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balanç da dir oria mand b b b b b b b b b l l l l l d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d Dois anos de investimentos painel PESQUISA Empresa alemã desenvolve elevador sem cabos SUSTENTABILIDADE Pesquisa revela novas ulidades para resíduos do esgoto EVENTO Palestra expõe oportunidades em perícia judicial

Painel - edição 239 - fev.2015

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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

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Page 1: Painel - edição 239 - fev.2015

balanç da dir oria mandaO balanço da diretoria que encerra o mandato neste ano demonstra esforços em inves� mentos na sede, em conhecimento e em ações que promoveram a união dos profi ssionais

bbbbbbbbb lllll dddddddd dddddd ddddddddddddddddddd

Dois anos de investimentos

painelAno XVIII nº 239 fevereiro/ 2015

A E A A R P

PESQUISAEmpresa alemã desenvolve

elevador sem cabos

SUSTENTABILIDADEPesquisa revela novas uClidades

para resíduos do esgoto

EVENTOPalestra expõe oportunidades

em perícia judicial

Page 2: Painel - edição 239 - fev.2015
Page 3: Painel - edição 239 - fev.2015

A atual gestão dos dirigentes da AEAARP, iniciada em abril de 2013 vai transferir aos fu-

turos dirigentes, que serão eleitos no mês de março de 2015, a administração da En�dade.

Há dois anos, a par�r da união entre profissionais já integrados da gestão anterior,

profissionais que estavam afastados e que retornaram ao convívio regular com a Asso-

ciação e profissionais que dela se aproximaram pela primeira vez, pudemos nos reunir

em torno de obje�vos comuns e formatar um projeto de futuro, que foi referendado

pelos associados por ocasião das eleições realizadas naquele ano.

E assim foi feito nesse período, durante o qual procuramos realizar os projetos que

nos dispusemos a implantar .

Essas realizações são objeto de matéria detalhada nesta edição, onde informamos com

clareza o que foi efe�vamente produzido pela en�dade nesse período.

Nesse contexto, dentre tantas conquistas que �vemos, a mais significa�va foi no campo

da convivência e do relacionamento posi�vo entre os associados, dirigentes e demais

colaboradores da AEAARP.

Trabalhamos neste momento com a expecta�va de que os próximos dirigentes possam

dar seguimento aos projetos que estão em andamento e àqueles que ainda não foram

iniciados, mas estão previstos para serem implantados.

Com isso vamos con�nuar a pavimentar e solidificar as estruturas que permi�rão à

en�dade fundada há 66 anos, seguir em frente, com o aperfeiçoamento das ações que

promove em beneycio dos associados e da sociedade em geral, a par�r da estabilidade

e independência já conquistadas.

Por fim, no momento em que o país se defronta com dificuldades de ordem polí�ca e

econômica, é preciso lembrar que as consequências são previsíveis e certamente haverá

retração na oferta de emprego e de oportunidades na nossa área de atuação.

Em épocas de crise, sobressaem-se os que conseguem evoluir tecnicamente e em

capacitação para a obtenção da máxima eficiência, com o menor custo, aí inclusos não

só os financeiros, mas os ambientais e sociais, entre outros.

Com essa expecta�va, a AEAARP deverá con�nuar a oferecer aos associados, como

tem feito até hoje, oportunidades de atualização e aperfeiçoamento tecnológicos através

dos eventos que promove.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Page 4: Painel - edição 239 - fev.2015

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05Dois anos de união e convivência

PESQUISA 13Cimento feito de fruto similar ao abacaxi

ÁGUA 14Ferramenta para localizar vazamentos

INDICADOR VERDE 15

TECNOLOGIA 16As tecnologias que prometem mudar o mundo

MEIO AMBIENTE 20Resíduos de esgoto

TECNOLOGIA 22Elevador sem cabos

PALESTRA TÉCNICA 24Perícia judicial

CREA-SP 25A ART de cargo e função Resolução 1025/2009

NOTAS E CURSOS 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

Page 5: Painel - edição 239 - fev.2015

5

AEAARP

ESPECIAL

A atual diretoria da AEAARP encerra o mandato

com uma grande obra e muitas realizações

Dois anos de

união e convivência

O engenheiro civil João Paulo Figueire-

do e a diretoria liderada por ele progra-

maram, projetaram, aprovaram, apro-

visionaram recursos e iniciaram uma

grande obra que vai transformar a sede

da AEAARP nos próximos meses. Ao final,

serão mais de 700 metros quadrados de

área construída.

Além da fachada, que receberá fecha-

mento em pele de vidro, a intervenção

vai melhorar a acessibilidade ao prédio

com a implantação de rampas e fará sur-

gir um moderno e sofisvcado espaço de

eventos, com a ampliação do salão de

festas, que receberá um espaço acúsvco

e completa infraestrutura de serviços.

O projeto arquitetônico é de Carlos Al-

berto Gabarra e o responsável técnico é

o engenheiro civil José Aníbal Laguna. A

execução está a cargo da construtora Ta-

vares e Canini. João Paulo informa que es-

tão previstos projetos de captação e reu-

so de água da chuva e infraestrutura para

a implantação de painéis fotovoltaicos.

Page 6: Painel - edição 239 - fev.2015

6

Revista Painel

José Galdino Júnior, conselheiro da AEAARP, palestrou em universidades e

eventos públicos na condição de representante da envdade. Dentre outros

temas, falou sobre “Responsabilidade técnica nas construções de interesse

social” na palestra que ministrou na 5ª Conferência Municipal da Habitação, e em

todas as oportunidades ressaltou a importância da parvcipação na envdade de

classe. Na conferência, a AEAARP foi representada pelo engenheiro José Aníbal

Laguna e pelos arquitetos e urbanistas Antônio Lanchov e Ercília Pamplona.

ESPECIAL

Nos úlvmos dois anos foram feitas

adequações exigidas pelo Corpo de

Bombeiros, como a mudança nos corri-

mãos e aplicação de vnta anvchamas.

Além disso, toda a sede foi pintada, in-

terna e externamente, e a iluminação

interna foi reformada. Também foram

instaladas portas anv-pânico, uma cai-

xa d’água de 20 mil litros (enterrada) e

sistema de segurança com câmeras de

vigilância internas e externas.

Conhecimento

Nos úlvmos dois anos houve grande

invesvmento em conhecimento, pro-

porcionado aos associados por meio de

palestras e semanas técnicas, que, jun-

tas, reuniram cerca de 4 mil pessoas na

AEAARP e somaram mais de 40 palestras.

“No primeiro ano da gestão, concen-

tramos as semanas técnicas no segundo

semestre. Desta forma, pudemos pro-

mover algumas adequações no prédio,

necessárias para atender às normas do

Corpo de Bombeiros”, explica João Pau-

lo. Naquele ano foi realizada a palestra

que tratou das normas de segurança

para eventos com grande concentração

de público. “Todos estávamos sob o im-

pacto da tragédia de Santa Maria (RS,

um incêndio ocorrido em uma boate

em janeiro de 2013) que, para além das

Samanta Pineda falou na AEAARP sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR)

perdas humanas irreparáveis, demons-

trou para os profissionais da área o

quanto nossa atuação deve ser respon-

“Todo lugar que tem complicação, tem oportunidade”,disse o engenheiro naval Ricardo Salomão

sável e compromevda com a qualidade

e segurança”, avalia.

No ano seguinte, além das semanas

técnicas, que aconteceram desde os

primeiros meses até dezembro, a As-

sociação promoveu palestras sobre te-

mas de interesse de todas as profissões

representadas. A advogada Samanta

Page 7: Painel - edição 239 - fev.2015

7

AEAARP

Palestra de Benedito Abbud, na AEAARP

Pineda, consultora da Frente Parlamen-

tar da Agropecuária (FPA) da Câmara

dos Deputados, falou sobre a adesão ao

Cadastro Ambiental Rural (CAR), um ins-

trumento criado pelo governo federal e

que é obrigatório para todos os proprie-

tários rurais. A AEAARP também sediou

a Caravana Embrapa de Alerta para

Ameaças Fitossanitárias, que expôs as

formas de manejo da helicoverpa, a

lagarta que representa grande ameaça

para a lavoura em todo o país.

Foram também promovidas palestras

sobre técnicas de rotação de cultura em

canaviais, norma de desempenho da

ABNT e projetos paisagís�cos que muda

o cenário e a ro�na das cidades, esta

úl�ma ministrada pelo arquiteto Bene-

dito Abbud, responsável por projetos da

Vila Olímpica do Rio de Janeiro-RJ e de

alguns estádios de futebol construídos

para a Copa do Mundo 2014.

“Também buscamos diversificar e

oferecemos palestras que tratavam de

oportunidades de negócios e de ad-

ministração de carreiras”, conta João

Paulo. Uma delas foi a do engenheiro

Ricardo Salomão, que falou sobre as

oportunidades no mercado de óleo,

gás, biocombus�veis e energia, e da

antropóloga Danielle Moro, consultora

de desenvolvimento organizacional que

palestrou, na Semana de Arquitetura,

sobre a organização dos escritórios.

Arquitetos de importantes escritórios

do país também palestraram na AEAARP

nesses dois anos, como Antônio Carlos

Sant’anna Júnior, Yuri Vital, Alberto Box

e Angelo Bucci. Na úl�ma semana técni-

ca de 2014, a de Tecnologia da Constru-

ção, o engenheiro civil Catão Francisco

Ribeiro falou sobre os desafios de calcu-

lar a ponte estaiada Otávio Frias de Oli-

veira, em São Paulo-SP, e a ponte do Rio

Negro (no Amazonas), construções cuja

Tomaram posse no CREA-SP os novos conselheiros Hirilandes

Alves e Giulio Roberto Azevedo Prado, tendo como suplentes

Luis Antônio Baga�n e Fernando Antônio Cauchick Carlucci.

complexidade as tornam verdadeiras

obras de arte da engenharia.

“Oferecemos ao associado, profissio-

nais e estudantes do setor, conteúdos

diferenciados, que demonstram o quan-

to podemos chegar longe, com dedica-

ção, responsabilidade, planejamento e

conhecimento”, explica João Paulo.

Os par�cipantes, todos de áreas da

engenharia, arquitetura e agronomia,

doaram cerca de 8 toneladas de

alimentos, que foram entregues a

en�dades de assistência a crianças e

idosos do município.

Engenheiro Catão Francisco Ribeiro

Page 8: Painel - edição 239 - fev.2015

8

Revista Painel

ESPECIAL

A Associação também invesvu em

uma agenda de visitas técnicas que pro-

porcionou o conhecimento de proces-

sos e tecnologias, como a que foi feita

ao projeto desenvolvido pela Neomix

Concreto, que apresentou o primeiro

piso em concreto protendido do interior

paulista.

Outra visita foi feita a uma fábrica de

poliesvreno expandido, popularmen-

te conhecido como isopor (que é uma

marca registrada), instalada nos arredo-

res de Ribeirão Preto, pelos engenheiros

Giulio Roberto Azevedo Prado e Wilson

Luiz Laguna, que conheceram as aplica-

ções na construção civil. Na Reciclax, os

associados e diretores foram recebidos

pelo engenheiro civil Nilson Baroni, que

mostrou o processo de recepção e des-

vnação dos resíduos sólidos e da cons-

trução civil.

A recepção e destinação dos resíduos sólidos e da construção civil, feito pela Reciclax, foi conhecido de perto por

uma comitiva da AEAARP liderada pelo engenheiro João Paulo Figueiredo

AEAARP organizou visita técnica na obra do piso em concreto protendido

Um novo contrato da

AEAARP com a UNIMED criou

um plano para jovens que

oferece condições especiais e

diferenciadas para associados

que tenham até 40 anos de

idade. Neste mesmo ano

de 2015, foram promovidas

adequações administravvas

que reduziram o valor das

mensalidades de todos os

conveniados.

A 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, realizada

em Terezina-PI, teve a parvcipação dos engenheiros Hirilandes

Alves, Giulio Roberto Azevedo Prado, Tapyr Sandroni Jorge e José

Galdino Barbosa Júnior.

Page 9: Painel - edição 239 - fev.2015

9

AEAARP

Os engenheiros Wilson Luiz Laguna

e Giulio Roberto Azevedo Prado

conheceram o processo de fabricação de

EPS, guiados pelo também engenheiro

Luiz Santana Filho

Uma visita a uma lavoura inusitada

chamou bastante a atenção em 2014:

os engenheiros agrônomos Dilson Cá-

ceres, Geraldo Geraldi Júnior e Gilberto

Marques Soares foram a uma plantação

de oliveiras, em Cássia dos Coqueiros-

-SP, conheceram o método de manu-

tenção de uma lavoura com essas ca-

racterís�cas na região de Ribeirão, e

comprovaram que nem toda terra tem

cana-de-açúcar

Geraldo Geraldi Júnior, Gilberto Marques Soares e Antônio Carlos Giovanini

O engenheiro Helcio Elias Filho,

a arquiteta Maria Cecília Baldochi

Medeiros e o agrônomo Denizart

Bolonhezi foram os homenagea-

dos de 2013. Em 2014, o prêmio

Profissionais do Ano Ano AEAARP

foi entregue para o engenheiro

João Theodoro Feres Sobrinho, o

arquiteto Joel Aparecido Pereira

e o agrônomo José Roberto Scar-

pellini.

Page 10: Painel - edição 239 - fev.2015

10

Revista Painel

ESPECIAL

Credibilidade

A AEAARP foi representada em even-

tos públicos de grande importância

em Ribeirão Preto, como a abertura

da Agrishow, as obras do Trevão, que

contaram com a presença do governa-

dor Geraldo Alckimin, e a entrega do

prêmio Deusa Ceres, da Associação de

Engenheiros Agrônomos do Estado de

São Paulo. Na Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB), João Paulo debateu ques-

tões de acessibilidade e, dentre outros,

a AEAARP também apoiou importantes

ações sociais, como a campanha Bom-

beiro Sangue Bom.

Dilson Cáceres, Geraldo Geraldi Júnior, João Paulo Figueiredo e Gilberto Marques Soares

O Coral Som Geométrino, sob a regência

da maestrina e engenheira Regina Foresv,

comemorou 20 anos de existência.

João Paulo Figueiredo entregou medalha na prova 100 Milhas dos Bombeiros

Page 11: Painel - edição 239 - fev.2015

11

AEAARP

A AEAARP funda, com outras 21 en�dades, o Fórum

de En�dades de Ribeirão Preto (FERP), que tem o ob-

je�vo de provocar debates qualificados sobre ques-

tões que influenciam na qualidade de vida da popula-

ção e nas a�vidades econômicas, realizando estudos

e pesquisas, subsidiando propostas e planos para os

poderes execu�vo e legisla�vo do município.

Reunião do FERP: entidades devem apresentar temas a serem debatidos

João Paulo observa que a par�cipação

a�va da en�dade nos conselhos munici-

pais, nos quais se faz representar, cola-

bora com a qualidade do debate técni-

co. É assim que o engenheiro civil José

Aníbal Laguna atua no Conselho Muni-

cipal de Urbanismo (COMUR), onde li-

dera várias discussões, dentre elas a da

construção de um terminal de ônibus

em frente à Catedral Metropolitana. Em

nome da AEAARP, José Aníbal, o enge-

nheiro Can�dio Maganini e o arquiteto

e urbanista Jorge de Azevedo Pires assi-

naram o documento enviado à Comis-

são de Estudos da Câmara Municipal de

Ribeirão Preto apontando questões téc-

nicas que inviabilizam a obra e podem

vir a interferir no patrimônio histórico.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) convidou a AEAARP para o debate sobre acessibilidade, do qual participou o engenheiro civil João Paulo Figueiredo, presidente da entidade

A festa junina da AEAARP reuniu

os associados e seus familiares na

sede da en�dade, resgatando uma

tradição e promovendo a amizade,

e também foram realizados Happy

Hours que reuniram dezenas de

associados na sede, com o obje�vo

de congregar os profissionais.

Page 12: Painel - edição 239 - fev.2015

12

Revista Painel

Insvtucional

A AEAARP aprofundou a relação ins-

vtucional com os conselhos de classe

– CAU, CREA e CONFEA – e envdades –

FAEASP e UNACEN – fazendo-se repre-

sentar em plenárias e abrindo espaços

em eventos para a exposição de infor-

mações relevantes para os profissionais.

A mobilização dos profissionais,

em eventos técnicos e insvtucionais,

possibilitou resultados para importantes

reuniões, como o Congresso Regional

de Profissionais, realizado pelo CREA-SP

em Ribeirão Preto, que, dentre todos os

eventos realizados no estado em 2013,

recebeu o maior número de propostas.

Todas foram encaminhadas ao VIII

Congresso Estadual de Profissionais.

O presidente do CREA-SP, Francisco Kurimori, reuniu-se com

a diretoria e o conselho da AEAARP na sede da entidade

Além da grande obra que está em

andamento, foram organizados impor-

tantes espaços na sede nos úlvmos dois

anos, como a Sala do Associado, que

permite a engenheiros, arquitetos e

agrônomos fazerem reuniões e encon-

tros de negócios. O uso é gratuito e o

local é totalmente equipado com ferra-

mentas de áudio visual, o que tem pos-

sibilitado qualidade no atendimento de

clientes de dezenas de profissionais.

Mais de mil pessoas parvciparam do bazar da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (APAE), que foi realizado em parceria com a

AEAARP no salão de eventos. A envdade apoia também um grupo de

discussões sobre a esclerose múlvpla e outras doenças neurológicas.

Wilson Luiz Laguna, José Aníbal Laguna, governador Geraldo Alkimin, João Paulo Figueiredo e

o deputado Antônio Duarte Nogueira Júnior durante a cerimônia de início das obras do Trevão

A homenagem que o CREA-SP prestou ao ex-governador

Laudo Natel, em São Paulo, teve os engenheiros

Hirilandes Alves e Giulio Roberto Azevedo Prado

Page 13: Painel - edição 239 - fev.2015

13

AEAARP

Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo

de acesso

PCH

Galeria Celular

Blocos

Sede da Sanen Ribeirão Preto - SP

Pisos Intertravados

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

Sede da Sanen - Saubáudia - PRRodovia Castelo Branco

LEÃO ENGENHARIA.Modernizando para continuar

oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.

Trevão Via Anhanguera

Concreto

Tubo Circular

PESQUISA

Alunos do curso de Engenharia Quí-

mica da Universidade Federal do Ama-

zonas (Ufam) desenvolveram cimento

a par�r das fibras de curauá que tem

como obje�vo aproveitar os recursos

naturais da Amazônia e diminuir os im-

pactos ambientais resultantes dos pro-

cessos industriais. Os estudantes Hellen

Alexandre, Juliana Souza Pereira, Mar-

cielly Souza de Matos e Yuri Silva Sar-

mento assinam o projeto.

Cimento

Alunos de Engenharia Química da Ufam criaram

um Spo de cimento a parSr das fibras de curauá

Segundo o professor do Departa-

mento de Engenharia Química da Ufam,

Johnson Pontes de Moura, o estudo

evidencia as propriedades e o uso das

fibras de curauá, que é uma planta na�-

va originária da Amazônia e que carrega

em sua folha uma fibra têx�l de nature-

za ligno-celulósica.

“Trata-se de uma bromeliácea, do

�po ananás. O fruto é semelhante, em

aspecto e sabor, ao do abacaxi, sendo

feito de fruto similar

ao abacaxi

mais fibroso, o que o torna impróprio

para o consumo humano, além de apre-

sentar menores dimensões”, explicou. A

fibra apresenta várias mutações natu-

rais. Hoje, são conhecidas cerca de 57

espécies e 300 variedades. Essa planta

é resistente ao clima seco, é cul�vada

em regiões tropicais e subtropicais e seu

plan�o é comum no Nordeste brasileiro.

Fonte: ufam.edu.br

Page 14: Painel - edição 239 - fev.2015

14

Revista Painel

1414141414141414141414

RevRevRevRevRevRevististististististista Pa Pa Pa Pa Pa PPPainainainainainainainelelelelelelel

vazamentosFerramenta para localizarFerramenta para localizar

Pesquisa da USP desenvolve sistema que

confere eficiência ao sistema

ÁGUA

Escola de Engenharia de São Car-Na Escola de Engenharia de São Car-

SC) da USP, pesquisa do enge-los (EESC) da USP, pesquisa do enge-

Narumi Abe propõe uma ferra-nheiro Narumi Abe propõe uma ferra-

de calibração dos modelos dementa de calibração dos modelos de

mas de abastecimento de águasistemas de abastecimento de água

eficiente que os métodos atuais.mais efi ciente que os métodos atuais.

todo híbrido aproxima os valoresO método híbrido aproxima os valores

essões e vazões simuladas comdas pressões e vazões simuladas com

ais ao combinar redes neurais ar-as reais ao combinar redes neurais ar-

com algorívmos genévcos. Ov fi ciais com algorív mos genév cos. O

ma permivu reduzir o tempo desistema permiv u reduzir o tempo de

ação em um setor de fornecimen-calibração em um setor de fornecimen-

Araraquara-SP, de 12 horas parato em Araraquara-SP, de 12 horas para

minutos. A comparação das pressões26 minutos. A comparação das pressões

tas pelo modelo com os dados doprevistas pelo modelo com os dados do

oramento da rede permite locali-monitoramento da rede permite locali-

resolver vazamentos, reduzindo ozar e resolver vazamentos, reduzindo o

dício de água.desperdício de água.

Brasil, o custo da água ainda é“No Brasil, o custo da água ainda é

baixo, fazendo com que existamuito baixo, fazendo com que exista

interesse das companhias depouco interesse das companhias de

saneamento na resolução do problemasaneamento na resolução do problema

zamentos e no tratamento dasdos vazamentos e no tratamento das

residuárias, mas o cenário tendeáguas residuárias, mas o cenário tende

modificar com a atual crise hídri-a se modifi car com a atual crise hídri-

pondera o engenheiro. O trabalhoca”, pondera o engenheiro. O trabalho

orientado pela professora Luisa Fer-foi orientado pela professora Luisa Fer-

Ribeiro Reis, do Departamentonanda Ribeiro Reis, do Departamento

enharia Hidráulica e Saneamen-de Engenharia Hidráulica e Saneamen-

EESC, e teve o auxílio do Depar-to da EESC, e teve o auxílio do Depar-

to Autônomo de Água e Esgotostamento Autônomo de Água e Esgotos

(DAAE) de Araraquara.

De acordo com Abe, os modelos de

sistemas de abastecimento de água

são análogos a sistemas de previsão do

tempo, sendo possível prever as pres-

sões nas tubulações, planejar estraté-

gias de bombeamento para atender

ao consumo de água nos horários de

ponta, calcular o gasto de energia e ou-

tros parâmetros elétricos e esvmar va-

zamentos. “Tais modelos somente são

úteis se suas simulações produzirem re-

sultados realísvcos. A calibração ajusta

os modelos matemávcos para que isso

ocorra ao ovmizar suas diversas variá-

veis internas”, afirma. “O monitoramen-

to remoto da rede em tempo real é fun-

damental para fornecer informações ao

modelo, como níveis dos reservatórios,

vazões e pressões em alguns pontos de

interesse”.

O método de calibração proposto na

pesquisa uvliza técnicas de redes neu-

rais arvficiais, que imitam simplificada-

mente o modo como o cérebro realiza

o aprendizado, combinadas com algo-

ritmos genévcos. “Esses algoritmos

visam procurar as melhores soluções,

baseados na teoria da evolução, eli-

minando as piores e preservando as

melhores para as gerações seguintes,

Page 15: Painel - edição 239 - fev.2015

15

AEAARP

sendo combinadas e ‘selecionadas’ no-

vamente até que a melhor solução seja

encontrada”, explica. “A combinação

não é inédita. A novidade é a u�lização

de técnicas esta�s�cas que auxiliaram

a busca do algoritmo gené�co, evi-

tando as piores soluções, conhecidas

como hipercubo la�no”.

Calibração constanteO método híbrido foi testado em qua-

tro setores de fornecimento (bairros)

no município de Araraquara e apresen-

tou resultados idên�cos ou melhores

aos métodos já consagrados na lite-

ratura cien�fica, mas com diminuição

significa�va no tempo de processamen-

to. “Por exemplo, a calibração no setor

Iguatemi Zona Alta, que antes era feita

em mais de 12 horas, foi finalizada em

26 minutos”, diz. “Em outro setor me-

nor, o novo método proposto calibrou a

rede em 2 minutos e 12 segundos, en-

quanto o método tradicional consumia

2 horas e 37 minutos, no mesmo com-

putador”.

A velocidade no resultado possibilita

que os modelos sejam calibrados cons-

tantemente com as novas informações

ob�das por intermédio do monitora-

mento em tempo real, fazendo com que

as simulações apresentem resultados

muito superiores aos modelos calibra-

dos de forma esporádica. “Os métodos

de calibração tradicionais u�lizam, em

geral, algoritmos gené�cos ou alguma

outra técnica de busca computacional,

como busca harmônica, ou mesmo al-

gum método híbrido já existente”, res-

salta. “A inclusão do hipercubo la�no na

calibração híbrida permi�u que calibra-

ções que antes duravam horas ou dias

fossem concluídas em poucos minutos”.

A resolução de equações hidráulicas

por meio do método, além de fornecer

a es�ma�va da quan�dade de vazamen-

tos, pode auxiliar em sua localização,

por meio da análise da diferença entre

as pressões monitoradas e as pressões

previstas pelo modelo, agilizando a

correção dos vazamentos. “Além disso,

a quan�dade de vazamentos possui

relação direta com as pressões nas tu-

bulações. Com as simulações, o sistema

pode exibir os pontos com altas pres-

sões que necessitam de controle”, ob-

serva. “De posse destas informações, os

tomadores de decisão da companhia de

saneamento podem, por exemplo, ins-

talar válvulas reguladoras de pressões

nestes pontos”.

Segundo o engenheiro, a economia de

água gerada pelo sistema depende mui-

to do setor a ser modelado. Dados do

Sistema Nacional de informações Sobre

Saneamento (SNIS), da Secretaria Nacio-

nal de Saneamento Ambiental, indicam

que as perdas de água por vazamentos

variam entre 30% a 70%. “Estudos in-

dicam que o controle da pressão nos

sistemas de abastecimento é essencial,

pois além de evitar um maior volume de

vazamentos, também evita o número de

rompimentos nas tubulações”, aponta.

“Cabe ressaltar que a água e energia são

relacionados. A redução dos vazamen-

tos implica em economia na energia

devido a diminuição do bombeamento

para adução da água”.

Fonte: Agência USP

18%

Foi o percentual de queda do

desmatamento entre agosto

de 2013 e julho de 2014. Nesse

período foram desmatados

4.848 km² do bioma. No período

a nte r i o r o d e s m ata m e nto

aconteceu em 5.894 km². Esses

dados foram apresentados pelo

Ministério do Meio Ambiente

(MMA) no “Encontro sobre

Florestas, Mudanças Climá�cas e

Desenvolvimento”, que aconteceu

em Londres (Inglaterra). O

encontro fez um balanço dos

progressos nas ações de proteção

e restauração das florestas no

mundo, além de avançar nas

parcerias entre todos os setores.

O Brasil destaca-se pela liderança

no tema, assim como outras

nações que possuem diversidade

em florestas. Comparada à série

histórica, feita a par�r de 1988,

os números representam uma

queda de 83% no desmatamento

e a retomada de uma tendência

de redução.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

INDICADORVERDE

Page 16: Painel - edição 239 - fev.2015

16

Revista Painel

mudar o mundoAs tecnologias que prometem

A revolução tecnológica não para, e a capacidade do homem criar

soluções é infinita. Veja a lista publicada pelo InsStuto de Engenharia

que mostra as tecnologias de maior potencial no mundo

Muitas listas que promevam grandes

revoluções tecnológicas surgiram nos

úlvmos anos, especialmente quando a

velocidade das criações foi acelerada.

Os jornalistas da rede BBC, entretan-

to, classificam como “pífio” o índice de

acertos. O Fórum Econômico Mundial,

uma reunião anual de líderes mundiais,

gosta desse exercício, e reúne todos os

anos 18 especialistas para responder a

esta questão.

A seguir, reproduzimos o exercício

de futurologia feito neste ano de 2015.

TECNOLOGIA

Nesta lista estariam as “dez inovações

que podem mudar nossas vidas, trans-

formar indústrias e proteger o planeta”.

Carros a hidrogênioO Fórum reconhece que estes veículos

são uma promessa de longa data, mas

diz que “só agora a tecnologia parece ter

chegado ao ponto no qual montadoras

planejam incorporá-la em lançamentos

para consumidores”. Carros a hidrogê-

nio têm algumas vantagens em relação

aos atuais modelos, movidos a gasolina,

álcool, diesel ou eletricidade. As células

de combusuvel geram eletricidade di-

retamente, usando combusuveis como

hidrogênio ou gás natural. Esta energia

fica armazenada nas baterias. Isso per-

mite que eles percorram grandes distân-

cias, como veículos movidos a combusu-

vel - o que não ocorre com os modelos

elétricos, que ainda têm autonomia li-

mitada. Carros movidos a hidrogênio ge-

ram menos impacto ao meio ambiente.

A recarga de uma célula de gás de hidro-

gênio comprimido leva apenas cerca de

Page 17: Painel - edição 239 - fev.2015

três minutos. O uso de hidrogênio como

combusuvel não gera monóxido de car-

bono, como ocorre com carros comuns,

mas vapor d’água, o que ajuda a reduzir

a poluição no ar.

Robóvca“Sensores melhores e mais baratos

permitem que robôs sejam capazes de

compreender e responder ao ambiente

em torno dele. Seus ‘corpos’ estão se

tornando mais adaptáveis e flexíveis”,

afirma o Fórum. “E eles estão mais co-

nectados, beneficiando-se da computa-

ção em nuvem para acessar e processar

informações remotamente, em vez de

terem que ser inteiramente programa-

dos para realizar uma tarefa autono-

mamente.” Com isso, os robôs estão

assumindo uma variedade de tarefas,

como um controle preciso de pragas em

plantações e sua colheita ou cuidando

de idosos e pacientes, inclusive na sua

reabilitação psica. Além disso, robôs

menores e mais habilidosos estão não

apenas realizando tarefas repevvvas

em fábricas no lugar das pessoas, mas

também colaborando com humanos em

vez de subsvtuí-los.

Plásvco termorrígidoreciclável

Ao contrário dos termoplásvcos, que

podem ser aquecidos e reaquecidos

para adquirirem diferentes formas e se-

rem reciclados, os plásvcos termorrígi-

dos só podem passar por este processo

uma única vez. Isto confere durabilidade

a este vpo de plásvco, tornando-o uma

parte importante do mundo atual, com

seu uso em celulares, computadores e

aeronaves, mas também faz com que

seja impossível reciclá-los. Em 2014, po-

rém, houve avanços significavvos nesta

área, com a descoberta de uma nova ca-

tegoria reciclável de plásvcos termorrí-

gidos, com o uso de ácido para quebrar

a cadeia de polímeros que os forma e os

reuvlizar na fabricação de novos produ-

tos, mantendo suas caracterísvcas mais

úteis, como a rigidez e a durabilidade.

“Apesar de nenhum processo de re-

ciclagem ser 100% eficiente, esta ino-

vação - se for empregada amplamente

- pode gerar uma grande redução no

lixo descartado”, destaca o Fórum. “Es-

peramos que este novo vpo de plásvco

termorrígido subsvtua o anvgo em cin-

co anos e se torne onipresente em bens

fabricados por volta de 2025.”

Engenharia genévcaagrícola

A engenharia genévca gera uma gran-

de polêmica, mas o Fórum defende que

“novas técnicas permitem ‘editar’ o có-

digo genévco de plantas para torná-las

mais nutrivvas ou resistentes às mu-

danças climávcas”. Atualmente, a enge-

nharia genévca de culvvos agrícolas de-

pende de bactérias para transferir uma

parte de DNA para outro genoma, algo

que já foi comprovado ser tão arriscado

(ou seguro, de acordo com o ponto de

vista) quanto realizar esta transferência

por cruzamento de espécies.

“No entanto, técnicas mais precisas

de edição genévca foram desenvolvidas

nos úlvmos anos”, afirma o Fórum. Elas

conferem às plantas maior resistência a

pragas e insetos, reduzindo a necessida-

de de uso de pesvcidas, e aumentam a

sustentabilidade de culvvos ao reduzir

a necessidade de água e fervlizantes.

“Muitas destas inovações serão parvcu-

larmente benéficas para agricultores de Contamos com suacolaboração!

Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP

(Associação deEngenharia, Arquitetura

e Agronomia deRibeirão Preto)

Agora você escreve o nome

da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP

diretamente para a sua entidade

Page 18: Painel - edição 239 - fev.2015

18

Revista Painel

pequeno porte de países em desenvol-

vimento. Assim, a engenharia gené�ca

pode se tornar menos controversa, à

medida que seu beneycio seja reconhe-

cido para aumentar a renda e melhorar

a dieta de milhões de pessoas.”

Manufatura adi�va(impressão 3D)

Hoje, a fabricação de produtos come-

ça por um grande pedaço de determi-

nado material, como madeira, metal ou

rocha, e passa pela remoção de cama-

das até a�ngir a forma desejada. Por sua

vez, a manufatura adi�va - também co-

nhecida como impressão 3D - parte do

zero e aplica camadas do material até

a�ngir a forma final, usando um modelo

digital como guia. “Produtos fabricados

assim podem ser altamente personaliza-

dos para cada usuário, ao contrário de

produtos feitos com processos de fabri-

cação em massa”, esclarece o Fórum.

Além disso, usando células humanas

como material básico, esta técnica per-

mite criar tecidos orgânicos que podem

ser usados no teste de segurança de me-

dicamentos, além de transplantes.

“Um próximo estágio importante da

manufatura adi�va seria fabricar desta

forma componentes eletrônicos, como

placas de circuitos”, destaca o Fórum.

“Esta ainda é uma tecnologia nascente,

mas deve se expandir rapidamente na

próxima década com oportunidades e

inovações que a aproximarão do merca-

do de massa.”

Inteligência ar�ficialHoje, esta tecnologia faz com que uma

máquina reconheça um ambiente a sua

volta e reaja a ele. “Mas estamos dando

um passo à frente com máquinas capa-

zes de aprender autonomamente ao as-

similar grandes volumes de informação”,

diz o Fórum. “Assim como os novos ro-

bôs, esta inteligência ar�ficial nascente

levará a um aumento significa�vo de

produ�vidade. Máquinas com acesso rá-

pido a uma imensa fonte de dados pode-

rão responder a situações sem cometer

erros com base em emoções, como no

caso de diagnós�co de doenças.”

O Fórum reconhece que esta tecno-

logia tem riscos atrelados a ela, como

máquinas superinteligentes que um dia

poderiam suplantar a humanidade. “Es-

pecialistas levam este receio cada vez

mais a sério, mas, por outro lado, isso

pode tornar ainda mais evidente a im-

portância de atributos essencialmente

humanos, como cria�vidade e relações

interpessoais.”

Manufatura descentralizadaEste �po de fabricação de produtos

muda completamente a noção que te-

mos hoje da manufatura. Em vez de

reunir todo o material necessário para

fazer um produto em um único - e

enorme - local e depois distribuí-lo ao

público, a manufatura descentraliza-

da distribui a fabricação de diferentes

partes do produto por diversos locais.

E o produto final acaba sendo monta-

do muito próximo de onde consumidor

está. “Na prá�ca, isso subs�tui a cadeia

de fornecedores de materiais pela in-

formação digital. Em vez de fazer uma

cadeira em uma fábrica central, fábricas

menores e locais recebem instruções de

como fazer suas peças, que podem ser

montadas pelo próprio consumidor ou

em oficinas”, esclarece o Fórum.

“Isso permite usar recursos de forma

mais eficiente, com menos desperdício,

diminuindo o impacto ambiental. Tam-

bém reduz a barreira de entrada para

novas empresas num mercado ao di-

minuir a quan�dade de dinheiro neces-

sário para criar um protó�po e fabricar

produtos.” O fórum defende que esta

nova técnica de fabricação mudará o

mercado de trabalho e a economia da

manufatura, mas também apresenta

riscos, por ser mais diycil de regular.

“Nem tudo poderá ser feito desta for-

ma. Cadeias de produção ainda serão

necessárias para bens de consumo mais

importantes e complexos.”

Drones inteligentesDrones são usados amplamente nos

dias de hoje, na agricultura, no cinema

e em outras aplicações que requerem

uma vigilância aérea ampla e barata.

“Mas, até agora, eles têm pilotos huma-

nos, que os controlam a par�r do solo”,

explica o fórum. “O próximo passo é

desenvolver máquinas que voam por

conta própria, o que permite uma sé-

rie de novos usos.” Para isso, os drones

precisam ser capazes de usar sensores

para reagir ao ambiente a sua volta,

mudando sua trajetória e altura de voo

para evitar colisões com outros objetos

em seu caminho.

Isso permi�rá que estes robôs assu-

mam tarefas perigosas para humanos,

como manutenção de redes elétricas.

Ou realizar entregas de medicamentos

urgentes mais rapidamente. Na agricul-

tura, poderiam auxiliar no uso mais pre-

ciso de fer�lizantes e água ao analisar

plantações desde o ar.

“Com esta tecnologia, os drones po-

derão voar de forma mais próxima a hu-

manos e em cidades”, destaca o fórum.

“Mas, para serem amplamente usados,

TECNOLOGIA

Page 19: Painel - edição 239 - fev.2015

19

AEAARP

eles terão que se provarem capazes de

voar em meio às mais dipceis situações,

como em tempestades de areia e nevas-

cas. Quando isso ocorrer, eles nos tor-

narão imensamente mais produvvos.”

Tecnologia neuromórficaCienvstas trabalham na criação de

chips neuromórficos, que simulam a

arquitetura cerebral e aumentam ex-

ponencialmente a capacidade de um

computador processar informações e

reagir. “Uma limitação da transferência

de dados entre uma memória e um pro-

cessador central é que isso usa grandes

quanvdades de energia e gera muito ca-

lor”, afirma o Fórum. “Chips neuromór-

ficos são mais eficientes neste aspecto

e mais poderosos, funcionando como

uma rede de neurônios.”

O Fórum acredita que esta tecnologia,

em estágio de protóvpo em empresas

como a IBM, é a próxima etapa da com-

putação de ponta e permivrá um proces-

samento de dados mais ágil e potente,

abrindo caminho para máquinas apren-

derem por conta própria. “Computado-

res serão capazes de antecipar e apren-

der, em vez de apenas reagir de acordo

com a forma como foram programados.”

Genoma digitalO primeiro sequenciamento do geno-

ma humano levou muitos anos e con-

sumiu bilhões de dólares, mas hoje isso

pode ser feito em minutos por algumas

centenas de dólares. “Essa habilidade

de desvendar nossa genévca individu-

al promete levar a uma revolução, com

serviços de saúde mais personalizados e

efevvos”, defende o fórum.

Isso porque muitos dos males que en-

frentamos derivam de um componen-

te genévco. Com esta digitalização do

DNA, um médico poderia, por exemplo,

tratar um câncer de acordo com a com-

posição genévca do tumor. O Fórum

ressalta, no entanto, que, assim como

toda informação pessoal, será necessá-

rio proteger o genoma de uma pessoa

por movvos de privacidade.

Fonte: InsStuto de Engenharia

Page 20: Painel - edição 239 - fev.2015

20

Revista Painel

Resíduosde esgoto

Pesquisadores de São Carlos-SP demonstraram a viabilidade

da uSlização da areia resultante do processo de tratamento

em algumas aplicações para a formação do cimento

MEIO AMBIENTE

Resíduos gerados no processo de tra-

tamento do esgoto têm como desvno

final o aterro sanitário. Pelo menos por

enquanto. Pesquisa da Escola de Enge-

nharia de São Carlos (EESC) da USP de-

monstra o potencial de reúso e de apro-

veitamento desses resíduos como fonte

de energia. Durante o trabalho foram

avaliados os aproveitamentos de três

diferentes vpos de resíduos removidos

no tratamento preliminar dos esgotos:

óleos e graxas, rejeitos removidos no

gradeamento e areia. Além da geração

de energia pela queima de rejeitos or-

gânicos e produção de biogás, resíduos

de areia podem ser usados na constru-

ção civil. Os resultados do trabalho são

apresentados na tese de doutorado de

Nayara Bavsta Borges do Programa de

Pós-Graduação em Engenharia Hidráu-

lica e Saneamento do Departamento de

Hidráulica e Saneamento (SHS) da EESC.

A disposição em aterros sanitários

gera um alto custo, que pode compro-

meter até 50% do gasto operacional de

uma Estação de Tratamento de Esgoto

(ETE). Como referência para a pesquisa,

foi escolhida a ETE Monjolinho em São

Carlos-SP, que tem capacidade de aten-

der 258 mil habitantes e possui siste-

ma preliminar desvnado à remoção de

rejeitos pelas etapas de gradeamento

(fino e grosseiro) e desarenador —equi-

pamento que tem a função de realizar

a separação psica, por diferença de gra-

vidade, e ao mesmo tempo decantar os

Page 21: Painel - edição 239 - fev.2015

21

AEAARP

sólidos de maior tamanho. O processo

é semelhante ao u�lizado pela Ambient

em Ribeirão Preto.

Os detritos removidos nas unidades

de gradeamento grosseiro e fino foram

separados e agrupados de acordo com

a �pologia de matéria orgânica sujeita

à decomposição como restos de ali-

mentos, animais, fios de cabelo, galhos

e folhas além de plás�cos, papéis, te-

cidos, pedras e outros. Posteriormen-

te, avaliou-se o potencial energé�co

desses resíduos mediante realização

da análise do poder calorífico, que é

a quan�dade de energia por unidade

de massa (ou de volume, no caso dos

gases) liberada na oxidação de um de-

terminado combus�vel.

No total, após o processo de secagem

em uma estufa do �po agrícola, a quei-

ma dos rejeitos captados nas duas uni-

dades de gradeamento geraram 1.094

KWh de energia, o que corresponde à

economia de R$ 437,70, e considerando

os R$ 18,70 de despesa com o transpor-

te e disposição das cinzas, obteve-se o

lucro de R$ 419,00.

Geração de energiaOs custos referem-se apenas aos gas-

tos operacionais. Os pesquisadores não

analisaram os cálculos de implantação e

manutenção do incinerador. Nayara des-

taca que a geração de energia u�lizando

os restos removidos nos gradeamentos

de apenas uma estação de tratamento

de esgoto não seria rentável, tendo em

vista sua baixa produção e o elevado

custo de implantação de equipamen-

tos para esse fim. Uma possível solução

para viabilizar a queima dos detritos se-

ria enviá-los às centrais de geração de

energia de resíduos sólidos urbanos.

Verificou-se também o elevado po-

tencial de aproveitamento da sobra de

areia, removida dos desarenadores,

como agregado miúdo na incorpora-

ção de argamassas para reves�mento

e preparação de concreto não estrutu-

ral, desde que seja subme�da ao pro-

cedimento de limpeza e secagem. “Ao

aproveitar a areia removida, além de

diminuir danos ambientais por sua dis-

posição inadequada, pode-se reduzir

impactos decorrentes da extração des-

se material em rios a ser des�nado para

a construção civil”, explicou Nayara.

Nessas condições, foi comprovada a

viabilidade técnica e econômica de u�-

lização da areia residual, pois ela apre-

sentou menores custos: um total de R$

3.530,43 em comparação à disposição

em aterro sanitário, que gera o custo de

R$ 4 mil. “Essa diferença pode ser ainda

mais significa�va para ETEs de grande

porte. Portanto, sob o ponto de vista

econômico, é mais vantajoso aproveitar

a areia do que dispô-la em aterros sani-

tários”, afirmou.

Nayara ainda obteve resultados a

par�r da gordura removida dos desa-

renadores. O trabalho demonstrou que

a degradação do material reduz cargas

orgânicas, além de gerar biogás durante

o processo anaeróbio (na ausência de

oxigênio), que pode ser consumido na

própria estação. Avaliou-se também a

potencialidade de produzir biocombus-

�vel, porém os resultados dessa avalia-

ção demonstraram que há dificuldades

técnicas e baixa potencialidade de re-

torno econômico.

A pesquisa resultou em um dos ob-

je�vos previstos da Polí�ca Nacional

de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010),

que visa incen�var o desenvolvimento

de sistemas de gestão ambiental e em-

presarial voltados para a melhoria dos

processos produ�vos e ao reaproveita-

mento dos resíduos sólidos, incluindo a

recuperação e o aproveitamento ener-

gé�co. Também atendeu o ar�go 9 des-

ta lei, que estabelece que todos os re-

síduos sejam reaproveitados e tratados,

e somente os rejeitos desses processos

sejam dispostos em aterros sanitários.

A pesquisa foi orientada pelo professor

José Roberto Campos, da EESC, e teve

a colaboração do professor Javier Maza-

riegos Pablos e dos técnicos do Labora-

tório de Construção Civil do Ins�tuto de

Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP,

em São Carlos.

Fonte: Agência USP

Page 22: Painel - edição 239 - fev.2015

22

Revista Painel

TECNOLOGIA

sem cabosEmpresa alemã criou um projeto de elevador que funciona

com levitação magnéSca, dispensando cabos de aço

Elevador

O projeto da empresa alemã

Thyssenkrupp reduz em até 50% o

espaço ocupado pelos elevadores nos

ediycios. Os equipamentos dispensam

cabos de aço, movimentam-se com

levitação magné�ca e podem se

deslocar tanto no plano ver�cal quanto

horizontal. Para a fabricante, o sistema

poderá representar uma revolução para

a mobilidade urbana e para a indústria

de construção. O uso de elevadores

com cabos foi inventado há 160 anos.

A história da humanidade atribui a

Marcos Vitrúvio Polião, que era enge-

nheiro e arquiteto, a criação do pri-

meiro elevador, em Roma, no século

I a.C. O equipamento dedicava-se ao

transporte vertical de carga por meio

de um sistema de roldanas movidas

por força humana, animal ou água.

O dispositivo de segurança acionado

quando os cabos se rompem surgiu

em 1853 e o primeiro modelo elérico

surgiu em 1880.

LevitaçãoA nova tecnologia foi denominada

Mul� e promete aumentar a capacida-

de e a eficiência de transporte, ao mes-

mo tempo em que reduz a área dos ele-

vadores e as cargas de pico da fonte de

alimentação dos ediycios. A presença

de várias cabines no mesmo poço, que

se movimentam em sen�do ver�cal,

permi�rá que os ediycios adotem dife-

rentes alturas, formatos e finalidades.

O fabricante garante que o design

Page 23: Painel - edição 239 - fev.2015

23

AEAARP

do sistema é capaz de incorporar várias

cabines de elevadores autopropulsadas

no mesmo poço, girando em círculos, o

que aumenta a capacidade de transpor-

te em 50%. O design dos ediycios não

será mais limitado pela altura ou pelo

alinhamento ver�cal dos poços de ele-

vadores. Isso gera possibilidades que

pareciam impossíveis aos arquitetos e

desenvolvedores de ediycios.

“À medida que a natureza das cons-

O Homem Vitruviano e a arquitetura

Marcos Vitrúvio Polião é considerado uma dos primeiros teóricos da

arquitetura. Foi inspirado no conceito descrito por ele que Leonardo

da Vinci compôs o desenho que se tornou célebre e leva o seu nome.

truções de ediycios evolui, é necessá-

rio adaptar os sistemas de elevadores

para melhor atender às necessidades

dos ediycios e o grande volume de pas-

sageiros”, afirmou Andreas Schieren-

beck, diretor geral da ThyssenKrupp. A

empresa publicou na internet um vídeo

que demonstra o funcionamento desta

tecnologia, veja no portal da AEAARP.

Fonte: arquitetura.com.br

Esquema mostra funcionamento do elevador sem cabos

“Homem Vitruviano”, de Leonardo da

Vinci, é possivelmente o desenho mais

conhecido no mundo

Page 24: Painel - edição 239 - fev.2015

24

Revista Painel

Graduada em administração de empre-

sas e contabilidade, a diretora da Associa-

ção Nacional dos Execu�vos de Adminis-

tração, Finanças e Contabilidade Glades

Chuery ministrou palestra na AEAARP so-

bre o tema “Perícia Judicial: da formação

à prá�ca”. O engenheiro civil Luis Antonio

Baga�n, diretor financeiro da AEAARP,

iniciou o encontro explicando que não

precisa ser engenheiro de segurança no

trabalho, por exemplo, para fazer perícia

judicial e que qualquer profissional gra-

duado (seja ele contabilista, engenheiro,

arquiteto etc.) pode prestar esse �po de

serviço, desde que esteja devidamente

habilitado pelo órgão de classe.

Perícia judicial é o mecanismo u�liza-

do pelo juiz para obter os subsídios ne-

cessários para a solução de um li�gio.

Assim, é contratado um profissional –

perito – com conhecimentos técnicos so-

bre a situação li�giosa e que, através de

procedimentos técnicos e cien�ficos, vai

apresentar laudo ou parecer pericial que

será entregue para o juiz. Já o processo

li�gioso é aquilo que está sendo mo�vo

do desacordo entre as partes. “A perícia

é a principal ferramenta para a tomada

de decisão do juiz”, ressalta Glades.

Diagnos�cada a situação li�giosa, o juiz

nomeia o perito que vai elaborar o lau-

do técnico. Com base nesse laudo, assis-

tentes técnicos contratados pelas partes

envolvidas (requerente e requerido) re-

digem parecer técnico concordando ou

não com a perícia. Glades explica que a

profissão do perito é regulamentada pelo

Código de Processo Civil, por meio do ar-

�go 145, e garante que “é um profissional

muito procurado e escasso no mercado”.

O processo judicial, criado em decor-

rência de um li�gio, acontece em diversas

varas: municipais, estaduais e federais.

“Eu atuo na vara federal, onde os proces-

sos são mais rápidos e os pagamentos

dos peritos também”. Glades orienta que

para ter destaque na carreira de perito

é preciso inves�r no networking. “É im-

portante o relacionamento próximo com

juízes da sua área de atuação, par�cipa-

ção em associações, encontros e eventos

técnicos em geral, além de se relacionar

com todas as varas de sua cidade”. Se-

gundo a palestrante, a perícia na área

da engenharia, arquitetura e agronomia

está em grande expansão.

judicialEm palestra na AEAARP, Glades Chuery expôs os conceitos da perícia

judicial, apresentando os requisitos que devem ser atendidos para

que os profissionais da área técnica desempenhem a aSvidade

Perícia

No caso dos engenheiros, o Ins�tu-

to Brasileiro de Avaliações e Perícias

de Engenharia de São Paulo (IBAPE-SP)

ins�tuiu diretrizes básicas, conceitos,

terminologia, critérios e procedimentos

rela�vos às perícias de engenharia, cuja

realização é de responsabilidade exclusi-

va dos profissionais legalmente habilita-

dos pelos Conselhos Regionais de Enge-

nharia, Arquitetura e Agronomia (CREAs),

de acordo com a Lei Federal 5.194/1966

e resoluções do Conselho Federal de En-

genharia e Agronomia (Confea).

Quanto ao valor dos honorários pe-

riciais cobrado pelos engenheiros, o

IBAPE-SP divulgou tabela com valores,

que está disponível no atalho hzp://bit.

ly/1AoVAVd. Porém, na AEAARP existe

uma tabela própria com os honorários

pra�cados em Ribeirão Preto.

Tipos de perícias

▪ A área de perícias em engenharia tem em seu histórico casos de grande

diversidade, como desvio de verbas em obras públicas, avaliações de

imóveis urbanos e rurais, avaliação de máquinas e equipamentos, aci-

dentes aéreos e até mesmo análises em obras de arte.

▪ O arquiteto tem como habilitação pra�camente a mesma do engenhei-

ro civil, sendo comum o arquiteto realizar perícias de danos constru�-

vos, avaliações de imóveis e perícias ambientais.

▪ O agrônomo pode realizar vistorias e diligências com inves�gação de

causas e conclusões técnicas, além de executar o exame local de pro-

blemas agronômicos (agrícolas, florestais e pecuários).

PALESTRA TÉCNICA

Page 25: Painel - edição 239 - fev.2015

25

AEAARP

CREA-SP

A ART de cargo e função

Resolução1025/2009

O desempenho de cargo ou função

técnica, por nomeação ocupação ou

contrato de trabalho, tanto com pes-

soa jurídica de direito público quanto

de direito privado, obriga a Anotação

de Responsabilidade Técnica (ART) no

CREA em cuja jurisdição for exercida a

a�vidade. Quando houver alteração do

cargo, da função ou da circunscrição

onde for exercida a a�vidade, obriga ao

registro de nova ART.

O cargo técnico é a ocupação ins�tu-

ída na estrutura organizacional da pes-

soa jurídica, com denominação própria,

atribuições e responsabilidades espe-

cíficas e remuneração corresponden-

te, para ser provida e exercida por um

�tular com formação profissional. Já a

função técnica é a atribuição ou o con-

junto de atribuições que a pessoa jurí-

dica confere, individualmente, a deter-

minado profissional para a execução de

a�vidades para cujo desenvolvimento

seja necessário conhecimento técnico.

A diferença entre cargo e função é

que o cargo é a posição que uma pes-

soa ocupa dentro de uma estrutura or-

ganizacional e função é o conjunto de

tarefas e responsabilidades que podem

corresponder ou não a um cargo. Não

há cargo sem função, muito embora

haja função sem cargo. O profissional

poderá registrar na mesma ART, simul-

taneamente, as a�vidades técnicas de

desempenho de cargo e de função téc-

nica, de acordo com seu vínculo.

A ART rela�va ao desempenho de car-

go ou função deve ser registrada após

assinatura do contrato ou publicação

do ato administra�vo de nomeação ou

designação, de acordo com as informa-

ções constantes do documento com-

probatório de vínculo do profissional

com a pessoa jurídica contratante.

O registro da ART de cargo ou função

de profissional integrante do quadro

técnico da pessoa jurídica não exime

o registro de ART de execução de obra

ou prestação de serviço – específica ou

múl�pla. O registro da ART de cargo ou

função somente será efe�vado após a

apresentação no CREA da comprovação

do vínculo contratual.

O vínculo entre o profissional e a pes-

soa jurídica pode ser comprovado por

meio de contrato de trabalho anotado

na Carteira de Trabalho e Previdência

Social (CTPS), contrato de prestação

de serviço, livro ou ficha de registro de

empregado, contrato social, ata de as-

sembléia ou ato administra�vo de no-

meação ou designação do qual constem

a indicação do cargo ou função técnica,

o início e a descrição das a�vidades a

serem desenvolvidas pelo profissional.

Compete ao profissional cadastrar

a ART de cargo ou função no sistema

eletrônico e à pessoa jurídica efetuar o

recolhimento do valor rela�vo ao regis-

tro no CREA da circunscrição onde for

exercida a a�vidade.

Fonte: CREA-SP revistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

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26

Revista Painel

NOTAS E CURSOS

A cidade de Portland (EUA) instalou um

sistema que capta energia hidroelétrica

da água que corre pelo sistema hidráulico

da cidade. A água corrente gira pequenas

turbinas colocadas dentro dos encanamen-

tos, produzindo energia que é enviada e

armazenada em um gerador. O presidente

da startup que criou o sistema conta que

pelo fato de o equipamento estar instala-

do dentro dos canos, nenhuma espécie é

ameaçada, o que contribui pra a geração

de energia sem impacto ambiental. As

Cidade gera energia com turbinas instaladas no encanamento

CAU/BR disponibiliza o Guia do RRT, que reúne

orientações sobre as mudanças na emissão do Registro

de Responsabilidade Técnica (RRT), para download

gratuito. Determinadas pela Resolução CAU/BR Nº

91, as mudanças servem para evitar o uso indevido de

formulários de RRT não pagos e sem validade jurídica.

O SICCAU disponibilizará três �pos de formulários: Ras-

cunho, que corresponde a um formulário preenchido

sem numeração e com tarja indica�va que cons�tui

mera minuta para correções; Documento Final, que

contém informações e dados defini�vos sobre a obra

ou serviço a ser executado, com geração de boleto para

recolhimento da taxa em até cinco dias úteis; e o RRT,

que comprovará o pagamento da taxa. O Guia do RRT

está disponível em hzp://migre.me/oY20a.

Fonte: au.pini.com.br

Novas regras para emissão do RRT

O Veduca, plataforma que oferece gratuitamente videoaulas de grandes centros de estudo

do mundo, disponibiliza 51 cursos relacionados à engenharia. Os conteúdos são ministrados

por docentes da Universidade Yale, USP, MIT, Universidade da Califórnia em Berkeley, entre

outras. A maioria dos vídeos conta com legendas em português. Para acessá-los, basta fazer

um cadastro breve na plataforma. Alguns temas oferecidos na plataforma são circuitos ele-

trônicos, métodos matemá�cos para engenheiros e introdução à robó�ca. A lista completa

está disponível no site veduca.com.br.

Fonte: InsStuto de Engenharia

51 cursos online e gratuitos de engenharia

O Salariômetro, ferramenta criada

pela Fundação Ins�tuto de Pesqui-

sas Econômicas (Fipe), aponta que

o Rio de Janeiro é o estado com o

maior salário médio de admissão

de arquitetos de edificações do

Brasil, com valor de R$ 7.220. A

menor média registrada foi a do

Piauí, com R$ 1.566. Disponível para

acesso gratuito no site da Fipe, o

sistema reúne informações sobre as

remunerações médias de todas as

profissões da Classificação Brasileira

de Ocupações (CBO). Atualmente, a

ferramenta considera as contrata-

ções realizadas entre julho e dezem-

bro de 2014, com informações do

Ministério do Trabalho e Emprego. A

ferramenta está disponível no atalho

hzp://migre.me/oY2v5.

Fonte: au.pini.com.br

Ferramenta da Fipe

mostra média salarial

de arquitetos

pequenas turbinas geram apenas a ener-

gia que é u�lizada na usina de tratamento

de água de Portland, barateando o custo

final da água para o consumidor. Apesar

de a energia gerada pelo sistema não ser

suficiente para atender uma cidade inteira,

os canos podem gerar energia para prédios

como escolas e bibliotecas. E, ao contrário

da energia solar ou eólica, o sistema pode

gerar eletricidade em qualquer horário

ou clima.

Fonte: INFO.abril.com.bri

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AEAARP

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