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Mal Parado

In or ancaf B

A Banca, o Crédito Mal Paradoe os Tribunais

Em tempos recentes, têm-se multiplicado, de forma mais ou menos explícita, certas afirmações

de responsáveis políticos da área da Justiça sobre o excessivo recurso das instituições

financeiras aos tribunais, ficando a pairar no ar, de forma velada, a crítica à forma como aquelas

decidem dar crédito. E, como se não bastassem essas afirmações, são produzidas outras mais

claras no jornal oficial, em preâmbulo a diplomas legais, no mesmo sentido. Por exemplo, no

Decreto-Lei n.º 269/98, de 1 de Setembro – que aprova o regime dos procedimentos para

cumprimento de obrigações pecuniárias emergentes de contratos de valor não superior a 750

contos –, afirma-se que é inadiável contrariar a crescente ocupação dos tribunais com acções

“de baixa densidade”, susceptível de os transformar “em órgãos para reconhecimento e cobrança de dívidas por parte dos

grandes utilizadores”, chegando-se ao ponto de se dizer que “é impossível uma melhoria do sistema (entenda-se: judicial)

sem se atacarem a montante as causas que o asfixiam, de que se destaca a concessão indiscriminada de crédito, sem

averiguação da solvabilidade daqueles a quem é concedido”.

Armindo Ribeiro Mendes*

4

No mínimo, parecem injustasestas críticas. Por um lado, asinstituições financeiras não recor-rem por gosto aos tribunais doEstado, nem são vítimas de umadoença do foro mental, conhecidacomo paranóia litigante. Por outrolado, as instituições financeiras eoutras empresas de grande dimen-são são os sustentáculos económi-cos do sistema judicial, visto seremlitigantes que pagam pontualmenteas taxas do serviço público dejustiça, os bem conhecidos preparose taxas de justiça.

No actual estádio civilizacional,as pessoas não podem fazer justiçapor suas mãos. E ainda bem queassim é, sob pena de voltarmos atempos passados, em que osdevedores eram aprisionados por

causa do não pagamento pontual dassuas dívidas e, em certas épocashistóricas, mortos pelo credor ouvendidos como escravos.

Mas, se se atingiu este estádiocivilizacional, tem por isso mesmode exigir-se ao Estado que sejaeficaz e colabore com os agenteseconómicos, criando tribunaiscéleres para se obter o cumprimentoforçado das obrigações livrementecontratadas e ilicitamente não

satisfeitas pelos devedores.O crédito mal parado dos bancos

é um somatório de grandes epequenas dívidas dos clientes,parecendo algo estranho que sequalifique esse conjunto como“matéria de baixa densidade”,susceptível de dar origem a “acçõesde baixa densidade”. Pelo contrário,de um ponto de vista sociológico, oque importa distinguir, nos compor-tamentos dos utentes da Justiça, é ocomportamento dos litigantesesporádicos, que vão uma vez navida a tribunal, e o comportamentodos litigantes “de massa”, empresasque fazem dos tribunais “merasextensões” dos próprios departa-mentos internos de contencioso. Apartir dessa distinção, o legisladorpode tratar de forma diferente ambas

"as instituições financeirasnão recorrem por gosto aostribunais do Estado, nemsão vítimas de uma doençado foro mental, conhecidacomo paranóia litigante"

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In or ancaf B 5

"a verdade é que persistemmuitas soluções que geramineficácia, multiplicam oslitígios judiciais sobrem a t é r i a s e m q u e acontrovérsia das partes équase nula"

resto, contra comerciantes emnome individual e sociedadescomerciais (anteriormente, oarresto só podia ser utilizadocontra pessoas que não fossemcomerciantes), quando existajusto receio de dissipação de benspelo devedor;Distinção, na organização dasfases do processo declarativo –em que se visa obter uma senten-ça judicial contra o réu –, entreacções que sejam simples, isto é,em que o litígio entre as partesnão seja especialmente comple-xo, e acções complexas, distinçãoessa que não se baseia num purocritério do valor do pedido (defacto, um banco que pretende acondenação de um cliente quetem um saldo devedor da suaconta de depósitos no valor devários milhares de contos, emregra, expõe ao tribunal umasituação relativamente simples,em que a prova é, na maior partedos casos, meramente documen-tal). Nas acções simples de valorelevado, o juiz não está obrigado,por exemplo, a convocar umaaudiência preliminar antes dojulgamento;Atribuição ao juiz de poderes deinvestigação mais amplos,podendo dispensar a confidencia-lidade de dados que se encontremna disponibilidade de serviçosadministrativos e que se refiram àidentificação, à residência, àprofissão e entidade empregado-ra ou que permitam o apuramentoda situação patrimonial dealgumas das partes em causapendente;Ampliação dos casos em que, nosprocessos declarativos mais

os devedores não têm razões de peso(se é que têm algumas razões…)para não pagarem.A reforma do Código de ProcessoCivil, entrada em vigor em 1 deJaneiro de 1997, introduziu diferen-tes medidas tendentes a melhorar aeficácia das cobranças judiciais dedívidas. Valerá a pena referiralgumas:

Ampliação da exequibilidade –isto é, da atribuição de forçaexecutiva semelhante à dassentenças judiciais, permitindo

logo a instauração de acçãoexecutiva – a um maior número dedocumentos particulares deconfissão de diferentes tipos dedívidas assinados pelo devedor,em termos mais amplos do quesucedia antes (em que só as letras,livranças, cheques, extractos defacturas, vales conferidos eeventos particulares, assinadospelos devedores, dos quais

constasse a obrigação depagamento de quantias

determinadas ou deentrega de coisas

fungíveis, permi-tiam a instauração

das acções exe-cutivas);Permissão dau t i l i zaçãode um meioprocessualcélere eprovisó-r i o , oprocedi-m e n t ocautelarde ar-

as realidades, sem ter de dirigirrecriminações a quem exerce osseus direitos e sem deixar degarantir a todos o direito constitu-cional de acesso aos tribunais.

Não obstante as lamúrias dosresponsáveis do Ministério daJustiça, muitas das reformas emcurso pretendem efectivamenteatacar o mau funcionamento dostribunais, decorrente da frequênciado recurso aos tribunais peloslitigantes institucionais.

Entre nós, o fenómeno da crise deJustiça foi clarificado e quantificadoatravés de um amplo estudo socioló-gico sobre o comportamento dostribunais judiciais e dos seusutentes, levado a cabo por umaequipa de Coimbra, sob a direcçãodoProf. BoaventuraSousa Santos.

Na decorrência desse estudo,publicado há menos de cinco anos,têm sido preparadas algumasreformas relativas à máquinajudiciária e aos mecanismosprocessuais, muitas delas ainda nãocompletadas.

Mas a verdade é que persistemmuitas soluções que geram ineficá-cia, multiplicam os litígios judiciaissobre matérias em que a controvér-sia das partes é quase nula, pois sesabe quem deve, quem está em moraporque não quis ou não pôde pagar,

e se conheceq u e

«O crédito mal parado dosbancos é um somatório degrandes e pequenasdívidas dos cl ientes,parecendo algo estranhoque se qualifique esseconjunto como "matéria debaixa densidade"»

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"A reforma do Código deProcesso Civil, entrada emvigor em 1 de Janeiro de1997, introduziu diferentesmedidas tendentes a me-lhorar a eficácia das co-branças judiciais de dívidas"

In or ancaf B6

solenes, só intervém no julga-mento um juiz, em vez de umcolectivo de três, emboraprevendo-se o registo magnéticodos meios de prova produzidosem audiência, em especial odepoimento das partes ou dastestemunhas;Simplificação das execuções desentenças judiciais, eliminando--se anteriores restrições tempo-rais referentes ao momento deinstauração da execução;Limitação de algumas restriçõesà penhorabilidade de certosrendimentos periódicos;Possibilidade de averiguaçãooficiosa sobre a localização debens penhoráveis do executado eimposição ao devedor de presta-ção de informações, perante otribunal, que se considerem

necessárias à realização dapenhora, sob pena de aplicaçãode multas.Apesar de todas estas medidas

desburocratizantes e de inegávelinteresse, a acumulação de serviçonos tribunais dos grandes centrosurbanos tem impedido a utilizaçãoplena das suas potencialidades,gerando grande insatisfação noscredores, tanto mais que estesconsideram que as taxas do serviçopúblico de Justiça não são baratas.

É por isso que, durante os doisanos subsequentes à entrada emvigor da reforma do processo civil,foram publicados novos diplomasavulsos destinados a reforçar a

celeridade da cobrança de pequenasdívidas.

Em Outubro de 1997, surgiu umprimeiro diploma de simplificaçãodas acções executivas para dívidaspequenas (isto é, dívidas até aolimite da alçada do tribunal de 1ªinstância, hoje 750 contos), o qualadmitia a supressão, nesses casos,de um factor de demora e dedificultação da acção executiva, areclamação de créditos de credoresprivilegiados (isto é, com preferên-cia resultante de penhor ou penho-ra), muito embora o diploma nãopudesse ser aplicado no caso de apenhora recair sobre bens imóveisou sobre o estabelecimento comer-cial do devedor.

Cerca de um ano depois, foipublicado o diploma a cujo preâm-bulo fizemos referência atrás e que

disciplina uma acção declarativaespecial para dívidas de montantereduzido (provenientes de contratoem que o preço ou valor não sejasuperior a 750 contos), bem como ainjunção, providência destinada aconferir força executiva a requeri-mentos respeitantes a dívidascontratuais de valor igual ou inferiora 750 contos).

Paralelamente a estas medidas, oGoverno levou a cabo uma revisãodo Decreto-Lei n.º 132/93 (Leis dosProcedimentos Especiais de Recu-peração de Empresas e de Falên-cias) e publicou uma nova lei deOrganização Judiciária, de que seaguarda a regulamentação.

Apesar de toda esta actividadegovernamental, o entendimentocomum dos chamados operadoresjudiciários é o de que as coisas nãotêm melhorado significativamenteno que toca à eficácia dos tribunais.

Não obstante todas as reformasfeitas, persistem “engarrafamentos”no sistema, factores de bloqueio quenão tem sido possível extirpar.

Alguns desses factores têm a vercom realidades que excedem odomínio processual (é, por exemplo,o caso da atribuição de privilégioscreditórios às dívidas contraídasperante a Segurança Social, privilé-gios que só cessam em caso defalência); outros decorrem dedisfunções de dois processosdistintos, o processo de execuçãocivil e o processo de execução fiscal,que correm perante tribunaisdiversos e em que as penhoraspodem incidir sobre os mesmos

bens; outros ainda têm a ver com aprópria organização judiciária e asua gestão.

Sem se ignorar que a crise daJustiça não é exclusiva do sistemajurídico português, resta fazer umvoto para que o sistema judiciárioseja melhorado pelos seus responsá-veis e que cesse a utilização do alibifácil de que são as instituiçõesfinanceiras, e, entre elas, especial-mente as de crédito, as grandesresponsáveis pelos bloqueiosreferidos.

De facto, até agora, bem podemos bancos dizer que pagam caro aJustiça que não têm.

*Advogado

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In or ancaf B 7

BANCÁRIAConcentração

Ofenómeno da concentração sectorial não é específico da banca. No actual

enquadramento de globalização, em que os mercados tendem para padrões cada vez

mais standardizados, em que as tecnologias implicam investimentos em escala

crescente e em que a concorrência é cada vez mais feroz e alargada, a dimensão passou a ser,

em muitos casos, uma vantagem competitiva relevante. A concentração sectorial

intensifica-se em áreas onde a utilização de plataformas tecnológicas comuns não impede a

diferenciação e a segmentação dos mercados. Ou onde a junção de esforços traz consigo o

usufruto de economias de escala de base tecnológica, produtiva ou de marketing/

/distribuição. Os exemplos são crescentes e podem ser encontrados em sectores como a construção, a indústria

automóvel, o transporte aéreo, a indústria farmacêutica ou ... a actividade financeira.

Concentração

Pedro Eiras Antunes*

BANCÁRIA

A actividade bancária constituium sector onde o fenómeno deconcentração se tem vindo aintensificar nos últimos anos, o quepode ser medido pelo montante dasoperações de fusões e aquisições(M&A) efectuadas. O quadro 1 éilustrativo desta realidade.

De acordo com dados referentesao período entre 1991 e 1998, ovalor de operações de M&A temsido particularmente elevado nosEUA (respeitando a cerca de 5300operações, com um valor agregadode 268 biliões de dólares). A estefacto não é alheio o processo deliberalização doe o desmantelamento progressivodas barreiras no acesso a actividadesde negócio financeiro tradicional-mente vedadas aos bancos, encora-

inter-state banking"A act iv idade bancár iaconstitui um sector onde ofenómeno de concentração setem vindo a intensificar nosúltimos anos"

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bancário de há 10 anos atrás(liderado por bancos sediados noJapão).

É interessante verificar que osmaiores bancos actuais são primor-dialmente europeus ou norte-ame-ricanos, contrastando com ahegemonia japonesa do passado.Por outro lado, os primeiros lugaresdo mundial vêm sofrendomutações contínuas em função doimpacto das várias operações deconcentração, as quais se vêmsucedendo com uma regularidadecrescente nos últimos tempos. Defacto, qualquer dos bancos (reais ouhipotéticos) do mundial foi

ranking

top-five

formado há menos de 2 anos. Asduas primeiras instituições nemsequer estão ainda confirmadas,com processos dependentes doresultado de negociações e deautorizações institucionais.

O fenómeno da concentraçãobancária nos EUA deve ser visuali-zado no seu contexto históricoespecífico. O receio quase visceralpor parte das autoridades em relaçãoàs estruturas bancárias concentradastem as suas raízes profundas no séc.XIX e radica num liberalismoexacerbado e num repúdio pelopotencial mecanismo de acumula-ção de poder que poderia advir deinstituições financeiras poderosas.Alguns estados liberalizaram apossibilidade de estabelecimento deagências bancárias a partir dos anos30, e em 1932 o Senador CarterGlass (um dos fundadores daFederal Reserve) propôs poderes deagenciamento bancário maisalargados, facilitando a operaçãointra-estatal dos bancos, maslimitando de forma relevante aactividade inter-estatal. Foi precisoesperar pelos anos 80 para que estasrestrições desaparecessem, em trêsfases: primeiro, a liberalização daregulamentação bancária intra-es-tatal, na década de 80, por parte de20 estados americanos, enquantoem 1990 já 36 estados autorizavamo agenciamento bancário livre intra--estatal; segundo, a partir de 1980,vários estados começaram aautorizar a tomada de participaçõesbancárias por parte debancárias sediadas noutros estados,embora estas fossem na práticaforçadas a gerir essas participaçõesseparadamente; finalmente, tais

transformaram-se progres-sivamente, em grande medida pelavia das aquisições, em conglomera-dos financeiros que começaramprogressivamente a adquirir oscontornos de verdadeiros bancossupra-estatais (i.e., Nations Banks)

holdings

holdings

Concentração Bancárianos EUA

ACTIVIDADEM&A NO SECTOR

BANCÁRIO

VALOR DASOPERAÇÕES

(US$bn)

Área Geográfica 1997/98(*)1991/96

% DE M&AEM TODAS

AS INDÚSTRIAS

1997/98(*)1991/96

Europa (**)Reino UnidoEUASuíça

6533

2605

382

10823

107

1318

221

1190

Fonte: BIS; (*) até Fevereiro de 1998; (**) Países: Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holandae Espanha

Quadro 1

A DIMENSÃO RELATIVA

US$ bn US$ bn

1 096800751

701653

271251244

228218

Fonte: , Financial TimesThe Banker

Actualmente Há 10 anos

BNP + SG + ParibasDeutsche Bank + Bankers TrustUnion des Banques SuissesCitigroup(Citibank + Travellers Group)Bank of Tokio + Mitsubishi

Dai-Ichi KangyoSumitomo bankFuji Bank

Mitsubishi bankSanwa bank

Quadro 2

746329

Adquirente Alvos

Quadro 3

Travellers GroupBankAmericaFirst Chicago NBD Corp.

AS MAIORES OPERAÇÕES DE CONCENTRAÇÃO NOS EUA

Valor doNegócio US$ bn

CiticorpNationsBank Corp.Banc One Corp.

jando a concentração onde antesexistia a especialização. Na Europa(onde se verificaram 1193 opera-ções no mesmo período), o fenóme-no da concentração é bem maistardio, dependendo de factoresespecíficos (ver comentário maisadiante), e vem-se acelerandoprogressivamente nos últimos trêsanos.

Apresenta-se no quadro 2, a títulode ilustração, uma comparaçãoentre o do bancárioactual (incluindo entidades origina-das por operações de concentraçãorealizadas – ou propostas – recente-mente) e a dimensão do

ranking top-five

top-five

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contrário pode bem ser mais fácil.Dentro de dois ou três anos, algunsbancos americanos serão tãograndes que se questionarão sobre oque fazer com as suas enormesbases de capital. Bancos com basesde activos de 300 biliões de dólarespassarão brevemente a valores de500 biliões de dólares. A motivaçãopara “ir às compras” no estrangeiroserá avassaladora. Entretanto,continuaremos a assistir a umaprofundamento da concentraçãobancária nos EUA, onde ainda

existem para cima de 22 000 bancose onde as cinco maiores instituiçõessó dominam 15% do mercado(contrastando marcadamente com arealidade na generalidade dospaíses europeus, onde a concentra-ção nas cinco maiores instituiçõestende a ser muito mais elevada e onúmero de bancos muito menor).

Na Europa, como referimos, ofenómeno da concentração bancáriaé muito mais recente e apresenta

particularidades específicas emcada país. Seguidamente, apresen-ta-se um quadro (n.º 4) com as maio-res operações de fusão (realizadasou propostas) verificadas recente-mente no espaço europeu.

Uma característica marcante dasoperações é o seu carácter nacionalou, quando muito, intra-regional.De facto, um dos movimentosestratégicos em moda nos bancoseuropeus é fundirem-se ou adquiri-rem um concorrente de dimensão noseu mercado tradicional de influên-cia, seja doméstico ou regional. Osexemplos abundam. O Nordbankenda Suécia efectuou uma operação

com o Merita daFinlândia como segunda escolhaestratégica após ter falhado aoperação mais desejada com o seuparceiro preferido, o SE-Banken,que tinha anunciado entretanto afusão com uma seguradora.Similarmente, o Banque BruxellesLambert (BBL) só sucumbiu àpressão do holandês ING Bank apósesforços tremendos ao longo devários anos para encontrar umparceiro nacional. Em 1997/98,assistimos a muitas operaçõessimilares com uma dimensão consi-derável: a Société Générale fundiu--se com o Crédit du Nord de França;o Bank Austria com o Creditanstaltna Áustria; o Bayerische Vereins-bank com o Hypobank na Alema-nha; o Handelsbanken com oStadshypotek na Suécia; oAmbroveneto com o Cariplo emItália; e, talvez a mais notável detodas as fusões, pela sua dimensãorelativa e alcance estratégico, a

cross-border

e a operar de forma global nos EUA.O quadro 3 apresenta uma

sumária caracterização das trêsmaiores operações de concentraçãobancária realizadas até à data nosEUA, dos vários milhares que sevêm realizando nos últimos anos.

A intensificação actual dosmovimentos de concentração nosEUA, facilitada pelas reformasdescritas anteriormente, encontraexplicações fundamentalmente emdois grandes tipos de factores. Porum lado, verifica-se uma procuraintensa de obtenção de economiasde escala, fundamentalmente aonível da partilha de clientes e debases tecnológicas (tecnologias deinformação e processos). Por outrolado, vimos igualmente assistindo aoperações de concentração motiva-das pela procura de sinergiascompetitivas ao nível das redes dedistribuição e complementaridadede produtos.

Olhando o futuro, podemosantecipar mesmo um movimentoprogressivo de expansão dos bancosamericanos para aquisições noexterior, contrariando a posturatradicional de expansão baseadasobretudo em estratégias orgânicasenfatizando preferencialmente acomponente de banca de investi-mento. Embora seja tradicional-mente mais difícil a bancos euro-peus adquirirem bancos americanos(começa a haver excepções, comono caso do Deutsche Bank, actual-mente em vias de concretizar acompra do Bankers Trust), devido àsua rendibilidade de capitaispróprios, por regra mais elevada, o

" u m d o s m o v i m e n t o sestratégicos em moda nosb a n c o s e u r o p e u s éfundirem-se ou adquiriremum concorrente de dimen-são no seu mercado tradi-cional de influência, sejadoméstico ou regional"

Adquirente Alvos

Quadro 4

AS MAIORES OPERAÇÕES DE CONCENTRAÇÃO NA EUROPA

Valor doNegócioUS$ bn

BNPUBS – Union Bank SwitzerlandSociété Générale SATSB Group plcBanco Santander

Situação daOperação

Paribas e Société GénéraleSBC – Swiss Bank CorporationParibasLloyds Bank plcBanco Central Hispano-Americano

PendenteConcretizada – UBSEm cursoConcretizada – Lloyds TSBConcretizada

3723181511

Concentração Bancáriana Europa

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10 In or ancaf B

Quadro 7

ESTRATÉGIAS IMPLÍCITAS

Entidades Envolvidas(alguns exemplos) Estratégia

ABN + SGB (FORTIS)UBS + SBCCI + UnicreditoTSB + Lloyds BankBS + BCHBPI + BFE + BBICiticorp + Travellers GroupDeutsche Bank + Bankers Trust

Near market tie-up (Benelux)In-market deal (Suíça)In-market deal (Itália)In-market deal (Reino Unido)In-market deal (Espanha)In-market deal (Portugal)In-market deal (EUA)Cross-border deal (Alemanha / EUA)

3,012,7

2,76,81,89,63,2

19,110,5

País

Quadro 6

% de Activosem Relação

ao Total de ActivosCross-border

% de PassivosC em Relação

ao Total de Passivosross-border

ÁustriaBélgicaFrançaAlemanhaItáliaHolandaEspanhaSuíçaReino Unido

2,39,83,42,53,66,11,64,99,9

ACTIVIDADE DOS BANCOS EUROPEUS (1996)CROSS-BORDER

Fonte: BIS

actividade dos bancoseuropeus é, em geral, ainda muitopouco relevante, tal como se podeconstatar no quadro 6.

O indicador da Bélgica é forte-mente influenciado pela lógicaintra-regional da actividade noespaço Benelux. Já os casos daSuíça e do Reino Unido reflectemuma tradicional orientação para asoperações envolvendo clientes emercados financeiros de caráctermais global, ou não fosse o mercadosuíço uma das plataformas funda-mentais da gestão de activos e dabanca privada internacionais eLondres uma praça financeira dereferência.

Podemos identificar váriasestratégias de concentração noespaço europeu, através de algunsexemplos seleccionados e descritosno quadro 7.

Avolumam-se actualmentefactores estratégicos estruturais, emfunção do actual processo deunificação do mercado europeu, quepermitem antecipar uma expansãoforte da internacionalização daactividade bancária no espaçoeuropeu e internacional. Das váriasimplicações estruturais decorrentesda União Monetária, podemosapontar as seguintes:

– a moedaeuropeia facilitará as transacções, atransparência dos movimentos decapitais e a uniformização dosprocessos bancários;

– a tendência reconhecidapara a concentração das transacçõesde capitais em vários (poucos)mercados de referência – Londres,Francfurt e Paris – encorajará os

cross-border

Impacto do euro

Globalização dos mercados decapitais

aparece dominado por “novas” (oupotenciais) instituições originadaspor operações de concentraçãomuito recentes. Estas mega-ins-tituições, algumas de dimensãomundial relevante, dificilmente seconfinarão, no futuro, ao seu espaçonacional ou regional. De facto, a

fusão entre os suíços UBS e SBC.O panorama bancário europeu

tem vindo a mudar radicalmente nosúltimos anos com estas operaçõesde concentração. Basta determo-nossobre o actual dos maioresbancos europeus (quadro 5).

Tal como nos EUA, o

ranking

ranking

83807251504643423837

Entidade

Quadro 5

OS 10 MAIORES BANCOS EUROPEUS

EnvolvendoOperações de Concentração?

CapitalizaçãoUS$ bn

HSBCLloyds TSBUBSINGBNP/GS/ParibasCrédit SuisseBarclaysFortisSantander / BCHNatwest

( HSBC + Midland)

(UBS + SBC)(ING + BBL)

(CS + First Boston)

(GB + KBC + Cera Bank)(BS + BCH)

Aspectos Estratégicos

"A procura do estatuto de“banco europeu” encontracada vez mais sentido erazoabilidade no actualcontexto"

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"Este processo de concen-tração europeu vai serseguramente facilitado pelofacto de a Europa se assumir, apartir de 2002, como umverdadeiro bloco de moedaúnica"

11In or ancaf B

dólares. Assumindo um crescimen-to anual de 15 a 20% de bancoscomo este durante os próximos 4anos, podemos esperar que acapitalização média dos 10 maioresbancos europeus se situe entre 80 a100 biliões de dólares, a média dosprimeiros 20 bancos em torno de 60biliões de dólares e dos primeiros 30bancos à volta de 45 biliões dedólares.

Por outro lado, o esforço decontenção de custos prosseguidoactualmente contribuirá para baixar

ainda mais os rácios de cus-to/benefício e pressionar as capitali-zações de mercado dos bancos nosentido ascendente.

Assim, o padrão de evolução domercado bancário europeu pareceorientar-se cada vez mais para oprosseguimento das

operações de concentração nacionale intra-região motivadas pelo desejode racionalizar, reduzir custos eprosseguir economias de escala.Uma vez que este processo atinjauma fase de maturidade, as opera-ções tenderão aintensificar-se, primeiro a um nívelintra-regional e posteriormente aum nível verdadeiramente pan-eu-ropeu. Este processo vai serseguramente facilitado pelo facto dea Europa se assumir, a partir de2002, como um verdadeiro bloco demoeda única e de o mercadobancário se tornar progressivamen-te mais liberalizado e competitivo.

Alguns países europeus jáatingiram estádios de concentraçãobancária (medida pela percentagemdos activos totais detidos pelos 5maiores bancos) muito relevantes anível interno. São os casos daSuécia (86%), da Holanda (81%) eda Finlândia (74%). Outros paíseseuropeus ainda estão relativamenteatrasados neste processo, tais comoa Alemanha (17%), a Itália (29%), aFrança (47%) ou mesmo o ReinoUnido (57%).

cross-border

bancos a adoptarem políticas dee de gestão de activos

baseadas no serviço aos clientesglobais e na procura de economiasde escala, que só a dimensãorelat iva pode proporcionar.Reconhece-se hoje que a estratégiaalternativa será a adopção de opçõesde nicho em mercados regionais debase de clientela nacional;

–no entanto, a pordetrás da concentração continua econtinuará a ser a utilização debases tecnológicas permitindo otratamento de informação em largaescala, a standardização progressi-va do serviço e desenho de produto ea gestão centralizada de grandesbases de dados. Os investimentosnesta área são cada vez maisvultuosos e privilegiam a dimensão;

– o processo acelerado deprivatizações no sector financeirodos anos 80 e 90, em paralelo com oestabelecimento de uma filosofia desupervisão supranacional assenteem desregulamentação dos merca-dos nacionais, só vem facilitar aindamais a concentração bancária. Aprocura do estatuto de “bancoeuropeu” encontra cada vez maissentido e razoabilidade no actualcontexto;

– finalmente, éreconhecido o problema da excessi-va cobertura de determinadosmercados em resultado da lutadesenfreada pelas quotas demercado e que carece actualmentede ser resolvido. A contenção decustos passou a ser uma prioridadetáctica importante para os bancos,face à inevitabilidade de se assumi-rem no actual contexto concorrenci-al como A concentra-ção permite a prossecução depolíticas de “emagrecimento” comvantagens acrescidas ao nível damanutenção de rácios de coberturado mercado.

E muita coisa vai entretantomudar. A título de exemplo, no finalde 1997, o ING Bank, um dosmaiores bancos europeus, tinha umacapitalização de 40 biliões de

funding

driving force

price takers.

Tecnologia e plataforma IT

Privatizações e desregulamen-tação

Overbanking

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"O adiamento do processo de

concentração bancária em

Portugal contribuirá, a curto

prazo, para trazer ao de cima

as fragilidades do sistema"

12 In or ancaf B

Bibliografia

Banking Institutions and Mergers: Questions and Answers,

Bank Mergers Fail to Deliver Investor Value,

Dangerous Liaisons

The Coming Transformation of Continental European Banking working

paper ,

The Bank Merger Wave: Causes and Consequences,

EMU and International Capital Markets: Structural Implications and Risks,

AmericanBankers Association, Abril 1998

Financial Times, Agosto 1998

, Financial Times, Março 1999

() White, W., Bank for International Settlements, Junho 1998

Broaddus, J.,Setembro 1998

IMG / Research Department, Maio 1997

se conteria no espaço disponíveldeste artigo.

O caso português tem as suasespecificidades, mas, na nossaopinião, tem de ser enquadrado faceaos desenvolvimentos referidos. O

adiamento do processo de concen-tração bancária em Portugal con-tribuirá, a curto prazo, para trazer aode cima as fragilidades do sistema.Sem uma estratégia nacional deconcentração bancária, que deveriaser encorajada, o destino de muitosbancos portugueses será o daaglutinação, a prazo, em bancos

estrangeiros, seja através da simplesperda de independência, sejamediante acordos (ou aliançasestratégicas) que na prática corres-pondem ao avassalamento dasinstituições a uma lógica supra--nacional, onde verdadeiramentenão participam estrategicamente.Num contexto de moeda única eoperações de capitais globalizadas etransparentes, o papel dos bancosportugueses em relação aos clientesnacionais atractivos para os grandesbancos europeus só poderá a prazotornar-se cada vez mais acessório.Na ausência de condições para acriação de um verdadeiro bancoportuguês de dimensão e vocaçãoeuropeias, os bancos portuguesesparecem estar condenados atransformarem-se a prazo em ban-cos de PME e particulares. �

* Quadro bancárioDocente do ISGB/IFB

O desafio da supervisão dosnovos “bancos europeus” mostra-seassim relevante. Independente-mente da contribuição dos bancoscentrais de cada país, põe-se oproblema de definir o papel quecaberá ao Banco Central Europeu nasupervisão destas novas entidadessupra-nacionais. As questõesinerentes às escolhas de dimensão edos riscos associados à supervisão(o chamado fenómeno de

) levantam interrogaçõesquanto à equidade do processo e aotratamento potencialmente diferen-ciado que, em situações de crise, osactuais mecanismos de supervisãopoderão estabelecer entre grandes epequenos.

O processo de concentraçãobancária não é pacífico e encontramuitos cépticos e até detractores.Asprincipais dúvidas levantadas têmque ver com os riscos de diminuiçãoda qualidade do serviço, potencialcriação de situações de abuso deposição concorrencial, eventuaisconstrangimentos à disponibilidadede crédito, nomeadamente asegmentos empresariais de menorpoder negocial, e finalmente, numaóptica mais institucional, levanta-mento de dúvidas sobre o realimpacto das operações de concen-tração em termos de geração devalor para os accionistas dasinstituições. Qualquer destes temas,de extremo interesse, justificariauma abordagem autónoma, que não

too-big--to-fail

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contos em pagamentos. Através doSPGT, passaram mais de 90% dessevalor, em apenas 600 mil operações. Asrestantes (99%) foram processadaspelos subsistemas de retalho, constitu-

indo 9% do valor dos pagamentos.A utilização dos meios de pagamen-

tos alternativos ao numerário no nossopaís tinha o seguinte perfil em 1997:41% dos pagamentos realizados porcheque, 39% através de cartão dedébito, 7% por transferência a crédito e11% por débito directo . A evoluçãoverificada nos últimos anos tem sido de

1

Desde 1 de Janeiro que o euro é a moeda de onze países da União Europeia (UE),

materializando assim a vertente monetária da União Económica e Monetária. O

aparecimento desta moeda comum nestes países, em substituição das moedas

nacionais, está a provocar mudanças nas economias. No sistema financeiro, em particular,

desenvolvimentos importantes estão a verificar-se ao nível de sistemas e meios de

pagamentos escriturais, que estão a ser adaptados à nova moeda. Trata-se de uma

revolução silenciosa mas essencial: os sistemas de pagamentos constituem uma

infraestrutura fundamental dos sistemas financeiros, uma vez que é através deles que são

canalizados todos os pagamentos escriturais (e de maior valor) das economias.

No presente artigo, é retratado o ponto de partida de Portugal para o euro, ao nível de meios e sistemas de

pagamentos, descrevem-se as alterações neles realizadas para a introdução da nova moeda e faz-se uma breve

antevisão do que será a evolução futura na zona euro relativamente a esta matéria.

Jorge Sá Nogueira*

Que Mudanças Nos Meios ESistemas De Pagamentos?

EURO

A organização do sistema depagamentos português está dividida emdois blocos:

Sistema de Pagamentos de GrandesTransacções (SPGT), orientado paraprocessar e liquidar em tempo realpagamentos de elevado montante,normalmente superiores a 100 milcontos (através deste sistema, osfundos são disponibilizados naconta-destino em alguns minutos);Sistema de pagamentos de retalho,que compreende os subsistemas detelecompensação de cheques,efeitos, transferências electrónicasinterbancárias (TEI) e o sistemaMultibanco.Através destes sistemas, processa-

ram-se, em 1998, mais de 920 milhõesde operações, correspondendo a umvalor superior a 900 mil milhões de

crescimento da quota de pagamentoscom cartão em substituição da quota docheque.

Situando o perfil português deutilização dos meios de pagamentoescriturais no quadro da UniãoEuropeia, Portugal inclui-se no grupode países maioritariamente utilizadoresde cheques (em que a respectiva quotaestá em perda), juntamente com aFrança e a Irlanda. O panorama europeuem 1997 caracterizava-se ainda por doisoutros grupos de países, em que, nuns,os meios preferenciais de pagamentosão as transferências a débito e/ou acrédito (Alemanha, Áustria, Bélgica,Espanha, Finlândia, Holanda, Itália eSuécia), e, noutros, é o cartão (Dina-marca, Grécia e Reino Unido).

Complementando esta análise com acomparação da utilização de meios de

A. Mendonça Pinto

Coordenador da Secção

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ção humana no processamento doscheques no circuito interbancário.

A criação de um cheque em euros foiaproveitada para introduzir alteraçõesno cheque em escudos. Como se podeconstatar pela imagem, o novo chequeem escudos, começado a emitir pelosbancos no segundo semestre de 1998,apresenta agora o campo destinado àimportância em quadrículas e já nãotem casas decimais. Ou seja, apenaspoderão ser emitidos cheques comvalores inteiros de escudos. Também ocampo da data passou a ser em caseado.Com estas alterações, pretende-sefacilitar o tratamento automático docheque no circuito interbancário,nomeadamente a implementação detecnologia de reconhecimento inteli-gente de caracteres (neste caso, oreconhecimento automático domontante do cheque e da data deemissão), aumentando a eficiência ereduzindo a probabilidade de ocorrên-cia de erros.

O cheque em euros apresenta as

mesmas soluções técnicas do chequeem escudos, tendo, no entanto, algunselementos de distinção: a existência dosímbolo do euro bem visível no cantosuperior direito do impresso, duas casasdecimais no campo importância (pois ospagamentos em euros terão sempreduas casas decimais), e a palavra“EUROS” em dois locais diferentes.Adicionalmente, o código de tipo decheque, que distingue os chequessegundo o seu tipo e que é constituídopelos dois últimos algarismos da linhaóptica , é diferente para escudos e paraeuros, permitindo a identificaçãoautomática da denominação em que ocheque foi emitido.

A emissão de livros de cheques emeuros pode ser feita a pedido do cliente ecom denominação diferente da da conta.É assim possível passar cheques emeuros sobre contas em escudos e vice--versa.

A existência de cheques própriospara cada denominação implica quedevam ser emitidos apenas nessa

2

pagamento escriturais por habitantenum ano, verifica-se que, em Portugal,cada habitante efectua em média 65pagamentos daquele tipo por ano, o quesitua o nosso país bastante abaixo damédia europeia, que é de 117, e entre os181 pagamentos em França e os 3 daGrécia. Esta situação deixa antever umprevisível aumento da intensidade dautilização dos meios de pagamentoescriturais no nosso país no futuro, emaproximação à média europeia.

A introdução do euro como moedaúnica em Portugal é um facto no sistemade pagamentos português. Desde 1 deJaneiro que o SPGT funciona apenas emeuros (embora aceite transferênciascom denominação original em escudos)e que é possível ordenar transferências,emitir cheques, letras e livranças emeuros. Brevemente, ao longo doprimeiro semestre de 1999, seráalargado o uso do euro à rede de caixasautomáticos Multibanco e começará aadaptação da rede de terminais depagamento automático no sentido depermitir pagamentos denominados emeuros. Até final do período transitórioda introdução do euro, que durará até 31de Dezembro de 2001, os portuguesesterão a opção de escolher a denomina-ção em que realizam os seus pagamen-tos escriturais. A partir de 1 de Janeirode 2002, apenas serão possíveis paga-mentos escriturais em euros.

Como é do conhecimento geral, asolução escolhida para os chequesrecaiu sobre a criação de um documentodistinto para euros. As razões subjacen-tes à escolha foram a clareza e transpa-rência desta solução para os utilizadores(e, consequentemente, a redução deocorrência de eventuais confusões oufraudes) e o facto de ser mais simplestecnicamente e de minimizar a interven-

A Introdução do Eurono Sistema dePagamentos Português

Cheques

"a solução escolhida para os

cheques recaiu sobre a criação

de um documento distinto

para euros"

In or ancaf B

Z. Interbancária

a quantia deEUROS

à ordem de

Número de Conta

É favor não escrever nem carimbar neste espaçoSérie

Número de Cheque Importância Tipo

0 0 9 9 1 2 3 4 < 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 + 1 2 3 4 5 6 7 8 > 2 2 +

Ano Mês Dia

Local de emissão

- -

,

Assinatura(s)

Cheque Euro

Pague por este chequeA utilizar em EUROS

Banco

••

Z. Interbancária

a quantia deESCUDOS

à ordem de

Número de Conta

É favor não escrever nem carimbar neste espaçoSérie

Número de Cheque Importância Tipo

0 0 9 9 1 2 3 4 < 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 + 1 2 3 4 5 6 7 8 > 1 2 +

Ano Mês Dia

Local de emissão

Banco

- -

Pague por este chequeA utilizar em ESCUDOS

$

Assinatura(s)

Cheque Escudos

•••

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denominação. Significa isto que

. Caso aconteça aemissão de cheques-euro em escudos,ou vice-versa, existe a possibilidade dea importância ser considerada nadenominação para a qual o cheque foiimpresso, situação que pode ocorrercaso o banco tomador do cheque (obanco onde o cheque foi depositado)não se dê conta da alteração nomomento de introdução do cheque nosistema informático. Ambas assituações podem gerar problemas comos clientes (contas descobertas) e,consequentemente, provocar atrasos emaiores custos no processamento doscheques. É por isso essencial a atençãode todos os intervenientes no processo:de quem preenche o cheque, de quem orecebe (que deve verificar a correcçãodo preenchimento) e do empregado dobanco que aceita o depósito do cheque(que deve verificar o respectivo preen-chimento antes de o introduzir nosistema informático).

Os clientes bancários poderão emitircheques em escudos para efectuar osseus pagamentos até final da fase B . Apartir dessa data, só os cheques emeuros serão aceites como meio depagamento. Serão admitidos pelosbancos os cheques em escudos comdata anterior a 1 de Janeiro de 2002 eapresentados para depósito ou levanta-mento após essa data. Quanto aos pré--datados já na posse dos bancos, estessolicitarão aos seus clientes a reemissãoem euros dos cheques que tenham sidoemitidos em escudos com data posteriora 31-12-2001.

As letras e livranças estão integradasno sistema de telecompensação deefeitos, através do qual foram processa-dos, em 1998, mais de 6 milhões depagamentos. Para ambos os meios depagamento, a solução para o euro, já emvigor e regulamentada pela portarianº1024/98, de 19 de Dezembro, é aexistência de impressos próprios paracada denominação. À semelhança doscheques, foi introduzido o caseado parao preenchimento dos diversos dadosnuméricos: importância, data, númerode contribuinte e NIB. Nas letras elivranças em escudos, deixaram deexistir casas decimais. Como nos

umcheque em escudos deve ser emitidoem escudos, tal como o cheque emeuros deve ser emitido só nestadenominação

3

cheques, as letras e livranças em eurostêm o símbolo do euro no canto superiordireito do impresso, para distinção dasque estão denominadas em escudos.

As duas denominações destes títuloscoexistirão até final de 2001. A partirdessa data, apenas poderão ser emitidosem euros. Os títulos em escudosemitidos antes de 31-12-2001 serãoreconhecidos pelo correspondentevalor em euros, não sendo necessária arespectiva reemissão.

As transferências electrónicasinterbancárias são transferências que sefazem directamente entre contasbancárias. Nelas incluem-se as que são

ordenadas por clientes ao balcão dobanco, as realizadas nos caixasautomáticos Multibanco (limite de 120contos), as previamente acordadas porempresas com os bancos, para ocorre-rem em datas previamente fixadas (porexemplo, pagamento de salários), asque são realizadas por clientes viabanca telefónica ou(banca na ) e as realizadas pelasempresas via terminal de transferênciaselectrónicas instalado nas mesmas, quelhes permite fazer transferências direc-tamente a partir da respectiva conta,sem necessidade de intervenção dobanco.

A solução encontrada para integrar oeuro neste sistema procuroumaximizar a flexibilidade querpara o ordenante, quer para obeneficiário da transferência:entre 1-1-1999 e 31-12-2001, as transferênciaspodem ser ordenadasem escudos ou emeuros, independen-t e m e n t e d ad e n o m i n a ç ã odas contas de

homebankingInternet

origem e destino. Exemplificando, nocaso de uma empresa pagar em euros oordenado de um empregado cuja contaestá denominada em escudos, este serácreditado pelo valor em escudos, sendoinformado do valor original em eurosno extracto da sua conta. As eventuaisconversões necessárias ocorrerão nosbancos envolvidos na transacção.

A possibilidade de ordenar transfe-rências em escudos e em euros manter--se-á até final do período transitório. Apartir de 1 de Janeiro de 2002, apenasserá possível realizar transferências emeuros.

O sistema Multibanco tem conheci-do índices crescentes de utilização,sendo o subsistema de pagamentos queactualmente mais operações gera nonosso país (mais de 650 milhões em1998).Além de ser uma forma alternati-va de pagamentos, através da rede determinais de pagamento automático edo pagamento de serviços em caixaautomático, permite o acesso dosclientes bancários a diversos serviços,tais como levantamentos, consultas desaldos e movimentos, transferênciasinterbancárias, carregamento de PMB,entre outras. A rede Multibanco é, poresta razão, um meio privilegiadoatravés do qual os utilizadores podemser sensibilizados para a nova referên-cia monetária que constitui o euro, aolongo das fases B e C da transição.Consciente desta realidade, o sistemabancário preparou soluções que visamtirar proveito desta realidade, soluçõesessas que estarão plenamenteactivas ao longo do pri-meiro semestredeste ano.

3

Letras e Livranças

TransferênciasElectrónicasInterbancárias

"entre 1-1-1999 e 31-12-2001,as transferências podem serordenadas em escudos ou emeuros, independentemente dadenominação das contas deorigem e destino"

Sistema Multibanco

In or ancaf B

$$

$

$$ $$ $$

$

$

$

A

B

C

D

E

– 2

– 7

– 11

– 14

– 19

F

G

H

I

J

– 22

– 28

– 31

– 33

– 37

Soluções

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16 In or ancaf B

Os cartões de débito e créditoconstituem a fonte de acesso dosclientes bancários aos diversos serviçosproporcionados pela rede Multibanco,sendo por isso a base de qualqueroperação. Na transição para o euro, nãoserá necessária qualquer troca de cartão,nem mesmo quando ocorrer a conver-são de contas. Os cartões mantêm assuas funcionalidades, independente-mente de estarem associados a contasem escudos ou em euros e de o terminalno qual estão a ser utilizados tereventualmente uma denominação-basediferente. Os clientes bancários podemdeste modo estar certos de que nadaprecisarão de fazer para adequarem osseus cartões ao euro.

Na fase B, os CA admitirão opera-ções em escudos ou em euros, comexcepção dos levantamentos, que nestafase apenas poderão ser realizados emescudos.As transferências interbancári-as, o pagamento de serviços, de letras ede impostos, o depósito de valores e osserviços especiais poderão ser realiza-dos nasduasdenominações.

O pagamento de serviços passará aconsistir em duas operações distintas:“Pagamento de serviços em escudos”,que continuará como actualmente, e o“Pagamento de serviços em euros”, comvista ao qual será atribuído um novocódigo de entidade às empresas queemitam facturas a pagamento nestadenominação. Poderão assim ocorrer asseguintes situaçõesdurantea faseB:

Aentidade continuar a emitir facturasem escudos até final da fase, pelo queo utilizador apenas poderá efectuar opagamentoemescudos;A entidade emitir a factura a paga-mento apenas em euros – o queobrigará o utilizador a escolher aoperação “Pagamento de serviços emeuros”;Aentidade emitir facturas com dadospara a operação (código de entidade eimportância) para escudos e paraeuros, concedendo ao seu cliente aescolha da denominação em que querefectuar a operação. Neste caso, ocliente terá de introduzir os dadoscorrespondentes à denominação queescolheuparaconcretizar aoperação.Em qualquer destes casos, a conta do

utilizador será sempre debitada narespectiva denominação, e o talãocomprovativo da operação informará osdados correspondentes à denominaçãoem que a mesma se realizou. Estascaracterísticas manter-se-ão até final de2001; a partir de 1-1-2002, o pagamentode serviços será realizado apenas emeuros.

Durante a fase B, a informação nostalões de CA será sempre na denomina-ção em que a operação tiver sidoefectuada (ver imagem). A informaçãorelativa aos saldos de conta dependerádo banco emissor do cartão. Se esteoptar por informar os seus clientes emescudos e em euros, o saldo virá em

primeiro lugar na denominação daconta e, na linha seguinte, na outradenominação (ver figura). Nas con-sultas de movimentos, a informação decada movimento dependerá igualmentedo banco onde esteja domiciliada aconta associada ao cartão.

Na fase C, os CA apenas disponibili-zarão operações em euros (comexcepção dos levantamentos, que aindapoderão ser realizados em escudos nosCA ainda não adaptados às novasnotas). Cada CA apenas vai permitirlevantamentos numa denominaçãoapenas (naquela com que estivercarregado), que será informada no ecrãdo terminal, para identificação por partedo utilizador.

A partir do fim da fase C,todas as operações serão emeuros e a informação nostalões será, naturalmente,nessa denominação apenas.

A rede de TPA começaráa ser adaptada ao euro apartir do segundo trimestrede 1999.

As alterações a que os

terminais serão sujeitos visam garantiras seguintes funcionalidades: apresenta-ção em escudos e em euros do valor daoperação a confirmar pelos clientes,impressão desses dois valores no talãode compra, possibilitar ao proprietáriodo TPA decidir o momento a partir doqual o terminal passa a ter comodenominação base o euro e garantir queserão aceites compras a partir do inícioda fase C. A dupla informação será umarealidade a partir do momento em queocorra a adaptação e manter-se-á atéfinaldafaseC.

O calendário da mudança nos TPAtem em consideração o princípio da nãoproibição, não obrigação do uso doeuro. Deste forma, até final da fase B osproprietários podem escolher omomento em que, nessa fase, procede-rão à intervenção necessária no seuTPA. Se isso não acontecer na fase B, osterminais não aceitarão compras a partirde 1 de Janeiro de 2002, até que sejamactualizados.

Após a adaptação do TPA, o proprie-tário pode escolher o momento em que adenominação-base passa a ser o euro,devendo para isso pedir um novo cartãosupervisor do terminal (o cartão atravésdo qual o proprietário gere o serviço depagamento automático). As operaçõesdecorrerão da seguinte forma: o comer-ciante digita a importância a pagar (nadenominação do TPA), o cliente confir-ma o valor da operação (que lhe apare-cerá na denominação do terminal e naoutra, alternadamente) e, após a aceita-ção da transacção, o TPA imprime ostalões, sempre com o valor da operaçãoem escudos e em euros.

Na fase C, apenas aceitarão comprasos terminais que estejam denominadosem euros. No final dessa fase, a duplainformação será inibida automatica-mente em toda a rede de TPA, que passa-rá a trabalhar exclusivamente em euros.

Cartões

Caixas Automáticos

"Na transição para o euro, nãoserá necessária qualquer trocade cartão, nem mesmoquando ocorrer a conversãode contas"

* * MULTIBANCO * *

------------------------------------------

N.CAIXA: 0123/4567/89 TRANSACÇÃO: 01234

CONTA: 123456789012345 DATA:1999/06/02

CARTÃO:0123456789012345 HORA: 14:56

------------------------------------------

LEVANTAMENTO

N. MOVIMENTO CARTÃO: 16

MONTANTE: 5.000$00 ESC.

SALDO DISPONÍVEL: 62.727$00+ ESC.

(312,88+ EURO)

------------------------------------------

<------------ NOME DO BANCO ------------->

<----------- TEXTO DO BANCO ------------->

------------------------------------------

<------------ TEXTO DA SIBS ------------->

* * OBRIGADO * *

Terminais dePagamentoAutomático

CaixasAutomáticos

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17In or ancaf B

Aadaptação ao euro do serviço PMBocorrerá em duas frentes: adaptação dosterminais (TPMB) e substituição doscartões actuais, que não são compatí-veis com o euro. A adaptação dosTPMB iniciar-se-á no segundotrimestre de 1999, prolongando-se, àsemelhança dos TPA, até final de 2001.Uma vez adaptado, cada TPMBinformará no visor o valor da operaçãoem escudos e em euros, alternadamen-te, e poderá aceitar cartões PMB emqualquer denominação. Por sua vez, oscartões PMB compatíveis com o eurodeverão começar a ser emitidos duranteo próximo ano, substituindo gradual-mente os cartões actuais. Os novoscartões PMB serão emitidos apenas emescudos até final da fase B, por ser esta aúnica forma de garantir a universalida-de de aceitação do PMB em todos osterminais (um cartão PMB em eurosnão seria aceite num terminal que nãotivesse sido ainda adaptado). Conse-quentemente, as operações de carrega-mento de PMB em CA serão feitas emescudos até final de 2001.

A partir do primeiro dia da fase C,será impossível carregar os PMB emescudos. Na primeira operação decarregamento em CA, o saldo de cadacartão nova geração será convertidoautomaticamente para euros e oscarregamentos passarão a ser feitosapenas nessa denominação. A partirdesse momento, todos os pagamentoscom estes cartões serão realizados em

euros. Os cartões actuais que aindaexistam na altura deixarão de poder sercarregados, existindo todo o período dafase C para que o saldo remanescenteem escudos seja esgotado em pagamen-tos em qualquer TPMB. A duplainformação deverá manter-se até finalda fase C, finda a qual todos ospagamentos com PMB serão realizadosem euros.

Falar do futuro de meios e sistemasde pagamentos é falar da evolução emtoda a zona euro. Existindo a mesmamoeda em pelo menos onze países, nãomais se deverão verificar evoluçõesisoladas por país.

O euro terá principalmente impactonas possibilidades de encaminhamentodos pagamentos entre países da zonaeuro. Neste âmbito, o futuro passará

necessariamente por uma maior fluideznas transacções internacionais, cujafinalização tem uma duração médiabastante superior à das nacionais. Atendência será no sentido de tornar ossistemas de pagamentos dos onzepaíses bastante mais integrados entre si,levando a que os pagamentos interna-cionais se aproximem aos nacionais emtermos de rapidez de execução. Estaintegração ocorre já através da criaçãode novos sistemas europeus e deverádesenvolver-se também pela harmoni-zação das características dos diferentessistemas nacionais em áreas onde hajaganhos potenciais.

A criação, sob a alçada do BancoCentral Europeu, do sistema TARGET(sistema de pagamentos de grandestransacções à escala europeia, quepermite a concretização de transacçõesde grande montante entre países da UEem alguns minutos) e o arranque dosistema EURO1, gerido pela EBA , quepermite a finalização, num dia, depagamentos transfronteiriços em euros,são avanços consideráveis no sentidoda já referida integração. A existênciadestes sistemas, juntamente com oprocessamento de operações transfron-

4

5

teiriças em euros por alguns sistemasnacionais (como o EAF de Frankfurt ouo CHAPS-Euro no Reino Unido), alar-ga o leque de opções no encaminha-mento de pagamentos na zona euro, oque apenas se poderá reflectir numaumento da eficiência na respectivaexecução, tanto para os bancos comopara os seus clientes. Com estesdesenvolvimentos, desde 1 de Janeiroque é possível efectuar pagamentosinternacionais em euros com rapidezmuito semelhante à de pagamentosnacionais. É previsível que a utilizaçãodos sistemas referidos (e outros queeventualmente sejam criados) substituaem parte as relações de banca corres-pondente, que constituíam, até ao anopassado, o meio preferencial.

A nível da utilização de meios depagamento escriturais, o euro nãodeverá ter impacto directo no curtoprazo. Deverá por isso manter-se atendência actual, que vai no sentido demaior automatização – e essa acontecenecessariamente através do recurso atransferências a crédito ou débito e aoscartões. Em Portugal, este fenómenodeverá manifestar-se na continuação dadiminuição da quota do cheque e noaumento relativamente forte dospagamentos efectuados por transferên-cia bancária, onde, no nosso país, existepotencial de crescimento considerávela médio prazo . O posicionamento docartão deverá manter-se ou reforçar-seligeiramente. Na zona euro, a criação damoeda única deverá conduzir, a médioprazo, a um esquema de porta-moedaselectrónico comum, possibilitando autilização deste meio de pagamento emqualquer país da zona euro.

*

6

Técnico da SIBS1

2

3

4

5

6

Fonte:, Banco Central Europeu, Janeiro de 1999.

A linha óptica é toda a zona inferior do cheque,no seu comprimento, onde está informaçãorelacionada com a conta do cliente, o respectivobanco e o tipo de cheque, sendo esta informação lidaautomaticamente por leitores ópticos aquando daentrada do cheque no circuito de pagamentos(depósito em conta ou levantamento directo daimportância no banco).

Calendário das fases:A– De Maio de 1998 a 31/12/98B – De 01/01/99 a 31/12/01C – De 01/01/02 a 30/06/02

A GT

Euro Banking Association (que até 1998 geriuumsistemadepagamentosexclusivamenteemecus).

O mais tardar no próximo ano, deverá entrar emfuncionamento um sistema de débitos directos inter-bancários, vocacionado para pagamentos recorrentes(facturas de telefone, por exemplo), sendo de preverque substitua uma parte das transacções com cheque eaumente de forma substancial o volume depagamentosescrituraisnonosso país.

Payments Systems in the EuropeanUnion

Trans- utomated Real-time ross-settlementExpress ransfer

[Nome Retalhista(1)][Nome Retalhista(2)]

ENDEREÇOENDEREÇO

N.F.Contr: 123456789

* * *

COMPRA

Cartao

123456 7890123456/78

VAL:02/00 AUT:123456

� Nome do Emissor �

Id.TPA 1234567892000/08/02 23:15Per:123 Tr:456 Mg789

* * ****** OBRIGADO *****

EUR 76,53(Esc.15 342$00)

Talão TPA nas fases B e C

Porta-MoedasMultibanco

O Futuro na Zona Euro

"

"

A tendência será no sentido detornar os sistemas de pagamentosdos onze países bastante mais

integrados entre si

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In or ancaf B20

Curso de Gestão Bancária

CESE em Gestão BancáriaEstá em vias de conclusão o terceiro e último Curso

de Estudos Superiores Especializados (CESE) emGestão Bancária. O presente curso de 1997-99 foifrequentado por 104 alunos distribuídos por quatroturmas, uma das quais a funcionar no Porto e asrestantes em Lisboa. Com a próxima conclusão docurso, eles vão juntar-se aos 231 licenciados dos doiscursos iniciais (127 de 1996-98 e 104 de 1995-97).

Tal como nos cursos anteriores, os finalistas doCESE envolveram-se num conjunto de actividades queincluíram a assistência a quatro seminários sobretópicos de extrema actualidade e actividades de grupo.O Eng. Rogério Puga Leal deu início aos semináriosapresentando os princípios fundamentais da gestão daqualidade no seu seminário incidente sobre Qualidadena Banca (Lisboa e Porto). Os Sistemas de Pagamentono Contexto do Euro foram abordados pelo Dr.Eugénio Gaspar, Director do Banco de Portugal(Lisboa e Porto). Pelo seu lado, a Dr.ª Ana Terras(ISGB) e o Dr. António Cardoso (ISGB) avançaramcom a discussão da Comunicação Organizacional aos

para jovens

alunos de Lisboa e do Porto na sua qualidade dedocentes da nova disciplina de Comunicação(introduzida no Curso de Gestão Bancária na suareformulação em licenciatura, que teve lugar no ano de1998). foi o tema proposto pelo Dr.Hugo de Jesus, Assessor do Conselho deAdministração do Banco Efisa (Lisboa). Finalmente, oDr. Sérgio Mascarenhas de Almeida (Professor-Coordenador de Gestão Geral do CGB) teveoportunidade de apresentar a noção de AnáliseConcorrencial aos alunos do Porto.

Paralelamente, decorreram as actividades de grupo,que incluem a gestão de um banco num SimuladorBancário ( ), a redacção de umTrabalho Final de Curso e a discussão do trabalho e deum tema de seminário em prova oral.

Recordamos que neste presente ano lectivo o CESEem Gestão Bancária passou a ser integrado no Curso deGestão Bancária, constituindo agora o todo umalicenciatura bietápica (bacharelato mais licenciaturacomplementar).

Project Finance

Stanford Bank Game

O último

A partir do próximo ano lectivo, o Curso de Gestão Bancáriavai passar a contar com mais um regime de funcionamento:auto-estudo assistido, com apoio complementar e actividadespráticas presenciais.As disciplinas são as incluídas no Plano Curricular do Curso adistância, mas, neste regime, os alunos poderão frequentar, aolongo da semana, sessões de apoio de duração variável,consoante as características das diferentes disciplinas.Estas sessões de apoio assumem um cariz eminentementeprático, sobre matérias relacionadas com a banca –consistindo, nomeadamente, na realização de exercícios ecasos práticos – e têm por objectivo permitir uma melhor

progressão nas actividades de estudo.No final do 3º ano, o ISGB diligenciaráno sentido de proporcionar aos alunosum estágio de natureza prática numaempresa financeira ou não financeira.Como formação opcional, são aindafacultadas mais duas disciplinas –Inglês e Computação Pessoal –, comava l i ação e a t r ibu i ção decertificado, e que decorrerão emcomplemento ao horário dassessões de apoio. �

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PóloPorto

Arranca emSetembro

9ºCursoArranca emSetembro

Pólo do Porto

Com o início de um novo anolectivo, entrará em funcionamento, emSetembro, a 9ª edição do Curso GeralBancário em Regime de Alternância,desta vez com um número de turmasalargado, fruto do empenhamento doInstituto de Emprego e FormaçãoProfissional e dos bons resultadosobtidos nas edições anteriores.

Assente na metodologia do ensinoem alternância, este curso promove,durante os seus três anos de duração,vários períodos de aprendizagem, querem modelo teórico e de práticasimulada, quer em contexto de trabalho.

No passado ano lectivo, os mais de800 tutores de posto de trabalhodespenderam com os alunos umnúmero superior a 75 000 horas.

Os números referidos incluem osdois pólos em funcionamento: o deLisboa e o do Porto. Especificamentesobre este último, ocupamo-nos nascolunas ao lado. �

O número de alunos do pólo do Portodo Curso Geral Bancário, que funcionana Delegação do IFB, tem vindo, desde1991, a atingir cerca de metade dos queestudam em Lisboa, atingindo este anoos 126, distribuídos por 6 turmas.

Em relação a Lisboa, que conta com218 inscrições, é significativa aquantidade de alunos da Zona Norte

que beneficia deste tipo de ensino, que éapoiado por um competente eempenhado núcleo de docentes e detécnicos bancários.

Das preocupações destes docentes éexemplo a reflexão produzida pelo Dr.Artur Osório, monitor de disciplinas detécnicas bancárias deste curso em alter-nância, que a seguir transcrevemos. �

ReflexãoMomento de ReflexãoA F O R M A Ç Ã O P R O F I S -

SIONAL – A reconhecida inovaçãoqualitativa operada em Portugal, naárea financeira, em especial na últimadécada, resultante do progressivoaumento dos níveis de eficácia nodesempenho profissional dos recursoshumanos activos, encontra, seguramen-te, como pilar fundamental a formaçãoprofissional que o IFB tem realizado emdiversos graus, com alargamento douniverso dos destinatários-alvo.

A premente e constante necessidadede actualização e desenvolvimentotecnológico e organizacional, resultan-te das rápidas mutações nesta áreanevrálgica da economia, tende, porém,a pôr facilmente em relevo fragilidades,quer da formação inicial, quer da for-mação contínua, que, a não serem diag-nosticadas e superadas oportunamente,porão em causa o sistema.

A formação em alternância – apren-dizagem – implementada, no sectorbancário, desde 1992, tem constituído atrave-mestra da formação inicial, rom-pendo com arcaismos formativos tradi-cionais, de debilidade prática. Não é,porém, esporádico o desajustamentoentre uma estratégia, ainda que muitoboa ou mesmo excelente, e os resulta-dos que dela se esperam, constituindo,portanto, a sua execução o problemachave, merecedor de perma-nente. O ambiente vigente, saudavel-mente dinâmico, potencia a necessida-de sentida de reflexão sobre o papel dosvários intervenientes no processo e arespectiva estrutura.

follow up

OS OBJECTIVOS

OS ALUNOS

– A clarificaçãodos objectivos, resultante das mudan-ças entretanto registadas no sectorbancário, constitui o primeiro elemen-to-chave com vista à qualidade dosresultados do sistema. O desempenhodos vários actores porá em relevo aadequação do seu papel à realidade,dado que instituições (realidade labo-ral) e escola só poderão realizar a suaparceria em sintonia de objectivos. Oequilíbrio eficiente da organização,desde a coordenação aos formadores,monitores e alunos, exige, antes demais, a partilha de valores, baseada natransparência motivadora da qualidadedas acções, sendo necessário que operfil profissional adquirido correspon-da às necessidades diagnosticadas dosector. A taxa de empregabilidade àsoleira da escola necessitará de obser-vação posterior quanto ao percurso deinserção profissional, comoconformador do sistema.

– A aprendizagem denível III, como sistema de formaçãoinicial em alternância, dirige-se ajovens diplomados do ensino básico de9 anos de escolaridade, preparando-ospara uma saída profissional específica,conferindo-lhes uma qualificaçãoprofissional e possibilitando-lhes aprogressão e certificação escolar.Vários são, aliás, os alunos certificadoscom este Curso Geral Bancário queprosseguem, actualmente, estudos emdiversas áreas, em escolas superiores.Mas a formação e o desempenho futu-ros pressupõem a qualidade inicial doprocesso no que respeita ao recruta-

feed-back

Das actividades circum-escolares reali-zadas pelos alunos do Curso Geral Bancáriosão de destacar o Baile de Finalistas e aMini-Maratona dos Descobrimentos.

O Baile de Finalistas realizou-se em 6 deMarço, tendo constituído uma boaoportunidade para os finalistas se reunirem,em ambiente de alegre confraternização,com os seus pais, amigos e docentes.

Independentemente da boa disposiçãosempre presente, o momento alto e que, naopinião dos alunos, mais os marcou foi aimposição, pelos professores, das faixas definalistas.

Em 21 de Março, realizou-se a prova deatletismo que, em Portugal, mais atletasreúne – a Mini-Maratona dos Desco-brimentos. Dos 23 000 que compareceram àpartida, 86 corriam pelo IFB.

A nossa equipa era maioritariamentecomposta por alunos e professores do CursoGeral Bancário, mas também correramDirectores e Coordenadores do IFB.

Todos concluíram a prova; no entanto,no dia seguinte, alguns mostravam algumadificuldade em subir as escadas. �

ACTIVIDADESCIRCUM-ESCOLARES

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mento e selecção dos formandos. Aaferição dos critérios, em função dosobjectivos, deverá conduzir à equaçãode como e quem realiza as etapas indica-das, em ambiente concorrencial depluralidade de fontes, não sendo, ainda,despiciendo um acompanhamentoposterior, qualitativamente apropriado.A formação só pode ser entendida comoinvestimento cujo risco carece de pon-deração e de garantia de minimização.

– Mais impor-tante do que as diversas designaçõesque pode assumir – professor, instrutor,monitor, tutor ou animador –, é sobretu-do ao nível das competências que opapel destes agentes merece avaliação.A dinâmica imprimida recentementecom a sua profissionalização – certifica-ção – veio dar um contributo básicofundamental nesse sentido. O domíniotécnico actualizado dos conteúdos, dosmétodos e das técnicas pedagógicasadequadas, exige a superação das fun-ções tradicionais para o campo da inves-tigação e do indispensável acompanha-mento prático da realidade empresarial,visando a inovação referenciada e adifusão do saber contextualizado. Opapel do formador não pode confinar-seà sala de aula, onde, no entanto, é preci-so saber trabalhar sobre os suportesactuais das instituições financeiras. Mas

OS FORMADORES

o interface institucional existente revelaainda preocupações de optimizaçãoquanto à ligação do formador ao moni-tor de posto de trabalho. A conjugaçãodos dois papéis beneficiará do diálogo,na realização de aulas teórico-práticas ena elaboração de programas de estágio.

– Não é pelo facto de oquadro normativo da aprendizagem nãose referir expressamente ao papel destesagentes formativos que o mesmo deixa-rá de ter a importância relevante que lheé conferida pelo sistema, aliás, já bemrealçada nas páginas desta revista, emedição anterior. Sendo a sua funçãovertente essencial da formação emalternância, nela se concentram, cadavez mais, especiais preocupações dequalidade, com vista à qual a selecção epreparação muito terão a beneficiarcom a partilha e diálogo atrás referidos.

– Em economiaaberta, qualquer estratégia de mercadotem como suporte o diagnóstico denecessidades e a atenção aos desenvol-vimentos esperados. Promover o ajus-tamento e actualização dos modelos emétodos formativos aos objectivos--alvo é tarefa sempre inacabada e degrande acuidade actual. A inserção dosistema financeiro português na UEM,o desenvolvimento da banca electróni-

OS MONITORES DE POSTO DETRABALHO

OS PROGRAMAS

ca e telefónica, o acesso a novos meiosde informação, com utilização de tecno-logias em progressiva evolução, a previ-sível introdução do tratamento digitali-zado, com leitura óptica, de títulos decrédito e de novas formas de representa-ção de direitos incorporados em títuloscedulares, constituem já realidadesdeterminantes da preocupação de actua-lização do plano curricular de formaçãoem termos de cargas horárias, domíniose conteúdos, visando o conhecimento eas pessoas que são, inegavelmente,recursos estratégicos do futuro. A utili-zação de novas tecnologias multimédia– educativo, videogramas,audiogramas e multimédia – e oalargamento do plano curricular a áreascomportamentais e de gestão – dinâmi-ca de grupos, gestão de conflitos, lide-rança, avaliação do desempenho, orga-nização e planeamento – são, desde já,necessidades sentidas e em vias deconcretização gradual que têm o seulugar numa reestruturação do programaformativo, decorrente da evolução domeio, apenas em função do qual tem asua justificação e aceitação.

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Artur OsórioDocente do

Curso Geral Bancário – Porto

Em complemento da sua Assembleia Geral, realizada nodia 19 de Abril, a AGESBANCA levou a efeito um colóquiosubordinado ao tema "A Banca Portuguesa e a Dimensão dosBancos Regionais Europeus", em que foi orador o Dr.Antónioda Palma Ramalho, Administrador do Grupo MundialConfiança.

O Dr. António Ramalho comparou os sistemas bancáriosda União Europeia e concluiu, nomeadamente, que Portugal éum dos países em que se verifica uma elevada concentraçãobancária.

Com efeito, os activos das 5 maiores instituiçõesrepresentavam, em 1997, 76 % do total nacional, verificando-se que, entre os países do euro, esta percentagem só eraultrapassada pela Holanda e pela Finlândia. E, nestaperspectiva, ainda que não se excluam novas concentraçõesnum futuro próximo, a tendência portuguesa será, certamente,

A Banca Portuguesa e a Dimensãodos Bancos Regionais Europeus

inferior à que se verificará noutros países.Esta palestra, da maior actualidade, interessou vivamente a

assistência. �

Actividades da AGESBANCA

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12ª. EdiçãoFoi em Janeiro de

l989 que 1 385bancários decidi-ram apostar numamelhoria das suasc o m p e t ê n c i a spessoais e profis-sionais, dandocorpo à 1ª Edi-

ção do Curso Regularde Formação Bancária, desenvolvidona metodologia de ensino a distância,auto-estudo assistido.

Até hoje e nas 11 edições entretantorealizadas, já participaram neste cursoquase 9 500 formandos.

Estamos, assim, a caminho da 12ª

No nosso último número, osdiplomados

PEDRO CHEN KOCK ePEDRO MIGUEL GONÇALVESFONTES MELLO

encontram-se erradamente incluídos noBanco Nacional de Crédito, quando, narealidade, pertencem ao BANQUENATIONALDE PARIS.

Pelo lapso, as nossas desculpas.

O IFB tem vindo a participar, conjuntamente com oInstituto Bancário francês (CFPB), alemão (Bankakademie),luxemburguês (IFBL) e as Universidades de Toulouse e deBundes-wehr, no projecto de investigação “Carta deCompetências Bancárias à Escala Europeia”, que está a serdesenvolvido no âmbito do Programa Comunitário Leonardoda Vinci .

O projecto tem como objectivo contribuir para odesenvolvimento de uma metodologia de avaliação edesenvolvimento de competências no sector bancário queseja comum aos países da Comunidade Europeia.

Neste sentido, o grupo de trabalho tem estado adesenvolver um program a informático que permiterealizar a auto--avaliação de conhecimentos e competênciasem matérias e assuntos relacionados com a actividadebancária, estando igualmente a efectuar o diagnóstico denecessidades de formação.

Inicialmente, e considerando a complexidade a nívelteórico, metodológico e sócio-cultural do projecto, ostrabalhos de concepção e recolha de informaçãoprolongaram-se. Contudo, na fase actual, estão a prosseguircom um bom ritmo de execução, prevendo-se que uma versãoexperimental esteja concluída no final de 1999. �

edição, que terá o seu início emSetembro próximo.

Como se sabe, trata-se de um cursocom a duração de 3 anos lectivos e quetem por objectivo proporcionar umasólida qualificação técnico-profissionala empregados que pretendam desenvol-ver, actualizar e consolidar os conheci-mentos básicos da profissão bancária.

Cobre toda a gama de matériasnecessárias ao bom desempenho daactividade bancária.

Estas matérias são tratadas emManuais e noutros materiais comple-mentares especialmente concebidospara o auto-estudo, que se encontrampermanentemente actualizados. Neste

Mais 158formandosdiplomados

Projecto:

“Carta de CompetênciasBancárias à Escala Europeia”

SISTEMAS DE PAGAMENTO DE RETALHOESTRUTURA DOS GRUPOS DE TRABALHO INTERBANCÁRIOS EM PORTUGAL

Contacto Directo Contacto Directo

INTERLOCUTORES JUNTODOS PARTICIPANTES

INTERLOCUTORES JUNTODOS PARTICIPANTES

INTERLOCUTORES JUNTODOS PARTICIPANTES

INTERLOCUTORES JUNTODOS PARTICIPANTES

GRUPO DE TRABALHODO CHEQUE

Grupo de TrabalhoTécnico

• Normalização• Telecompensação

Comité Directivo

GRUPO DE TRABALHODAS TEIs

Grupo deTrabalhoTécnicoTEIs aCrédito

Grupo deTrabalhoTécnicoDébitosDirectos

Comité Directivo

GRUPO DE TRABALHODA LETRA

Comité Directivo

• Normalização• Telecompensação• Outros

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO INTERBANCÁRIAPARA OS SISTEMAS DE PAGAMENTO

(CISP)Integrada por: Banco de Portugal, APB, Bancos e SIBS

momento, por exemplo, encontra-se emrevisão técnica e pedagógica a docu-mentação relativa a 6 disciplinas dopróximo ano lectivo.

O leitor encontra mais informaçõessobre este Curso na contra-capa dapresente Revista. �

No último número da , o QUADRO 2 do artigoda autoria do Dr Bernardino Queiroz, intitulado SISTEMASDE PAGAMENTO, saiu lamentavelmente com algumasimprecisões.

Com os nossos pedidos de desculpa aos leitores e, muitoespecialmente ao autor, publicamos de novo, a seguir, omencionado Quadro 2, agora de forma correcta.

Inforbanca

Sistemas dePagamento

12ª Ediçãoem Setembro

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