai Noel e a Árvore de Natal se tornam o centro mais importante. Mas na realidade cristã é a época de relembrar o nascimento de Jesus.

Um dia desses estava lendo um texto que falava do Na-tal e gostaria de compartilhar com vocês: Um entrevistador de televisão estava caminhando nas ruas de Tóquio na se-mana do Natal. Como em quase todo o mundo, as compras de Natal são um grande sucesso comercial. O entrevista-dor parou uma jovem senhora na calçada e perguntou: “O que quer dizer o Natal?” Rindo, ela respondeu: “Eu não sei. Seria o dia em que Jesus morreu?” Apesar da sua falta de conhecimento, existia alguma verdade em sua resposta.

Nos dias atuais, mesmo nos países não cristãos, o Natal parece uma festa de muitas festas e presentes. O único que não está presente é o Senhor Jesus, o aniversariante, a razão da comemoração do Natal. As casas estão enfeita-das de bolas coloridas, as mesas estão repletas de pratos saborosos, por toda parte são encontradas garrafas de be-bidas, todos se abraçam, cantam e dançam, tudo é alegria. Mas onde está o aniversariante? Onde está o dono da fes-ta? Onde está o Salvador? Onde está o Senhor que nas-ceu para nos dar vida e vida com abundância?Parece que Cristo continua relegado à manjedoura de Belém, longe de nossos olhos, de nossa casa, de nossas vidas. Mas não deveria ser assim. Ele é a única coisa importante do Na-tal, o motivo real de nossa alegria, e a origem da única salvação que existe.

O Natal deve ser comemorado com Jesus na manjedoura de nossos corações, nas cores de nossa felicidade com sua salvação, na fartura de nossa adoração e obediência. A festa é Jesus, a alegria é Jesus, os louvores são para Jesus, os abraços devem ser dados a Ele e por causa da gloriosa obra que veio para fazer. Jesus é a única razão da estação.

O que significa ter um Feliz Natal? Ganhar muitos pre-sentes? Comprar roupas novas? Reformar a casa? Comer? Festejar? Reunir a família? Tudo isso é apenas consequên-cia de um Feliz Natal que aconteceu quase dois mil anos atrás. E não devemos esquecer jamais a vinda de Jesus e a sua missão que inclui a nós no seu plano de salvação.

Um “Feliz Natal” existe quando Jesus é o Senhor e Sal-vador de nossas vidas, o iluminador de nossos lares, o guia de todas as nossas decisões. Isso é ter um Feliz Natal!

Vamos aproveitar esse período parar refletir e dar o real sentido no Natal e colocá-lo em prática, seguindo o que a igreja nos pede. Desejo a todos um Feliz e Santo Natal e que o ano de 2013 seja repleto de coisas boas.

Fiquem com Deus!

calendário02Calendário Paroquial Pastoral 2012

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraDiagramador: Ronnie A. MagalhãesFotos: Gina, Victor Hugo e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Rafael Carvalho

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 06/12/2012Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

Karina [email protected]

1 SabCatequese (Encerramento)Infância Missionária (Preparação p/ novena)Grupo de Oração

—Salão Pe. SegundoSalão São José Marello

—14h30 às 16h19h

2 DomAJUNAI (Encontro dominical)Catequese (Confraternização)Pastoral dos Coroinhas (Formação Advento/Natal)

Salão Pe. SegundoSalão São JoséSalas S. Pedro e S. Paulo

9h às 11h10h3010h às 11h30

6 Qui Apostolado da Oração (Reunião)S.A.V. (Adoração Vocacional)

Salão São JoséSantuário

14h19h30

7 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira do mês)Grupo de Canto (Ensaios) Santuário 20h

8 SabImaculada Conceição de Nossa SenhoraInfância Missionária (Novena de Natal)Grupo de Oração

Salão Pe. SegundoSalão São José Marello

14h30 às 16h19h

9 DomVicentinos (Assembleia Vicentina)Pastoral da Família (Curso de Noivos)AJUNAI (Encontro dominical)Pastoral dos Coroinhas (Formação Advento/Natal)

Salão S José MarelloOSSESalão Pe. SegundoSalas S. Pedro e S. Paulo

8h às 12h8h às 17h9h às 11h10h às 11h30

11 Ter Pastoral do Dízimo (reunião) Salão São José 20h

12 Qua Terço dos Homens (Confraternização) Santuário 20h

14 Sex Pastoral da Família (Confraternização)Grupo de Canto (Ensaios)

A definirSantuário

A definir20h

15 Sab Ministros Extraord. Sagrada Comunhão (Reunião)Grupo de Oração

Salão São JoséSalão São José Marello

17h19h

21 Sex Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas)Grupo de Canto (Ensaios)

Salão São José MarelloSantuário

7h às 12h20h

22 Sab Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas e reunião) Salão São José Marello 8h às 12h

25 Ter Natal de nosso Senhor Jesus Cristo Santuário 20h

30 Dom Sagrada Família Santuário 20h

editorial Reflexão

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Esperança que move a partilha e nota de esclarecimentoEu, Pe Paulo, pároco e reitor da Paróquia San-

tuário Santa Edwiges, escrevi para essa coluna dois textos.Um para ser da coluna do mês que escrevo normalmente, e este para substituí-lo, até para falar de um ocorrido entre nós, e que cabe a mim dar esclarecimentos sobre a realidade, de uma Igreja Católica Apostólica Romana.

A caridade é o Amor, e o próprio Jesus nos pede no evangelho “amai-vos uns aos outros”(Jo15, 9-17), e tantas outras citações podem apresentar o próprio Je-sus nos chamando ao amor, ao Jovem rico que man-da doar os seus bens para entrar no reino(Mt 19,21), e assim se faz a motivação de atender aos pobres, aos sofridos, e aos endividados como o exemplo de Santa Edwiges a nossa padroeira, de onde vem de Cristo o convite a amar, e da sagrada ceia o exem-plo do serviço, lavar os pés(Jo13,14), o convite a nós também, este cuidado de lavar os pés uns dos outros.

Movidos por esta esperança, e por esta fé, vou esclarecer umas dúvidas vossas, ou de quem não tem noção, e a afirmação mais descabida de que a Igreja Católica é rica. Pois bem, vos digo, é muito rica, e leia o restante para não ficar desinformado de quanta riqueza. Quem é católico e participa, sabe a fonte desta riqueza em números, veja:• Primeira Riqueza - CRIANÇAS: 530 crian-

ças atendidas nas Obras Sociais, sendo ofere-cido a elas o alimento, o auxilio na educação, reforço escolar e a cultura por meio de projetos e com parcerias, que nem sempre é suficiente para manter, mais se faz esforços desmedidos para dar o melhor.

• Segunda Riqueza - DOENTES: Pessoas com dificuldade de adquirir os remédios. São aten-didas aproximadamente 50 pessoas por semana na farmácia da OSSE.

• Terceira Riqueza - POBRES: 4224 cestas básicas entregas às famílias carentes, desde ja-neiro até este mês.

• Quarta Riqueza - PORTADORES DO HIV: Mais ou menos 60 é o número dos atendidos no Projeto Esperança.

• Quinta Riqueza - LEVE LEITE: 300 pesso-as atendidas neste programa toda semana em parceria com a Prefeitura.

• Sexta Riqueza - ADVOGADOS: Várias pes-soas são encaminhadas ao atendimento deste profissional voluntário da Obra.

• Sétima Riqueza - PSICOLOGIA: Muitos os beneficiados para terapia.

• Oitava Riqueza - SERVIÇO SOCIAL: Atendimento aos beneficiados das cestas,

encaminhamentos para empregos e outros recursos governamentais.

• Nona Riqueza - BAZAR DE ROUPAS: Diver-sas pessoas são favorecidas pelas roupas a preço acessível de nosso bazar beneficente, além dos que necessitam sem poder de aquisição, ganham estas roupas para sua necessidade.

• Décima Riqueza - COMPUTAÇÃO: Ado-lescentes que tem a sua primeira instrução e acesso aos meios digitais na Osse.

• Décima Primeira Riqueza - CASA DA CRI-ANÇA SANTA ÂNGELA: 400 crianças e adolescentes atendidos com acompanhamento dos estudos escolares. Em média 300 famílias recebem sacolinhas de Natal, contabilizando um total de 2500 crianças, sendo os atendidos e mais os seus irmãos e parentes necessitados. Além de um intenso e amplo encaminhamento a partir do serviço social nesta unidade, dada à vulnerabilidade social na realidade.

• Décima Segunda Riqueza - LAR SAGRADA FAMÍLIA: Atendimento a 19 senhoras que são internas, oriundas de famílias carentes, que tem todo o cuidado necessário para uma vida saudável respeitando sua idade avançada e os problemas físicos que se assolam por conta desta idade e suas realidades.

• Décima Terceira Riqueza - COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA: Dentro da Comunidade Heliópolis circula um povo bo-nito, bom, cheio de vida, e que neste ano, com sacrifícios à duras penas irão arrecadar fundos, e em conjunto reformar e ampliar o templo, devolvendo aos tantos membros dos grupos, pastorais, movimentos e serviços sociais ali es-tabelecidos, um local amplo e mais confortável.

• Décima Quarta Riqueza - COMUNIDADE DA PARÓQUIA E SANTUÁRIO: 5000 ou mais atendidos a cada domingo. Aproximados 7.000 a 10.000 atendidos nos dias 16 de cada mês, 35 grupos de pastorais e movimentos, mais de 1000 pessoas comprometidas com o dízimo, 1200 colaboradores para campanha do terreno, em torno de 270 colaboradores na festa da padroeira, desde o canto, coleta de alimentos, segurança e não vou citar todos para não ser injusto, e mais uns 300 colaboradores voluntários nos dias 16 para as devoções de Santa Edwiges.

• Décima Quinta Riqueza - MORADORES DE RUA: Todos os domingos são disponibilizados para os moradores de rua, aproximando um total

de 300 a 400 marmitas, além de água, e com empenho dos voluntários que também cortam os cabelos, cuidam de suas feridas e entregam-lhes roupas, calçados e no frio, cobertas.

• Décima Sexta Riqueza - VISITAÇÃO AOS ENFERMOS: Os membros das pastorais e movimentos visitam e cuidam dos enfermos e idosos de seus grupos.

Têm ainda outras tantas riquezas, como a vida de fé, as ações escondidas feitas por profundo amor e no desejo que não se saiba a sua esquerda a que faz a sua direita. (Mt6, 3)

Viu quanto bem? Pois é, e assim se faz a vida es-clarecida em toda a riqueza católica. E por isso, ain-da somos alvos de calúnias e infortúnios como, da-nos ao patrimônio e roubos, ou ainda perseguições.

Tudo isso para esclarecer: a Igreja foi roubada no dia 19 para o dia 20 de novembro. Levaram algo, que veio de pequenas gotas de pessoas simples e humildes, dadas no dízimo, nas ofertas, e que pode tirar o pão da boca de um pobre, de um necessitado e de uma dor acalmada de um doente.

Meu caro, o padre já perdoou a quem feriu o patrimônio, não fiquei triste e nem com ódio de quem de repente pensou achar um monte de valores, e não sabia que o maior de todos os valores está em fazer a vontade de Deus, “cuidar dos pobres, por que deles é o reino dos céus” (Mt5, 3). Como diz um velho provérbio, “Deus tem mais a dar”, não faltará para nós à fé, a esperança e a certeza de quem necessita, não ficará desamparado em nada.

Perguntaram-me, ladrão tem possibilidade de entrar no céu? Digo-te que sim. Desde que se faça como Zaqueu, deixar de praticar o que não é certo. Deixe Jesus entrar na sua vida e em sua casa (Lc 19, 1-10) e como atitude devolva o que não lhe per-tence, e ou ainda como o Dimas na cena da Cruz, que reconhece o seu erro, e arrependido pede para Jesus se lembrar dele, e Ele o diz, “ainda hoje es-tarás comigo no paraíso” (Lc23, 42-43). Como é Jesus Cristo que nos chama a amar, possamos neste Natal o deixar entrar em nossas vidas, e aumente-mos ainda mais em nós a esperança, a fé, para fazer da caridade um gesto de amor.

Finalizo certo da fé que professo, da esperança que envolve a caridade que minha comunidade faz e com ela organizo, desejo a todos um ótimo Natal de Jesus, e um ano de 2013 cheios de Paz, Vida e Luz.

palavra do pároco 03santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

Pe Paulo Siebeneichler – [email protected]

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O (CCA) Centro para Crianças e Adolescentes Santa Edwiges, destinado ao atendimento de 120 crianças e adolescentes na faixa etária compreen-dida entre 06 a 14 anos e 11 meses, tem por finali-dade oferecer um espaço de convívio e bem estar social. Desenvolvendo um trabalho socioeducativo na promoção de atividades como: acompanha-mento ao estudo, grupo de orientação, roda de conversa, brinquedoteca, informática, oficina de música e incentivo a leitura. Priorizando usuários em situação de risco e vulnerabilidade, assegu-rando espaços para o estabelecimento de relações de afetividade, protagonismo e autonomia que ga-rantam a sociabilidade e a convivência grupal. O CCA Santa Edwiges objetiva também a ampliação do universo cultural, o acesso à tecnologia e a ex-perimentação de participação na vida pública, bem como na emancipação de nossos futuros cidadãos no pleno exercício da cidadania e na atuação como atores e protagonista de sua própria história.

Atividade: Centro para Crianças e Adolescentes Santa Edwiges

Para compreender melhor as solenidades do Natal é preciso ter presente a visão da nossa cultura atual. Para isso Leonardo Boff nos diz: “Há dentro de nós uma chama sagrada coberta pelas cinzas do con-sumismo, da busca de bens materiais, de uma vida distraída das coisas essenciais. É preciso remover tais cinzas e despertar a chama sagrada. E en-tão irradiaremos. Seremos como um sol”. Pegue-mos agora o sentido original da celebração do Natal chamada “manifestação do Senhor na carne”. A litur-gia do Natal recorda todo o realismo da Encarnação terrestre do Verbo. O Filho de Deus não se disfarça em homem, mas permanecendo Deus, é também real e concretamente homem; Ele se manifesta na reali-dade total do homem. “Ele se aproximou na forma de uma criança pobre que nasce no subúrbio, no meio de animais. Para que ninguém se sentisse dis-tante Dele, para que todos pudessem experimentar o sentimento de ternura que desperta uma criança que queremos carregar no colo e sobre a qual nos vergamos, maravilhados”. (Leonardo Boff). O Mistério do Natal não nos oferece somente um mo-delo para imitar a humildade e pobreza do Senhor que está deitado na manjedoura, mas nos dá a graça de sermos semelhantes a Ele. Este é o caminho que Deus escolheu para acercar-se de nós, para poder andar conosco por nossos estreitos caminhos.

“Talvez seja um Deus que não nos explique a razão do mal do mundo, mas que sofre junto co-nosco. Talvez não nos explique por que tanto tra-

balho para tão pouca felicidade, mas trabalha junto, e se faz carpinteiro. Assume tudo o que é radicalmente humano. Chora expressando a tris-teza com a morte do amigo Lázaro. Entretém ami-zade com duas mulheres, Marta e Maria, e com Maria de Magdala, chamada de sua companhei-ra, por mais escandaloso que isto fosse naquele tempo. Enche-se de ira sagrada e toma do chicote quando vê o espaço sagrado sendo transformado num mercado. Mas também se enche de indizível ternura abraçando as crianças e dizendo, resolu-tamente, que ninguém as afaste”. (Leonardo Boff)

A manifestação do Senhor conduz o homem à participação da vida divina. Assim, a verdadeira espiritualidade do Natal não consiste na imitação de Cristo “do lado de fora”, mas “viver Cristo que está em nós” e manifestá-lo com a vida no seu mistério de obediência, pobreza e humildade. Portanto, o fruto espiritual do Natal consiste no empenho moral de viver a graça da Redenção e da Regeneração, de conservar interiormente o Espírito Santo que nos faz filhos de Deus. “Tudo isso é Jesus, tudo isso é Deus na nossa carne quente e mortal. Um Deus que encontramos dentro de nós e de nosso cotidiano, sem precisar buscá-lo aqui e ali, mas buscá-lo na nossa interioridade, onde Ele, um dia, penetrou e deondenuncamaissaiuassimnosfazendofilhosefilhas,semelhantesaoseuFilhoJesus.Equandochegar a nossa hora de partir, Ele vem, toma o que é Dele e leva para o Seu Reino, isto é, nos leva

Venha nos fazer uma visita!

Marquês de Maricá, 288- Sacomã – São Paulo - SP

Telefone: (011) 2591-2281

Horário de Atendimento: Segunda à Sexta-feira

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Participe desse sonho de vida e crescimento. Faça a sua doação aceitamos material escolar: lápisgrafiteecolorido,gizdecera,canetashidro-cor, tintas plásticas, massa de modelar, pintura facial,colacolorida,folhassulfite,papelcolorset,cartolinas, EVA, brinquedos e jogos educativos.

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Acompanhe os últimos acontecimentos do CCA Santa Edwiges na programação da semana da cri-ança e do adolescente.

obra social04 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

pararefletir

A Espiritualidade do Natal cada um para Sua casa, porque nós, Seus fami-liares, pertencemos a casa Dele”. (Leonardo Boff)

Enfim, porque Deus nos faz filhos seus em Cristo, inserindo-nos como membros da Igreja, a graça do Natal exige também uma vida de comunhão fraterna. “Agora vamos festejar, vamos comer, vamos ser todos irmãos e irmãs, vamos acender a luz na convicção de que a luz tem mais direito do que todas as trevas. Fazemos isso tudo por causa Dele, Jesus, o Filho bem-amado, porquesomosirmãoseirmãsDele,tambémfilhosefilhasbem-amados”.(LeonardoBoff).

Para terminar mais uma citação de Leonardo Boff que diz: “Se reservarmos em nossa vida um pouco de espaço para essa espiritualidade, ela vai, nos transformando, pois este é o condão da espirituali-dade: produzir uma transformação interior. Essa transformação acenderá nossa chama interior que produz luz e calor e nos dá mil razões para viver-mos como humanos. Assim, caminharemos serenos neste mundo, junto com outros e na mesma direção que aponta para a Fonte de abundância perma-nente de vida e de eternidade. E mergulharemos nessa Fonte de espiritualidade, que é Fonte de es-pírito, de vida, de amor, de realização e de paz”.

Isto é viver a espiritualidade do natal e se tornar sensível ao nascimento de Jesus e da manifestação da própria vida imbuia da fé e da esperança. Por isso voz desejo muita paz neste Natal e que a fé indique os caminhos de um feliz Ano Novo.

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

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O Natal, Santa Edwiges, e o que devemos crer e praticarQuando as festividades do Natal se aproximam

é comum às pessoas dizerem: “Natal é tempo de família; de se reconciliar, de perdoar...” É, real-mente, há diversas compreensões sobre “a magia do Natal”, como se este acontecimento primordial da e na História da Humanidade fosse um “espe-cial de fim de ano”, que nos torna só um pouquinho mais humanos. Será que ainda é assim?

Quando eu estava em Belo Horizonte-MG, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, em abertura do Ano da Fé numa paróquia afirmava: “Há anos atrás a fé era já um pressuposto na vida das pessoas; a gente já ‘tinha fé’ para ir dando prosseguimento à vida!” O mesmo bispo constatava que hoje não é mais assim. É preciso um esforço tre-mendo para se ter e falar de fé.

O que discorri acima me faz questionar o pen-samento de certa parcela das pessoas que, como colo-quei no primeiro parágrafo, afirmam sobre o que é o Natal. Primeiro, porque o centro do acontecimento do Natal, Jesus Cristo, não é posto em evidência de fé. Depois, a troca de presentes, que pode ser realmente algo bom, está condicionada pelo consumo material que tal ato depreende. Espiritualidade, reflexão, cele-bração passam de longe dos tais pensamentos sobre o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo!

Para que, de fato, a celebração do Mistério do Natal seja celebrada como se espera, a Igreja dispõe do tempo de preparação ao nascimento do Senhor, que é Tempo do Advento, que “celebra a vinda de Jesus Cristo no tempo e na história dos homens para trazer-lhes a salvação. É, por-tanto, o tempo da expectativa e o cristão é chamado a vivê-lo em plenitude para poder receber dignamente o Senhor no momento em que vier” (cf. Missal Cotidiano - Missal da Assembleia Cristã. São Paulo: Paulus, 1985, p.8).

Mas, o que este espaço que tem a ver com o modo de ser de Santa Edwiges, pode nos ajudar com a re-flexão sobre o Tempo do Natal? Tentemos esclarecer, utilizando o texto já referenciado do Missal Cotidiano da Assembleia Cristã, junto da vida de Santa Edwiges

que, mês a mês, na sua novena meditamos.O texto do Missal Cotidiano orienta sobre as ati-

tudes interiores que nos preparam para a vinda de Je-sus no Natal. A primeira delas é sobre “a vigilância na fé e da oração” que, obviamente, indica que não de-vemos nos distanciar da prática do contato diário com Deus para que, olhando a realidade, e enxergando nos “sinais dos tempos” a vinda do Senhor na nossa vida e história seja uma experiência de fé. Ora, a medi-tação do 9º dia da novena de Santa Edwiges, sobre o “cuidado com a vida espiritual”, também nos faz compreender que a fé e a oração são imprescindíveis “para converter outras pessoas, sendo indispensável que nos tenhamos convertido a nós mesmos”.

A seguir o texto indicativo sobre o Advento como preparação para o Natal nos exorta à conversão, pois, assim como na Quaresma, o tema da conversão nos é proposto para nos encontrarmos com Jesus Cristo no presépio e, mais ainda, na Palavra e na Eucaristia. Andar nos caminhos de Deus, sem nos desviar pelos caminhos do consumismo, dos gastos excessivos com presentes e até mesmo à gula da ceia (lembrando que a gula ainda é um pecado capital) é muito importante. Santa Edwiges nos ensina a sermos fieis discípulos do crucificado (cf. Ladainha de Santa Edwiges).

Com o advento para o Natal, somos convidados a dar testemunho de Jesus, para que as afirmações do senso comum, que abriram este artigo, seja uma verdadeira ex-pressão da vivência em família, do perdão e reconcilia-ção consigo, com os outros, mas primeiramente com Deus. Na novena de Santa Edwiges, encontramos na meditação do 6º dia, sobre as pequenas coisas, os alcan- ces para que vivamos sempre em atitude de santidade.

Por fim, na preparação para o Natal temos as figuras e modelos da Virgem Maria e de seu amado e casto es-poso, São José, que na anunciação feita a ambos sobre o nascimento de Jesus (Mateus 1,18-24 e Lucas 1,26-38) não se colocaram em atitude de temor, como se Jesus lhes fosse uma ameaça na vida, mas sim se dispuseram à participação plena no bem querer de Deus! Tristemente,

Martinho [email protected]

vemos nosso Salvador ser rejeitado na História da Hu-manidade, mesma humanidade que Ele salvou na Cruz!

Maria Santíssima, São José e, séculos depois, Santa Edwiges, mantendo um coração pobre e vazio de seus próprios sentimentos e desejos, num verdadeiro coração de pobre (cf. Mateus 5, 3), acolheram Jesus no Mistério de sua Encarnação para que Ele fique no meio de nós (cf. Lucas 24, 29) e nos faça trilhar, até a sua volta definitiva o caminho para céu, “cada dia renovando a esperança de chegar junto d’Ele na paz que do Pai do céu procede” (cf. Oração Eucarística 5).

Um Santo e Glorioso Natal à todos vocês! Deo gratias!

nossa santa 05santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

Sagrada Família - Painel central da Catedral Sagrada Família. Campo Limpo-SP - Obra de Cláudio Pastro

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Em comemoração ao cinquentenário da abertura do Concilio Vaticano II, o Papa Bento XVI propôs para toda Igreja o Ano da Fé que iniciou no dia 11 de outubro de 2012 e vai até 24 de novembro na festa de Cristo Rei. O objetivo do Ano da Fé é ilus-trar a todos os fiéis a força e a beleza da fé.

Pela fé o cristão introduz sua comunhão com Deus e com a Igreja. A fé é como uma porta, quando pas-samos por ela através da Palavra anunciada e temos o coração aberto para a graça, existe uma transfor-mação na vida do homem e da mulher. A nossa fé nos leva a uma transformação interior e exterior.

A fé cresce quando é vivida como uma experiên-cia de amor recebida e que é comunicada como experiência de graça e de alegria. Ela nos torna fecundos, porque alarga o coração com esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar vida. Abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor. Ela nos com-promete, principalmente quando professamos nos-sa fé com a boca, implicando um testemunho e um compromisso público. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado.

O Ano da Fé tem como proposta repassar a história da nossa fé, que faz ver o ministério insondável da santi-

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de pre-paração para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vi-giai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que tra-balha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências

da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próxi-mo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito impor-tante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento va-mos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos engana-dos pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação di-vina em todo o mundo.

Advento, a realização e confirmação da Aliança.advento06 santuariosantaedwiges.com.br

dezembro de 2012

dade entrelaçada com o pecado. É também uma ocasião propicia para intensificar o testemunho da caridade. A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente a mercê da dúvida.

Podemos perceber que muitos personagens bíblicos foram movimentos pela fé e foi por essa fé que viveram tudo e mais um pouco. Eles mostram que pela fé nada pode continuar estável e imutá-vel. Pela força de Deus tudo é possível. Vejamos alguns exemplos: Pela fé, Maria acolheu a Pala-vra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus. Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre. Pela fé, os discípulos for-maram a primeira comunidade reunida em torno do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia. Pela fé, os mártires deram sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformaram, tornando os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus pró-prios perseguidores. Pela fé, homens e mulheres consagraram sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir.

O apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que

O Ano da Fé – ilustra a força e a beleza da nossa Fé.ano da fé

Pe. Bennelson da Silva BarbosaVigário Paroquial e Formador

procure fé. A fé é uma companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. A fé obriga cada um tornar se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Vivamos com intensidade esse ano da fé e peçamos ao Senhor que aumente a nossa fé. Que a nossa fé nos oriente e nos conduza aos caminhos de Deus.

Dom Paulo Mendes PeixotoBispo de São José do Rio Preto.

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Batismo 28 de outubro de 2012Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

batismo 07santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

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Emilly Dias de Jesus

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Viva – Encontro da Juventude da Região Ipiranga Abertura do Ano da Fénotícias08 santuariosantaedwiges.com.br

dezembro de 2012

No dia 04 de novembro foi realizado na Paróquia Santa Rita de Cássia, no bairro de Mirandópolis, a Abertura do Ano da Fé. A celebração foi presidida por Dom Tomé, bispo da Diocese de São José do Rio Preto, contamos tam-bém com a participação dos padres da Região Episcopal Ipiranga.

Na homilia, Dom Tomé resaltou a necessidade de nós acolhermos, viver-mos, testemunhar e celebrar a fé. De-pois da homilia, os padres distribuíram para assembleia a Carta Pastoral do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, que nos da orientações para termos o melhor proveito do Ano da Fé.

Pe. Bennelson da Silva BarbosaVigário Paroquial e Formador

Confraternização dos voluntários da 53ª Festa de Santa EdwigesNo dia 27/10 (sábado), após a missa

das 16h, ocorreu um momento de agra-decimento e confraternização para os voluntários da 53ª Festa de Santa Ed-wiges. O Pe. Paulo, pároco e reitor do Santuário, entregou uma singela lem-brança para os coordenadores de cada barraca, e também para todos aqueles que colabora-ram durante todos os dias da festa. Em seguida, no Salão São José Marello, houve uma confraternização em agradecimento pelo trabalho reali-zado e também uma oportunidade para

Aconteceu no dia 20 de outubro no Santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara, o primeiro encontro de preparação para a jornada mundial da Juventude em 2013. Esse encontro foi chamado de Viva com a participação aproximadamente 300 jovens da Região Ipiranga. O encontro iniciou com uma grande animação di-rigida pelos jovens do Santuário São Judas e por um teatro que narrou a historia da Salvação de uma maneira criativa e com uma mensagem direcionada ao pú-blico juvenil. A missa foi um ponto forte do encontro, uma vez que o Santuário São Judas celebrava a novena do seu padroeiro com toda a juventude da Região. Quem presidiu a celebração foi o Pe. Everton, responsável pelo setor juventude da região e a pregação ficou por conta do Pe. Pedro, pároco da Paróquia Santa Paulina de Heliópolis. Ao termino da missa os jovens foram para o salão para uma Cristoteca que por sinal não deixou ninguém parado com os ritmos e danças conduzidos pela Equipe da Aliança de Misericórdia. Por fim teve um show com a Banda Dom que cantou e emocionou a juventude com suas musicas e testemu-nho. Pe. Daniel conduziu uma adoração ao Santíssimo junto com a Banda Dom, pedindo as graças ao Cristo a toda juventude da região Ipiranga. Vamos com toda Igreja do Brasil acompanhar toda movimentação da Juventude em preparação a Jornada que teremos em julho de 2013 no Brasil com a presença do Papa. Peça-mos ao Cristo que ilumine a nossa juventude hoje e sempre.

festejar com todos aqueles que propor-cionaram para milhares de pessoas, mo-mentos prazerosos de festa e alegria.

Que todos vivam este Ano da Fé como um “ano da graça de Deus” para suas vidas. Pelo dom da fé, te-mos acesso ao mais importante em nossas vidas: a comunhão e a fami-liaridade com Deus, que preenche de sentido a vida!

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Bodas de Ouro de Izaíra e Walmirnotícias 09santuariosantaedwiges.com.br

dezembro de 2012

No dia 10/11 foi celebrado no Santuário Santa Edwiges “As Bodas de Ouro de Izaíra e Walmir”. O presidente da celebração foi o Pe. Paulo Siebe-neichler, pároco e reitor do santuário.

Izaíra e Walmir se conheceram em um encontro casual e inusitado no velório do tio de Izaíra, tudo começou em meados de 1960, em Vila Ventura in-terior de São Paulo.

O noivado aconteceu 8 dias antes do casamento, que se deu no dia 10/11/1962, em Ibirá na igreja de São Sebastião, com o Padre Assis. Após o casamen-to passaram a residir no sitio do pai da noiva em Uchoá, onde viveram bons momentos, e de lá nas-ceram seus filhos Regina e Silvio.

Depois de 6 anos de casados decidiram vir para São Paulo, mais precisamente na Rua Protocolo, na região do Sacomã, este bairro porto de acolhida onde moram até os dias de hoje. Com 11 anos de casados, Deus os presenteou com a terceira filha “Selma”, moraram durante muitos anos pagando aluguel, mais Deus olhando para a luta diária do casal seja a Iza na sua maquina de costura, ou Walmir traba-lhando a noite para o sustento da família, conse-guem comprar a casa própria tão sonhada.

Os filhos cresceram sempre na presença carinhosa destes pais: casaram-se e com isso a família cresceu com mais dois genros, uma nora e dois netos.

Regina casou-se com Antonio Silvio casou-se com Elaine, pais da neta Ana Carolina. Selma casou-se com Anderson, pais do neto Vinicius.

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Durante estes anos, o casal procurou ensinar a seus filhos caráter, valores de vida, conhecer e amar a Deus sobretudo.

Hoje, este casal exemplo de superação de amor e união compartilha conosco um pouco de sua historia de vida.

Isa, tão carinhosamente chamado por nós nesta co-munidade, você é aquela que nos presenteia a cada semana com a ornamentação do altar, é sempre sor-riso e alegria na Pastoral da Acolhida, ao acolher aqueles que chegam a este santuário, uma amiga constante no Apostolado da Oração, no Ministé-rio da Eucaristia sempre com muito zelo e amor ao Cristo, por tudo isto e muito mais ficamos felizes por celebrar os seus 50 anos de união com o Walmir, que com certeza ele en-xergou tantas outras virtudes e qualidades em você. Hoje vocês são motivo de orgulho e alegria para a sua família e para esta co-munidade.

Parabéns ao Casal, que Deus continue os abençoando!

Cleusa Maia

As crianças e os adolescentes da Casa da Criança Santa Ângela agradecem pela doação das Sacolinhas de Natal

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Cada vez mais se aproxima o grande momento da JMJ 2013. E tendo em vista esse momento, gostaria de propor para esse mês a reflexão que está em voga no mundo juvenil... O PROJETO DE VIDA!

E o que São José Marello tem a nos ensinar sobre isso? Vejamos...

Acreditar que a vida é uma grande construção, feita passo a passo, com uma meta fixa, foi o que orientou a vida de São José Marello.

Desde sempre, ele projetou sua vida acreditando que seus atos no presente, teriam consequências no futuro. Marello foi um homem do tempo presente, ou seja, o seu pro-jeto de vida passava pela necessi-dade de viver bem o hoje, para que o amanhã pudesse ser frutuoso.

Se formos pesquisar na vida de São José Marello, não encontrare-mos um projeto escrito, a não ser na sua volta ao seminário, quando esboçou uma regra de vida que seguiu depois de um período de ex-periências e algumas frustrações. O seu projeto de vida estava fun-damentado em uma vontade firme de fazer sempre a vontade de Deus em sua vida. Isso fica claro quan-

O projeto de vida de São José Marello

Frei José Alves de Melo Neto Assessor [email protected]

jornada mundial10 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

do ele diz a um de seus amigos: Quando, meu caro amigo, quando é que vamos começar de verdade? (...) em nome de Nosso Senhor Je-sus Cristo, agora mesmo” (Carta 24)E sobre a atitude firme de recomeçar sempre ele continua: “Nunc Coepi! Agora começo, di-ziam os nossos grandes mestres que vive-ram antes de nós. Repi-tamo-lo também nós diante de Deus, com sinceridade e firmeza” (Carta 36).

Outro ponto importante na cami-nhada de São José Marello é o fato dele ser uma pessoa focada em seus propósitos. Já é bem famoso e conhecido por nós o seu pen-samento quando diz: “Quando a meta é fixa, abala-se o mundo e o céu venha abaixo, é preciso olhar para ela, sempre para ela” (Carta 10). Assim ele ensina-nos que o fato de temos claro aquilo que que-remos e perseguimos como meta de vida, nos ajuda a termos a nossa história na mão, afinal, quando não sabemos onde queremos chegar, qualquer vento pode nos levar para qualquer lugar.

O fato de termos uma meta fixa em nossa vida não nos exime do fato de revermos sempre os caminhos com os quais chegare-mos ao nosso objetivo. O Marello, com certeza teve que rever muitas vezes o seu projeto de vida, haja vista o fato que já mencionamos dele ter saído do seminário, e nesse período, o mesmo experi-mentar as incertezas que fazem parte também do nosso projeto de vida. José Marello deixou a vida de seminário e tentou ser um co-merciante como seu pai, pensou em ser jornalista, ou até mesmo se engajar politicamente. Mas mes-mo que às vezes os nosso projetos de vida sofram com as incertezas,

o projeto de Deus para nossa vida é sempre claro, e foi isso que a-conteceu com o Marello, por isso que ele nos exorta: “Precisamos ter paciência conosco mesmo”.

Sendo assim, percebemos clara-mente na vida de São José Marello uma abertura para a ação de Deus. Ele nos diz: “Conformidade to-tal com a vontade de Deus: eis o grande meio para progredir no caminho da perfeição; mas, por sua vez, esse meio torna-se o fim (em) relação aos meios que deve-mos utilizar para obtê-la”. (Carta 52). E Ele continua: “Acima de tudo considera sempre que tu es-tás fazendo a vontade de Deus, alinhando a proa da tua embar-cação para onde aponta o capitão do leme” (Carta 83).

Olhando rapidamente a vida de São José Marello vamos perceber que seu projeto de vida continua, e como diz uma música “está vivo entre nós”, uma vez que sua obra continua na pessoa de cada Oblato de São José, seus filhos espirituais, mas também em cada

jovem josefino-marelliano, que se coloca numa trajetória de vida onde ele pode contemplar em seu projeto de vida algo que o próprio Marello vislumbrou.

Portanto nos coloquemos na Escola do Marello, como alunos aplicados que querem viver a mesma experiência de felicidade que ele próprio viveu, para que assim nós possamos dizer como ele: “Saber coordenar todos os nossos pensamentos, todos os nossos afetos, todas as nossas energias numa ideia fixa: viver nessa ideia, apaixonarmo-nos por ela... (Carta 9).

Que São José Marello nos ajude e seja nosso exemplo para que nos coloquemos a perseguir a nossa meta, que no fim das contas é sempre nossa felicidade.

São José Marello, rogai por nós e iluminai a juventude!

programação de natal

Dia 24 de Dezembro

Vigília de Natal às 20h

Dia 25 de Dezembro

Natal do Senhor às 9h e 19h

Dia 31 de Dezembro

Ação de Graça pelo Ano às 20h

Dia 01 de Janeiro

Missa às 9h e 19h

Venha participar desse momento especial de fé e esperança!

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A Vocação de MariaCerta vez o Papa João Paulo I,

conhecido como o Papa do Sor-riso, querendo demonstrar a inten-sidade do amor de Deus para com a humanidade, disse que Deus é Pai, mas também é mãe! O pro-feta Isaías ensina que Deus tem por nós um amor de mãe: “Ainda que uma mãe pudesse esquecer o filhinho, eu nunca me esqueceria de você (Is 49, 15).

Deus é Pai, ama as pessoas com ternura materna desde toda a eterni-dade. Até mesmo nos momentos em que esquecemos e até abusamos da liberdade que nos foi concedida Deus envia seu Filho como Salvador.

O apóstolo Paulo ao falar de Je-sus lembra que: “foi igual a nós em tudo, menos no pecado”. Por nós morreu numa cruz para que assim pudéssemos ter novamente a vida que jamais acabará. Uma vida plena em Cristo! Sua presença é por nós sentida hoje pela Palavra, pela Eucaristia e pela vida de tan-tas Testemunhas do seu amor. Ele está presente encorajando e tra-zendo a luz e a força do Espírito Santo ao longo do caminho.

Para que tudo isso acontecesse houve uma linda história voca-

cional recordada por todas as gera-ções de nossa fé. Uma jovem de Nazaré foi chamada para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. E Lucas, o evangelista da infância de Jesus, narra como isto aconteceu (cf. Lc 1,26-38). A resposta dessa jovem de tradição judia, simples e hu-milde, após o diálogo com o anjo foi de extrema confiança naquele que tudo pode: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38).

Pouco sabemos sobre Maria a partir das páginas bíblicas. O Livro sagrado limita-se a dizer que era uma Virgem e se tornou por obra do Espírito a mãe do Salvador. Esteve presente com Jesus em muitos momentos mar-cantes com em Caná, na festa de casamento (Jo 2,1-10), e aos pés da cruz (Jo 19,25-27).

Maria foi a vocacionada coe-rente e sempre viveu de acordo com aquilo em que acreditava. Permaneceu firme na alegria, na incompreensão e no sofrimento. Soube viver pela Fé na Palavra de Deus e se colocou na condição de serva que se doa até o fim con-forme a vontade de Deus. Pe. Marcelo Ocanha - OSJ

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vocações 11santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

Maria é hoje reconhecida como Mãe de Jesus, o Filho de Deus; mãe da Igreja, mãe de todos nós, mãe e protetora de todos os cristãos, mãe e modelo de todas as vocações, mãe e medianeira nossa junto ao Pai.

Maria é modelo para todas as mu-lheres que são mães e esposas, mas também para aquelas e aqueles que se consagram ao serviço do Senhor. Sua adesão à vontade de Deus é nosso caminho de compreensão dos desígnios e mistérios de Deus.

Suas palavras: “Façam tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5) ressoam ain-da hoje na Igreja, assembleia de vo-cacionados (as) seguidores da exem-plar mãe e discípula do Mestre.

Para completar passo a palavra ao Pe. Inácio Larrañaga:

Posso imaginar aquela mulher que um dia dissera “façam o que ele lhes disser”, percorrendo agora as comunidades com as mesmas palavras na boca: façam tudo o que ele mandou. Se a Igreja se mantinha incessantemente em oração, não seria pela insistência e o exemplo da Mãe?

Foi um espetáculo único. Vivi-am unidos tinha tudo em comum. Eram alegres. Nunca usavam ad-

jetivos possessivos: “meu, teu”. Iam diariamente, e com fervor, ao templo. Gozavam da simpatia de todos. Numa palavra, tinham um só coração e uma só alma. E tudo isso causava uma enorme impressão no povo. Jamais se vira coisa assim.

Quem conseguiu esse espe-táculo de harmonia? Não seria a mãe, aquela mulher tão cheia de paz e de equilíbrio? Quantas vezes teria passado pelas comu-nidades, reiterando-lhes: lem-brem-se de como ele lhes repetiu. Amem-se! Lembrem que essa foi sua última vontade. Cumpram o que ele mandou. Amem-se!

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O amor é também silêncio. Este é mais eloquente do que todas as palavras. Sabemos que quando o mistério é muito grande, a gente emudece.

O amor silencioso e paciente nasce da com-pleta renúncia aos próprios gostos egoístas e não é calculista.

A santidade é justamente esta atitude de silên-cio amoroso que se nutre da contemplação e da total entrega aos projetos de Deus.

Foi assim que São José silenciou no momento da Anunciação de Maria, aceitando e acreditan-do na vontade de Deus, sem pedir explicações e vivendo a escuridão da fé. Foi assim que pensou deixar silenciosamente Maria para que nela se realizasse o sonho de Deus e foi justamente neste momento que o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos convidando-o a permanecer ao lado de Maria: “José, filho de Davi, não tenhas medo de acolher Maria como tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Dará à luz um filho, a que, tu o chamarás Jesus porque ele salvará seu povo de seus pecados”. (Mt. 1,20-22)

SÃO JOSÉ E O AMOR SILENCIOSO

Pe. Giovanni Battista Erittu - [email protected]

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

infância e adolescência missionária

Aniversário de 13 anos da Infância e Adolescência Missionária No dia 09/11/2012 completou 13 anos que a In-

fância e Adolescência Missionária foi implantada na Paróquia Santuário Santa Edwiges, no início as-sessorada pelo Pe. Paulo Siebeneichler (na época Frei Paulo), Cleusa Maia e Luis Carlos Rufo. Hoje os assessores são Amarildo e Kaio, e os coordena-dores: Mateus, Kamila, Karolina, Nayara, Natália, Iris, Andressa, Gabrielle, Larissa e Fernanda.

Vamos entender um pouco o que é a Infância e Adolescência Missionária.

Infância é a primeira etapa da vida de todas as pes-soas. A criança é o grande tesouro que Deus confiou à humanidade porque é uma vida a ser desenvolvida. É sempre o símbolo vivo de uma nova criação.

É na infância que se firmam as bases para uma juventude e vida adulta saudável. As necessidades do crescimento da vida em Deus e da vocação cristã missionária estão intimamente entrelaçadas com o desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social da personalidade da criança.

Quando falamos em missionária, estamos nos referindo a pessoas convidadas, chamadas e envia-das, assim como Abraão, Moisés, Jeremias, Isaías, Maria, Pedro, Paulo e tantos outros.

Da mesma forma, as crianças também são convi-dadas a serem missionárias exercendo assim impor-tantes atividades em prol do Reino de Deus.

A Pontifícia Obra da Infância Missionária é im-portante porque tem por finalidade desenvolver o es-pírito de fé, missão, oração e solidariedade. Também atua na dimensão humana no campo social e cultural.

Outra coisa importante a ser observada é o exem-plo de vida dos padroeiros das missões, Santa Te-resinha do menino Jesus e São Francisco de Xavier.

No Brasil a Infância Missionária chegou em 1858. Após um bom acolhimento, houve um período difícil, voltando a se reorganizar em 1995. O En-contro Latino-Americano da Infância Missionária, realizado na Colômbia no ano de 1993, foi funda-mental para reanimar a obra em nosso país e hoje a maioria das Dioceses brasileiras possuem a Infância e Adolescência Missionária.

Nos reunimos todos os sábados na Capela da Re-conciliação, das 14h30 às16h00.

Venha você também fazer parte desse grupo, que leva a palavra de Deus para seus lares através das crianças!

Podemos afirmar que à heroica simplicidade com a qual Maria aceitou tornar-se a mãe do Sal-vador, não para tornar-se a Rainha do Céu, mas a “escrava do Senhor” corresponde o heroico silêncio com o qual São José aceitou este plano misterioso do Alto.

Desde então será marcado o destino de São José: será o Santo do amor silencioso na obscuridade da vida de Nazaré, tornando-se o Guarda do Redentor.

A sua amorosa obediência é um convite para to-dos nós na resposta à nossa vocação, qualquer que ela seja. O nosso silêncio, como o de São José, deverá tornar-se adoração do mistério de Deus.

Daquele dia em diante a vida de São José tor-nou-se humilde e escondida, mas carregada de um amor silencioso alicerçado na Palavra de Deus.

Depois dos longos anos de escondimento na casa de Nazaré, seguindo a vontade de Deus na viagem para Belém, no exílio para o Egito, na oferta de Jesus no templo e nas tribulações do dia a dia, despediu-se deste mundo antes da manifestação gloriosa do seu Filho Jesus.

Na Família de Nazaré José é aquele que provê e que silencia. Silencia até no Evangelho, mas os seus gestos tornam-se palavras tão eloquentes que continuam ecoando pelos tempos, apontando para o caminho autêntico da grandeza e da santidade.

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Virgínia, riquíssima, filha de um doge da República de Gêno-va, nasceu em 2 de abril de 1587. O pai, Jorge Centurioni, era um conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da socie-dade, católica fer-vorosa e atuante nas obras de caridade aos

pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os estudos. Mesmo com vo-cação para a vida religiosa, Virgínia teve de casar, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gas-par Grimaldi Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela. Esposa dedicada cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 1607, feliz por sempre ter sido assistido por ela.

Ficou viúva aos vinte anos de idade. Assim, jovem, entendeu o fato como um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus, dando-lhes condições para o tra-balho e o sustento com suas próprias mãos.

Desenvolvia e promovia as “Obras das Paróquias Pobres” das regiões rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas fi-lhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo acolhida,

Santa Virgínia Centurione Bracelli

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após alguns anos de amadurecimento.

Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as “Cem Damas da Mise-ricórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo” e entrou para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças, pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de encontro nas chamadas “Obras de Nos-sa Senhora do Refúgio”, que instalou num velho convento do monte Calvário. Logo o local ficou pequeno para as “filhas” com hábito e as “filhas” sem hábito, todas financiadas pelas ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais outra e, assim, elas se multiplicaram.

A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com dons espe-ciais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de 1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu túmulo foi aberto e seu corpo encontrado in-tacto, como se estivesse apenas dormindo. Reavi-vada a fé, as graças por sua intercessão intensifi-caram-se em todo o mundo.

Duas congregações distintas e paralelas cami-nham pelo mundo, projetando o carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma.

Virgínia foi beatificada em 1985. O mesmo papa que a beatificou, João Paulo II, declarou-a santa em 2003. O seu corpo é venerado na capela da Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua morte. Mas suas “irmãs” e “filhas” também a homenagei-am no dia 7 de maio data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito religioso.

No silêncio da noite senti a presença da solidão e gostei... Fiz dela minha roupagem e deixando-me encantar com sua presença, percebi como é bom estar só... Só comigo mesma, sentindo bater à porta de minha alma os ecos do passado, se apresentando como que a presentear-me, trazendo de volta as mais doces recordações acumuladas no tempo já vivido. As sombras do passado que estavam a me espreitar, foram chegando de mansinho, trazendo ruídos e sons há muito tempo guardados nas gavetas da vida e que voltaram à minha lembrança, fazendo do passado um cadinho do presente, antevendo um futuro carregado de re-cordações... As alegrias sentidas ao longo de minha vida, meio a tantas vivências e pessoas, o sentir quantos sonhos realizados estavam a mim se apresentando... E tantas outras coisas boas que fizeram da minha vida o que ela é... Perdi-me no tempo, re-vendo pedaços de vida independentes e adentrando a sensações que me fizeram ter a certeza de ter passado pela vida, marcado minha presença e sentido presenças que fizeram de mim al-guém sem medo de pensar e recordar... Recordar tantas coisas...

Imagens memorizadas foram aparecendo, como a não querer nada, mas a trazer-me dias felizes de meu universo familiar. Tão meu. Tão nosso! Odores trazidos pela porta aberta do tudo que vivi, pouco a pouco foram se apresentando... Era o bolo feito por minha mãe... O chá mate com bolachas que vovó e eu levávamos para perto do rádio à hora da novela. Era o primeiro brigadeiro a fazer parte das guloseimas postas à mesa no dia do meu aniversário... Era o cheirinho de bebê de minha boneca, a fazer-me pensar... A pensar-me mãe e embala-la meio a tantas fantasias. Realizáveis, realizadas... Eram os sons dos natais regados a tão pouco, mas que sempre pareceram muito, da-das as circunstâncias... Era a expectativa da chegada do Papai Noel, trazendo sempre o melhor... Segundo seus parâme-tros... E me fazendo feliz. Muito! Sempre!

Nesse pequeno ou grande espaço de tempo, adentrei a portas fechadas a sete chaves e as abri. Ali estavam guar-dadas as perguntas sem respostas que transitaram por minha vida. Esvaziei-me delas. Não mais perguntas para as respostas que não vinham. Não mais fariam falta, em-bevecida que eu estava a juntar tudo de bom que a mim havia acontecido, e o não tão bom assim, que ao dar asas à minha imaginação, transformei. Transformei no que pensei ser o melhor para mim.

Ignorei a Caixa de Pandora que esteve a sondar-me. Que fosse navegar em outros mares. Eu não a queria. Só a esperança nela contida a mim interessava. Mas como consegui-la sem que tudo o mais a seguisse?

Obstáculos que se apresentaram como presenças invi-síveis e instransponíveis, mostraram-me que a luta não foi em vão. Nunca!

Em meio a esse redemoinho de emoções, senti a solidão saindo através da porta por ela aberta e acenei agradecida.

Como se possível fosse...

Meu baú

Mensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

15 de dezembro

Aniversário de 13 anos da Infância e Adolescência Missionária

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Pe. Antonio Ramos de Moura Neto Superior Provincial - OSJ

osj14 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

LEIGOS JOSEFINOS MARELLIANOS NA CAMINHADA DOS LEIGOS NA IGREJA DO BRASIL

Os Leigos Josefinos Marellianos estão a cada dia mais articulados e procurando cami-nhar no passo dos demais leigos da Igreja do Brasil. Desde o último mês estão acontecendo reuniões nos vários setores da província obla-ta em vista da criação da Associação dos Lei-gos Josefinos Marellianos nos âmbitos local e provincialmente. Dentro desta caminhada de articulação, fiz questão de que nossos lei-gos estivessem representados e participassem de um grandte encontro de leigos promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no início de novembro passado, em Recife, PE.

Um evento que reuniu as diferentes formas de organização do laicato do Brasil. Foi assim o 4º Encontro Nacional de Movimentos, As-sociações e Novas Comunidades, realizado de 2 a 4 de novembro, em Recife (PE). O evento foi realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, em parceria com as comissões de Juventude, Ministérios Ordenados e Vida Consagrada e o Setor Universidades da CNBB.

Participaram do Encontro 280 pessoas, a maior parte leigos e leigas, além de religiosos, presbíteros e 10 bispos, vindos de diversos lugares de nosso extenso pais. Este encontro está inserido nas atividades promovidas pela CNBB em torno da reflexão do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II. Estavam presentes mais de 100 expressões laicais, que refletiram sobre temas como a atuação do lai-cato na sociedade e na política; a missão no contexto urbano; o Ano da fé e as novas co-munidades; e a ação da juventude.

O casal Avelino e Beatriz, da comunidade paroquial de Nossa Senhora de Loreto, Vila Medeiros, participou do encontro representan-do o grupo dos Leigos Josefinos Marellianos e ficaram muito impressionados com a caminha-da feita pelos leigos nestes últimos anos. Ave-lino e Beatriz participaram dos últimos dois encontros nacionais e tem procurado manter a ligação da caminhada dos leigos de nossa província oblata com os demais leigos de as-sociações, movimentos e pastorais do Brasil.

Eu, na figura de assistente espiritual de nossos Leigos Josefinos Marellianos, participei tam-bém do encontro e ao lado de outros sacerdotes, religiosos e bispos pude testemunhar a alegria de fazer parte de uma igreja ministerial, rica na sua expressão laical e na sua diversidade de carismas no seguimento de Jesus Cristo. Ali pudemos perceber a riqueza de cada grupo, a necessidade de buscar sempre a identidade inicial e ao mesmo tempo bus-car o respeito, a cooperação e a comunhão na atividade evangeli-zadora da igreja desen-volvida pelos leigos.

Achei opor-tunas algumas orientações pastorais oferecidas durante o encontro aos participantes. Dentre elas: que cada grupo zele pela sua identidade, pelo seu carisma e finalidade, e ao mesmo tempo procure sempre superar as tentações do individualismo e de se achar o melhor e o único caminho válido de seguimento de Jesus Cristo no hoje de nossa história. Precisamos buscar sempre a unidade, apesar da diversidade que temos.

A programação incluiu ricos momentos de partilha, que evidenciaram a riqueza e a diver-sidade da organização do laicato brasileiro. A missa de encerramento foi presidida por dom Severino Clasen, bispo de Caçador, SC, presi-dente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB. Na homilia, ele destacou o testemunho de unidade e diversidade presente na Igreja.

Durante o evento, os participantes avali-aram o trabalho da Comissão junto às diver-sas expressões laicais, em parceria com o CNLB. Foi ainda apontada à necessidade de se realizar parcerias em atividades com outras

Comissões da CNBB, bem como a busca de diálogo para maior aceitação das diversas ex-pressões laicais nas bases da Igreja.

Também ficou definida a ampliação da equi-pe junto ao Setor Leigos da CNBB, que deve integrar representantes das associações nasci-das dos carismas das Congregações Religio-sas e das Novas Comunidades. Em breve, um livro deverá ser publicado com os subsídios e demais encaminhamentos do Encontro.

Nos próximos artigos falarei mais sobre os Lei-gos Josefinos Marellianos, procure ligar-se a eles.

Um abraço e boas festas de natal!

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especial 15santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2012

Marcos: terceira parte do Evangelho

Com este artigo veremos o capítulo apocalíptico e daremos início à terceira parte do Evangelho. Vamos lá!

Gênero apocalíptico. Os textos de gênero apoca-líptico são complexos para um leitor moderno da Bíblia. Eles foram escritos para quem estivesse pre-parado para entender, entendesse; e quem não estava preparado ficava confuso. O texto de gênero apoca-lítico mais famoso é o Livro do Novo Testamento que se chama, justamente, “Apocalipse”. Mas ele é apenas um dos livros deste gênero ou estilo de es-crita. NA Bíblia temos alguns Livros que são deste gênero, como o Livro de Daniel. E são muitos os textos bíblicos assim, inclusive dentro dos próprios Evangelhos. O capítulo 13 de Marcos é assim.

O apocalipse de Marcos. Neste capítulo Marcos faz o fim do mundo confundir-se com o fim de Jerusalém. Faz isto tão bem que às vezes o leitor não sabe se o assunto é um ou outro. Depois de uma introdução, nos versículos 1 a 4, o texto fala de sofrimentos e provações. No versículo 9 aparece o primeiro “ficai de sobreaviso!” Depois, nos versículos 14 a 23 se anuncia a destruição de Jerusalém e, no versículo 23, o segundo alerta: “ficai atentos!” Entre os versículos 24 e 32 Jesus anuncia sua volta, no fim dos tempos, que ele não indica quando será, mas afirma que, um dia, acontecerá. Finalmente entre os versículos 33 e 37 são apresentados uma sucessão de alertas: “Aten-ção e vigiai…” (33); “Vigiai…” (35); “E o que vos digo, digo a todos: vigiai!” (37). A insistência na vi-gilância deixa à mostra a necessidade de observar os sinais dos tempos e das pessoas, o que deve ter um sentido bem claro em tempos de insegurança.

De fato, se o Evangelho de Marcos foi escrito pouco depois do ano 70 de nossa era, foi então es-crito em tempos de insegurança. Foram os anos que se seguiram à destruição do Templo em Jerusalém, o que, para os judeus, foi um golpe gigantesco. Os discípulos de Jesus, cristãos, observavam estes fatos e consideravam como tudo o que parece seguro pode simplesmente desaparecer. Lembravam-se das pala-vras e dos alertas de Jesus e, certamente, vigiavam sobre sua própria conduta e modo se ser.

O capítulo 13 de Marcos tem como função deixar o leitor preparado para as surpresas que o seguimento de Jesus pode causar e para a própria vida.

O cerco em torno a Jesus. Os capítulos 14 e 15 abor-dam os momentos mais dramáticos da vida de Jesus. O fiel que lê estes textos observa neles a ação de Deus Pai e a confiança ilimitada que Jesus tem Nele. Começamos no capítulo 14. Sabemos pelos versículos 1 e 2 que as autori-dades, os chefes dos sacerdotes e os escribas, decidiram matar Jesus. Nos versículos 3 a 9 o Evangelho apresenta o episódio da unção em Betânia. Uma mulher, da qual se

diz o nome, unge os pés de Jesus com um perfume carís-simo. Muitos a recriminam, com o falso moralismo de dar o dinheiro do perfume aos pobres. Jesus afirma que ela está preparando seu corpo para a sepultura, o que é difícil de ser compreendido pelos ouvintes.

Nos versículos 10 e 11 Marcos comenta o ato da traição de Judas. Tais versículos devem ser lidos em a sequência de 17 a 21, quando Jesus, durante a última ceia, declarou que havia entre eles um traidor.

Nos versículos 12 a 16, Jesus dá ordens para a ceia pascal que será sua última ceia e nos versículos 22 a 25 ela acontece. Durante esta ceia Jesus deixa uma Memória sua: a partilha do pão e do cálice entre seus discípulos será a presença da Aliança que acontece Nele mesmo. Grande parte dos cristãos, de muitas confissões religiosas, reconhece neste ato de Jesus o sinal de sua presença. Os Católicos veem neste ato a própria origem de sua identidade: a Eucaristia.

Lembremos que, entre os versículos 26 e 31, Jesus prediz seu abandono que será o estado em que Ele se encontrará em poucas horas. Pedro e os outros discípu-los afirmam sua fidelidade, mas Jesus é muito realista e sabe que o medo será mais forte.

O Getsêmani e a prisão. Depois deste episódio as coi-sas se precipitam sobre Jesus. Entre os versículos 32 e 42 acontece a angustia mortal de Jesus no Getsêmani. Os versículos 43 a 52 narram sua prisão brutal e covarde, levada a efeito na escuridão e de modo traiçoeiro. Em seguida, nos versículos 53 a 65, Marcos narra o processo acusatório de Jesus por parte das autoridades judaicas.

Neste processo são feitas diversas acusações sobre Jesus, entre elas, de que ele destruiria o templo e o reer-gueria em três dias. Mas era tudo muito confuso, as testemunhas se contradiziam, sem saber direito o que dizer objetivamente. Isto nos leva a pensar que as au-toridades não tiveram muito tempo para combinar as acusações sobre Jesus.

O Sumo Sacerdote, no versículo 60, toma a pala-vra e questiona Jesus sobre sua situação e sobre seu silêncio frente às diversas acusações. Como Jesus permanecesse quieto o mesmo Sumo Sacerdote laça a sorte e joga tudo o que tinha. Ele pergunta o que se dizia em vários lugares a respeito de Jesus: “És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito?” (versículo 61). Note-se que a pergunta é dupla: se Jesus é o Messias, uma figura muito especial e decisiva para a história; e se Ele é o Filho de Deus Bendito, o que é algo muito marcante de ser dito por um judeu. Jesus responde claramente: “Eu sou! E vereis o Filho do Homem sen-tado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do céu” (versículo 62). Isto é impressionante! Durante todo o Evangelho segundo Marcos Jesus havia ne-gado ou fugido desta identidade de Messias. E, mais impressionante ainda, Ele assume o fato de ser o Filho de Deus e estar junto do Pai, vindo em glória. Em uma linha de texto Jesus afirma ser o Messias, ser o Pro-feta e ser o Filho de Deus! Estava ai o motivo para

ser acusado, o crime para ser condenado à morte. Era necessário agora a legitimação do poder romano.

Logo depois deste episódio dra-mático, Marcos cita o triste momento em que Pedro nega Jesus (versículos 66 a 72) e, arrependido, com grande amargura, chora. É in-teressante que, se por um lado Jesus está sozinho perante os poderes opressivos do mal, os dramas pessoais se en-trelaçam: Pedro chora por sua traição, os soldados irão agredir profundamente Jesus, as mulheres lamentarão o seu sofrimento, mas Jesus lhes afirmará que devem lamentar o sofrimento delas próprias e de seus fi-lhos e contemporâneos, etc. O medo gera agressão, maldades, ódios, malícias e tramas. Somente a confiança no Senhor e na sua vida mais forte que a morte pode libertar.

A morte do Justo. Depois de condenado pelas autori-dades judaicas, Jesus deve ser condenado pela autoridade romana. Esta era a única que podia decretar a pena de morte. Os acusadores de Jesus, que Marcos 15,1 indica como os chefes dos sacerdotes, os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio, que era o grupo dos líderes, o levam para Pilatos. Este era o governador romano da Judeia. Somente ele tinha autoridade para condenar à morte um acusado.

Pilatos tem três atitudes com Jesus. Primeiro, inter-roga Jesus: “Tu és o rei dos judeus?” (versículo 2). Je-sus não responde e Pilatos ficou impressionado (ver-sículos 2 a 6). Segundo: Pilatos propõe a libertação de um prisioneiro para a comemoração da Páscoa. Ele propõe Jesus ou Barrabás. Os que lá estavam querem Barrabás (versículos 6 a 11). Note-se que a proposta de Pilatos é: “Quereis que eu solte o rei dos judeus?” Esta é a identidade messiânica, a missão de Jesus. As autoridades rejeitam e pedem Barrabás (versículo 11). Por último, Pilatos pergunta o que fazer com Je-sus, que ele chama de rei dos judeus. As autoridades, como em um acesso de loucura, pedem que Ele seja crucificado. Pilatos pergunta: “Quem mal fez Ele?” (versículo 14). E o grupo pede que seja crucificado, não respondendo à pergunta do romano.

Disto tudo ficam duas questões em aberto. Uma delas é o fato que, depois de interrogar Jesus e não encontrar nele motivos de condenação, Pilatos ficou impressio-nado (15,5). Em quê consiste esta impressão e por que Pilatos se impressionou? Outra: O fato de que Pilatos, “… querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de fazer açoitar a Jesus, entregou-o para que fosse crucificado” (15,15). Por que Pilatos desejou “con-tentar a multidão”? Tudo leva a entender que Pilatos era pusilânime, isto é, um homem com fraqueza moral, um covarde ou, enfim, medroso. No fim, Marcos não deixa claro o motivo da condenação feita por Pilatos. Será o Evangelho segundo João que dará melhores explicações.

No próximo artigo concluiremos esta terceira parte do Evangelho de Marcos.

O desconhecimento de Jesus e o medo faz com que as pessoas que deveriam aceita-lo, tenham dele rejeição.

Ler o Evangelho é aprender com o testemunho da história.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

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