16
Aproximar as regiões Aproximar as regiões Entrevista Xavier Gizard, secretário-geral da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas Cooperação Espaço Atlântico Descoberta de um país Dinamarca Descoberta de uma região Flevoland Em foco Inglaterra: As Agências de Desenvolvimento Regional pt info regio panorama 7 Junho de 2002

Pan 7 - PT - European Commission | Choose your …ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/panorama/...Com o próximo alargamento, abre-se uma nova frente de periferias para Este,

  • Upload
    ngodat

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Aproximaras regiõesAproximaras regiões

EntrevistaXavier Gizard,secretário-geral daConferência das RegiõesPeriféricas e Marítimas

CooperaçãoEspaço Atlântico

Descobertade um paísDinamarca

Descobertade uma regiãoFlevoland

Em focoInglaterra:As Agências deDesenvolvimentoRegional

pt

inforegiopanorama

7 Junho de 2002

A CRPM é um parceiro de longa data dapolítica regional comunitária. Quaisforam as bases da sua criação em 1973?

Os 23 membros fundadores, oriundosda «pequena Europa» de então,tiveram duas assinaláveis intuições.Primeiro, a convicção de que, com odesenvolvimento da construçãoeuropeia, o nível regional teria, cadavez mais, um papel importante adesempenhar. Segundo, a convicção deque os nossos cidadãos não sesentiriam parceiros de uma futuraComunidade Europeia, se uma políticade coesão territorial não lhes desse asensação de oportunidadesequilibradas de desenvolvimento paratodos os territórios.

Porquê associar «periférico» e«marítimo»? O que há de comum entreo Oeste da França e a fronteira orientalda Hungria, por exemplo?

Porque a Europa é, estruturalmente,assim configurada. O Relatório sobre aCoesão mostra que se mantém assimaté aos nossos dias. A união das duaspalavras foi forjada na época daEuropa dos Nove e não foi abaladapelo alargamento aos Quinze. NessaEuropa, da Finlândia à Grécia,verifica-se um duplo fenómeno: arepartição da população é estável desdeo século XVI entre, por um lado, umaparte central (por vezes baptizada«banana azul», outras vezes «Europadas Capitais») e, por outro, as regiõeslitorais. Cada um destes conjuntosrepresenta cerca de 40% da populaçãoda União. A forte concentração doscentros de decisão políticos,económicos, financeiros e científicosna parte central põe o «outroconjunto» periférico numa situação deinferioridade em termos deoportunidades de desenvolvimento.Com o próximo alargamento, abre-seuma nova frente de periferias paraEste, não marítimas em alguns casos.Este aspecto continental, que emalguns países só existe parcialmente,como é o caso da Polónia, da Roménia

e da Bulgária persistirá, no futuro, paraos Estados bálticos ou a Turquia.

Quais são os problemas específicosrecorrentes destas regiões?

As análises da Comissão Europeia,bem como os nossos própriostrabalhos têm-nos evidenciado de umaforma clara. São problemas de doistipos: problemas de competitividadedas suas economias, derivados deinsuficiências nos domínios dasacessibilidades, do binómio educação--formação, da capacidade de inovaçãoe de investigação, de funções urbanassuperiores; são igualmente, como oindicou o Programa deDesenvolvimento do EspaçoComunitário, adoptado em 1999 pelos15 Estados-Membros, problemasderivados de uma promoçãoinsuficiente de novos focos deprosperidade e de competitividadesituados para lá do centro da União,nas fachadas marítimas do mar Báltico,mar do Norte, Atlântico,Mediterrâneo e mar Negro. Por outrolado, há que cuidar dos espaços comcondicionantes físicas específicascomo, por exemplo, as regiõesinsulares, as regiões ultraperiféricas,as zonas de montanha ou os espaços debaixa densidade populacional.

infor

Entrevista

Interreg EspaçoAtlântico

Errata: O mapa das regiões do mar Báltico apresentado no n.º 6 de InfoRegioPanorama contém informações erradas.Consulte o mapa correcto no endereço Internethttp://europa.eu.int/comm/regional_policy/interreg3/images/pdf/int3b_baltic_a4p.pdf

4Acontecimentos

6Editor responsável: Thierry Daman, CE, DG da Política Regional

Esta revista está disponível em 11 línguas da União Europeia e na página Internethttp://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_pt.htmÉ impressa em 5 línguas (FR, EN, DE, ES, IT) em papel reciclado.Os textos desta publicação não têm valor legal.

Jornalismo: Jean-Luc Janot / AEIDLFotografia (páginas): CRPM (2), Mike St Maur Shield (5), Peter Schlüter (9), Lisa Clement (7),

Provincie Flevoland (11), Sout West RDA (12, 13), Netwin (14)

Capa: Mike St Maur Shield

Sumário

Gizardsecretário-geral da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas (CRPM)

2 inforegio panorama • N.° 7

Xavier

regioDinamarca — Questõescolocadas ao ministro daEconomia e Indústria daDinamarca, BendtBendtsen

8Flevoland —Acompanhar a maisjovem região daEuropa

10Inglaterra — As«Agências deDesenvolvimentoRegional»

12Netwin — Umametodologia paraas redes locais deempresas

14

panorama • N.° 7inforegio 3

Face a estes problemas, acha que apolítica regional europeia está a evoluirconforme esperava?

Sim. Primeiro porque esta política foicriada dois anos após o nascimento daCRPM, através da criação do FEDER,e depois porque este instrumento teveum desenvolvimento considerável coma adesão da península Ibérica à União.Desde então, terão passado, em 2006,20 anos de um esforço aturado do qualse vêem agora os frutos, mesmo quemuito ainda falte fazer. A convergênciareal das economias é mais visível entreEstados do que numa análise à escalaregional. Neste aspecto, é de lamentarque o esforço a favor das regiões daUnião dos Quinze tenha abrandadocom o compromisso de Berlim de1999. É preciso, também, sublinharque a maior parte das vezes, aspolíticas sectoriais da União(transportes, investigação, agricultura,direito à concorrência e ajudas doEstado) não contribuíram em nadapara o objectivo de coesão.

Pela diversidade das regiões querepresenta, o senhor encontra-se noâmago do debate sobre o futuro dacoesão. Como consegue, na Conferência,conciliar as expectativas das regiõesdesfavorecidas da União e as dos paísescandidatos à adesão, em termos derepartição das ajudas, por exemplo?

Eu já disse que o fazemos com basenuma constatação de desigualdadeestrutural de oportunidades dedesenvolvimento entre a parte centralda Europa e o conjunto das suasperiferias, sejam estas mais ricas oumais pobres. Desde o início dos nossostrabalhos sobre o futuro da coesão,nunca foi contestado por parte dasregiões da actual União, o facto dasregiões dos futuros Estados-Membros

deverem beneficiar, em pé de igualdade,da solidariedade desenvolvida atravésda política regional desde há15 anos para cá. É comum a todas o desejode um reequilíbrio profundo dosfactores de competitividade, ao serviçode um desenvolvimento maispolicêntrico do território europeu.Pensamos que com os alargamentos sãonecessárias políticas mais ambiciosas edotadas de mais meios.

Como é que a CRPM vê o futuro dapolítica regional no horizonte de 2007?

Como uma manifestação da vontadedos Estados-Membros de reforçar acoesão interna da União. A nosso ver,isto implica cinco orientações:

• a continuação, segundo as mesmasbases, de uma política a favor dasregiões em atraso dedesenvolvimento;

• um objectivo n.° 2 profundamentereformulado abrangendo todas asoutras regiões — com uma diminuiçãoda contribuição europeia em funçãodo nível de problemas de cada umadelas — para remediar esta ou aqueladificuldade de competitividade. Istoparalelamente ao desaparecimento dezonas infra-regionais;

• o reforço da cooperação inter--regional a fim de contribuir para aafirmação das grandes baciasmarítimas da Europa como focos deum continente policêntrico;

• um montante financeirosignificativamente superior aosactuais 0,45% do produto internobruto da União;

• políticas sectoriais que contribuamefectivamente para o objectivo decoesão territorial, em vez de ocontrariarem.

Uma rede de cooperação pioneira

Com as suas 145 regiões de 25 Estados— membros ou não da UniãoEuropeia —, a CRPM trabalha há maisde 30 anos no desenvolvimento dacooperação inter-regional na (e para láda) Europa.

Dotada de um estatuto associativo ecom recursos provenientes dascotizações dos seus membros, a CRPMexerce uma actividadesimultaneamente política e operacional:

• sensibiliza as instituições europeiaspara terem em linha de conta asespecificidades dos territórios naelaboração das políticas e dalegislação europeias;

• analisa as grandes questões domomento na União Europeia;

• contribui para a emergência deparcerias, para a montagem deprojectos e para a colocação em rededos territórios.

As regiões membros da CRPM estãorepartidas em 7 comissões geográficas(Arco Atlântico, Balcãs, Ilhas,Intermediterrânica, mar Báltico, mar doNorte, mar Negro), que participam nosprogramas de cooperação inter--regionais transnacionais europeus erealizam acções e projectos em variadosdomínios: investigação e transferênciade tecnologia, transportes e infra--estruturas de comunicação, turismo,ambiente, pesca e aquacultura,desenvolvimento das empresas, culturae identidade, etc.

Contacto:CRPM6 rue Saint-Martin, F-35700 Rennes.Tel.: (33) 299 35 40 50

Fax: (33) 299 35 09 19E-mail: [email protected]: http://www.crpm.org/

4 inforegio panorama • N.° 7

Da Escócia à Andaluzia, a área de cooperação «EspaçoAtlântico» representa um território de 856 420 km2 e umapopulação de 71,1 milhões de habitantes. Periférica, estavasta zona tem ainda um nível de desenvolvimento e deintegração económica relativamente frágil, em comparaçãocom a «banana azul», o centro económico da Europa que seestende de Milão a Londres.

Apesar da heterogeneidade deste território, diferentes traçoscomuns (geográficos, históricos e culturais) conferem aoEspaço Atlântico uma certa unidade e um conjunto de trunfosque esta cooperação vai procurar desenvolver, nomeadamente:

• um espírito empreendedor e meios inovadores na maioriadas regiões em questão;

• a manutenção de uma cultura organizada em torno deactividades marítimas (cerca de 190 portos comerciais),permitindo assegurar os fluxos de mercadorias nosterritórios periféricos e a ligação com as grandes capitaiseuropeias;

• uma grande diversidade ambiental, repartida em zonashúmidas, montanhosas e florestais;

• um leque extremamente diversificado de recursosturísticos e recreativos;

• uma identidade cultural «oceânica», predominantementecéltica, representando um património rico a valorizar.

Coerência e coesão

O programa Interreg IIIB Espaço Atlântico disporá, até2006, de um orçamento total de 204 milhões de euros, sendo119 milhões financiados pela União Europeia. Tem porprincipais objectivos favorecer a coerência e a coesão,melhorar a competitividade económica e a eficácia doEspaço Atlântico de modo a superar as deficiências da suasituação geográfica, procurar formas de desenvolvimentosustentável através de estratégias e desenvolvimentosterritoriais integrados, e harmonizar os objectivos sociais,económicos e ambientais assegurando a preservação e avalorização dos valores culturais, históricos e ambientais.

Foram definidas quatro prioridades pelos Estados-Membrose pelas regiões que participam no programa:

• Estruturação territorial e desenvolvimento de pólos decompetência — Os projectos financiados podem estarligados à criação de redes urbanas, a acções dedesenvolvimento rural, a estudos territoriais bem como aqualquer acção de parceria que permita reforçar acompetitividade do Espaço Atlântico em matéria deinovação tecnológica e de investigação.

• Optimização das redes e dos sistemas de transporte emelhoria do acesso às tecnologias de informação e decomunicação (TIC) — Os projectos podem consistir emacções-piloto susceptíveis de favorecer a intermodalidadedos transportes (marítimos-ferroviários-aéreos) e oaumento da segurança marítima. Serão incentivadas acçõesde sensibilização e de promoção das TIC junto dapopulação e das empresas.

• Protecção do ambiente e dos recursos naturais, gestãointegrada das zonas costeiras e dos estuários, protecção daszonas húmidas, gestão duradoura das actividadeseconómicas — Os projectos podem incluir parceriastransnacionais de preservação dos habitats e de exploraçãorazoável dos recursos específicos do território, deprevenção das poluições, bem como acções-piloto eintercâmbios de experiência em matéria dedesenvolvimento económico sustentável.

CooperaçãoInterreg Espaço Atlântico

Ventos de Oeste sobre a «banana azul»A Comissão Europeia aprovou recentemente um importante programa Interreg IIIB para fomentar a coesão e odesenvolvimento da fachada atlântica da União Europeia.

panorama • N.° 7inforegio 5

• Valorização das culturas e do património atlânticos, apoioà criação e promoção de produtos turísticos comuns,promoção económica do Espaço Atlântico dentro e fora daUnião Europeia.

A gestão do programa Espaço Atlântico foi confiada à regiãode Poitou-Charentes (França), assistida por um secretariadotécnico comum, sedeado em Poitiers. Foram igualmenteconstituídos um Comité de Acompanhamento, um Comitéde Gestão e uma Autoridade de Pagamento para assegurar agestão e a execução transnacional do programa.

Contacto:Espaço Atlântico/Atlantic AreaSecretariado ComumC/o Conseil Régional de Poitou-Charentes15, Rue de l’Ancienne Comédie, BP 575,F-86021 Poitiers CEDEXTel.: (33) 549 55 76 60/82 54Fax: (33) 549 55 82 55E-mail: [email protected]: www.interreg-atlantique.org

Estados e regiões parceiros do «Espaço Atlântico»

Portugal — Irlanda — Galiza, Astúrias, Cantábria, Navarra, PaísBasco, Rioja, Castela-Leão, Canárias, Huelva, Cádiz, Sevilha(Espanha) — Aquitânia, Poitou-Charentes, região do Loire,Bretanha, Baixa-Normandia, Alta-Normandia, Limousin, Centro,Sul-Pirinéus (França) — Cumbria, Lancashire, GreaterManchester, Cheshire, Merseyside, Worcestershire &Warwickshire, Avon, Gloucestershire & Wiltshire, Dorset &Somerset, Cornwall & Devon, Staffordshire, Herefordshire,Shropshire, West Midlands, País de Gales, Irlanda do Norte,Highlands & Islands, Escócia do Sudoeste (Reino Unido).

6 inforegio panorama • N.° 7

No segundo Fórum Europeu sobre a Coesão, realizado em2001, o comissário Michel Barnier declarou que a Comissãoorganizaria um ou vários seminários dedicados aoacompanhamento das prioridades temáticas da futurapolítica de coesão.

O primeiro destes seminários teve lugar em Bruxelas a 27 e28 de Maio de 2002. Foram aí debatidas as prioridadesgeográficas da coesão, nomeadamente as regiões menosdesenvolvidas, as questões urbanas, a diversificação daszonas rurais, a cooperação transfronteiriça, transnacional einter-regional, as regiões em vias de reconversão industrial eas regiões que sofrem de graves dificuldades geográficas enaturais.

Foi definido para cada tema prioritário um campo deintervenção capaz de determinar com precisão as futurasatribuições dos fundos estruturais. Uma das principaisapostas da futura reforma da política de coesão diz respeito à

natureza das intervenções dos fundos. Conviria privilegiar,entre outras, as acções dotadas de um «valor acrescentadocomunitário» ideal, sem descurar o estabelecimento de umarepartição nítida das tarefas e das competências entre osníveis comunitário, nacional e local.

Participaram no seminário peritos dos Estados-Membros,dos países candidatos e das regiões e representantes dosparceiros sociais e das instituições europeias.

Aberto por Michel Barnier, o primeiro dia de seminário foiorganizado em três grupos de trabalho dedicados,respectivamente, às regiões em atraso de desenvolvimento, àreconversão das regiões e à integração europeia regional. Osegundo dia, presidido por Guy Crauser, deu lugar a umamplo debate conjunto, que permitiu aos participantestrocarem os seus pontos de vista e procederem a um exameaprofundado das diferentes opções de implementação dapolítica de coesão após 2006.

O comissário Kinnock realçou o impacto económico, sociale ambiental do projecto, que permite a 47 000 novos laresutilizarem um meio de transporte rápido, barato e nãopoluente. A extensão da linha deverá contribuir paradescongestionar a circulação automóvel e revitalizar o centroda cidade e as actividades comerciais de Sunderland, atraindoao mesmo tempo importantes investimentos adicionais. Aomelhorar o acesso ao emprego e à formação de gruposdesfavorecidos, a infra-estrutura deverá igualmenteconstituir um benefício para a Universidade de Sunderland,agora servida por duas novas estações. Além disso, ometropolitano liga agora directamente Sunderland aoimportante eixo ferroviário Londres-Edimburgo e aoaeroporto internacional de Newcastle.

Há muito que Sunderland esperava esta ligação, quecompleta o metropolitano de Tyneside, conjunto urbano demais de 830 000 habitantes. Os trabalhos duraram dois anose custaram 160 milhões de euros, mobilizados por umaparceria público-privada.

Fruto de uma estreita colaboração entre os poderes públicosregionais, nacionais e europeus, a extensão do metropolitanode Tyneside inscreve-se num conjunto mais vasto deoperações de reconversão regional executadas no âmbito doobjectivo n.° 2 e de outras intervenções comunitárias. É amais importante intervenção financeira do FEDER naInglaterra para um só projecto: cerca de 24 milhões de euros.

Esta contribuição europeia é amplamente valorizada poruma campanha de promoção europeia e por uma

AcontecimentoPrioridades da União para as regiões:«Definir o valor acrescentado comunitário»O primeiro seminário alargou o debate sobre o futuro da política de coesão.

Tyneside (Inglaterra, Reino Unido)

Euro MetroEm 19 de Abril passado, Neil Kinnock, vice-presidente da Comissão Europeia, inaugurou a extensão dometropolitano de Tyneside até à cidade de Sunderland: 18,5 km de vias e outros equipamentos co-financiadospelo FEDER, num montante de cerca de 24 milhões de euros.

panorama • N.° 7inforegio 7

composição pintada comas cores da União, quecirculará durante um anona nova linha (fotografia).

A nova página Internet Inforegio(http://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_fr.htm) permite consultar, por país e por tema, uma basede dados contendo cerca de 500 exemplos de projectosde desenvolvimento económico ou social apoiadospelos fundos estruturais e de Coesão. Um questionárioem linha permite ainda incluir informações sobre novosprojectos interessantes para serem integradas na base dedados. Não hesite em apresentar os seus projectos noseguinte endereço Internet:http://europa.eu.int/comm/regional_policy/projects/stories/index_fr.cfm.

O comissário Neil Kinnock nainauguração do metropolitano

de Sunderland decorado com ascores europeias

Apresente os seus projectos na nova páginaInternet Inforegio

8 inforegio panorama • N.° 7

Hoje, mais do que nunca porta deentrada da Escandinávia depois daconstrução da ponte do Øresund que aliga directamente à Suécia, aDinamarca é um país plano,completamente voltado para o mar doNorte e o Báltico. Os seus 7 000 km decosta e mais de 400 ilhas, das quaisapenas 100 são habitadas, fazem daDinamarca um país disperso empequenos territórios separados pelaágua, mas frequentemente interligadospor pontes, túneis e serviços regularesde embarcações. Não há nenhum lugarna Dinamarca a mais de 50 km do mar.

O poder económico da Dinamarca nãotem nada a ver com a sua situaçãogeográfica ligeiramente descentrada.Neste país, por muito tempo privadode matérias-primas, a agricultura e apesca estão na origem do esforçoindustrial: desenvolvido desde o iníciodo século XIX, o sector agro-alimentar representa, ainda hoje, umterço do volume de negócios daprodução industrial. A metalurgiaassegura outro terço. Com efeito, naDinamarca, as actividades detransformação são extremamentediversificadas e, desde máquinas--ferramenta até aos brinquedos,passando pela electrónica e pelosprodutos farmacêuticos, estárepresentada em quase todos ossectores. Dominada pelas pequenas emédias empresas, a indústria emprega25% da população activa.Concentradas inicialmente à volta dacapital, Copenhaga, as actividadesindustriais disseminaram-se pelo restodo país, nomeadamente na costaoriental da Jutlândia. O sectorterciário, favorecido pelo papel de«cabeça-de-ponte» que a Dinamarcadesempenha na Escandinávia,desenvolveu-se consideravelmente eemprega hoje cerca de 70% dapopulação activa.

A balança comercial é excedentária hávárias anos e a exploração dos jazigosde petróleo no mar do Norte tornarama Dinamarca praticamente auto--suficiente em petróleo e gás natural.

Uma tradição de democracialocalAs constituições de 1849, 1866, 1915 e1953 forjaram pouco a pouco a imagemda Dinamarca actual: uma democraciatolerante proporcionando aos seuscidadãos um dos níveis de vida maiselevados e um dos sistemas de protecçãosocial mais completos do mundo.O Estado é relativamente centralizado,embora as administrações locaisexecutem numerosas tarefas e possamlançar impostos para um montante deaproximadamente dois terços dasdespesas públicas dinamarquesas. Os14 departamentos («amter») gerem asvias rodoviárias e as ligações de ferries,os hospitais, os estabelecimentosescolares de ensino secundário bemcomo determinados aspectos dosserviços sociais e do ensino. Os 275municípios («kommuner») sãoresponsáveis pelas escolas primárias,pela segurança social, pelo saneamentolocal, pelas bibliotecas, etc.O dispositivo de transferência financeiramais importante é o «bloktilskud». Omontante desta comparticipação pagapelo Estado às autarquias locais édeterminado por critérios deredistribuição destinados a eliminar asdisparidades entre as zonas ricas e aszonas menos favorecidas do país.

Objectivo n.° 2: continuar areduzir a diferençaAo co-financiar o programa objectivon.° 2 dinamarquês, a União Europeiaparticipa activamente nodesenvolvimento das regiões deBornholm, Lolland, Falster, Møn,Nordjylland, Viborg, Århus,Ringkøbing, Sønderjylland e Sydfyn.Os financiamentos elevam-se a 617milhões de euros, dos quais 189milhões vêm da União Europeia.A população das regiões elegíveistotaliza 537 718 habitantes, ou seja,10,2% da população dinamarquesa. Ataxa média de desemprego nas regiõesdo objectivo n.° 2 era de 8,1% em 1999,contra os 5,8% do conjunto do país. Asregiões elegíveis estão confrontadas com

problemas ambientaisespecíficos (territórios vulneráveis,pequenas cidades com recursoslimitados em água doce, etc.). Estasregiões caracterizam-se igualmente porum declínio populacional de 1,5% entre1985 e 1999 ao passo que, a nívelnacional, a população aumentou. Oemprego no sector primário é superior àmédia nacional. O emprego no sector deserviços, o rendimento por habitante, ocrescimento do emprego e os níveis deeducação situam-se todos abaixo damédia nacional. Apesar dos problemasestruturais destas regiões, a diferençacom o resto do país diminuiu nosúltimos dez anos.Para além das medidas de assistênciatécnica, o programa dedesenvolvimento regional dinamarquêsarticula-se em três eixos prioritários:• desenvolvimento das regiões;• desenvolvimento das empresas;• desenvolvimento das competências.O Ministério da Economia e daIndústria é, globalmente, responsável naDinamarca pelo fundo regional, mas agestão é exercida pela Agênciadinamarquesa para a Indústria e aHabitação (Erhvervs- og Boligstyrelsen).

Contacto:Erhvervs- og BoligstyrelsenVejlsøvej 29, DK-8600 SilkeborgTel.: (45) 35 46 60 00Fax: (45) 35 46 64 01E-mail: [email protected]: www.ebst.dk

Descobertade um paísDinamarca: «cabeça-de-ponte»Ao co-financiar o programa objectivo n.° 2, a União Europeia participaactivamente no desenvolvimento de dez regiões dinamarquesas.

panorama • N.° 7inforegio 9

Como define a política para as regiõesdinamarquesas menos favorecidas?

A política regional evoluiuconsideravelmente na Dinamarca econsiste hoje na promoção docrescimento. Os programas nacionais eeuropeus lançaram os alicerces deestratégias concretas que criamcondições favoráveis aodesenvolvimento do potencialendógeno regional. Passou-se, de certomodo, de uma abordagem destinada areduzir as assimetrias para um apoio àsoportunidades de crescimento em cadauma das regiões.

Quais são as prioridades da políticaregional dinamarquesa?

A Dinamarca deve estar na vanguardaquando se trate de pôr em práticanovos meios, mais eficazes, para serviro desenvolvimento regional. Penso queuma utilização coordenada dos fundospúblicos, orientada para os objectivosdefinidos, pode fazer com que osnumerosos recursos produtivos de que

dispõe a Dinamarca continuem adesenvolver-se para benefício docrescimento regional e do emprego.

O programa nacional «A caminho docrescimento» tem por objectivo lançariniciativas a longo prazo em numerosossectores. Incluímos igualmente umplano estratégico nacional ambiciosopara um desenvolvimento continuado,que será benéfico para toda aDinamarca. Paralelamente,constituímos um grupo de trabalhointerministerial alargado com a missãode elaborar uma estratégia dedesenvolvimento regional.

Que «valor acrescentado europeu» vêna política regional dinamarquesa? E,reciprocamente, de que maneira aDinamarca contribui para a políticaregional europeia?

A Dinamarca recebe, através dos fundosestruturais, ajudas comunitárias paramedidas regionais. Mesmo parecendomodestas, as regiões beneficiáriasconsideram estas ajudas suficientementeelevadas para contribuírem para o seudesenvolvimento.Gostaria, no entanto,de frisar que esta ajudaenvolve «custos», umavez que a gestãoadministrativa dosprogramas mobiliza,por parte dasautoridades nacionais eregionais, recursosrelativamenteimportantes em relaçãoaos montantesconcedidos.

Por seu lado, aDinamarca participaactivamente nareforma dos fundosestruturais. Foi assimque participámos nasnegociações que

levaram às disposições regulamentaresactuais e que tocam várias questõescentrais, entre as quais, a concentraçãodos fundos nas regiões maisnecessitadas. A isto acresce ainda onível das ajudas destinadas àsempresas, que foi reduzido paralimitar distorções de concorrência.

A Dinamarca vai assumir a presidênciada União a partir de Julho de 2002.Qual vai ser o papel da política regionalno programa desta presidência?

A Presidência dinamarquesa vaiconcentrar-se no alargamento daComunidade. Dez novos paísespassarão a ter acesso a instrumentosestruturais que os ajudarão a reduzir asdisparidades regionais e a liberar o seupotencial, criando as condições de umcrescimento que será benéfico para todaa Comunidade. Os países candidatosbeneficiarão igualmente da experiênciaadquirida até à data na utilização destesinstrumentos. Nessa perspectiva, aDinamarca apoiará a Comissão nosseus esforços para analisar e transferireste capital de experiência.

Questões colocadas a Bendt Bendtsen, ministroda Economia e da Indústria da Dinamarca

Superfície

43 100 km2

População (2000)

5 330 000 habitantesDensidade: 124 hab./km2 (UE-15: 118 hab./km2)

Economia e emprego

PIB/hab. (1999): 30 694 € (UE-15: 21 258 €)Índice PIB/hab. PPA (1999): 119 (UE-15: 100)Taxa de desemprego (2000): 4,7% (UE-15: 8,4%)

Fundos estruturais

Objectivo n.° 2 (zonas com dificuldades estruturais)

UE Outros fundos públicos Total

189 MEUR 428 M€ 617 M€

10 inforegio panorama • N.° 7

A Este de Amesterdão, Flevoland é umcaso excepcional na Europa, e mesmono mundo: trata-se de um territóriocompletamente novo, dado consistirem três pólders retirados ao Zuiderzeeem plena segunda metade do século XX.Após as importantes inundações de1916 causadas pela ruptura de umdique, os neerlandeses decidiram secar eocupar uma grande parte do Zuiderzee.A lei de 14 de Junho de 1918 confiavaao Estado o cuidado de fechar oZuiderzee com um dique e secar cincopólders para aí instalar agricultores.

O Flevoland é composto por três doscinco pólders assim criados: oNoordoostpolder (48 000 habitantes),seco entre 1936 e 1942 e que está ligadoao continente; o Flevoland-Este(54 000 habitantes), seco de 1950 a 1957,e o Flevoland-Sul (1959-1967, 43 000habitantes). São ilhas artificiais,cercadas por diques e cujacomunicação com o resto do reino sefaz apenas através de pontes. Esteconjunto constitui a décima segundaprovíncia dos Países Baixos desde 1986.

Com um aumento de 10 000habitantes por ano...O Flevoland está dividido em seisconcelhos. Os serviços concentram-senas recentes aldeias e pequenas cidades.As duas aglomerações mais importantessão Lelystad (60 000 habitantes), que éa capital da Província, e Almere (95 000habitantes), que detém o recorde decrescimento demográfico dos Países

Baixos (mais de 80 000 habitantes em16 anos).

O número e a qualidade dosequipamentos são ainda insuficientes ea criação de emprego tem tidodificuldade em respondersatisfatoriamente ao forte aumentodemográfico: +220% entre 1980 e1990, o que representa 10 000 recém-chegados por ano nestes últimos anos.Trata-se essencialmente de um fluxo dejuventude proveniente de Amesterdãoe, de uma forma geral, da RandstadHolland. Com os seus actuais 340 000habitantes, Flevoland prevê atingir 400000 habitantes dentro de 10 anos.

... o emprego e as actividadestêm que acompanharUm dos grandes desafios dodesenvolvimento é conseguir que a taxade emprego acompanhe estecrescimento demográfico exponencial.Apesar da criação de 15 000 postos detrabalho entre 1994 e 1999 e de umataxa de desemprego relativamente baixa(4% em 2000), a população dedesempregados de longa duração (71%)é uma das mais elevadas da Europa.

Mesmo tendo em conta que cerca de9 000 pequenas empresas optaram porse instalar em Flevoland, a jovemprovíncia enfrenta «crises decrescimento» e um desenvolvimentoaos «soluços» que faz dela umasociedade ainda pouco equilibrada.

O Flevoland foi designado região doobjectivo n.° 1 (região beneficiária dos

fundos estruturais para recuperar o seuatraso de desenvolvimento) entre 1994 e1999. Neste período, a injecção de 150milhões de euros, no âmbito dos fundosestruturais, induziu investimentos decerca de mil milhões de euros. Para operíodo de 2000 a 2006, a UniãoEuropeia co-financia o programaobjectivo n.° 1 de apoio transitóriodegressivo na província. A participaçãodos fundos estruturais representa 126milhões de euros num orçamento globalde 471 milhões. O Estado neerlandêscontribui com 14 milhões de euros e aprovíncia investe de fundos próprios 25milhões de euros. Prevê-se, no entanto,que as autoridades, as instituições e asempresas locais possam investir mais de306 milhões de euros na região. Graçasa este esforço, cerca de 5 500 novasempresas poderão vir a instalar-se emFlevoland, criando pelo menos 9 000empregos, dos quais muitos serão paramulheres.

O programa definiu quatroeixos prioritários:• desenvolvimento das zonas urbanas;

• desenvolvimento das zonas rurais;

• reforço das estruturas de produção;

• coesão social e emprego.

Contacto:Provincie FlevolandTel.: (31-320) 26 54 83E-mail: [email protected]: www.flevoland.nl/europa

Descobertade uma regiãoFlevoland (Países Baixos)Acompanhar a mais jovem região da EuropaConquistada ao mar, a mais jovem região da Europa — na verdadeira acepção da palavra — tem um crescimentodemográfico exponencial. Equipamentos, serviços e empregos precisam de acompanhar este crescimento. Com oapoio transitório do objectivo n.° 1.

Superfície

1 426 km2

População (2000)

340 000 habitantesDensidade: 238 hab./km2

(UE-15: 118 hab./km2)

Economia e empregoPIB/hab. (1999): 16 570 €(UE-15: 21 258 €)Índice PIB/hab. PPA (1999):81 (UE-15: 100)Taxa de desemprego (2000):4% (UE-15: 8,4%)

Fundos Estruturais (2000-2006)

Objectivo n.º 1, apoio transitório degressivo

UE Outros fundos públicos Fundos privados Total

126 MEUR 39 M€ 306 M€ 471 M€

panorama • N.° 7inforegio 11

Uma contribuição europeia de304 000 euros, adicionada a outrassubvenções públicas, permitiu aoparque científico e comercial«Geomaticapark» dotar-se de umcentro de documentaçãointernacional relativo à observaçãoe às ciências da Terra.

Situado em Marknesse, noNoordoostpolder, entre o aeroportonacional e o RuimtevaartLaboratorium (NLR / LaboratórioAeroespacial Nacional) e oWaterloopkundig Laboratorium(Laboratório Hidráulico), oGeomaticapark alberga dez empresascom actividades no domínio doordenamento do território e da gestãodo ambiente, sob o ângulo dageomática. A sua actividade estende-se desde a investigação até à oferta deprodutos e serviços comerciais:teledetecção, tratamento de dados,etc.

Podendo utilizar todos os recursos ecompetências do NLR, oGeomaticapark pode ser consideradocomo o «Silicon Valley» da observaçãogeográfica e das ciências da Terra: apresença no mesmo local de empresascom especialidades complementares,coadjuvada por diferentes programasde apoio e projectos comuns, permiteoptimizar sinergias criadoras de novasfunções e actividades.

A concessão de uma ajuda europeia de304 000 euros à fundação «GeomaticsBusiness Park», gestora do local,permite, a partir de agora, empreenderum verdadeiro trabalho em rede, umavez que equipa este verdadeiro«recanto da geomática» com umcentro de documentação internacionalque é também um local de encontros,de intercâmbios e de recolha de dados,sendo todos estes elementos propíciosao desenvolvimento de novos serviçose produtos tecnológicos no sector dasgeociências.

Ao inaugurar oficialmente o centro emSetembro de 2002, o ministro dosAssuntos Económicos assinalará com asua presença a importância que oGeomaticapark reveste para os PaísesBaixos e para a Europa.

Contacto:http://www.geomaticapark.nl/engels/index_uk.html

«Geomatics Valley» em Flevoland

Um mosaico de projectosA intervenção dos fundosestruturais em Flevoland, noperíodo de 2000 a 2006, já levou àexecução de vários projectosconcretos:

Acesso das mulheres ao mercado detrabalhoO programa objectivo n.° 1 apoiaacções de formação e deacompanhamento de mulheresdesempregadas de longa duração.

Transportes colectivos sob pedidoO programa objectivo n.° 1 permitiulançar uma nova forma de transportepúblico baseada num pedido e não

num horário. Este dispositivo porpedido permite resolver o problema deisolamento do concelho rural deDronten.

Patentes internacionaisPara ajudar a introduzir os seusprodutos nos mercados estrangeiros, oobjectivo n.° 1 apoia um instituto deapoio às empresas de Flevoland nosseus pedidos internacionais de patentes.

Quinta-lar para pessoas comdeficiênciaEste projecto Leader+, no concelho deZeewolde, permite a pessoas comdeficiência mental residir e trabalhar

numa quinta especialmente adaptadaàs suas necessidades.

Rede de produtores biológicosEste projecto Leader+ permitiu avários agricultores e criadoresbiológicos de Flevoland agruparem-se,instalando um dispositivo comum degestão da sua exploração.

Reciclagem dos resíduosOs lixos domésticos e resíduos deplástico transparente (PET) sãotransformados, mediante uma tecnologiainovadora, num material de altaqualidade, utilizado para o fabrico degarrafas de plástico, entre outras coisas.

12 inforegio panorama • N.° 7

Em 1 de Abril de 1999, foram criadas Agências deDesenvolvimento Regional (RDA) em oito regiões inglesas ea nona, em Londres, em 3 de Julho de 2000, na sequência dainstauração da Autoridade da Grande Londres (GreaterLondon Authority — GLA).

A coesão e redução das assimetrias nas (e entre as) regiõesinglesas são a razão de ser das RDA, cuja missão é coordenaro desenvolvimento e a revitalização económica, facilitandoao mesmo tempo a melhoria da competitividade regional.

Os estatutos das agências prevêem os seguintes objectivos:

• acompanhar o desenvolvimento e a regeneraçãoeconómicas;

• promover os investimentos bem como a eficácia e acompetitividade das empresas;

• favorecer o emprego;

• desenvolver competências profissionais;

• contribuir para o desenvolvimento sustentável.

As agências têm por missões específicas:

• elaborar uma estratégia de desenvolvimento regional;

• fomentar a revitalização regional;

• implementar as políticas económicas nacionais ao nívelregional;

• atrair os investidores;

• desenvolver um plano de acção («Skills Action Plan»)capaz de assegurar a adequação entre as ofertas deformação e as necessidades do mercado de trabalho;

• gerir as ajudas europeias.

De acordo com os ministérios competentes, (Educação eEmprego, Comércio e Indústria), o Governo britânicodecidiu aumentar sensivelmente a autonomia das Agências,confiando-lhes um orçamento global a partir do ano fiscal2002-2003. Isto permitirá às RDA responderem maiseficazmente às suas prioridades regionais, especialmentequando estas são insatisfatoriamente contempladas pelosprogramas existentes.

Inglaterra (Reino Unido)

As Agências de Desenvolvimento RegionalA constituição das Agências de Desenvolvimento Regional («Regional Development Agencies») traduz a vontadedo Governo britânico de ter em conta a diversidade geográfica, económica e social da Inglaterra, confiando aexecução das políticas regionais a um nível mais próximo do terreno e de acordo com abordagens que encorajame facilitam a participação dos grupos de interesses locais e a constituição de parcerias.

Em foco

Deputados japoneses em visita ao Tamar Science Park (Noroeste da Inglaterra). As Agências de Desenvolvimento Regional procuram atrair investidores estrangeiros.

panorama • N.° 7inforegio 13

A Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste daInglaterra trabalha com uma grande variedade deorganizações locais e regionais, desenvolvendo e animandoparcerias estratégicas no âmbito dos diferentes programaseuropeus que coordena. Trata-se de assegurar que as políticase ajudas comunitárias beneficiem toda a região e que estatenha uma imagem e identidade fortes na União Europeia.

Um dos objectivos básicos da RDA é melhorar acompetitividade das empresas regionais e maximizar oimpacto dos financiamentos europeus, o que se traduz emprojectos de infra-estruturas criadores de emprego e emacções de formação susceptíveis de elevar o nível dascompetências regionais disponíveis. A agência ocupa-seigualmente de importantes apostas das empresas, tais como odesenvolvimento do comércio electrónico, a legislação laboralcomunitária, bem como todas as questões ligadas ao euro.

A RDA do Sudoeste trabalha igualmente em estreitacolaboração com parceiros locais e regionais para aconcretização dos programas de revitalização, por forma a queestes beneficiem as zonas mais necessitadas. A agência é muitoactiva no campo da informação e de aconselhamento em tudoo que respeita aos programas comunitários dos objectivos n.os1, 2 e 3 (1). A RDA do Sudoeste está representada em todas asinstâncias (comité de acompanhamento, grupos de trabalho,etc.) destes diferentes instrumentos e preside ao grupo deigualdade de oportunidades («Equal Opportunity Group»),que tem por missão facilitar a integração da igualdade deoportunidades nas políticas públicas.

Entre outros sectores de actividade da Agência, podemoscitar a implementação de uma Estratégia regional deinovação destinada a desenvolver coerentemente astecnologias da informação no território. A agência apoiaigualmente uma grande variedade de iniciativas europeias nodomínio da melhoria das competências, indo das maisbásicas às mais sofisticadas. São assim subvencionadas asformações profissionais ministradas pelo ObservatórioRegional do Sudoeste, bem como outros projectosinovadores apoiados financeiramente por um fundo dedesenvolvimento de competências.

A abertura recente de um escritório de representação emBruxelas reforça a imagem interna e externa do Sudoeste daInglaterra e permite-lhe afirmar-se como uma região activana cena europeia.

Contacto:South West of England Regional Development Agency Sterling House, Dix’s Field, Exeter, Devon, EX1 1QATel.: (44-1392) 21 47 47Fax: (44-1392) 21 48 48E-mail: [email protected]ágina Internet: www.southwestrda.org.uk

Optimizar a utilização das ajudas europeias:exemplo da Agência de DesenvolvimentoRegional do Sudoeste

A «Casa do Som», projecto conduzido pelo Centro Artístico de Plymouth, éapoiado pela RDA do Sudoeste.

(1) No período 2000-2006, a região do Sudoeste da Inglaterra beneficia de trêsobjectivos dos fundos estruturais:— objectivo n.° 1, que abrange a Cornualha e as ilhas Scilly, no extremo

Oeste da Inglaterra;— objectivo n.° 2, que abrange Plymouth, North Devon, South Hams,

Torquay, Torridge, West Devon, West Somerset e as partes de Bristol;— objectivo n.° 3, que abrange toda a região, com excepção da Cornualha e

das ilhas Scilly.

14 inforegio panorama • N.° 7

A construção de redes de parceriasentre empresas de um determinadoterritório permite partilhar tarefas efunções, construir uma imagemcomum, multiplicar as possibilidadesde encontros e de intercâmbio deinformação e estruturar uma cadeiaprodutiva.

Com o orçamento de 3,3 milhões deeuros — 70,6% financiados pela UniãoEuropeia no âmbito do programapiloto inter-regional Recite II — foipossível a seis Centros Europeus deEmpresas e de Inovação(CEEI)elaborar uma metodologia deimplementação de uma rede deempresas.

Da experiência local àsferramentas metodológicasO objectivo dos parceiros do projectoNetwin era pôr à disposição dos

Em acçãoNetwin: uma metodologia para as redeslocais de empresasImplementado em seis regiões europeias, o projecto Netwin acompanhou, durante três anos, 24 redes deempresas de dimensões e objectivos muito diferentes. A análise destas experiências permitiu estabelecer umconjunto de ferramentas e métodos utilizáveis numa grande variedade de contextos geográficos ou económicos.

Os parceiros Netwin visitam a empresa irlandesa Waldoan Food Limited que, juntamente com 10 outras PMEagroalimentares, constituiu a rede local «Roscommon Food Network».

agentes de desenvolvimento local e dosoperadores no terreno (empresários,responsáveis territoriais, etc.)procedimentos e ferramentassusceptíveis de aumentar a eficácia dasacções de estabelecimento de redes.

Verdadeiramente empírica, aabordagem escolhida consistiu emacompanhar 24 redes locais e emcomparar as experiências dos parceirosinter-regionais em matéria de criaçãoou de desenvolvimento de redes deempresas. Colaboraram nesta acçãomais de 30 organizações e uma equipade 15 pessoas, incluindo doiscoordenadores, repartida pelas seisregiões parceiras. Participaramtambém nos trabalhos vários peritoseuropeus, especialistas do ramo.

Os principais parceiros reuniram-se de3 em 3 meses, para analisarem osprogressos do projecto e trabalharem

numa ou outra das ferramentas emcurso de elaboração. De 6 em 6 meseseram organizados seminários de 4 diaspara os parceiros e os representantesdas redes acompanhadas, a fim deelaborarem as diferentes ferramentas.Para além dos contactos telefónicos ede correio electrónico, uma redeextranet permitiu o intercâmbiopermanente entre os diferentesintervenientes.

Guia metodológicoPartindo da experiência adquirida noterreno, os parceiros do projectoconstruíram um guia metodológico(em forma de classificador e de CD--ROM) compreendendo:

— Um quadro de referênciametodológico com um jogocompleto de indicadores relativosao território, às empresas e às suasmúltiplas interacções. Estesindicadores permitem descrever eanalisar exaustivamente ofuncionamento da maioria das redeslocais de PME.

— Uma gama de ferramentas prontaspara utilização e destinadas a redesemergentes, em crescimento ou jábem estabelecidas:

• ferramentas de identificação deredes — conselhos e exemplospara a realização de estudosestatísticos ou de documentários,bem como formulários deentrevistas com líderes de opiniãoregionais, permitindo localizar ecaracterizar numa determinadazona geográfica as concentraçõesde empresas susceptíveis de seconstituírem em rede;

• ferramentas de auditoria —ferramentas que permitem o

estudo aprofundado do estado darede e a identificação dasactividades comuns que possamser eventualmente desenvolvidas,tendo em conta as necessidadesdas empresas e as característicasdo território. São propostosformulários de entrevistas comempresários e agentes dodesenvolvimento económicolocal. Estes formulários sãoacompanhados por fichas desíntese que facilitam a análise dosdados recolhidos;

• ferramentas de avaliação e dereengenharia («re-engineering») —permitem medir o impacto darede sobre os seus membros esobre o território e, ao mesmotempo, definir as actividades aempreender para reforçar a suadinâmica e a eficácia. Tambémaqui, os formulários sãoacompanhados por fichas desíntese;

• ferramentas «transversais» —trata-se de uma lista ilustrada defactores importantes de sucesso ede uma colectânea de estudo decasos que apresentam, em várioscontextos, a viabilidade e ointeresse das redes, bem comoexemplos das ferramentasNetwin.

A metodologia Netwin e as suasferramentas foram concebidas parauma utilização directa e flexível, a quese podem integrar indicadoresespecíficos, em função da situação locale dos parâmetros económicos ehistóricos do território em questão. Asferramentas Netwin podem serutilizadas pelas autoridades autárquicaspara concepção e execução dasestratégias de desenvolvimento local,por empresas que desejem constituirredes ou ainda por prestadores deserviços específicos, como agências dedesenvolvimento ou centros europeusde empresa e inovação.

Foi realizado em Bruxelas, em 13 e 14de Junho de 2002, um seminário deapresentação da ferramenta Netwinem que participaram numerososprofissionais da área dedesenvolvimento local e regional. Oguia metodológico está disponível noendereço que segue.

Contacto:NetwinAditec — Pas-de-Calais — CEEIRue de l’Université, TechnoparcFutura,F-62400 BéthuneTel.: (33) 321 63 15 15Fax: (33) 321 63 15 16E-mail: [email protected]ágina Internet: http://www.aditec.org/site/programs/netwin.htm

Os seis CEEI e as regiões parceiras:

Aditec Pas-de-Calais CEEI — Béthune, Nord Pas-de-Calais (França)

CEEI da Ática — Atenas, Ática (Grécia)

CPINAL — Centro Promotor de Inovação e Negócios do Algarve — Olhão,Algarve (Portugal)

Centro Inovador Noribic — Londonderry, Irlanda do Norte (Reino Unido)

Westbic & Roscommon County Council — Roscommon (Irlanda)

Technopolis CSTA Novus Ortus — Valenzano (Bari), Puglia (Itália)

Competitividade e qualidadede vidaRecolha de projectos financiadospelos fundos estruturais no Benelux

Disponível em DE, FR e NL.

Primeiro relatório intercalarsobre a coesão económicae social

Disponível nas 11 línguas oficiais daUnião.

panorama • N.° 7inforegio 15

Últimaspublicações

ContactosComissão Europeia, Direcção-Geral da Política RegionalUnidade 01 «Informação e Comunicação»Thierry Daman41, avenue de Tervuren, B-1040, BruxelasFax: (32-2) 296 60 [email protected]://europa.eu.int/comm/dgs/regional_policy/index_pt.htm

Comissário Michel Barnierhttp://europa.eu.int/comm/commissioners/barnier/index_pt.htm

Informações sobre as ajudas regionais da União Europeiahttp://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_fr.htm

KN-LR-01-007-PT-N

SERVIÇO DAS PUBLICAÇÕES OFICIAIS

DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

L-2985 Luxemburgo

© Comunidades Europeias, 2002Reprodução autorizada mediante menção da fonte

www.polis-online.orgCriada em 1989, Polis é uma rede de 60 cidades e regiõeseuropeias de 16 diferentes países, que cooperam no sector dostransportes urbanos e cujo objectivo é a procura de soluçõesconjuntas que permitam conjugar a mobilidade, o ambiente e odesenvolvimento sustentável. Verdadeiro «portal do transporteurbano», com ligações a numerosas organizações activas nestaárea, a página Polis é uma mina de informações para os agenteslocais e regionais interessados nesta ploblemática.

www.carpathianfoundation.orgÉ a página Internet de uma organização muito interessante paraquem procura cooperação nos países candidatos da EuropaOriental. Associação transfronteiriça, a Fundação dos Cárpatosapoia, técnica e financeiramente, projectos de desenvolvimentolocal na confluência de cinco países: Polónia, Eslováquia,Hungria, Roménia e Ucrânia. Esta página Internet é acessível eminglês e nas línguas oficiais de cada um dos países em questão.

www.eixoatlantico.comA página Internet da região europeia Galiza (Espanha) e Norte dePortugal é um bom exemplo das possibilidades que a Internetpode proporcionar à cooperação inter-regional, em termos deinformação, tanto aos cidadãos como aos agentes dodesenvolvimento regional. Encontra-se aí toda a documentaçãoinstitucional pertinente e uma agenda completa, atraente eactualizada, das actividades sociais, culturais, desportivas, etc.organizadas no «canto noroeste» da península Ibérica. Estapágina é acessível em galego, espanhol, português e inglês.

Em linha