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Solidariedade e coesão Entrevista Frank Gaskell Presidente de Euromontana Cooperação Europa do Noroeste Em foco O novo Fundo de Solidariedade da União Europeia Descoberta de um país candidado A Eslovénia Descoberta de uma região O Burgenland Em acção A Andaluzia contra a «fractura digital» pt info regio panorama 8 Dezembro de 2002

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Solidariedade e coesão

EntrevistaFrank GaskellPresidente deEuromontana

CooperaçãoEuropa doNoroeste

Em focoO novo Fundo deSolidariedade daUnião Europeia

Descoberta de umpaís candidadoA Eslovénia

Descoberta de umaregiãoO Burgenland

Em acçãoA Andaluzia contraa «fractura digital»

pt

inforegiopanorama

8 Dezembro de 2002

Como definiria em poucas palavras opapel de Euromontana? A sua acção éessencialmente técnica ou também«política»?

Euromontana é uma associaçãoeuropeia de cooperação entre regiões demontanha. O que dizem os nossosestatutos — «promover os interesseseconómicos, sociais, culturais eambientais das populações das regiõesde montanha» — resume perfeitamentea nossa actividade. A nossa rede reúneorganizações regionais e nacionais demontanha de toda a Europa:associações, grupos socioprofissionais,colectividades territoriais, agências dedesenvolvimento económico, agrícola erural, agências de defesa do ambiente,institutos de investigação, etc. Estemultissectorialismo permite àEuromontana responder de maneira

dinâmica e flexível aos desafios damontanha e reforçar ao mesmo tempo asua vocação de promover umdesenvolvimento integrado e duradoiro.

Mesmo que o nosso slogan não oficialseja «acções e não palavras» eestejamos orgulhosos das nossascompetências técnicas e operacionais,aproveitamos todas as ocasiões parafazer ouvir a voz frágil dascomunidades de montanha e promovero seu inestimável potencial económicoe social. Neste sentido, a nossa acção étambém política. O nosso papeltécnico é importante porque reforça onosso papel político e permite ter umimpacto imediato sobre a acção.

Qual é a principal mensagem que aEuromontana quer transmitir? Como ésentida esta mensagem nos Estados--Membros e a nível europeu?

A nossa mensagem é muito simples: osterritórios de montanha da Europafazem parte das últimas reservas dediversidade: não só da biodiversidade,mas também da diversidade dasculturas, dos saber-fazer e dosprodutos locais. Na era damundialização e da normalização, ascomunidades de montanha constituempara a Europa um precioso trunfoeconómico e social, mesmo que frágil.Negligenciar as zonas de montanhanão é apenas um erro moral, é também

uma atitude irresponsável do ponto devista económico.

Estes argumentos parecem ter alteradoa percepção dos Estados-Membros e aestratégia das instituições europeias noque diz respeito aos problemas damontanha. Como as ilhas e as regiõesde muito baixa densidadepopulacional, a montanha foi inscritano segundo Relatório Europeu sobre aCoesão como um campo deintervenção prioritário da políticaregional comunitária. Este sucesso éincentivador, embora tenhamos delembrar constantemente a nossamensagem nesta fase crítica queatravessamos, devido ao alargamento eàs reformas da política regionaleuropeia e da política agrícola comumno horizonte de 2006.

Quais são as especificidades dosterritórios de montanha europeus?

Embora se reconheça que há enormesdisparidades entre elas em termos deprosperidade, todas as regiões demontanha partilham desvantagenspermanentes devidas ao seu relevo:dispersão do habitat, acessos ecomunicações difíceis, condiçõesagrícolas desfavoráveis, etc. A istoacrescem ainda outros problemasestruturais como, por exemplo, adificuldade de acesso ao ensinosuperior e o declínio demográfico. Em

infor

Entrevista

INTERREG IIIB«Europa do Noroeste»

4Acontecimentos

6Editor responsável: Thierry Daman, CE, DG da Política Regional.

Esta revista está disponível nas 11 línguas da União Europeia e na página Internethttp://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_pt.htm. É impressa em 5 línguas (FR, EN, DE, ES, IT) em papel reciclado.Os textos desta publicação não têm valor legal.

Jornalismo: Sophia Desillas, Elisabeth Helming, Jean-Luc Janot, Jean Lemaître, EamonO’Hara/AEIDL

Fotografias (páginas): Euromontana (1), Michel Maigre (7), TZE Eisenstadt GmbH (11),Nationalpark Donau-Auen (12), Guadalinfo (14)

Capa: CEDER Serranía de Ronda

Sumário

GaskellPresidente de Euromontana

2 inforegio panorama • N.° 8

Frank

regioA Eslovénia: Uma História de Sucesso— Questões colocadas àSr.ª Tea Petrin, ministra daEconomia da Eslovénia

8O Burgerland, porta para a EuropaOriental

10O novo Fundo deSolidariedade daUnião Europeia

12A Andaluzia contra a «fractura digital»

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panorama • N.° 8inforegio 3

contrapartida, os territóriosmontanhosos possuem muitasqualidades intrínsecas: uma granderiqueza ambiental, produtos locaisúnicos e, sobretudo, comunidadeshumanas fortes e ricas em recursos.

Qual é a importância da dimensãoeuropeia no desenvolvimento dosterritórios montanhosos?

Seria injusto perante os Estados--Membros dar a entender que o degraueuropeu é o remédio para todos osmales, mas também é verdade que, namaioria dos países europeus, aproblemática da montanha é umapreocupação menor. É, porconseguinte, indispensável conjugar eagregar, a nível europeu, as diferentesatitudes em relação à montanha, paragarantir uma verdadeira coesãoterritorial. Uma verdadeira estratégiade montanha só poderá contribuir paraque os Estados-Membros se debrucemsobre problemas que, sem estaestratégia, seriam ignorados.

Existem políticas «exemplares» a favordas zonas de montanha nos Estados--Membros? Essas políticas podem sertranspostas para o nível europeu?

É difícil encarar a possibilidade detransferir para toda a Europa políticasespecíficas, executadas com sucessopor este ou aquele Estado-Membro e aele adaptadas. A Euromontanaacredita, no entanto, que é possível eútil transferir abordagens mais gerais,experimentadas a nível local. Estastransferências produzem todos os seusefeitos quando incidem sobre camposestratégicos e sobre aquilo a que sechama «vantagens comparativas» dosterritórios montanhosos.

O sucesso dos produtos de qualidadedesenvolvidos em determinadasregiões de montanha pode, porexemplo, fornecer informaçõesestratégicas preciosas a outras regiões

de montanha. Como o reconheceuexpressamente o comissário Fischlerquando da avaliação da políticaagrícola comum a meio percurso, aprodução de uma alimentação dequalidade é uma oportunidade a nãoperder. Pensamos que as zonasmontanhosas são as que melhorpoderão aproveitar esta oportunidade.

Isto torna ainda mais premente anecessidade de identificar experiênciastransferíveis neste sector. É nessesentido que a Euromontana procurafomentar os intercâmbios ao níveleuropeu, em vários domíniosestratégicos. Nessa perspectiva, vamoslançar em breve um grande projectodestinado a colmatar as necessidadesde informação ligadas aodesenvolvimento de produtos dequalidade nas diferentes regiões demontanha da Europa.

De que maneira a Euromontana encarao futuro da política regional europeia?

Nós somos optimistas, porqueestamos convencidos que a Europaacabará por reconhecer a justeza dosnossos argumentos. Tanto o sentido dejustiça como o interesse económicoexigem que, da reforma de 2006, surjauma política de desenvolvimentoverdadeiramente regional e querespeite a coesão territorial da mesmaforma que a coesão social e económica.A tendência, cada vez mais evidente,para a concentração das actividadeseconómicas em determinadas zonas daEuropa merecerá igualmente umaatenção particular dos decisorespolíticos. Não deixaremos abandonaras comunidades de montanha daUnião Europeia e as suasinsubstituíveis culturas, saber-fazer eprodutos, que serão aindaenriquecidos pela chegada dosterritórios montanhosos da EuropaOriental. Toda a Europa beneficiará dofuturo preservado das nossasmontanhas.

Uma voz a favor da montanha europeia

Em 1974, a Confederação Europeia daAgricultura (CEA) criou um grupo detrabalho permanente encarregado das«questões socioeconómicas em regiõesde montanha». Baptizado«Euromontana», este grupo reunia osrepresentantes agrícolas dos paísesalpinos e pirenaicos e organizava umaconferência de dois em dois anos.

Em 1994, a Euromontana decidiu criarnovas relações com os países da EuropaCentral e Oriental e integrarrepresentantes de outros sectores nãoagrícolas: desenvolvimento rural,ambiente, etc.

Em 1995, foi realizada em Cracóvia,na Polónia, a primeira conferência daEuromontana organizada num país daEuropa Central. Perante o sucessodeste evento, a Euromontana decidiudotar-se de existência jurídica. Osrepresentantes de 14 regiões oupaíses europeus (Albânia, Bulgária,Escócia, Eslováquia, Eslovénia, França,Grécia, Itália, Macedónia, País Bascoespanhol, Polónia, Roménia, Suíça eRepública Checa), reunidos em 4 deMarço de 1996 em Roma, declararam--se membros fundadores daassociação.

A Euromontana reúne hoje 36organizações de todos os tipos,repartidas por 15 países europeus(Portugal e outras regiões vieramjuntar-se aos membros fundadores).

Contacto:EuromontanaRue Philippe le Bon 46, B-1000 BruxellesTel.: (32-2) 280 42 83Fax: (32-2) 280 42 85

E-mail: [email protected]: http://www.euromontana.org/default.htm

4 inforegio panorama • N.° 8

A área de cooperação ENO estende-seda Escócia até à Suíça. Vivem nesteespaço 171 milhões de habitantes, oque representa perto de metade dapopulação da União Europeia. Delonge o mais dotado dos 13 programastransnacionais Interreg IIIB, esteprograma proporciona umaoportunidade única às cidades eregiões envolvidas para alargarem osseus horizontes e tirarem partido doformidável enriquecimento dacooperação transnacional.

Apesar da prosperidade económica deque goza desde há longos anos oNoroeste da Europa, são numerosas ascidades e as zonas rurais que sofremainda os efeitos nefastos, quando nãodesastrosos, do declínio industrial e,também, da concentração excessiva decertas actividades nas grandesmetrópoles. Desigualdadesinterregionais, asfixia dos principaiseixos de comunicação, degradação dosespaços naturais, bairros urbanos emcrise, inundações que causam danosconsideráveis são problemas queenfraquecem quotidianamente esteconjunto regional, motor daconstrução europeia.

Face a tais realidades, o programa ENOpretende valorizar, na área dacooperação, um certo número detrunfos — excelentes infra-estruturasrodoviárias, ferroviárias e aéreas, mão--de-obra altamente qualificada,economia sólida e inovadora, etc. —sem descurar o combate contra osefeitos nefastos que acabámos de evocar.

Repensar o ordenamento doterritório com vista a umdesenvolvimento mais equilibrado eduradoiro.

O programa ENO encoraja umacolaboração entre cidades e regiões

orientada para a procura de respostascomuns para os seus problemas,problemas estes que, graças à suanatureza, só podem ser resolvidoseficazmente de maneira transnacional.Foram assim identificadas cincoprioridades pelos Estados-Membros epelas regiões que participam noprograma:

• Prioridade 1: um sistema atraente ecoerente de centros urbanos e deregiões — Estabelecer um melhorequilíbrio entre grandes metrópoles e

cidades médias e entre zonas urbanase zonas rurais, controlar ocrescimento urbano, lutar contra aexclusão social e reabilitar as zonasindustriais desafectadas.

• Prioridade 2: acesso interno eexterno — Melhorar as ligaçõesentre o Noroeste da Europa e o restodo mundo, favorecendo ao mesmotempo modos de transportealternativos (intermodalidade dostransportes marítimos, ferroviários e

CooperaçãoInterreg IIIB «Europa do Noroeste»

A cooperação transnacional activa-seCom um orçamento de 650 milhões de euros, dos quais 330 milhões são co-financiados pelo FEDER, o programa«Europa do Noroeste/ENO» (2000-2006) encara as coisas em grande.

panorama • N.° 8inforegio 5

aéreos) e estratégias de mobilidadeduradoira. O acesso à sociedade dainformação é igualmente encorajadopor acções de sensibilização e depromoção das tecnologias avançadasda informação e da comunicaçãojunto do grande público e dasempresas.

• Prioridade 3: gestão dos recursoshídricos e luta contra os danoscausados pelas inundações —Melhorar a gestão integrada eduradoira dos sistemas e recursoshídricos e prevenir e reduzir osdanos causados pelas inundaçõesfluviais e costeiras.

• Prioridade 4: outros recursosnaturais e património cultural —Reduzir «a marca ecológica» dasactividades humanas mediante apromoção de redes verdes e decorredores ecológicos, lutar contra aexpansão das cidades, proteger emelhorar o ambiente e o patrimóniocultural, elaborar e ensaiar estratégiasintegradas de desenvolvimentoterritorial para as zonas costeiras, asregiões protegidas, as zonas sensíveise as regiões de biodiversidadeelevada.

• Prioridade 5: promoção daintegração territorial nas zonasmarítimas da área ENO —Encorajar a cooperação entre osportos da zona ENO, promover otransporte marítimo de curta distânciaentre as regiões, facilitar a cooperaçãoentre as regiões marítimas e as regiõesdo interior, preservar as reservashaliêuticas e prevenir os riscos depoluição marítima derivados daactividade humana.

A autoridade de gestão do programaENO é da Região Nord-Pas-de-Calais(França), assistida por um secretariadotécnico comum sediado em Lille. Agestão e execução transnacional doprograma são asseguradas por umcomité de acompanhamento e umaautoridade de pagamento.

Contacto:

Secretariado Interreg IIIB ENO a/s Philippe Doucet, director do programa «Les Cariatides», 5ème étage, 24 Boulevard Carnot F-59800 LilleTel.: (33) 320 78 55 00Fax: (33) 320 55 65 95E-mail: [email protected].

AMNO, precursor do conceito de«planificação territorialtransnacional»

Precursor do ENO, o programa InterregIIC «AMNO» incutiu uma nova maneirade pensar e de gerir os fundosestruturais.

A primeira geração do programaNoroeste da Europa, baptizado em1997 «AMNO» (Área Metropolitana doNoroeste da Europa), evoluiu imenso.Fazendo uma rápida incursão nopassado vê-se que «o balanço é muitopositivo e encorajador», segundoAngèle Martinez, actual responsávelpelo departamento de finanças nosecretariado do ENO. A «AMNO soubesuscitar uma nova maneira de pensar ede gerir os fundos estruturais econduzir os principais intervenientes auma reflexão em termos de benefícioscomuns».

Apesar das inúmeras diferençasadministrativas, culturais, jurídicas elinguísticas dos sete países participantes,a AMNO tornou-se numa estrutura defuncionamento praticamente única naaltura: um secretariado técnico comum eum comité de acompanhamentofuncionando em moldes puramentetransnacionais.

«Um sucesso que se traduziu em factosmultiplicando por dez os orçamentos»,esclarece Angèle Martinez. No total, aAMNO co-financiou nada menos doque 45 projectos envolvendo 367organizações de todos os sectores.

O sucesso do conceito transnacionalexplorado pela AMNO foi igualmenteconfirmado com a instituição obrigatóriado modelo de funcionamentotransnacional nas outras 10 áreas decooperação Interreg C, que não tinhamoptado por este esquema de decisão (naaltura da AMNO, só funcionavamsegundo um modelo de decisãotransnacional as áreas de cooperaçãobáltica e do mar do Norte). Outracontribuição importante introduzida pelaAMNO foi uma gestão dos fundos muitomais flexível, original e eficaz, o quepermitiu a afectação de praticamentetodo o orçamento autorizado.

Área de cooperação ENO

A zona de cooperação transnacional do programaabrange regiões situadas em oito países:

• todos os territórios belga, luxemburguês,britânico e irlandês;

• 13 regiões francesas: Nord-Pas-de-Calais, Picardie,Haute-Normandie, Ile-de-France, Basse-Normandie,Centre, Champagne-Ardenne, Lorraine, Bourgogne,Alsace, Franche-Comté, Bretagne, Pays de la Loire;

• 9 províncias neerlandesas: Overijssel, Gelderland,Flevoland, Utrecht, Noord-Holland, Zuid-Holland,Zeeland, Noord-Brabant, Limburg;

• 6 estados alemães: Nordrhein-Westfalen, Hessen,Rheinland-Pfalz, Saarland, Baden Württemberg, Bayern(Schwaben, Unter-, Mittel- und Oberfranken);

• 15 cantões suíços: Basel-Stadt, Basel-Landschaft,Aargau, Solothurn, Bern, Jura, Uri, Schwyz, Obwalden,Nidwalden, Luzern, Glarus, Zug, Zürich, Neuchâtel.

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Lembramos que a montanha ocupa 30% do territórioeuropeu, onde vivem 30 milhões de habitantes.

Organizado pelas direcções-gerais da Política Regional e daAgricultura, no âmbito do Ano Internacional dasMontanhas, este seminário permitiu fazer, entre outrascoisas, uma primeira avaliação do impacto da políticacomunitária sobre as zonas de montanha.

Foram organizados, simultaneamente, três grupos detrabalho sobre os seguintes temas: política regional eordenamento do território, apostas da agricultura demontanha, qualidade de vida nas zonas de montanha.

Ao resumir os trabalhos e os debates destes dois dias, GuyCrauser, director-geral da Política Regional, mencionoudiferentes perspectivas e pistas a seguir, agora que aComissão está a pensar nos instrumentos de apoio paradepois de 2006:

• ter em melhor conta as especificidades das diferentes zonasde montanha;

• combinar as políticas, tanto entre sectores como entreníveis de responsabilidade;

• optimizar a utilização dos numerosos instrumentosexistentes;

• reforçar a cooperação e as trocas de experiências entreregiões, nomeadamente graças ao Interreg;

• valorizar a montanha a partir do seu potencial específico edos seus produtos de qualidade.

Podem ser obtidas informações complementares sobre oseminário na página Internet Inforegio:http://europa.eu.int/comm/regional_policy/newsroom/index_pt.htm

Verdadeiro cordão umbilical entre a bacia do Escalda, a redefrancesa de vias navegáveis e o eixo fluvial Sambre-Mosa--Reno, o Canal do Centro sofria de um «estrangulamento»no seu traçado: a adaptação ao padrão europeu (1 350toneladas) de uma secção de 3,5 km demorava, graças àcomplexidade do problema causado pelo patamar de partilhadas águas entre o Mosa e o Escalda, ou seja, 88 metros dedesnível numa distância muito curta. Para superar esteobstáculo, foram realizadas duas obras importantes:

• um gigantesco elevador que permite aos barcos de 1350toneladas percorrerem, em menos de 2 horas (ao contráriodas 6 anteriores), uma secção de cerca de 7 km, com umdesnível de 73,15 m. Com os seus 105 m de altura, 140 mde comprimento e 85 m de largura, o elevador de Strépy--Thieu é, actualmente, a maior estrutura deste tipoconstruída até hoje no mundo;

• uma impressionante ponte-canal (500 m de comprimento,10 a 20 m de profundidade e 140 000 toneladas de carga)por cima de um importante nó rodoviário. Aqui, os barcospassam por cima dos automóveis.

Foram necessários vinte anos e cerca de 600 milhões deeuros para realizar a modernização deste canal. Iniciados em1982, os trabalhos estiverem parados devido, em parte, aproblemas de financiamento, até que a Comissão Europeiaconsiderou o projecto como prioritário no seu esquemadirector das vias navegáveis de interesse comunitário (1993)e que a Região da Valónia confiou, em 1996, os trabalhos auma sociedade mista. Esta última soube mobilizar diversasfontes de financiamento: capitais da região, subsídios daUnião Europeia, empréstimos a longo prazo do BancoEuropeu de Investimento, capitais privados, etc.

AcontecimentosPolíticas comunitárias e zonas de montanhaEm 17 e 18 de Outubro, reuniram-se num seminário, em Bruxelas, cerca de 400 intervenientes vindos das regiõesmontanhosas da União Europeia para debaterem problemas de desenvolvimento regional específicos às zonas demontanha e a maneira como poderiam ser melhor levados em conta no futuro pelos fundos estruturais.

Valónia (Bélgica)

No país dos barcos voadoresNa província belga do Hainaut, o ambicioso programa de modernização do Canal do Centro terminou emSetembro passado, com a abertura de duas infra-estruturas únicas no mundo: o elevador de barcos de Strépy--Thieu e a ponte-canal do Sart.

panorama • N.° 8inforegio 7

Os trabalhos exigiram grandes feitos técnicos e estão jáconcluídos, tendo o novo troço sido inaugurado em 2 deSetembro passado. Com a supressão deste estrangulamentoabre-se um novo eixo fluvial, navegável por arqueações de1 350 toneladas, ligado de um lado à bacia parisiense e aoNord-Pas-de-Calais (Dunquerque e Lille) e, do outro, aosPaíses Baixos, à Alemanha e aos países da Europa Oriental.Além de dar um forte impulso ao futuro de um transporteecológico, o funcionamento deste espectacular complexo deStrépy-Thieu constitui-se como uma nova atracçãoturística, que se integra na estratégia de desenvolvimento doHainaut, implementada pelo programa Objectivo 1.

Contacto:

Região da Valónia, Ministério do Equipamento e dosTransportes, Direcção-Geral das Vias Hidráulicas de Mons(D 221),Rue Verte 11B-7000 MonsTel.: (32-65) 39 96 10Internet: http://voies-hydrauliques.wallonie.be.(Canal do Centro): http://www.canal-du-centre.be.

A página Internet Inforegio (http://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_fr.htm) permite consultar, porpaís e por tema, uma base de dados contendo cerca de500 exemplos de projectos de desenvolvimentoeconómico ou social apoiados pelos fundos estruturaise pelo Fundo de Coesão. Um questionário em linhapermite incluir diversas informações sobre novosprojectos interessantes para serem integradas na base dedados. Não hesite em apresentar os seus projectos naseguinte página Internet:http://europa.eu.int/comm/regional_policy/projects/stories/index_fr.cfm

Apresente os seus projectos na páginaInternet Inforegio

O elevador de Strépy-Thieu permite aos barcos transpor 88 metros de desnível.

8 inforegio panorama • N.° 8

Limitada a norte pela Áustria, anoroeste pela Hungria, a sudoeste pelaCroácia e a oeste pela Itália e pelo marAdriático, esta antiga república daJugoslávia, independente desde Junhode 1991, é um país de dimensãomodesta: 20 254 km2 de área.

Montanhosa e muito arborizada, aEslovénia pode-se dividir em trêsregiões naturais: «Gorenjsko»,designação local da cordilheira alpina,«Notranjsko» («Interior»), quecorresponde aos planaltos calcários doKarst, e «Dolenjsko», zona deplanícies e de colinas. Este últimoconjunto reagrupa a maior parte dasactividades industriais e das cidades,ente as quais a capital, Liubliana(350 000 habitantes). Uma orla de46,6 km sobre o mar Adriático ofereceà Eslovénia uma saída marítima.

Regresso à prosperidadeA Eslovénia possui recursos naturaisvariados (chumbo, zinco, mercúrio,carvão, petróleo e madeira) e umaindústria muito diversificada. Atravessia dos Alpes eslovenos atravésde importantes locais de passagementre o Adriático e a Europa Centralproporciona ao país, desde há muito, apossibilidade de usufruir importantesbenefícios comerciais ligados àcirculação de bens, o que explica o seudesenvolvimento precoce e,actualmente, uma situação económicarelativamente privilegiada.

Antes da independência, a Eslovéniaera a mais próspera das seis repúblicasda antiga Jugoslávia. A perda dosmercados jugoslavos e a longa guerrana Bósnia-Herzegovina tiveram gravesrepercussões sobre a economiaeslovena. As autoridades públicastomaram medidas para melhorar aeconomia e reforçar o mercado e aactividade bancária. Tambémincentivaram a privatização das

empresas do Estado, processo que estáainda em curso.

Contribuíram para o desenvolvimentodo país boas infra-estruturas e umamão-de-obra qualificada. Entre 1994 e1999, o crescimento esloveno foi, emmédia, de 4,2% ao ano, e o desempregodiminuiu para metade (7,3% em 1999).A inflação (200% em 1992) foicontrolada, muito embora se mantenhaainda bastante elevada (7,9% em 2000).O PNB por habitante atingiu 69% damédia dos Quinze em 2001, colocandoa Eslovénia entre a Grécia e Portugal,em termos de nível de vida.

A indústria representa 56% do PNBda Eslovénia. A electrónica, asmáquinas eléctricas, a transformaçãode metais, a metalurgia, oselectrodomésticos e o sectorautomóvel são os principais sectoresindustriais. O país exporta matérias--primas, produtos semi-acabados,máquinas, motores eléctricos,alimentos, vestuário, produtosfarmacêuticos e cosméticos. 70% dassuas exportações são absolvidas pelaUnião Europeia. O turismo é tambémuma fonte importante de rendimentose está em progresso constante.

AdesãoApós o seu reconhecimentointernacional em 1992, a Eslovéniaaderiu a numerosas organizaçõesinternacionais. As negociações paraadesão à União Europeia foraminiciadas em Março de 1998.

Para o período 2000-2006, além daajuda Phare, a Eslovénia beneficia deum apoio para a execução deprojectos de infra-estruturas nosdomínios do ambiente e dostransportes através do programaISPA. Beneficia igualmente de umaajuda financeira através do programaSapard, para medidas de pré-adesão àagricultura e ao desenvolvimento

rural. A título de exemplo, o total daajuda financeira disponível para aEslovénia entre 2000 e 2002 estáestabelecido da seguinte forma: Phare,6,5 milhões de euros por ano (a queforam acrescidos 3,3 milhões de eurosem 2001); Sapard, 6,6 milhões deeuros por ano; ISPA, entre 10,8 e21,7 milhões de euros por ano.

A Eslovénia pode também financiar,com a ajuda das suas dotações nacionais,uma parte da sua participação emprogramas comunitários, tais como osprogramas-quadro de investigação e dedesenvolvimento tecnológico, bemcomo os programas nas áreas daeducação e das empresas. Temigualmente acesso às fontes definanciamento a título dos programasmultinacionais e horizontaisdirectamente ligados ao acervocomunitário.

Contacto:

Ministério da EconomiaKotnikova 5SLO-1000 LiublianaTel.: (386-1) 478 36 21Fax: (386-1) 478 35 22Internet: www2.gov.si/mg/mgslo.nsf.

Descobertade um país candidatoA Eslovénia

Uma história de sucessoJá muito forte nos tempos da ex-Jugoslávia, a Eslovénia é o mais próspero dos dez países da Europa Central eOriental candidatos à adesão, e também um dos países mais avançados nas negociações para uma União alargada.

Superfície

20 273 km2

População (2000)

1 982 600 habitantes

Densidade: 98 hab./km2

(UE-15: 118 hab./km2)

Economia e emprego

PNB/habitante (2001):16 000 euros (UE-15: 23 200 euros)Índice PNB/hab. PPA (2001):69 (UE-15: 100)Taxa de desemprego (2001):5,7% (UE-15: 7,4%)

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Como explica ostradicionais bonsdesempenhos daeconomiaeslovena?

Nestes últimos 10anos, a economiaeslovena não sópassou pormudanças

estruturais, como também teve de se adaptara um ambiente fortemente concorrencial. Osucesso relativo das empresas eslovenas nestaadaptação e a aptidão dos empresários emaproveitar as novas oportunidades quesurgiram assentam em várias condiçõesfavoráveis: um contexto macroeconómicoestável, uma fiscalidade equilibrada efavorável às empresas, uma mão-de-obraqualificada, uma melhoria substancial doensino superior, uma excelente situaçãogeográfica que facilita as comunicações, infra--estruturas tecnológicas modernas, um apoiopúblico importante à investigação científica eo acesso a bons serviços de saúde e, de ummodo geral, a uma boa cobertura social.

Quais são os principais desafiossocioeconómicos da Eslovénia e comosão tidos em conta na política regionalnacional?

A Eslovénia quer transformar-se num actorcompetitivo na cena económica mundial,apostando em produtos e serviços de altovalor acrescentado, na qualidade, nainovação e no espírito de empresa. Trata-sede assegurar um elevado crescimentoeconómico que fará da Eslovénia um paíspróspero, com uma boa qualidade de vida ede bem-estar social.

Os nossos objectivos económicosconsistem no reforço do desenvolvimentohumano e da coesão social, na melhoria dasinfra-estruturas e dos serviços, no apoio aum desenvolvimento regional equilibrado enuma bem sucedida entrada da Eslovéniana União Europeia. A adesão à União éencarada simultaneamente como umprocesso de integração regional e, aomesmo tempo, como uma importante etapapara a globalização da economia eslovena.

Em resposta a este processo de globalizaçãoe integração, a orientação política baseia-seem três eixos estratégicos. Em primeirolugar, aumentar a flexibilidade eadaptabilidade da economia, para usufruirdas oportunidades de desenvolvimento,

limitando ao mesmo tempo os riscos com aabertura e integração da nossa economianos fluxos mundiais. Em segundo lugar,apoiar a adaptação das empresas a ummercado muito mais amplo, aumentado osníveis de especialização, promovendoparcerias estratégicas e facilitando aaquisição de novas competências. Emterceiro lugar, controlar os riscos sociais damundialização e ter como objectivo umdesenvolvimento global sustentável.

Neste contexto, a política regional daEslovénia procura reforçar a vitalidadeeconómica de todas as regiões. Esta políticabaseia-se nos princípios dodesenvolvimento sustentável: valorizar todoo potencial das regiões, sem nunca descuraros recursos e as possibilidades dedesenvolvimento das futuras gerações. Anossa política orienta-se para o apoioinstitucional aos indivíduos, às comunidadeslocais e às regiões, numa perspectiva deadaptação rápida e bem sucedida e queaproveite as novas oportunidades.

Face ao problema das disparidadeseconómicas regionais, implementamos umapolítica voluntarista de promoção dacapacidade empreendedora, de apoio àcompetitividade das empresas, de chamarizaos investimentos e de desenvolvimento dasinfra-estruturas. Os programas dedesenvolvimento regional são completadospor medidas de apoio à agricultura e aodesenvolvimento rural, de protecção dopatrimónio, de ordenamento do espaço e depreservação do ambiente.

Quais são as maiores expectativas doseu país relativamente à participaçãona União Europeia?

Com a adesão à União Europeia, ohorizonte económico das empresaseslovenas vai alargar-se consideravelmente.Cabe-nos tirar partido desse alargamento.É por isso que é importante preparar o paíspara enfrentar a pressão concorrencial domercado único. É um processo já beminiciado, graças, entre outras coisas, àsmedidas comunitárias de pré-adesão.

Quanto à política regional, gostaríamos queo dispositivo estrutural comunitário nosfosse aplicado equitativamente. Na nossaopinião, a Eslovénia deveria ser tratada empé de igualdade com os Estados-Membrosque têm um nível de desenvolvimentoidêntico ao nosso: Portugal e Grécia, porexemplo. Este tratamento equitativo é

necessário para alcançar os nossosobjectivos nacionais de desenvolvimentoregional equilibrado e reduzir o atraso emrelação à média da União Europeia.

Quais são os pontos mais difíceis aindapor negociar na adesão da Eslovénia àUnião Europeia?

Até à data (NDLR: Setembro de 2002), aEslovénia concluiu provisoriamente 28capítulos (1). Os capítulos referentes àagricultura e ao orçamento continuam emdiscussão. Quanto à agricultura, os pontosessenciais prendem-se com as quotas e como acesso dos agricultores eslovenos àsajudas directas. Relativamente aoorçamento, trata-se da quota-partefinanceira da Eslovénia e da sua posição decontribuinte líquido para o orçamentocomunitário. Por outro lado, estamosconvencidos que as discussões sobre umadivisão territorial mais propícia aodesenvolvimento regional equilibrado vãoprosseguir com a Comissão, de maneira arever, até finais de 2006, a classificaçãoNUTS da Eslovénia enquanto Estado--Membro da União Europeia.

Em termos de política regional, o quepode oferecer a Eslovénia à UniãoEuropeia e, reciprocamente, o quepodem trazer a União Europeia e osseus Estados-Membros ao país?

Há experiências diferentes deimplementação de políticas regionais nosdiversos países. O «modelo esloveno» dedesenvolvimento policêntrico poderiainteressar aos Estados-Membros queenfrentam dificuldades regionaiscomparáveis às nossas. Partilhamosinteiramente a opinião — e já o provámosempiricamente — que a concentraçãogeográfica das actividades económicas podeconduzir facilmente à congestão dosequipamentos, ao desemprego nas zonasperiféricas e à explosão dos preços doimobiliário nas zonas centrais.Reciprocamente, as «boas práticas» dedesenvolvimento regional equilibrado,experimentadas nos Estados-Membros daUnião, poderiam ser de grande interesse paranós, quando se tratar de elaborar as nossaspróprias medidas de política regional.

Questões colocadas à Sr.ª Tea Petrin,ministra da Economia da Eslovénia

(1) NDLR: As negociações de adesão à UniãoEuropeia compreendem 31 «capítulos».

10 inforegio panorama • N.° 8

Situado na extremidade oriental daÁustria, o Burgenland tem fronteirascom a Eslováquia, a Hungria e aEslovénia e distingue-se, em volta dolago de Neusiedl, por uma imensaplanície árida, única na sua natureza.Outrora húngara, esta região tornou--se austríaca em 1921. Não temnenhuma grande aglomeração.

A sua situação geográfica, em contactodirecto com a antiga Cortina de Ferro,entravou o desenvolvimento doBurgenland durante décadas. Mesmoque a região tenha registado nosúltimos anos uma taxa de crescimentosuperior à média austríaca, o seu PNBcontinua a ser muito inferior à médianacional.

O desenvolvimento do Land maisoriental da Áustria apresentaigualmente importantes disparidadesinterregionais. No Norte, em volta dacapital regional, Eisenstadt (11 000habitantes), numerosas PME, masigualmente grandes empresasindustriais, criaram estruturascolectivas, como o parque industrial deSiegendorf, o parque de negócios deMüllendorf ou o Centro Tecnológicode Eisenstadt (ver artigo). No Norte, àvolta do lago de Neusiedl, encontra-setambém a maior região vinícola daÁustria e a mais importante zonaturística («Seewinkel»). Emcontrapartida, a economia do centro

do Burgenland repousa essencialmentena agricultura, ao passo que o Sul, quecompreende numerosas fontes de águamineral e centros de cura, constitui umelo importante da região termal deBurgenland-Styrie.

Mais de 11% da população activatrabalha na agricultura e silvicultura,sectores que representam, juntos,quase 8% do valor acrescentadoregional, ou seja, uma percentagemmuito superior à média austríaca. Osprincipais sectores de transformaçãosão a metalurgia, a indústriaagroalimentar e a indústria têxtil e depeles. A construção civil e a indústriamineira desempenham igualmente umpapel preponderante na economiaregional. O sector terciário, por suavez, regista um crescimentoconstante. Representa mais de 60% daactividade económica e revela aimportância do sector público para aregião.

Como o Burgenland é atravessadopelos principais eixos internacionais decomunicação com a Hungria, a políticaregional pretende transformar o Landnuma «porta para a Europa Oriental»e numa plataforma para intercâmbioseconómicos entre o Leste e o Oeste. OBurgenland proporciona assimnumerosas possibilidades às empresasque desejam implantar-se a Este daEuropa. Neste campo, a criação do

parque de actividades financeirastransfronteiriço de Heiligenkreuz-Szentgotthard abriu novasperspectivas.

O programa Objectivo 1 articula-se àvolta de três grandes objectivos: fazerdo Burgenland uma região moderna naEuropa Central, preparar oalargamento da União e reduzir asdisparidades interregionais. Tudo istopassa pela melhoria da eficáciaeconómica da região e dacompetitividade das suas empresas.Daí a ênfase dada à inovação, àstransferências tecnológicas e aodesenvolvimento das redes deempresas.

Contacto:

Amt der BurgenländischenLandesregierungEU-Verwaltungsbehörde LandesamtsdirektionEuropaplatz 1A-7000 EisenstadtTel.: (43) 2682.600-2992Fax: (43) 2682.600-2994E-mail:[email protected]: www.rmb.at/.Estão disponíveis mais informaçõessobre o Burgenland e a UniãoEuropeia na página Internet:www.burgenland.at/default.asp?SAULEID=6&SAEULENHOME=00272642020028759558.

Descobertade uma regiãoO Burgenland (Áustria)

Porta para a Europa Oriental Com o alargamento da União Europeia, a situação fronteiriça e oriental que penalizou longamente odesenvolvimento do Burgenland transformou-se hoje num trunfo.

Superfície3 966 km2

População278 600 habitantesDensidade: 70habitantes/km2 (EU-15: 118 habitantes/km2)

Economia e emprego

PNB/hab. PPA (1999):71,4 (EU-15: 100)Taxa de desemprego(2001): 8,2% (EU-15: 7,4%)

Fundos estruturais (2000-2006)

Objectivo 1 EU Outros fundos públicos Fundos privados Total

271 milhões 98,57 milhões 494,32 milhões 863,90 milhõesde euros de euros de euros de euros

Até hoje, o Burgeland era maisconhecido nos mercados orientais daÁustria pelas suas vinhas do que pelasua alta tecnologia. O programaObjectivo 1 permitiu à região lançar-senas tecnologias de ponta.

Subsídios europeus de 7,2 milhões deeuros conduziram à criação do«Technologie Zentrum Eisenstadt(TZE)» (Centro de TecnologiaEisenstadt - CTE), que aloja não sóempresas multinacionais comotambém PME e jovens empresasinformáticas no domínio dainformação.

O TZE compreende um conjunto deedifícios e de locais ultramodernos,equipados com as infra-estruturasdigitais e telemáticas necessárias àsactividades avançadas de comunicação.Completam as instalações diversosequipamentos colectivos como, porexemplo, uma sala de teleconferência.

A escolha de Eisenstadt foi ditada porum conjunto de trunfos: com 450 000habitantes residindo num raio de 45km em torno da cidade e uma bacia deemprego de 75 000 activos nos sectoressecundário e terciário, o centroadministrativo do Burgenlandconstituía uma localização privilegiadapara o projecto.

Os números falam por si: depois dacriação do Centro em 1997, aeconomia da bacia de Eisenstadt teveum crescimento anual médio de 3,6%e criou 5 200 empregos. À escalaregional, o TZE reforçou, sem dúvida,a competitividade do Burgenland,proporcionando ao mesmo tempoinúmeras oportunidades de formação ede emprego a longo prazo. E aFaculdade de Relações EconómicasInternacionais da Universidade localprepara a sua instalação no mesmoedifício do TZE.

O sucesso do TZE levou à criação dequatro centros em sectores, como asenergias renováveis em Güssing e aóptica electrónica em Jennersdorf, combase no mesmo modelo e noutraslocalizações do Burgenland.

Contacto:

Ernst Horvath, TZE, TechnologieZentrum Eisenstadt GmbH, Marktstr. 3 A-7000 Eisenstadt, Tel.: (43-26) 82 70 40Fax: (43-26) 82 70 49-1Internet: http://www.tze.at/.

panorama • N.° 8inforegio 11

Alta tecnologia Burgenland As ajudas europeias transformam o Burgenland num pólo tecnológico.

Objectivo 1 Burgenland

Pequenos projectos tornar-se-ão grandesPara além dos grandes projectos estruturantes, o programa Objectivo 1 Burgenland co-financia tambémprojectos locais de pequena escala em diferentes sectores.

Exemplos:

• Investigação e desenvolvimentoSedeada em Pinkafeld, a sociedadeaudiovisual «Sunamic Visualisierungund Netzwerk GmbH» obteve umasubvenção do Objectivo 1 paradesenvolver um sistema óptico quepermite um melhor contraste dascores, melhorando assim avisualização de vídeos no exterior.

• Formação na empresaFoi criada em várias empresasinformáticas de Eisenstadt umaformação qualificante de dois anos,

segundo o modelo «aprenderfazendo».

• Inserção socialA associação BUNGIS organiza, noSul do Burgenland, programas deformação para pessoas comdeficiência e desempregados de longaduração.

• Produtos locais As agricultoras do «Mercado ruralde Bad Tatzmannsdorf» vão podertransferir o seu ponto de venda paraa praça principal da sua localidadegraças a subsídios do Objectivo 1.

• Sumo de fruta Foi instalado em Stegersbach umcentro de logística equipado paraentreposto, embalagem eetiquetagem de sumo de fruta.

• Restaurante termalUm empresário pôde realizar o seusonho graças a ajudas do Objectivo1: abrir o seu próprio restaurante nasproximidades de uma fonte termal. Vários projectos promovidos pormicro-empresas estão assim ligadosao termalismo, outro sector chavepara a economia regional.

12 inforegio panorama • N.° 8

As inundações mais devastadoras das últimas décadasassolaram a Europa Central em meados de Agosto, causandomais de 100 mortos. Os danos causados a infra-estruturas e ahabitações representam vários milhares de milhões de euros.A limpeza e a reconstrução dos locais inundados levarãomeses, quando não anos.

Na Europa Central, os países mais afectados foram aAlemanha, Áustria, República Checa e Eslováquia. ASaxónia foi o estado alemão mais afectado: a transformaçãodo rio Elba em torrente caudalosa deteriorouconsideravelmente monumentos e sítios históricos deDresde. Dezenas de milhares de habitantes tiveram de serevacuados, como em Chemnitz e Leipzig.

Em Krems, na Áustria, milhares de pessoas tiveram que serefugiar nos andares superiores dos edifícios para escapar àságuas descontroladas do Danúbio. Na República Checa, paísque durante séculos foi poupado pelas inundações, 40 000habitantes de Praga tiveram de se refugiar em abrigos de

urgência. A Eslováquia foi também gravemente atingida:avarias de electricidade importantes em Bratislava, danosconsideráveis em estradas e outras infra-estruturas detransportes, etc.

Fundo Europeu de SolidariedadeMostrando-se solidária com as vítimas das inundações, aComissão Europeia reagiu rapidamente. Reunidos em 28 deAgosto, os comissários europeus anunciaram uma série demedidas de assistência às regiões afectadas, incluindo umcerto número de reajustamentos e de transferências no querespeita aos fundos estruturais. Como não existia nenhumarubrica orçamental específica para responder a catástrofesdeste tipo, a Comissão apresentou uma proposta de criaçãode um novo Fundo de catástrofes.

A proposta de regulamento que fixa as modalidades deaplicação do «Fundo de Solidariedade da União Europeia»foi adoptada pela Comissão em 18 de Setembro de 2002. O

O novo «Fundo de Solidariedadeda União Europeia»Como consequência das inundações do Verão de 2002, que destruíram várias zonas da Europa, a Comissão Europeiapropôs a criação de um novo Fundo de Solidariedade para reagir mais rapidamente às catástrofes naturais.

Em foco

Parque Nacional Donau-Auen (Áustria): supressão dos braços mortos do Danúbio para evitar as inundações.

panorama • N.° 8inforegio 13

novo Fundo constituirá um instrumento rápido,independente dos fundos estruturais, para ajudar as regiõessinistradas em caso de catástrofe grave.

Os montantes mobilizados para esse Fundo serão acessíveisaos Estados-Membros e, sendo necessário, aos países quetenham em curso negociações de adesão.

O Fundo será aplicado sob a forma de concessão deassistência financeira imediata, com o objectivo de ajudar aspopulações, regiões e países afectados a regressarem o maisrapidamente possível às condições de vida normais. O seucampo de aplicação limita-se assim às necessidades maisurgentes. A reconstrução a longo prazo das infra-estruturase do tecido económico dependerá de outros instrumentos. Aajuda comunitária vem, assim, juntar-se aos esforços dospaíses atingidos.

As ajudas concedidas pelo Fundo terão como objectivo:

• restabelecer imediatamente infra-estruturas importantescomo, por exemplo, os equipamentos de abastecimento deenergia e de distribuição e tratamento da água, as redes decomunicação e de transporte e as estruturas de saúde e deensino;

• realojar provisoriamente os habitantes e as equipas deprimeira intervenção;

• tornar mais seguras as infra-estruturas de prevenção comoos diques;

• sanear as zonas naturais danificadas.

O financiamento deve ser pedido pelo país atingido, combase num acordo entre a Comissão Europeia e o Estadobeneficiário. A execução da ajuda e a selecção dos diferentesprojectos serão da competência do país e das regiõesafectadas.

Se for aprovado pelo Conselho e pelo ParlamentoEuropeu, este Fundo entrará em vigor em Novembro de2002.

Ao apresentar o texto da proposta, o comissário MichelBarnier, encarregado da Política Regional e responsável desteFundo, sublinhou que «o Fundo de Solidariedade da UniãoEuropeia permitirá uma ajuda imediata», e insistiu que «emprimeiro lugar, conviria melhorar a prevenção, a gestão dosriscos e a cooperação inter-regional e internacional». SegundoMichel Barnier, a prevenção dos riscos será uma dasprioridades da futura política regional.

Informações mais completas estão disponíveis na páginaInternet: http://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_en.htm

IRMA, para evitar as cheias do Reno e do MosaCom o Interreg IIC, a União co-financiou 153 projectos de prevenção de riscos nas regiões banhadas pelo Reno e o Mosa.

Por duas vezes, com treze meses de intervalo, em 1993 e1995, o Reno e o Mosa saíram do seu leito, provocandoimportantes inundações. Foi por isso criado um programainternacional de prevenção, o IRMA («Interreg Rhin-MeuseActivities»), lançado em 1997 e subvencionado pelo FEDER,no âmbito de Interreg II C. O programa IRMA estimula acooperação e uma abordagem integrada da problemática dasinundações, favorecendo o intercâmbio de experiências entreos países banhados pelas bacias hidrográficas do Reno e doMosa: Países Baixos, Bélgica, França, Luxemburgo,Alemanha e Suíça. Com um orçamento de 419 milhões deeuros, dos quais um terço provém da União Europeia, o

programa IRMA fomentou 153 projectos em torno de trêsdomínios de intervenção: ordenamento do território, gestãodas águas e prevenção dos danos causados pelas cheias.

Contacto:

Secretariado do Programa IRMABP 30940 IPC 3652500 GX Den HaagNederlandsTel.: (31-70) 339 51 19Fax: (31-70) 339 12 13E-mail: [email protected]: www.irma-programme.org.

14 inforegio panorama • N.° 8

Não se podia encontrar nome maisbonito do que Guadalinfo! «Guada»(Oued), em árabe, significa rio. Ora, amais meridional das regiões espanholasconviveu séculos a fio com a civilizaçãomuçulmana, que lá deixou inúmerosvestígios. Guada faz referência a umfluxo, a um elemento fluente e natural...como a informação. Mas, este bem tãoprecioso como a informação, não éacessível a todos da mesma forma.

A Andaluzia tem, sem dúvida, umaproporção de cibernautas bastanteelevada (22,8% da população),ligeiramente superior à médiaespanhola (21,2%), mas esta estatísticaesconde muitas desigualdades,especialmente no que diz respeito àInternet de banda larga. Há profundasdisparidades na Andaluzia entre oscentros urbanos e as pequenaslocalidades do interior e da montanha,isoladas e desfavorecidas. Nestas zonasde baixa densidade populacional, emuito pouco rentáveis, os operadoresprivados de telecomunicações recusam-

Em acçãoA Andaluzia contra a «fractura digital»

Para que a Internet se torne fluente e natural…No âmbito das acções inovadoras do FEDER, o Governo da Região da Andaluzia (Espanha) lançou o programa«Guadalinfo», que visa tornar a Internet de banda larga acessível a todos os seus habitantes, inclusivamente aosque residem nas pequenas localidades mais afastadas. A título experimental, são criados 25 centros de acessopúblico à Internet como alavancas contra a fractura digital.

-se a investir, por falta de rentabilidade.Apenas um número: presentemente, sóas cidades com mais de 65 000habitantes estão servidas por cabo (ocabo é um dos canais para a «bandalarga»). E nada deverá mudar a curtoprazo. Se deixássemos ao mercado ainiciativa de resolver o problema, asaglomerações de 5 000 habitantes emenos não ficariam ligadas por cabonas próximas duas décadas.

Entre as grandes cidades e as localidadesmais pequenas há um fosso cada vezmaior, que cria uma verdadeira «fracturadigital». A incapacidade de se ligarem àInternet de banda larga geradesvantagens em cadeia, numa época emque o acesso à formação, ao emprego eaos serviços passa cada vez mais pelodomínio do digital. «A ausência deInternet é, pois, sinónimo de exclusãosocial. Mas também coarcta a inovação ea economia», afirma José CarlosAlarcon, secretário-geral para odesenvolvimento da informação doGoverno da Andaluzia.

25 centros

Para tornar a Internet de banda largaacessível a todos na Andaluzia, eranecessário um grande impulso dosector público. É precisamente esse oespírito do programa Guadalinfo, quese inscreve no quadro das acçõesinovadoras apoiadas pelo FEDER.Guadalinfo pretende criar 25 centrosde acesso público à Internet de bandalarga em pequenas localidadesparticularmente desfavorecidas. Nestaszonas, graças ao voluntarismo doGoverno da Andaluzia, os operadoresprivados de telecomunicaçõescomprometeram-se a realizar osinvestimentos necessários a estaInternet rápida e barata.

Os 25 centros-piloto não se limitarão afornecer material e conexões àpopulação local. Trabalharão comoalavancas de um desenvolvimento localintegrado.

Criar inovação

Vários projectos virão juntar-se a estescentros piloto. O primeiro refere-se à«informação geográfica». A ideia édesenvolver, graças à Internet, serviçosem linha para a população, partindo denecessidades tipicamente locais. Trata--se, por exemplo, de realizar mapaspormenorizados das ruas dosaglomerados urbanos, estabelecer alista das farmácias de serviço oupromover as datas de consulta dosmédicos em serviço nos meios rurais.Esta «micro-informação» prestará umserviço directo aos habitantes. A suagestão poderia inspirar a criação denovas pequenas empresas. Matam-seassim dois coelhos de uma só cajadada:melhoria social e, simultaneamente,incentivo a actividades económicas.

Outro projecto animado pelos centrospúblicos é o apoio a dispositivos deformação à distância destinados acamadas de habitantes em situaçãodifícil: jovens, desempregados emulheres. Será dada ajuda financeira àssociedades capazes de fornecerformações à distância («e-learning»)realmente adaptadas às necessidadesdos destinatários.

A vertente «ASP» (Application ServiceProvider) do programa visa outro tipode serviços. Nas pequenas localidades,um grande número de pequeníssimasempresas não dispõe dos recursosindispensáveis, como a consultacontabilística ou o apoio às vendas.Também aí a Internet poderá resolvero problema. Mas será necessárioreagrupar o conjunto destas micro-empresas para que a oferta de serviçosASP beneficie de uma procurasuficientemente ampla.

Por último, Guadalinfo encorajará aconstituição de «comunidadesvirtuais», baseadas na cooperação entrevários centros-piloto. De uma ponta àoutra da Andaluzia, estas comunidadestrocarão informações a partir de temasde interesse comum tão diversoscomo, por exemplo, a recolha devíveres para o terceiro mundo, arecolha e inventário de cançõespopulares ou ainda a caça de coelhosna montanha…

Para chegar à autonomiaGuadalinfo é coordenado pelo Governoda Andaluzia, no quadro do seu plano«I@landalus» de iniciativas estratégicaspara o desenvolvimento da sociedade dainformação. Na sequência de um convitepara a apresentação de propostas, os 25centros deverão ser seleccionados nofinal de 2002. A acção inovadora é válidaaté Junho de 2004. Os centros andaluzes(geridos por associações públicas ouprivadas sem fins lucrativos) receberãouma subvenção que cobre oequipamento, o funcionamento econsultadoria de gestão. Mas, ao fim dedois anos - isto faz parte dos critérios deselecção - os centros deverão serautónomos. Guadalinfo especula sobre adinâmica das redes e sobre os efeitos debola de neve. A ambição daqui até 2004é propor a Internet de banda larga àmaior parte das aglomerações de menosde 20 000 habitantes. O digital estaráentão tão disponível como a água dosrios?

Contacto:Andres Garcia LoriteDirector do Programa GuadalinfoConsejeria de la Presidencia, Junta deAndalucia, Avda de la Borbolla, n.º 1 E-41071 SevilhaTel.: (34) 955 00 10 68 (30 10 68) Fax: (34) 955 00 10 52 (30 10 52) E-mail:[email protected]: www.guadalinfo.net.

Factos e números

• AndaluziaCom 7 milhões de habitantes, a Andaluzia é a região mais populosa de Espanha. Éigualmente uma das mais vastas da Europa: 87 599 km2.

• eEurope 2005Em 29 de Maio de 2002, a Comissão adoptou o plano de acção «e-Europe 2005: umasociedade da informação para todos».http://europa.eu.int/information_society/europe/news_library/eeurope/index_fr.htm

• OrçamentoO orçamento de Guadalinfo (2002-2003) é de 5,85 milhões de euros. O FEDERcontribui com 2,94 milhões de euros. O Governo da Andaluzia dá uma contribuição de1,33 milhões de euros. O sector privado participa com 1,58 milhões de euros.

Cooperação sem fronteiras33 projectos Interreg exemplares

Disponível em todas as línguas daUnião.

panorama • N.° 8inforegio 15

Últimaspublicações

ContactosComissão Europeia, Direcção-Geral da Política RegionalUnidade 01 «Informação e Comunicação»Thierry DamanAvenue de Tervuren 41 B-1040, BruxellesFax: (32-2) 296 60 03E-mail: [email protected]. Internet: http://europa.eu.int/comm/dgs/regional_policy/index_pt.htm.

Comissário Michel Barnier:http://europa.eu.int/comm/commissioners/barnier/index_pt.htm

Informações sobre as ajudas regionais da União Europeia:http://europa.eu.int/comm/regional_policy/index_pt.htm

KN-LR-01-008-PT-N

SERVIÇO DAS PUBLICAÇOES OFICIAIS

DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

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http://european-convention.eu.int/A Convenção sobre o Futuro da Europa congrega representantes dosgovernos, dos parlamentos nacionais, do Parlamento Europeu e daComissão Europeia que tentam propor um quadro institucionaleuropeu adaptado às evoluções do mundo, às expectativas doscidadãos e ao alargamento da União. Esta página, em 11 línguas,apresenta a organização da Convenção, o calendário dos trabalhos, osdocumentos e contribuições, um índice, etc. Está aberto aoscibernautas um espaço de debate público e um fórum em linhadestinado às organizações da sociedade civil.

www.newtowns.net Esta página é dedicada às «novas cidades», criadas na sua grandemaioria nos anos 70, para favorecer um desenvolvimento territorialequilibrado. Fundada em Abril de 2001, a Plataforma Europeia dasNovas Cidades (ENTP) agrupa hoje cidades da França, Inglaterra, PaísesBaixos, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte, Finlândia, Suécia eEspanha e está aberta a todas as novas cidades da Europa. O programade acção inclui vários projectos Interreg III e o intercâmbio de boaspráticas com as novas cidades da Ásia através do programa ASIA Urbs.

www.sustainableregions.net Explorar e dar a conhecer os caminhos para um desenvolvimento ruralsustentável, que permita às regiões responderem às exigências eoportunidades da economia globalizada sem prejuízo para o tecidosocioeconómico e para o seu ambiente, é o objecto desta página,resultante do programa TASK (Towards a Sustainable KnowledgeBased Region - Rumo a uma Região Baseada no ConhecimentoSustentável), um programa experimental criado no País de Gales noâmbito dos programas regionais de acções inovadoras co-financiadaspela UE. Acessível em inglês, a página constitui um instrumento detrabalho em rede com outras regiões da Europa.

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