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Na Fetiasp, dirigentes da Alimentação comemoram o Dia Internacional das Mulheres Eunice: “Lutar pela unificação dos pisos, que são diferentes dependendo do Estado” Foto: Mario B Silva tar por mais investimentos na indústria nacional”, informa Eunice. Os setores empregam, hoje, cerca de dois milhões e oitocentos mil trabalhadores no País. Um estudo do Dieese elaborado em parceria com a Conaccovest dá uma ideia do setor. Os técnicos do Dieese citaram dados do Censo – IBGE. No período compreendido entre 2000 e 2010 houve crescimento dos postos de trabalho no O setor do vestuário teve aumento no percentual de negociações com aumento real. Em 2013 foram 77% das negociações acompanhadas pelo SAS- Dieese. Em 2014 foram 87%, conforme o Balanço de Reajustes de 2014, elaborado pelo Dieese – Departamento Intersindi- cal de Estatísticas e Estudos Socioeco- nômicos. “Para conquistar aumento real neste ano, orientamos os Sindicatos a adotarem como mote principal a mobili- zação dos trabalhadores”, declara Eunice Cabral, presidenta da Conaccovest (Con- federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados). O levantamento do Dieese mostra, também, que a média de aumento real do setor também cresceu. Em 2013 o aumento real médio foi de 1,14%, e em 2014 foi de 1,21%. “Neste ano, vamos re- alizar um trabalho intenso pela unificação dos pisos salariais porque as empresas pagam valores diferentes dependendo do Estado onde estão localizadas”, de- clara Eunice Cabral. O resultado dessas diferenças de piso é a fuga de empresas dos grandes centros para municípios menores. Outra bandeira da Conaccovest é a defesa de medidas para manter os em- pregos. “Vamos pressionar o governo para reduzir os impostos e os juros e lu- Categoria intensifica luta por ganho real Vamos lutar para reduzir impostos e juros e lutar por investimentos na indústria nacional VESTUÁRIO Trabalho Publieditorial No próximo dia 30 a Força Sindical e as de- mais Centrais estarão realizando, por todo o País, uma série de manifestações contra as MPs nºs 664 e 665, previstas para serem vo- tadas no início de abril, que alteram as regras de direitos trabalhistas e sociais, como segu- ro-desemprego, abono salarial, auxílio-doen- ça, pensão por morte, seguro-defeso e auxí- lio-reclusão. As manifestações terão como objetivo prin- cipal sensibilizar Câmara Federal e Senado para que os parlamentares votem contra as medidas do governo, que, se aprovadas, tra- rão prejuízos aos assalariados, principalmente Centrais Sindicais novamente nas ruas contra a perda de direitos Opinião àqueles de menor renda. Após as manifestações do dia 30, sindicalistas e trabalhadores sairão de seus Es- tados de origem e vão até Brasília, onde realizarão uma vigília. As Centrais têm, ainda, buscado negociar com o próprio governo, ministérios, Justiça e com o Congres- so Nacional a revogação das MPs (lembramos que nos dias 28 de janeiro e 2 de março manifestações pelos mesmos motivos foram realizadas em nível nacional). Com as medidas de austeridade fiscal e monetária, o governo pretende equilibrar suas contas transferindo para os trabalhadores o ônus de uma crise que não fo- ram eles quem provocaram. As MPs são um crime e não podemos nos calar. Vamos, todos, às ruas no dia 30 lutar contra a perda de direitos e por nossos empregos. complexo (têxtil, vestuário, couro e calça- dos), chegando a mais de dois milhões e seiscentos mil trabalhadores e trabalha- doras. “Houve crescimento de postos de tra- balho. Em 2000 eram 1.279.207, já em 2010 passaram para 1.607.885. Isto repre- senta um aumento de 25%”, diz a técnica Laura Tereza Benevides, que integrou a equipe que elaborou o estudo sobre o se- tor de vestuário, têxtil, couro e calçados. Ainda de acordo com o estudo, o setor do Vestuário tem o menor índice de for- malização entre os quatro que compõem o complexo, e o maior percentual de tra- balhadores por conta própria. Em 2010 eram 40% de trabalhadores com carteira assinada e 18% de trabalhadores por con- ta própria. A área é majoritariamente femi- nina: 81% de mulheres em 2010. Quanto a trabalhadores com idade mais avançada, no segmento do vestuário era elevada a participação do grupo etário mais velho: quase um quarto (23,7%) ha- via ultrapassado os cinquenta anos, e mais de um quinto (21,6%) estava com idades entre quarenta e 49 anos em 2010. Os trabalhadores do setor têm rendi- mentos mais baixos se comparados ao têxtil e couro. Em 2010 a média era de R$ 797,00. Foto: Arquivo Fetiasp O Dia Internacional da Mulher é come- morado pelos Sindicatos da Força Sindical durante todo o mês de março. No domingo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo An- dré fez sua homenagem às mulheres. As diretoras Aldeniza Moreira de Araújo, Maria Andreia Cunha Matias e Viviane Cristina de Camargo comandaram a festa realizada na rua. “Lutamos pela paz e pelo fim da vio- lência”, dizem as trabalhadoras. Ontem, foi a vez da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Ali- MULHER Sindicatos comemoram o Dia Internacional da Mulher mentação de São Paulo) e seus Sindica- tos filiados. A diretora da Federação Neu- za Barbosa de Lima coordenou o evento. “Este é um momento de reflexão”, decla- rou a secretária da Mulher da Fetiasp, Maria Goreth de Aragão. A secretária da Mulher da Força Sindi- cal-SP, Helena Ribeiro, falou sobre o PL da Igualdade (PL nº 4.857/2009), que está tramitando no Congresso Nacional, e de- fendeu a necessidade de o governo adotar políticas públicas que obriguem as empre- sas privadas e públicas a pagar salário igual para homens e mulheres. A sindicalista destacou o projeto do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que institui multa para empresas que pagarem salários menores para mulheres. A violência contra a mulher é dissemina- da em vários aspectos, e não abala apenas o corpo físico, que sofre com as agressões: atinge também a parte psicológica, preju- dicando o desenvolvimento da mulher em várias áreas, como, por exemplo, no mer- cado de trabalho. “O impacto da violência tem um custo bastante significativo. Para amenizar ou eliminar as consequências dos maus tratos são utilizados os sistemas judiciário, previdenciário e da saúde. Os gastos na América Latina chegam a 14% do PIB (Produto Interno Bruto) e, no Brasil, 10%”, conforme cálculos do Banco Mun- dial”, disse Camila Ikuta, técnica da subse- ção do Dieese da Força Sindical, que abor- dou o tema “Impactos da violência contra as mulheres”. Já a médica Ivone Gentili dis- correu sobre a saúde da mulher. Também comemoraram o Dia da Mulher os Sindicatos dos Técnicos de Segurança de Guarulhos e dos Motoristas e Trabalha- dores em Empresas de Táxis. SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! www.fsindical.org.br facebook.com/CentralSindical twitter.com/centralsindical Miguel Torres Presidente da Força Sindical

Página Sindical do Diário de São Paulo

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Na Fetiasp, dirigentes da Alimentação comemoram

o Dia Internacional das Mulheres

Eunice: “Lutar pela unifi cação dos pisos, que são diferentes dependendo do Estado”

Foto: Mario B Silva

tar por mais investimentos na indústria nacional”, informa Eunice. Os setores empregam, hoje, cerca de dois milhões e oitocentos mil trabalhadores no País.

Um estudo do Dieese elaborado em parceria com a Conaccovest dá uma ideia do setor. Os técnicos do Dieese citaram dados do Censo – IBGE. No período compreendido entre 2000 e 2010 houve crescimento dos postos de trabalho no

O setor do vestuário teve aumento no percentual de negociações com

aumento real. Em 2013 foram 77% das negociações acompanhadas pelo SAS-Dieese. Em 2014 foram 87%, conforme o Balanço de Reajustes de 2014, elaborado pelo Dieese – Departamento Intersindi-cal de Estatísticas e Estudos Socioeco-nômicos. “Para conquistar aumento real neste ano, orientamos os Sindicatos a adotarem como mote principal a mobili-zação dos trabalhadores”, declara Eunice Cabral, presidenta da Conaccovest (Con-federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados).

O levantamento do Dieese mostra, também, que a média de aumento real do setor também cresceu. Em 2013 o aumento real médio foi de 1,14%, e em 2014 foi de 1,21%. “Neste ano, vamos re-alizar um trabalho intenso pela unifi cação dos pisos salariais porque as empresas

pagam valores diferentes dependendo do Estado onde estão localizadas”, de-clara Eunice Cabral. O resultado dessas diferenças de piso é a fuga de empresas dos grandes centros para municípios menores.

Outra bandeira da Conaccovest é a defesa de medidas para manter os em-pregos. “Vamos pressionar o governo para reduzir os impostos e os juros e lu-

Categoria intensifica luta por ganho realVamos lutar para reduzir impostos e juros e lutar por investimentos na indústria nacional

VESTUÁRIO

TrabalhoPublieditorial

No próximo dia 30 a Força Sindical e as de-mais Centrais estarão realizando, por todo o País, uma série de manifestações contra as MPs nºs 664 e 665, previstas para serem vo-tadas no início de abril, que alteram as regras de direitos trabalhistas e sociais, como segu-ro-desemprego, abono salarial, auxílio-doen-ça, pensão por morte, seguro-defeso e auxí-lio-reclusão.

As manifestações terão como objetivo prin-cipal sensibilizar Câmara Federal e Senado para que os parlamentares votem contra as medidas do governo, que, se aprovadas, tra-rão prejuízos aos assalariados, principalmente

Centrais Sindicais novamente nas ruas contra a perda de direitosOpinião

àqueles de menor renda. Após as manifestações do dia 30, sindicalistas e trabalhadores sairão de seus Es-tados de origem e vão até Brasília, onde realizarão uma vigília. As Centrais têm, ainda, buscado negociar com o próprio governo, ministérios, Justiça e com o Congres-so Nacional a revogação das MPs (lembramos que nos dias 28 de janeiro e 2 de março manifestações pelos mesmos motivos foram realizadas em nível nacional).

Com as medidas de austeridade fi scal e monetária, o governo pretende equilibrar suas contas transferindo para os trabalhadores o ônus de uma crise que não fo-ram eles quem provocaram. As MPs são um crime e não podemos nos calar. Vamos, todos, às ruas no dia 30 lutar contra a perda de direitos e por nossos empregos.

complexo (têxtil, vestuário, couro e calça-dos), chegando a mais de dois milhões e seiscentos mil trabalhadores e trabalha-doras.

“Houve crescimento de postos de tra-balho. Em 2000 eram 1.279.207, já em 2010 passaram para 1.607.885. Isto repre-senta um aumento de 25%”, diz a técnica Laura Tereza Benevides, que integrou a equipe que elaborou o estudo sobre o se-tor de vestuário, têxtil, couro e calçados.

Ainda de acordo com o estudo, o setor do Vestuário tem o menor índice de for-malização entre os quatro que compõem o complexo, e o maior percentual de tra-balhadores por conta própria. Em 2010 eram 40% de trabalhadores com carteira assinada e 18% de trabalhadores por con-ta própria. A área é majoritariamente femi-nina: 81% de mulheres em 2010.

Quanto a trabalhadores com idade mais avançada, no segmento do vestuário era elevada a participação do grupo etário mais velho: quase um quarto (23,7%) ha-via ultrapassado os cinquenta anos, e mais de um quinto (21,6%) estava com idades entre quarenta e 49 anos em 2010.

Os trabalhadores do setor têm rendi-mentos mais baixos se comparados ao têxtil e couro. Em 2010 a média era de R$ 797,00.

Foto: Arquivo Fetiasp

O Dia Internacional da Mulher é come-morado pelos Sindicatos da Força Sindical durante todo o mês de março. No domingo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo An-dré fez sua homenagem às mulheres. As diretoras Aldeniza Moreira de Araújo, Maria Andreia Cunha Matias e Viviane Cristina de Camargo comandaram a festa realizada na rua. “Lutamos pela paz e pelo fi m da vio-lência”, dizem as trabalhadoras.

Ontem, foi a vez da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Ali-

MULHER

Sindicatos comemoram o Dia Internacional da Mulhermentação de São Paulo) e seus Sindica-tos fi liados. A diretora da Federação Neu-za Barbosa de Lima coordenou o evento. “Este é um momento de refl exão”, decla-rou a secretária da Mulher da Fetiasp, Maria Goreth de Aragão.

A secretária da Mulher da Força Sindi-cal-SP, Helena Ribeiro, falou sobre o PL da Igualdade (PL nº 4.857/2009), que está tramitando no Congresso Nacional, e de-fendeu a necessidade de o governo adotar políticas públicas que obriguem as empre-sas privadas e públicas a pagar salário igual para homens e mulheres. A sindicalista destacou o projeto do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que institui multa para empresas que pagarem salários menores para mulheres.

A violência contra a mulher é dissemina-da em vários aspectos, e não abala apenas o corpo físico, que sofre com as agressões: atinge também a parte psicológica, preju-dicando o desenvolvimento da mulher em várias áreas, como, por exemplo, no mer-cado de trabalho. “O impacto da violência tem um custo bastante signifi cativo. Para amenizar ou eliminar as consequências

dos maus tratos são utilizados os sistemas judiciário, previdenciário e da saúde. Os gastos na América Latina chegam a 14% do PIB (Produto Interno Bruto) e, no Brasil, 10%”, conforme cálculos do Banco Mun-dial”, disse Camila Ikuta, técnica da subse-ção do Dieese da Força Sindical, que abor-dou o tema “Impactos da violência contra as mulheres”. Já a médica Ivone Gentili dis-correu sobre a saúde da mulher.

Também comemoraram o Dia da Mulher os Sindicatos dos Técnicos de Segurança de Guarulhos e dos Motoristas e Trabalha-dores em Empresas de Táxis.

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Miguel Torres

Presidente da Força Sindical