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PALMEIRAS 1. FAMÍLIA: Arecaceae (Palmae) + de 2.600 espécies. TAXONOMIA: 'Super-reino Eukaryota Reino Plantae Divisão Magnoliophyta Classe Liliopsida Ordem Arecales Família Palmae Plantas Monocotiledôneas Vestígios de existência datados há mais de 120 milhões de anos Grande número de espécies nativas e exóticas reunidas em: 240 gêneros 2600 espécies, sendo: 200 espécies nativas em 40 gêneros 2. CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS: Sistema radicular: Raízes cilíndricas, distribuídas subterraneamente e do tipo fasciculada. Podem ocorrer raízes aéreas ou secundarias Caules: chamados de estipe, podendo ser alongados, cilíndricos ou colunares, lisos ou com anéis. Podem ser únicos (gênero Roystonea) ou múltiplos (gênero Dypsis -Arecas) Meristema apical comestível (palmitos)em algumas espécies. O estipe quando adulto, não aumenta em diâmetro. Existem espécies com estipe subterrâneo; podem apresentar revestimentos variados (pelos, espinhos ou fibras). Porte: baixo - menor que 10 m. médio - 10 a 15 m. alto - maior que 15 m Diâmetro do estipe: fino - menor que 12 cm médio - de 12 a 24 cm grosso - maior que 24 cm Folhas: Apresentam três partes: bainha, pecíolo e lamina (ou limbo foliar); Podem ser simples ou compostas; Formato do tipo pinadas, bipinadas, palmadas ou costapalmadas e flabeladas (tipo leque); nas pinadas, as nervuras são paralelinérveas.

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PALMEIRAS

1. FAMÍLIA: Arecaceae (Palmae) + de 2.600 espécies. TAXONOMIA:

'Super-reino Eukaryota

Reino Plantae

Divisão Magnoliophyta

Classe Liliopsida

Ordem Arecales

Família Palmae

Plantas Monocotiledôneas

Vestígios de existência datados há mais de 120 milhões de anos

Grande número de espécies nativas e exóticas reunidas em:

240 gêneros

2600 espécies, sendo: 200 espécies nativas em 40 gêneros

2. CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS: Sistema radicular: Raízes cilíndricas, distribuídas subterraneamente e do tipo fasciculada. Podem ocorrer raízes aéreas ou secundarias

Caules: chamados de estipe, podendo ser alongados, cilíndricos ou colunares, lisos ou com anéis.

Podem ser únicos (gênero Roystonea) ou múltiplos (gênero Dypsis -Arecas) Meristema apical comestível (palmitos)em algumas espécies. O estipe quando adulto, não aumenta em diâmetro. Existem espécies com estipe subterrâneo; podem apresentar revestimentos variados (pelos, espinhos ou fibras).

Porte: baixo - menor que 10 m. médio - 10 a 15 m. alto - maior que 15 m

Diâmetro do estipe: fino - menor que 12 cm

médio - de 12 a 24 cm grosso - maior que 24 cm

Folhas: Apresentam três partes: bainha, pecíolo e lamina (ou limbo foliar); Podem ser simples ou compostas; Formato do tipo pinadas, bipinadas, palmadas ou costapalmadas e flabeladas (tipo leque); nas pinadas, as nervuras são paralelinérveas.

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Tipos de folha:palmada, costapalmada, rabo-de-peixe e pinada.

Tipos de caule: com espinhos, com dilatação e sem espinhos e dilatação. Inflorescências: Três elementos: brácteas pedunculares, raque e ramos florais Quanto a localização podem ser: infrafoliares, interfoliares ou suprafoliares; Podem ser do tipo: espigas (como a do milho), cachos ou racemos e panículas (cacho de cacho). Policarpas ou Monocárpicas Flores: unissexuadas ou raramente bissexuadas; pouco vistosas; solitárias ou em grupos

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Frutos: Formados por tres camadas: epicarpo, mesocarpo e endocarpo; Tipo drupa ou baga, de forma globosa, ovalada, cônica ou alongada (ver esquema no final do texto). Constitui fonte de fibras para indústria. Semente: Endosperma liquido usado como bebida, como em Cocos nucifera (coco da Bahia) Classificadas em homogêneas ou ruminadas Apresentam poros de germinação; 3. PROPAGAÇÃO: sementes e divisão de touceiras.

Sementes: eliminar a polpa, pois possui substância oleosa. Imersão em solução água + cal por 24 horas ou no álcool por 5 minutos. Substrato: terra + areia + M.O. ou vermiculita. Germinação lenta.

4. PLANTIO: covas/adubação idem árvores. 5. TRANSPLANTIO DE PALMEIRAS: Formar um torrão com 0,5 a 1,0 m de profundidade e 0,80 a 1,5m de diâmetro; envolvê-lo com saco de ráfia ou juta. Realizar o transplantio ou voltar palmeira + torrão para o solo, esperar 6 meses, desenterrar, cortar metade das folhas e transplantar.

6. PONTO DE VISTA ECONÔMICO: Espécies utilizadas na alimentação humana: Palmito Jussara (Euterpe edulis) Palmito Açaí (Euterpe oleracea) Óleo de Dendê (Elaeis guineensis) Babaçu (Attalea brasiliensis) Coqueiro (Cocos nucifera) Utilizadas como plantas ornamentais: Folhas tipo leque (Coccothrinax, Livistonia, Pritchardia, Sabal, Thrinax); Folhas tipo rabo de peixe (Caryota urens, C. mitis); Palmeiras imperiais e reais (Gên. Roystonia ) Tamareiras (Phoenix sp);

7. PALMEIRAS MAIS COMUNS USADAS EM PAISAGISMO/JARDINAGEM: 01. Nome científico: Seaphortia elegans

Nome comum: Seafortia Origem: Austrália Propagação: sementes

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Características: palmito grande e visível, verde intenso. Pode atingir até 15 m de altura. Grande quantidade de frutos. Adequada para parques e jardins. Onde encontrar: descida do Brejão (lado direto). Canteiro central (num hexágono) em frente Departamento de Economia.

02. Nome científico: Dypsis lutescens

Nome comum: Areca-bambu Origem: Ilha de Bourbon Propagação: sementes e divisão de touceiras Características: formam touceiras, estipes lisos e anelados, folhas pinadas com nervura principal amarelada. Pode atingir até 9 m. Pode ser plantada em vasos. Onde encontrar: atrás da sala II de desenho, Depto. de Engenharia. Em frente ao Depto. de Ciências Exatas.

03. Nome científico: Caryota urens

Nome comum: Cariota, rabo-de-peixe Origem: Ásia Propagação: sementes Características: estipe solitário, robusto, folhas bipinadas. Pode atingir de 10 a 15 m de altura. Cachos com frutos vermelho-alaranjados. Utilizada para compor parques e jardins. Onde encontrar: canteiro central, em frente ao Depto. de Química.

OBSERVAÇÃO: Caryota mitis - mesmas características, porém formando touceira. 04. Nome científico: Phoenix dactylifera

Nome comum: Fenix ou Tamareira Origem: Oriente Médio Propagação: sementes Características: folhas pinadas, com os folíolos próximos ao estipe, transformados em longos espinhos; frutos amarelo-alaranjados, comestíveis. Pode atingir até 30m de altura. Adequada para parques e pouco cultivada como ornamental em pequenos jardins/áreas. Onde encontrar: Depto. de Engenharia, canteiro central. Entre sala de desenho II e Laboratório de Máquinas.

05. Nome científico: Phoenix roebelinii

Nome comum: Tamareira-de-jardim, tamareira-anã Origem: Nordeste da Índia, Vietnã Propagação: sementes Características: Palmeira pequena com 2 a 4 m de altura, estipe com 15 cm de diâmetro aproximadamente, coberto com restos de pecíolos foliares que dão uma beleza peculiar à planta. Folhas pinadas, eretas e recurvadas com a idade e aproximadamente 1 m de comprimento, cor verde brilhante. Folíolos estreitos e numerosos, com os da base

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transformados em espinhos. Também usada em vasos e jardineiras quando jovens e em parques e jardins. Onde encontrar: Rua lateral de acesso ao Depto. de solos, em 3 jardineiras de chão. Também, no viveiro do setor de Paisagismo e Floricultura.

06. Nome científico: Livistona chinensis

Nome comum: Falsa-latânia Origem: China Propagação: sementes Características: folhas palmadas, com 2 cm de comprimento, fendidas até a metade em segmentos estreitos, bífidos e pendentes nas extremidades. Grande quantidade de frutos. Porte pequeno 8-10 m. Freqüentemente utilizada em parques e jardins podendo ser cultivada em vasos. Onde encontrar: interior Depto. de Biologia. Entre Deptos. de Solos e Química e Depto de Agricultura.

07. Nome científico: Roystonia oleraceae

Nome comum: Palmeira Imperial Origem: Caraíbas (América Central) Propagação: sementes Características: estipe nu, bem reto e encimado por grandes folhas pinadas. Porte alto: até 50m de altura. Onde encontrar: Kemper, Praça Algusto Silva.

08. Nome científico: Roystonea regia

Nome comum: Palmeira Real Origem: Cuba Propagação: sementes Características: Estipe bojudo na base, também encimado por grandes folhas pinadas. Porte mediano, até 15 m de altura. Onde encontrar: saída da UFLA a direita, perto da guarita. Avenida Rodoviária, trevo de Lavras.

09. Nome científico: Acrocomia sclerocarpa (A. aculeata)

Nome comum: Macaúba, Macaúva Origem: Brasil Propagação: sementes Características: estipe único com muitos espinhos quando novo, desaparecendo com a idade. Porte baixo, + 8 m de altura. Folhas pinadas. Onde encontrar: Rua de acesso ao laboratório de hidráulica.

10. Nome científico: Arecastrum romanzoffianum (Syagrus romanzoffiana)

Nome comum: Licuri, Jerivá, Côco-de-baba. Origem: Brasil

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Propagação: sementes Características: estirpe único, encimado por um tufo de folhas pinadas. Porte mediano - 10 m de altura. Frutos característicos, alaranjados, em cachos. Onde encontrar: no canteiro central da UFLA em frente a Prefeitura do Campus.

11. Nome científico: Trachycarpus fortunei

Nome comum: Palmeira-moinho-de-vento, palmeira-moinho-de-vento-da China Origem: Oriente (China - Japão) Propagação: sementes Características: palmeira rústica, de estipe solitário, coberta de fibras marrom, porte pequeno (até 10 m de altura). Folhas palmadas verde- escuras, com 50 a 75 cm de largura, em segmentos rígidos (tipo pregas) na base. Pecíolos levemente dentados, frutos azuis lustrosos. Pode ser utilizada em vasos, jardins e parques. Onde encontrar: Canteiro em frente ao Pavilhão I.

12. Nome científico: Licuala grandis

Nome comum: Licuala Origem: Malásia Propagação: sementes Características: palmeira muito decorativa, com folhas flabeladas inteiras. Estipe único, porte pequeno; até 6 m. Fruto: baga globosa. Por ser de crescimento muito lento pode ser cultivada em vaso na sombra e meia sombra podendo compor jardins e parques. Onde encontrar: casa de vegetação do Setor de Paisagismo e Floricultura.

13.Nome científico: Chamaedorea alegans

Nome comum: Camedórea, Colínia Origem: México Propagação: sementes Características: porte pequeno, até 2 m de altura. Folhas pinadas, com folíolos relativamente largos. Fruto tipo drupa. Palmeira ornamental para vasos e jardins de interior. Requer lugares sombreados. Onde encontrar: estufa do Setor de Paisagismo e Floricultura.

14. Nome científico: Syagrus wedeliana

Nome comum: Syagrus Origem: Brasil Propagação: sementes

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Características: estipe solitário, com graciosas folhas pinadas de folíolos muito estreitos. Porte de 2 a 3 m de altura. Recomendada para o cultivo em vasos, na sombra. Onde encontrar: Setor de Paisagismo e Floricultura da UFLA.

15. Nome científico: Rhapis excelsa

Nome comum: Ráfis Origem: China Propagação: sementes ou divisão de touceiras. Características: estipes múltiplos, finos, com crescimento em geral até 1,5 m. Caules delgados, anelados e revestidos de fibras pardas; folhas palmadas, divididas em 5 a 10 segmentos, de cor verde escuro. Espécie recomendada para vasos e jardins de interiores. Onde encontrar: vaso na entrada do Departamento de fitossanidade e no viveiro do setor de Paisagismo e Floricultura.

16. Nome científico: Washingtonia filifera

Nome comum: Washingtonia Origem: Estados Unidos (Califórnia) Propagação: sementes Características: estipe solitário, acizentado, com 70 a 100 cm de diâmetro, 16 a 20 m de altura, encimado por um tufo de folhas palmadas. As folhas mais velhas não se desprendem, formando uma “saia” que envolve o tronco. Onde encontrar: Praça da Rádio Rio Grande FM, próximo à Rodoviária.

17. Nome científico: Neodypsis decary (Dypsis decary)

Nome comum: Palmeira - triangular Origem: Madagascar - África Propagação: sementes Características: estipe solitário, pequeno, com 3 a 5 m de altura, com anéis/cicatrizes. As inserções das folhas formam um tufo em 3 planos (dimensões). Folhas pinadas, com pecíolos longos, finos e arqueados na ponta. Adequada para jardins e parques.

18. Nome científico: Mauritia flexuosa

Nome comum: Buriti, Buritizeiro Origem: Brasil Propagação: sementes ( 3 a 4 meses para germinar). Características: estipe único, reto, com até 28 m de altura, 23 a 50 cm de diâmetro. Folhas costapalmadas. Frutos oblongos com 3,7 a 5,3 cm de comprimento e 3 a 5,2 cm de diâmetro, cuja polpa se extrai o vinho e o doce de buriti.

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19. Nome científico: Borassus flabellifer

Nome comum: palmeira-palmira, palmira, palmeira-toddy Origem: Ásia, Índia; África Propagação: sementes Características: Palmeira alta com até 30 m de altura, estipe único coberto com restos de pecíolos foliares que dão uma beleza peculiar a planta. Folhas flabeladas. Utilizada para compor parques e jardins.

20. Nome científico: Thrinax argentea “excelsa”

Nome comum: Palmeira-trinax Origem: Jamaica Propagação: sementes Características: folhas largas, com o lado inferior (dorsal) verde-amarelado, folhas palmadas com segmentos bem aprofundados no limbo foliar.

21. Nome científico: Euterpe edulis

Nome comum: Palmito-juçara, Palmito-doce. Origem: América do Sul (Brasil, Argentina e Paraguai). Propagação: sementes. Características: estipe único com até 20 m de altura, com a base das folhas formando o palmito. Raízes bem visíveis na base do tronco. Fornecedora do palmito.

22. Nome científico: Euterpe oleracea Nome comum: Palmito-açaí, Açaizeiro. Origem: Brasil (Região Norte) Propagação: sementes Características: troncos múltiplos com até 25 m de altura, levemente curvos e apresentando raízes nas bases. Frutos violáceos. Folhas pinadas. Produz palmito comestível comercializado em conservas.

23. Nome científico: Phoenix canariensis

Nome comum: Tamareira-das-canárias Origem: Índia, Propagação: sementes Características: tronco espesso, robusto, simples e com cicatrizes das bases das folhas já caídas. Altura de 12-15 m (porte médio), apresentando um diâmetro de 46 cm. Folhas pinadas, grandes, compactas, verde escuras. Tolera clima temperado.

24. Nome científico: Butia eriospatha Nome comum: butiá, butiá da serra, macuma, butiazeiro. Origem: América do Sul, Brasil Propagação: sementes

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Características: Palmeira de estipe único, de até 6 m de altura e cerca de 50 cm de diâmetro, com a base das bainhas cobertas parcialmente por denso tomento marrom. Folhas com pecíolo armado com espinhos nas margens. Frutos globosos, suculentos, com 1,8 a 2,0 cm de diâmetro.

25. Nome científico: Cocos nucifera

Nome comum: coco da Bahia, coqueiro da praia Origem: Brasil Propagação: sementes Características: estipe único, ereto ou levemente curvado, irregularmente anelado com até 20 m de altura. Frutos grandes ovóides, fibrosos. Existem as variedades anãs e gigantes além de híbridas. Palmeira de maior importância econômica do mundo.

26. Nome científico: Pinanga kuhlii Nome comum: Pinanga Origem: Java, Malásia, Sumatra Propagação: sementes e divisão de touceiras Características: estipes múltiplos formando touceira rala, verdes, anelados com nó e entre-nós semelhantes a bambus, tendo no topo um esboço de palmito amarelado, 3 a 5 m de altura e 4 cm de diâmetro. Folhas pinadas levemente bronzeadas, com poucos folíolos largos, variáveis, opostos, sulcados. Frutos ovóides e pequenos. Utilizada em vasos, parques e jardins à meia sombra. Onde encontrar: viveiro de ornamentais do DAG. Especies confundidas com palmeiras: árvore do viajante (musaceae) e cicas (família cycadaceae).

Abaixo: Roystonea oleraceae (palmeira imperial) e Roystonea borinquena

(palmeira coca-cola)